visitbritain.com/trade Castelo Caernarfon, País de Gales

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1 Castelo Caernarfon, País de Gales visitbritain.com/trade

2 Mapa do Reino Unido Escócia Irlanda do Norte País de Gales Inglaterra

3 Conhecendo a Grã-Bretanha 34,8 Quatro milhões de visitas em 2014 em um Poucos países do mundo estão tão credenciados quanto o Reino Unido para receber turistas estrangeiros em 2014, por exemplo, o país recebeu um recorde de 34,8 milhões de visitas. Porém, os britânicos têm peculiaridades culturais que vale a pena ter em mente quando chegar. Não só por facilitar a vida de quem visita, mas também para mostrar respeito a anfitriões que não hesitam em fazer valer seus direitos. O Reino Unido na verdade tem um nome muito mais comprido: Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte. Na prática, isso quer dizer a união de Inglaterra, Escócia, País de Gales e dos norte-irlandeses. Todos são britânicos, mas os países têm uma rica história cultural própria e pode ser uma gafe confundir uns com os outros. Libras e pence A Libra Esterlina (British Sterling Pound), é a moeda oficial do Reino Unido. As notas começam apenas em cinco libras (depois 10, 20 e 50) e as moedas vão de um pence (centavo) a duas libras há também 5p, 10p, 20 e 50p, além de uma libra. Familiarize-se com os formatos e os tamanhos para evitar surpresas ao pagar ou receber o troco. Em alguns supermercados, podem-se trocar as moedas por cupons de compras. Chips e wifi Para quem tem medo do roaming, comprar chip de telefonia ou de dados no Reino Unido é muito mais fácil que no Brasil. As unidades pré-pagas são vendidas em todo os tipos de estabelecimento, incluindo os principais aeroportos. O código de país do Reino Unido é +44 ao ligar do Exterior. Há ampla disponibilidade de acesso à internet em cafés, acomodações e bibliotecas. Até estações de metrô em Londres agora contam com serviço de wifi, ainda que o sinal caia entre uma parada e outra. Vistos Mão inglesa Saúde Segurança Os brasileiros têm permissão para ficar no Reino Unido por até três meses sem necessidade de visto prévio em viagens a lazer. Para entrar ou passar pelo Reino Unido (após o desembarque), os visitantes devem satisfazer determinados critérios econômicos e legais. Mais informações gov.uk/check-uk-visa Dirigir no Reino Unido é uma experiência diferente para a maioria dos visitantes porque o país tem como regra manter à esquerda na condução. A Carteira Nacional de Habilitação brasileira é válida por um ano a partir da entrada no país. Os limites de velocidade são rigorosos e muitas localidades têm pardais para vigiar os mais apressados. O Reino Unido tem um serviço universal de saúde, o NHS, que vai atender turistas em casos de emergência. No entanto, há um grande número de tratamentos que podem ser cobrados e é altamente recomendável fazer seguro de saúde antes de deixar o Brasil. As regras para qualquer grande centro urbano brasileiro podem ser seguidas para quem visitar o Reino Unido e maior atenção deve ser dada a batedores de carteira em lugares de aglomeração ou de bolsas em bares e restaurantes. Os avisos de que roubos podem acontecer não são colocados à toa. Mas casos de violência urbana são bem mais raros.

4 Como chegar Gateshead, Tyne and Wear Sétima cidade mais visitada por brasileiros em todo o mundo, Londres, naturalmente, é o ponto de entrada para a maioria dos brasileiros que viajam para o Reino Unido. As opções de voos para a capital do Reino Unido são para lá de variadas e não necessariamente fazer escala é um mau negócio numa Europa em que as distâncias aéreas são quase sempre curtas. Com uma infraestrutura interna de transportes eficiente, o Reino Unido também oferece a opção de voos para outras grandes cidades, em especial para quem não quer fazer de Londres e arredores seus únicos pontos de visita. British Airways britishairways.com Tam tam.com.br Alitalia alitalia.com AirFrance airfrance.com KLM klm.com TAP flytap.com Iberia Lufthansa Swiss Air Europa Eurostar Voos diretos Há 24 voos semanais do Brasil para o Reino Unido. A British Airways é responsável por 17 deles. Do Rio parte um voo direto diariamente, enquanto São Paulo tem 10 (dois voos nas quartas, sextas e domingos e um no restante dos dias). A TAM oferece sete voos diretos por semana (um por dia), todos saindo de São Paulo. Com escalas A BA/Iberia também oferece um serviço para Londres com escala em Madri bastante útil por apresentar alternativas de horário e preços. As duas cidades ficam a pouco mais de duas horas de voo uma da outra. Escalas também possibilitam voar por preços competitivos por outras companhias europeias com Alitalia, AirFrance, KLM e TAP, todas com conexões para Londres partindo de Roma, Paris, Amsterdã e Lisboa. Há também alternativas fora do eixo londrino: Manchester, Cardiff e Glasgow recebem voos das principais companhias europeias e servem de base para incursões mais específicas por outras áreas do Reino Unido. Preços especiais Também vale pesquisar voos internos servidos por companhias como a Easyjet, que oferecem preços mais competitivos, sobretudo se comprados com antecedência. Em território britânico não é difícil conseguir voos que podem sair mais baratos que trens, como no caso da viagem entre Londres e Inverness, por exemplo. Eurostar Se marcado com antecedência, o trem que liga Londres a Paris e Bruxelas em menos de duas horas e meia vira uma alternativa que economiza não apenas dinheiro como tempo, já que o Eurostar deixa os passageiros em áreas centrais dessas cidades, ao contrário de onde estão os aeroportos.

