IV Encontro Nacional da Anppas 4,5 e 6 de junho de 2008 Brasília - DF Brasil

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "IV Encontro Nacional da Anppas 4,5 e 6 de junho de 2008 Brasília - DF Brasil"

Transcrição

1 Urbanismo, Meio Ambiente e Interdisciplinaridade Geraldo Milioli, Dr. (UNESC) Sociólogo, Professor/Pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA) e Coordenador do Laboratório de Sociedade, Desenvolvimento e Meio Ambiente (LABSDMA) da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), Criciúma, SC Av. Universitária, 1105 Caixa Postal 3167 CEP Criciúma, SC Brasil geramil@unesc.net Maria Inês Bay, Esp. (UNESC) Arquiteta, Professora da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) e Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA-UNESC), Criciúma, SC bay@unesc.net Resumo Reconhecer a arquitetura e o urbanismo enquanto ciências humanas no âmbito da produção de conhecimentos e relacioná-los as ciências da terra em seus processos da apropriação e transformação do espaço, aponta a imediata aproximação ao conceito de meio ambiente, em sua indissociável relação entre componentes naturais e a ação humana, numa dinâmica própria de transformação do meio. O estudo das relações diversas dos aspectos do ambiente e as intervenções humanas, em especial as de produção do espaço urbano, impõem-se ao planejamento urbano onde a recorrência dos temas das áreas de ecologia e meio ambiente tem provido mudanças no perfil das atividades profissionais e requerido a busca de uma maior interação dos conhecimentos específicos na linha da formação e da pratica interdisciplinar. O objetivo central deste artigo, è fazer uma reflexão teórica sobre a conexão entre o urbanismo e o meio ambiente, no movimento científico que se expressa no diálogo dos saberes que converge na construção interdisciplinar das ciências. Introdução O urbanismo como ciência e técnica voltado para a sociedade de mercado, se expressa em seu grau mais exacerbado, na produção e reprodução das espacialidades das atividades humanas na urbe, especialmente no que tange a indústria da construção civil e respectivo mercado imobiliário. Concomitantemente à junção funcional da ciência com a técnica, persiste a disjunção entre os múltiplos conhecimentos disciplinares, representados através de requerimentos especializados e em

2 sistemas de conhecimentos institucionalizados. Isto se apresenta como um desafio ao urbanismo, que quase sempre se limita à reprodução imposta por legislações, e que pela amplitude de seu campo de estudo e atuação, enquanto conhecimento científico, se inscreve na lógica da produção material das sociedades e expressa conflitos simbólicos nos campos social, econômico, político, filosófico, institucional e cultural (FLORIANI, 2004). Ao urbanismo como ciência, desde seu surgimento, foi dado o desafio de enfrentar as maiores e mais profundas transformações pelas quais passaram o planeta terra e as sociedades, com seus valores e saberes científicos e tecnológicos, materializados em nossas cidades e aglomerações humanas (CHOAY, 1979). Nesse sentido, a atual crise do urbanismo, que no âmago de sua produção se insere na questão ambiental com reconhecidas limitações em sua racionalidade científica e instrumental, definida como a complexidade ambiental, aponta para a racionalidade de uma nova ordem produtiva sustentável (LEFF, 2004). É objetivo central da pesquisa refletir teoricamente a conexão entre urbanismo e meio ambiente, no movimento científico que se expressa no diálogo dos saberes que converge na construção interdisciplinar das ciências. Em uma revisão da literatura, a análise e a síntese da produção científica referente ao tema da interdisciplinaridade, relacionado aos conceitos que fundamentam arquitetura/urbanismo e meio ambiente, perpassam a relação dos saberes necessários aos arquitetos e urbanistas na ação interdisciplinar da arquitetura e meio ambiente, buscando identificar as contribuições que a arquitetura traz ao debate das questões ambientais na construção interdisciplinar das ciências, inserida inclusive na discussão do ensino, na construção do conhecimento e atuação interdisciplinar. Numa perspectiva histórica, identifica-se o contexto e os fatores que promovem a inserção da arquitetura e do urbanismo no debate ambiental. Para o reconhecimento do problema de pesquisa é tido como de fundamental importância a inclusão das questões ambientais nas áreas de arquitetura e urbanismo, tornando-se premente o desenvolvimento de uma teoria da interdisciplinaridade norteadora nos processos da formação acadêmica aplicada a metodologia de ensino e às práticas requeridas no enfrentamento do atual quadro socioambiental urbano. Práticas estas expressas nas políticas públicas para um planejamento urbano democrático e participativo em prol do equilíbrio ambiental, garantindo o direito das cidades sustentáveis. É o caso do Estatuto das Cidades que estabelece normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental,

