Construindo e consolidando a cultura da inovação

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2 Sumário tecnologia III Seci: uma turnê científica e cultural Página 4 GERAÇÃO Tecnologias modernas e tradicionais se unem para uma melhor segurança das barragens Página 27 TRANSMISSÃO Nas linhas do Madeira, tecnologia vai resultar em economia de R$ 50 milhões Página 20 SCN - Quadra 6 - Conjunto A Bloco B - Sala Entrada Norte 2 CEP: Asa Norte - Brasília - DF. Fones: (61) / imprensa@eletronorte.gov.br site: história Pioneirismo em sistemas especiais e torres de transmissão de energia Página 34 Amazônia e Nós Diário de Joaquim Neto de Rezende Junior Página 38 correio contínuo Página 45 fotolegenda Página 47 Diretoria Executiva: Diretor-Presidente - Josias Matos de Araujo - Diretor de Planejamento e Engenharia - Adhemar Palocci - Diretor de Produção e Comercialização - Wady Charone - Diretor Econômico-Financeiro - Antonio Barra - Diretor de Gestão Corporativa - Tito Cardoso - Coordenação de Comunicação Empresarial: Isabel Cristina Moraes Ferreira - Gerência de Imprensa: Alexandre Accioly - Equipe de Jornalismo: Alexandre Accioly (DRT 1342-DF) - Byron de Quevedo (DRT DF) - César Fechine (DRT 9838-DF) - Érica Neiva (DRT 2347-BA) - Michele Silveira (DRT RS) - Assessorias de Comunicação das unidades regionais - Estagiário: Higor Sousa Silva - Fotografia: Alexandre Mourão Roberto Francisco - Rony Ramos - Assessorias de Comunicação das unidades regionais - Revisão: Dimensão Comunicação e Marketing - Arte gráfica: Jorge Ribeiro - Arte da capa: Cláudia Maria Pereira Carvalho sobre foto de Rony Ramos, de um eletrodo de uniformização de potencial da fonte de alta tensão CA do divisor de tensão de mil kv. - Impressão: Brasília Arte Gráficas - Tiragem: oito mil exemplares - Periodicidade: bimestral Construindo e consolidando a cultura da inovação Nesta edição da revista Corrente Contínua vamos falar de inovação. De pesquisa e desenvolvimento. De tecnologia e sustentabilidade. Vamos falar da, pois esses temas resumem a nossa história. Nas páginas seguintes, apresentamos a Semana do Conhecimento e Inovação, a Seci. Em sua terceira edição esse é o maior evento de compartilhamento de boas práticas de gestão do conhecimento da Empresa. Certamente ele está entre os maiores eventos do gênero no País e no Setor Elétrico brasileiro, um dos que mais investem em inovação. A Seci é um processo de incentivo à produção e ao compartilhamento de conhecimento. Realizada no Centro de Tecnologia da Empresa, na cidade de Belém (PA), sob o macrotema Criatividade para a Sustentabilidade Empresarial, a III Seci congregou quatro eventos: V Prêmio Muiraquitã de Inovação Tecnológica; XV Painel Integrado da Qualidade PIQ; V Feira de Inovação Tecnológica; e II Seminário de Tecnologia da Informação. A posição estratégica de única Empresa do Setor Elétrico brasileiro entre as vinte mais inovadoras no Brasil também pode ser observada nas matérias que tratam das novas tecnologias aplicadas à segurança de barragens e às linhas de transmissão em ultra-alta tensão. Enfim, tecnologia faz parte da história da desde a sua fundação, em São 38 anos buscando fomentar o surgimento de pesquisadores internos, gerentes de projetos de P&D, inventores, inovadores e especialistas em melhorias contínuas, de forma a alavancar os resultados corporativos. Ao longo dos anos a Empresa tem incorporado conceitos de pesquisa, tecnologia e inovação em muitos dos seus processos e, mais do que isso, tem contribuído para que cada empregado desenvolva seu lado cientista. O certo é que a marca da inovação está impregnada na cultura empresarial da. Nestas páginas contamos um pouco dessa história. Confira. 2 Prêmios 1998/2001/2003 3

3 Tecnologia Josias Matos abrindo o evento, acima. A direita, ao lado de Wady Charone (primeiro à direita), e Roberto França (primeiro à esquerda) III Seci: uma turnê científica e cultural Byron de Quevedo e César Fechine A III Semana do Conhecimento e Inovação - Seci, realizada entre os dias 15 a 17 de junho de 2011, no auditório do Centro de Tecnologia da Empresa, em Belém (PA) foi uma viagem pelos caminhos da criatividade de um mundo cultural refinado. Assim como um turista coloca a bermuda, tênis e chapeuzinho típico para uma temporada feliz; os estudiosos e curiosos que queiram vestirse de humildade e aprender se divertindo poderão incluir este evento em sua rota de turismo científico. Nesta III SECI, além da Feira de Inovações e das 47 demonstrações do Prêmio Muiraquitã, foram apresentadas 45 teses científicas, com suas aplicabilidades mostradas no XV Painel Interno da Qualidade - PIQ, e mais 15 palestras no II Seminário de Tecnologia da Informação, neste que já está sendo considerado um dos mais importantes fóruns de antevisão do País. Não só para a indústria da eletricidade, mas também para a informática, a biodiversidade, a ecologia, o preservacionismo ambiental, as energias renováveis, a nanotecnologia etc. Vamos embarcar nessa turnê e conhecer um pouco do que aconteceu por lá. A abertura do evento contou com as presenças do diretor- presidente da Roberto França, Josias Matos de Araujo; do diretor de Produção e Comercialização, Wady Charone Júnior; do coordenador regional da Presidência, Yvonaldo Nascimento Bento; da representante do diretor de Gestão Corporativa, Tito Cardoso de Oliveira Neto, a superintendente de Educação e Desenvolvimento, Eden Damasceno; do representante do diretor de Planejamento e Engenharia, Adhemar Palocci, Paulo Maurício Peixoto Vasconcelos; do gerente da Regional de Transmissão do Pará, Airton Leopoldo; e do anfitrião, o superintendente do Centro de Tecnologia, Francisco Roberto Reis França. No total participaram da III Seci aproximadamente 350 pessoas, entre colaboradores da Empresa, representantes de empresas públicas e privadas, universidades e centros de pesquisa, entre outras instituições. Desses, 92 apresentaram trabalhos. Roberto França destacou ser grande a satisfação de promover o megaencontro e ressaltou que é por meio de fóruns como a Seci que os colaboradores deixam o seu marco, extraído ao longo de anos de dedicação à tarefas específicas, um legado para muitas gerações e para cultura de instituição. É gratificante verificar a quantidade de trabalhos apresentados pela nova geração, que já supera a quantidade dos trazidos pela geração mais experiente, o que demonstra o interesse dos jovens no evento. A semente lançada lá no I PIQ germinou, cresceu, floresceu e dá ótimos frutos para a Empresa e para o País. Wady Charone (ao centro) afirmou que aquele era o momento de reconhecer as pessoas que saem de seu quadrado, que não se limitam pelo mundo do falta disto ou daquilo e partem em busca de novas soluções. São pessoas que estão vivendo o mundo novo da expansão: aproveitam a oportunidade para crescer, implementando reduções de custos e melhorias na produção. Esse evento é um exemplo claro disto. Estava orçado em R$ 250 mil e o realizamos com menos de 80% desse valor. Outra meta importante é o que está sendo apresentado nesta Seci, que seja algo sistematizado na Empresa, que haja replicação, para que as boas ideias sejam promotoras de melhoramentos e de inovação para o bem de todos. Afinal, o que é a Seci? Quem nos explica é o gerente de Gestão do Conhecimento da e coordenador do evento, Francisco Fernandes Neto: É a realização simultânea de vários eventos que já aconteciam ou em sendo criados e renovados. Em 2006 nasceu o Prêmio Muiraquitã, para os inovadores, os inventores e os gerentes de projetos de P&D. Há duas modalidades no Muiraquitã: o Prêmio Inovação de P&D e o de Inovação de Colaborador, sobre alvos inéditos. O primeiro se atém ao conhecimento desenvolvido em universidades ou institutos de pesquisa. O segundo envolve o Pai- Francisco Neto 4 5

