AVALIAÇÃO SÍSMICA DE REDES DE GÁS E COMBUSTÍVEL

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1 AVALIAÇÃO SÍSMICA DE REDES DE GÁS E COMBUSTÍVEL M. João Falcão SILVA Bolseira de Investigação LNEC Lisboa Rita BENTO Professora Auxiliar IST, ICIST Lisboa SUMÁRIO O principal objectivo deste estudo é a avaliação da vulnerabilidade sísmica de redes de gás e combustível, cujos resultados podem ser usados para estimar o seu desempenho e danos prováveis em sismos futuros. Definem-se e identificam-se os elementos vulneráveis destas redes, avaliando-se posteriormente a sua vulnerabilidade sísmica. A metodologia utilizada para estimar os danos observados baseia-se no proposto no HAZUS99, sendo função do tipo de componentes dos sistemas e do movimento esperado. Aplica-se a metodologia a troços da TRANSGÁS e CLC, traçando-se as correspondentes curvas de fragilidade e probabilidades associadas a cada estado de dano das várias componentes das redes. 1. INTRODUÇÃO A protecção sísmica de redes de gás, principalmente compostas por tubagens enterradas, tornou-se uma preocupação crescente nos últimos anos em Portugal. Em particular na área metropolitana de Lisboa este problema tem uma importância aumentada, se for tido em conta que se trata de uma área grande que apresenta não só um elevado crescimento demográfico como também uma grande concentração de edifícios residenciais e industriais alimentados pelas redes de distribuição de gás e combustível existentes. As consequências directas ou indirectas da ocorrência de um sismo em qualquer das redes referidas são aspectos muito importantes a ser considerados pelas entidades Governamentais e agências de planeamento de emergência. Embora algumas regiões, atendendo às suas características, sejam mais

2 446 SÍSMICA º Congresso Nacional de Sismologia e Engenharia Sísmica vulneráveis à ocorrência destes fenómenos naturais, a elaboração tanto de estudos de vulnerabilidade sobre as redes referidas como a definição de planos de emergência deve ser prática corrente, por forma a permitir uma redução ou até a eliminação dos riscos e danos causados pelas acções sísmicas. A importância das redes de gás e combustível em conjunto com outras, como sejam as redes de estradas, de caminhos de ferro, de electricidade, de fornecimento de águas, de recolha de lixos e de telecomunicações relacionam-se directamente com as práticas económicas e sociais observadas nas regiões afectadas pela acção dos sismos. Em particular, no que refere à zona de Lisboa, região historicamente sísmica, tudo o que permita o conhecimento do comportamento provável das redes (em que se incluem as de gás e combustível) após um sismo é um factor determinante para a prevenção: i) por permitir definir as actividades economico-sociais a empreender no pós-sismo e ii) por assegurar a intervenção adequada das entidades decisionais e operacionais na região afectada. Deste modo, será possível que as entidades mencionadas estejam preparadas e possam tentar prever as consequências de um sismo. Com base em estudos de vulnerabilidade sísmica também será possível apresentar propostas de forma a que as entidades responsáveis possam, por um lado, efectuar as modificações necessárias por forma a melhorar a resposta sísmica destes sistemas, por outro organizar prontamente procedimentos de salvamento em situações de catástrofe. 2.VULNERABILIDADE SÍSMICA DE REDES DE GÁS E COMBUSTÍVEL Um sistema de gás é constituído por tubagens enterradas (em alguns casos particulares podem ser não enterradas), centro de despacho e estações de compressão. Relativamente às redes de combustível tem-se como componentes: tubagens enterradas, refinaria, centrais de bombagem e tanques de armazenamento. Tanto as redes de gás como as redes de combustível apresentam grande vulnerabilidade à ocorrência de sismos. A avaliação da vulnerabilidade sísmica de todos os elementos constituintes das redes de gás e combustível pode ser feita a partir de relações empíricas previamente conhecidas, definidas a partir dos danos observados em componentes semelhantes em sismos passados. As relações empíricas referidas baseiam-se no tratamento estatístico das consequências de um sismo nas estruturas em questão. Os efeitos da acção sísmica em estruturas podem ser considerados como base em: i) uma definição estrutural (física) ou ii) uma definição operacional (funcional). Para a definição da avaliação sísmica da estrutura, usam-se funções de vulnerabilidade, definidas a partir da análise do comportamento estrutural para níveis de intensidade sísmica diferentes, que podem ser quantificados em termos de: Aceleração de pico do solo (PGA); Velocidade de pico do solo (PGV); Escala de intensidade sísmica, como a Escala de Mercalli Modificada (MMI); Deslocamento permanentes do solo (PGD).