3 com o objetivo de ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana garantindo o direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações, também a gestão democrática das cidades. (Lei nº de julho de 2001). A sociedade organizada, grupos e segmentos setoriais, o cidadão e os profissionais da cidade, reúnem-se no planejamento urbano constatando os efeitos do desenvolvimento num urbanismo incompleto e de risco. Todos os olhares e os esforços perpassam pela crítica do modelo econômico, especificamente sua forma de apropriação e de produção da habitação e do solo urbano, e dirigemse a uma tomada de posição e atuação na busca de respostas e soluções técnicas e científicas nas questões do meio ambiente urbano. O que se está a exigir é um esforço de articulação e negociação entre os saberes, ciência e sociedade, na interdisciplinaridade enquanto construção do conhecimento e ação transformadora (FLORIANI, 2000, 2004; LEFF, 2004, 2006). Tomamos o urbanismo como ciência, em suas posturas, críticas e reflexivas diante da nova realidade da sociedade industrial do final do século XIX (CHOAY, 1979), diferenciado do préurbanismo exercido pelos generalistas das ciências humanas, assumido pelos arquitetos inclusive em seu caráter prático e operacional. A responsabilidade de espacialização das atividades humanas da arquitetura sobre seu campo é definida como a arte de projetar ou a arte de construir, onde se revela a dimensão do imaginário em que se envolve o urbanismo e o insere no contexto da crítica sobre a lógica das ciências e suas práticas institucionais e sociais. Delineada a problemática da crise do urbanismo relacionada à crise das ciências, destacamos preliminarmente as definições e conceitos sobre o tema delimitado, numa reflexão sobre a construção da interdisciplinaridade no exercício das possibilidades do diálogo dos saberes diante da realidade complexa da sociedade atual, que se concentra e se espacializa nas cidades, campo de estudos e trabalho dos arquitetos urbanistas. Urbanismo, Meio Ambiente e Interdisciplinaridade Poderíamos associar as Premissas Para Uma Ciência Hoje (FLORIANI, 2004) o Urbanismo como ciência e técnica para a sociedade de mercado, em seu grau mais exacerbado na produção e reprodução das espacialidades das atividades humanas na urbe, especialmente no que tange a indústria da construção civil e respectivo mercado imobiliário. Temos que, concomitantemente à

4 junção funcional da ciência com a técnica, persiste a disjunção entre os múltiplos conhecimentos disciplinares, que são representados cada vez mais através de requerimentos especializados, dispostos em sistemas de conhecimento institucionalizados, independentemente dos fins a que se prestam. Isto se apresenta como um desafio ao urbanismo praticado, que quase sempre se limita a reprodução imposta por legislações. É evidente que pela amplitude de seu campo de estudo e atuação, o urbanismo enquanto conhecimento científico, inscrito na lógica da produção material das sociedades, expresse um campo de conflitos simbólicos em sua dimensão social, econômica, política, filosófica, institucional e cultural, materializados social, econômica, política e culturalmente conforme o apontado por Floriani (FLORIANI, 2004, p.24). Ao urbanismo como ciência, desde seu surgimento e no trascurso do século, foi dado o desafio de enfrentar as maiores e mais profundas transformações pelas quais passaram o planeta terra e as sociedades, com seus valores e saberes científicos e tecnológicos, materializados em nossas cidades e aglomerações humanas. O que está posto para a prática do urbanismo, é que se reconheça um novo padrão emergente de sociedade, cujas distorções de funcionamento podem ser captadas através da simplificação hegemônica nas suas diferentes esferas: econômica (mercado), de consumo (indústria cultural), nível de vida (quantidade, em detrimento da qualidade), sem deixar de considerar as profundas distorções sociais e ambientais produzidas pela (des)organização sistêmica: agravamento da violência, exclusão social, contaminação dos ecossistemas, esgotamento dos recursos não-renováveis, deterioração crescente dos recursos renováveis (ibdem, 2004, p. 26). Pode-se deduzir que, pelo menos em grande parte, é nas cidades ou no meio urbano que se materializam os problemas das sociedades contemporâneas e das suas interfaces com as dinâmicas ecossistêmicas (FLORIANI, 2006). Portanto, aí e daí podem ser melhor captados, estudados e explicados se os diversos e diferentes conhecimentos se confrontarem com novos objetos complexos, vistos e visitados por olhares distintos e complementares, acompanhados por novos procedimentos metodológicos. Indagamos se o que se define em Leff (2004) como a complexidade do real, equivaleria a complexidade urbana, objeto de estudo do urbanismo que, como tal, estaria se desdobrando na busca de correspondente pensamento complexo do real: A partir da crise ambiental, como sintoma dos limites da racionalidade científica e instrumental, a complexidade ambiental emerge como o potencial

