Banif SGPS, SA e Grupo Banif Consolidado
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- Luana Palhares Bergmann
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1 RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 1º Semestre de 2003 Banif SGPS, SA e Grupo Banif Consolidado Banif SGPS, SA Sociedade com o capital aberto ao investimento do público Sede Social: Rua de João Tavira, Funchal Capital Social: Euros - Pessoa Colectiva n.º Matrícula n.º 3658 da C.R.C. do Funchal
2 ÍNDICE I. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO II. ACTIVIDADE DO GRUPO BANIF 1. BANIF SGPS, SA 2. BANIF COMERCIAL SGPS, SA 2.1 Banif Banco Internacional do Funchal, SA 2.2 Banco Comercial dos Açores, SA 2.3 Banif Leasing, SA 2.4 Banif Crédito - SFAC, SA 2.5 Banco Banif Primus, SA 3. BANIF SEGUROS SGPS, SA 3.1 Companhia de Seguros Açoreana, SA 4. BANIF INVESTIMENTOS SGPS, SA 4.1 Banif Banco de Investimento, SA 4.2 Banif Banco Internacional do Funchal (Cayman), Ltd 4.3 Banif Securities Holdings, Ltd/Banif Securities, Inc. 5. OUTRAS EMPRESAS DO GRUPO BANIF 5.1 Banif Imobiliária, SA 5.2 Banifserv Empresa de Serviços, Sistemas e Tecnologias de Informação, ACE III. ANÁLISE ÀS CONTAS INDIVIDUAIS E CONSOLIDADAS IV. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS V. DOCUMENTAÇÃO ANEXA ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 1. Anexo às Contas 1.1 Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 1.1.1Banif SGPS, SA Contas Individuais 1.1.2Banif SGPS, SA Contas Consolidadas 2. Demonstração de Fluxos de Caixa 3. Demonstração de Resultados por Funções VI. OUTRAS INFORMAÇÕES 1. Órgãos Sociais e Estatutários 2. Carteira de Acções Próprias 3. Titulares de Participações Sociais Qualificadas 4. Valores mobiliários emitidos pela Banif SGPS, SA e sociedades do Grupo Banif detidos por titulares de Órgãos Sociais
3 RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 1. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO Apesar do final de 2002 ter continuado a ser caracterizado pela incerteza económica, agravada pelas tensões políticas crescentes entre os EUA e o Iraque, registou-se um crescimento de 3% da economia mundial, melhor que a taxa média de crescimento anual (TMCA) de 2,3% registada em Porém, a eminência de uma intervenção militar fez com que a economia norte-americana crescesse somente 1,4% no primeiro trimestre de 2003 (1T03), igual ao crescimento de 1,4% registado no quarto trimestre de 2002 (4T02), com o consumo privado a crescer 2%. Contudo, e apesar das taxas de juro estarem nos níveis mais baixos dos últimos 40 anos, o investimento privado caiu 5,3%, após ter crescido uns saudáveis 6,3% no 4T02 com as empresas a continuarem cautelosas nos seus planos de expansão, com muitas decisões de investimento a serem adiadas para depois da conclusão da guerra com o Iraque. No entanto, com o fim teórico da guerra no segundo trimestre de 2003, tendo terminado oficialmente em Junho, os níveis de confiança tanto das empresas como dos consumidores aumentaram notavelmente, ajudados em grande parte pela recuperação generalizada dos mercados accionistas. Deste modo, o principal índice de confiança empresarial nos EUA subiu dos 46,2 alcançados em Março para os 49,8 de Junho, mas mesmo assim abaixo do limiar dos 50, o que indicia ainda abrandamento económico. Por seu turno, o índice de confiança dos consumidores norte-americanos chegou aos 83,5 em Junho, depois de ter registado o seu mínimo dos últimos nove anos em Março quando registou um valor de 64,4. Apesar da confiança estar numa tendência ascendente, com a diminuição da incerteza política e dos receios de atentados terroristas, a falta de investimento e os programas de restruturação implementados pela maioria das empresas nos últimos três anos têm-se feito sentir na taxa de desemprego. De facto, a taxa de desemprego nos EUA alcançou os 6,4% em Junho, o valor mais alto dos últimos nove anos, depois de ter iniciado o ano nos 5,7%. Por outro lado, este esforço de redução de pessoal tem beneficiado as margens de lucro das empresas, já que estão agora mais eficientes e por isso melhor preparadas para enfrentar uma situação económica ainda fraca. Por outro lado, este abrandamento económico tem ajudado a melhorar os ganhos reais dos consumidores/investidores, já