3 M. João Falcão SILVA, Rita BENTO 447 A velocidade de pico do solo é a medida frequentemente escolhida para quantificar a acção sísmica para as tubagens enterradas, em virtude de se observar que a tensão medida ao nível do solo, e consequentemente ao nível das tubagens, se encontra directamente relacionada com a velocidade de pico do solo. Em outras situações usa-se uma escala de intensidade sísmica, como a de Mercalli modificada [1]. Porém, como o dano mais relevante nas redes de gás e combustível estudadas resulta das deformações permanentes do solo (liquefacção, escorregamento lateral e falhas activas) a caracterização da acção sísmica, na definição de funções de vulnerabilidade, é definida com base nas deformações permanentes do solo. No presente artigo, caracterizam-se os efeitos de sismos nos componentes das redes de gás e combustível em termos da capacidade operacional afectada, no intervalo de tempo imediatamente após a acção sísmica (dano directo). 3. DEFINIÇÃO DAS PRINCIPAIS COMPONENTES DAS REDES Nas Redes de Gás as únicas componentes existentes, para além dos centros de despacho e das tubagens enterradas, são as estações de compressão, correspondentes aos chamados postos de redução de pressão e medida (PRP e PRM). As estações de compressão não são mais do que elementos que, à semelhança das centrais de bombagem integrantes nos sistemas de combustíveis, servem para manter a fluência do gás nas tubagens que atravessam grandes extensões de uma dada região ou país. As referidas estações compreendem compressores centrífugos e recíprocos, embora não se faça qualquer tipo de distinção entre as análises efectuadas para estes dois tipos de elementos dos sistemas de gás. Pode-se ainda distinguir estações de compressão com ou sem subcomponentes ancorados, isto é, para os quais existiu ou não dimensionamento sísmico. As estações de compressão são vulneráveis aos valores de PGA, por vezes aos valores de PGD se se encontrarem localizadas em zonas susceptíveis de liquefazer e ao deslizamento de terrenos. As componentes das Redes de Combustível são os centros de comando, equivalentes aos centros de despacho das redes de Gás, as tubagens enterradas, as refinarias, as centrais de bombagem e os tanques de armazenamento. As refinarias são parte vital de um sistema de abastecimento de combustíveis, sendo utilizadas no processamento/tratamento do crude antes da sua utilização. Na metodologia proposta no HAZUS99 consideram-se dois tamanhos de refinarias: pequeno e médio/grande. As refinarias pequenas, que apresentam capacidade máxima de barris/dia, são constituídas por edificações várias, tanques metálicos, pilhas de barris, outros equipamentos eléctricos e mecânicos e, ainda, tubagens não enterradas. As pilhas referidas são essencialmente do tipo chaminés cilíndricas bastante altas. As refinarias médias a grandes, com capacidade superior a barris/dia, são obtidas por adição de mais redundâncias às refinarias pequenas (por exemplo: duplicação dos tanques, das pilhas e das tubagens não enterradas). Para além das refinarias existem ainda as centrais de bombagem, que servem fundamentalmente para manter a fluência dos combustíveis nas tubagens que atravessam um dado local ou região. Esta fluência, ao nível dos combustíveis, é conseguida à custa de bombas, duas ou mais, que fazem parte da constituição das referidas centrais. Os tipos de bombas utilizadas podem ser centrífugas ou alternadas. No entanto não se faz qualquer distinção entre estes dois tipos de