4 Inovação para crescer O diretor-presidente da, Josias Matos de Araujo (foto), fez a abertura da III Seci com a palestra magna Os Novos Rumos da, destacando a importância do evento para ajudar a superar os desafios empresariais: Nós percebemos neste auditório uma integração de inteligências de diferentes áreas de atuação da Empresa. Isso é importante para que possamos continuar buscando a inovação para crescer, superar os desafios para que o País tenha uma matriz energética cada vez mais limpa, renovável e sustentável, e para fazer dessa Empresa uma referência no cenário nacional e internacional. Isso aqui é um conjunto e só funcionará se todos nós estivermos alinhados com a nossa missão e com aquilo que estabelecemos em nosso planejamento estratégico. Estamos vivendo uma nova revolução industrial com a nanotecnologia. Grandes passos tecnológicos deverão acontecer nas próximas décadas. Cada vez mais a medicina se aproxima da engenharia. Cada vez mais a engenharia passa a ser um elo de ligação entre todas as áreas de pesquisa e desenvolvimento do mundo. Quem sabe logo teremos a longevidade, com qualidade de vida bem maior do que temos atualmente. Josias destacou a presença de Luis Cláudio da Silva Frade, um dos pioneiros de P&D no Setor Elétrico brasileiro, e dos idealizadores do PIQ e do Prêmio Muiraquitã, e hoje chefe do Departamento de Gestão da Tecnologia da. Frade deixou para nós esse legado que estamos levando em frente. Vejo aqui outros pioneiros das nossas primeiras investidas em pesquisa e desenvolvimento. Eles estão agora com os cabelos brancos ou carecas, mas ainda são importantes para fazer com que esta Empresa tenha a merecida ressonância. No entanto, todos precisamos fazer a nossa parte nesse projeto. Isso aqui só funcionará se estivermos alinhados com o que estabelecemos como meta. nel Integrado da Qualidade PIQ, surgido em 1996, que é a melhoria de processos e de boas práticas, abrigando as teses que não requeiram proteção industrial. Aquelas suscetíveis a patentes são apresentadas no Prêmio Muiraquitã. No PIQ o trabalho é avaliado no ato da apresentação e no Muiraquitã ele é estudado e pontuado por uma banca, antes de ir a público. Antes da Seci acontecem os painéis internos de melhorias (PIM), que este ano selecionou 56 trabalhos em toda a Empresa. Ao final, os PIMs selecionaram 47 trabalhos que concorreram no XV PIQ. O PIM está estruturado nas modalidades de trabalhos consolidados e inéditos, e nas categorias de processos de apoio e processos finalísticos. Os trabalhos consolidados devem estar com a solução (melhoria) implementada, apresentando uma série de resultados de, pelo O Diretor-Presidente fez ainda um paralelo entre a visão e missão das empresas com a área de atuação mais direta da, a Amazônia, a região com o maior potencial de energia renovável do mundo: Chegaremos em 2020 sendo a maior Empresa de energia renovável, com rentabilidade, competitividade, responsabilidade e sustentabilidade. Temos esse potencial nas mãos e por isso podemos ajudar a construir um mundo ideal. Somos parceiros na construção de Belo Monte, empreendimento no qual temos 20% de participação acionária. Este é um projeto em que acreditamos. Primeiro, porque foi iniciado por nós; segundo, porque temos a certeza de que ele trará grandes benefícios para a Região Norte e será importante ao Brasil e ao mundo. Temos como exemplo Tucuruí, a maior usina genuinamente nacional. Lá está a amostragem da nossa força quando queremos construir algo bom para o País. As populações que vivem no entorno de Tucuruí conhecem os benefícios gerados pelo empreendimento e Belo Monte trará outros idênticos e até melhores, pois, se a forma de se fazer negócio mudou, também temos que repensar quais são os novos caminhos e seguir em frente. menos, dois anos, ou terem participado de versões anteriores do PIQ. Os trabalhos inéditos devem apresentar uma solução já implementada, com resultados evidenciados, mesmo em estágios iniciais. Os processos de apoio são aqueles que dão suporte às atividades meio da Empresa, tais como gestão, finanças, sustentabilidade, comunicação, responsabilidade social, contabilidade, treinamento, suprimento, serviços gerais e tecnologia da informação. E a categoria de processo finalístico engloba a atividade fim, os trabalhos implementados em equipamentos, sistemas ligados aos macroprocessos de geração e transmissão de energia, estruturação de negócios, planejamento da expansão, estudos e projetos, operação do sistema e engenharia de operação e manutenção. Neste ano, a III Seci trouxe como novidades alguns processos que foram apresentados pela primeira vez, como um trabalho da área jurídica e outro da área financeira. Onze inovações foram classificadas como segredo de indústria. Na categoria P&D, nós premiamos o esforço que o gerente do projeto tem em conduzir a pesquisa. E como inovadores, são selecionados os projetos que têm potencial de proteção da propriedade intelectual, explica Álvaro Raineri, gerente dos Programas de Pesquisa e Desenvolvimento. Outra novidade da III Seci é o prêmio para a unidade com a maior cultura de inovação. Foi utilizada uma variável de volume, com a quantidade de participações nos painéis internos, projetos de P&D e inovações, proporcionalmente à quantidade de empregados. A outra variável foi a qualidade dos trabalhos, com os prêmios efetivamente distribuídos em outras edições. Mas vamos aos resultados! E o Prêmio de Unidade com Maior Cultura de Inovação ficou com a... Superintendência de Produção Hidráulica. Em segundo lugar ficou o Centro de Tecnologia da e, em terceiro, a Regional de Produção do Amapá. A partir de agora, as áreas mais inovadoras da Empresa compõem um ranking com 22 unidades. Em tempo: o V Prêmio Muiraquitã distribuiu R$ 234 mil em prêmios, nas categorias Ouro, Prata e Bronze. Somados aos R$ 60 mil em prêmios do XV PIQ, foram distribuídos R$ 294 mil aos empregados mais criativos da Empresa. Na Faixa Ouro do V Prêmio Muiraquitã foram premiados cinco trabalhos, nas categorias de Pesquisa e Desenvolvimento e de Inovações. Na Faixa Prata, foram premiados 16 trabalhos, e, na Faixa Bronze, 31 trabalhos. O XV PIQ premiou 12 trabalhos nas modalidades de processos consolidados e inéditos. Os trabalhos apresentados tiveram como foco a gestão de processos, tecnologia da informação, operação de sistemas elétricos, manutenção de equipamentos e linhas de transmissão, preservação e mitigação de impactos socioambientais, telecomunicações, além da melhoria de produtos e serviços. Segundo Francisco Neto, as premiações variam de acordo com as classificações por faixas: Ouro, R$ 6 mil; Prata, R$ 5 mil; e Bronze, R$ 4 mil, para trabalhos inéditos ou consolidados. Esta edição da Seci foi pródiga em trabalhos inéditos: somaram 30. Os consolidados, 15. A maioria dos apresentadores tem até quatro anos de casa. Isso mostra o interesse da nova geração em propor novas soluções. No Prêmio Muiraquitã foram oito trabalhos de P&D, e 48 de inovação. O evento tem surpreendido pessoas da Empresa e de fora, que se dizem maravilhadas. O resultado extraído é intangível, pois seus efeitos se projetam no tempo. O grande ganho é o elevado moral das equipes. É a demonstração de uma Empresa que se respeita, num cenário em que os atores são os próprios empregados. Aqui eles são recebidos com glórias, pois vêm apresentar seus melhores pensamentos, como um presente: aí está o que eu penso, aproveitem!. O homem-aranha e as curicacas - Comecemos com as ideias menos complexas. Os trabalhadores das linhas de transmissão, subestações, usinas e até as lavadeiras da beira dos rios têm problemas com aves migratórias, no caso as curicacas, que vêm aos bandos e deixam, em várias regiões do País, resíduos ricos em potássio e cálcio, bons para a agricultura, mas terríveis para sistemas elétricos e lençóis nos varais. Matá-las, nem pensar! Criou-se, inclusive, um belo gavião de papelão, em forma de inimigo natural, que as espantou por alguns anos, mas elas foram tomando intimidade com aquele espantalho alado e algumas, de acordo com relatos de observadores, chegaram a darem-se ao desfrute de defecarem na cabeça do boneco. E voltaram a sujar os antigos locais de pouso. Aí então, o Jaider da Silva Esbell (abaixo), um artista plástico e escritor meticuloso das lendas indígenas amazônicas, colaborador da Regional de Transmissão de Roraima, saiu-se com uma solução meio tribal, mas que está evitando que milhões de reais sejam gastos com limpeza, sem prejudicar as aves. O invento foi apresentado no XV PIQ sob o título Eliminação das perdas por desligamento com o controle da ação de aves no sistema de isolação da linha de transmissão BVSELI6-01. Ele construiu uma malha de três níveis de linhas finas, como se fossem teias de aranha, de maneira que quando as aves pousam sobre ela, não conseguem 6 7

5 manter o equilíbrio e giram ficando de cabeça para baixo. Ora, quem descansa de cabeça para baixo é morcego, então elas vão embora. A tese de Jader é simples: não é necessário espantálas das suas milenares rotas migratórias, temos que, como manda a regra da boa vizinhança, conviver com elas. A teia de Jader isola apenas o local específico que se quer manter limpo. Numa torre de transmissão, por exemplo, pode-se isolar a parte superior em que estão os cabos e permitir que as aves façam seus ninhos na parte inferior sem problemas. O custo evitado, por desligamento da rede por 20 minutos para limpezas das linhas, é de R$ 800 mil. Ouvido eletrônico - Agora vamos a um invento mais complexo: o Localizador de faltas em linhas de transmissão de energia elétrica por meio de ondas viajantes: aplicação no sistema Tramo-Oeste do Pará, de autoria de Joaquim Américo Pinto Moutinho (abaixo), do Centro de Tecnologia da. As linhas de transmissão são tagarelas: contam tudo que se passa com elas. O cientista percebeu que as linhas de transmissão repercutem até os menores distúrbios (pedradas, quebras de isoladores, rompimentos de fios do cabo, vandalismos etc), por meio de ondas características, que aguçam esse equipamento especializado em ouvir até os mais íntimos murmúrios e fuxicos eletrônicos. O benefício imediato: evitar blecautes. O método dele é importante, pois quando se resolvem rapidamente os problemas numa linha de transmissão, reduzem-se custos e se evitam as penalidades da Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel. Para se ter uma ideia, a multa por uma hora programada para conserto de linha é de R$ ,00; para as paradas intempestivas sobe para R$ ,00. Veja como é fácil o tal método, é quase um papo de boteco! Provocamos alguns curtos-circuitos na linha para coletar dados e fazer os cálculos. Foram momentos emocionantes. Até o povo lá de casa que estava dormindo acordou. Eu disse calma gente : isso foi necessário para termos informações para o chamado fator K, pois quanto mais previsão nesse fator, mais precisas serão as informações sobre onde está o ponto de falta na linha. Essas informações chegam com diferenças de tempo. Usando a fórmula chegamos ao erro de 0,2%, ou seja, para uma linha de 200 km, esse erro estará no espaço de quatrocentos metros. Analisando as emissões dos fechos de ondas, na mesma situação, o erro foi de 0,067%. Então, comparando os algoritmos de ondas com os algoritmos atuais existentes na Empresa para a localização de faltas, podemos dizer que numa linha com 305 km de extensão, teríamos entre 19 km e 32 km a vasculhar, explica Moutinho. E continua: Isso significa que teríamos que varrer de 75 ou até 109 torres para encontrar a falta. Usando o método de ondas viajantes o erro cai entre um e três km, uma distância bem mais fácil de ser percorrida para eliminar o problema. Então procuraremos o local da falta entre quatro torres. Por exemplo, no trecho entre Altamira a Rurópolis (PA), com 302 km de extensão, o erro apontado pelo método de ondas viajantes foi de 0,063%, ou seja 422 metros ou a procura de uma falta entre duas torres apenas. Conclusão: chego mais rápido ao local do problema e o resolvo, com resultados positivos no cálculo da chamada Parcela Variável e melhores ganhos na Remuneração Anual Permitida - RAP, finaliza. Uma cadeira no céu Os eletricistas reparadores de linhas energizadas gostam de ser chamados de ponta da flecha. Orgulham-se em fazer um tipo de serviço que poucos se aventuram sequer chegar perto: a dezenas de metros de altura e em contato com correntes elétricas de até 500 mil Volts. Mas, infelizmente, após alguns anos de trabalho, muitos já não podem mais ser levados às alturas, pois, conforme a idade chega, os riscos com acidentes elétricos aumentam. Pois bem, Márcio Robert da Silva Ribeiro (ao lado) e seu colega Ozias Xavier Neves, ambos da Regional de Transmissão do Pará, com o trabalho Redução do esforço físico e aumento da segurança do eletricista, no serviço de troca de espaçadores em linha viva, estão revolucionando essa área profissional com o uso de uma grua montada sobre a carroceria de um caminhão, que iça o eletricista confortavelmente sentado Seminário de Tecnologia da Informação destaca a governança corporativa Boa parte da tecnologia da informação da Empresa foi posta em revisão nas palestras do Seminário de Tecnologia da Informação, que aconteceu em paralelo à III Seci. O superintendente de Tecnologia da Informação, Eduardo de Oliveira Lima (ao lado), abriu o encontro discorrendo sobre o tema Governança de Tecnologia da Informação. Segundo Eduardo, a governança é uma base estrutural para se abraçar os processos de forma eficiente, eficaz e transparente, tornando as áreas capazes de responder agilmente às demandas. A TI é uma área prestadora de serviços e deve ser aprimorada para atender melhor aos usuários. Sem a governança de TI, a inovação não consegue ter uma base estruturada para prosperar e dar sequência aos trabalhos, evidenciando o que está sendo feito. Portanto, esse evento é uma oportunidade para as áreas de inovação das unidades regionais avaliarem, entenderem e verificarem o que a TI corporativa está fazendo atualmente. Eduardo observou ainda que governança corporativa não se restringe a projetos técnicos, mas atua também na gestão da TI, com base nas melhores práticas mundiais, seja na parte de produção, processamento, armazenamento e gerenciamento. Para que um projeto de governança de TI tenha sucesso não se deve ter medo de errar. É fazer coisas fáceis de serem entendidas, coerentes e não tentar reinventar a roda. Se der errado, deve-se tentar novamente. Utilizar primeiro aquilo que se tem dentro de casa, pois é mais barato e nos leva a ganhar apoio, dando tranquilidade na execução, afirma Eduardo. A governança de TI vem ganhando status e está se tornando parte da estratégia empresarial. A prova disso é que a diretoria tem chamado a área para agregar valor, aumentar as receitas e ajudar a alcançar os objetivos tan- numa cadeira até o local com danos na linha. Pelo antigo método, muitos eletricistas idosos eram forçados a trabalhar só em terra. Agora estão felizes de voltar às alturas e convivendo com aquele perigo todo que eles amam. A Empresa tem 12 mil espaçadores em 751 torres. Daí dá para se ter uma ideia da economia que a nova técnica está gerando. Eles já estão pensando em usá-la para outros serviços penosos, como a troca de sinalizadores nos vãos das linhas altíssimas próximas a aeroportos e rodovias. gíveis e intangíveis da Empresa. Podemos auxiliar a reduzir custos mediante melhorias processuais e evitar perdas. Nos aspectos intangíveis, podemos instruir as pessoas a usar as ferramentas de TI, ajudando-as a obter os objetivos específicos e a conseguirem a chamada horizontalidade, com as áreas falando a mesma linguagem, complementa Eduardo. Gestão de Contratos - A palestra Sucesso na gestão de contratos apresentou a ferramenta Share Point, um portal de colaboração em que se pode extrair, compartilhar informações e reelaborá-las com novos dados, promovendo a disseminação. A palestrante, a administradora de empresas Mariana Barros Fernandes de Oliveira (abaixo), afirmou que com o Share Point foi possível padronizar a gestão de contratos tornando-a muito mais ágil, categorizando o que é custeio e investimento, e com acesso democrático. Ela lembra que o programa SAP- R3 tem todas as informações financeiras do contrato, mas é uma interface um pouco mais complicada que o Share Point. O fato é que o processo de gestão de contrato envolve mais que apenas o pagamento e a execução financeira. Há outros marcos contratuais a gerenciar, como data de entrega do material, de pagamento e de encerramento. São estas lacunas que o SAP não prevê e o Share Point supre, desde o recebimento das propostas, passando pela execução, as penalidades, garantias técnicas, extensões e termos aditivos. Ele envia alerta por avisando que o contrato precisa ser renovado, por exemplo. Antes, a troca dos espaçadores era feita com uma escada pesada. Os mais hábeis percorriam os cabos andando. Em seguida, veio o uso de uma grade com roldanas, a bicicleta, que era puxada com uma corda pela equipe de solo. Uma solução ainda penosa. A bicicleta melhorou a lida, mas os equipamentos de troca dos espaçadores, as vestimentas isolantes, aquilo tudo era uma pesada parafernália, e com as altas temperaturas locais, logo o eletricista estava molhado de suor. Sem falar que a velha 8 9

