Boletim. de Segurança e Saúde no Trabalho, Manual de Procedimentos. do Programa de Controle Médico de Saúde. Ocupacional (PCMSO)

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1 Boletim Manual de Procedimentos Segurança e Saúde no Trabalho Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) SUMÁRIO 1. Introdução 2. Obrigatoriedade 3. Diretrizes 4. Responsabilidade do empregador 5. Estrutura do PCMSO 6. Exames médicos obrigatórios 7. Empresa contratante e prestadora de serviços 8. Material de primeiros socorros 1. INTRODUÇÃO Esse trabalho foi elaborado, principalmente, com base na Norma Regulamentadora (NR 7), aprovada pela Portaria MTb n o 3.214/1978, na redação da Portaria SSST n o 24/1994 e da Portaria SSST n o 8/1996. Contudo, considerando que o Secretário de Segurança e Saúde no Trabalho, por meio de despacho datado de 1 o , DOU de , expediu nota técnica que visa orientar os profissionais ligados à área quanto à adequada operacionalização do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), reproduzimos, em forma de notas nos itens a seguir, alguns dos esclarecimentos constantes da nota técnica da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (SSST). 2. OBRIGATORIEDADE Todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados estão obrigados a elaborar e implementar o PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. Na execução do mencionado programa, deverão ser observados parâmetros mínimos e diretrizes gerais estabelecidos pela NR 7, objeto deste texto, podendo os mesmos ser ampliados mediante negociação coletiva de trabalho. 3. DIRETRIZES Todos os empregadores têm o dever legal de implementar e manter o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), que constitui um dos principais mecanismos para a promoção e preservação da saúde dos trabalhadores O PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no campo da saúde dos trabalhadores e deve: a) estar articulado com o disposto nas demais Normas Regulamentadoras; b) considerar as questões incidentes sobre o indivíduo e a coletividade de trabalhadores, privilegiando o instrumental clínico-epidemiológico na abordagem da relação entre sua saúde e o trabalho; O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por meio de nota técnica, esclarece que: O PCMSO deve possuir diretrizes mínimas que possam balizar as ações desenvolvidas, de acordo com procedimentos em relação a condutas dentro dos conhecimentos científicos atualizados e da boa prática médica. Alguns destes procedimentos podem ser padronizados, enquanto outros devem ser individualizados para cada empresa, englobando sistema de registro de informações e referências que possam assegurar sua execução de forma coerente e dinâmica. Assim, o mínimo que se requer do programa é um estudo in loco para reconhecimento prévio dos riscos ocupacionais existentes. O reconhecimento de riscos deve ser feito através de visitas aos locais de trabalho para análise do(s) procedimento(s) produtivo(s), postos de trabalho, informações sobre ocorrências de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, atas de Cipa, mapas de risco, estudos bibliográficos etc. Através desse reconhecimento, deve ser estabelecido um conjunto de exames clínicos e complementares específicos para a prevenção ou detecção precoce dos agravos à saúde dos trabalhadores, para cada grupo de trabalhadores da empresa, deixando claro, ainda, os critérios que deverão ser seguidos na interpretação dos resultados dos exames e as condutas que deverão ser tomadas no caso da constatação de alterações. Embora o Programa deva ter articulação com todas as Normas Regulamentadoras, a articulação básica deve ser com o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), previsto na Norma Regulamentadora n o 9 (NR 9). Se o reconhecimento não detectar risco ocupacional específico, o controle médico poderá resumir-se a uma avaliação clínica global em todos os exames exigidos: admissional, periódico, demissional, mudança de função e retorno ao trabalho. Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/ Fascículo 34 CT 1

2 O instrumental clínico epidemiológico, citado no item 7.2.2, refere-se à boa prática da Medicina do Trabalho, pois além da abordagem clínica individual do trabalhador-paciente, as informações geradas devem ser tratadas no coletivo, ou seja, com uma abordagem dos grupos homogêneos em relação aos riscos detectados na análise do ambiente de trabalho, usandose os instrumentos da epidemiologia, como cálculo de taxas ou coeficientes para verificar se há locais de trabalho, setores, atividades, funções, horários, ou grupos de trabalhadores com mais agravos à saúde do que outros. Caso algo seja detectado, através desse olhar coletivo, deve-se proceder a investigações específicas, procurando-se a causa do fenômeno com vistas à prevenção do agravo[...]. c) ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, inclusive de natureza subclínica, além da constatação da existência de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores; d) ser planejado e implantado com base nos riscos à saúde dos trabalhadores, especialmente os identificados nas avaliações previstas nas demais NR. no respectivo Conselho Profissional, têm seus direitos assegurados para o exercício da Medicina do Trabalho, conforme art. 4 o da mesma Portaria, e ainda nos termos da Portaria SSMT n o 25, de Empresas dispensadas de indicar médico coordenador Ficam desobrigadas de indicar médico coordenador as empresas de graus de risco 1 e 2, segundo a NR 4, Quadro I (Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE), com até 25 empregados, e aquelas de graus de risco 3 e 4, com até 10 empregados. Em relação ao Quadro I da NR 4, observar que, posteriormente à publicação original da Portaria SSST n o 1/1995, a relação CNAE já sofreu modificações. Como atualmente vigora a relação CNAE aprovada pela Resolução Concla n o 1/2006, retificada pela Resolução Concla n o 2/2006, recomendamos consultar antecipadamente o MTE sobre a manutenção ou não da classificação prevista no citado Quadro I. 4. RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR Compete ao empregador: a) garantir a elaboração e efetiva implementação do PCMSO, bem como zelar pela sua eficácia; b) custear, sem ônus para o empregado, todos os procedimentos relacionados ao PCMSO; c) indicar, dentre os médicos dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) da empresa, um coordenador responsável pela execução do PCMSO; d) no caso de a empresa estar desobrigada de manter médico do trabalho, de acordo com a NR 4 (SESMT), indicar médico do trabalho, empregado ou não da empresa, para coordenar o PCMSO; e) inexistindo médico do trabalho na localidade, o empregador poderá contratar médico de outra especialidade para coordenar o PCMSO. A nota técnica do MTE relativa ao tema esclarece que: O médico coordenador do Programa deve possuir, obrigatoriamente, especialização em Medicina do Trabalho, isto é, aquele portador de certificado de conclusão de curso de especialização em Medicina do Trabalho em nível de pós-graduação, ou portador de Certificado de Residência Médica em área de concentração em saúde do trabalhador, ou denominação equivalente, reconhecida pela Comissão Nacional de Residência Médica do Ministério da Educação, ambos ministrados por Universidade ou Faculdade que mantenha curso de Medicina, conforme item 4.4 da NR 4, com redação da Portaria DSST n o 11, de Os médicos do trabalho registrados no Ministério do Trabalho até a data da publicação da Portaria n o 11, anteriormente citada, ou registrados Negociação coletiva As empresas com mais de 25 e até 50 empregados, enquadradas nos graus de risco 1 ou 2 anteriormente mencionados, poderão estar desobrigadas de indicar médico coordenador em decorrência de negociação coletiva. As empresas com mais de 10 e com até 20 empregados, enquadradas nos graus de risco 3 ou 4, segundo a NR 4, Quadro I (CNAE), poderão estar desobrigadas de indicar médico do trabalho coordenador em decorrência de negociação coletiva, assistida por profissional do órgão regional competente em segurança e saúde no trabalho. Em relação ao Quadro I da NR 4, observar que, posteriormente à publicação original da Portaria SSST n o 1/1995, a relação CNAE já sofreu modificações. Como atualmente vigora a relação CNAE aprovada pela Resolução Concla n o 1/2006, retificada pela Resolução Concla n o 2/2006, recomendamos consultar antecipadamente o MTE sobre a manutenção ou não da classificação prevista no citado Quadro I Risco grave aos trabalhadores Por determinação do Delegado Regional do Trabalho, com base no parecer técnico conclusivo da autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do trabalhador, ou em decorrência de negociação coletiva, as empresas mencionadas nos subitens 4.1 e poderão ter a obrigatoriedade de indicação de médico coordenador quando suas condições representarem potencial de risco grave aos trabalhadores. 2 CT Manual de Procedimentos - Ago/ Fascículo 34 - Boletim IOB

