INTRODUÇÃO...3 PANORAMA DAS MEDIDAS DE FORTALECIMENTO DA ENGENHARIA DE PROJETO NO BRASIL...5 ANTECEDENTES E DESAFIOS...8

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2 CONTEÚDO INTRODUÇÃO PANORAMA DAS MEDIDAS DE FORTALECIMENTO DA ENGENHARIA DE PROJETO NO BRASIL ANTECEDENTES E DESAFIOS CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES GRUPO 1 (PETRÓLEO E GÁS, NAVAL) INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES GRUPO 2 (AERONÁUTICO): INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES GRUPO 3 (INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE) INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES ANEXO...20 MODELO DE FICHA USADA PELOS RELATORES....21

3 INTRODUÇÃO A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a Financiadora de Estudos e Projetos ( FINEP), o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) promoveram no dia 22 de maio de 2013, o 2º Workshop de Engenharia de Projeto no Brasil, no Rio de Janeiro. O trabalho é fruto de parceria iniciada em 2011 e que resultou na realização do Workshop Engenharia de Projeto no País, em fevereiro de Na ocasião, foi reunido um grupo de especialistas do governo, da academia e das empresas para, a partir de um estudo de caracterização geral do segmento realizado pela Universidade de Campinas (Unicamp) por encomenda da ABDI, apontar os principais gargalos e oportunidades colocadas para a engenharia brasileira nos próximos anos. O grupo produziu ainda algumas recomendações de políticas de curto, médio e longo prazo. Na época, foi identificada a necessidade de aprofundar o estudo de caracterização da engenharia de projeto para setores econômicos específicos, estratégicos para a consolidação do desenvolvimento brasileiro. Parceria entre a ABDI e o Ipea tornou possível a realização de quatro estudos específicos para os setores de Petróleo e Gás, Aeronáutico, Naval e de Infraestrutura de Transporte. Ao longo de 2012 e 2013, foram realizadas três reuniões de trabalho entre os especialistas responsáveis pelos diagnósticos e as instituições promotoras desse esforço de fortalecimento da engenharia nacional ABDI, FINEP, BNDES e IPEA. A Secretaria de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio Exterior (SCS/MDIC), como coordenadora do Conselho de Competitividade de Serviços do Plano Brasil Maior (PBM), também participou desses encontros que tiveram como objetivo acompanhar o andamento das pesquisas, bem como contribuir no esforço de coleta de informações por parte dos especialistas. Tendo como objetivo principal divulgar à sociedade em geral e aos atores sociais mais interessados na questão os resultados das caracterizações da engenharia de projeto em setores econômicos específicos, foi realizado o 2º Workshop de Engenharia de Projeto no Brasil. As instituições participantes puderam criticar os estudos, contribuindo com seu conhecimento específico para o aperfeiçoamento dos relatórios finais que incorporaram os debates realizados no evento. A reunião serviu ainda para tornar mais claras e eficazes as recomendações gerais de política apresentadas pelos especialistas responsáveis pelos diagnósticos. Para o público não familiarizado com o conceito de engenharia de projeto ou consultiva utilizado explicamos que ele abrange questões relacionadas ao pré-investimento tais como a realização de estudos técnicos, levantamentos e inventários, projetos conceituais e básicos, estudos de pré-viabilidade e de viabilidade, bem como projetos executivos, gerenciamento de projetos em diferentes modalidades de contratos, entre outros aspectos

