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1 Lígia Mori Madeira

2 Há violência quando, numa situação de interação, um ou vários atores agem de maneira direta ou indireta, maciça ou esparsa, causando danos a uma ou várias pessoas em graus variáveis, seja em sua integridade física, seja em sua integridade moral, em suas posses, ou em suas participações simbólicas e culturais (Michaud Yves; 2001, p. 11).

3 PROBLEMATIZAÇÕES: Caráter complexo das situações de interação nas quais podem intervir múltiplos atores e máquinas administrativas, que diluem responsabilidades multiplicando os participantes - violência como efeito de empresa anônima; Diversas modalidades de produção da violência, segundo os instrumentos em causa progresso científico e produção limpa de violência; Timing estados e atos de violência; Diferentes tipos de danos impostos: físicos mais ou menos graves, psíquicos e morais, danos a bens, aos próximos, aos laços culturais; Valoração da violência: negatividade ou positividade manutenção ou alteração de situações; violência como socialização, como cultura;

4 "o crime é, antes de tudo, um fato, entendendo-se por tal não só a expressão da vontade mediante ação (voluntário movimento corpóreo) ou omissão (voluntária abstenção de movimento corpóreo), como também o resultado (effectus sceleris), isto é, a conseqüente lesão ou periclitação de um bem ou interesse jurídico penalmente tutelado." (Hungria, Nélson) Crime é toda a ação ou omissão, típica, antijurídica e culpável.

5 "conjunto dos recursos materiais e simbólicos de que uma sociedade dispõe para assegurar a conformidade do comportamento de seus membros a um conjunto de regras e princípios prescritos e sancionados" (Boudon; Bourricaud, 1993:101).

6 DIREITO POSITIVO - conjunto de regras indispensáveis ao convívio dos indivíduos, que prevê as conseqüências e sanções para os que violarem os seus preceitos; - ilícito jurídico: fato que contraria a norma de direito, ofendendo ou ponde em perigo um bem alheio ou a própria existência da sociedade

7 DIREITO PENAL - fatos graves constituem ilícitos penais - caráter fragmentário - conjunto de normas jurídicas que regulam o poder punitivo do Estado, tendo em vista os fatos de natureza criminal e as medidas aplicáveis a quem os pratica

8 - fatos humanos classificados como delitos - direito penal como a parte do ordenamento jurídico que define o fato-crime, dispõe sobre quem deva por ele responder e fixa as penas e medidas de segurança a serem aplicadas; - direito penal como conjunto de procedimentos e princípios ordenados de modo a tornar possível a elucidação do conteúdo das normas penais e dos institutos em que elas se agrupam, com vistas à sua aplicação aos casos ocorrentes, segundo critérios rigorosos de justiça; - finalidade preventiva: antes de punir, ou com o punir, quer evitar o crime

9 - direito não pretende só julgar a conduta humana, senão determina-la em harmonia com os seus preceitos e impedir toda a conduta contrária a eles; - por meio da cominação de panas, para o comportamento tipificado como ilícito penal, o legislador visa atingir o sentimento de temor (intimidação) ou o sentimento ético das pessoas, a fim de que seja evitada a conduta proibida (prevenção geral). Falhando essa ameaça, transforma-se a pena abstratamente cominada, com a sentença criminal, em realidade concreta, e passa, na fase de execução, a atuar sobre a pessoa do condenado, ensejando sua possível emenda ou efetiva neutralização (prevenção especial);

10 - pena cominada pena concretizada pena da culpabilidade (verdadeira expiação, meio de neutralização da atividade criminosa potencial e ensejo para recuperação, se possível, do delinqüente, possibilitando o seu retorno à convivência pacifica na comunidade dos homens livres; - tipos legais de crime constituem verdadeira autorização primária para que o Estado possa intervir em certas áreas reservadas, na esfera da liberdade individual.