3 O MTE esclarece, por meio de nota técnica, que: Entende-se por parecer técnico conclusivo da autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do trabalhador, aquele emitido por agente de inspeção do trabalho da área de segurança e saúde do trabalhador. 4.2 Médico coordenador - Competência Compete ao médico coordenador: a) realizar os exames médicos previstos no item 6 ou encarregá-los a profissional médico familiarizado com os princípios da patologia ocupacional e suas causas, bem como com o ambiente, as condições de trabalho e os riscos a que está ou será exposto cada trabalhador da empresa a ser examinado; b) encarregar dos exames complementares, previstos na NR 7, profissionais e/ou entidades devidamente capacitados, equipados e qualificados. Segundo nota técnica do MTE: O médico do trabalho coordenador pode elaborar e ser responsável pelo PCMSO de várias empresas, filiais, unidades, frentes de trabalho, inclusive em várias Unidades da Federação. Por outro lado, o profissional encarregado pelo médico-coordenador de realizar os exames médicos, como pratica ato médico (exame médico) e assina ASO, deve estar registrado no CRM da Unidade da Federação em que atua. O profissional médico familiarizado, que poderá ser encarregado pelo médico coordenador de realizar os exames médicos ocupacionais, deverá ser um profissional da confiança deste que, orientado pelo PCMSO, poderá realizar os exames satisfatoriamente. Quando um médico coordenador encarregar outro médico de realizar os exames, recomenda-se que esta delegação seja feita por escrito, e este documento fique arquivado no estabelecimento. O médico do trabalho coordenador deverá ser indicado dentre os profissionais do SESMT da empresa, se esta estiver obrigada a possuí-lo. Caso contrário (ausência de médico do trabalho no SESMT), o médico do trabalho coordenador poderá ser autônomo ou filiado a qualquer entidade, como SESI, SESC, cooperativas médicas, empresas prestadoras de serviços, sindicatos ou associações, entre outras. Entretanto, é importante lembrar que o PCMSO estará sob a responsabilidade técnica do médico, e não da entidade à qual o mesmo se encontra vinculado. Inexistindo na localidade o profissional especializado (médico do trabalho), ou indisponibilidade do mesmo, a empresa poderá contratar médico de outra especialidade para coordenar o PCMSO. Não há necessidade de registrar ou cadastrar o médico do trabalho coordenador do PCMSO, ou empresa prestadora de serviço na Delegacia Regional do Trabalho. 5. ESTRUTURA DO PCMSO A nota técnica do MTE específica sobre o assunto determina que: embora o Programa não possua um modelo a ser seguido, nem uma estrutura rígida, recomenda-se que alguns aspectos mínimos sejam contemplados e constem do documento: a) identificação da empresa: razão social, endereço, CGC (atual CNPJ), ramo de atividade de acordo com Quadro I da NR 4 e seu respectivo grau de risco, número de trabalhadores e sua distribuição por sexo, e ainda horários de trabalho e turnos; b) definição, com base nas atividades e processos de trabalho verificados e auxiliado pelo PPRA e mapeamento de risco, dos critérios e procedimentos a serem adotados nas avaliações clínicas; c) programação anual dos exames clínicos e complementares específicos para os riscos detectados, definindo-se explicitamente quais trabalhadores ou grupos de trabalhadores serão submetidos a que exames e quando; d) outras avaliações médicas especiais. Em relação ao Quadro I da NR 4, veja nota no subitem Além disso, também podem ser incluídas, opcionalmente, no PCMSO, ações preventivas para doenças não ocupacionais, como campanhas de vacinação, diabetes melitus, hipertensão arterial, prevenção do câncer ginecológico, prevenção de DST/Aids, prevenção e tratamento do alcoolismo, entre outros. O nível de complexidade do programa depende basicamente dos riscos existentes em cada empresa, das exigências físicas e psíquicas das atividades desenvolvidas e das características biopsicofisiológicas de cada população trabalhadora. Assim, um PCMSO poderá se resumir à simples realização de avaliações clínicas bienais para empregados na faixa etária dos 18 aos 45 anos, não submetidos a riscos ocupacionais específicos, de acordo com o estudo prévio da empresa. Poderão ser enquadrados nessa categoria trabalhadores do comércio varejista, secretárias de profissionais liberais, associações, entre outros. Por outro lado, um PCMSO poderá ser muito complexo, contendo avaliações clínicas especiais, exames toxicológicos com curta periodicidade, avaliações epidemiológicas, entre outras providências. As empresas desobrigadas de possuir médico coordenador deverão realizar as avaliações por meio de médico, que, para a efetivação das mesmas, deverá necessariamente conhecer o local de trabalho. Sem essa análise do local de trabalho, será impossível uma avaliação adequada da saúde do trabalhador. Para essas empresas, recomenda-se que o PCMSO contenha minimamente: Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/ Fascículo 34 CT 3

4 a) identificação da empresa: razão social, CGC (atual CNPJ), endereço, ramo de atividade, grau de risco, número de trabalhadores distribuídos por sexo, horário de trabalho e turnos; b) identificação dos riscos existentes; c) plano anual de realização dos exames médicos, com programação das avaliações clínicas e complementares específicas para os riscos detectados, definindo-se explicitamente quais os trabalhadores ou grupos de trabalhadores serão submetidos a que exames e quando. 6. EXAMES MÉDICOS OBRIGATÓRIOS O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos: a) admissional; b) periódico; c) de retorno ao trabalho; d) de mudança de função; e) demissional. Os exames compreendem: a) avaliação clínica, abrangendo anamnese ocupacional e exame físico e mental; b) exames complementares, realizados de acordo com os termos especificados na NR 7 e seus anexos. Para os trabalhadores cujas atividades envolvem os riscos discriminados na NR 7, Quadros I e II adiante reproduzidos, os exames médicos complementares deverão ser executados e interpretados com base nos critérios constantes dos respectivos quadros e anexos. QUADRO I - PARÂMETROS PARA CONTROLE BIOLÓGICO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A ALGUNS AGENTES QUÍMICOS Agente Químico Anilina Indicador Biológico Mat. Análise Biológ. Urina Sangue p-aminofenol e/ou Metahemoglobina VR Até 2% IBMP 50mg/g creat. 5% Método Analítico CG E Amostragem Interpretação Vigência FJ FJ0-1 Arsênico Urina Arsênico Até 10ug/g creat. 50ug/g creat. E ou EAA FS+T-6 EE Cádmio Urina Cádmio Até 2ug/g creat. 5ug/g creat. EAA NC T-6 SC Chumbo Inorgânico Chumbo Tetraetila Cromo Hexavalente Sangue Urina Sangue Urina Chumbo e Ác. delta aminolevulínico ou Zincoprotoporfirina Chumbo Até 40ug/100 ml Até 4,5 mg/g creat. Até 40ug/100 ml Até 50ug/g creat. 60ug/100 ml 10mg/g creat. 100ug/100 ml EAA E HF NC T-1 NC T-1 NC T-1 EE SC+ SC SC SC 100ug/g creat. EA A FJ 0-1 EE Urina Cromo Até 5 ug/g creat. 30ug/ creat. EA A FS EE Diclorometano Sangue Carboxihemoglobina Até 1% NF 3,5% NF E FJ 0-1 SC + Dimetilformamida Dissulfeto de Carbono Ésteres Organofosforados e Carbamatos Estireno Urina N-Metilformamida 40mg/g creat. Urina Ác. 2-Tio-Tiazolidina 5mg/g creat. Sangue Urina Urina Acetil-Colinesterase Eritrocitária ou Colinesterase Plasmática ou Colinesterase Eritrocitária e plasmática (sangue total) Ác. Mandélico e/ou Ác. Fenil-Glioxilico Determinar a atividade préocupacional 30% de depressão da atividade inicial 50% de depressão da atividade inicial 25% de depressão da atividade inicial 0,8g/g creat. 240mg/g creat. Etil-Benzeno Urina Ác. Mandélico 1,5g/g creat. Fenol Urina Fenol 20mg/g creat. 250mg/g creat. CG ou CLAD CG ou CLAD CG ou CLAD CG ou CLAD CG ou CLAD CG ou CLAD FJ EE P-18 FJ EE P-25 NC NC NC FJ FJ FS FJ 0-1 SC SC SC EE EE EE EE continua 4 CT Manual de Procedimentos - Ago/ Fascículo 34 - Boletim IOB

