8º.Seminário de Qualificação do Servidor Público Municipal

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Raphaella Carvalho de Andrade
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1 8º.Seminário de Qualificação do Servidor Público Municipal FUP Federação Única dos Petroleiros Secretaria de Relações Internacionais e Setor Privado Anselmo Ernesto Ruoso Jr. Porto Alegre, 10 de maio de 2004

2 A TERCEIRIZAÇÃO DO TRABALHO E DA MÃO DE OBRA NO BRASIL CONTEXTO

3 Terceirização: o que é isso? CONCEITO: Considera-se terceirização o contrato firmado entre empresa tomadora ou cliente e empresa especializada, denominada prestadora, para a execução autônoma de atividades especializadas ou serviços acessórios específicos (M.T.E.) É uma estratégia de gestão caracterizada pelo repasse (transferência) de um serviço ou produção que antes eram executados internamente para outras empresas ou entidades/instituições externas, por meio de assinatura de contrato entre as partes (Dieese)

4 Terceirização no Brasil Cenário: Anos 90 Medidas que estimularam a competição empresarial: Privatizações; Abertura econômica do mercado aumento da competitividade internacional; Transformações institucionais e estruturais em um contexto de profunda recessão; Globalização da Economia; Fim do processo inflacionário; Reestruturação Produtiva; Flexibilização das Relações de Trabalho; Neoliberalismo: resgate liberal - Estado Mínimo ONG, OSCIP, OS etc.

5 FACES DA TERCEIRIZAÇÃO REDUZ EMPREGO 801 mil vagas a menos JORNADAS MAIORES Terceiros 43 horas Diretos 40 horas, sem considerar horas extras (RAIS 2010). REMUNERAÇÃO MENOR em cerca de 27% (RAIS, 2010). CALOTE No setor de vigilância, em apenas 4 empresas o calote gerado foi de R$ 65 milhões (CNTV, 2011). DISCRIMINAÇÃO COTIDIANA são vistos e tratados nas empresas como trabalhadores(as) de terceira(relato dos trabalhadores de diversos setores). MENOR TEMPO DE EMPREGO menor em 3,2 anos (RAIS, 2010). DESPROTEÇÃO SOCIAL 46% não contribuem para a Previdência Social; estão na informalidade (PED/DIEESE). ACIDENTES, DOENÇAS E MORTES: A cada 10 acidentes de trabalho, 8 são registrados em terceirizadas e nos casos em que há morte (MTE, 2005); Quatro entre cinco mortes ocorrem em empresas prestadoras de serviço (MTE, 2005); No setor elétrico já são 855 fatalidades nos últimos 10 anos.

6 FACES DA TERCEIRIZAÇÃO CONSIDERAÇÕES Abrigam as populações mais vulneráveis do mercado de trabalho: mulheres, negros, jovens, migrantes e imigrantes: Esse abrigo não tem caráter social, os trabalhadores(as) submetem-se por não ter opção. Não é verdade que a terceirização gera emprego ela gera trabalho precário: Com jornadas maiores e ritmo de trabalho exaustivo. Acaba, na verdade, por reduzir o número de postos de trabalho (801 mil a menos, em 2010). A terceirização está diretamente relacionada com a precarização do trabalho: Destacar os setores mais precarizados no país, é destacar os setores que comumente exercem atividades terceirizadas no Brasil. Finalmente, vale destacar que as estatísticas oficiais dificultam a análise dos efeitos da terceirização: Essa realidade, dificilmente, é captada pelas pesquisas vigentes. No entanto, ela existe e é sentida, cotidianamente, pelos trabalhadores/as e por suas representações sindicais.

