Hipótese de Incidência Fato Gerador Obrigação Tributária Lançamento Tributário Crédito Tributário CDA LEF

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1 PONTO 1: NATUREZA DO TRIBUTO 1. Conceito de Direito Tributário 1 É ramo do Direito Público, uma vez que presente o Poder de Império do Estado na relação jurídica, prepondera o interesse da coletividade. Ao particular é imposto o dever de adimplemento do tributo. Dá-se a subordinação do particular, portanto, independe sua vontade na relação jurídica. O que ocorre é imposição estatal decorrente da norma, de coerção. O Direito Tributário compõe-se de normas cogentes, ou seja, obrigatórias, impostas; A relação jurídico-tributária é de direito obrigacional, denominada obrigação tributária, impondo ao particular o dever jurídico de prestar tributo; A Obrigação nasce da lei e não do contrato, não há autonomia da vontade, mas imposição legal. A obtenção de receitas refere-se às receitas tributárias, que são aquelas que se enquadram no conceito de tributo. Neste ponto, importa referir a diferenciação entre Direito Tributário e Direito Financeiro. O Direito Tributário regula a atividade financeira do Estado no pertinente à tributação, naquilo que se enquadra no conceito de tributo. (Receita Tributária Imposto de Renda x Receita não-tributária aluguéis, vendas de ativos, decorrentes de privatizações de Estatais); Fixa limites ao poder de tributar, seja através dos princípios, das imunidades e da competência tributária. 2. Conceito de Tributo Definição dada pelo art. 3 do CTN: "tributo é toda prestação pecuniária compulsória em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada". Hipótese de Incidência Fato Gerador Obrigação Tributária Lançamento Tributário Crédito Tributário CDA LEF 3. Estrutura do Sistema Tributário Nacional O Sistema Tributário Nacional tem como fundamento de validade a Constituição Federal de 1988 CRFB/1988, que traz em seu Título VI, intitulado Da Tributação e do Orçamento, no Capítulo I Do Sistema Tributário Nacional, os artigos 145 ao 162. Tais artigos estabelecem: - Princípios Gerais; - Limitações ao Poder de Tributar; - Competência para a Instituição de Tributos, - Repartição das Receitas Tributárias. 1 Direito Tributário é o ramo do Direito que se ocupa das relações entre o Fisco e as pessoas sujeitas a imposições tributárias de qualquer espécie, limitando o poder de tributar e protegendo o cidadão contra os abusos desse poder. (MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 26ª ed. São Paulo, Malheiros Editores, 2005, p. 65). 1

2 A Constituição Federal outorga competência para instituição de tributos que deverão ser instituídos pelas pessoas de direito público por meio de suas leis. Em nível infraconstitucional, tem-se o Código Tributário Nacional - CTN, Lei n de 25 de outubro de Apesar de anterior à Constituição Federal de 1988, sendo Lei Ordinária, foi recepcionado como Lei Complementar. Explica-se: a referência do CTN é a Constituição de 1946 e a Emenda Constitucional n. 18 de 1965, quando não havia o conceito de Lei Complementar, sendo, pois, à época, Lei Ordinária. Por isso, tendo em vista que trata de matérias que hoje são privativas de lei complementar, atualmente, tem-se como Lei Complementar em razão da matéria. CTN Força de Lei Complementar (...) a de que se tratava de uma lei ordinária com força de lei complementar. Lei ordinária porque obedeceu ao respectivo processo de formação. Com força de lei complementar porque só outra lei complementar poderia afetar as normas gerais de direito tributário nela embutidas. (STJ, 2 a. T., Res /RS, excerto do voto Min. Ari Pargendler, jun/1997) Não excede recordar que a Lei no /66 o Código Tributário Nacional foi aprovada como lei ordinária da União, visto que naquele tempo a lei complementar não apresentava o caráter ontológico-formal que só foi estabelecido com o advento da Constituição de Todavia, com as mutações ocorridas no ordenamento anterior, a citada lei adquiriu eficácia de lei complementar, pelo motivo de ferir matéria reservada, exclusivamente, a esse tipo de ato legislativo. E, com tal índole, foi recepcionada pela constituição de 1988 (CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 14 a. edição. São Paulo:Saraiva, 2002, p 59/60) A incidência de tributação deve obediência estrita ao princípio constitucional da legalidade (artigo 150, inciso I). O Código Tributário Nacional, com a autoridade de lei complementar que o caracteriza, recepcionado pela atual Carta Magna (artigo 34, parágrafo 5º, dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias), define o conceito de renda e o de proventos de qualquer