5 da articulação sinérgica da produtividade ecológica, da organização social e da potência tecnológica, para gerar uma racionalidade e uma ordem produtiva sustentável (FLORIANI, apud LEFF, 2004, p.39-40). De outra forma, poderíamos indagar se o urbanismo não seria mais uma das ciências em trânsito 1 (SANTOS, 2005), dado que sua crise atual está no âmago de sua produção, uma vez que se define, ou se tem como expectativa um planejamento urbano, inserido no âmbito da questão ambiental de acordo com o Estatuto da Cidade. A Interdisciplinaridade Recorrente e Necessária Reconhecer a arquitetura e o urbanismo enquanto ciências humanas no âmbito da produção de conhecimentos e relacioná-los às ciências da terra em seus processos de apropriação e transformação do espaço, nos leva a imediata aproximação ao conceito de meio ambiente, em sua indissociável relação entre os componentes naturais e a ação humana, numa dinâmica própria de transformação do meio (CAMPOS, 1996). O estudo das relações diversas dos aspectos do ambiente e as intervenções humanas, em especial as da produção do espaço urbano, impõem-se ao planejamento urbano onde a recorrência dos temas das áreas de ecologia e meio ambiente tem promovido mudanças no perfil das atividades profissionais e requerido a busca de uma maior interação dos conhecimentos específicos na linha da formação e da prática interdisciplinar. Para Floriani (2000, p. 100); É fundamental que no âmbito da problemática ambiental os fundamentos teóricos de uma nova forma de produção do conhecimento sejam indissociáveis da prática interdisciplinar, entendida como a articulação das diversas disciplinas para melhor compreender e gerir situações de acomodação, tensão ou conflito entre as necessidades, as práticas humanas e as dinâmicas naturais. A pesquisa que se propõe a articular esta problemática a um quadro teórico relativo aos temas da arquitetura, meio ambiente e interdisciplinaridade, de forma introdutória, recorre a uma a avaliação crítica das posturas éticas e filosóficas da arquitetura nos ensinamentos de Artigas (1999, p. 84): 1 É bom considerar que a ocorrência de outros paradigmas, capazes de abrigar o conjunto das condições de emergência de um novo conhecimento, é assunto que levará muito tempo ainda para ser definido; por isso consideramos tratar-se de uma situação em que as ciências se encontram em trânsito, isto é, em direção a uma situação em que não esta completamente dado saber de antemão, o alcance dessa metamorfose em andamento. (FLORIANI, 2004, p 23).

6 As construções do mundo contemporâneo nos colocam frente a um novo cenário: por um lado o desenvolvimento e da multiplicação da riqueza material possibilita a ampliação do campo de ação do arquiteto, enquanto de outro, a distribuição desigual das riquezas geradas e a degradação ambiental e o esgotamento das fontes de recursos naturais, estão a exigir uma postura contextualizada do arquiteto diante do seu campo de ação. Está é uma preocupação fundamental que deve ser perseguida pelas Escolas de Arquitetura e Urbanismo no cenário das transformações sociais e culturais que se apresentam no país. No âmbito das ciências do ambiente e da ecologia, há o entendimento de Ricklefs (2003, p. 20) de que: (...) os humanos representam um papel dominante no funcionamento da biosfera, e as atitudes humanas criaram uma crise ambiental de proporções globais, resolverem nossos problemas ambientais agudos exigirá a apuração inteligente de princípios gerais de Ecologia dentro das esferas de ação política e social. Onde as soluções para a crise ambiental exigirão novas atitudes que promovam a sustentabilidade e a auto-restrição. Segundo Floriani (2000) indicar o ponto de partida para pensarmos a relação sociedade e natureza com base em novas estratégias cognitivas, requer inicialmente que identifiquemos quais ciências e saberes estão envolvidos e como virão a construir novos conhecimentos. E que temáticas, por sua própria complexidade, exigirão a reunião de disciplinas para obter uma leitura mais integrada no estudo dos fenômenos concorrentes, tal como a problemática ambiental e dentre outras, a educação, a saúde e a tecnologia. A reunião de várias disciplinas, além de levar a uma redefinição dos objetivos particulares, exigirá mudanças de metodologias de pesquisa e mudanças na cultura sobre as estruturas organizacionais das agencias de conhecimento. A inclusão das questões ambientais, nas áreas da arquitetura e do urbanismo, sugere preemente o desenvolvimento de uma teoria da interdisciplinaridade norteadora nos processos da formação acadêmica, aplicada a metodologia de ensino e as práticas requeridas no enfrentamento do atual quadro socioambiental urbano, práticas estas expressas nas políticas públicas para um planejamento urbano democrático e participativo em prol do equilíbrio ambiental, garantindo o direito das cidades sustentáveis, no caso do Estatuto das Cidades que estabelece normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-