4 448 SÍSMICA º Congresso Nacional de Sismologia e Engenharia Sísmica bombas na análise dos sistemas de combustíveis. As centrais de bombagem são classificadas como apresentando ou não subcomponentes ancoradas. Por fim, nas redes de combustíveis, considera-se ainda outro tipo de componente: os complexos de armazenamento. Estes são responsáveis pelo armazenamento dos combustíveis. Incluem tanques, tubagens e componentes eléctricos. Tal como as centrais de bombagem podem ser classificados como apresentando, ou não, subcomponentes ancoradas. Pelo facto de serem os tanques de armazenamento os elementos que determinam o tipo de danos predominantes nos complexos de armazenamento, quando se estiverem a estudar os danos resultantes da ocorrência de uma dada acção sísmica ao nível dos complexos de armazenamento de combustível passam-se apenas a referir os tanques. As refinarias, centrais de bombagem e tanques de armazenamento são vulneráveis a valores de pico das acelerações do solo (PGA) ou a deformações permanentes do solo (PGD), quando localizados em zonas que apresentem elevado potencial de liquefacção ou em zonas em que se verifique a predisposição para a ocorrência de deslizamentos de terrenos ou mesmo a ocorrência de falhas. Relativamente às tubagens enterradas, pertencentes tanto à rede de gás como à rede de combustíveis, pode-se afirmar que apresentam vulnerabilidade a valores de pico da velocidade do solo (PGV) e a deformações permanentes do solo (PGD). Como tal, pode-se concluir que os danos resultantes da ocorrência de uma dada acção sísmica em redes de gás e combustível se encontram associados a três parâmetros diferentes caracterizadores do movimento do solo: PGA, PGV (exclusivo para as tubagens) e PGD. 4. AVALIAÇÃO DOS DANOS NAS COMPONENTES DAS REDES Seguidamente procede-se à definição da metodologia do HAZUS99 [2] para as componentes das redes de gás e combustível, à excepção das tubagens enterradas. Desta forma quando o objectivo é a quantificação dos danos nos diferentes elementos da rede é necessário, em primeiro lugar, identificar a sua origem. Considera-se que os danos nas componentes da rede podem ser: devido à acção dinâmica imposta pelo movimento do solo (DIN); devido à rotura do solo: ocorrência de liquefacção (LIQ); ocorrência de deslizamento de terrenos (DESL); movimento de uma falha geológica (FAL). Conhecido o tipo de origem de danos, a avaliação dos danos nas diferentes componentes das redes em estudo é feita a partir de curvas de fragilidade (para as componentes não enterradas) ou de funções de danos (para as tubagens enterradas). As curvas de fragilidade apresentam distribuições log-normal e fornecem a probabilidade de serem atingidos ou excedidos os diferentes níveis de danos (ds i ) para um determinado nível de movimento do solo, isto é para um dado cenário sísmico. É possível definir-se um total de 5 estados de danos (ds 1 a ds 5 ) para todas as componentes não enterradas destes sistemas de transporte e distribuição: Sem danos (ds1) Danos ligeiros (ds2) Danos moderados (ds3) Danos extensos (ds4) Danos completos (ds5)

5 M. João Falcão SILVA, Rita BENTO 449 Por outro lado, as funções de danos definem o número de reparações por unidade de comprimento de tubagem enterrada. Desta forma tem-se que: Para todas as componentes, com excepção das tubagens enterradas, as curvas de fragilidade encontram-se definidas pela mediana dos valores de PGA ou PGD (este último no caso de ocorrer a rotura do solo) e pelo correspondente factor de dispersão; Para as tubagens enterradas as funções de danos encontram-se definidas a partir dos valores de PGV ou PGD. À semelhança do que foi efectuado para as tubagens enterradas procedeu-se também a uma ligeira correcção ao nível dos valores da mediana de PGA ou PGD e do factor de dispersão em virtude dos valores preconizados pelo HAZUS99 [2] corresponderem à realidade dos Estados Unidos em que se admite como máximo da solicitação sísmica 0,4g enquanto que para Portugal este limite fica por valores inferiores a 0,3g. Como esta relação corresponde a cerca de 2/3 sugere-se que os valores das medianas utilizados na aplicação da metodologia às redes de gás e combustível em Portugal sejam multiplicados por este factor. 