6 guarda dos eletricistas tem problemas de coluna. A grua com cadeira melhorou a postura e a forma de se trabalhar é tranquila, pois o eletricista faz a aproximação do potencial elétrico, equaliza com a fita, chega onde está o problema e faz a troca dos espaçadores, com a linha ligada. Caso ele passe mal, pode-se recolher a grua de forma rápida e prestar o socorro rapidamente. Antes, outro eletricista tinha que subir na torre para salvar o colega. Com a escada se levava até 30 dias para trocar 50 espaçadores; com a corda e a bicicleta, caiu para seis dias de trabalho, e agora com a grua, são 25 minutos para trocar um espaçador. O custo médio para se trabalhar com seis eletricistas era de R$ 28 mil; para se trabalhar com a corda e a gaiola, o custo caiu para R$ 15 mil; e com o uso da grua, caiu para R$ 12 mil. E a grua já se pagou, afirma Márcio Robert. Medidores unidos - Dimitri Ramos Rodrigues (acima, o segundo da direita para a esquerda, com a equipe de TI) é formado em tecnologia da informação e trabalha na Superintendência de Tecnologia da Informação. Ele apresentou o Sistema de medição para faturamento na. O método de sua equipe é semelhante ao feito pelos medidores residenciais, só que medem a quantidade, a qualidade e outras informações sobre a energia transmitida nas linhas. De 2008 para cá, os medidores passaram a ser integrados a uma rede de comunicação de dados. Em cada medidor foi instalada uma placa de rede IP para que a coleta das informações pudesse ser feita por meio da rede de dados. A tecnologia possibilita o repasse de dados, pela área de comercialização, à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE, em São Paulo. As premissas para ajudar a CCEE no processo eram inserir os medidores na rede de dados; criar o gerenciamento dos medidores; e mapear a estrutura de rede com acesso à CCEE, passando por Brasília, e de lá até os medidores das unidades regionais, usando a rede de dados. A é obrigada por lei a enviar os dados. Para se ter uma ideia, apenas um medidor fora de ação por quatro dias gera uma multa e de R$ 312 mil. Com o mapeamento da estrutura de rede, quando surgem interferências, informamos ao pessoal onde o problema está. Antes não tínhamos um software que permitisse esse acompanhamento. Hoje, a Empresa tem tudo mapeado e as áreas afins, das regionais e da Sede, conseguem visualizar o problema. No passado só sabíamos que um medidor tinha caído quando a CCEE nos avisava. Agora, a coisa está mais transparente, temos medidores interligados até em Santa Elena, na Venezuela. De 2008 para cá nunca mais fomos multados. Quando levantamos da cadeira para conhecer a Empresa vemos que podemos melhorá-la e percebemos como ela é grandiosa, enfatiza Dimitri. Transformadores, reatores e perplexidade Já em relação aos trabalhos inéditos do PIQ, durante a apresentação do tema Melhoria no controle da condição operacional dos transformadores e reatores de potência da, por Fernando de Souza Brasil, da Divisão de Tecnologia de Ensaios; o membro da Banca Examinadora, o engenheiro eletricista e gerente do laboratório de metrologia da Chesf, e professor especializado em engenharia de produção da Universidade Federal de Pernambuco, Joel de Jesus Lima Souza (abaixo), emocionouse, pediu a palavra e fez uma observação importante sobre manutenção das buchas dos transformadores. O colega disse que houve o estouro de quatro transformadores em 2002 e 2005, e, então, em 2008, foi solicitada uma solução para o problema, mas ficou faltando uma verba pequena. Pareceme um valor muito baixo em relação ao que já havia acontecido, pois tanto os transformadores, quanto os ensaios sempre são caros. Achei interessante que essa equipe tenha conseguido convencer o pessoal de que eles poderiam fazer aquele ensaio ali no local. Estou admirado. São coisas assim que trazem uma grande economia para a Empresa. O custo evitado, a economia de dinheiro público, o tempo ganho revitalizando e testando as peças no seu local de uso e ainda a regionalização da tecnologia são fatores relevantes nessa questão. A iniciativa trouxe uma tecnologia de ponta e pioneira para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Esse trabalho tem méritos sob vários aspectos. Softwares - É da Usina Hidrelétrica Tucuruí, única planta de energia no mundo a receber o Prêmio Especial de Execução de TPM, e que faz parte da unidade mais inovadora, que vem um dos trabalhos premiados na Faixa Ouro do Prêmio Muiraquitã. O engenheiro eletricista Davi Carvalho Moreira apresentou o trabalho Desenvolvimento de um sistema computacional para análise dos efeitos da expansão e modernização da UHE Tucuruí, feito em parceria com a Universidade Federal do Pará - UFPA. O que motivou o trabalho foi o fato de o Sistema Interligado Nacional - SIN estar em constante expansão, tanto em unidades geradoras, como na parte de transmissão, com novas linhas, transformadores, reatores, uma vez que os parâmetros elétricos do sistema mudam a cada expansão, causando alterações nos reguladores de velocidade de tensão e nos estabilizadores de potência. Essa necessidade de atualização dos parâmetros elétricos tornou-se premente a partir de 2003, com a entrada em operação comercial das 11 unidades geradoras da segunda casa de força de Tucuruí. Os parâmetros reguladores dessas unidades precisavam ser atualizados. Nós verificamos que não havia um estudo desses parâmetros e por isso foi proposto esse projeto, explica Davi. O objetivo do trabalho foi desenvolver um sistema computacional para a realização de estudos dinâmicos e a proposição dos ajustes nos parâmetros dos reguladores de velocidade e tensão de Tucuruí. A primeira etapa do trabalho foi a criação do software DynaPower, que está registrado no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual - Inpi. Depois de feita toda a modelagem dos sistemas elétricos, os ajustes e os diversos ensaios em campo, foi confirmada a aplicação do software. O resultado foi a confirmação da proposição dos ajustes dos reguladores, o que Newton Teixeira Davi Carvalho vai aumentar a capacidade operacional, evitar desligamentos indevidos e aumentar a confiabilidade da nossa Usina, acrescenta Davi. Outro software, desenvolvido na Regional de Transmissão do Maranhão, o Sistema de informação da operação em tempo real - SioTr, possibilitou a criação de um banco de dados e a análise do histórico de desligamentos, alarmes emitidos, número de manobras em disjuntores e carregamento de equipamentos, entre outros. As informações agora estão concentradas em um único sistema, que permite adicionar outros relatórios importantes para a operação e manutenção., informa o analista de sistemas Newton Teixeira. Óleo e névoa - Da Regional de Produção do Amapá vêm mais dois vencedores do Muiraquitã: Raimundo Barros e Fernando Jansen. Raimundo representou a equipe que criou o Simulador de teste do módulo eletrônico do detector de névoa (água ou óleo), criado depois da identificação de falhas entre 2008 e 2010 nas unidades Wärtsilä que integram o sistema térmico de Macapá. Numa determinada ocasião, houve a queima de todos os aparelhos de detecção de névoa do motor, ocasionando um blecaute temporário na região

7 O motor da unidade geradora contém um detector de névoa (ao lado), que realiza a análise da presença de vapor ou de água no óleo lubrificante. O vapor de óleo é formado se a temperatura no interior for muito alta, significando anormalidade no funcionamento do motor. O óleo lubrificante com temperatura muito alta passa a ser combustível. Se houver névoa, qualquer centelha pode transformar o equipamento numa verdadeira bomba, diz o técnico instrumentista Raimundo Barros (acima), lotado na Divisão de Geração Térmica do Amapá. O projeto constitui-se de uma placa e de um módulo eletrônico, com a utilização de um recipiente para simulação de névoa em laboratório. O simulador possibilitou a recuperação de três módulos eletrônicos com defeito, gerando uma economia para a Empresa de aproximadamente R$ 120 mil. Mas os resultados mais importantes foram a diminuição da indisponibilidade de unidades geradoras e a redução de 25% no consumo de combustível, além do aumento da segurança do colaborador. O técnico de manutenção de equipamentos eletrotécnicos Fernando Jansen (ao lado), da Divisão de Transmissão do Amapá, participou do projeto da Plataforma virtual de simulação do funcionamento operacional e gerenciamento de subestações e processos industriais. Um dos principais problemas enfrentados na proteção e controle da Subestação Santa Rita era a impossibilidade de realização de testes de funcionamento da planta em regime de operação. Para realizar esses testes seria necessário solicitar uma ordem especial de serviço. Com o objetivo de simular as funcionalidades da subestação, padronizar os procedimentos de manutenção e auxiliar na análise preventiva de falhas, o projeto foi iniciado por meio da conversão das lógicas existentes nos projetos originais em lógicas do programa Microsoft Excel. Esse projeto possibilitou a integração da gestão da manutenção, operação e funcionalidades da planta e a redução do homem-hora com manutenção, declara Jansen. Redes inteligentes - Para inserir a Empresa no contexto em que todo o Setor Elétrico brasileiro busca definir as novas tecnologias para a distribuição e medição de energia elétrica, e formar as chamadas redes inteligentes de energia, ou smart grids, foi desenvolvido o Software para o centro de medição fasorial síncrona da. Os centros de operação recebem milhares de informações todos os dias sobre os sistemas elétricos, enviadas por instrumentos que estão no campo. Todo o sistema da recebe em torno de 128 mil variáveis como tensão, corrente, potência, estado dos disjuntores, relé de proteção, posição de válvula, entre outros. O problema é que essas informações precisam ser sincronizadas, afirma o engenheiro de manutenção eletrônica Daniel Augusto Martins (abaixo). Com o sistema de medição fasorial síncrona é possível fornecer o estado do sistema elétrico como uma fotografia real e instantânea. Hoje, isso é possível por meio de um instrumento de medição digital denominado PMU, juntamente com a tecnologia do GPS, que permite sincronizar a informação. O nosso objetivo foi oferecer essas informações sincronizadas para a Empresa. Como o GPS tem a hora padrão com a precisão de um milésimo de segundo, ele sincroniza as unidades de medição e toma a mostra precisa das grandezas elétricas. Esse é o estado da arte e permitirá a reavaliação de parâmetros e a precisão do monitoramento dos sistemas, acrescenta Daniel. Baterias e medidores - O superintendente do Centro de Tecnologia da, Francisco Roberto Reis França, participou do projeto de Desenvolvimento de sistema integrado e automatizado de equipamentos para medição de impedâncias, para monitoramento de banco de baterias, também chamado de WebAcumuladores. O objetivo é fazer o monitoramento das baterias utilizadas nas instalações da, utilizando a internet para a transmissão de dados. O projeto surgiu há dois anos, quando um blecaute atingiu Belém e outros municípios do Pará após um problema no banco de baterias da Subestação Vila do Conde. Agora, o sistema é capaz de monitorar e diagnosticar o estado de cada elemento dos bancos de baterias das instalações da Empresa. Os dados são enviados para a intranet da Empresa. E nós podemos pensar no futuro sem baterias? Segundo França (abaixo à esquerda), não. Sem bateria não adianta nem pensar em energia eólica, nem solar, porque esse tipo de energia precisa, necessariamente, ser armazenada. Ainda é preciso fazer muita pesquisa em bateria. A tendência é instalar esse sistema de monitoramento em todos os bancos de baterias utilizados em nossos sistemas. É, também, do Centro de Tecnologia que vem o projeto do Medidor de campo elétrico, criado para atender a resolução normativa da Aneel nº 398/2010, que define os limites à exposição humana a campos elétricos e magnéticos nas subestações. A Empresa não possuía instrumentos para esse tipo de medição. Com prazos apertados para atender à lei de licitação, decidiu-se por construir um equipamento. Nós construímos um medidor experimental, depois fizemos uma segunda versão e, finalmente, chegamos à versão atual, menor e mais leve. Nós utilizamos uma vara de manobras, acoplamos o medidor na extremidade e desenvolvemos também uma bobina e duas placas paralelas para fazer a medição, explica o engenheiro de manutenção elétrica Júlio Salheb (acima). Depois que o medidor foi construído, foi preciso calibrar o instrumento, o que só foi possível após o desenvolvimento de um sistema de campo elétrico e magnético no Laboratório de Calibração de Grandezas Elétricas. Detalhe: o custo do projeto foi de apenas R$ 700,00 e o preço de um instrumento desses no mercado é de aproximadamente R$ 50 mil. Fadiga de materiais - Em parceria com a Universidade de Brasília - UnB, foi desenvolvido o projeto de Identificação das condições de falhas por fadigas em materiais usados na fabricação de pás de turbinas hidráulicas. Apresentado pelo gerente do projeto, o engenheiro mecânico Menezes Ferreira de Lima (abaixo, à direita), o 12 13