11 MISSAO E LIMITES DO DIREITO PENAL - tarefa do direito penal é a proteção dos elementares valores ético-sociais da ação e só por extensão a proteção de bens jurídicos; - crime como violação de bens jurídicos, mas para além disso, violação intolerável da ordem moral

12 Non omne quod licet honestum est (nem tudo o que é licito é honesto) - distinção direito e moral - tarefa do direito penal é de natureza eminentemente jurídica, resume-se à proteção de bens jurídicos - direito como última ratio: onde a proteção de outros ramos do direito possa estar ausente, falhar ou revelar-se insuficiente, se a lesão ou exposição a perigo do bem jurídico tutelado apresentar gravidade, até aí deve estender-se o mando da proteção penal; - caráter limitado do direito penal: subsidiariedade da proteção a bens jurídicos e intervenção condicionada à importância ou gravidade da lesão, real ou potencial;

13 O bem jurídico protegido - bem: o que apresenta como digno, útil, necessário, valioso; - bem jurídico: bem vital ou individual que, devido ao seu significado social, é juridicamente protegido; é toda situação social desejada que o direito quer garantir contra lesões. - bens jurídicos são valores ético-sociais que o direito seleciona, com o objetivo de assegurar a paz social, e coloca sob sua proteção para que não sejam expostos a perigo de ataque ou a lesões efetivas; - bem jurídico tutelado objeto material do crime

14 CONCEPÇÃO DE DIREITO PENAL DIREITO PENAL: segmento do ordenamento jurídico que detém a função de selecionar os comportamentos humanos mais graves e perniciosos à coletividade, capazes de colocar em risco valores fundamentais para a convivência social, e descreve-los como infrações penais, cominando-lhes em conseqüência, as respectivas sanções. CIENCIA PENAL: explicar a razão, a essência e o alcance das normas jurídicas, estabelecendo critérios objetivos para sua imposição e evitando o arbítrio e o casuísmo decorrente da ausência de padrões e da subjetividade de aplicação. Busca da justiça igualitária e adequação aos princípios constitucionais

15 FUNÇÃO ÉTICO-SOCIAL DO DIREITO PENAL - proteção de valores fundamentais para a subsistência do corpo social - bens jurídicos: vida, saúde, liberdade, propriedade - intimidação coletiva - prevenção geral exercida mediante a difusão do temor aos possíveis infratores do risco da sanção penal - celebração de compromissos éticos entre o Estado e o indivíduo, na busca de respeito às normas

16 - condutas humanas desvalor do resultado (lesividade do resultado) e desvalor da ação (reprovabilidade da ação em si mesma) - comportamento consciente ou negligente do autor - direito penal: formação de juízo ético dos cidadãos, delineando valores essenciais para o convívio do homem em sociedade

17 OBJETO DO DIREITO PENAL - voluntariedade da conduta humana capacidade do homem em querer um final - âmbito da normatividade jurídico-penal limitada às atividades finais humanas

18 DIREITO PENAL E ESTADO DEMOCRATICO DE DIREITO - proclamação forma da igualdade entre todos os homens e imposição de metas e deveres quanto à construção de uma sociedade livre, justa e solidária; pela garantia do desenvolvimento nacional; pela erradicação da pobreza e da marginalidade; pela redução das desigualdades sociais e regionais; pela promoção do bem comum; pelo preconceito de raça, cor, origem, sexo, idade e quaisquer outras formas de discriminação; pelo pluralismo político e liberdade de expressão das idéias; pelo resgate de cidadania; pelo respeito à dignidade humana.

19 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS - dignidade da pessoa humana (art. 1º., III) - legalidade - insignificância/ bagatela - alteridade - confiança - adequação social - intervenção mínima - proporcionalidade - humanidade - necessidade/ idoneidade - ofensividade - auto-responsabilidade - responsabilidade pelo fato - imputação pessoal - personalidade - responsabilidade subjetiva - co-culpabilidade/ co-responsabilidade

20 DIREITO PENAL E SOCIEDADE Direito penal cumpre funções concretas dentro de e para uma sociedade que concretamente se organizou de determinada maneira - garantia de condições de vida da sociedade; finalidade de combater o crime; preservação dos interesses do indivíduo ou corpo social X Crime acontecido e registrado, cifra negra