5. PROBABILIDADES ASSOCIADAS AOS DANOS NAS COMPONENTES NÃO ENTERRADAS DAS REDES Para as componentes não enterradas das redes em estudo é necessário, considerando cada um dos efeitos indicados anteriormente, que se identifiquem com clareza as variáveis de entrada e a metodologia seguida no cálculo das probabilidades associadas aos danos, isto é, na definição das curvas da fragilidade. É necessário calcular separadamente o efeito dinâmico do movimento do solo e os efeitos causados pela rotura do solo. Como se concluiu de estudos anteriores que o efeito mais negativo no que refere à rotura do solo é a ocorrência de liquefacção e porque a metodologia é idêntica se ocorrerem grandes deformações dos solos devido a outros fenómenos, apresenta-se apenas o cálculo das probabilidades de danos associados a este efeito, para além do efeito dinâmico. 5.1 Probabilidades de danos associadas ao efeito dinâmico - P[Ds ds i ] DIN Relativamente ao efeito dinâmico do movimento do solo as variáveis de entrada necessárias para a quantificação das probabilidades de danos são os valores que caracterizam o sismo e a classificação das componentes em estudo. Para caracterizar a acção sísmica deve-se conhecer o valor do valor de pico de aceleração do solo (PGA). Na rede de gás tem-se estações de compressão e para as caracterizar deverá ser necessário saber se foi dimensionada, ou não, para resistir à acção sísmica. Na presença de um dimensionamento sísmico, identifica-se a componente como tendo ou não componentes ancorados. Para cada uma das classes o HAZUS99 fornece um conjunto de medianas (X i ) e de coeficientes de dispersão (β i ). Com estes valores definidos e associados a cada estado de dano calculam-se as probabilidades de dano correspondentes equação (1). No caso das Redes de Gás em estudo pode-se dizer que todas as estações de compressão são consideradas como apresentando componentes ancoradas.

6 450 SÍSMICA º Congresso Nacional de Sismologia e Engenharia Sísmica c [ PGA] ln[ X ] ln i P[ Ds dsi ] DIN = Φ βi i = 2,3,4 e 5 (1) em que: Φ Função de distribuição normal (cumulativa) No que refere à rede de combustível a caracterização da Refinaria é feita com base na existência, ou não, de componentes ancoradas e na sua capacidade (pequenas ou médias/grandes). A Refinaria de Sines, única existente na rede em estudo embora localizada fora da zona em análise, corresponde a uma refinaria de grande capacidade, com componentes ancorados. A classificação das Centrais de Bombagem (com ou sem componentes ancoradas) permite que se conclua que para a rede de combustível da CLC tem-se apenas, como referido, a Central de Bombagem em Sines, que corresponde a uma central de bombagem com componentes ancorados. Para os Tanques de armazenamento, todos localizados em Aveiras, verificou-se a existência de dimensionamento sísmico das suas componentes (componentes ancoradas) Probabilidades de danos associadas à rotura do solo: liquefacção - P[Ds ds i ] LIQ Associados à liquefacção do solo existem dois fenómenos distintos: movimento lateral e assentamento. Assim é necessário, para cada estado de dano, calcular as probabilidades de ocorrência de cada um destes fenómenos. Para efeitos do cálculo das probabilidades globais de dano de cada componente só se consideram as probabilidades associadas ao fenómeno mais provável de ocorrer (movimento lateral ou assentamento). As