5 Sobre este guia Waterloo Bridge, Londres Apesar de ser 30 vezes menor que o Brasil, o Reino Unido é maior do que se pode imaginar quando o assunto é turismo. Com tradição e cultura milenares, o país oferece muito mais do que a fama de suas atrações principais sugere. E, num momento em que mais e mais brasileiros viajam para o exterior, buscar atrações que também variem de acordo com gostos, tempo, orçamentos e afins se tornou um desafio à parte. Foi pensando em tudo isso que o VisitBritain preparou este guia. Ele serve não apenas para profissionais com um papel crucial na montagem de viagens e roteiros. As próximas páginas têm também justamente como objetivo servir de referência para viajantes que queiram fazer de sua experiência no Reino Unido algo especial e que fuja da estrada mais viajada. Além de informações sobre pontos conhecidos, este guia traz sugestões de passeios que levam em conta tanto a logística quanto o desejo de descobrir algo novo que garanta lembranças inesquecíveis. O guia serve especialmente para a montagem de itinerários que não tenham apenas Londres como ponto de visita. A capital é soberana no encanto provocado junto ao turista brasileiro, mas outras partes do Reino Unido também têm vida urbana intensa Manchester, por exemplo. Já as Highlands escocesas oferecem experiências exclusivas. Sendo assim, este guia também conta com o melhor dos mundos além da M25, a famosa rodovia que circula a Grande Londres, por mais que a capital pareça ter vida própria e jamais parecer a mesma até para viajantes que regularmente vêm cumprimentá-la. Seja na imensidão solitária de Cornwall ou em Matthew Street, a ruela de Liverpool com um lugar gigante no mapa da cultura popular do século 20, o Reino Unido espera ser descoberto. Para começar, basta virar a página. St. Paul s Cathedral e a Millennium Bridge, Londres

6 GUIA DA GRÃ-BRETANHA PARA PROFISSIONAIS DE TURISMO 6 Palácio de Buckingham, Londres O mapa da realeza das 10 mais populares atrações britânicas estão diretamente ligadas à família real Curta a outra troca da guarda A cerimônia da troca da guarda no Palácio de Buckingham é um dos eventos mais concorridos, mas poucos sabem que o Castelo de Windsor não só tem sua cerimônia bem como ela ainda é mais impressionante: as tropas marcham pela rua principal da cidade a caminho do castelo, sempre às 11h. Mais informações householddivision.org.uk/ guard-at-windsor-castle Com mais de anos de história, a monarquia britânica é hoje uma das instituições mais conhecidas do mundo e uma das principais razões pelas quais hordas de turistas visitam o Reino Unido. De acordo com estatísticas oficiais, três das 10 mais populares atrações britânicas estão diretamente ligadas à família real. Mas ícones da realeza, como o Palácio de Buckingham, em Londres, são apenas a ponta de um iceberg de atrações. Mesmo a família real não sabe precisar quantas residências fazem parte do portfólio de imóveis da rainha Elizabeth II. Buckingham, naturalmente, é a residência real mais famosa. Localizado na região central de Londres, o palácio, construído em 1703, inicialmente serviu de moradia para o Duque de Buckingham até ser comprado pelo rei George III em Mas foi apenas no reinado de Vitória, em 1837, que se tornou o ponto focal da monarquia britânica. Para o bem e para o mal: durante a Segunda Guerra Mundial, Buckingham sofreu danos com os bombardeios alemães, mas foi em frente a seu portão principal que multidões celebraram a vitória dos aliados. O palácio tem visitação limitada apenas uma vez por ano algumas de suas áreas são abertas ao público, e a concorrência pelas entradas é grande (julho a setembro, em períodos específicos). A exceção é a Queen s Gallery, um anexo do palácio com um programa interessantíssimo de exibições. Outro anexo que pode ser visitado é a Royal Mews, que abriga as carruagens reais, incluindo uma dourada que desde o século 19 transporta o novo monarca para sua coroação. Nas cercanias do Palácio de Buckingham está Clarence House, a residência oficial do príncipe Charles, o herdeiro do trono britânico. Também conta com visitas raras, sempre em agosto, e o passeio de uma hora inclui salões usados pelo príncipe e boa parte da coleção de artes e porcelanas pertencentes à rainha-mãe, que morreu em Muito da admiração pela família real se deve ao fascínio provocado pela falecida princesa Diana. Sendo assim, Kensington Palace é ponto obrigatório para admiradores de Lady Di. Foi lá que ela morou desde o casamento com Charles, em 1981, até morrer em agosto de 1997 num acidente de carro em Paris. Vestidos pertencentes à princesa volta e meia fazem parte de exibições, mas o palácio é também interessante por conter relíquias ligadas a outros nobres, como a rainha Vitória. Kensington tem também jardins magníficos abertos à visitação.

7 7 FAMÍLIA REAL Para quem curte ostentação, a Torre de Londres é um destino imperdível: abriga nada menos que as joias da Coroa Britânica. Um festival que inclui, além de brilhantes, os ornamentos utilizados por soberanos do passado, mas que também traz espadas e armaduras. Um dos itens mais populares da coleção é a Coroa Imperial, com pedras preciosas, forjada em 1937 para a coroação de George VI, o soberano vivido pelo ator Colin Firth no filme O Discurso do Rei. A torre também é ligada à monarquia por razões menos soberanas: foi usada como prisão para nobres, incluindo reis, que por lá também foram executados ao longo dos séculos. É uma das atrações mais visitadas de Londres e do Reino Unido. Saindo um pouco do centro da capital, é possível também lembrar que a história da monarquia britânica não se resume à dinastia de Windsor. Sete monarcas britânicos viveram no nababesco palácio de Hampton Court nos arredores de Londres, mas nenhum tão conhecido quanto o icônico Henrique VIII. Foi sob suas ordens que, em apenas 10 anos, o equivalente a R$ 54 milhões em valores de hoje foram gastos na expansão do edifício, entre 1530 e Seja pelos luxuosos salões ou pelo imenso jardim, o palácio é um programa imperdível para os interessados em história real. Fica a cerca de meia hora de trem da estação de trem de London Waterloo. Uma jornada de 50 minutos partindo de London Waterloo leva o visitante a Windsor. O castelo, usado desde o século 12, é a residência de fim de semana da rainha, ainda que tenha áreas abertas ao público abriga, por exemplo, uma substancial parte da coleção real de arte de Elizabeth II, que tem de porcelanas do século 18 a pinturas de grandes mestres. Palácio de Hampton Court, Londres Palácio de Buckingham Castelo de Windsor royalcollection.org.uk Kensington Palace Hampton Court hrp.org.uk Escócia Para quem acha confusa a estrutura política do Reino Unido, imagine os tempos anteriores à fusão entre Inglaterra e Escócia, em 1707, quando cada país tinha sua família real. O imponente Castelo de Edimburgo, prostrado no alto de uma colina no centro da capital escocesa, é uma relíquia. Destruído e reconstruído ao longo de séculos de escaramuças entre ingleses e escoceses, o castelo é ponto de parada obrigatório para quem visita Edimburgo. Um dos trechos mais interessantes é a coleção de artefatos como a Pedra do Destino, sobre a qual os reis escoceses sentavam-se durante suas coroações. Levada para a Inglaterra em 1296 por Eduardo I, a pedra foi devolvida aos escoceses por Elizabeth II 700 anos depois e milhares de pessoas foram às ruas de Edimburgo para recebê-la. Castelo de Edimburgo Mais informações edinburghcastle.gov.uk