8 Heitor Lindholm e o dispositivo inovador trabalho foi iniciado após o surgimento de trincas com dez mil horas de funcionamento das unidades geradoras de Tucuruí. Durante a manutenção preditiva, foram realizadas análises utilizando-se a metalografia e a fractografia, que constataram um perfil típico de falha por fadiga, podendo ocasionar a propagação de trincas e de uma fratura, com a consequente perda de funcionalidade da unidade e enormes prejuízos financeiros. O projeto foi iniciado para melhorar os procedimentos e eliminar o problema nas novas máquinas, além de aumentar a confiabilidade do sistema de geração, por meio da identificação de modelos mecânicos para a previsão da vida útil e da resistência à fadiga de pás de hidrogeradores. Com os dados obtidos foram levantadas hipóteses sobre as causas das falhas, bem como possíveis medidas que minimizassem o aparecimento de trincas. Os reparos foram feitos, tiramos os corpos de prova e as máquinas voltaram a funcionar normalmente. Isso também nos possibilitou discutir melhor os problemas com os fabricantes, declara Menezes. O trabalho contribuiu para a consolidação da pesquisa na área de materiais, fadiga e fratura e já possibilitou a capacitação de seis teses de doutorado, além da publicação de artigos técnicos em diversas publicações e congressos. O projeto resultou na adequação de um amplo laboratório e na modernização das máquinas de ensaio, que estão à disposição da na UnB. A tecnologia de projeto contra fadiga em determinados tipos de aço também está disponível para utilização em novos projetos, bem como a tecnologia de reparos de rotores hidráulicos utilizando materiais inoxidáveis. Feira de ideias - Realizada em paralelo às apresentações da III Seci, a V Feira de Inovação Tecnológica expôs várias inovações desenvolvidas por colaboradores, com potencial para serem comercializadas ou utilizadas em outras empresas. São tecnologias como o Dispositivo de abertura mecânica de emergência em disjuntores a gás SF6 Siemens, desenvolvido pelos técnicos de manutenção elétrica Heitor Lindholm de Oliveira e Ivaldo Muniz, da Regional de Produção do Amapá. A motivação do trabalho foi um curto-circuito num dos estatores de uma unidade geradora da Usina Hidrelétrica Coaracy Nunes. Apesar da atuação das proteções, o disjuntor principal estava bloqueado, causando o desligamento das outras duas unidades da Usina e das unidades da Usina Térmica Santana, ocasionando blecaute no sistema elétrico do Amapá. Com o projeto, o desligamento do disjuntor, que era feito somente por comando elétrico, agora pode ser feito também com o acionamento manual de emergência. Essa é mais uma opção de abertura do disjuntor, garantindo a confiabilidade do sistema. No entanto, quando a abertura remota falhar, o dispositivo de emergência poderá ser acionado imediatamente com toda a segurança, evitando perdas, como já ocorreu, do estator e do enrolamento do amortecedor do rotor, explica Heitor. José Lima, primeiro à esquerda, demonstra seu invento da Parcela Variável, se houvesse a indicação da necessidade da drenagem do óleo. A introdução do dispositivo (abaixo, ao centro) pelo interior da válvula permite estancar e realizar a drenagem do óleo, reduzindo, consideravelmente, o tempo de manutenção. O dispositivo permite a substituição da válvula tipo gaveta ou esférica em menos de 30 minutos, sem a necessidade de drenagem do compartimento e reduz o custo de eventuais obras, afirma Adolfo (abaixo à esquerda). O indefectível Jessé Lima de Assunção, atualmente lotado na Divisão de Transmissão do Maranhão, possui vários prêmios do PIQ e do Muiraquitã. Técnico de manutenção mecânica, ele trouxe para a III Seci o Kit limpador interno de cilindros acumuladores de diversos tipos de equipamentos e participou do projeto do Dispositivo para montagem e desmontagem de êmbolo de cilindro acumulador de equipamentos. O kit limpador é constituído por um manípulo ligado a um motor elétrico com uma manta de feltro que executa a limpeza dos cilindros. O segundo dispositivo evita o emperramento do êmbolo dentro do cilindro, quando é necessário fazer a limpeza e a montagem ou desmontagem da peça. Essas ferramentas promovem a melhoria e a garantia da limpeza do equipamento, a redução do esforço físico e do tempo de reparo, e a precisão da manutenção, afirma Jessé. Na Regional de Transmissão de Mato Grosso, o especialista de manutenção João Leandro Sobrinho (abaixo à direita), participou da Confecção de suporte metálico para retirada de chave seccionadora em serviço de potencial e com desligamento em subestações. A falta de segurança para a execução do serviço nas chaves seccionadoras, feita com cordas, era o principal problema enfrentado. O desenvolvimento de um su- 14 Ferramentas simples - Às vezes, as inovações são simples, porém com um imenso potencial de utilização, como o Dispositivo de troca de válvulas (registro) de dreno enchimento ou coleta de óleo de reatores e transformadores. O técnico de operação e instalação Adolfo Alves dos Santos, lotado na Regional de Transmissão do Tocantins, diz que o principal problema enfrentado era a indisponibilidade dos equipamentos por vários dias, podendo ocorrer a incidência 15

9 porte metálico com três pontos de travamento na chave seccionadora resolveu o problema. Com esse equipamento nós conseguimos achar o centro de peso da chave e descer o equipamento com eficiência na posição horizontal, o que garante a qualidade do serviço e a segurança da equipe. Patentes - Este é um tema que tem tirado o sono da superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico e Eficiência Energética, Neusa Maria Lobato Rodrigues. Quem inventa alguma coisa têm que ser recompensado pelo seu esforço, mas nem sempre é assim. Muitos inventores queixam-se de que criaram melhorias que os fabricantes introduziram nos seus equipamentos e máquinas, gratuitamente. Além disso, várias vezes a própria comprou esses itens já com as modernizações inseridas sem obter nenhum tipo de compensação nem para si, nem para os inventores. Ademais, perante o mercado, os fabricantes ainda eram reconhecidos como inovadores. Neusa, (ao lado), acredita poder destravar a questão: Estamos buscando os caminhos para viabilizar a divisão dos ganhos com os inventores. Há melhorias que não são passíveis de pedido de patente. Mas, há situações em que se pode pedir o reconhecimento da autoria da melhoria por meio do modelo de utilidade, ou seja, são inovações dentro de um equipamento, de interesse do próprio fabricante. Estamos tratando a questão como segredo de indústria. Vamos chamar as indústrias e colocar a questão na mesa: nós sabemos como melhorar a sua máquina, vai querer saber como é? E vai pagar quanto?. Empresas estatais superam privadas em inovações O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE divulgou, em abril de 2011, os resultados da Pesquisa de Inovação nas Empresas Estatais Federais 2008 Pintec A Pesquisa de Inovação nas Estatais, realizada com o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia, é a primeira iniciativa do IBGE no que se refere à mensuração do investimento em P&D pelas empresas do setor de energia elétrica. Ela envolveu uma lista de 118 empresas estatais federais acompanhadas pelo Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais Dest. Depois de excluídas 47 empresas as quais não se enquadravam nos requisitos, o âmbito final contou com 71 empresas. A gerente da Pesquisa de Inovação Tecnológica do IBGE, Fernanda Vilhena (foto), explica que o Dest teve importância na mobilização das empresas e na seleção do informante; o Ministério de Ciência e Tecnologia auxiliou na delimitação conceitual e treinamento dos informantes; e o IBGE se responsabilizou pelo planejamento, treinamento, coleta de dados, crítica dos dados e divulgação dos resultados. A pesquisa revelou que entre 2006 e 2008, 68,1% das empresas estatais federais foram inovadoras contra 38,6% de empresas privadas. A análise da taxa de inovação segundo o referencial de mercado mostra que 27,8% das empresas estatais federais realizaram inovação de produto para o mercado nacional e 29,2% implementaram processo novo para o setor no Brasil. Esses percentuais são bem superiores aos verificados na Pintec 2006 (4,4% e 2,4%, respectivamente), o que pode ser explicado pelo fato de que grande parte das empresas estatais federais tem a característica de serem as únicas produtoras de determinado bem ou única ofertante daquele serviço, esclarece Fernanda. Em relação às dificuldades encontradas pelas empresas públicas e privadas nos processos de inovação, Fernanda afirma que as empresas inovadoras, excluídas as estatais federais, listaram como principais entraves para a inovação os elevados custos, riscos econômicos excessivos, falta de pessoal qualificado e escassez de fontes apropriadas de financiamento. Já as empresas estatais federais inovadoras destacaram que os principais obstáculos enfrentados foram a rigidez organizacional e a dificuldade de se adaptar a padrões, normas e regulamentações, bem como a falta de pessoal qualificado. Para Fernanda Vilhena, as empresas estatais federais foram, em sua maioria, inovadoras entre 2006 e 2008, sendo essa inovação baseada, sobretudo, no investimento em P&D realizado dentro ou fora das empresas. Essas inovações ocorreram principalmente por meio de cooperação com universidades, em que o objeto da cooperação foi a realização de P&D; e fornecedores, no qual o objeto foi treinamento e assistência técnica. Banca Examinadora Na maioria dos casos, as melhorias interessam à Empresa como compradora. Nestes casos não se pode buscar a patente e nem auferir royalties. Entretanto, poderão ser negociadas vantagens e abatimentos nas próximas aquisições, ou mesmo um pagamento em dinheiro. O indicado é que o fornecedor peça a patente para si e a Empresa ganhe pelas inovações introduzidas por meio de um contrato de transferência de tecnologia. E o inventor vai levar 20% do que for levantado. Assim, todo mundo ganha. Essa será, em breve, a nova revolução em matéria de incentivos à iniciativa pessoal na. Nós já temos um contrato de transferência de tecnologia averbado pelo Inpi, portanto é possível, reforça Neusa. Examinadores. A Banca Examinadora foi composta por avaliadores externos e internos com experiência no Prêmio Nacional da Qualidade - PNQ e na certificação ISO. O nível profissional dos examinadores mostrou o respeito da Empresa pelos colaboradores. A professora Terezinha Pereira de Oliveira disse que veio para avaliar, mas que também aprendeu: Agradeço as sugestões e ideias. Foi difícil chegar ao término com tantos trabalhos excelentes. A experiência contribuiu para eu dar um passo a frente na minha forma de ver as coisas. Tenho a tendência em ser acadêmica. Aqui pude ver como que, com a multidisciplinaridade, e até com as diferenças, se consegue obter grandes resultados. Estou estarrecida com a criatividade, com o nível de informação, a inovação, a inteligência e o espírito de cooperação entre as pessoas. Não seria possível realizar os projetos da Empresa sem a parceria de diversas instituições como a Universidade Federal do Pará UFPA, Universidade de Brasília UnB, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia Coppe, Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento Lactec e Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações CPqD. O doutor em engenharia elétrica José Rossi (ao lado), pesquisador do CPqD-Campinas (SP), explica que a instituição está começando um projeto com a de pesquisa de borrachas de vedação utilizadas em transformadores e geradores. O CPqD também está iniciando outro projeto de sensor ótico de proximidade de eixo e geradores, e já finalizou três projetos, em parceria com a Empresa, de sensores óticos de hidrogeradores, monitoramento de linhas de transmissão e degradação de materiais de isoladores. Nós temos uma parceria longa e bem frutífera, sempre com parcerias locais. Eu já participei de outros eventos da Empresa, desde os primeiros PIQs e acho muito interessante essa lógica de premiar a pesquisa e as soluções inovadoras, o que só incentiva a criatividade dos colaboradores e pesquisadores. Esses moços! - Eden Damasceno ressalta que o PIQ tem 15 anos e, portanto, é um adolescente inquieto, mas que a cada ano inova. E que não poderia deixar de falar com emoção das outras crianças : o Prêmio Muiraquitã, com cinco anos; e os outros com dois, o Seminário de Tecnologia da Informação e a Feira de Inovação. Estão presentes aqui todos os inovadores, criativos, inquietos e competidores da nossa Empresa. Esse é um encontro de mentes criativas, demonstrando processos de inovação com resultados efetivos, ajudando nas questões estratégicas, que permite a sobrevivência da Empresa. Aqui entendemos a essência da Empresa. Quando se entra nos espaços dos trabalhos e nota-se a melhoria, a eficiência dos processos empresariais, da produtividade. Essas conexões vão atender aos objetivos empresariais estabelecidos no Plano Estratégico O que está se mostrando aqui é o resultado de várias iniciativas de vanguarda em que a é referência. Eden fez ainda uma breve síntese das três edições da Seci: A primeira veio com as oportunidades do PIQ e do Prêmio Muiraquitã, num momento no qual nasceram vários trabalhos inéditos de inovação e de criatividade, e foi realizada tendo como apresentadores os traba

