Pág.1.Capa. Pág.2 Índice. Pág.3...O que é a sustentabilidade? / Para quê o desenvolvimento sustentável?
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- Jorge di Castro Ramires
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2 Pág.1.Capa Pág.2 Índice Pág.3...O que é a sustentabilidade? / Para quê o desenvolvimento sustentável? Pág.4.Para quê o desenvolvimento sustentável? / Como se torna uma cidade sustentável? (ambiente) Pág.5.Como se torna uma cidade sustentável? (ambiente/economia) Pág.6.Como se torna uma cidade sustentável? (economia) Pág.7-8.Projecto de uma Cidade Sustentável Pág.9....Bibliografia 2
3 A sustentabilidade é o conceito que relaciona a configuração dos aspectos ambientais, culturais, económicos e sociais da sociedade humana com a preservação da biodiversidade e ecossistemas naturais. Para um empreendimento ser sustentável tem de obedecer a 4 requisitos: Ecologicamente correcto Economicamente viável Socialmente justo Culturalmente aceite O termo original foi desenvolvimento sustentável adoptado pelo programa das Nações Unidas Agenda 21. Hoje o termo sustentabilidade é usado com um termo amplo referindo-se a todas as actividades humanas. O desenvolvimento sustentável é necessário para que se atenda ás necessidades presente sem comprometer a possibilidade de que as gerações futuras satisfaçam as suas próprias necessidades. 3
4 Este conceito pretende solucionar problemas relacionados com a exploração perigosamente descontrolada dos recursos naturais, e a poluição que se tem tornado cada vez mais evidente nestas ultimas décadas. O desenvolvimento sustentável permite assim melhorar a qualidade de vida, a confiança das pessoas no futuro, e sobretudo, sua possibilidade de levar avante iniciativas de realização do seu potencial. No ambiente: A sustentabilidade é uma responsabilidade partilhada por vários organismos, quer o governo, quer as autarquias, quer as empresas, quer as organizações ambientais, tendo obviamente as autarquias um papel crucial. No entanto, as preocupações ambientais e sustentáveis devem ser alargadas á sociedade, de modo a evitar que se ignorem os riscos sociais e ambientais em detrimento do desejo de acumulação de riqueza pessoal. Deve-se fazer uma redução do consumo dos recursos naturais, especialmente dos não-renováveis e dos lentamente renováveis, a redução da produção de resíduos através da reutilização e da reciclagem, a redução da poluição do ar, do solo e da água, bem como o aumento das áreas naturais e da diversidade biológica das cidades. Para tornar as cidades sustentáveis na área do ambiente (tal como nas outras áreas) é necessário que a União Europeia (UE) e os estados membros criem condições que permitam ás actividades económicas beneficiarem de uma prática mais ambiental. As autoridades devem reforçar o bem-estar da população, promovendo a igualdade e a integração social, assegurando a disponibilidade dos serviços e equipamentos básicos, assim como o ensino, formação, assistência médica, habitação e emprego. 4
5 Os planos de ordenamento de território são fundamentais para a execução de politicas de desenvolvimento sustentável. A reciclagem do solo anteriormente utilizado, ou dos edifícios existentes, a conservação dos espaços verdes, a protecção da paisagem (fauna e flora) são medidas que têm de estar presentes do ordenamento das cidades. Deverá haver o estabelecimento de relações ecológicas, uma melhor acessibilidade, eficiência energética e participação comunitária. A descontaminação do solo poluído, que é uma grande preocupação em projectos de renovação urbana, deverá ser vista como parte integrante de uma abordagem integrada que oferece a possibilidade de conseguir subsídios cruzados entre vários locais. Na Economia: As cidades devem ser sustentáveis de um ponto de vista económico, pois as finanças, actividades citadinas apropriadas (nomeadamente na área dos serviços, que é a área maioritária nas ocupações das actividades intracidade) e mesmo a igualdade económica de cada um influenciam o nível de vida e o bem estar psicológico dos cidadãos. Aliás, se há algo na nossa sociedade (chamem-lhe mal ou bem) é o facto de tudo, no fim de contas, se tratar de dinheiro. Outros projectos ou ideias para construir eco-casas, ambientes sócias sustentáveis ou seja o que for que seja para manter uma cidade sustentável cai sob a importância da todapoderosa moeda. Se há algo de que seja absolutamente óbvio é a importância do dinheiro na sociedade. Mas afinal de contas, como é que podemos criar uma cidade sustentável economicamente? Como exemplo documental, mostramos o plano de acção em Lisboa e como se planeia pô-lo em prática. Plano de Acção de Lisboa: da Carta à Acção Introdução: Entre 6 e 8 de Outubro de 1996 realizou-se em Lisboa (Portugal) a Segunda Conferência Europeia das Cidades e Vilas Sustentáveis, que contou com a participação de representantes de autoridades locais e regionais de toda a Europa. Esses representantes tomaram conhecimento do estado em que se encontra o processo da Agenda Local 21 em 35 países europeus e analisaram os progressos realizados desde a Primeira Conferência realizada em Maio de 1994 em Aalborg (Dinamarca). Procederam, igualmente, à 5