natureza (artigo 43, incisos I e II) (...). (AG /PR, Rel. Luiz Carlos de Castro Lugon, 3. Turma, 24/08/2006) PONTO 2: ESPÉCIES DE TRIBUTO O Sistema Tributário Nacional apresenta as seguintes espécies tributárias: imposto, taxa, contribuição de melhoria, empréstimos compulsórios e as chamadas contribuições especiais. Cada espécie tributária possui características e regime jurídico próprio, diferenciadas em sua essência. Em verdade, a CRFB/1988 traz em seu artigo a previsão de apenas três espécies tributárias, a saber: imposto, taxa e contribuição de melhoria, repetindo, em síntese, a divisão proposta no artigo 5 do CTN 3. Pela análise sistemática do Sistema Tributário Nacional e conforme entendimento dominante, pode-se encontrar as outras duas espécies. O artigo 149 da CRFB/ revela a existência das contribuições especiais, que podem figurar em diferentes formas e com diversas finalidades. No mesmo caminho, segue a exegese do artigo 148 da 2 CRFB/1988, art. 145: A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: I impostos; II taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; III contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. 3 CTN, art. 5 : Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. 4 CRFB/1988, art. 149: Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas,observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, 6, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. 2

3 CRFB/1988, que outorga competência à União para a instituição de empréstimos compulsórios, caracterizados, portanto, como espécie tributária. 1. Imposto O artigo 16 do CTN estabelece que "Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte". A característica fundamental do imposto que o diferencia da taxa, é a sua não-vinculação. O imposto é criado em caráter geral, não havendo vinculação específica a uma atividade estatal. O fato gerador do imposto não se liga a atividade estatal específica relativa ao contribuinte. O sujeito passivo da relação jurídica tributária realiza o fato gerador do imposto, nascendo a obrigação e o posterior crédito tributário, independentemente de uma atuação estatal. Não há contraprestação específica, pessoal e direta pelo imposto pago, não há contrapartida. Nas palavras de Roque Carrazza, "os impostos são, pois, prestações pecuniárias desvinculadas de qualquer relação de troca e utilidade" 5. A receita da arrecadação de impostos servirá para financiamento do ente estatal, custeando serviços e finalidades a serem postos para toda a coletividade, independendo se para contribuintes ou nãocontribuintes. Tal valor é aplicado na sociedade como um todo, desimportando o individual que foi sujeito da relação jurídico-tributária. Ressalte-se que tal exação pode nascer ou pelo comportamento ou pela situação jurídica do sujeito. Conforme artigo 167, IV da Constituição fica vedada a vinculação da receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, salvo as exceções expressamente apresentadas 6. A progressividade do imposto tem como escopo a majoração das alíquotas dos impostos, conforme CFRB/1988: Art. 145, 1º. Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. Imposto Pessoal Imposto Real Os impostos pessoais são aqueles que levam em conta o aspecto subjetivo. A riqueza é subjetivamente considerada. Levam em conta a riqueza do contribuinte. É o caso do Imposto de Renda e do Imposto sobre Grandes Fortunas. Os impostos reais são aqueles que levam em conta o aspecto objetivo. A riqueza é objetivamente considerada. Ignoram o sujeito passivo. É o caso do IPTU e do ITR. A progressividade do imposto tem como escopo a majoração das alíquotas dos impostos, conforme o critério base estabelecido na Constituição. O montante do imposto é alterado progressivamente, tendo como fim último a completa efetivação, em tese, do princípio da isonomia e da capacidade contributiva, prevenindo desigualdades na imposição da exação. 5 CARRAZZA, Roque Antônio. Curso de Direito Constitucional Tributário. 22ª ed. São Paulo, Malheiros Editores, 2006, p CRFB/1988, art. 167: São vedados: (...) IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, 8º, bem como o disposto no 4º deste artigo. 3