5 continuação Agente Químico Mercúrio Inorgânico Mat. Biológ. Indicador Biológico Análise VR Urina Fluoreto Até 0,5mg/g IBMP 3mg/g creat. no início da jornada e 10mg/g creat. no final da jornada Método Analítico Urina Mercúrio Até 5ug/g creat. 35ug/g creat. EA A Amostragem Interpretação Vigência IS PP+ EE PU T Metanol Urina Metanol Até 5mg/l 15mg/l CG FJ 0-1 EE Monóxido de Carbono Urina Metil-Etil-Cetona 2mg/l CG FJ EE P-12 Sangue Carboxihemoglobina Até 1% NF 3,5 NF E FJ 0-1 SC + N-Hexano Urina 2,5 Hexanodiona 5mg/g creat. CG FJ EE P-18 Nitrobenzeno Sangue Metahemoglobina Até 2% 5% E FJ 0-1 SC + Flúor e Fluoretos Metil-Etil-Cetona Pentaclorofenol Tetracloroetileno Urina Pentaclorofenol 2mg/g creat. CG ou CLAD EE FS + EE Urina Ác. Tricloroacético 3,5mg/l E FS+ EE Tolueno Urina Ác. Hipúrico Até 1,5g/g creat. 2,5 g/g creat. Tricloroetano Tricloroetileno Urina Urina Triclorocompostos Totais Triclorocompostos Totais Xileno Urina Ác. Metil-Hipúrico 1,5g/g creat. CG ou CLAD FJ - 1 EE 40mg/g creat. E FS EE 300mg/g creat. E FS EE CG ou CLAD FJ EE QUADRO II - PARÂMETROS PARA MONITORIZAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A ALGUNS RISCOS À SAÚDE (redação dada pela Portaria n o 19, de ) Risco Exame Complementar Periodicidade dos Exames Método de Execução Ruído Vide Anexo I - Quadro II incluído na NR 7 pela Portaria SSST n o 19/1998 Aerodispersóides FIBROGÊNICOS Aerodispersóide NÃO- FIBROGÊNI- COS Condições hiperbáricas Radiações ionizantes Hormônios sexuais femininos Benzeno Telerradiografia do tórax Espirometria Telerradiografia do tórax Espirometria Radiografias de articulações coxo-femorais e escápulo-umerais Hemograma completo e contagem de plaquetas Apenas em homens; Testosterona total ou plasmática livre LH e FSH Hemograma completo e plaquetas Admissional e anual Admissional e bienal Admissional e trienal, se exposição < 15 anos Bienal, se exposição > 15 anos Admissional e bienal Admissional e anual Admissional e semestral Admissional e semestral Admissional e semestral Radiografia em posição póstero-anterior (PA) Técnica preconizada pela OIT, 1980 Técnica preconizada pela American Thoracic Society, 1987 Radiografia em posição póstero-anterior (PA) Técnica preconizada pela OIT, 1980 Técnica preconizada pela American Thoracic Society, 1987 Critério de Interpretação Classificação internacional da OIT para radiografias Classificação internacional da OIT para radiografias Observações Ver anexo B do Anexo n o 6 da NR 15 Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/ Fascículo 34 CT 5

6 6.1 Quadros I e II da NR 7 - Indicadores biológicos - Avaliação - Periodicidade A periodicidade de avaliação dos indicadores biológicos do Quadro I deverá ser, no mínimo, semestral, podendo ser reduzida a critério do médico coordenador, ou por notificação do médico agente da inspeção do trabalho, ou mediante negociação coletiva de trabalho. Para os trabalhadores expostos a agentes químicos não-constantes dos Quadros I e II, outros indicadores biológicos poderão ser monitorizados, dependendo de estudo prévio dos aspectos de validade toxicológica, analítica e de interpretação desses indicadores. Outros exames complementares usados normalmente em patologia clínica para avaliar o funcionamento de órgãos e sistemas orgânicos podem ser realizados, a critério do médico coordenador ou encarregado, ou por notificação do médico agente da inspeção do trabalho, ou ainda decorrente de negociação coletiva de trabalho. 6.2 Prazos e periodicidade dos exames médicos A avaliação clínica (anamnese ocupacional e exame físico e mental), como parte integrante dos exames médicos mencionados no item 6, deverá obedecer aos prazos e à periodicidade a seguir: a) no exame médico admissional, deverá ser realizada antes de o trabalhador assumir suas atividades; b) no exame médico periódico, de acordo com os intervalos mínimos de tempo a seguir discriminados: b.1) para trabalhadores expostos a riscos ou a situações de trabalho que impliquem o desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional ou, ainda, para aqueles que sejam portadores de doenças crônicas, os exames deverão ser repetidos: - a cada ano ou a intervalos menores, a critério do médico encarregado, ou se notificado pelo médico agente da inspeção do trabalho ou, ainda, como resultado de negociação coletiva de trabalho; - de acordo com a periodicidade especificada na NR 15, Anexo n o 6, para os trabalhadores expostos a condições hiperbáricas; b.2) para os demais trabalhadores: - anual, quando menores de 18 anos e maiores de 45 anos de idade; - a cada 2 anos, para os trabalhadores entre 18 anos e 45 anos de idade; c) no exame médico de retorno ao trabalho, deverá ser realizada, obrigatoriamente, no primeiro dia da volta ao trabalho de trabalhador ausente por período igual ou superior a 30 dias por motivo de doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto; d) no exame médico de mudança de função, será obrigatoriamente realizada antes da data da mudança. Entende-se por mudança de função toda e qualquer alteração de atividade, posto de trabalho ou de setor que implique a exposição do trabalhador a risco diferente daquele a que estava exposto antes da mudança; e) no exame médico demissional, será obrigatoriamente realizada até a data da homologação, desde que o último exame médico ocupacional tenha sido realizado há mais de: dias, para as empresas de graus de risco 1 e 2, segundo a NR 4, Quadro I; - 90 dias, para as empresas de graus de risco 3 e 4, segundo a NR 4, Quadro I. Em relação ao Quadro I da NR 4, veja nota no subitem Ampliação do prazo As empresas enquadradas nos graus de risco 1 ou 2, segundo a NR 4, Quadro I, poderão ampliar o prazo de dispensa da realização do exame demissional para até mais 135 dias, em decorrência de negociação coletiva, assistida por profissional indicado de comum acordo entre as partes ou por profissional do órgão regional competente em segurança e saúde no trabalho. Em relação às empresas enquadradas nos graus de risco 3 ou 4, o prazo de dispensa da realização do exame demissional poderá ser ampliado para até mais 90 dias, em decorrência de negociação coletiva assistida por profissional indicado de comum acordo entre as partes, ou por profissional do órgão regional competente em segurança e saúde no trabalho. Em relação ao Quadro I da NR 4, veja nota no subitem Situações de risco dos trabalhadores - Realização do exame Por determinação do Delegado Regional do Trabalho, com base em parecer técnico conclusivo da autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do trabalhador, ou em decorrência de negociação coletiva, as empresas poderão ser obrigadas a realizar o exame médico demissional inde- 6 CT Manual de Procedimentos - Ago/ Fascículo 34 - Boletim IOB

7 pendentemente da época de realização de qualquer outro exame, quando suas condições representarem potencial de risco grave aos trabalhadores. 6.4 Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) Para cada exame médico realizado, o médico emitirá o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) em 2 vias. A 1 a via ficará arquivada no local de trabalho do trabalhador, inclusive frente de trabalho ou canteiro de obras, à disposição da fiscalização do trabalho. A 2 a via do ASO será obrigatoriamente entregue ao trabalhador, mediante recibo na 1 a via Conteúdo O ASO deverá conter no mínimo: a) nome completo do trabalhador, número de registro de sua identidade e sua função; b) os riscos ocupacionais específicos existentes, ou a ausência deles, na atividade do empregado, conforme instruções técnicas expedidas pela SSST; c) indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido o trabalhador, incluindo os exames complementares e a data em que foram realizados; d) o nome do médico coordenador, quando houver, com respectivo CRM; e) definição de apto ou inapto para a função específica que o trabalhador vai exercer, exerce ou exerceu; f) nome do médico encarregado do exame e endereço ou forma de contato; g) data e assinatura do médico encarregado do exame e carimbo que contenha seu número de inscrição no Conselho Regional de Medicina. 6.5 Prontuário clínico - Prazo de manutenção Os dados obtidos nos exames médicos, incluindo avaliação clínica e exames complementares, conclusões e medidas aplicadas, deverão ser registrados em prontuário clínico individual, que ficará sob a responsabilidade do médico-coordenador do PCMSO. Os registros mencionados deverão ser mantidos por período mínimo de 20 anos após o desligamento do trabalhador. Havendo substituição do médico coordenador, os arquivos deverão ser transferidos para seu sucessor. A nota técnica do MTE esclarece: Do ponto de vista médico, grande parte das doenças ocupacionais têm tempo de latência entre a exposição e o aparecimento da moléstia de muitos anos. Em alguns casos esse período é de cerca de 40 anos. Assim, a conservação dos registros é importante para se recuperar a história profissional do trabalhador em caso de necessidade futura. Também para estudos epidemiológicos futuros é importante a conservação desses registros. A guarda dos prontuários médicos é da responsabilidade do coordenador. Por se tratar de documento que contém informações confidenciais da saúde das pessoas, o seu arquivamento deve ser feito de modo a garantir o sigilo das mesmas. Esse arquivo pode ser guardado no local em que o médico coordenador considerar que os pré-requisitos acima estejam atendidos, podendo ser na própria empresa, em seu consultório ou escritório, na entidade a que está vinculado etc. O prontuário médico pode ser informatizado, desde que resguardado o sigilo médico, conforme prescrito no código de ética médica. 6.6 Relatório anual O PCMSO deverá obedecer a um planejamento em que estejam previstas as ações de saúde a serem executadas durante o ano, e essas devem ser objeto de relatório anual que deverá discriminar, por setores da empresa, o número e a natureza dos exames médicos, incluindo avaliações clínicas e exames complementares, estatísticas de resultados considerados anormais, assim como o planejamento para o próximo ano, tomando como base o modelo proposto na NR 7, Quadro III, a seguir reproduzido. QUADRO III - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL RELATÓRIO ANUAL Responsável: Setor Natureza do Exame N o Anual de Exames Realizados N o de Resultados Anormais Data: Assinatura: N o de Resultados Anormais x 100 N o Anual de Exames N o de Exames para o Ano Seguinte Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/ Fascículo 34 CT 7