7 PROPOSTAS DA CUT

8 Parâmetros para o Debate OIT Conceito TRABALHO DECENTE: É um trabalho produtivo e adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, equidade e sem quaisquer formas de discriminação e capaz de garantir uma vida digna a todas as pessoas que vivem de seu trabalho. AUDIÊNCIA PÚBLICA TST 04 e 05/10/11 Súmula 331 CRIAÇÃO DO FORUM CONTRA A TERCEIRIZAÇÃO PL PODER EXECUTIVO M.T.E. Projeto das Centrais

9 Referência Legal ENUNCIADO 331 DO TST: Contrato de Prestação de Serviços. Legalidade Inciso IV alterado pela Res. 96/2000, DJ I A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formandose vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de ). II A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da administração pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988). III Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei 7.102, de ) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta. IV O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços, quanto àquelas obrigações, inclusive quanto aos órgãos da administração direta, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista, desde que hajam participado da relação processual e constem também do título executivo judicial (art da Lei nº 8.666, de )

10 Ações

11 Diretrizes A inexistência de um marco regulatório favoreceu a expansão das terceirizações, de forma incontrolável e com a característica principal de precarização, Propomos como diretrizes: (tendo, como único critério, garantir a igualdade entre os trabalhadores): O direito à informação prévia; A proibição da terceirização na atividade-fim; A responsabilidade solidária da empresa contratante pelas obrigações trabalhistas; A igualdade de direitos e de condições de trabalho; e, A penalização das empresas infratoras.

12 Manifesto Fórum Vedar locação de trabalhadores e trabalhadoras! (pessoalidade, habitualidade e subordinação hierárquica) Proibição da Terceirização nas atividades permanentemente necessárias à Tomadora; Garantia da responsabilidade solidária das empresas envolvidas na Terceirização, tanto no setor privado quanto no público! Plena igualdade de direitos e condições de trabalho entre empregados diretamente contratados e trabalhadores terceirizados, com inclusão de mecanismos que impossibilitem a fraude a direitos! Prevalência da norma mais favorável entre os instrumentos coletivos de trabalho que incidam sobre uma mesma empresa! Representação sindical pelo sindicato preponderante!

13 CENÁRIO ATUAL ALTAMENTE DE RISCO PARA OS TRABALHADORES Maior Reforma Sindical e Trabalhista PL 4330/04 SANDRO MABEL/SUBSTITUTIVO ROBERTO SANTIAGO/RELATOR ARTHUR MAIA (CCJC VOTAÇÃO TERMINATIVA NA CÂMARA FEDERAL) Prevê : terceirização total - atividades fim ou meio Atividade especializada para empresa especializada, Direitos: da respectiva categoria profissional; Infinitas terceirizações, quarteirizações, PJ s ; e, Responsabilidade subsidiária passando a solidária sob condições.

14 Agendas 02/04/ O PL do Deputado Sandro Mabel está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e já recebeu o aval do relator, Arthur Oliveira Maia (PMDB-BA), que abriu o prazo de cinco sessões ordinárias seguidas a partir do dia 4 de abril para análise e apresentação de emendas. (foram apresentadas 121 emendas) Dia 09/04/ Reunião do GT de terceirização da CUT, no escritório da CUT em Brasília, para tratar da tramitação do PL e os próximos passos a serem dados. Segundo avaliação do GT, o PL significa a demolição da CLT. Mais tarde, os integrantes do GT se reuniram com o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), membro da CCJ, para pedir o apoio do parlamentar no combate ao PL. 17/04/2013 Prazo para emendas se encerra, significando que o PL estaria apto para ser votado na CCJ. 23/04/2013 Reunião da CUT com as demais Centrais 1º. De maio CARTA ABERTA 07/05/2013 Reunião do GT e do Fórum em Brasília unificação da ANPT e ANAMATRA ao projeto das Centrais

15 Cenário Pressão ao presidente da CECJJ (Dep. Décio Lima PT/SC); Roberto Santiago vice da UGT e ex-presidente da Federação dos Prestadores de Serviços; 121 emendas 2 íntegra do Projeto das Centrais; Roberto Santiago e Arthur Maia (relator) afirmaram que o projeto poderia ser votado a partir do dia 07/05; Votos em separado e recurso (52 assinaturas) Pleno da Câmara; 14/05 Reunião das Centrais (CUT,CTB, UGT, CGTB e Intersindical com o Governo) Gilberto de Carvalho e Ideli Salvati ; Mobilizações.

16 OBRIGADO!

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