8 GUIA DA GRÃ-BRETANHA PARA PROFISSIONAIS DE TURISMO 8 Brinde a Ronnie Alta Fidelidade apresentações que Les Misérables já fez em Londres Em meio à ebulição do Soho, com bares, restaurantes e teatros, o Ronnie Scott s é um local para os devotos do jazz. De um porão apertado em 1959, quando o saxofonista Ronnie Scott decidiu criar um espaço para músicos tocarem mais à vontade e sem se aborrecer com horários e regras, o bar hoje é um local de fama mundial, em que se apresentam de artistas consagrados a músicos em busca de fama. Chegue sem pressa e abra os ouvidos. Ronnie Scott s Jazz Club ronniescotts.co.uk 02 Arena theo2.co.uk 12 Bar Club 12barclub.com Pense numa lista de artistas consagrados da música e, invariavelmente, a relação será dominada por representantes do Reino Unido. Seja com monstros sagrados como os Beatles, ou novatos como o One Direction, a música britânica conquistou seu espaço no mundo e se tornou um tema interessantíssimo para passeios e programas. Em Londres, por exemplo a oferta é imensa. Além dos musicais do West End, a capital oferece nada menos que a 02 Arena, o imenso centro de entretenimento que recebe shows dos mais variados. Embora esteja ao lado da estação de North Greenwich do metrô de Londres, a O2 também pode ser alcançada de barco, uma pedida bem interessante para dias de tempo bom. Londres também tem sua própria meca para a turma em busca de instrumentos musicais. Denmark Street, bem nas proximidades da estação de Tottenham Court Road, está apinhada de lojas oferecendo instrumentos novos e usados, inclusive raridades. Mesmo para quem quer apenas paquerar as vitrines, a visita já vale. E pode ser coroada com um drinque no 12 Bar Club. Em meio às vitrines repletas de instrumentos trata-se de um dos mais conhecidos locais de shows do Reino Unido para novas bandas, mas que também foi adotado por nomes famosos para shows especiais. Mas a música em Londres não se resume a locais tradicionais. Desde 2003, o metrô permite a apresentação de artistas em espaços demarcados numa série de estações e a qualidade das exibições vai surpreender os mais cínicos e muitas vezes recompensar a negociação por espaço nas horas de maior movimento. Não hesite em deixar uma gorjeta como agradecimento.

9 9 MÚSICA Amy Winehouse Os fãs de Amy Winehouse podem passear pelas ruas do bairro de Camden Town, em que a cantora morou durante quase todos seus 27 anos de vida. O Hawley Arms, pub frequentado pela artista, se transformou num ponto obrigatório de peregrinação. No Stables Market está uma estátua da cantora, inaugurada em setembro de Hard Rock Cafe West End De acordo com recentes pesquisas, um em cada quatro turistas visitando Londres vai ao teatro. E a maioria deles acaba no West End: com dezenas de casas, a região oferece um festival de alternativas dominadas pelos musicais. E embora produções consagradas como O Rei Leão e O Fantasma da Ópera façam parte da lista de atrações, fãs de música, drama e comédia também podem se esbaldar. Abaixo, um aperitivo. Em Hyde Park Corner fica o Hard Rock Cafe, a sede original da rede de restaurantes temáticos que ganhou o mundo. Em Londres, tem uma cozinha que de segunda a sábado só fecha depois da meia-noite. No porão está o Vault, literalmente uma sala de tesouros que vão dos óculos de John Lennon a um dos famosos bustiês de Madonna. Royal Albert Hall, Londres Thriller Live Como o próprio nome sugere, trata-se de um tributo ao Rei do Pop, Michael Jackson. Os maiores hits do cantor e compositor americano estão no repertório, mas as rotinas de dança, que incluem o famoso passo moonwalk, não ficam de fora. The Book of Mormon Criado pela dupla responsável pelo desenho South Park, o musical é uma sátira religiosa que ganhou um festival de prêmios internacionais, incluindo nove Tony Awards. Entender o show, porém, exige bom conhecimento de inglês. Billy Elliot Outra produção vinda do cinema e que foi turbinada para os palcos graças à entrada de ninguém menos que Elton John no projeto. O legendário rock star compôs a trilha sonora para embalar a comovente história do menino que desafia o machismo ao trocar o boxe pelo balé durante a greve dos mineiros britânicos de Jersey Boys Inspirado na obra do quarteto vocal americano The Four Seasons, que foi tão famoso quanto os Beach Boys nos EUA dos anos 60, o musical se transformou num estrondoso sucesso que praticamente tirou da obscuridade o material do grupo Frankie Valli, seu principal integrante, até hoje sai em turnê. The Lion King - thelionking.co.uk The Phantom of the Opera - thephantomoftheopera.com Thriller Live - thrillerlive.com The Book of Mormon - bookofmormonlondon.com Billy Elliot - billyelliotthemusical.com Jersey Boys - jerseyboyslondon.com Royal Albert Hall Aberto em 1871, é um local tão imponente quanto eclético, pois já abrigou desde os Beatles a concertos de música erudita a diva Adele e a dupla sertaneja brasileira Jorge e Matheus, por exemplo, gravaram por lá DVDs ao vivo. O prédio em formato circular faz parte de um complexo arquitetônico que inclui o memorial ao Príncipe Albert, consorte real e o idealizador da sala de concertos. Hawley Arms - thehawleyarms.co.uk Hard Rock Cafe - hardrock.com Royal Albert Hall - royalalberthall.com