4 O presente relatório tem como objetivo registrar o teor dos principais debates e questões levantadas pelos participantes do 2º Workshop de Engenharia de Projeto no Brasil, bem como prestar contas à sociedade das medidas adotadas pelo governo para fortalecer esse segmento estratégico para o desenvolvimento do país. Esse documento pretende contribuir, portanto, para qualificar o processo de formulação de políticas voltadas para esse segmento, em especial no âmbito do Plano Brasil Maior, numa perspectiva setorial. As 38 instituições participantes se dividiram, de acordo com o interesse de seus representantes, em três grupos de trabalho paralelos, a saber: Grupo 1 (Petróleo e Gás e Naval), Grupo 2 (Aeronáutico), Grupo 3 (Infraestrutura de Transporte). Os especialistas apresentaram o diagnóstico realizado como pontapé para o debate. Os presentes trabalharam nos referidos grupos com os seguintes objetivos: Adicionar gargalos e potenciais eventualmente não apontados pelos estudos. Criticar as recomendações de políticas apresentadas pelos consultores e agregar outras. O presente relatório está dividido em três blocos principais. A primeira parte apresenta as medidas de fortalecimento da engenharia adotadas até o momento da realização do 2º Workshop, em seguida resgatamos os antecedentes e desafios gerais colocados para o Brasil neste setor. Por último, apresentamos o resultado dos trabalhos realizados nos grupos e a lista das instituições participantes em cada um deles. Os diagnósticos apresentados pelos especialistas podem ser visualizados, clicando nos temas abaixo: Aeronáutico Infraestrutura e Transporte Naval Petróleo e Gás - 4 -

5 PANORAMA DAS MEDIDAS DE FORTALECIMENTO DA ENGENHARIA DE PROJETO NO BRASIL (atualizadas em ) Por ocasião do 1º Workshop de Engenharia de Projeto, em fevereiro de 2012, foram encaminhadas algumas proposições de medidas voltadas para o fortalecimento da engenharia nacional. Abaixo, informamos o status atual de cada uma delas: Proposta: Incluir a engenharia de projeto entre os setores beneficiados com a desoneração da folha de pagamento. Status: A Medida Provisória 612 incluiu as empresas de engenharia e arquitetura entre os beneficiários da desoneração de folha de pagamento. Com isso, no lugar de pagar contribuição previdenciária de 20% sobre a folha de pagamento, passam a realizar recolhimento de 2% do faturamento da empresa. Proposta: Introduzir no critério de medição do índice de conteúdo local o conhecimento embutido nos projetos de engenharia visando estimular o desenvolvimento tecnológico no País, por meio do fortalecimento da engenharia nacional. Status: A Medida Provisória 580/2012 estabeleceu a obrigatoriedade de conteúdo local nas ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O decreto nº 7889, de 15 de janeiro de 2013 estabeleceu a exigência da aquisição de produtos manufaturados nacionais e serviços nacionais nas ações de mobilidade urbana do PAC. Os editais de licitação e contratos para a execução dessas ações deverão ter, no mínimo, 80%, do valor total gastos com aquisição de produtos manufaturados nacionais e a totalidade dos investimentos em serviços de engenharia, arquitetura, planejamento urbano e paisagismo deverão ser nacionais. Duas portarias definirão os bens e serviços elegíveis e os critérios para serviços nacionais. O BNDES também está revisando sua metodologia de cálculo de conteúdo local para dar maior peso à Engenharia. Uma das Medidas da Agenda Estratégica de Bens de Capital do Plano Brasil Maior trata especificamente desta questão: Aprimorar e adequar a metodologia de aferição de conteúdo local em todos os programas operados pelo BNDES, o prazo para execução é junho de