4 No mais das vezes, ao buscar a efetivação da progressividade, a lei escolhe a base de cálculo como referencial aplicável, impondo alíquota maior, conforme o aumento da base de cálculo, em uma relação direta, progressiva e proporcional. A EC 29/2000 estabeleceu, no que tange ao IPTU, a progressividade em razão do valor do imóvel e a diferenciação de alíquotas conforme a localização e o uso do imóvel. Os impostos reais somente serão progressivos quando a Constituição expressamente referir, como é o caso do IPTU (art. 156, 1 o ) e do ITR (art. 153, 4 o, I) Seletividade do Imposto: É medida em razão da essencialidade. Implica tributação diferenciada conforme a qualidade do objeto. Ser seletivo implica ter alíquotas diferenciadas dependendo do produto ou do tipo de produto. Seletividade - IPI: Art Compete à União instituir impostos sobre: (...) IV produtos industrializados; (...) 3 O imposto previsto no inciso IV: I será seletivo, em função da essencialidade do produto; Seletividade - ICMS: Art O imposto previsto no inciso II (ICMS), atenderá o seguinte: III poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços; 2. Taxa As taxas, a teor do que preceitua o CTN em seu artigo 77, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto a sua disposição 7. Nota-se a diferenciação entre imposto e taxa. Enquanto o imposto não possui vinculação a uma atuação estatal, a taxa é imposta em decorrência do poder de polícia ou decorrente do serviço público estatal. Aqui reside a principal característica da taxa, qual seja, a sua vinculação a uma atuação estatal, a uma atividade desenvolvida pelo ente estatal, sujeito ativo da obrigação tributária. A teor do artigo 77, parágrafo único, do CTN, e do artigo 145, 2º da CRFB/1988, a taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto. Taxa Princípio da legalidade "Dispositivo por meio do qual o Ministério do Meio Ambiente, sem lei que o autorizasse, instituiu taxa para inspeção de importações e exportações de produtos da indústria pesqueira, a ser cobrada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis IBAMA, com ofensa ao princípio da legalidade estrita, que disciplina o Direito Tributário." (ADI MC, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em , DJ de ). No mesmo sentido: ADI MC, Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em , DJ de Taxa Característica Referibilidade - Custo do Serviço 7 CRFB/1988, art. 145, II, com exceção da expressão regular, igualmente preceitua: II taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição. 4

5 "Taxa: correspondência entre o valor exigido e o custo da atividade estatal. A taxa, enquanto contraprestação a uma atividade do Poder Público, não pode superar a relação de razoável equivalência que deve existir entre o custo real da atuação estatal referida ao contribuinte e o valor que o Estado pode exigir de cada contribuinte, considerados, para esse efeito, os elementos pertinentes às alíquotas e à base de cálculo fixadas em lei. Se o valor da taxa, no entanto, ultrapassar o custo do serviço prestado ou posto à disposição do contribuinte, dando causa, assim, a uma situação de onerosidade excessiva, que descaracterize essa relação de equivalência entre os fatores referidos (o custo real do serviço, de um lado, e o valor exigido do contribuinte, de outro), configurar se-á, então, quanto a essa modalidade de tributo, hipótese de ofensa à cláusula vedatória inscrita no art. 150, IV, da Constituição da República. Jurisprudência. Doutrina." (ADI MC-QO, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em , DJ de ) Taxa de Iluminação Pública - Inconstitucional Conforme Súmula 670 do STF: O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa Taxa de iluminação pública. ( ) Tributo de exação inviável, posto ter por fato gerador serviço inespecífico, não mensurável, indivisível e insuscetível de ser referido a determinado contribuinte, a ser custeado por meio do produto da arrecadação dos impostos gerais. (RE , Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em , DJ de ) 2.3 Os Preços Públicos e Tarifas As taxas não se confundem com os preços públicos. Primeiramente, importa referir que tarifa é expressão sinônima de preço público, ambos não se relacionando com a espécie tributária taxa. A grande diferenciação existente entre taxa e tarifa reside no fato de que aquela é de natureza tributária, estando permeada por normas de direito público. A tarifa é regida pelo direito privado, não se sujeitando às normas e princípios de natureza tributária.o preço público ou tarifa é a contraprestação advinda de uma relação contratual, ainda que realizada com o Estado. Paga-se preço público, derivado de contrato e não pela imposição legal, havendo, portanto, igualdade entre as partes e disposição do objeto do negócio. Ademais, é inerente a cobrança de preço público àquelas atividades que, mesmo sendo prestadas pelo ente estatal, estejam no campo da exploração de atividade econômica de gênese privada. Um exemplo de cobrança de preço público ou tarifa seria a decorrente da locação de um prédio público, quando pela contratação as partes convencionam