6 troca de ideias e experiências de boas práticas locais e exploraram oportunidades de colaboração com outras comunidades europeias em projectos conjuntos. Os representantes identificaram as necessidades das autoridades locais envolvidas nos processos da Agenda Local e ajudaram a moldar a fase seguinte da Campanha. Entretanto, 250 autoridades locais e regionais aderiram à Campanha Europeia das Cidades e Vilas Sustentáveis, lançada na Conferência de Aalborg por 80 municípios europeus signatários da Carta das Cidades e Vilas Europeias em Direcção à Sustentabilidade (Carta de Aalborg). Através da assinatura da Carta, essas autoridades assumiram o compromisso de desenvolver e alcançar um consenso no seio das respectivas comunidades locais sobre um plano de acção a longo prazo rumo à sustentabilidade (Agenda Local 21). A primeira fase da Campanha, com a duração de dois anos, foi dedicada à divulgação da sustentabilidade local através da promoção da Carta de Aalborg, instando as autoridades locais a assinar a Carta e a aderir à Campanha e fornecendo orientações sobre o processo da Agenda Local 21. A fase seguinte, lançada na Conferência de Lisboa, concentrar-se-á na execução dos princípios estabelecidos na Carta, iniciando e levando a cabo um processo da Agenda Local 21, e executará o plano de sustentabilidade local. Nesta fase, as autoridades locais europeias envolvidas contribuirão para a aplicação da Agenda 21 (Rio de Janeiro, 1992) e da Agenda Habitat (Istambul, 1996). Assim, os participantes na Conferência de Lisboa, de 1996, aprovaram o documento intitulado "Da Carta à Acção". O documento é baseado nas experiências locais, conforme relatado e debatido nos 26 workshops da Conferência, e toma em conta os princípios e as recomendações especificados na Carta de Aalborg, no "Step by Step Guide" da Comissão de Gestão das Administrações Locais do Reino Unido, no Relatório sobre Cidades Europeias Sustentáveis, do Grupo de Peritos em Ambiente Urbano da Comissão Europeia, e no Guia de Planeamento da Ambiente. Através do seu envolvimento na fase seguinte da Campanha Europeia das Cidades e Vilas Sustentáveis, os participantes na primeira conferência das administrações locais europeias realizada após a Conferência HABITAT II (Istambul, Junho de 1996), desejam contribuir para a aplicação da Agenda Habitat. Este é apenas o início do documento. Como é óbvio, Portugal não foi o primeiro a apresentar propostas, mas muitos outros também o fizeram. Esperemos assim fazer, neste novo milénio, uma cidade que se sustente na economia. 6
7 Masdar é uma cidade nos arredores da capital dos Emiratos Árabes Unidos, Abu Dhabi, e que está a ser construída com o objectivo de se tornar na primeira cidade auto-sustentável do mundo. 7
8 A cidade deverá, entre outros objectivos ambientais, ser neutra em CO2. Irá custar cerca de US$ 5 bilhões e começará a funcionar a partir de Este projecto revolucionário prevê uma cidade amuralhada com habitantes possuindo espaços de comércio, lazer, centros tecnológicos e universidades. Apesar de por baixo do seu solo possuir petróleo inexplorado, esse recurso não será usado na cidade, já que esta será abastecida apenas por energia eólica (captada em fazendas especialmente as construídas na periferia) e a energia solar (gerada naquela que será a maior central fotoeléctrica do mundo). Mas há mais: a água não potável, descartada pela cidade, servirá para irrigar as plantações destinadas à produção de biocombustíveis e o magnifico projecto de paisagismo. Como na cidade as temperaturas deverão ser á volta de 50º, ninguém andará de carro com ar-condicionado porque não haverá carros. As ruas, estreitas, serão sombreadas e ventiladas, projectadas para saudáveis e agradáveis caminhadas. Entre um ponto e outro, nenhuma distância ultrapassará os 200 metros, e o transporte público, para quem não quiser andar a pé, será sobre trilhos. O responsável pela construção da cidade é o sultão Ahmed al Jaber que terá a ajuda do o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, dos EUA. Os primeiros habitantes da cidade serão cientistas. Técnicos e universitários, responsáveis pela sua construção de modo a corrigir logo no início eventuais falhas no projecto. 8
9 -sustentabilidade.html f content/rncr_fichas/rncr_ficha_c.pdf Imagens: Google.com (imagens) 9
10 Jorge Santos nº 272; 10º K João Luís Silva nº 269; 10º K 10
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