8 O relatório anual deverá ser apresentado e discutido na Cipa, quando existente na empresa, sendo sua cópia anexada ao livro de atas daquela comissão. O relatório anual do PCMSO poderá ser armazenado na forma de arquivo informatizado, desde que este seja mantido de modo que proporcione o imediato acesso por parte do agente da inspeção do trabalho. As empresas desobrigadas de indicarem médico coordenador ficam dispensadas de elaborar o relatório anual. A nota técnica do MTE esclarece: O relatório anual deverá ser feito após decorrido um ano da implantação do PCMSO; portanto, depende de quando o Programa foi efetivamente implantado na empresa. Ainda quanto ao relatório, não há necessidade de envio, registro, ciência, ou qualquer tipo de procedimento junto às Delegacias Regionais de Trabalho. O mesmo deverá ser apresentado e discutido na Cipa, e mantido na empresa à disposição do agente de inspeção do trabalho. Esse relatório vai possibilitar ao médico a elaboração de seu plano de trabalho para o próximo ano[...] Nas empresas desobrigadas de manterem médico coordenador, recomenda-se a elaboração de um relatório anual contendo, minimamente: a relação dos exames com os respectivos tipos, datas de realização e resultados (conforme o ASO). 6.7 Exposição excessiva ao risco - Afastamento do trabalhador Sendo verificada, através da avaliação clínica do trabalhador e/ou dos exames constantes da NR 7, Quadro I, apenas exposição excessiva (EE ou SC+) ao risco, mesmo sem qualquer sintomatologia ou sinal clínico, deverá o trabalhador ser afastado do local de trabalho, ou do risco, até que esteja normalizado o indicador biológico de exposição e as medidas de controle nos ambientes de trabalho tenham sido adotadas. 6.8 Ocorrência ou agravamento de doença profissional ou disfunção de órgão ou sistema biológico Sendo constatada a ocorrência ou agravamento de doenças profissionais, através de exames médicos, ou sendo verificadas alterações que revelem qualquer tipo de disfunção de órgão ou sistema biológico, por meio dos exames constantes nos Quadros I (apenas aqueles com interpretação SC) e II da NR 7 e de outros exames complementares, a critério do médico coordenador, mesmo sem sintomatologia, caberá ao médico coordenador ou encarregado: a) solicitar à empresa a emissão da Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT); b) indicar, quando necessário, o afastamento do trabalhador da exposição ao risco, ou do trabalho; c) encaminhar o trabalhador à Previdência Social para estabelecimento de nexo causal, avaliação de incapacidade e definição da conduta previdenciária em relação ao trabalho; d) orientar o empregador quanto à necessidade de adoção de medidas de controle no ambiente de trabalho. 7. EMPRESA CONTRATANTE E PRESTADORA DE SERVIÇOS Caberá à empresa contratante de mão-de-obra informar à empresa contratada os riscos existentes e auxiliar na elaboração e implementação do PCMSO nos locais de trabalho onde os serviços estão sendo prestados. 8. MATERIAL DE PRIMEIROS SOCORROS Todo estabelecimento deverá estar equipado com material necessário à prestação dos primeiros socorros, considerando-se as características da atividade desenvolvida, e manter esse material guardado em local adequado e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim. (Norma Regulamentadora (NR 7), aprovada pela Portaria MTb n o 3.214/1978, na redação dada pela Portaria SSST n o 24/1994, alterada pela Portaria SSST n o 8/1996; e Técnica aprovada por Despacho SSST datado de 1 o DOU de ) Trabalhismo Contagem de férias no trabalho intermitente 1. INTRODUÇÃO A Constituição Federal de 1988 assegura, dentre outros direitos sociais dos trabalhadores urbanos e rurais, o gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal. A finalidade básica das férias é propiciar a recuperação das forças gastas pelo trabalhador no decurso de cada ano de serviços prestados ao mesmo empregador. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) determina que todo empregado tem direito, anualmente, 8 CT Manual de Procedimentos - Ago/ Fascículo 34 - Boletim IOB

9 ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração, o qual, observadas outras condições, é concedido por ato do empregador, que fixa a época que melhor atenda aos seus interesses, após consulta ao empregado, não podendo, contudo, ultrapassar o limite dos 12 meses subseqüentes à aquisição do direito pelo empregado, sob pena de pagamento em dobro da respectiva remuneração e sujeição à multa administrativa. Observados os casos específicos previstos em normas especiais, após cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado tem direito a férias na seguinte proporção. N o de dias corridos de férias N o de faltas injustificadas ao serviço no curso do período aquisitivo 30 até 5 24 de 6 a de 15 a de 24 a 32 Conclui-se que mais de 32 faltas injustificadas no curso do período aquisitivo implicam, para o empregado, a perda do direito às férias correspondentes. 2. CONTAGEM NO TRABALHO INTERMITENTE No caso de empregados contratados para trabalhar alguns dias (ou apenas 1 dia) por semana, o direito a férias é de 30, 24, 18 ou 12 dias de férias, conforme o número de faltas injustificadas no período aquisitivo, percebendo, entretanto, a remuneração que receberia em trabalho. Há também o acréscimo constitucional de 1/3. Assim, supondo-se que um empregado diarista seja contratado para trabalhar, em São Paulo, às 2 a s, 4 a s e 6 a s-feiras e tenha direito a 30 dias de férias, gozadas de 1 o.07 a , recebe remuneração referente a 12 dias, acrescida do Descanso Semanal Remunerado (DSR) e feriado, porque seria este o número de dias que trabalharia no citado período, tendo em vista que o dia 9 é feriado Estadual, como se verifica: JULHO/2008 DOM SEG TER QUA QUI SEX SÁB Exemplo Supondo um salário diário de R$ 30,00, teremos: Salário-dia...= R$ 30,00 Remuneração de férias: 12 dias (n o de dias em que receberia salário se estivesse trabalhando) x R$ 30,00 = R$ 360,00 5 dias (DSR e feriado no período de 1 o.07 a R$ 90, ) x (1/6 da remuneração 6 semanal) = R$ 75,00 - total das férias (R$ 360,00 + R$ 75,00) = R$ 435,00 Adicional de 1/3 sobre férias (R$ 435,00 3) = R$ 145,00 - remuneração total de férias: R$ 435,00 + R$ 145,00 = R$ 580,00 INSS: 8% de R$ 580,00 = R$ 46,40 IRRF: isento 3. TABELA DE CONTRIBUIÇÃO Tabela de contribuição previdenciária dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso: Salário-de-contribuição (R$) até 911,70 De 911,71 até 1.519,50 De 1.519,51 até 3.038,99 Competências desde março/2008 Alíquota para fins de recolhimento ao INSS (%) TABELA PROGRESSIVA MENSAL DO IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE (IRRF) PARA O ANO-CALENDÁRIO DE 2008 Base de cálculo em R$ até 1.372,81 de 1.372,82 até 2.743,25 acima de 2.743,25 Alíquota (%) _ 15,0 27,5 Dedução por dependente: R$ 137,99 Parcela a deduzir do imposto em R$ 205,92 548,82 (CLT, arts. 129 e 130; Lei n o /2007; Lei n o 605/1949, art. 7 o ; Convenção OIT n o 132, art. 10, promulgada pelo Decreto n o 3.197/1999; e Portaria MPS/MF n o 77/2008) Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/ Fascículo 34 CT 9