10 GUIA DA GRÃ-BRETANHA PARA PROFISSIONAIS DE TURISMO 10 Londres para menores O mundo de Harry Uma jornada de 45 minutos de trem de Londres leva os interessados para Watford, onde fica uma das mais concorridas atrações do Reino Unido. The Making of Harry Potter traz os cenários e figurinos dos oito filmes da série de aventuras do bruxinho mais famoso da história do cinema. Os visitantes podem ainda ver de perto efeitos especiais, como voos de vassoura. Ingressos saem a 23,50 libras para crianças e adolescentes de 5 a 15 anos e 31 libras a partir de 16 anos. Menores de 5 anos entram de graça. Não esqueça de passar pela loja de souvenires para comprar varinhas, vassouras e até uma coruja branca de pelúcia! The Making of Harry Potter wbstudiotour.co.uk Museu da Infância museumofchildhood.org.uk Charlie and The Chocolate Factory charlieandthechocolatefactory.com Matilda, the Musical matildathemusical.com Hamleys hamleys.com Disney Store disneystore.co.uk Viajar com as crianças normalmente resulta em problemas para conciliar horários e destinos. Mas as cidades britânicas há algum tempo já detectaram a importância de oferecer opções para visitantes que chegam com famílias. As alternativas para entreter crianças ou adolescentes contam com opções especiais. Em Londres, o Museu da Infância, a menos de cinco minutos de caminhada da estação de metrô de Bethnal Green, tem entrada Andares de diversão É também na capital que fica a Hamleys, loja de departamentos especializada em brinquedos e que tem mais de 250 anos de existência. Fica em Regent Street, no centro da meca londrina do consumo e conta com cinco andares abarrotados de atrações. Abre sete dias por semana, então não há muita desculpa para passar ao largo! Outra loja que não pode ficar fora do roteiro é a Disney Store. A filial de Oxford Street é a maior da Europa e conta com um programa especial de atrações para os pequenos, incluindo visitas de princesas e outros personagens. E a equipe vendas é muito bem treinada, o que sempre ajuda na hora de pedir um help. franca e oferece coleções de brinquedos com centenas de anos de idade, além de eventos especiais como workshops. Os musicais do West End também oferecem uma programação para a garotada. Charlie and The Chocolate Factory abriu as portas em 25 de junho de 2013 e fica em cartaz até 4 de junho de 2016 no Royal Drury Lane. Outra pedida é Matilda, the Musical, em cartaz no Cambridge Theatre até 20 de dezembro de 2015.

11 11 FAMÍLIA Terras de fantasia Os arredores de Londres também contam com parques temáticos. Para quem viaja com crianças menores, uma opção imperdível é Peppa Pig World. A duas horas de trem de London Victoria, o parque faz parte do complexo de Paultons Park, em New Forest, a 24 km de Southampton. Ingressos a partir de 17 libras e crianças com menos de um metro de altura entram de graça. Outra opção é Legoland, em Windsor, inspirada nos famosos brinquedos de montar e a uma menor distância de Londres (50 minutos). Ingressos a partir de 48 libras para adultos e 44 para crianças. Hyde Park Legoland, Windsor Para quem não quer gastar muito dinheiro, Londres conta com uma série de parques municipais. O mais famoso deles é o Hyde Park, que oferece amplo espaço para caminhadas e conta também com aluguel de pedalinhos e barcos a remo. Há até um memorial para a princesa Diana, parte de uma caminhada temática. De novembro a janeiro, o parque recebe a Winter Wonderland, uma feira de Natal que transforma o local numa terra da fantasia gelada - patinação, um castelo de gelo e Papai Noel são algumas das atrações. Paddington time Um dos personagens infantis mais populares da cultura britânica, o Ursinho Paddington em 2014 virou até filme. Personagem de livros que venderam mais de 35 milhões de cópias em 70 países, o animalzinho ainda não é tão conhecido no Brasil, mas tudo mudou depois do filme de 2014! Aproveite a passagem por Londres e compre alguns ursinhos, especialmente se você estiver viajando com crianças. Nem é preciso muito esforço: além de ser vendido nas principais lojas de brinquedos, Paddington conta com uma loja especial na estação ferroviária de Paddington, de onde saem os serviços de superfície para o aeroporto de Heathrow. Compre a versão que vem de capote e galochas. Hyde Park, Londres Paddington Bear paddington.com Peppa Pig World peppapigworld.co.uk Legoland legoland.co.uk Winter Wonderland hydeparkwinterwonderland. com