10 Resultado Final V Prêmio Muiraquitã - Colaboradores Regional de Produção do Amapá Plataforma virtual de simulação do funcionamento operacional de subestação e processos industriais Software de Apoio a Engenharia Fernando da Silva Jansem Faixa Ouro Regional de Produção do Amapá Simulador de teste do modulo eletrônico do detector de névoa (Água ou óleo) Geração Térmica Raimundo da Merces Oliveira de Barros João Bosco Pureza da Silva Afonso Celso Viana Abreu José Carlos da Silva Theles Faixa Ouro Regional de Transmissão do Maranhão Sistema de informação da operação em tempo real - SIO@TR Software de Apoio a Engenharia Newton Teixeira do Nascimento Júnior Faixa Ouro Regional de Transmissão do Pará Software desenvolvido para o centro de medição fasorial síncrona da Software de Apoio a Engenharia Daniel Augusto Martins Joaquim Américo Pinto Moutinho Faixa Ouro Resultado Final V Prêmio Muiraquita - P&D Eden e Álvaro; e o grande público da III Seci Superintendência de Produção Hidráulica Resultado XV PIQ Desenvolvimento de um sistema computacional para análise dos efeitos da expansão e modernização da UHE Tucuruí Davi Carvalho Faixa Ouro Modalidade Trabalho Consolidado - Categoria Apoio - 1º Lugar Superintendência de Finanças Retenção de Tributos na fonte: procedimentos adotados na Superintendência de Finanças da. Henrique Moreira Campos lhadores mais antigos. A II Seci foi o momento rico do encontro de duas gerações. A III Seci foi a consolidação dessa integração: o entrelace do pensamento científico extraído das equipes mescladas de pensadores novos e outros mais vividos. Ao final da III Seci, Álvaro Raineri descobriu uma feliz coincidência: Analisem e concluam se é uma coincidência ou predestinação. Nonaka e Takeuchi revolucionaram e se tornaram os papas da gestão do conhecimento ao lançar o livro Criação de Conhecimento na Empresa: Como as empresas Japonesas Geram a Dinâmica da Inovação. O modelo inovador japonês de Gestão do Conhecimento de Nonaka e Takeuchi é composto por quatro estágios de conversão entre o conhecimento tácito e o explícito, denominado SECI, a saber: Socialização, Externalização, Combinação e Internalização. Acredito que juntos conseguimos, durante a III SECI, promover os quatro estágios de Nonaka e Takeuchi, tanto na dimensão profissional quanto na pessoal: socializamos, externalizamos, combinamos e internalizamos. É isso aí, fomos de Seci a saci, de Peri ao hi-tech. Modalidade Trabalho Consolidado - Categoria Finalístico - 1º Lugar Regional de Transmissão de Rondônia / Acre Sistema de ventilação eólica para galeria de cubículos de disjuntores de 13,8 kv na subestação Alfaville. Salomão David de Araújo Alves Pereira, Moacir Ferreira Rios Jr, José Francisco Rabelo, Manoel de Jesus Privado, Francisco Chagas Silva, Décio Cavallieri, Salustiano Ribeiro Duarte, Grigório Pacheco, Laércio Souza Vieira, Lúcio Caetano da Silva, Walmy Carvalho José Luiz Sampaio, Raimundo Nonato Lemos da Silva, Manoel Melo Modalidade Trabalho Inédito - Categoria Apoio - 1º Lugar Centro de Tecnologia da Medição de campo elétrico visando atender a resolução Aneel nº 398/2010. Júlio Antônio Salheb do Nascimento, Manuel Joaquim da Silva Oliveira, Fernando Wilson Sousa Conceição, Ipojucan Lopes de Carvalho, Oswaldo Gonçalves dos Santos Filho, Gecivan de Sousa França, Olavo Pedro Pereira Modalidade Trabalho Inédito - Categoria Finalístico - 1º Lugar Regional de Transmissão do Pará Redução do esforço físico e aumento da segurança do eletricista, no serviço de troca de espaçadores em linha viva. Marcio Robert da Silva Ribeiro e Ozias Xavier Neves 18 19

11 Transmissão Nas linhas do Madeira, tecnologia vai resultar em economia de R$ 50 milhões Michele Silveira Excêntrico. Louco. Mágico. O búlgaro Nikola Tesla ficou conhecido como o homem que queria levar energia gratuita a todos. Acreditava que poderia levar energia para todos e sem custos. O sobrenome faz companhia nas aulas de física na escola, mas há quem considere ainda uma injustiça o abandono de seu legado. Tesla inventou a corrente que sai da tomada, a alternada. Sua excentricidade rendeu a inovação que tornou a vida muito melhor. Suas patentes e seu trabalho teórico formam as bases dos modernos sistemas de potência elétrica em corrente alternada, incluindo os sistemas polifásicos de distribuição de energia. Tesla viveu entre 10 de julho de 1856 e 7 de janeiro de Aos 35 anos, em 1891, desen- volveu a sua invenção de referência: a bobina Tesla, a base para o rádio, televisão e meios modernos de comunicação sem fio. O cientista ficou famoso por suas apresentações teatrais nas quais os leigos pouco compreendiam os assuntos, mas maravilhavamse com os raios elétricos que saíam de bobinas brilhantes e lâmpadas sem fio que se acendiam ao entrarem em contato com a mão. Não é à toa que o rótulo de cientista maluco lhe caía bem. Mas são os próprios cientistas que afirmam: Criatividade e loucura são primas próximas. A afirmação é do especialista em robótica Daniel Wilson. Ele pesquisou a biografia de alguns dos mais famosos cientistas da história fictícios ou reais - e identificou depressão, bipolaridade e outros distúrbios psicológicos como alguns dos problemas mais comuns enfrentados por mentes brilhantes que figuram tanto nos livros de história como em romances, filmes e histórias em quadrinhos. A pesquisa foi publicada no livro A galeria da fama dos cientistas malucos que, com bom humor, mostra que sanidade e genialidade nem sempre andam juntas. Foto: Wikipédia 20 21

12 Tecnologias como amortecedores e contrapesos têm sido usadas nos cabos de alumínio É aquela velha história: de médico e louco... E há quem garanta: é esse pouco que faz a diferença. Na, esse pouco é muito. A Empresa leva a sério seus cientistas e investe em invenções que já foram levadas a diversos agentes do setor. O cenário é desafiador. Até 2014 o Brasil terá um excedente de cinco mil a seis mil MW de energia. A declaração do presidente da Empresa de Pesquisa Energética - EPE, Maurício Tolmasquim, foi dada no início do mês de junho de 2011 e, segundo ele, há muito tempo o País não convivia com uma situação hidrológica tão favorável. A previsão é promissora. Mas a pergunta do momento é: nossas linhas de transmissão estarão prontas para o crescimento da oferta de energia? Licenças ambientais, reduzir perdas e vencer grandes distâncias, algumas delas em áreas de difícil acesso, são alguns dos desafios dos sistemas de transmissão. Para Marcos César de Araújo, gerente de Projeto e Linhas de Transmissão da, a inovação é o diferencial no futuro da tecnologia de transmissão. Temos aí os grandes desafios da transmissão em longas distâncias e precisamos ser também cada vez mais competitivos. César é um dos autores da tecnologia que vai resultar na economia de aproximadamente R$ 50 milhões nas linhas do Complexo do Madeira. Trabalhando a forma de tracionamento mecânico, poderemos usar cabos de alumínio nessa linha. Um dos dois circuitos do linhão do Madeira será construído pela sociedade de propósito específico (SPE), Norte Brasil Transmissora de Energia, formada por, Eletrosul e Abengoa. Os quilômetros a serem percorridos de Porto Velho, em Rondônia, até a cidade paulista de Araraquara, fazem das linhas do Madeira o maior sistema de transmissão do mundo. Segundo Marcos César (abaixo), por sua grande extensão, assim como por suas demais características técnicas, os vultosos custos de implantação e manutenção da linha de corrente contínua demandaram estudos e avaliações especializadas na busca da solução técnico-econômica mais adequada, vislumbrando-se a opção de utilização de cabos condutores de alumínio (CA) como tecnicamente viável e economicamente vantajosa. O emprego desses condutores de alumínio no Brasil, até então se restringiu a aplicações em linhas de distribuição e subtransmissão de energia. A pré-definição, na fase de projeto básico, de um cabo de alumínio com elevada bitola e tracionamento mecânico correspondente ao EDS de 26% de sua carga de ruptura requereu o aprofundamento das avaliações técnicas relativas à viabilidade da solução pretendida. O valor de tensão EDS - Extreme Ductile Strength é o valor da tensão de ruptura. Foram comparadas quatro alternativas de cabos condutores: a primeira delas a solução de referência indicada no edital da Agência Nacional de Energia Elétrica Aneel: cabo de alumínio com alma de aço (CAA); cabo de liga de alumínio (CAL); cabo de alumínio com alma de liga de alumínio (ACAR); e cabo de alumínio (CA), explica Marcos César, citando o trabalho realizado em parceria com as outras integrantes do consórcio. Vibração eólica - Na primeira fase dos estudos, os cabos CAA e CAL foram descartados em face da grande desvantagem econômica imediatamente constatada em relação às outras duas opções. A partir daí, foram aprofundados os estudos e comparações técnicas entre os cabos, com ênfase nos condutores CA e ACAR, concluindo-se pela vantagem técnico-econômica do cabo CA associada à viabilidade de sua utilização com tracionamento mecânico diferenciado. Essa possibilidade está sendo utilizada tanto no bipolo I como no bipolo II. Tivemos muita atenção com a vibração eólica, com estudos específicos para o amortecimento dos cabos para evitar a fadiga e um possível rompimento. A diferença no tratamento mecânico do cabo resultou num processo que poderá ser reproduzido em outras situações, explica. A vibração eólica é mais um desafio das tecnologias de transmissão. Numa parceria com pesquisadores do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Estadual de Londrina, a Eletrosul desenvolveu o protótipo de um vibrógrafo (abaixo) equipamento que mede as vibrações eólicas e o esforço que elas A transmissão a longas distâncias é o desafio das novas tecnologias 22 23