10 IOB Setorial Combustíveis - Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) 1. INTRODUÇÃO A Norma Regulamentadora (NR 20), aprovada pela Portaria MTb n o 3.214/1978, estabelece critérios para classificação de um produto como inflamável ou combustível. A citada norma define, também, regras para armazenagem, transporte e utilização dessas substâncias, além de uma série de parâmetros de segurança para o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), aplicáveis, inclusive, a outros gases inflamáveis. 2. GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO Fica definido como GLP o produto constituído, predominantemente, pelo hidrocarboneto propano, propeno, butano e buteno. 2.1 Recipiente de armazenagem Os recipientes estacionários (com mais de 250 litros de capacidade) para armazenamento de GLP serão construídos segundo normas técnicas oficiais vigentes no País. A capacidade máxima permitida para cada recipiente de armazenagem de GLP será de litros, salvo instalações de refinaria, terminal de distribuição ou terminal portuário. Cada recipiente de armazenagem de GLP deverá ter uma placa metálica, que deverá ficar visível depois de instalada, com os seguintes dados escritos de modo indelével: a) indicação da norma ou código de construção; b) as marcas exigidas pela norma ou código de construção; c) indicação, no caso afirmativo, se o recipiente foi construído para instalação subterrânea; d) identificação do fabricante; e) capacidade do recipiente em litros; f) pressão de trabalho; g) identificação da tensão de vapor a 38 o C, que seja admitida para os produtos a serem armazenados no recipiente; h) identificação da área da superfície externa, em m². Os recipientes de armazenagem de GLP deverão obedecer aos seguintes distanciamentos: a) recipientes de 500 a litros deverão estar distanciados entre si, no mínimo, 1,00 m; b) recipientes acima de litros deverão estar distanciados entre si, no mínimo, 1,50 m; c) os recipientes com mais de 500 litros deverão estar separados de edificações e divisa de outra propriedade segundo a tabela a seguir: Capacidade de recipiente (l) Afastamento mínimo (m) De 500 a ,0 De a ,5 Acima de ,0 Deve ser mantido um afastamento mínimo de 6 m entre recipientes de armazenamento de GLP e qualquer outro recipiente que contenha líquidos inflamáveis. Não é permitida a instalação de recipientes de armazenamento de GLP sobre laje de forro ou terraço de edificações, inclusive de edificações subterrâneas, assim como os recipientes enterrados não poderão ser instalados sob edificações. Os recipientes de armazenagem de GLP serão devidamente ligados à terra, conforme recomendações da Norma Regulamentadora (NR 10). A NR 10 (Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade), aprovada pela Portaria MTb n o 3.214/1978, na redação dada pela Portaria MTE n o 598/2004, visa o controle e a proteção individual e coletiva, relativamente à operação e manutenção de instalações energizadas, desenergizadas, trabalhos envolvendo baixa e alta tensão, bem como a capacitação de trabalhadores e a responsabilidade quanto ao cumprimento da legislação vigente acerca do assunto. 2.2 Válvulas Todas as válvulas diretamente conectadas no recipiente de armazenagem deverão suportar uma pressão de trabalho mínima de 18 kg/cm². Todas as válvulas e acessórios usados nas instalações de GLP serão de material e construção apropriados para tal finalidade e não poderão ser construídos em ferro fundido. 10 CT Manual de Procedimentos - Ago/ Fascículo 34 - Boletim IOB

11 2.3 Ligações e conexões Todas as ligações ao recipiente, com exceção das destinadas às válvulas de segurança e medidores de nível de líquido, ou as aberturas tamponadas, deverão ter válvula de fechamento rápido próximo ao recipiente. As conexões para enchimento, retirada e para utilização do GLP deverão ter válvula de retenção ou válvula de excesso de fluxo. 2.4 Válvulas de segurança Todos os recipientes de armazenagem de GLP devem ser equipados com válvulas de segurança. As descargas das válvulas de segurança devem ser afastadas, no mínimo, 3 m da abertura de edificações situadas em nível inferior à descarga. A descarga se fará por meio de tubulação vertical, com o mínimo de 2,50 m de altura acima do recipiente, ou do solo quando o recipiente for enterrado. As tomadas de descarga de veículo, para o enchimento do recipiente de armazenamento de GLP, deverão ter os seguintes afastamentos: a) 3 m das vias públicas; b) 7,50 m das edificações e divisas de propriedades que possam ser edificadas; c) 3 m das edificações das bombas e compressores para a descarga. 2.5 Alambrados A área de armazenagem de GLP, incluindo a tomada de descarga e os seus aparelhos, será delimitada por um alambrado de material vazado que permita boa ventilação e de altura mínima de 1,80 m. Para recipiente de armazenamento de GLP enterrado é dispensável a delimitação de área através de alambrado. O distanciamento do alambrado dos recipientes deverá obedecer aos distanciamentos a seguir especificados: Capacidade de recipiente (l) Distância mínima entre o alambrado e o recipiente (m) Até ,5 De a ,0 Acima de ,5 O alambrado deve estar distante no mínimo 3 m da edificação de bombas ou compressores e 1,50 m da tomada de descarga. No alambrado, deverão ser colocadas placas com os dizeres Proibido fumar e Inflamável, de forma visível, bem como, junto a ele, extintores e outros equipamentos de combate a incêndio, quando for o caso. 2.6 Recipientes transportáveis Os recipientes transportáveis para armazenamento de GLP serão construídos segundo normas técnicas oficiais vigentes no País. Não é permitida a instalação de recipientes transportáveis, com capacidade acima de 40 litros, dentro de edificações, excetuando-se as instalações para fins industriais, que deverão obedecer às normas técnicas oficiais vigentes. 2.7 GLP canalizado O GLP não poderá ser canalizado na sua fase líquida dentro de edificação, salvo se a edificação for construída com as características necessárias e exclusivas para tal finalidade, não devendo, nesse caso, ter pressão superior a 1,5 kg/cm². (Consolidação das Leis do Trabalho, art. 200, II; Norma Regulamentadora (NR 20), item 20.3, aprovada pela Portaria MTb n o 3.214/1978) IOB Entende O empregado comissionista puro e a indenização adicional Uma questão trabalhista que tem gerado discussão jurídica refere-se ao pagamento da indenização adicional prevista no art. 9 o da Lei n o 7.238/1984 aos empregados comissionistas puros. De acordo com o referido dispositivo legal, o empregado dispensado sem justa causa no período de 30 dias que antecede a data de sua correção salarial Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/ Fascículo 34 CT 11

12 terá direito a uma indenização adicional equivalente a um salário mensal. O Tribunal Superior do Trabalho (TST), por meio da Súmula n o 242, determina: A indenização adicional, prevista no art. 9 o da Lei n o 6.708, de e no art. 9 o da Lei n o de , corresponde ao salário mensal, no valor devido na data da comunicação do despedimento, integrado pelos adicionais legais ou convencionados, ligados à unidade de tempo mês, não sendo computável a gratificação natalina. A contratação de trabalhador com salário pago à base de comissões auferidas é modalidade de remuneração em que as partes podem livremente estabelecer sua forma de apuração, inclusive determinar a sua fixação exclusivamente com base em comissões sobre vendas. Nesse aspecto, o art. 466 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a Lei n o 3.207/1957, que regulamenta as atividades dos empregados vendedores, viajantes ou pracistas, determinam que o empregado vendedor terá direito às comissões contratadas sobre as vendas que realizar. A remuneração mensal do empregado comissionista puro corresponderá às comissões auferidas no mês, acrescida dos valores dos repousos semanais respectivos, apurados mediante a integração das comissões recebidas no mês. Diante das considerações anteriores, observase que o empregado remunerado apenas com base em comissões não sofrerá correção salarial em seus ganhos mensais, por ocasião do reajuste concedido na data-base da categoria a que pertence, porque o percentual de reajuste salarial definido em documento coletivo de trabalho não atingirá os empregados com salário fixado apenas com base em comissões. Assim, por exemplo, se um empregado recebe um salário mensal de R$ 1.000,00 e em sua data-base de 1 o de setembro é assegurado um reajuste de 8% sobre aquele valor, seu salário passa para R$ 1.080,00 (R$ 1.000,00 x 1,08), ou seja, trata-se de empregado que teve reajuste salarial. Por tal razão, se for dispensado sem justa causa e o último dia do aviso prévio (ex.: 14 de agosto) recair no período de 30 dias anteriores à data-base de sua correção salarial (1 o a 31 de agosto), fará jus à indenização adicional de um salário mensal. Se, no exemplo anterior, o empregado fosse um comissionista puro, não haveria que cogitar em correção salarial de 8% por ocasião da data-base, pois, como o trabalhador é pago com base em percentual sobre as vendas realizadas, sua remuneração não sofrerá alteração. Dessa forma, a previsão da indenização adicional pela dispensa sem justa causa nos 30 dias que antecedem a data-base de sua correção salarial deixa de existir para o citado trabalhador. Diante do exposto e considerando que o empregado comissionista puro tem sua remuneração baseada no percentual sobre vendas efetuadas e por não se sujeitar ao reajuste salarial na data-base, entendemos, salvo melhor juízo, que não é aplicável a este empregado a indenização adicional prevista no art. 9 o da Lei n o 7.238/1984. No âmbito judicial, verificam-se várias decisões no sentido do não-pagamento da indenização adicional ao empregado comissionista puro, conforme acórdãos adiante: Indenização adicional - Comissionista puro - A disposição contida no art. 9 o da Lei n o 7.238/84 tem uma única e bem conhecida razão de ser: Procurar evitar que o empregador despeça o empregado apenas para se furtar ao reajuste salarial (que à época era automático). E nessa lógica só tem lugar o contrato cujo salário é fixado, no todo ou em parte, por unidade de tempo. Ainda que na data-base se possa cogitar de outros benefícios, a Lei só faz referência à correção salarial. Interpretação que também se extrai das Súmulas 242 e 314 do Tribunal Superior do Trabalho. (TRT-2 a Região - RS ( ) - 11 a Turma - Rel. p/o Ac. Juiz Eduardo de Azevedo Silva - DOESP ) Comissionista. Indenização adicional. Lei seis mil setecentos e oito de setenta e nove. A indenização adicional prevista no artigo nono da Lei seis mil setecentos e oito de setenta e nove foi instituída com o fito de coibir a dispensa sem motivo, realizada às vésperas da época da correção salarial. Por conseguinte, os comissionistas puros não fazem jus à indenização, pois não estão entre os empregados sujeitos à despedida injusta, que objetiva impedir a ocorrência do direito ao reajuste. (Acórdão por maioria de votos da SBDI1 do TST - ERR Rel. Min. Armando de Brito - DJ de , pág ) [...] Indenização adicional - Comissionista puro - A indenização de que trata o art. 9 o da Lei n o 7.238/84, não é devida ao empregado comissionista puro, vez que tal verba tem o cunho de proteger o obreiro que se vê lesado no direito de receber reajuste de seu salário, por ocasião da revisão de sua data-base. O comissionista puro não está dentre os empregados sujeitos à despedida injusta, que objetiva impedir a ocorrência do direito ao reajuste. Não tem ele o direito à indenização adicional do art. 9 o da Lei n o 7.238/84. Precedentes da SDI do TST. (TRT 23 a Região - RO 2545/ (2989/2001) - TP - Rel. Juiz Osmair Couto - DJ MT de , pág. 12) Comissionistas - Indenização adicional. Os comissionistas estão excluídos da incidência do artigo nono da Lei seis mil setecentos e oito de setenta e nove, porque não são beneficiários de reajuste salarial na data-base, sendo irrelevante a sua dispensa no trintídio legal que antecede à data-base. A indenização foi instituída com a intenção de evitar fraude à legislação 12 CT Manual de Procedimentos - Ago/ Fascículo 34 - Boletim IOB