7 estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental. Política urbana com o objetivo de ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, garantindo o direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações, e também a gestão democrática das cidades. (Lei nº de julho de 2001). A sociedade organizada, grupos e segmentos setoriais, o cidadão e os profissionais da cidade, reúnem-se no planejamento urbano constatando os efeitos do desenvolvimento num urbanismo incompleto e de risco. Todos os olhares e os esforços perpassam pela crítica do modelo econômico, especificamente sua forma de apropriação e de produção da habitação e do solo urbano. Dirigem-se a uma tomada de posição e atuação na busca de respostas e soluções técnicas e científicas nas questões do meio ambiente urbano. O que se está a exigir é um esforço de articulação e negociação entre os saberes, ciência e sociedade, na interdisciplinaridade enquanto construção do conhecimento e ação transformadora definida como: (...) fundamental que no âmbito da problemática ambiental os fundamentos teóricos de uma nova forma de produção do conhecimento sejam indissociáveis da prática interdisciplinar, entendida como a articulação das diversas disciplinas para melhor compreender e gerir situações de acomodação, tensão ou conflito entre as necessidades, as práticas humanas e as dinâmicas naturais (FLORIANI, 2000, p.100). Tomamos o urbanismo como ciência, em suas posturas, críticas e reflexivas diante da nova realidade da sociedade industrial do final do século XIX, conforme diferenciado do pré-urbanismo exercido pelos generalistas das ciências humanas, assumido pelos arquitetos inclusive em seu caráter prático e operacional. (CHOAY, 1965, p.18). A responsabilidade de espacialização das atividades humanas da Arquitetura sobre seu campo é definida como a arte de projetar ou a arte de construir onde se revela a dimensão do imaginário em que se envolve o urbanismo, que o insere no contexto da crítica sobre a lógica das ciências e suas práticas institucionais e sociais. Para Floriani (2004, p. 4): Weber indicava as dicotomias presentes no modelo filosófico e científico de então: entre a razão e a emoção, indivíduo e sociedade, objetivo e subjetivo, ciência e valores, técnica e cultura, sociedade e natureza, dentre as indígenas disjunções clássicas de então e de agora.

8 Conclusão Assim posto e delineada a problemática em que se insere a crise do urbanismo relacionada a crise das ciências, destacamos preliminarmente as definições e conceitos sobre o tema delimitado - arquitetura, meio ambiente e interdisciplinaridade -, para compreender e refletir sobre a construção da interdisciplinaridade no exercício das possibilidades do diálogo dos saberes, diante da realidade complexa da sociedade atual que se concentra e se espacializa nas cidades, campo de estudos e trabalho dos arquitetos urbanistas, sociólogos e das muitas ciências preocupadas com as questões socioambientais e o meio ambiente urbano. Referências Bibliográficas ARTIGAS, J. B. V. Caminhos da arquitetura. São Paulo: Cosac & Naif, CAMPOS, Heraldo; CHASSOT, Attico I. (Orgs.). Ciências da terra e meio ambiente: diálogos para (inter) ações no planeta. São Leopoldo, RS: Ed. Unisinos, CHOAY, Françoise. O urbanismo: utopias e realidades uma antologia. São Paulo: Editora perspectiva, ESTATUTO DA CIDADE. Lei n , de julho de Guia para a implementação pelos municípios e cidadãos. Brasília: Coordenação de Publicações, FLORIANI, D. Conhecimento, meio ambiente & globalização. Curitiba: Juruá, Marcos conceituais para o desenvolvimento da interdisciplinaridade. In: PHILIPPI Jr., Arlindo et al. Interdisciplinaridade em ciências ambientais: marcos conceituais. São Paulo: Signus Editoras, Objetos complexos: práticas e discursos socioambientais. Curitiba, 2004 (mimeo). LEFF, E. Racionalidade ambiental: a reapropriação social da natureza. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. 3. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, RICKLEFS, R.E. A economia da natureza. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, SANTOS, Boaventura de Souza. Um discurso sobre as ciências. São Paulo: Cortez, 2005.