INTRODUÇÃO À PAVIMENTAÇÃO
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- Pietra Affonso Laranjeira
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1 INTRODUÇÃO À PAVIMENTAÇÃO
2 Engenharia rodoviária Uma das mais antigas conhecida Primeiros aglomerados humanos Necessidade de chegar aos lugares de interesse Caminhos curtos e seguros 2
3 Engenharia rodoviária As técnicas de pavimentação evoluíram com os meios de transporte terrestres Andando Animais Veículos com tração animal surgimento da roda 3
4 EGITO Uma das mais antigas estradas pavimentadas implantadas não se destinou a veículos com rodas, mas a pesados trenós destinados ao transporte de cargas elevadas Para construção das pirâmides ( AC), vias com lajões justapostos em base com boa capacidade de suporte. Atrito era amenizado com umedecimento constante (água, azeite, musgo molhado) 4
5 ÁSIA Estrada de Semíramis (600 a.c.) entre as cidades da Babilônia (região da Mesopotâmia em grego, região entre rios que abrangia na antiguidade aproximadamente o que é hoje o território do Iraque) e Ecbatana (reino da Média, no planalto Iraniano) Cruzava o Rio Tigre - transformou-se hoje em estrada asfaltada 5
6 ÁSIA Estrada Real (500 a.c.) ligando Iônia (Éfeso) do Império Grego ao centro do Império Persa, Susa (no Irã de hoje) Via com mais de 2000 km de extensão Conclusão em 323 a.c. 93 dias de percurso (30 km/dia) Servida de postos de correio, pousadas e pedágio Os veículos com rodas de madeira necessitavam de superfícies revestidas 6
7 ÁSIA Época de Alexandre, o Grande (anos 300 a.c.), havia a estrada de Susa até Persépolis (aproximadamente a 600km ao sul do que é hoje Teerã, capital do Irã), passando por um posto de pedágio, as Portas Persas, possibilitando o tráfego de veículos com rodas desde o nível do mar até 1.800m de altitude 7
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10 Velhos caminhos da China (200a.C.) e Índia Estrada da Seda: uma das rotas de comércio mais antigas e historicamente importantes grande influência nas culturas da China, Índia, Ásia e também do Ocidente Localizada nas proximidades de um dos mais hostis ambientes do planeta, o Deserto de Taklimakan, cercado ao Norte pelo Deserto de Gobi e nos outros 3 extremos pelas maiores cadeias de montanha do mundo (Himalaya, Karakorum e Kunlun) 10
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12 Velhos caminhos da China (200a.C.) e Índia A Estrada da Seda não existia apenas com o propósito do comércio da seda, mas de diversos outros bens como ouro, marfim, animais e plantas exóticas O bem mais significativo carregado nesta rota não era a seda, mas a religião, o budismo 12
13 Os veículos com rodas de aço necessitavam de estruturas mais resistentes Civilizações: Grécia Império Romano 13
14 Império Romano Maior responsável pelo planejamento e construção viária Objetivos militares de manutenção da ordem no vasto território do Império (Otaviano Augusto no ano 27 a.c.) Deslocamento de tropas de centros estratégicos para as localidades mais longínquas Implantação de um sistema construído robusto e com elevado nível de critério técnico Sistema de classificação das vias segundo a importância (públicas do Estado, militares, locais e privadas) 14
15 Pavimento (espessura 1m-1,5m) Fundação: pedras grandes Camada Intermediária: areia, pedregulho, argila Camada de Superfície: pedras nas bordas, pedregulhos, limalha de ferro (espessura 5cm-7,5cm, podendo chegar a 60cm) 15
16 Pompéia, Itália Via Ápia Próximo a Roma, Itália Lyon, França Tempo e tráfego tiraram o material ligante 1ª estrada construída de maneira científica Espessuras superiores a 1 m (pavimento maciço) 3 a 4 camadas de pedras assentadas manualmente 16
17 Queda do Império Romano em 476d.C. e durante os séculos seguintes, as novas nações européias fundadas perderam de vista a construção e a conservação das estradas França: a primeira (desde os romanos) a reconhecer o efeito do transporte no comércio, dando importância à velocidade de viagem Carlos Magno, no final dos anos 700 e início dos anos 800, modernizou a França, semelhantemente aos romanos, em diversas frentes: educacional, cultural e também no que diz respeito ao progresso do comércio por meio de boas estradas 17
18 Séculos X a XII de pouco cuidado com os Caminhos Reais da França uma das causas da decadência da Europa civilizada Mudança significativa no reinado de Felipe Augusto ( ), quando a França passa a ter novamente a preocupação de construir novas estradas e conservá-las Ingleses: observando a forma como eram calçados os caminhos da França, conseguiram construir as vias mais cômodas, duráveis e velozes da Europa, o que foi importante para o progresso da indústria e comércio do país 18