13 do trabalho, ou seja, para impedir o empregador de dispensar o empregado na véspera do reajustamento salarial previsto para a data-base, sendo que não se justifica o deferimento da parcela se inexiste reajuste a ser deferido na database do empregado, que recebe salário apenas à base de comissões. Revista parcialmente conhecida e provida. (TST - 3 a Turma - RR / Rel. Min. Antonio Fabio Ribeiro - DJ de ) Vale ressaltar que existem, também, decisões no sentido de ser devida a indenização adicional ao comissionista puros. Vejamos: Indenização adicional - Comissionista puro - Pagamento devido - Indenização adicional - Comissionista puro - A convenção coletiva também lhe traz benefícios, inclusive ao estabelecer reajuste da remuneração mínima assegurada aos empregados pagos exclusivamente à base de comissões. O diploma normativo deve ser considerado como um todo e a dispensa em data que lhe obste a aplicação deve sofrer a conseqüência jurídica prevista em lei (art. 9 o da Lei n o 7.238/84). (TRT 2 a Região - RO a Turma - Rel. Juíza Cátia Lungov - DJ SP de , pág. 21) Indenização adicional - Comissionista - O empregado ainda que comissionista puro faz jus à indenização adicional prevista no art. 9 o das Leis 6.708/79 e 7.238/84. (TRT 3 a Região - RO 11946/93-6 a Turma - Rel. Juiz Paulo Roberto Sifuentes Costa - DJ MG de ) Não obstante o posicionamento adotado, ressaltamos que há doutrinadores que defendem o entendimento de que o empregado, inclusive o remunerado à base de comissões, tem direito à referida indenização adicional, tendo em vista que a lei não estabelece nenhuma condição para seu pagamento em relação à forma de remuneração do trabalhador. Assim, dada a controvérsia existente, antes de adotar o posicionamento que entender mais coerente, recomendamos que a empresa, por medida preventiva, verifique a orientação do sindicato da categoria profissional respectiva, bem como do Ministério do Trabalho e Emprego. Lembramos, ainda, que a decisão final sobre a questão caberá ao Poder Judiciário, caso a parte que se sinta prejudicada promova a competente ação. IOB Perguntas e Respostas Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - Objetivos 1) O objetivo do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) é dar assistência ao trabalhador com problemas de saúde causados pelo trabalho? R.: O PCMSO tem por objetivo a promoção e a preservação da saúde do conjunto dos trabalhadores do estabelecimento, e com caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, inclusive de natureza subclínica, além da constatação da existência de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores. Caso seja constatada a ocorrência de danos à saúde do trabalhador, o médico responsável deverá tomar as medidas necessárias, registrando-as no prontuário clínico do empregado. (Norma Regulamentadora (NR 7), aprovada pela Portaria MTb n o 3.214/1978, subitens e 7.4.5) Exame médico de mudança de função - Alteração no risco 2) Todas as vezes que ocorrer a mudança de função do empregado, o empregador estará obrigado a submetê-lo ao exame médico de mudança de função? R.: O exame médico de mudança de função será obrigatoriamente realizado antes da data da mudança. Entretanto, entende-se por mudança de função toda e qualquer alteração de atividade, posto de trabalho ou de setor que implique na exposição do trabalhador a risco diferente daquele a que estava exposto antes da mudança. Desse modo, não havendo alteração no risco de exposição do empregado, o exame médico de mudança de função não será realizado. (Norma Regulamentadora (NR 7), aprovada pela Portaria MTb n o 3.214/1978, subitens e , observadas as alterações posteriores) Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/ Fascículo 34 CT 13

14 Exame médico demissional - Pedido de demissão - Custeio pelo empregador 3) O exame médico será custeado pelo empregador quando o empregado pedir demissão? R.: Sim. Todos os exames médicos obrigatórios que compõem o PCMSO, entre os quais se insere o exame demissional, são custeados pelo empregador, independentemente do motivo da rescisão contratual. (Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, art. 168; e Norma Regulamentadora (NR 7), aprovada pela Portaria MTb n o 3.214/1978, subitem 7.3.1, alínea b ) Médico coordenador do PCMSO - Indicação 4) Qual critério o empregador deve observar para proceder a indicação do médico coordenador do PCMSO? R.: O empregador deverá indicar para coordenar o PCMSO um médico do trabalho pertencente aos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) da empresa, se esta estiver obrigada a possuí-lo. Se a empresa não estiver obrigada a implementar o SESMT ou se este serviço não contar com médico do trabalho, deverá o empregador indicar médico do trabalho empregado ou não da empresa, podendo, portanto, ser autônomo ou filiado a qualquer entidade, como Sesi, Sesc, cooperativas médicas, empresas prestadoras de serviços, sindicatos ou associações, entre outras. Entretanto, é importante lembrar que o PCMSO estará sob a responsabilidade técnica do médico e não da entidade à qual ele se encontra vinculado. Inexistindo na localidade médico do trabalho, a empresa poderá contratar médico de outra especialidade para coordenar o PCMSO. (Norma Regulamentadora (NR 7), aprovada pela Portaria MTb n o 3.214/1978, subitem 7.3.1) PCMSO - Realização dos exames - Ocasiões 5) Em quais ocasiões o empregador deverá providenciar os exames médicos ocupacionais previstos no PCMSO? R.: O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos admissional, periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de função e demissional, os quais compreendem a avaliação clínica, abrangendo anamnese ocupacional e exame físico e mental. A referida avaliação clínica deverá obedecer aos seguintes prazos e periodicidade: a) para o exame médico admissional, a avaliação deverá ser providenciada antes que o trabalhador assuma suas atividades; b) no exame médico periódico, a realização será de acordo com os intervalos mínimos de tempo a seguir discriminados: b.1) para trabalhadores expostos a riscos ou a situações de trabalho que impliquem o desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional, ou, ainda, para aqueles que sejam portadores de doenças crônicas, os exames deverão ser repetidos: - a cada ano ou a intervalos menores, a critério do médico encarregado, ou se notificado pelo médico agente da inspeção do trabalho, ou, ainda, como resultado de negociação coletiva de trabalho; - de acordo com a periodicidade especificada no Anexo 6 da NR 15, para os trabalhadores expostos a condições hiperbáricas; b.2) para os demais trabalhadores: - anual, quando menores de 18 anos e maiores de 45 anos de idade; - a cada 2 anos, para os trabalhadores entre 18 anos e 45 anos de idade; c) o exame médico de retorno ao trabalho deverá ser feito obrigatoriamente no primeiro dia da volta ao trabalho de trabalhador ausente por período igual ou superior a 30 dias por motivo de doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não, ou, ainda, parto; d) o exame médico de mudança de função será obrigatoriamente realizado antes da data da mudança; e) no exame demissional, será obrigatoriamente realizada até a data da homologação, desde que o último exame médico ocupacional tenha sido realizado há mais de 135 dias (para as empresas de graus de risco 1 e 2) e 90 dias (para as empresas de graus de risco 3 e 4). (Norma Regulamentadora (NR 7), aprovada pela Portaria MTb n o 3.214/1978, subitens 7.4.1, 7.4.2, , , , e , com redação da Portaria SSST n o 24/1994) 14 CT Manual de Procedimentos - Ago/ Fascículo 34 - Boletim IOB