variáveis de entrada são o sismo e a classificação da componente. Para identificar o sismo deve-se introduzir o valor da probabilidade de ocorrer a liquefacção no local (p LIQ ) e os valores associados à existência de movimento lateral permanente devido à liquefacção (PGD LAT ) ou de assentamento permanente devido à liquefacção (PGD ASS ). Para a classificação das componentes procede-se de forma análoga à referida para o efeito dinâmico da acção sísmica. A partir da classificação, dos valores da mediana (X RFi ) e do desvio padrão de variável ln x (β Rfi ) associados a cada estado de dano e correspondentes à rotura da fundação (RF) calculam-se: i) Danos devido a movimento lateral: P [ Ds ds ] ln = Φ ii) Danos devido a assentamento: P [ Ds ds ] c [ PGD LAT ] ln[ X ] p RFi i LAT LIQ i = β RFi c [ PGDASS ] ln[ X ] 2,3,4 e 5 ln RFi i ASS = Φ pliq i = 2,3,4 e 5 β RFi (2) (3) As probabilidades de dano associadas à liquefacção podem então ser determinadas através da equação: P [ Ds ds i ] LIQ = MAX {P [ Ds ds i ] LAT ; P [ Ds ds i ] ASS } (4)

7 M. João Falcão SILVA, Rita BENTO FUNÇÕES DE DANOS NAS TUBAGENS ENTERRADAS DAS REDES Também no que se refere às tubagens enterradas estuda-se separadamente os danos provocados pela propagação das ondas sísmicas e pelas deformações permanentes do solo. A determinação dos danos nas tubagens enterradas (número de reparações por unidade de comprimento RR) associados ao efeito dinâmico do solo (quantificado em termos de PGV) é feita segundo a equação (5). A partir da classificação das tubagens enterradas (frágil ou dúctil) é possível obter o factor correctivo K m que estabelece a distinção entre os dois tipos de tubagens. A expressão proposta no HAZUS99 não inclui a influência do diâmetro da tubagem na avaliação dos danos. Para considerar a influência dos diferentes diâmetros, introduziu-se o factor K φ [3]. No caso de rotura do solo as variáveis de entrada são a acção sísmica e, tal como para o efeito dinâmico, a classificação das tubagens enterradas. Para quantificar a acção deve-se introduzir o valor da probabilidade de ocorrer rotura do solo (liquefacção, deslizamento de terrenos ou falha geológica Prob liq, Prob desl e Prob fal ) e o valor esperado do deslocamento permanente resultante da liquefacção (PGD lat ou PGD ass ), deslizamento de terrenos (PGD desl ) ou da ocorrência de movimentos numa falha geológica (PGD fal ) equação (6). R.R PGV [reparações/km] = K φ 0,00003 PGV 2,25 (5) R.R PGD [reparações/km] = K m 0,6 Prob PGD 0,56 (6) Nesta metodologia, para a determinação de danos das tubagens enterradas assume-se que os danos resultantes da propagação das ondas sísmicas consistem em cerca de 80% de fugas e 20% de roturas, enquanto que os danos devido às deformações permanentes do solo correspondem acerca de 20% de fugas e 80% de roturas. Estes são também os valores adoptados neste estudo. Assim, se não ocorrer nenhum fenómeno associado à rotura do solo, o número de roturas das tubagem por unidade de comprimento (ROT) será obtido de acordo a equação (7). Se, pelo contrário, ocorrer a rotura do solo utiliza-se a equação (8). ROT [roturas/km] = 0,2 K φ K m 0,0001 PGV 2,25 (7) ROT [roturas/km] = 0,2 K φ K m 0,0001 PGV 2,25 + 0,8 K m 0,6 Prob PGD 0,56 (8) 7. APLICAÇÃO DA METODOLOGIA PROPOSTA PELO HAZUS99 Como as componentes enterradas (tubagens) já foram alvo de estudos anteriores [4] orienta-se o presente estudo no sentido de determinar a vulnerabilidade sísmica das componentes não enterradas das redes: estações de compressão denominadas PRP e PRM (postos de redução de pressão ou medida) para as redes de gás e a refinaria, centrais de bombagem e tanques de armazenamento relativamente à rede de combustível (CLC). Como referido, considera-se separadamente para todas as componentes não enterradas das redes em estudo, os efeitos de propagação das ondas sísmicas (PGA) e das deformações permanentes do solo (PGD). Para a aplicação da referida metodologia foi necessário que se estabelecesse um cenário sísmico para que, com base nele e a partir das curvas de fragilidade,