21 Função do direito penal: estruturar e garantir determinada ordem econômica e social função conservadora ou de controle social Controle social: predisposição de táticas, estratégias e forças para a construção da hegemonia, para a busca de legitimação ou para assegurar o consenso; para a submissão forçada daqueles que não se integrarem à ideologia dominante - congruência entre os fins do Estado e os fins do direito penal

22 CONTROLE SOCIAL, SISTEMA PENAL, DIREITO PENAL DIREITO PENAL Direito penal: conjunto de normas jurídicas que prevêem os crimes e lhes cominam sanções, disciplinam a incidência e validade de tais normas, a estrutura geral do crime, e a aplicação e execução das sanções cominadas SISTEMA PENAL - apresentado como igualitário, justo e protetor da dignidade humana no entanto tem funcionamento seletivo, repressivo e estigmatizante

23 Traço em comum entre condutas: previsão na lei penal, ameaçadas legalmente com pena, submetidas a processo de verificação prévio, institucionalizado por funcionários públicos, autores punidos ou não. - o delito não existe sociologicamente - rotineira violação de normas penais pelos indivíduos delitos levíssimos condenações por casos insignificantes - delinqüentes: setores mais baixos da população processos de seleção de pessoas e não de condutas ou ações.

24 - ações imorais, indesejáveis, conflitivas solução punitiva como uma das soluções possíveis - resolução de conflitos: punitivo, reparatório, terapêutico, conciliatório - solução punitiva: efeito negativo exclusão das outras soluções possíveis - uso exagerado do direito penal ampliação da criminalização - delito como construção destinada a cumprir função sobre algumas pessoas e não realidade social individualizável

25 FORMAS DE CONTROLE SOCIAL - resolução de conflitos: estabilização da estrutura social e de poder - controle social exercido sobre os mais distanciados do centro do poder - emaranhado de controle social - âmbito do controle social: instituições sociais: família, escola, religião, partidos, meios de massa, ciência,... meios difusos e encobertos, específicos e explícitos

26 SABER E CONTROLE SOCIAL - relações entre as formas de poder e o uso da ideologia, da ciência, para a construção de formas de controle social - controle social decorrente das condições econômicas: capitalistas, socialistas, centrais, periféricos,... - ideologia: crença adotada para o controle dos comportamentos coletivos, noção que vincula a conduta e que pode ou não ter validade objetiva - verdade parcial, decorrente do sistema de crenças

27 DIREITOS HUMANOS E CONTROLE SOCIAL DUDH: sistema internacional de garantias, limite positivado às ideologias que regem o controle social e as nações, referencia - instrumentos internacionais complementares Convenção Americana de Direitos Humanos, Pacto de San Jose de Costa Rica, de impedimento de interpretação de direito penal positivo interno contraditória

28 SISTEMA PENAL - parte do controle social que resulta institucionalizada em forma punitiva e com discurso punitivo - dentro do sistema penal, o direito penal tem lugar limitado, pois o campo do controle social que excede sua atuação é grande - sistema penal: controle social punitivo institucionalizado detecção de suspeita de delito à imposição e execução penal; atividade normativa que cria lei que institucionaliza o procedimento, a atuação dos funcionários e define os casos e condições para esta atuação; atividade do legislador, do público, da polícia, dos juízes e funcionários e da execução penal

29 - PUNIÇÃO: ação e efeito sancionatório que pretende responder a outra conduta, podendo ser ações que denotem qualidades pessoais, posto que o sistema pena, dada sua seletividade. Direito penal do fato e do autor: na realidade, em que pese o discurso jurídico, o sistema penal se dirige quase sempre contra certas pessoas e não contra certas ações. - incluem-se no sistema penal os procedimentos contraconvencionais de controle de setores marginalizados da população, faculdades sancionatórias policiais arbitrarias, penas sem processo, execuções sem processo,...