15 Informativo Eletrônico IOB IOB Atualiza ATUALIZAÇÃO MENSAL FGTS - Edital Eletrônico da Caixa - Coeficientes de JAM a serem creditados nas contas vinculadas em Reproduzimos, adiante, parte do Edital Eletrônico s/n o da Caixa Econômica Federal (Caixa), publicado no DOU de , Seção 3, pág. 66. Lembramos que a íntegra desse Edital se encontra disponível no site em versão eletrônica, ou nas agências da Caixa, em todo o território nacional. Para efetuar a pesquisa do Edital do referido site, proceda da seguinte forma: a) ao acessar o site, na página principal, clique na palavra download; b) ao visualizar Arquivos por Assunto, clique em FGTS ; c) na página do FGTS, clique em Índices ; d) em FGTS - Índices, clique em Edital Eletrônico e posteriormente em uma das opções disponíveis para acesso, seguindo as instruções de pesquisa. SUPERINTENDÊNCIA NACIONAL DO FGTS COMUNICADO A Caixa Econômica Federal torna público que, em conformidade com a Lei n o 8.036, de 11 de maio de 1990, com redação dada pela Lei n o 9.964, de 10/04/2000 e com a Lei Complementar n o 110, de 29/06/2001, foi baixado Edital Eletrônico do FGTS, com validade para o período de 10/08/2008 a 09/09/2008. Estão disponíveis as seguintes informações: 1 - Orientações - aplicação, com recurso de auto-apresentação, que descreve os coeficientes próprios do FGTS, as respectivas finalidades e forma de utilização, com destaque para aqueles necessários à efetivação dos recolhimentos em atraso, em consonância com as Circulares CAIXA relativas. 2 - Coeficientes de Remuneração de Conta Vinculada: - JAM mensal - JAM acumulado 2.1- Os coeficientes de JAM a serem creditados nas contas vinculadas do FGTS em 10/08/2008, conforme tabela abaixo, incidindo sobre os saldos existentes em 10/07/2008, deduzidas as movimentações ocorridas no período de 11/07/2008 a 09/08/2008: (3% a.a) 0, (4% a.a) 0, (5% a.a) 0, (6% a.a) 0, conta referente a empregado não optante, optante a partir de 23/09/1971 (mesmo que a opção tenha retroagido), trabalhador avulso e optante até 22/09/1971 durante os dois primeiros anos de permanência na mesma empresa; conta referente a empregado optante até 22/09/1971, do terceiro ao quinto ano de permanência na mesma empresa; conta referente a empregado optante até 22/09/1971, do sexto ao décimo ano de permanência na mesma empresa; conta referente a empregado optante até 22/09/1971, a partir do décimo primeiro ano de permanência na mesma empresa. 3 - Coeficientes para recolhimento em atraso: - para recolhimento mensal, a ser efetuado através de GRF - Guia de Recolhimento do FGTS, por data de pagamento; - o arquivo de índices a ser utilizado pelo aplicativo SEFIP, de uso obrigatório para o recolhimento mensal, encontra-se disponível para download em opção própria do Edital Eletrônico; - para recolhimento rescisório, a ser realizado por meio de GRRF - Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS. 4 - Coeficientes adicionais: - depósito e JAM acumulado - correção monetária O referido Edital encontra-se disponível no site br, da Rede Mundial de Computadores - Internet, em versão eletrônica, ou, alternativamente, nas agências da CAIXA em todo território nacional. JOAQUIM LIMA DE OLIVEIRA Superintendente (Edital Eletrônico s/n o da Caixa Econômica Federal - DOU 3 de , pág. 66, íntegra na Edição n o 34/2008, pág. 6, Caderno de Textos Legais, e Síntese e Comentário Editorial na Edição n o 34/2008, pág. 4, Caderno de Legislação Federal. Informativo - Ago/ N o 34 CT 1

16 Informativo Eletrônico IOB Veja a íntegra deste ato no Site do Cliente ( Para acessá-lo, utilize o item Pesquisa Avançada (no menu à esquerda), selecione a esfera (Federal) e, em seguida, o tipo de ato (Edital Eletrônico), digite o respectivo número (s/n o ) e clique em Ok.) DISTRITO FEDERAL Doenças associadas à exposição solar no trabalho - Política de prevenção - Instituição Por meio da Lei n o 4.182/2008, em vigor desde , foi instituída, no âmbito do Distrito Federal, a política de prevenção e combate às doenças associadas à exposição solar no trabalho, constituída por ações voltadas à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento dessas doenças. São medidas associadas a essa política, entre outras: a) fornecimento, aos empregados expostos ao sol em virtude de suas atividades laborais, de filtro solar, roupas ou outros meios que protejam da radiação solar; b) implantação de medidas que reduzam a exposição dos trabalhadores ao sol nos períodos do dia com maior incidência de radiação; c) implantação de medidas para a conscientização e o estímulo da utilização individual da proteção contra a radiação solar; d) divulgação de esclarecimentos sobre a forma correta de utilização da proteção contra a radiação solar; e) implantação de medidas que permitam o diagnóstico, priorizando os trabalhadores mais idosos ou já aposentados que trabalharam durante muito tempo expostos ao sol; f) responsabilização dos agentes negligentes na aplicação de medidas protetivas dos trabalhadores; g) estabelecimento de parcerias com empresas e entidades para pesquisa e fornecimento de meios protetivos aos trabalhadores; h) estímulo à utilização de proteção em situações de risco não relacionadas à atividade laboral, especialmente naquelas de lazer expostas ao sol; i) promoção de tratamento adequado aos atingidos pelas doenças associadas à exposição solar; j) gestões junto aos órgãos federais para promover a inclusão de dispositivos relativos à proteção contra a radiação solar nos regulamentos relativos à legislação trabalhista. O fornecimento de filtro solar e outras medidas protetivas serão realizados sempre com produtos adequados e em quantidade suficiente para todos os empregados expostos. Na implantação da política de prevenção e combate às doenças associadas à exposição solar no trabalho, serão considerados os aspectos peculiares a cada classe de trabalhadores, especialmente os relativos ao grau de instrução e ao tipo de atividade laboral exercida, a capacidade financeira das empresas envolvidas, de forma a proteger as oportunidades de emprego e os salários dos trabalhadores, bem como as medidas especiais relacionadas aos trabalhadores rurais, aos trabalhadores autônomos e aos informais em situação de risco. O diagnóstico das doenças associadas à exposição solar no trabalho poderá ser promovido mediante campanhas setorizadas ou mutirões, devendo ser incentivada a participação da classe médica, de associações e de empresas. O Distrito Federal fornecerá tratamento adequado aos trabalhadores afetados pelas doenças relacionadas à exposição solar. Os órgãos e as entidades da administração direta e indireta do Governo do Distrito Federal fornecerão protetor solar gratuitamente aos seus servidores e empregados em situação de risco pela exposição solar, bem como farão incluir nos editais e contratos cláusula que obrigue as empresas a fornecer protetor solar aos empregados expostos ao sol nas obras e nos serviços contratados com o Poder Público local. Observa-se que os servidores terceirizados em situação de risco terão tratamento semelhante ao dos servidores ou empregados que desempenhem as mesmas tarefas. O Poder Executivo regulamentará a Lei n o 4.182/2008, objeto deste texto, em 90 dias, e fixará necessariamente: 2 CT Informativo - Ago/ N o 34