13 exercem sobre as linhas de alta tensão. O aparelho foi instalado no cabo para-raios da linha de transmissão de 525 kv Londrina-Ivaiporã, associada a Itaipu, para testes. As informações obtidas a partir do uso desse tipo de medidor podem ajudar a estimar o tempo de vida útil dos cabos de energia e indicar medidas preventivas ou corretivas em locais onde as linhas estejam mais vulneráveis à ação dos ventos. O coordenador geral do projeto, professor José Alexandre de França (abaixo), explica que o objetivo é desenvolver um sistema de aquisição de dados que monitore o estresse nos cabos das linhas de transmissão. Conhecendose esse estresse, é possível prever quando há grandes chances de ruptura nos cabos e, para evitar problemas maiores, agendar uma manutenção preditiva. Segundo ele, o protótipo foi desenvolvido para superar as limitações dos vibrógrafos atuais. Um dos diferenciais é o uso de baterias recarregáveis via indução magnética, isto é, capazes de retirar energia do cabo no qual o aparelho está instalado, garantido maior autonomia de funcionamento. Outra vantagem é a transmissão on line de dados, que permite enviar informações diariamente ao servidor localizado no campus da Universidade, pela rede GPRS (Serviço de Rádio de Pacote Geral) do celular, explica. A expectativa é que o projeto esteja pronto até dezembro de Segundo Marcos César, a tecnologia de corrente contínua foi usada em Itaipu, mas lá, assim como em vários outros lugares do mundo, o cabo mais usado é o de alumínio com alma de aço. Nas linhas de transmissão do Madeira serão utilizados cabos com fios de alumínio, sem a alma de aço. Isso significa mais economia num processo competitivo em que a inovação é fundamental, explica. Corrente contínua, alternada, meia-onda ou ultra-alta tensão são alguns dos termos ouvidos por quem se debruça sobre o tema. De acordo com o engenheiro eletricista Fernando Chaves Dart, pesquisador do Departamento de Linhas e Estações do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica- Cepel, e gerente do projeto de implantação do Laboratório de Ultra-Alta Tensão do Cepel. Linhas de transmissão em corrente alternada com níveis de tensão acima de 800 kv e linhas de transmissão em corrente contínua com tensões iguais ou superiores a 800 kv são consideradas linhas de ultra-alta tensão. Segundo ele, a taxa de utilização de linhas de transmissão é avaliada em função de desempenho do sistema elétrico como um todo. Para a transmissão de um bloco de energia a uma determinada distância, quanto maior a tensão da linha de transmissão, menor a corrente que circula por ela e, consequentemente, menores serão as perdas na transmissão. Dart (ao lado) explica ainda que a redução do custo de um empreendimento, garantindo a sua confiabilidade, leva em conta, também, o impacto ambiental, que está incluído no custo do empreendimento, e a integração regional propiciada por um empreendimento que atravesse regiões distantes uma da outra cerca de km, seja qual for o nível de tensão da linha de transmissão. A tecnologia é fundamental para a definição da melhor alternativa de transmissão a ser adotada. O Cepel dispõe de ferramentas que permitem avaliar o custo e o desempenho de linhas de transmissão tanto em corrente alternada quanto em corrente contínua, afirma. Modelo - Ao longo dos últimos anos o Cepel vem desenvolvendo programas digitais capazes de otimizar arranjos de linhas de transmissão, calcular os parâmetros e as interferências no meio ambiente, tanto no que se refere aos aspectos elétricos, quanto aos mecânicos. Os modelos desenvolvidos permitem que os pesquisadores desenvolvam configurações de linhas de transmissão com essas características. Agora o Cepel se prepara para inaugurar o Laboratório de Ultra-Alta Tensão (UAT). Até o presente momento todas as fontes de tensão que farão parte da nova infraestrutura laboratorial para UAT foram entregues pelo fabricante e estão aguardando a montagem para serem comissionadas, dependendo ainda de obras civis que estão em fase de contratação, explica Fernando Dart. Já são R$ 62 milhões investidos pela, Finep e Cepel e, até a conclusão do projeto, serão necessários recursos da ordem de R$ 30 milhões. O Laboratório de Ultra-alta Tensão - LabUAT (acima, na maquete) está sendo construído em duas fases. A previsão inicial de conclusão da primeira fase é para o final de Essa fase inclui a construção de um pórtico, a casa de controle, a base do gerador de impulso de 6,4 MV e a respectiva canaleta, além de uma área de armazenamento. A segunda fase deverá estar concluída em meados de Essa contempla o restante do Laboratório: dois pórticos, demais bases e canaletas, estruturas de tração, arruamento, iluminação e drenagem, além de todos os equipamentos necessários para a realização de ensaios disruptivos em equipamentos elétricos de UAT. A iniciativa é pioneira no continente americano e terá papel essencial no apoio às atividades de pesquisa aplicada do Cepel, para vencer os desafios tecnológicos do desenvolvimento de novas concepções de linhas de transmissão de alta capacidade, tanto em corrente alternada quanto em corrente contínua, a serem utilizadas na transmissão de grandes blocos de energia, como aquelas envolvidas nos aproveitamentos hidrelétricos da região amazônica, notadamente os futuros empreendimentos de Belo Monte e Teles Pires, por exemplo. Segundo Fernando Dart, futuras interligações com outros países que fazem fronteira com o Brasil também podem adotar linhas de transmissão com características inovadoras. Cabe ressaltar que qualquer inovação tecnológica deve ser testada em todos os aspectos antes de ser adotada comercialmente. É nesse nicho que o Laboratório do Cepel se enquadra, afirma. Para Marcos César, o desafio dos especialistas em transmissão é desenvolver tecnologias capazes de reduzir custos e mitigar os impactos ambientais para agilizar a liberação das licenças ambientais, ainda um entrave aos processos de construção das linhas. A vive de ganhar um empreendimento e investir nele por pelo menos 30 anos, e esse é o diferencial maior das estatais. Investimos aqui e apostamos em tecnologias para ficar cada vez mais competitivos. Nesse contexto, toda inovação é um diferencial na hora de ganhar um leilão. Com uma demanda que não pretende reduzir intensidade, a inovação é a alternativa não convencional que fará a diferença na história da transmissão a longas distâncias. É o caminho da energia para todos. Sob as bênçãos de Nikola Tesla

14 Transmissão a longas distâncias: os desafios da parceria Brasil - China Em abril de 2011 a e a estatal chinesa State Grid assinaram memorando de entendimento para compartilhar experiências gerenciais, técnicas e comerciais em transmissão e geração de energia. A ideia é que a ganhe acesso à tecnologia de transmissão de ultra-alta tensão, dominada pela chinesa, e prevê a possibilidade de atrair investimentos externos para seus projetos. Para o assessor da Presidência da, Paulo César Fernandez (foto), o seminário Alternativas Não-Convencionais para a Transmissão de Energia Elétrica em Longas Distâncias, realizado em fevereiro de 2011, na Universidade de Brasília, como parte de um projeto de P&D institucional da Aneel coordenado pela, mostrou que, atualmente, a potência instalada em todo o sistema elétrico chinês é nove vezes a potência instalada no Brasil: cerca de 980 GW, contra os 115 GW brasileiros. Tal número precisaria dobrar até Isso significa colocar em funcionamento, a cada ano, uma capacidade instalada praticamente igual à capacidade total de geração existente no Sistema Interligado Nacional - SIN. O grande potencial hidrelétrico a ser explorado na China está na região sudoeste, onde ficam as cadeias de montanhas da cordilheira do Himalaia. Em função dessas características territoriais e da necessidade de grande crescimento da capacidade instalada a taxas anuais muito elevadas, não há alternativa para a expansão do sistema de transmissão chinês a não ser a utilização das novas tecnologias de UAT em corrente alternada acima de kv ou em corrente contínua igual ou acima de 800 kv. Isso porque essas tecnologias têm uma capacidade significativamente maior para transmitir grandes blocos de potência a longas distâncias do que as alternativas convencionais de transmissão, explica Fernandez, em artigo publicado logo após o seminário. Para Fernando Chaves Dart, pesquisador do Cepel, (ver matéria principal), a troca de experiência entre equipes é, sem dúvida, uma boa alternativa para encurtar etapas de desenvolvimento. Hoje os nossos desafios são únicos, mas pode-se trabalhar em conjunto. Segundo ele, a China possui quatro laboratórios de UAT em operação: um de corrente alternada, um de corrente contínua, um de ensaios mecânicos e um para avaliar o efeito de grandes altitudes no Tibet. Possuem ainda uma linha de transmissão de kv, duas linhas de ± 800 kv em operação e planejam ainda desenvolver linhas de corrente contínua em ± kv. No Brasil, desde a década de 1980, a maior tensão em corrente alternada em operação é 765 kv e em corrente contínua é ± 600 kv. No entanto, as características da China e do Brasil são muito diferentes. Podemos trabalhar em conjunto, mas devemos ter nossas próprias soluções no tocante tanto a linhas de transmissão quanto a equipamentos para geração e para subestações, afirma. Para Fernandez, a Amazônia poderá ensejar alternativas muito atrativas de expansão da transmissão com o emprego da tecnologia de UAT, seja em corrente alternada ou em corrente contínua. O emprego da tecnologia de UAT é interessante sob os pontos de vista técnico, econômico e ambiental, já que a supressão da vegetação é significativamente menor que nas tecnologias de transmissão convencionais, quando considerado o transporte de uma mesma quantidade elevada de potência, afirma. Ele avalia ainda que o Brasil pode se beneficiar de uma cooperação técnica nesse campo de conhecimento. A China está interessada em uma cooperação técnica com o Brasil na tecnologia de transmissão não convencional chamada de meia onda +, uma linha de transmissão em corrente alternada com cerca de 2,5 mil km ponto a ponto, o que é impossível de se conseguir com a tecnologia convencional de transmissão em corrente alternada em extra alta tensão até 800 kv, ou mesmo em UAT acima de kv. No Seminário foram discutidos ainda os chamados sistemas hexafásicos, constituídos de seis fases derivadas do sistema trifásico existente, para ensejar maior possibilidade de compactação e consequente redução de custos; a aplicação de supercondutividade na transmissão de energia elétrica (não aplicável a grandes distâncias, mas para zonas de alta urbanização e de alto custo do terreno); e a transmissão em corrente contínua utilizando a tecnologia não convencional VSC (Voltage Source Converter). Embora essa última tecnologia já esteja disponível no mercado mundial, apresenta ainda custos mais elevados e maiores perdas por efeito Joule. Mas as Alternativas Não-Convencionais para a Transmissão de Energia Elétrica em Longas Distâncias não param por aí. Durante o Seminário também foram apresentados estudos sobre o armazenamento de energia elétrica sob a forma de gás hidrogênio, a partir de utilização de energia de vertimento do SIN em plantas de eletrólise para produção, armazenamento e transporte de gás hidrogênio, para posterior utilização em células combustíveis, produzindo novamente eletricidade. Apesar de tecnicamente viável, a tecnologia ainda tem um custo muito elevado. Foto: Jorge Coelho/ Geração Tecnologias modernas e tradicionais se unem para uma melhor segurança das barragens Érica Neiva As barragens são monitoradas por uma espécie de pronto-socorro, semelhante ao que estamos acostumados nos hospitais. Mas os profissionais que entram em ação, ao contrário de médicos e enfermeiros, são especialistas em solo, concreto e sismos, explica o engenheiro civil da área de instrumentação de auscultação e segurança de barragens, Ruben José Ramos Cardia. Assim como a medicina passa por intensas descobertas com a evolução tecnológica, o mesmo acontece na área de segurança de barragens. No Brasil, o uso de inovações tecnológicas nessa área encontra obstáculos, sobretudo devido aos altos custos. Tomamos conhecimento de inovações, mas nem sempre conseguimos implementá-lo devido ao custo e dificuldade de importação de equipamentos, afirma Cardia. Entre as inovações, Cardia (abaixo), cita o uso da fibra ótica nas barragens do Rio Iguaçu para medida de temperatura e controle da segurança. As barragens fazem parte do Complexo Energético Fundão Santa Clara, consórcio da Companhia Paranaense de Energia - Copel. Um exemplo de tecnologia ainda pouco encontrada no País são os usos de dispositivos sem fios, tecnologia wi-fire, para substituir o trabalho com o piezômetro, equipamento selado no interior do subsolo para responder à variação da pressão. Em vez de carregar um cabo de 50 metros é usado um equipamento mais leve e portátil. Na fase de projeto de uma barragem há o desenvolvimento de várias tecnologias na área de metodologia de cálculos por meio da evolução de softwares e de equipamentos de hardware capazes de prever comportamentos futuros como deslocamentos, tensões e temperaturas, facilitando a construção e possibilitando economia sem prejuízo da segurança. Outro segmento de segurança de barragens no qual acontecem inovações periódicas é a área de concreto. As melhorias envolvem, sobretudo, a composição química, a exemplo de aditivos nos cimentos que vêm melhorando a qualidade da área construtiva. Para o engenheiro civil da área de concreto, Selmo Chapira (ao lado), nesse âmbito estão ocorrendo muitas inovações graças ao suporte dos programas de P&D que as empresas têm adotado. Infelizmente, isso só ocorre com as empresas de geração e distribuição de energia elétrica. Seria bom que o mesmo ocorresse com as empresas de abastecimento de água e irrigação, que estão sob responsabilidade da Agência Nacional de Águas ANA. Algumas técnicas usadas no exterior e que ficam caras quando chegam ao Brasil, são passíveis de serem reproduzidas no País, graças aos investimentos em P&D. As técnicas são tropicalizadas, ou seja, são desenvolvidos produtos nacionais similares aos estrangeiros, mas com preços menores, além do diferencial da facilidade de técnicas de reparos por se tratar de produtos nacionais, diz Chapira. O consultor considera importante que a Aneel fiscalize a execução dos projetos de P&D e exija o investimento em P&D não só das grandes empresas, mas dos investidores e proprietários de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). As empresas maiores têm um orçamento que possibilita o investimento em pesquisa. Os proprietários de PCHs muitas vezes não possuem um faturamento capaz de realizar projetos, mas podem formar consórcios que invistam em pesquisa e desenvolvimento e beneficiem a sociedade. Em relação à sua experiência de consultoria na e sobre a evolução dos usos das tecnologias na Empresa, Chapira declara: Participei do projeto de construção e 26 27