30 SETORES DO SISTEMA PENAL: policial, judicial, executivo segmentos estáveis, pertencentes a grupos humanos estratificados - inquérito como sinal de intervenção do Executivo; - legisladores e público: polícia com maior poder seletivo, por atuar mais diretamente sobre o processo de filtro do sistema - publico: capacidade de por em funcionamento o sistema

31 DISCURSOS DO SISTEMA PENAL - pluralidade de ideologias e multiplicidade de discursos - discurso jurídico, judicial: garantidor, baseado na retribuição ou ressocialização - discurso policial: moralizante - discurso penitenciário: terapêutico ou de tratamento

32 - compartimentalização do sistema penal imputação de falhas discursos externos: explicações ao público e às autoridades - fim e função preventiva do sistema penal: prevenção especial e geral ressocialização do apenado e advertência à população sobre os riscos de imitar o delinqüente - sistema penal: construção de carreiras criminais, etiquetamento (labelling), prisionização, despersonalização, marginalização, seletividade, estigma, vulnerabilidade, cifra negra - sistemas penais selecionam um grupo de pessoas dos setores mais humildes e marginalizados, os criminaliza e determina os limites de seu espaço social - setores que na estrutura de poder tem a decisão de determinar o sentido da criminalização tem o poder de subtrair-se a mesma (tornar-se menos vulneráveis)

33 FUNÇAO SOCIAL DO SISTEMA PENAL - selecionar, de maneira mais ou menos arbitraria, pessoas dos setores sociais mais humildes, criminalizando-as, para indicar ao resto, os limites do espaço social - sustentar a hegemonia de um setor sobre outro - desigualdade sustentada pelo controle social e sua parte punitiva - função simbólica: sustentação da estrutura do poder social

34 CIENCIA PENAL - ciência cultural e normativa - cultural: indaga o dever ser regras de conduta que devem ser obedecidas por todos no respeito aos mais relevantes interesses sociais - normativa: estudo da lei, da norma, do direito positivo como dado fundamental

35 - direito penal positivo: valorativo, finalista, sancionador - valorativo: tutela dos valores mais importantes da sociedade e hierarquização quanto mais grave o crime, maior o desvalor e maior a sanção - finalista: proteção de bens e interesses com mais eficiência, com maior poder intimidativo - sancionador: reforça a tutela jurídica de bens regidos pela legislação extrapenal; e excepcionalmente constitutivo: possuindo ilícito próprio, oriundo da tipicidade, sanção peculiar, institutos exclusivos

36 POSIÇÃO ENCICLOPÉDICA - direito penal como direito público - direito penal objetivo: conjunto de normas que regulam a ação estatal, definindo os crimes e cominando as respectivas sanções; - direito penal subjetivo: Estado como o único titular do direito de punir (jus puniendi) - direito penal comum: aplicáveis a todas as pessoas - direito penal especial: dirigido a classes de indivíduos de acordo com sua qualidade especial e certos atos ilícitos particularizados

37 CRIMINOLOGIA - delito apresentado como problema social e comunitário - infrator como objeto de estudo passagem da etapa positivista para a moderna: inserção da análise da conduta delitiva, do controle social e da vítima;

38 - homem delinqüente: visão operada pelas vertentes da criminologia: - clássica: delinqüente como pecador que optou pelo mal, embora pudesse e devesse respeitar a lei; - positivismo: crime decorrente de causas e efeitos que regem o mundo natural e social infrator como prisioneiro de sua própria patologia (determinismo biológico) ou sociais (determinismo social); - correcionista: necessidade de intervenção estatal para dar conta de um ser inferior, débil; - marxista: crime decorrente das estruturas econômicas;

39 - FUNÇÕES DA CRIMINOLOGIA - informar a sociedade e os poderes públicos sobre o deito, o delinqüente, a vítima e o controle social, reunindo um núcleo de conhecimentos que permita compreender cientificamente o problema criminal, preveni-lo e intervir com eficácia e de modo positivo no homem delinqüente. - criminologia como saber científico sobre o problema criminal

40 - criminologia não é ciência exata; criminologia não é banco de dados; - criminologia como ciência prática, preocupada com problemas e conflitos concretos, históricos, problemas sociais comprometida com a busca de soluções; - objeto: realidade social observação e transformação; - Criminologia orientada às demandas práticas; - discussão sobre o controle do delito: prevenção razoável custos sociais do controle; - prevenção não legal do delito;