12 GUIA DA GRÃ-BRETANHA PARA PROFISSIONAIS DE TURISMO 12 British Museum, Londres Respire cultura a cada esquina número de museus com entrada franca no Reino Unido Com mais de 1600 estabelecimentos apenas na Inglaterra, o Reino Unido praticamente oferece um museu a cada esquina. Incluindo algumas das mais famosas instituições do mundo. Para os fãs de cultura, o prato fica ainda mais cheio porque desde 2001 os principais museus e galerias de arte estatais do país têm entrada livre garantida por lei para suas coleções permanentes há cobrança para exibições especiais, porém. Mesmo assim, a visita convencional já proporciona uma experiência inesquecível. Londres, naturalmente, concentra a maior parte dos museus. E nem é preciso bater muita perna, já que as principais atrações ficam próximas. Exhibition Road não poderia ser o melhor exemplo. Localizada em South Kensington, na rua estão simplesmente o National History Museum, o Victoria and Albert e o Science Museum, sem falar no Royal Albert Hall, uma das casas de shows mais prestigiadas do mundo e que até em música dos Beatles já foi citada. A região conta ainda com a Serpentine Gallery, em meio ao verde do vizinho Hyde Park e que é uma galeria de arte para exposições menos grandiosas, mas nem por isso menos importantes a artista brasileira Lygia Pape teve uma retrospectiva lá, por exemplo. Kensington Palace, onde morou a princesa Diana, abriga exposições interessantíssimas sobre a monarquia britânica. O pai de todos os museus, porém, é o British Museum, que fica em Holborn e perto do centro comercial de Londres. Abriu as portas em 1753 e é um dos mais antigos e importantes do mundo, não apenas pela história mas pelo tamanho da coleção. É onde mais pode se aproveitar a entrada franca e percorrer coleções que vão de múmias egípcias a artefatos da Grécia Antiga. Em Trafalgar Square, a praça mais famosa de Londres, está a National Gallery, obrigatória para amantes da pintura Van Gogh, Da Vinci e Renoir são alguns dos mestres lá representados. Bem ao lado fica a National Portrait Gallery, especializada em retratos. Pouco conhecida, mas imperdível. Caminhe um pouquinho na direção de Piccadilly e lá está a Royal Academy of Arts, com visitas gratuitas a parte da cole-

13 13 CULTURA Kelvingrove Art Gallery, Glasgow ção, incluindo a única escultura de Michelangelo no Reino Unido. Sommerset House, na Avenida Strand, é palco de exibições de arte, design, fashion e fotografia, sem falar que sua Courtauld Gallery também abriga pinturas de Grandes Mestres. Cruze para a margem Sul do Tâmisa e lá está outro aglomerado: a Tate Modern é o principal museu de arte moderna e contemporânea do Reino Unido. Bem ao lado está o Southbank Centre. Casas icônicas como o Royal Festival Hall e o Queen Elizabeth Hall National Gallery, Trafalgar Square, Londres (música) e a Hayward Gallery (arte) se misturam a diversos cafés e bares que têm o rio e o skyline de Londres como pano de fundo. Museus ainda mais especializados estão abertos ao público. Em Lambeth, perto da estação de Waterloo, fica o Imperial War Museum, que faz mais do que exibir incríveis peças militares. Sua exposição permanente sobre o Holocausto é imperdível. Mas nem tudo é Londres e para conhecer outros museus icônicos britânicos, confira os roteiros por cidade e região que oferecemos ao longo deste guia. Glasgow, mestres e armaduras sob o mesmo teto Atração obrigatória numa visita a Glasgow, a fervilhante segunda cidade escocesa, a Kelvingrove Gallery oferece uma mistura de atrações capaz de agradar a todos os gostos: sob o teto do suntuoso palácio de pedra escarlate estão desde quadros de pintores impressionistas franceses e holandeses a uma das principais coleções de armaduras medievais da Europa. Shakespeare s Globe, Londres Shakespeare apaixonante Nem só de museus e galerias de arte vive Londres. Com mais de 100 teatros, a cidade oferece um programa quase infinito de peças e produções em que os musicais do West End reinam supremos. Mas é na capital também que se pode viajar no tempo para os dias em que William Shakespeare praticamente reinventava o teatro. O Shakespeare s Globe, em Southwark, também na margem Sul do Tâmisa, é uma reconstrução fiel do teatro pilotado pelo famoso bardo no início do século 17. Mas para os fãs de Shakespeare, a meca é Stratford-Upon-Avon, a cidade natal do ícone da cultura mundial. Nosso guia tem dicas especiais para quem quiser visitar Stratford-Upon-Avon, na página 30. British Museum britishmuseum.org Courtauld Gallery courtauld.ac.uk Imperial War Museum iwm.org.uk Kelvingrove Gallery glasgowlife.org.uk Museu das Marcas museumofbrands.com National Gallery nationalgallery.org.uk National History Museum nhm.ac.uk Royal Academy of Arts royalacademy.org.uk Science Museum sciencemuseum.org.uk Shakespeare s Globe shakespearesglobe.com Sommerset House somersethouse.org.uk Southbank Centre southbankcentre.co.uk Tate tate.org.uk Victoria and Albert vam.ac.uk