6 Proposta: Incluir o setor de engenharia de projetos entre os beneficiários do Programa de Financiamento Estudantil FIES/ Empresa Status: A Lei que criou o programa já permite que as empresas de serviços de Engenharia utilizem recursos do programa para financiar cursos de capacitação e qualificação dos funcionários, exceto cursos de nível superior e pós-graduação. Proposta: Incluir o setor de engenharia de projetos entre os beneficiários do Programa Ciência sem Fronteiras Status: O Programa é aberto a todas as áreas do conhecimento e tem nas Engenharias e demais áreas tecnológicas o grupo prioritário para recebimento de bolsas de graduação e pós-graduação. O setor de serviços de engenharia de projetos pode contribuir para melhorar os resultados alcançados, identificando quais os cursos ofertados em outros países com conteúdo estratégico para o segmento. A partir disso, os gestores do programa podem fazer convênios para o envio de alunos brasileiros a estas instituições. Proposta: Promover reuniões setoriais para propor soluções focadas nos principais setores demandantes de serviços de engenharia nos próximos anos ou que representem uma prioridade estratégica para o País, como infraestrutura, petróleo & gás, construção naval, Tecnologia da informação, entre outros. Status: ABDI e IPEA contrataram estudos de caracterização do segmento de Engenharia Consultiva nos setores de infraestrutura de transporte, petróleo & gás, naval e aeronáutico. Os trabalhos fazem um diagnóstico das dificuldades específicas enfrentadas pelos ofertantes de serviços de engenharia em cada um destes setores. Traçam ainda um quadro da demanda e perspectivas de mercado. As informações servem de subsídio para a realização de reuniões setoriais para desenho de medidas mais específicas. Proposta: Promover a articulação das agências de financiamento e de outros agentes do desenvolvimento que, de algum modo respondam por grandes investimentos para a elaboração de ações integradas para o apoio às empresas ofertantes e demandantes de serviços de engenharia. Status: Os estudos setoriais foram acompanhados por um grupo gestor composto por representantes do BNDES, da FINEP, da ABDI, do IPEA e da Secretaria de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento (SCS/ MDIC). O próximo passo será a realização de reuniões setoriais no âmbito do Plano Brasil Maior para encaminhar novas medidas de fortalecimento da engenharia nacional

7 Em abril de 2013 foi lançado o PROGRAMA INOVA EMPRESA que prevê a articulação de diferentes ministérios e a disponibilização de apoio financeiro por meio de crédito, subvenção econômica, investimento e do financiamento a instituições de pesquisa dos quais as empresas de engenharia também podem se beneficiar. Serão aplicados R$ 30 bilhões no programa até o final de Proposta: Reforçar mecanismos públicos de apoio à demanda por projetos de engenharia, inclusive aperfeiçoando as linhas de financiamento existentes, como o apoio ao Pré-Investimento da FINEP, o Programa PROENGENHARIA do BNDES ou criando outros instrumentos para esse fim. Status: O Programa Pro-Engenharia do BNDES passou a apoiar empresas de projetos de engenharia ligadas aos setores de Bens de Capital, Defesa, Automotivo, Aeronáutico, Aeroespacial, Nuclear, Petróleo e Gás, Químico e Petroquímico e na cadeia de fornecedores de P & G e Naval. A Política Operacional da FINEP para o período prevê linha específica de apoio a projetos de pré-investimento que incluem estudos de viabilidade técnica e econômica, estudos geológicos, projeto básico, de detalhamento e executivo, beneficiando as empresas de engenharia consultiva

8 ANTECEDENTES E DESAFIOS A engenharia de projeto experimentou grande desenvolvimento nos anos de crescimento acelerado da economia brasileira, do final dos anos 1960 até o começo dos anos Nessa fase, apesar do modelo de substituição de importação nem sempre favorável à absorção e fixação do conhecimento tecnológico, esse segmento passou, naquele período, por forte crescimento e absorção de competência. Nas primeiras fases de expansão do setor siderúrgico, hidroelétrico ou petroquímico, as empresas nacionais deste segmento se limitavam ao detalhamento dos projetos, tarefa menos desafiadora do que a concepção de projetos conceituais e básicos. Nos anos 1970, entretanto, esse grupo já oferecia serviços mais avançados como o gerenciamento de projetos e a realização de estudos de viabilidade e concepção. Tais empresas contavam com milhares de profissionais, em geral bem remunerados. Nos anos 1980, o arrefecimento das obras de infraestrutura e a desaceleração da economia forçaram muitas empresas a demitirem, reduzindo seu tamanho e capacidade de trabalho, dispersando equipes e perdendo competência acumulada no país ao longo das décadas anteriores. Vale lembrar que as equipes de engenharia são repositório importante do conhecimento técnico amealhado e sua dispersão significa a perda de valioso acervo. Mais do que isso, esse conhecimento deve ser constantemente usado em novos projetos para ser preservado e atualizado. Muitos problemas relacionados aos grandes investimentos na atualidade são decorrência dessa lacuna, aumentando custos, devido à falta de base técnica tais como estudos de pré-viabilidade, engenharia básica e projetos executivos de qualidade. A ausência dessas etapas também implica em atrasos e desperdícios causados pela falta de planejamento adequado. É do conhecimento geral que quem faz a engenharia básica especifica o equipamento e acaba por definir o fornecedor, bem como, em alguma medida, a empreiteira que realizará a obra. Portanto, é de se esperar que a existência de um sólido setor de engenharia seja fator de maiores encomendas de bens de capital, segmento da indústria tão importante e que vem sofrendo forte concorrência de imporatções. A realização do projeto de engenharia no País, além de produzir empreendimentos mais ajustados às condições locais, também abre o mercado para fornecedores nacionais, em especial em áreas mais intensivas em tecnologia. O fomento à demanda por serviços de engenharia local, portanto, cumpre um duplo papel. Por um lado, tem potencial de melhorar a qualidade dos grandes investimentos públicos e ampliar a demanda por bens e serviços locais. Por outro lado, melhora e estimula a oferta de engenharia