41 - criminologia como ciência empírica, mas cujas análises não são neutras para o sistema social: atitudes criminológicas oscilam entre a legitimação do status quo (conservadorismo) à crítica dos fundamentos da ordem social; - criminologia positivista: criminologia legitimadora da ordem social constituída, sem questionar seus fundamentos axiológicos, as definições oficiais ou o próprio funcionamento do sistema, apoio na suposta neutralidade do empirismo das cifras e das estatísticas;

42 - criminologia crítica: questionamento das bases da ordem social, legitimidade, funcionamento do sistema e de suas instancias, e a reação social ao delito; - postulados da criminologia moderna: nocividade da intervenção penal; complexidade do mecanismo dissuatório e possibilidade de ampliar o âmbito de intervenção; reserva da pena a casos de estrita necessidade; - intervenção reabilitadora do delinqüente - metas: esclarecimento sobre o impacto real da pena sobre quem a cumpre, os efeitos que produz dadas as suas reais condições de cumprimento; desenhar e avaliar programas de reinserção;

43 CRIMINOLOGIA E POLÍTICA CRIMINAL - estudo causal-explicativo do crime e dos criminosos X - estudo dos processos de criação de normas penais e normas sociais relacionadas ao comportamento desviante; dos processos de infração e desvio das normas; e da reação social, formalizada ou não, que as infrações e desvios tenham provocado - papel fundamental criminologia positivista: legitimação da ordem estabelecida criminologia crítica: verificar o desempenho prático do sistema penal, discussão do papel do sistema penal em uma sociedade de classes, desigual

44 POLÍTICA CRIMINAL - princípios e recomendações para a reforma ou transformação da legislação criminal e dos órgãos encarregados de sua aplicação. Política de segurança pública (instituição policial); política penitenciária (instituição prisional); - relacionamento com a política social

45 PODER PUNITIVO CRIMINALIZAÇÃO PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA - todas as sociedades contemporâneas que institucionalizam ou formalizam o poder (estado) selecionam um reduzido numero de pessoas que submetem à sua coação com o fim de impor-lhes uma pena - criminalização: seleção penalizante, resultado da ação de agencias que formam o sistema penal

46 Etapas: - criminalização primária: ato e efeito de sancionar uma lei penal material que incrimina ou permite a punição de certas pessoas ato formal programático agencias políticas (parlamentos, executivos) Criminalização primária como declaração referente a condutas e atos - criminalização secundária: ação punitivos exercida sobre pessoas concretas, que acontece quando agências policiais detectam uma pessoa que supõe ter praticado certo ato criminalizado primariamente, a investigam, privam-na da liberdade de ir e vir, submetem-na a agencia judicial, passando por um processo público, até chegar a agencia penitenciária

47 - cifra oculta: disparidade entre a quantidade de conflitos criminalizados que realmente acontecem numa sociedade e aquela parcela que chega ao conhecimento das agencias do sistema - agencias de criminalização secundaria com limitada capacidade operacional considera-se natural que o sistema penal leve a cabo a seleção de criminalização secundaria apenas como realização de uma parte ínfima do programa primário

48 ORIENTAÇÃO SELETIVA DA CRIMINALIZAÇÃO SECUNDARIA - agencias de criminalização secundária estão incumbidas de decidir quem são as pessoas criminalizadas e, ao mesmo tempo, as vitimas potenciais protegidas - seleção se opera sobre os criminalizados e sobre os vitimizados - poder das agencias policiais condicionada pelo poder de outras agencias: mídia, política,... - impunidade como regra e criminalização secundária como exceção - no plano jurídico, a seleção lesiona o princípio da isonomia (art. 5º.): lei distingue pessoas e autoridade pública promove aplicação distintiva da lei