14 GUIA DA GRÃ-BRETANHA PARA PROFISSIONAIS DE TURISMO 14 Donos da bola A expressão nobre esporte bretão é uma injustiça. Pois os britânicos fizeram mais do que inventar a versão moderna do futebol. Rúgbi, atletismo e tênis são outras modalidades fundamentalmente influenciada por eles e, sendo assim, uma visita ao Reino Unido é um prato cheio para os fãs de esporte. Seja para quem pretende visitar arenas icônicas como o estádio de Wembley, o Parque Olímpico, ou para assistir provas e partidas. Ou mesmo participar diretamente das ações. Conheça Silvastone Fãs de automobilismo conhecem a história de como o grande Ayrton Senna da Silva venceu várias corridas em Silverstone e motivou os britânicos a brincar que a pista deveria se chamar Silvastone. Por 20 libras por pessoa, Silverstone oferece um tour de duas horas que inclui fotos no pódio. A viagem de trem de London Euston para Wolverton dura apenas 45 minutos, com passagens começando em 22 libras. Mais informações silverstone.co.uk Futebol Mais rica liga de futebol do mundo, a Premier League, nome dado ao Campeonato Inglês, é um dos torneios mais populares do planeta não apenas por causa da audiência televisiva de quase 200 países. Com a ocupação média dos estádios superando 70%, os ingressos são disputados e a melhor maneira de consegui-los é através das muitas operadoras britânicas especializadas em esporte, com quem se pode obter até pacotes de hospitalidade. Sites de revenda de ingressos como o stubhub.co.uk também são uma opção. É recomendável evitar sites menos conhecidos ou cambistas. Partidas da seleção inglesa, curiosamente, são mais acessíveis e os ingressos podem ser obtidos diretamente no site da Federação Inglesa de futebol ou de parceiros como a Ticketmaster. Se tempo ou dinheiro forem problemas, o plano B são os pacotes de visitas. Todos os principais times têm museus em seus estádios além das grandes lojas de souvenires, claro e oferecem visitas guiadas. Mas é o estádio de Wembley, no norte de Londres, em que a seleção inglesa joga suas partidas domés- ticas, que oferece um dos programas mais interessantes. Já não é mais a mesma arena de 1966, demolida em 2003 para dar lugar a um arrojado projeto arquitetônico marcado pelo imenso arco iluminado de 134m de altura. As visitas ocorrem diariamente e incluem passeios pelos vestiários e mesmo uma simulação de uma cerimônia de premiação, com os visitantes erguendo um troféu. Também em Londres fica o Emirates Stadium, a casa do Arsenal Futebol Club, clube bastante conhecido no Brasil. Seu grande rival é o Tottenham Hotspur. Outro clube que oferece visitas guiadas é o Chelsea, popular no Brasil por contratar vários jogadores brasileiros nos últimos anos. Manchester, a duas horas de trem de Londres, é outro prato cheio para visitantes. Além do magnífico estádio do Manchester United, a cidade sedia o incrível National Football Museum, com relíquias e muitas atrações interativas para crianças e adolescentes. Lá está contada a história do Corinthians, por causa de sua inspiração na equipe amadora londrina Corinthians Casuals.

15 15 ESPORTES Tênis Qualquer pessoa que já pegou uma raquete ouviu falar de Wimbledon, o complexo tenístico no bairro de mesmo nome ao sul de Londres. Mas o All England Lawn Tennis and Crocquet não abre as portas somente nas duas semanas de junho em que sedia a terceira etapa do Grand Slam: é lá que fica o Wimbledon Museum, imperdível para qualquer um remotamente interessado em tênis. Especialmente por incluir uma visita à mítica Quadra Central, um dos mais famosos templos esportivos. Com uma demanda absurda por ingressos, o torneio de tênis tem um sistema de sorteio para as vendas e para quem a sorte não sorri a única solução é uma fila de espera em que é preciso passar a noite para ter uma chance de entrar. A fila por si só virou uma atração turística. O ATP Tour Finals, torneio de encerramento do calendário profissional, que reúne apenas os oito melhores jogadores do ano, além das melhores duplas, é bem mais em conta e simples de conseguir entradas. Até porque os jogos são na 02 Arena, com capacidade para pessoas. Mais informações wimbledon.com Golfe Apesar de inventado pelos escoceses, o golfe é um esporte disseminado pelo Reino Unido. Há diversos campos espalhados pelo país. Nenhum oferece o charme de Gleneagles, em Perthshire. Foi construído especificamente para dar conforto a apaixonados pelo golfe. Há diversos pacotes que incluem o uso do spa do hotel e sua cozinha internacional. Preços a partir de 300 libras para casais. Atletismo Com uma profusão de parques e relevo relativamente plano, Londres é um prato cheio para corridas e não é surpresa que a capital tenha diversas provas de rua de janeiro a dezembro. A estrela da companhia é a maratona de Londres, que acontece sempre em abril e leva mais de 35 mil participantes a desafiar o percurso de 42km. É uma festa tanto para quem assiste quanto para quem corre. Nos últimos anos o interesse de corredores amadores internacionais fez com que a prova criasse um mercado de nicho turístico - os organizadores habilitam apenas uma ou duas agências por país a vender inscrições. Olimpíadas Dois anos depois de sediar as Olimpíadas, Londres ainda oferece memórias. O Parque Olímpico erguido em Stratford, na região leste, sofreu alterações depois das competições e não se pode visitar o estádio principal. Mas o centro aquático e o velódromo, duas das mais impressionantes arenas de competições, fazem parte das áreas abertas ao público, bem como a imensa escultura de metal, o Arcelor Mittal Orbit, que permite visão panorâmica do parque. O centro aquático permite ainda uma fantasia de herói olímpico: as piscinas estão abertas ao público, mas é preciso reservar com antecedência. Parque Olímpico, Londres Maratona de Londres Royal Ascot, York Fraques e chapéus em Royal Ascot Uma das pistas de corrida de cavalos mais famosas da Europa, Ascot tem charme especial por estar perto do Castelo de Windsor e por sediar um derby anual em que os convidados precisam se vestir a rigor para poder fazer sua fezinha. Mesmo em eventos que não contam com a presença da família real. Fica a 45 minutos de trem de London Waterloo. Gleneagles Hotel gleneagles.com Ascot ascot.co.uk