9 Um dos grandes desafios colocados neste momento para o país é como mobilizar a engenharia nacional desde a base de formação até as empresas. A complexidade aumenta pelo fato do mundo virtual permitir a contratação de projetos em qualquer parte do mundo, fazendo com que as empresas brasileiras tenham que ser competitivas em nível global para ganhar contratos importantes dentro do próprio país. É preciso olhar para as engenharias dentro das especificidades das cadeias que atendem para elaborar políticas eficazes. As empresas deste segmento no Brasil possuem uma estrutura de capital relativamente pequena, tornando-as extremamente sensíveis a qualquer mudança no contexto econômico nacional, conforme identificado no estudo geral de caracterização deste setor realizado em Discernir que tipos de medidas são apropriadas para cada grupo de empresas é um dos maiores desafios colocados hoje para o fortalecimento da engenharia nacional

10 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES GRUPO 1 (PETRÓLEO E GÁS, NAVAL) Coordenador: Otávio Camargo, diretor da ABDI Relatores: Guilherme Faria Gonçalves e Bruno Plattek (BNDES) Com relação ao modelo de contratação: Necessidade de privilegiar técnica x concorrência de preço, como critérios de igual peso. Evitar a contratação de uma única empresa de engenharia para a realização da empreitada total. Incentivar a contratação direta da engenharia. Incentivar contratação de ensaios localmente. Política de desenvolvimento de fornecedores flexibilizando exigência de experiência prévia/índice financeiro. Incluir assistência técnica no escopo dos contratos para que a empresa de engenharia tenha feedback operacional Com relação à demanda: Para aumentar a sua previsibilidade é preciso incluir na regulamentação do setor de Petróleo & Gás e Naval incentivos para abertura dos planos de investimento (benefício para o processo de concessão). Com relação ao conteúdo local: Contabilizar (com maior peso) serviço de engenharia nacional com foco no projeto básico ao tratar de conteúdo local. Contabilizar exportação de serviço de engenharia nacional no conteúdo local. Inserir requisitos de conteúdo local nos investimentos públicos em infraestrutura (principalmente Naval). Considerar conteúdo local também de unidades afretadas

11 Com relação ao financiamento: Criar critérios para comprovar índices de nacionalização adequados do projeto básico, seguindo o modelo do FINAME. Em outras palavras finamizar o projeto básico. Exigência de contrapartidas tais como a contratação de projeto de engenharia nacional para atender pleitos de financiamento. Com relação à mão-de-obra: Associação/inserção da iniciativa privada em programas de formação de recursos humanos em nível de graduação e pósgraduação de forma a viabilizar a contratação e formação continuada (on-the-job training) dos profissionais. Incentivar projetos de iniciação científica em áreas correlatas à engenharia de projeto Com relação à internacionalização :»» Incentivar por meio de medidas regulatórias e de financiamento a internacionalização de empresas de engenharia controladas por capital nacional