49 SELETIVIDADE E VULNERABILIDADE - atos grosseiros cometidos por pessoas sem acesso positivo à mídia acabam sendo divulgados como os unidos delitos e tais pessoas como únicos delinqüentes - estereótipo coletivo: fixação de imagem pública do delinqüente componentes de classe, étnicos, etários, de gênero, estéticos - estereótipo como principal critério seletivo de criminalização secundária - uniformidade da população carcerária - seleção criminalizante secundária conforme o estereótipo condiciona o funcionamento das agencias do sistema penal, o que o torna inoperante para qualquer outra clientela

50 - prisionização suposição coletiva de que as prisões são povoadas por autores de fatos graves X cometedores de delitos grosseiros cometidos por fins lucrativos - vulnerabilidade: características pessoais se enquadram no estereótipo criminal, sua educação só permite a realização de ações ilícitas toscas, e a etiquetagem (labelling) suscita a assunção de papel - agencias selecionam aqueles que andam pelos espaços públicos com o figurino social dos delinqüentes, prestando-se à criminalização; - conclusão pública de que a delinqüência se restringe aos segmentos subalternos da sociedade; - sistema penal atuação em forma e filtro: vulnerabilidade ao poder punitivo dependente de sua correspondência com um estereótipo criminal;

51 - a pessoa que se enquadra no estereótipo não precisa fazer um esforço muito grande para colocar-se em posição de risco criminalizante, enquanto o que não se enquadra no estereótipo deve fazer esforço para colocar-se em situação de risco - seletividade mais acentuada em sociedades estratificadas, ou em sociedades marcadas por preconceitos raciais, desenvolvidos a partir de fenômenos migratórios. - seletividade como fenômeno estrutural - criminalização correspondente apenas supletivamente à gravidade do delito

52 PODER DAS AGENCIAS DE CRIMINALIZAÇÃO SECUNDÁRIA - especial destaque as agencias policiais - agencias judiciais limitam-se a resolver os poucos casos selecionados pela polícia - penitenciarias recolhem algumas pessoas entre as selecionadas pelo poder das agencias anteriores - realidade do poder punitivo é inversa à sustentada no discurso jurídico, que coloca o legislador em primeiro lugar, seguido pelo juiz e dando pouco poder à polícia - a polícia exerce poder seletivo, o juiz pode reduzi-lo, ao passo que o legislador abre um espaço para a seleção que nunca sabe contra quem será individualmente exercida. - sistema penal subterrâneo: conjunto de delitos cometidos por operadores das próprias agências do sistema penal, ocorrido na razão inversão do controle que sofram por parte de outras agencias.

53 SELEÇÃO VITIMIZANTE - vitimização como processo seletivo que corresponde à mesma fonte e reconhece uma etapa primária - seleção vitimizante secundária decorrente da vulnerabilidade ao delito classes subalternas são as mais vulneráveis - seletividade da atuação de segurança pública e privada - risco vitimizante se distribui na razão inversão do poder social das pessoas: agencias outorgam maior segurança a quem detém maior poder - vulnerabilidade à vitimização: classe, sexo, etária, racial,...

54 SELEÇÃO POLICIZANTE (Nilo Batista e Zaffaroni) - policização: processo de seleção, treinamento e condicionamento institucional ao qual se submetem os operadores das agências policiais - recrutamento nas mesmas camadas sociais com maior incidência de seleção criminalizante e vitimizante - estereótipo policial tão carregado quanto o criminal - policização como processo de assimilação institucional violador de direitos humanos e seletivo quanto à criminalização e vitimização, que recai preferentemente sobre homens jovens de camadas populares, vulneráveis a seletividade, pela escassez do mercado de trabalho

55 IMAGEM BÉLICA E FUNÇÃO POLÍTICA - criminalizados, vitimizados e policizados selecionados nos estratos sociais inferiores exercício de poder estimula e reproduz antagonismos entre pessoas dos estratos mais frágeis (auto-destruição) - imagem bélica do poder punitivo: aumento dos níveis de antagonismo nos estratos sociais inferiores, impedimento da coalizão no interior desses estratos, amento da distancia e incomunicabilidade entre os diversos estratos sociais, potencialização dos medos, desconfianças e paranóias, apresentação dos críticos ao abuso de poder como coniventes com os delinqüentes, - estado de polícia como modelo de estado que corresponde a essa organização social.

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