16 GUIA DA GRÃ-BRETANHA PARA PROFISSIONAIS DE TURISMO 16 Reino dos sabores Comida indiana Uma ex-colônia britânica, a Índia conquistou o paladar da matriz e a comida do país é uma das opções mais encontradas no Reino Unido. Qualquer cidade britânica terá um estabelecimento oferecendo ensopados, bolinhos de cebola e pães recheados. Cuidado com os temperos, pois alguns pratos são bem apimentados. Fazer piada sobre a cozinha britânica não é apenas algo velho, mas impreciso. Sexto país em número de restaurantes agraciados com pelo menos uma estrela pelo Guia Michelin - a bíblia do mundo gastronômico -, o Reino Unido das duas últimas décadas trocou a tradição mais utilitarista de sua cozinha pelo requinte. Para melhor explicar essa transformação, preparamos o guia abaixo. Celebridades França e Itália têm mais restaurantes estrelados? Ok, mas nenhum país tem oferecido tantos chefs-celebridades ao mundo como o Reino Unido nos últimos anos. Jamie Oliver, Heston Blumenthal e Gordon Ramsay são nomes reconhecidos ao redor do mundo. Oliver e Ramsay emprestam seus sobrenomes a empreendimentos que não doem muito no bolso. O Fifteen (Oliver), cuja filial londrina fica em Old Street, além de oferecer trato fino ao paladar desde 2002 funciona como uma escola para jovens de baixa renda buscando uma carreira no mundo gastronômico. Ramsay tem um portfólio que inclui até o Plane Food, no Terminal 5 do Aeroporto de Heathrow e que oferece um serviço de quentinhas por libras (três pratos) para quem quiser fugir da mesmice da comida de avião. English breakfast Não é um prato para fracos: feijão doce, tomate cozido, bacon, salsichas, ovos e torradas - e morcela, dependendo do lugar, e há variações que incluem também batatas rosti. O English Breakfast data do século 19, mas especificamente da Era Vitoriana, em que enormes refeições se transformaram em via de regra. Não pense demais nas calorias! Mais informações boroughmarket.org.uk Mercados O fish and chips ainda pode ser encontrado em praticamente cada esquina do país, mas ao mesmo tempo os britânicos têm cada vez mais se dedicado a itens um pouco mais ousados em suas compras, algo expressado pela proliferação de mercados gastronômicos. Em Londres, por exemplo, o Borough Market virou um point para a compra de ingredientes e mesmo de iguarias feitas na hora, como hambúrgueres de avestruz. É uma babel de produtos de várias partes do mundo, mas um princípio que vem guiando tais lugares nos últimos anos é a oportunidade para pequenos produtores chegarem ao consumidor.

17 17 GASTRONOMIA Glenfiddich distillery, Dufftown Whisky O ideal é ir até a Escócia e visitar uma destilaria para a experiência, mas degustar um puro malte é fácil em todos os cantos do Reino Unido. Em Londres, sorva os goles lentamente no estiloso St. Pancras Grand, na estação de trem de St. Pancras. Yes, eles têm cheese O Reino Unido produz cerca de 750 tipos de queijo e não se resume a variações consagradas de produtos criados por vizinhos, como o Brie francês. Queijos como o Stinking Bishop (Bispo Fedido) e o Yarg da Cornualha, que vem embrulhado em folhas silvestres, são variações Made in Britain que estão conquistando o mundo. Ah, e o Cheddar é originalmente britânico, tendo sido produzido já no século 12 no sudoeste britânico, mais precisamente em Cheddar Gorge. A melhor maneira de encontrar tipos mais raros de queijos britânicos é buscar os mercados a céu aberto. Em Londres, por exemplo, o destino certo para procurar algo diferente para o paladar é o Borough Market. Gastropub Pubs servindo apenas saquinhos de salgadinhos são coisa do passado. Bares e botequins britânicos hoje oferecem cardápios de fazer inveja a muitos restaurantes famosos, mas sem o mesmo preço premium. O Anchor & Hope de Londres, nas imediações da estação de Waterloo, volta e meia aparece na lista de melhores locais para se comer na capital, apesar de não aceitar reservas nenhum problema quando a espera é num bar com cervejas artesanais. Mas gastropubs podem variar de menu como quem troca de roupa. Muitos têm investido em pratos de cozinhas internacionais como a asiática ou mesmo em revivals da culinária britânica. Um ponto de partida é o thegoodpubguide. co.uk, uma bíblia dos botecos. Mais informações anchorandhopepub.co.uk Uvas campeãs Há quase 400 vinícolas no Reino Unido e algumas têm conquistado importante prêmios internacionais. Diversas oferecem degustações e visitas, algumas bem perto de Londres, como a Denbies, em Surrey e a Ridgeview, em East Sussex. É de Ridgeview, por sinal, que vem o 2009 Knightsbridge, um dos mais elogiados espumantes britânicos. Quer mais? Vinopolis, em Borough Market, é um verdadeiro parque temático para quem gosta de vinhos, oferecendo degustações e até palestras com enólogos consagrados. Denbies denbies.co.uk Ridgeview ridgeview.co.uk vinopolis vinopolis.co.uk

18 GUIA DA GRÃ-BRETANHA PARA PROFISSIONAIS DE TURISMO 18 Às compras com uma babá O personal shopping hoje não é uma exclusividade de lojas de departamentos britânicas mais aristocráticas, como a Harrods. Mas é uma experiência especial ainda assim, não apenas pela atenção mais detalhada dos vendedores, mas por mimos como um cafezinho e mesmo um provador especial para experimentar modelitos. Há vários preços para o serviço, que também mudam de acordo com dia e horário. A melhor solução é consultar diretamente as lojas ou sites como o alwaysstylish.co.uk, mas é possível conseguir preços de a partir de 100 libras por uma consulta e uma sessão de retail therapy. First Class Nem todo mundo que viaja para o Reino Unido precisa manter o orçamento sob vigilância. E foi a melhora das condições econômicas em países como Brasil, China e Rússia que norteou o desenvolvimento do segmento premium, marcado não apenas pelo preço, mas pela exclusividade da experiência. Uma amostra desses mimos está neste mini-guia. Fortnum para afortunados Durma como um rei Nem todos os castelos britânicos são apenas ruínas ou atrações turísticas: um grupo deles funciona como hotéis de luxo e oferecem uma experiência única de acomodação. O Inverlochy Castle, em Fort William (Escócia), em outras eras hospedou ninguém menos que a rainha Vitória. Fica nas Highlands, num cenário paradisíaco, com diárias começando em 295 libras para quartos de casal. Até a mobília tem inspiração em aposentos monárquicos. Mais informações inverlochycastlehotel.com Loja de departamentos conhecida pelas iguarias requintadas, a Fortnum and Mason, que fica em Londres (Piccadilly) oferece serviços de chá apreciados pela própria rainha Elizabeth. Os preços começam em 44 libras por pessoa e a loja exige traje esporte fino. O serviço de chá inclui seleções de sanduíches, doces e para os mais esfomeados há até uma opção com omelete de lagosta. Para beber, a lista de champanhes é longa, mas os mais Fuja para as árvores Localizado a cerca de 200km ao sul de Londres, e nos arredores de uma reserva ecológica, o Chewton Glen, no condado de Hampshire, não é apenas um hotel de luxo com um spa. O complexo conta também com suítes de luxo construídas e escondidas em meio às copas das árvores, oferecendo sossego e privacidade, com direito a café da manhã trazido na porta, sem contar com massagens exclusivas para os hóspedes dessas suítes especiais. Por essas e outras, o Chetwon Glen foi eleito o melhor hotel de férias do Reino Unido de 2014 pela revista Condé Nast Traveller. As diárias para casal começam em 400 libras. comportados podem pedir as famosas jarras de limonada com menta. A Fortnum and Mason também é conhecida por suas cestas de piquenique para lá de requintadas pense em queijos com infusões de mel e ervas finas, por exemplo -, com preços começando em 55 libras. Mais informações fortnumandmason.com Mais informações chewtonglen.com Chewton Glen Hotel, New Milton