12 INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES AGÊNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL - ABDI AIR LIQUIDE BRASIL ALLTEC ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA ELÉTRICA E ELETRÔNICA - ABINEE ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE SERVIÇOS DE PETRÓLEO - ABESPETRO ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CONSULTORES DE ENGENHARIA - ABCE BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL - BNDES CONFAB CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA - CNI CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO -CNPQ EMBRAER FINANCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS - FINEP INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA - IPEA INSTITUTO GENESIS - PUC- RJ MECTRON MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC PROMOM ENGENHARIA RADIX ENGENHARIA E DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE S TEC - CONSULTORIA E PROJETOS

13 SAVE ENGENHARIA SERVIÇOS DE ENGENHARIA E SOFTWARE LTDA - CHEMTECH SINDICATO NACIONAL DA INDÚSTRIA DE CONSTRUÇÃO E REPARAÇÃO NAVAL E OFFSHORE - SINAVAL SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENGENHARIA NAVAL - SOBENA»» UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS - UNICAMP / FACULDADES DE CAMPINAS

14 GRUPO 2 (AERONÁUTICO): Coordenadora: Maria Luisa Campos Machado Leal, diretora ABDI Relator: Celso Trindade (FINEP) Gargalos identificados: Custo da Certificação Dumping países emergentes Dificuldade de definir a propriedade intelectual Falta de coordenação das políticas e de fiscalização do setor aeroespacial Financiamento de custos não recorrentes, a partir de prioridades governamentais Recomendações de política: Intensificar a competência da empresa líder na engenharia de projetos, buscando novas competências (utilização de materiais compostos, a integração de sistemas complexos, o domínio da tecnologia supersônica e a incorporação de componentes e sistemas relacionados com a sustentabilidade ambiental, entre outros) Fortalecer as empresas nacionais de engenharia voltadas para a indústria aeronáutica, sobretudo do ponto de vista de escala empresarial visto possuírem limitações financeiras e pequena integração com as etapas produtivas, com alto risco de desnacionalização. Reivindicar maior participação da engenharia de projetos nacional nos empreendimentos aeronáuticos realizados por empresas estrangeiras. Apoiar novos empreendimentos aeronáuticos em nichos de mercado que possibilitem o fortalecimento da engenharia de projetos, apoiando novos negócios que tenham como objetivo projetar e produzir aeronaves no país.»» Utilizar o poder de compra do Estado de forma ativa (concentrado nas aquisições de aeronaves militares) como um dos principais instrumentos de política pública para o desenvolvimento da indústria aeronáutica brasileira

15 No caso particular do apoio à constituição de grandes fornecedoras nacionais que integrem engenharia e produção, criar um novo instrumento de parceria estratégica. Tal instrumento seguiria o modelo utilizado internacionalmente, isto é, acordos visando a capacitação produtiva e tecnológica de uma empresa nacional para que esta venha a se tornar uma fornecedora de primeiro nível, no caso de serviços de engenharia e produção. Política específica para o desenvolvimento de novas tecnologias aeronáuticas (Plataformas Demonstradoras de Tecnologia) com a criação de instrumentos de subvenção, específicos para apoiar o desenvolvimento de conjuntos de novas tecnologias identificadas como prioritárias, a partir de uma agenda tecnológica para o setor. Aprimorar, expandir e coordenar os programas de financiamento de projetos aeronáuticos.»» Coordenar e intensificar o apoio à formação de engenheiros aeronáuticos e de áreas afins, e também de técnicos em projetos aeronáuticos, através da ampliação de vagas nos cursos já existentes, da abertura de novos cursos, além da concessão de bolsas tipo sanduíche do Programa Ciência sem Fronteira

16 INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES AGÊNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL - ABDI AKAER ENGENHARIA ALLTEC ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CONSULTORES DE ENGENHARIA - ABCE BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL - BNDES CONCREMAT EMBRAER DEFESA FINANCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS - FINEP INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA - IPEA INSTITUTO NACIONAL DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL - INPI