a avença, restando o pagamento do preço pela locação do imóvel. A matéria já foi, inclusive, sumulada pelo Supremo Tribunal Federal 8, que acabou por não resolver a questão, permanecendo intensa controvérsia acerca do tema. Custas e Emolumentos pertencem à espécie tributária taxa. Isto porque é serviço público específico e divisível exigido quando da sua efetiva utilização, com o escopo de ressarcir o custo estatal no cumprimento de sua função judiciária, típica função estatal. Sobre o tema da natureza jurídica dessa exação, o Supremo Tribunal Federal firmou jurisprudência no sentido de se tratar de tributo da espécie taxa (Representação 1.077). Ela resulta da prestação de serviço público específico e divisível, cuja base de cálculo é o valor da atividade estatal deferida diretamente ao contribuinte. A taxa judiciária deve, pois, ser proporcional ao custo da atividade do Estado a que se vincula. E há de ter um limite, sob pena 8 Súmula 545 STF: Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e tem sua cobrança condicionada a prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu. 5

6 de inviabilizar, à vista do valor cobrado, o acesso de muitos à Justiça. (ADI 948, Rel. Min. Francisco Rezek, julgamento em , DJ de ) "A instituição dos emolumentos cartorários pelo Tribunal de Justiça afronta o princípio da reserva legal. Somente a lei pode criar, majorar ou reduzir os valores das taxas judiciárias. Precedentes." (ADI 1.709, Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em , DJ de ) 2.4 Pedágio A classificação jurídica do pedágio é matéria que traz consigo polêmicas e discussões doutrinárias acerca da natureza jurídica do instituto. Albergado pelo artigo 150, V, da CRFB/1988 9, o pedágio surge como exceção frente à proibição de limitação ao tráfego de pessoas e bens. Neste mote, as divergências doutrinárias vagam no sentido de, primeiro, caracterizá-lo como tributo e, segundo, encaixá-lo na definição e estrutura de alguma das espécies tributárias. O Supremo Tribunal Federal, na ocasião do julgamento do Recurso Extraordinário /RS, em acórdão da lavra do Min. Carlos Velloso, afirmou tratar-se de um tributo, e tributo da espécie taxa Contribuições de Melhoria A CRFB/1988, a teor do artigo 145, III, outorga competência concorrente à União, Estados, Distrito Federal e Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, para a instituição e arrecadação da contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas que representem valorização imobiliária, sendo esta um tributo vinculado a uma atuação estatal específica, qual seja, a realização da obra pública. A hipótese de incidência é a valorização imobiliária, o acréscimo do valor do imóvel, localizado nas áreas beneficiadas direta ou indiretamente por obras públicas. O artigo 81 do CTN estabelece que a contribuição de melhoria é instituída para fazer frente ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária. Dois aspectos devem figurar para dar ensejo à exigência da contribuição de melhoria, quais sejam, a realização de obra pública e a conseqüente valorização imobiliária. 4. Empréstimos Compulsórios Os empréstimos compulsórios estão definidos no artigo 148, incisos I e II da CRFB/1988, sendo de competência privativa da União Federal instituí-los por meio de lei complementar, com o escopo de atender as despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência, e no caso de investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional. Ressalte-se que, dada a sua natureza e por expressa disposição constitucional 11, os recursos provenientes da arrecadação dos empréstimos compulsórios estão vinculados à despesa que fundamentou a sua instituição. 9 CRFB/1988, art. 150: Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...)V estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público. 10 Tributário. Pedágio. Lei nº 7.712, de 22/12/88. Pedágio: natureza jurídica: taxa: CF, art. 145, II, art. 150, V. Legitimidade constitucional do pedágio instituído pela Lei nº 7.712, de 1988 (RE , Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 25/06/99). 11 CRFB/1988, art. 148, parágrafo único: A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. 6