15 operação da barragem da Usina Tucuruí, na década de Na época foram usadas as melhores tecnologias existentes. Também nas eclusas de Tucuruí foram usadas umas das primeiras versões de concreto compactado com rolo no Brasil, sinônimo de uma experiência pioneira (ver box). A, no momento de construção das suas obras, sempre procura estar à frente do desenvolvimento tecnológico. Isso gera mais confiabilidade no processo, seja na construção ou na operação, uma vez que as pesquisas possibilitam uma melhoria no processo de reparos e recuperações de obras. Abalos sísmicos - O monitoramento de abalos sísmicos começou a ser feito pela em Atualmente encontram-se monitoradas as usinas hidrelétricas Tucuruí (PA), Samuel (RO) e Balbina (AM). Com a chegada dos recentes equipamentos adquiridos pela Empresa, será iniciado o monitoramento nas usinas Coaracy Nunes (AP) e Curuá-Una (PA), e também nas estações de áreas de futuros aproveitamentos hidrelétricos, como Belo Monte. O monitoramento sismológico em usinas hidrelétricas tem como objetivo avaliar a atividade sísmica na área circunvizinha ao reservatório, bem como verificar as eventuais mudanças no nível da sismicidade devido à influência do lago, isto é, validar e analisar quando for o caso, a ocorrência de sismos induzidos por reservatórios. O processo de instalação das estações sismográficas inicia-se antes da fase de construção das usinas, pois visa a verificar se existe atividade sísmica antes do início do enchimento do reservatório. Após um tremor de terra de significativa importância em Tucuruí, em 2007, iniciou-se a modernização e a expansão da rede sismográfica da. Os equipamentos de última geração na técnica de processamento digital de sinais foram encomendados de uma fornecedora inglesa. Em agosto de 2009 foram importados 22 conjuntos de aparelhos constituídos por sismógrafo, sismômetro, acelerômetro, cabos e instrumentos auxiliares, com investimentos que chegaram a quase R$ 800 mil. As grandes empresas do Setor Elétrico começaram a monitorar a Sismicidade Induzida por Reservatório SIR principalmente após o sismo na barragem de Koyna, na Índia, em 1967, com magnitude 6.3, que causou 200 mortes e severos danos na sua estrutura. A Sismicidade Induzida por Reservatório ocorreu pela primeira vez no Brasil em 1972, no reservatório de Carmo do Cajuru, em Minas Gerais Somos um dos países com o menor índice proporcional de sismicidade em toda a América Latina. O Japão, equivalente em área ao Maranhão, muitas vezes, em apenas um ano, sofre maior número de terremotos dos que os já catalogados no Brasil desde o início da colonização, explica o gerente de Segurança de Barragens da, Gilson Machado da Luz. A instalação de equipamentos sismográficos, de acordo com Gilson (ao lado), não irá prevenir nem evitar a ocorrência de sismos, mas o monitoramento é fundamental para registrar e acompanhar o histórico dessas ocorrências e 28 Tucuruí, Samuel, à direita, e Curuá-Una, acima na página ao lado: usinas com monitoramento sismológico 29

16 Acelerômetro Sismógrafo orientar a adoção de procedimentos futuros, no que diz respeito à redução dos impactos ambientais, sociais e econômicos. Também é necessário obter dados que possam contribuir para o conhecimento técnico sistêmico dos fenômenos sísmicos naturais ou induzidos por reservatórios. Estações sismográficas - O reservatório da Usina Hidrelétrica Tucuruí é monitorado por uma rede composta por quatro estações sismográficas e quatro acelerográficas. As estações Sismômetro sismográficas localizam-se nas proximidades do reservatório e possuem tecnologia moderna, contando com digitalizador e sismômetro triaxial de banda larga, ambos do fabricante inglês Guralp Systems. As estações acelerográficas realizam a medida das acelerações em três pontos da estrutura da barragem e em um ponto de referência distante da estrutura. Contam com equipamentos de tecnologia digital e são compostas de digitalizador e de acelerômetro triaxial do mesmo fabricante inglês. Os dados são adquiridos em cada estação remota a uma taxa de 100 amostras por segundo e enviados, inicialmente, via rádios digitais para uma central de registro no escritório da Usina e depois para a Sede da Empresa em Brasília. Para tanto, utiliza-se o sistema de transmissão por fibras óticas instalado na linha de transmissão de energia em alta tensão. Em Brasília, após a recepção dos dados no computador servidor, é realizada a tradução do endereço IP (protocolo de internet) local para o endereço IP público, permitindo o acesso aos dados pelo computador do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília - UnB, no qual os dados são recebidos em tempo real. O coordenador técnico do Observatório da UnB, Darlan Portela Fontenele (abaixo), diz que Tucuruí é a primeira Usina no Brasil a ter uma rede de acelerógrafos instalada e enviando dados em tempo real para a Universidade. O monitoramento permite saber imediatamente qual a aceleração máxima que um possível evento causou na estrutura da barragem. Isto dá suporte ao pessoal de segurança de barragem para empreender ações de mitigação dos possíveis efeitos provocados por tais eventos. Os dados que chegam ao Observatório são analisados para que se saiba se houve a ocorrência de eventos sísmicos de qualquer natureza. Uma vez catalogados e classificados, são determinados parâmetros acerca da fonte que os originou: localização (coordenadas geográficas); profundidade (eventos tectônicos); e magnitude, esclarece Darlan. A utilização de equipamentos digitais e modernos, instalados nas estações sismográficas e acelerográficas, permite obter respostas mais precisas, empregando-se técnicas computacionais modernas. A diferença entre estações sismográficas e acelerográficas está relacionada à quantidade de dados produzidos. As estações sismográficas, devido à natureza de suas aplicações, produzem uma quantidade de dados maior que estações acelerográficas. Isto se explica pelo fato delas serem capazes de perceber desde os pequenos até os grandes eventos. Estações acelerográficas são desenhadas para perceber apenas os eventos que geram acelerações maiores na estrutura em que estão instaladas, explica Darlan. Equipamentos digitais - O Observatório Sismológico da UnB mantém parceria com diversas empresas energéticas, principalmente com as empresas do Sistema, como e Furnas, e também Cemig e Itaipu, desde o final da década de De lá para cá, o Observatório desenvolveu-se muito, graças aos recursos financeiros obtidos com as parcerias e, principalmente, devido aos dados produzidos pelas estações sismográficas dessas empresas. Isso permitiu conhecer melhor a realidade sísmica do País. No caso da, por exemplo, foi possível conhecer a sismicidade da Amazônia, afirma Darlan. Os equipamentos digitais produzem dados mais exatos e permitem o uso de técnicas de análise mais modernas, diferentemente dos equipamentos de tecnologia analógica, que geravam dados nem sempre de boa qualidade, o que induzia a possíveis erros de interpretação. Uma característica da tecnologia analógica era não poder utilizar ferramentas computacionais modernas. Tudo era feito no braço. Segundo Darlan, a própria coleta dos dados requeria a ida de um operador a cada dois dias para trocar o sismograma. De forma prévia, o operador precisava preparar o papel que iria gerar o sismograma. Isto era feito a partir de um processo de esfumaçamento. Precisava-se impregnar o papel com a fumaça oriunda de uma lamparina, criando uma fina camada de fuligem sobre o papel para poder, então, ser riscado pela pena do sismógrafo. Depois, no processo de retirada do sismograma, era necessário banhar o papel em uma solução de álcool e goma laca, o que fazia com que a fumaça impregnada não se soltasse do papel. Tinha-se um sismograma pronto para poder ser manuseado pelo analista. Sobre os recursos dispostos nos equipamentos digitais, o coordenador do Observatório explica que eles permitem desde a obtenção do tempo, com precisão de milésimos de segundos, a partir de receptor GPS, até a gravação Estações de dados estão ligadas à sala de registro da UnB 30 31

17 Exterior e interior de uma estação sismográfica, com seus equipamentos dos dados em mídia de grande autonomia. Hoje não mais é preciso ir à estação a cada dois dias. Uma grande vantagem é poder utilizar sistemas de telefonia celular, satélite, rádio, ou mesmo a internet, para transmitir os dados de uma estação. A saiu na frente, ao adquirir para todas as suas estações equipamentos digitais modernos e hipersensíveis, que permitem a obtenção de resultados mais rápidos e acurados, acerca de eventos que possam ocorrer nas áreas das suas barragens. A sismologia ganha com essa visão da Empresa em modernizar as estações sismográficas, pois permite conhecer melhor a dinâmica interna da Terra que gera os terremotos, sobretudo na região amazônica, onde existe um número muito reduzido de estações, elogia Darlan. Belo Monte - A tem o interesse de expandir a rede de estações sismográficas na sua área de atuação, dispondo de equipamentos para instalação de novas estações na região amazônica. Com o objetivo de estabelecer um acordo de cooperação técnica no qual haja o empréstimo desses equipamentos para operação, e em troca obtenha os dados que possam contribuir para o conhecimento dos fenômenos sísmicos naturais ou induzidos por reservatórios na região amazônica, a Empresa firmou um acordo com a Norte Energia S/A, empresa responsável pela construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte. Conforme o acordo de cooperação, a Norte Energia vai instalar e operar uma rede de três estações sismográficas em Belo Monte, arcando com os custos de construção, instalação, operação e transmissão de dados dessa rede, cujos dados obtidos serão compartilhados com a no domínio do conhecimento sísmico natural ou induzido por reservatório, nas condições geológicas da região amazônica. O acordo não possui valor monetário devido à sua natureza técnica cooperativa, sem ônus financeiro entre as partes. É assim, investindo, cuidando, planejando, que a está na vanguarda tecnológica também quando se trata de segurança de barragens. Tecnologia empregada nas eclusas de Tucuruí garante segurança e confiabilidade A construção das eclusas de Tucuruí tem como objetivo dar continuidade à navegação no trecho da hidrovia interrompido com a construção da barragem, vencendo um desnível de 69 metros. A tecnologia empregada na sua operação, conforme explica o gerente da Coordenação da Obra das Eclusas de Tucuruí, Waldo Ferraz, além de ser eficiente, conta com uma situação operacional não só no que diz respeito à segurança de pessoas e embarcações, mas também em relação ao reservatório da Usina. O sistema de transposição de Tucuruí inclui duas eclusas: uma inserida no corpo da barragem e outra a jusante, de retorno à calha do Rio Tocantins. Entre elas, um canal intermediário com km de extensão, permitirá a navegação de embarcações com calado máximo de 4,5 metros. As eclusas de Tucuruí têm capacidade para dar passagem a 40 milhões de toneladas de cargas por ano em cada sentido da navegação. Cada eclusa constitui um degrau na escada que os barcos têm que vencer. Ela atua como um verdadeiro elevador aquático, ajudando as embarcações a transpor o desnível, visto que a eclusa nada mais é que uma grande câmara de concreto com duas enormes portas de aço. Depois que a embarcação entra, as comportas são fechadas e o tempo de transposição dos comboios de jusante a montante ou vice e versa é de 1h30. As eclusas funcionam segundo o princípio dos vasos comunicantes, ou seja, quando dois recipientes são ligados pelo fundo, o nível da água dentro deles tende a ser o mesmo. Assim, quando a comporta de enchimento estiver aberta e a de esvaziamento fechada, o nível da água no interior da eclusa se iguala ao mais alto. E quando a comporta de enchimento estiver fechada e a de esvaziamento aberta, o nível da água no interior da eclusa se iguala ao mais baixo. A eclusa funciona sem necessidade de bombas. A energia gasta para erguer ou descer a embarcação é a da gravidade, ou seja, tudo é feito aproveitando o peso da própria água, explica Waldo. As eclusas possuem um monitoramento digitalizado para o controle das atividades, um Sistema de Controle e Supervição - SCS, que juntamente com os sistemas de circuito fechado de TV - CFTV, central de rádio VHF, sistema de telefonia e sistema de alta voz e gravação, possibilitam o controle e monitoramento de todas as atividades desenvolvidas. De acordo com Waldo, esse sistema atua por meio de uma rede digital que interliga todos os equipamentos de cada uma das eclusas e também interliga a eclusa 1 com a eclusa 2. Dessa forma, é possível monitorar e operar qualquer equipamento das duas eclusas estando o operador na eclusa 1 ou na eclusa 2. A tecnologia empregada na construção das eclusas de Tucuruí é moderna e conta com as inovações atualmente existentes no mercado, principalmente nas áreas de supervisão, controle, proteção, sinalização e telecomunicações