17 GRUPO 3 (INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE) Coordenador: Fabiano Pompermayer (IPEA) Relator: Gustavo Barcelos (FINEP) Gargalos identificados: Possível excesso de liabilities na contratação de projetos de engenharia e gestão das obras. É preciso tornar os riscos legais dos contratos compatíveis com as atribuições e a remuneração recebida pelas empresas de engenharia de projeto e construção. Tendência a reduzida participação de professores com experiência prática nas universidades públicas. Baixa participação das empresas em projetos de pesquisa. Oportunidades identificadas: Aproveitar as oportunidades do Catálogo de Oportunidades de Investimentos, da APEX e do MDIC, que reúne um conjunto de projetos de investimento previstos para os próximos anos. O catálogo mostra o planejamento do governo e permite às empresas ter alguma previsibilidade com relação a demanda para os próximos anos. Aprofundar uso da plataforma BIM (Building Information Modelling) pelos contratantes públicos. Trata-se de instrumento para melhorar o planejamento da execução das obras, reduzindo atrasos e desperdícios. Aumentar o número de Bibliotecas BIM. Prever contratação de professores com dedicação parcial em disciplinas mais técnicas dos cursos de engenharia, nas universidades públicas. Estimular a atuação dos professores de engenharia em temas mais aplicados. Alinhar a estrutura de incentivos à produção acadêmica com esse objetivo. Oferecer benefício fiscal para empresas receberem os professores. Fomentar cursos técnicos que irão abastecer as engenharias

18 Usar diplomacia para exportar serviços de projeto de engenharia aos parceiros comerciais e políticos do Brasil. Recomendações de política: Reforçar a gestão de portfólio de projetos nos órgãos públicos, com aprovações intermediárias em função do nível de detalhamento dos projetos. Criar um banco de projetos como forma de garantir a demanda por projetos em períodos de investimento mais baixo por parte do Estado, aportando maior qualidade e agilidade na execução de obras futuras, no momento em que os recursos se fizerem disponíveis. Reforçar contratação de projetos de engenharia com base em técnica (envolve legislação e qualificação dos servidores públicos)»» Considerar custo total do empreendimento, aumentando a qualidade do projeto, que representa, no máximo entre 5 e 8% do total dos gastos, com objetivo de reduzir o custo da obra e da sua operação

19 INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES AGÊNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL - ABDI BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL - BNDES CONCREMAT FINANCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS - FINEP INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA - IPEA MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC PROMOM ENGENHARIA S TEC - CONSULTORIA E PROJETOS

20 ANEXO

21 MODELO DE FICHA USADA PELOS RELATORES II WORKSHOP ENGENHARIA DE PROJETO NO BRASIL Rio de Janeiro, 22/05/2013 Grupo de Trabalho: Gargalos (listar até cinco fatores/eventos/ questões não apontados pelos estudos que dificultam o fortalecimento da Engenharia nacional no setor econômico específico) Atores envolvidos (listar as instituições ligadas à superação do fator/evento/questão relacionada)

22 Grupo de Trabalho: Potenciais (listar até cinco fatores/ eventos/questões não apontados pelos estudos que representam oportunidades para a engenharia nacional no setor econômico específico) Atores envolvidos (listar as instituições ligadas à superação do fator/evento/questão relacionada) Grupo de Trabalho: Criticar as recomendações de Políticas (as recomendações feitas pelos estudos resolvem os problemas apontados nos trabalhos e no item anterior. Em caso negativo, como poderiam ser melhoradas?) Atores envolvidos (listar as instituições que deveriam implementar as recomendações de política propostas nos estudos ou pelo grupo) Recomendações adicionais: Caso haja mais do que cinco recomendações de política no estudo em questão, escolher as cinco consideradas principais pelo grupo para fazer a crítica e caso haja tempo analisar as demais, sempre por ordem de importância dada pelos participantes

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