7 5. Contribuições Especiais/Sociais As contribuições, em suas diversas modalidades, constituem ponto de intensa discussão na doutrina e jurisprudência. Elas são criadas e exigidas almejando determinada finalidade, fim social a ser promovido. São conhecidas também como contribuições especiais com o objetivo de diferenciá-las das contribuições de melhoria, e estão postas no ordenamento cumprindo a referibilidade entre a arrecadação e a atividade estatal a ser desempenhada. O preceito legal do artigo 149 da CRFB/1988, ao tratar das contribuições, assim dispõe: Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, sem prejuízo do previsto no art. 195, 6, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. Portanto, salvo exceções constitucionais 12, as contribuições sociais, as contribuições de intervenção no domínio econômico e as contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas são de competência exclusiva, privativa, da União Federal. Como visto, as contribuições podem revestir-se de determinadas características, as quais permitem a sua classificação em três subespécies, quais sejam, contribuições interventivas, contribuições corporativas e contribuições sociais, consoante a finalidade e o campo de sua atuação. Ressalte-se que as contribuições não estão veiculadas apenas no artigo 149 da CRFB/1988, figurando na Carta Magna outros dispositivos que veiculam espécies de contribuição. Encontramos no texto constitucional as contribuições do artigo 149, do artigo 149-A e do artigo 195. A contribuição do artigo 149-A 13 foi inserida pela Emenda Constitucional n 39/2002, que restou por incluir no sistema a chamada contribuição para o custeio do serviço de iluminação, outorgando competência tributária aos Municípios e ao Distrito Federal para assim instituírem, respeitando as limitações ao poder de tributar. Conforme Súmula 670 do STF: O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa Taxa de iluminação pública. ( ) Tributo de exação inviável, posto ter por fato gerador serviço inespecífico, não mensurável, indivisível e insuscetível de ser referido a determinado contribuinte, a ser custeado por meio do produto da arrecadação dos impostos gerais. (RE , Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em , DJ de ) O artigo 195 da CRFB/1988, seus incisos e parágrafos, por sua vez, estabelecem as contribuições sociais para a seguridade social e a sua forma de financiamento por toda a sociedade de forma indireta e direta. 12 CRFB/1988, art. 149, 1, acrescentado pela Emenda Constitucional 41/2003, estabelece a competência concorrente dos Estados, Distrito Federal e Municípios. 13 CRFB/1988, art. 149-A: Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. 7

8 PONTO 3: COMPETÊNCIA LEGISLATIVA EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA 1. Conceito de Competência Tributária A palavra competência traduz a idéia de poder limitado, atribuído a alguém ou ao Estado. Na República Federativa do Brasil, o Poder Tributário é partilhado entre a União, os Estadosmembros, o Distrito Federal e os Municípios. A atribuição constitucional de competência tributária compreende a competência legislativa plena, que é o poder de instituir e exonerar tributos. 14 O fato da arrecadação do tributo ser distribuída a outras pessoas de direito público não faz com que deixe de pertencer à competência tributária do ente que o instituiu. 15 A competência tributária é indelegável, uma vez que atribuída constitucionalmente. Admite-se que outra pessoa de direito público exerça atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, pois não implica transferência de poder, mas tão somente de funções administrativas. 16 Não constitui delegação de competência tributária o cometimento pelas pessoas de direito privado do encargo ou função de arrecadar tributos. Simples função de caixa, que hoje é atribuída a estabelecimentos bancários. 17 Síntese: a) competência tributária é indelegável; b) funções de arrecadar fiscalizar tributos, executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, podem ser atribuídas a outras pessoas jurídicas de direito público; c) simples função de arrecadar, função de simples caixa, pode ser atribuída à pessoa jurídica de direito privado. (pagamento de tributos na rede bancária). 2. Da Competência: Privativa, Comum/Concorrente e Residual Especificamente discriminada na CRFB/1988, as pessoas políticas, e somente estas, receberam a competência tributária nos moldes e repartições estabelecidos no texto constitucional, ora estabelecendo a competência privativa, residual e comum nos seguintes moldes: 14 Art. 6º A atribuição constitucional de competência tributária compreende a competência legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, e observado o disposto nesta Lei. Parágrafo único. 15 CTN, art. 6º, parágrafo único: Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito público pertencem à competência legislativa daquela a que tenham sido atribuídos. 16 Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do 3º do artigo 18 da Constituição. 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir. 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido. 17 Art. 7º, 3º: Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos. 8