18 História Pioneirismo em sistemas especiais e torres de transmissão de energia Durante as últimas três décadas, a foi responsável pela produção e transmissão de energia elétrica na Região Norte do Brasil. Portanto, não é de hoje que a Empresa tem estudado e implementado várias tecnologias destinadas a melhorar a relação custo/ benefício do sistema elétrico que opera. Atualmente, esses sistemas são capazes de levar maior quantidade de energia elétrica com o menor custo possível. Nesse contexto, relembramos nesta edição especial duas tecnologias pioneiras desenvolvidas pela Empresa: os cabos para-raios energizados e a torre raquete. Hoje, a tem ao todo estruturas tipo raquete em km de linhas de transmissão no Maranhão, Tocantins, Pará, Acre, Rondônia e Mato Grosso. Os cabos para-raios energizados não operam mais, mas chegaram a abastecer municípios em Mato Grosso e Rondônia. Cabo energizado - Desde meados dos anos 1940 já havia literatura sobre o assunto, mas a aplicação só se deu em meados da década de No entanto, somente por volta de 1990 o cabo para-raio energizado chegou ao Brasil, com a ajuda do engenheiro elétrico Ary D ajuz, ex-empregado da e atualmente no Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS. Ele foi um dos coordenadores do grupo responsável por implementar essa tecnologia no País, com a criação da Comissão do Projeto da Transmissão da Amazônia. Segundo Ary D Ajuz, os cabos para-raios energizados são os sistemas de transmissão e distribuição compartilhando a mesma infraestrutura, e aproveitando, assim, as mesmas torres e demais equipamentos. Eles funcionam da seguinte maneira: os cabos mais elevados das torres têm a função principal de blindar os condutores principais de uma linha de transmissão quando de uma descarga atmosférica direta. A partir de uma subestação, energizam-se os 34 35

19 Derivação do cabo para-raios da rede de alta tensão para a de baixa tensão drelétrica Samuel, com aproximadamente 25 mil habitantes e operou até recentemente. A demanda máxima de Itapuã do Oeste em 1997 era de 1,2 MVA e atualmente chega próximo a 4 MVA. Ary D Ajuz (abaixo), explica que essa tecnologia trouxe economia e luz para algumas comunidades brasileiras. O grande atrativo para essa tecnologia é o custo da sua implantação. Na época do empreendimento, mostrou ser bastante atraente para uma linha de transmissão em 230 kv compartilhada com um sistema para-raios de 34,5 kv. O custo médio foi cerca de US$ 4 mil por quilômetro. Destaca-se que uma linha de distribuição convencional, nessa mesma época, na mesma região e com capacidade de transmissão similar, custava na faixa de US$ 20 mil a US$ 25 mil por quilômetro. Outro ponto de destaque é que o desempenho igual ou superior a uma linha convencional de 34,5 kv na mesma região, além de o custo da manutenção ser o mesmo, comenta. Torres raquetes - Cerca de 50% do potencial hidrelétrico disponível no Brasil estão situados na Amazônia, a uma distância de milhares de quilômetros dos grandes centros de consumo. Para aproveitar ao máximo a transmissão em longas distâncias, a criou, em 1984, as chamadas torres raquetes, o que, na época, resultou numa economia de U$$ 300 milhões, propiciando grandes interconexões do sistema elétrico brasileiro com extraordinário ganho energético. Nas torres tradicionais, há três fases elétricas separadas por estruturas de posição plana e de grande afastamento. Nas torres raquetes, as fases têm a configuração delta, em forma de triângulo, são muito mais próximas e mais compactas. Essa compactação, associada a outros fatores e equipamentos técnicos, aumenta em mais de 25% a capacidade de transporte elétrico do circuito. O conceito aplica-se em linhas de 500 kv em longas distâncias, como previsto no sistema de expansão da. José Henrique Machado Fernandes (ao lado), assessor de Coordenação de Implantação de Empreendimentos da, um dos coordenadores da equipe que idealizou o projeto, explica que essa energia não poderia ser usada na Região Norte, mas deveria ser exportada, ou seja, nós tínhamos uma grande capacidade de geração de energia em um determinado local, mas com pouca infraestrutura. As futuras usinas sempre serão localizadas muito longe dos centros de consumo, como Madeira, Belo Monte, entre outros. Devido a essa necessidade, a energia elétrica deveria ser distribuída na Região Norte, e também levada para as regiões Sul e Sudeste, como São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Brasília explica. A foi pioneira no conceito de compactação e pelas grandes economias que tal tecnologia proporcionou, não só para o Brasil, mas para o mundo. As novas torres foram fabricadas a partir de uma tecnologia genuinamente brasileira. O espaçamento médio das torres é de 450 metros e elas devem ser suficientemente altas, para que fiquem longe do chão, a uma altura de 38 metros, suportando 20% a mais do que as torres convencionais. Segundo José Henrique, além de ocupar menos espaço, menos faixa de passagem, a nova tecnologia evitou desmatamento de gran- dois cabos para-raios, conectando-se a terceira fase a terra por meio de uma impedância para o balanceamento das três fases e, próximo às comunidades, por uma ligação adequada dos transformadores, energizam-se as subestações de distribuição para a alimentação da rede elétrica dessas comunidades. A primeira cidade a adotar esse sistema foi Jaru, em Rondônia, no trecho entre Ariquemes e Ji-Paraná, em Na época, Jaru tinha apenas quatro MVA de demanda máxima e foi suprida por um cabo para-raio energizado a partir de Ariquemes. Como o sistema poderia suprir no máximo 6,2 MVA e a carga da cidade cresceu rapidamente, no ano 2000 foi implantada uma subestação convencional e o cabo para-raios foi desativado. Ressalta-se que os cabos para-raios de Jaru postergaram o investimento da naquela subestação por cinco anos, o que se traduziu numa economia de alguns milhões de reais, devido ao custo financeiro do adiamento de um empreendimento de maior porte e o retorno financeiro bem mais rápido. Vale ressaltar que, em 1997, essa tecnologia foi implementada em Itapuã do Oeste, Rondônia, comunidade próxima à Usina Hides áreas verdes e transporta muito mais energia por circuito por metro quadrado. Em vez de construir cinco linhas convencionais, podem-se construir quatro linhas com torres raquetes. As técnicas de compactação de um único mastro de estruturas estaiadas tornaram possível implementar linhas aéreas com uma capacidade de transmissão de 20% e 25% menos dispendiosa do que os valores correspondentes obtidos com os projetos convencionais. Para vencer o desafio, a tem ao longo dos anos melhorado e implementado novas torres para linhas de transmissão. Além disso, está desenvolvendo novas tecnologias que serão capazes de transmitir mais potência, mais energia, com o menor custo por circuito e melhorando a vida dos consumidores brasileiros. Como se vê, não é tão simples quanto o clique que acende a luz, mas é lá aonde chega a nossa tecnologia. Colaborou Higor Sousa Silva A tem ao todo estruturas tipo raquete em km de linhas de transmissão 36 37

20 Amazônia e Nós 38 Diário de Joaquim Neto de Rezende Junior Para quem não me conhece, sou Joaquim Neto de Rezende Junior, engenheiro eletricista, natural da cidade de Araguari (MG). Em 1989, graduei-me em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Uberlândia. Ingressei na em 1989, como engenheiro de operação, trabalhando por seis anos no Centro de Operação de Sistemas, na Sede, em Brasília, nas áreas de pré e pós operação. Em 1995 comecei a trabalhar na Divisão de Estudos Elétricos e Proteção e iniciei um mestrado, em 1996, na Universidade de Brasília, tendo como produto final a dissertação Ações Corretivas de Controle de Tensão no Sistema Mato Grosso Baseadas em Estudo de Estabilidade de Tensão. Em meados de 1998 foi criada a Divisão de Estudos de Automação e Proteção, área na qual trabalho até hoje. Durante esses quase 22 dois anos de Empresa tive a oportunidade de trabalhar em diversos projetos de proteção na área de transmissão. Nos últimos dois anos estou trabalhando, também, no projeto do chamado linhão do Madeira, na parte que se refere à proteção e controle da transmissão em corrente contínua (ver matéria na página 26). Nesse projeto, a nossa equipe técnica é responsável pela engenharia do proprietário, sendo responsável pelo acompanhamento e aprovação do projeto executivo,verificação do hardware ponto a ponto e simulação da transmissão de potência. Esses e demais testes estão sendo efetuados no RTDS Real Time Digital Simulator, relativo ao Sistema de Controle e Proteção das Estações Conversoras. É um grande desafio, porque é o primeiro projeto em HVDC que a Empresa tem participação e é a maior linha em corrente contínua do mundo. Em projetos desafiadores como esse, como a segunda etapa de Tucuruí, a modernização da primeira etapa, a interligação do Acre e Rondônia ao SIN, por exemplo, não podemos mensurar em dias e sim meses e anos. Para o linhão do Madeira, iniciei os trabalhos em março de 2010, na cidade de Ludvika, na Suécia. É das viagens que fizemos à Suécia que falo neste diário. Acompanhe-me. Março de 2010 O projeto tem a particularidade de ser em corrente contínua, área em que até então nunca havia trabalhado. A parte que a está acompanhando no projeto executivo é referente ao bipolo 1, com uma capacidade de transmissão de MW. No que se refere a números de painéis do sistema de controle e proteção para as subestações coletoras Porto Velho e Araraquara 2, perfazem um total de aproximadamente 114 painéis de controle. No dia 1º de março de 2010 iniciamos nossa viagem para Estocolmo, saindo de Brasília com escalas em São Paulo e Frankfurt. Chegamos a Estocolmo às 22h do dia 2 de março. Ao sair do aeroporto rumo ao hotel nas proximidades, já foi possível ver o que nos aguardava em Ludvika, que se localiza mais ao norte e muito mais fria. Na primeira quinzena foramnos apresentados os primeiros relatórios referentes ao projeto executivo do sistema de supervisão, proteção e controle para que pudessem ser comentados em atendimento ao edital e procedimento de rede (ONS). O dia a dia em Ludvika era flat (backgarden) - fábrica - flat, não tendo muito o que se fazer numa cidade de 15 mil habitantes e num período de inverno, com a temperatura variando entre 27 e 20 graus negativos! Na segunda quinzena de março, foi possível fazer o primeiro contato com o software utilizado pela ABB, empresa responsável por todo o projeto de comando, controle e proteção, parametrização das funções de proteção, registro de eventos e oscilografia, sendo a mais importante ferramenta de trabalho para as equipes de projeto, estudos e manutenção. 39

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