8 452 SÍSMICA º Congresso Nacional de Sismologia e Engenharia Sísmica se determinasse as probabilidades associadas a cada tipo de dano para cada uma das componentes não enterradas das redes de gás e combustível. Assim, considerou-se para o efeito da propagação das ondas sísmicas um PGA de 1,183g e para o efeito dos movimentos permanentes do solo um PGD de 0,32m [3]. Para este cenário obteve-se, para cada uma das diferentes componentes das redes, as curvas de fragilidade e as correspondentes probabilidades associadas a cada estado de dano, para os efeitos de PGA - Figuras 1, 2 e 3 - e PGD - Figura 4. Os resultados obtidos e representados na Figura 1 mostram que, para um PGA de 1,183g, cerca de 60% dos danos observados nos Postos de Redução de Pressão e Medida correspondem a danos completos, isto é em que foi atingido o colapso. Relativamente aos restantes danos cerca de 30% apresentam extensão considerável, enquanto aproximadamente 5% correspondem a danos moderados. Conclui-se que, para este cenário sísmico e para este tipo de componentes, cerca de 90 a 95% dos danos são passíveis de comprometer o seu funcionamento. Pa PGA [g] Figura1: Curvas de fragilidade e probabilidades associadas a cada estado de dano em Postos de Redução Pressão e Medida da TRANSGÁS e Central de Bombagem da CLC As curvas de fragilidade e as correspondentes probabilidades de dano para um PGA de 1,183g observadas para a Refinaria de Sines estão representados na Figura 2. Com os resultados obtidos pode-se concluir que esta componente apresenta para a solicitação sísmica considerada um desempenho mais negativo na medida em que cerca de 80% dos danos observados correspondem a danos completos, correspondentes ao colapso da estrutura. Do restante cerca de metade (10%) correspondem a danos extensos e a outra metade a danos moderados. Em termos de resposta as Centrais de Bombagem apresentam-se como as Estações de Compressão, sendo os valores médios e desvio padrão considerados para as duas componentes os mesmos. Como tal pode-se reforçar (Figura 1) que cerca de 90% dos danos são bastante gravosos dos quais a grande maioria (60%) corresponde ao colapso da estrutura. Em seguida apresentam-se os resultados obtidos da análise efectuada para os Tanques de Armazenamento de Aveiras Figura 3. Conclui-se que os danos nestas componentes são muito elevados, na medida em que aproximadamente 95% deles se consideram como completos, isto é traduzem uma situação de colapso da estrutura e de total inoperacionalidade. Mesmo os restantes danos observados (cerca de 5%) correspondem a danos extensos, que por si já inviabilizam o correcto funcionamento das componentes em causa. 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% ECCA Danos completos Danos extensos Danos moderados Danos ligeiros Sem danos