17 Informativo Eletrônico IOB a) meios para ampla divulgação desta lei; b) incentivos às empresas e entidades para o fornecimento voluntário de protetor solar aos seus empregados que trabalhem em serviços externos; c) órgãos responsáveis pela fiscalização e aplicação desta lei; d) metas relativas à quantidade de empresas abrangidas pelas ações governamentais e à redução do número de afastamentos decorrentes da exposição solar; e) dirigentes a serem responsabilizados pessoalmente em caso de não-adoção de medidas protetivas ou não-cumprimento das metas pactuadas; f) penalidades a serem aplicadas aos agentes públicos responsabilizados, respeitando-se, em qualquer caso, o direito de defesa dos acusados. (Lei n o 4.182, de DOE DF de ) JUSTIÇA DO TRABALHO Débitos trabalhistas - Atualização - Tabela - Agosto/2008 A Resolução n o 8, de , do Presidente do Conselho Superior da Justiça do Trabalho - DJ 1 de , republicada no de , aprovou a Tabela Única para Atualização e Conversão de Débitos Trabalhistas, a qual deve ser aplicada na elaboração de todos os cálculos de débitos trabalhistas no âmbito da Justiça do Trabalho. A mencionada tabela foi criada com o objetivo, entre outros, de uniformizar o sistema de cálculos trabalhistas, o qual era sujeito a critérios díspares no âmbito dos Tribunais Regionais do Trabalho e das Varas do Trabalho, e de afastar o tratamento desigual emprestado às partes, conforme a Região de que se origina o cálculo do débito trabalhista. Segue a reprodução da Tabela Única de Atualização e Conversão dos Débitos Trabalhistas até PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO CONSELHO SUPERIOR DA JUSTIÇA DO TRABALHO TABELA ÚNICA DE ATUALIZAÇÃO E CONVERSÃO DE DÉBITOS TRABALHISTAS TABELA VIGENTE EM AGOSTO DE 2008 Mês/Ano JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Mês/Ano JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL continua Informativo - Ago/ N o 34 CT 3

18 Informativo Eletrônico IOB continuação AGO SET OUT NOV DEZ Mês/Ano JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Mês/Ano JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Mês/Ano JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Mês/Ano JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Mês/Ano JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Mês/Ano 2008 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET - OUT - NOV - DEZ - s Técnicas: 1. Os coeficientes de atualização acima consignados atualizam os débitos trabalhistas desde o primeiro dia do mês/ano indicado até o último dia do mês de vigência da Tabela; 2. Esta Tabela não inclui juros de mora, que devem ser calculados sobre os valores corrigidos, de acordo com a legislação vigente em cada período. 4 CT Informativo - Ago/ N o 34

19 Informativo Eletrônico IOB Importante A Tabela Única de Atualização e Conversão de Débitos trabalhistas, ora reproduzida, é mensalmente disponibilizada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) por meio dos sites e gov.br e refere-se à atualização mensal dos débitos trabalhistas de agosto/2008. Essa tabela não inclui juros de mora, os quais devem ser computados sobre o principal corrigido, obedecido o seguinte critério legal: a) 0,50% a.m. simples, da distribuição até fevereiro/ Código Civil; b) 1,00% a.m. capitalizados de março/1987 a fevereiro/ Decreto-lei n o 2.322/1987; c) 1,00% a.m. simples a partir de março/ Lei n o 8.177/1991. Obs.: Havendo períodos com juros de mora diferentes, somam-se os percentuais apurados em cada período, e o total é aplicado sobre o valor atualizado, sendo vedada à aplicação cumulativa. Para fins de aplicação da Tabela Única de Atualização e Conversão de Débitos Trabalhistas, o TST disponibiliza em seu site o simulador de cálculo. JUSTIÇA DO TRABALHO Débitos trabalhistas - Tabela para atualização pro rata die - Agosto/2008 A Resolução n o 8, de , do Presidente do Conselho Superior da Justiça do Trabalho - DJ 1 de , republicada no de , aprovou a Tabela Única para Atualização e Conversão de Débitos Trabalhistas, a qual deve ser aplicada na elaboração de todos os cálculos de débitos trabalhistas no âmbito da Justiça do Trabalho. A mencionada tabela foi criada com o objetivo, entre outros, de uniformizar o sistema de cálculos trabalhistas, o qual era sujeito a critérios díspares no âmbito dos Tribunais Regionais do Trabalho e das Varas do Trabalho, e de afastar o tratamento desigual emprestado às partes, conforme a Região de que se origina o cálculo do débito trabalhista. Segue a reprodução da Tabela Única de Atualização e Conversão dos Débitos Trabalhistas até PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO CONSELHO SUPERIOR DA JUSTIÇA DO TRABALHO TABELA ÚNICA DE ATUALIZAÇÃO E CONVERSÃO DE DÉBITOS TRABALHISTAS TABELA VIGENTE EM AGOSTO DE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ continua Informativo - Ago/ N o 34 CT 5

20 Informativo Eletrônico IOB continuação s Técnicas: 1. Os coeficientes diários, acima consignados, atualizam os débitos trabalhistas até o último dia do mês de vigência da Tabela; 2. Esta Tabela não inclui juros de mora, que devem ser calculados sobre os valores corrigidos, de acordo com a legislação vigente em cada período; Importante A Tabela Única de Atualização e Conversão de Débitos trabalhistas, ora reproduzida, é mensalmente disponibilizada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) por meio dos sites e gov.br e refere-se à atualização mensal dos débitos trabalhistas de agosto/2008. Essa tabela não inclui juros de mora, os quais devem ser computados sobre o principal corrigido, obedecido o seguinte critério legal: a) 0,50% a.m. simples, da distribuição até fevereiro/ Código Civil; b) 1,00% a.m. capitalizados de março/1987 a fevereiro/ Decreto-lei n o 2.322/1987; c) 1,00% a.m. simples a partir de março/ Lei n o 8.177/1991. Obs.: Havendo períodos com juros de mora diferentes, somam-se os percentuais apurados em cada período, e o total é aplicado sobre o valor atualizado, sendo vedada a aplicação cumulativa. Para fins de aplicação da Tabela Única de Atualização e Conversão de Débitos Trabalhistas, o TST disponibiliza em seu site o simulador de cálculo. Expediente IOB - Informações Objetivas Publicações Jurídicas Ltda. Presidente: Gilberto Fischel Diretor Editorial e de Produtos: Elton José Donato Diretor de Vendas e de Marketing: Claudio Della Nina Diretor Administrativo: Ricardo Mattos Diretora de Relacionamento: Otávia Fischel Gerente Editorial: Maria Liliana C. Vieira Polido Gerente da Consultoria: Eliane Beltramini Coordenadora de Produtos: Erika Schneider Conselho Técnico Área Imposto de Renda/Contábil/Societária: Edino Garcia e Valdir Amorim. Área ICMS/IPI e Outros: Adriana Manni, Cristina Almeida, Elza Lucki, Fernando Soares, Ivo Luiz Kersting, Karin Botelho, Raphael Werneck e Ricardo Santana. Área Trabalhista/Previdenciária: Glauco Marchezin, Milena Sanches, Paulo Pirolla, Silvio Senne e Sonia Aguiar. Equipe de Redação Coordenadores da Redação: Edino Garcia, Elza Lucki, Fernando Soares, Ivo Luiz Kersting e Milena Sanches. Áreas Imposto de Renda/Contábil/Societária: Aldenir Rodrigues, Aline Miguel, Cleber Busch, David Soares e William Toda. Área ICMS/IPI e Outros: Adriana Manni (Especialista), Adeilde Antunes, Benedito M. da Silva Filho, Carolina Oliveira, Cynthia Maciel, Inacio Coca Jr., Karin Botelho, Luciana Murcillo, Márcia Yamashita, Norberto Lednick, Paulo Lauriano, Paulo Nishitani, Paulo Roberto Salgado Caputo, Rafael Gonzalez Piccoli, Raphael Werneck, Renata Ferrari, Ricardo de Santana e Stenor Santos. Área Trabalhista/Previdenciária: Paulo Pirolla (Especialista), Clarice Saito, Mariza Machado, Rosangela Oliveira, Roseli Amaral, Silvio Senne e Sonia Aguiar. Coordenadores da Consultoria: Antonio Teixeira, Cíntia Gama, Drausilene Diniz, Ivo Viana, Meire Rustiguer e Ydileuse Martins. Site do Cliente: Aldenir Rodrigues Equipe de Editoração e Revisão Área de Editoração: Marli S. Monson (Coordenadora), Deise Canto de Moraes (Supervisora), Aline de Almeida Farias, Andrea Alves Pereira, Cristiane Lima Hernandes, Flávia Klovan, Guilherme Miranda da Silva, Juliano Gottlieb Martins, Max Jeison Prass e Reginaldo Santana Ferreira. Área de Revisão: Marli S. Monson (Coordenadora), Anália Caminha e Simone Fraga (Supervisoras), Ana Rachel Salgado, Greice Zenker Peixoto, Jamile Cezar Moraes, Janice Ribeiro de Souza, Joana Silva, Joice Conde Contes, Kátia Michelle Lopes Aires, Lorenzo Fernández de Azevedo, Michelle Santos Jeffman, Monique Fritscher e Taíse Meirelles. Consultoria São Paulo: (11) Outras Localidades: acesse o site ( Telefones Úteis IOB São Paulo Outras Localidades Atendimento ao Cliente: (11) Vendas: (11) Renovação: (11) Cobrança: (11) Cursos Presenciais: (11) Livraria: (11) Consulte nosso site Proibida a reprodução parcial ou total de qualquer matéria sem prévia autorização. Registro na Vara dos Registros Públicos e no 1 o Cartório de Títulos e Documentos de São Paulo - Nome e Marca Registrados no INPI. 6 CT Informativo - Ago/ N o 34