9 a) Competência Privativa da União: Cabe privativamente/exclusivamente à União, segundo texto constitucional, a instituição dos seguintes tributos: art. 153: (II, IE, IR, IPI, IOF, ITR e IGF) Imposto sobre: I importação de produtos estrangeiros; II exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; III renda e proventos de qualquer natureza; IV produtos industrializados; V operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; VI propriedade territorial rural; VII grandes fortunas, nos termos de lei complementar. art. 148: Empréstimos Compulsórios: I para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". art. 154, II: Impostos Extraordinários de Guerra: II Na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causa de sua criação. art. 149: Contribuições Sociais, de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE), e de Interesse das Categorias Profissionais ou Econômicas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, 6, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. art. 195: Contribuições para a Seguridade Social. b) Competência Privativa dos Estados e do Distrito Federal: Cabe privativamente/exclusivamente aos Estados e ao Distrito Federal, segundo texto constitucional, a instituição dos seguintes tributos: art. 155: (ITCD, ICMS, IPVA) I Imposto Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD), de quaisquer bens ou direitos; II ICMS, operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; III IPVA, propriedade de veículos automotores. c) Competência Privativa dos Municípios e do Distrito Federal: Cabe privativamente/exclusivamente aos Municípios, segundo texto constitucional, a instituição dos seguintes tributos: art. 156: (IPTU, ITBI, ISS) I IPTU, propriedade predial e territorial urbana; II ITBI, transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; III ISS, serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar. art. 149-A: (CIP) Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública, os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. 9

10 Ao analisar e classificar a competência tributária privativa, incumbe anotar que o art. 147 da CRFB/1988 estabelece que compete à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais. d) Competência Residual da União: A competência residual foi dada somente à União pelo texto constitucional, outorgando competência residual para esta instituir impostos e contribuições residuais, ou seja, não previstas expressamente pela constituição, conforme art. 154, I e 195, Tais exações ao serem criadas no exercício da competência residual devem, entretanto, por disposição constitucional, estar submetidas à sistemática da não-cumulatividade e não possuir fato gerador ou base de cálculo próprias das já discriminadas na CRFB/1988. e) Competência Concorrente/Comum: Esta competência dada pelo texto constitucional, confere a todos os entes tributantes a possibilidade de instituir determinados tributos concorrentemente no âmbito de suas atribuições. Estão submetidas à competência concorrente os seguintes tributos: art. 145, II Taxas;. art. 145, III Contribuições de Melhoria; art. 149, 1 : Contribuições Previdenciárias cobradas de seus servidores. É conferida esta competência concorrente aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para instituir contribuição, cobrada de seus respectivos servidores, para o custeio em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art , cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. QUESTÕES 1 - (22 o. Concurso Procurador da República ) Assinale a alternativa correta: (a) as contribuições (sindical, social da seguridade social, FGTS) estão relacionadas à atuação do Estado; (b) a Constituição Federal não cria tributo; (c) pelo que depreende do inciso I, do art. 154, do Estatuto Político Fundamental, contribuições não podem ser criadas com o mesmo fato gerador e a mesma base de cálculo de outras já existentes ou de impostos; (d) o empréstimo compulsório para atender a despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, à vista do caráter de urgência, pode ser instituído, excepcionalmente, por medida provisória. 2 - (23 o. Concurso Procurador da República) Assinale a alternativa correta: Para o custeio de serviço de iluminação pública, os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir (EC no. 39/2002): (a) taxa de iluminação pública; (b) contribuição de melhoria; (c) imposto que tenha como base de cálculo o valor da fatura de consumo; 18 CRFB/1988, art. 154, I: A União poderá instituir: I mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição. CRFB/1988, art. 195, 4 : A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o art. 154, I. 19 CRFB/1988, art. 40: Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. 10