19 19 LUXO London Eye a dois A London Eye, a roda gigante de 135m que há mais de 10 anos enfeita o skyline londrino, pode carregar 800 pessoas ao mesmo tempo, mas duas delas podem ter a sensação de estarem sozinhas no mundo: sob o nome de Cápsula Cupido, pacotes oferecem um passeio The Shard, Londres Torre do Big Ben e London Eye, Londres exclusivo de 30 minutos para casais, com direito a campanhe e trufas de chocolate. Os preços começam em 350 libras. London Eye Cupid s Capsule londoneye.com Maltes dourados em Edimburgo Destilarias não faltam na Escócia, mas é a Royal Mile Whiskies, em Edimburgo, que oferece uma experiência para paladares finos e bolsos mais ousados: a seleção de uísques conta com single maltes da década de 70, muito deles em edições limitadas que não saem por menos de 500 libras por garrafa. Muitas das seleções de uísques são exclusivas da loja, que também tem filial em Londres. Menu nas alturas The Shard (estilhaço, em inglês), é o arranha-céu mais alto de Londres e da Europa Ocidental mede 306m e foi concluído em Mas sua vista é ainda mais privilegiada para quem janta no Ting, localizado no 35º andar. O menu fusion asiático-europeu e a decoração com motivos chineses acabam servindo de guarnição para a chance de ver Londres e adjacências (bem) do alto. É mais que recomendável reservar com antecedência, pois o restaurante é bastante concorrido entre os hóspedes do hotel de luxo que também funciona no The Shard. Mais informações the-shard.com Descubra o glamping Glamour e camping se juntam no glamping: seja em tendas árabes ou mesmo réplicas de antigas moradias indígenas, seu acampamento nunca mais será o mesmo. Lareiras, cobertores e mesmo banheiras de hidromassagem subvertem o que os brasileiros podem conhecer como a experiência de acampar. Os glampings estão por toda a parte no Reino Unido. Mais informações glamping-uk.co.uk

20 GUIA DA GRÃ-BRETANHA PARA PROFISSIONAIS DE TURISMO 20 Mapa das compras Mesmo com a libra mais valorizada em relação ao real do que há alguns anos, fazer compras no Reino Unido continua sendo um bom negócio para turistas brasileiros, especialmente no caso de artigos e produtos de estabelecimentos que ainda não chegaram do outro lado do Atlântico e os que não contam com a carga extra de impostos Oxford e Regent Street VAT: o troco vindo do Leão britânico A legislação britânica determina imposto de 20% em compras feitas no país, mas turistas de países fora da União Europeia podem recuperar o tributo numa série de bens de consumo, incluindo eletrônicos e joias. Procure por lojas que exibam o selo Tax Free Shopping e ao fazer as compras peça um formulário chamado Tax Refund. Antes do check-in na volta para casa, é preciso dar entrada na documentação num guichê especial e mostrar a mercadoria adquirida para os fiscais. Mais informações gov.uk/vat-consumers Longe de locais desconhecidos, são as duas ruas comerciais mais famosas de Londres e onde estão as principais cadeias e lojas de departamentos, incluindo a filial da Primark, a loja de roupas cujos preços baixos atraem compradores dos quatro cantos do mundo. Ambas são também marcadas pela grande presença de lojas de souvenires. Regent Street é onde está o principal endereço londrino da Apple bem como a Hamley s, a mais antiga loja de brinquedos do mundo. Embora bem diferente dos tempos em que os Beatles e os Rolling Stones badalavam por aquelas bandas em busca de roupas psicodélicas, Carnaby Street, uma das ruas adjacentes, continua sendo o destino para quem busca roupas mais descoladas. Para os interessados em alfaiates, Saville Row, também nas imediações, é uma meca. Bond Street e Tottenham Court Road Transversal à Oxford Street e paralela à Regent Street, Bond Street não poderia ser mais diferente de ambas. Trata-se de um paraíso para as compras de luxo graças à concentração de grifes famosas, joalherias e dois dos hotéis mais luxuosos de Londres o Claridge s e o Ritz, passando pela prestigiada casa de lei- Carnaby Street, Londres lões Sotheby s. Tottenham Court Road é para quem gosta de tecnologia e eletrônica, com dezenas de lojas oferecendo preços competitivos para computadores, TVs e afins. A tática aqui é simples: pesquise e pechinche bastante para obter reduções ainda maiores nos preços. Os lojistas até esperam o debate.