19 Experiências na Inglaterra, Escócia, França e Portugal: Mascarenhas Neto (1790) Tratado para Construção de Estradas: uma preciosa referência para o meio rodoviário Já havia uma grande preocupação com diversos aspectos hoje sabidamente importantes a se considerar em uma boa pavimentação: Drenagem e abaulamento x erosão Distância de transporte Compactação Sobrecarga Marcação (estaqueamento) 19
20 Pós-Renascença: Tresaguet ( ) Estruturas mais leves Bases bem drenadas (drenagem) Manutenção contínua (manutenção) 20
21 Pós-Renascença: MacAdam ( ) e Telford ( ) Importância da compactação Estabilização granulométrica Revestimentos mais confortáveis (cascalhos, paralelepípedos) 21
22 Telford MacAdam 22
23 AMÉRICA Império Inca (1400 s) Equador, Peru, Norte do Chile, Oeste da Bolívia e Noroeste da Argentina: Sistema viário avançado: 2 estradas longitudinais (serrana e costeira) interligadas por vias transversais até km A Estrada do Sol (Estrada Real): Trechos de 1 m (pedestres e animais) até 16m (veículos militares) de largura, presença de armazéns e refúgios espaçados ao longo da estrada, pontes, túneis, contenções, drenos 23
24 Era Moderna Séc. XIX (1ª Metade): Ferrovias Séc. XIX (2ª Metade): Automóvel popularização? Pneus, motores 24
25 Séc. XX: evolução tecnológica do automóvel Asfalto Ford (linhas de produção) Fundamentos Mec. Solos e Pavimentação Esforços de guerra Pistas Experimentais Manuais da AASHTO Estudos de desempenho de pavimentos, etc. Séc. XXI: exigências cada vez mais crescentes 25
26 Brasileiro 1560 Caminho do Mar Ligação São Vicente Planalto Piratininga recuperada em 1661 como Estrada do Mar Em 1790: nova recuperação com lajes de granito Calçada de Lorena 1726 Caminho do Ouro: Minas ao RJ Resquícios em Parati e várias outras cidades Também chamada Estrada Real (Estrada Velha, de Parati a Ouro Preto, e Estrada Nova do RJ a Diamantina por Ouro Preto) 1841 D. Pedro II Porto da Estrela (RJ) a Petrópolis (RJ) 26
27 Brasileiro 1854 Primeira ferrovia no Brasil Mauá a Raiz da Serra (RJ) 1865 Estrada de Rodagem União e Indústria ligando Petrópolis a Juiz de Fora (144km) Marco na modernização da pavimentação e do país Primeira estrada a usar macadame como base/revestimento no Brasil era usual o calçamento com pedras importadas de Portugal Largura de 7m, leito ensaibrado e compactado, drenagem Traçado permitia a impressionante velocidade de 20 km/h das diligências Estrada original está alterada trechos absorvidos pela BR-040/RJ 27
28 Brasileiro 1903 Licenciados os primeiros carros particulares 1906 Calçamento asfáltico em grande escala na cidade do Rio de Janeiro Prefeito Rodrigues Alves 1919 Instalação da Ford Motor Company no Brasil 1928 Estradas RJ a Petrópolis e RJ a SP (que se tornou a Via Dutra em 1949) Malha ferroviária brasileira: 3.000km 1937 Criação do DNER a. Guerra Mundial: avanços na tecnologia rodoviária 28
29 Brasileiro 1942 Contato com engenheiros norte-americanos Construção das pistas de aeroportos e estradas de acesso durante a 2ª Guerra Mundial (Belém, Fortaleza, Natal, Recife, Maceió e Salvador) CBR 1942 apenas 1.300km de rodovias pavimentadas, uma das menores extensões da América Latina 1945 Rodovia RJ - Bahia 29
30 Brasileiro 1950 Pavimentação da RJ - São Paulo (Dutra): Sem estudo geotécnico Espessuras constantes de 35cm (20cm de base de macadame hidráulico e 15cm de um revestimento de macadame betuminoso por penetração dosado pela regra a quantidade de ligante é a que o agregado pede Programa de melhoria das estradas vicinais, incluindo a abertura e melhoramento de estradas no Nordeste 30
31 Brasileiro 1956 Implantação da indústria automobilística 1959 Criação da Associação Brasileira de Pavimentação (ABPv) e do Instituto de Pesquisas Rodoviárias (IPR) 1960 Fim do Governo de Juscelino Kubischek Criação de Brasília, Estradas radiais e Plano Nacional de Viação Malha ferroviária totalizava km 1964 Alguns projetos de estradas do Governo militar: Transamazônica Ponte Rio - Niterói 31
32 Brasileiro km de rodovias pavimentadas km de rodovias pavimentadas Maior extensão da América Latina Malha ferroviária: km 1996 Início do programa de concessões 32
33 Brasileiro km de rodovias pavimentadas km federais, km estaduais e km municipais km de rodovias não pavimentadas (federais, estaduais e municipais) Malha ferroviária: km Contraste: ~ 10% de vias pavimentadas no Brasil ~ 50% de vias pavimentadas nos EUA e Europa ~ 20% de vias pavimentadas na América do Sul 33
34 Rede rodoviária nacional 34
35 Engenharia rodoviária Evolução da humanidade: Necessidade de alcançar novos caminhos e transportar maiores quantidades de carga Desenvolvimento da indústria e aperfeiçoamento dos veículos de transporte Desenvolvimento das técnicas e métodos de construção de estradas Futuro? 35
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