11 (d) contribuição, facultada sua cobrança na fatura de consumo de energia elétrica. 3 (21 o. Concurso Procurador da República) Dispositivo de lei que altera, antecipando o prazo de recolhimento de obrigação tributária: (a) apenas tem aplicação no ano seguinte ao da data da sua edição; (b) recai sobre as exações fiscais de imediato; (c) incide a partir da vigência da lei desde que a alteração do prazo propicie algum benefício ao contribuinte; (d) implicando aumento de tributo, indiretamente, fica sobrestada a sua eficácia para o ano seguinte ao da sua edição se se trata de tributo cujo lançamento é por homologação 4 - (VIII Concurso Juiz Federal da 4 a Região) Considerar as seguintes afirmações, assinalando, adiante, a alternativa correta: A fixação de prazos para o recolhimento de tributos: I. É matéria sujeita ao princípio da reserva legal, não podendo ser regulada por ato da Administração; II. É matéria que só pode ser regulada em nível constitucional; III. É matéria não sujeita ao princípio da reserva legal, podendo ser regulada por ato da Administração. (a) apenas as alternativas I e II estão corretas; (b) apenas a alternativa I está correta; (c) apenas a alternativa II está correta; (d) apenas a alternativa III está correta. 5 (18 o Concurso Procurador da República) Emolumentos devidos pela prestação de serviços notariais e/ou registrais têm natureza jurídica: (a) preço público (b) taxa (c) de caráter privado, podendo parte de seu produto ser vinculado a determinado órgão como Caixa de Assistência de Advogados e Associação de Magistrados; (d) preço público, somente na hipótese de a prestação de serviços de serventia extrajudicial advir, por delegação do poder público, por considerar-se exercício de função revestida de estabilidade. 6 (19 o Concurso Procurador da República) Na Constituição Federal vigente, no tocante aos tributos, foi adotada a política legislativa de: (a) competência residual concorrente entre as pessoas de direito público interno nos três níveis; (b) competência residual reservada privativamente à União; (c) sistema igual ao da Constituição anterior no pertinente ao poder de isentar tributos; (d) competência não partilhada entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios para instituir Contribuição de Melhoria. 7 (21 o. Concurso Procurador da República) Preço Público constitui Receita do Estado: (a) dotado de força compulsória se a sua cobrança; (b) e encerra relação de direito público; (c) e tem natureza contratual; (d) dotado de natureza mista: de direito público em razão do poder intervencionista do Estado na atividade e de direito privado em decorrência da efetiva utilização do serviço público por particular. 8 (17 o Concurso Procurador da República) A contribuição de melhoria: (a) tem como base de cálculo parte dos gastos totais com a realização da obra pelo poder público; (b) tem como hipótese de incidência a valorização imobiliária; (c) tem caráter remuneratório; (d) decorre da prestação de um serviço público numa determinada localidade. 9 - (IX Concurso Juiz Federal da 4 a. Região) Assinale a alternativa correta: (a) A natureza jurídica do tributo é determinada pela destinação legal do produto de sua arrecadação, a fim de assegurar a eqüidade na partilha das competências tributárias. 11

12 (b) A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra. (c) A atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos não compreende as garantias e privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir. (d) A função de arrecadar tributos não pode ser atribuída a pessoas jurídicas de direito privado, salvo mediante delegação de competência tributária, nos casos previstos em lei (X Concurso Juiz Federal da 4 a. Região) Assinalar a alternativa correta: (a) O crédito tributário é constituído pela ocorrência do fato imponível. (b) O crédito tributário é constituído pela inscrição em dívida ativa, feita pela autoridade administrativa competente. (c) O crédito tributário regularmente constituído pela decisão administrativa em processo fiscal. (d) O crédito tributário é constituído pelo lançamento feito privativamente pela autoridade administrativa competente. 11. ( ) O legislador federal, enquanto cria tributo, não pode fugir da matriz constitucional. 12. ( ) A Constituição Federal, ao repartir as competências tributárias, delimitou em caráter privado apenas o campo de competência da União Federal. 