9 M. João Falcão SILVA, Rita BENTO 453 Pa PGA [g] Figura 2: Curvas de fragilidade e probabilidades associadas a cada estado de dano da Refinaria da CLC. Pa PGA [g] Figura 3 Curvas de fragilidade e probabilidades associadas a cada estado de dano nos Tanques de Armazenamento da CLC. Na análise do efeito dos movimentos permanentes do solo em todas as componentes referidas anteriormente considerou-se um cenário sísmico para o qual o valor de PGD é de 0,32m. Os resultados obtidos encontram-se representados na Figura 4. Pode-se observar que para o efeito dos movimentos permanentes do solo apenas se consideram três estados de danos [2] e que 10% dos danos correspondem a danos completos, enquanto que dos restantes quase metade correspondem a uma situação em que se verificou ausência de danos. Para este efeito verificase que em cerca de 40% dos casos, e para a solicitação sísmica obtida [3], é possível que as componentes mantenham o seu desempenho, não inviabilizando o funcionamento da rede como um todo. Pa PGD [cm] Figura 4: Curvas de fragilidade e probabilidades em todas as componentes não enterradas consideradas, função de PGD. 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% RGCA TACA ECCA Danos completos Danos extensos Danos moderados Danos ligeiros Sem danos Danos completos Danos extensos Danos moderados Danos ligeiros Sem danos Danos Completos Danos Extensos Sem Danos

10 454 SÍSMICA º Congresso Nacional de Sismologia e Engenharia Sísmica 8. CONCLUSÕES A metodologia proposta pelo HAZUS 99, desenvolvida para estimar os danos observados nas diferentes componentes das redes resultantes da ocorrência de um sismo, permite a avaliação sísmica de cada uma das componentes do sistema. A avaliação sísmica global das redes de gás e combustível pode ser facilmente feita recorrendo a um Sistema de Informação Geográfico (SIG). Com este procedimento obtêm-se o estado de dano local (correspondente a uma dada componente de rede) e global do sistema, para determinado cenário sísmico. Da avaliação das componentes das redes de gás e combustível, para o cenário sísmico adoptado neste estudo, verificou-se que: O efeito da propagação das ondas sísmicas traduz danos mais gravosos, qualquer que seja a componente não enterrada em análise. Pelo contrário, para as tubagens enterradas, o efeito mais severo corresponde ao efeito das deformações permanentes do solo [3]; Das redes estudadas, e considerando o efeito da propagação das ondas sísmicas, os elementos mais vulneráveis são os Tanques de Armazenamento de Combustível (CLC); Considerando ainda o efeito da propagação das ondas sísmicas verifica-se que os elementos que apresentam um desempenho mais favorável face a um dado cenário sísmico, são as Estações de Compressão (Postos de Redução de Pressão e Medida da TRANSGÁS) e as Centrais de Bombagem (CLC); Para a solicitação sísmica considerada mais de 60% dos danos observados para todas as componentes são danos completos, que correspondem ao colapso da estrutura. Em termos de probabilidades de ocorrência pode-se dizer que, na eventualidade de ocorrência de uma dada acção sísmica de magnitude considerável, as redes de gás e combustível teriam o seu funcionamento global inviabilizado em virtude de localmente as várias componentes terem colapsado. 9. AGRADECIMENTOS Este trabalho faz parte da actividade de investigação do Instituto de Engenharia de Estruturas, Território e Construção (ICIST) e foi parcialmente suportado pelo plurianual da FCT. 10. REFERÊNCIAS [1] Eguchi, R.T. - Early Post-Earthquake Damage Detection for Underground Lifelines, Final Report to the National Science Foundation, Dames and Moore P.C. Buried Pipelines and Equipment, Los Angeles, California, [2] HAZUS 99 Earthquake Loss Estimation Methodoloyg, Federal Emergency Management Agency, Washington D.C., [3] Falcão Silva, M.J. Avaliação da Vulnerabilidade Sísmica de Redes de Gás e Combustível, Tese de Mestrado, Instituto Superior Técnico, UTL, 2002, 254p. [4] Falcão Silva, M.J., Bento, R. e Azevedo, J. Avaliação da Vulnerabilidade Sísmica de Tubagens Enterradas em Redes de Gás e Combustíveis na Área Metropolitana de Lisboa, 5º ENSES, Ponta Delgada, S. Miguel, Açores, 2001, pp

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