13. ( ) Pelo princípio da indelegabilidade das competências tributárias, é irrelevante venha a receita de determinado tributo ser distribuída a outra pessoa de direito público. 14. ( ) É impossível tributar o produto financeiro resultante de atividades criminosas. 15. ( ) Discernem-se fato gerador e hipótese de incidência, emprestando concretude ao primeiro e natureza abstrata à segunda. 16. ( ) Em razão de sua peculiar natureza, porquanto implica posterior obrigação de ressarcimento, o empréstimo compulsório refoge ao rol dos tributos. 17. ( ) No âmbito do Direito Tributário, taxa e tarifa são termos que guardam sinonímia. 18. ( ) Há precedentes no Supremo Tribunal Federal no sentido de que o pedágio constitui taxa de serviço. 19. (X Concurso Juiz Federal) Assinalar a alternativa correta. a) Tratando-se de rendimentos produzidos por atividade ilícita, decorrendo a validade dos atos jurídicos dos requisitos de agente capaz, objeto lícito e forma prescrita ou não defesa em lei, é inadmissível o poder tributante exigir imposto cuja obrigação tem por fato imponível situação penalmente reprovável. b) Tratando-se de rendimentos produzidos por atividade ilícita, não incide Imposto de Renda, porquanto não descrito pelo legislador ato ilícito como elemento de hipótese de incidência. c) Tratando-se de rendimentos produzidos por atividade ilícita, a exigência tributária fica sobrestada até o pronunciamento declaratório da licitude da atividade. d) Tratando-se de rendimentos produzidos por atividade ilícita, é exigível o imposto, visto que a ilicitude dos atos praticados não interfere na relação tributária (Secretaria da Fazenda do RJ) Quanto à enumeração dos impostos previstos na Constituição Federal, pode-se afirmar que: a) é exaustiva. b) depende do que dispuser o Código Tributário Nacional. c) inexiste competência residual à luz da Constituição Federal vigente. d) não é exaustiva, visto que a União poderá instituir outros impostos, mediante lei complementar. 12

13 21 - (Esaf) Denomina-se preço público a) a prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. b) a prestação pecuniária exigida pelo Poder Público, decorrente de tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. c) a prestação pecuniária decorrente de tributo instituído para fazer face ao custo de obras públicas de que resulte valorização imobiliária. d) a obrigação do sujeito passivo, que surge com a ocorrência do fato gerador e tem por objeto o pagamento de tributo. e) a prestação pecuniária, decorrente da livre manifestação do comprador, exigida pelo Estado, por órgão estatal, ou por entidade ligada ao Poder Público, pela venda de um bem material ou imaterial (Esaf) O tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte, denomina-se: a) taxa. b) contribuição de melhoria. c) Imposto. d) empréstimo compulsório. e) preço público (Esaf) ( ) As taxas são instituídas para suportar os custos da realização de obras públicas que decorra a valorização imobiliária de particulares (Esaf) ( ) As contribuições de melhoria são devidas em função da prestação de serviços públicos divisíveis (Esaf) ( ) O imposto sobre grandes fortunas, de competência da União, pode ser instituído nos termos da lei ordinária, a exemplo do que ocorre, em regra, com os demais impostos (Esaf) ( ) Os Municípios e os Estados, assim como a União, têm competência para instituir impostos extraordinários, em caso de calamidade pública (Esaf) A Constituição Federal atribui aos Estado a competência para instituição de: a) Taxas, contribuições de melhoria e empréstimos compulsórios. b) Contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas, contribuições de melhoria e taxas. c) Contribuições sociais relativas à seguridade social, contribuições de melhoria e taxas. d) Empréstimos compulsórios e imposto sobre a propriedade de veículos automotores. e) Contribuições de intervenção no domínio econômico e imposto sobre a transmissão causa mortis (Cespe/Unb) ( ) Em caso de calamidade pública, os estados podem instituir empréstimos compulsórios, desde que por lei complementar. DPU-Cespe Em conformidade com a CF e com o Código Tributário Nacional, julgue os próximos itens ( ) Consoante o texto constitucional, a definição da espécie tributária empréstimo compulsório cabe à lei complementar. 30 ( ) Considere que um menor esteja privado de sua liberdade de locomoção em razão de medida socioeducativa por prática de delito. Assim, em razão desse fato, o menor ficará insuscetível de sujeição passiva tributária, transferindo-se a responsabilidade para o pai. 13

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