que tem resultado numa situação deflacionista em alguns sectores, como por exemplo o dos semicondutores que são utilizados nos comuns computadores pessoais (PCs). Desta forma, o índice de preços no consumidor (IPC) registou uma taxa de crescimento sequencial de 2,1% em Junho, abaixo do ritmo de 3% registado em Março, devido principalmente ao aumento do preço do petróleo resultante da guerra no Golfo. Com os preços controlados, e confrontado com uma conjuntura macroeconómica ainda algo pessimista, a Reserva Federal Norte-americana (FED) decidiu novamente cortar a sua taxa de referência, o Fed Funds Rate, em 25 pontos base para os 1%, citando uma possível situação de deflação como a principal justificação para este novo corte, após ter cortado 50 pontos base em 2002 devido ao perigo de contracção económica. No entanto, e de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), este estímulo adicional deverá permitir à economia dos EUA crescer 2,2% em 2003, abaixo dos 2,4% registados em 2002, e uma retoma notável em 2004 quando o FMI prevê um crescimento de 3,6%. Apesar da aparente estabilização da economia dos EUA no primeiro semestre de 2003 (1S03), a economia japonesa continua com uma evolução errática, mantendo um crescimento positivo no primeiro trimestre de 2003 (1T03) quando registou um crescimento sequencial de 0,1%. Porém, a tendência deflacionista registada ao longo dos últimos anos continuou com o IPC no mês de Maio a registar uma queda de 0,2% em termos homólogos. No entanto, a melhoria da economia norte-americana, principal parceiro comercial do Japão, convenceu o FMI a prever um crescimento de 0,8% do PIB nipónico em 2003, após um crescimento de 0,3% em 2002, com uma melhoria acentuada em 2004 quando espera um crescimento de 1%.
4 A Europa, por seu turno, continua a mostrar fortes sinais de abrandamento, com a Zona Euro a apresentar um crescimento do PIB de 0,1% no primeiro trimestre de 2003 (1T03), igual ao crescimento do 4T02. Esta evolução foi acompanhada pelo agravamento da taxa de desemprego que em Maio atingiu os 8,8%, que compara com os 8,6% de Dezembro de Por outro lado, e a exemplo do caso norte-americano, as pressões inflacionistas começaram a abrandar, tendo o IPC inclusive superado a meta do Banco Central Europeu (BCE) em Maio ao registar um crescimento de 1,9%. Em Junho, os preços voltaram a subir a um ritmo de 2%, o que permitiu ao BCE cortar as taxas directoras da Zona Euro em 75 pontos base no primeiro semestre de 2003 para os 2%. Em Portugal, a situação económica foi agravada pela continuação de uma grave crise de confiança dos consumidores/investidores, com a economia portuguesa a decrescer 1,2% no primeiro trimestre de 2003 (1T03), depois de ter registado uma quebra de 1,3% no 4T02, a confirmar por isso uma situação de recessão técnica. Deste modo, e após ter terminado 2002 com uma taxa de crescimento anual (TMCA) do PIB de 0,5%, o FMI prevê que Portugal registe uma quebra de 0,3% no seu PIB em Ao contrário do que tem sucedido nas outras economias, em Portugal tem-se assistido a pressões inflacionistas, com o IPC a registar um crescimento de 3,3% em Junho, apesar de este valor ser inferior aos 4,1% alcançados em Fevereiro. Ao contrário do que aconteceu no ano passado, os primeiros seis meses de 2003 no Brasil foram caracterizados pela estabilidade política após a vitória indiscutível do candidato do partido trabalhista, o Sr. Inácio Lula da Silva, em Outubro passado. A reflectir este optimismo, o Real valorizou 24% para fechar o semestre nos 2,844 contra o Dólar americano, baseado num crescimento do PIB no primeiro trimestre de 2003 (1T03) de 2%, melhor que o crescimento de 1,5% do 4T02. Em termos cambiais, e apesar da aparente recuperação da economia norte-americana, o EUR valorizou 9,7% no semestre face ao USD, a dar continuação a uma tendência iniciada ao longo de 2002, fechando o 1º trimestre de 2003 a um nível de 1,1427 contra o USD. Por seu turno, os principais índices dos mercados accionistas parecem indiciar que a economia dos EUA deverá recuperar mais rapidamente, e de uma forma mais sustentada que a da Zona Euro. Deste modo, e após ter caído 16,8% em 2002, o índice Dow Jones subiu 7,7% nos primeiros seis meses de De igual modo, o NASDAQ, principal índice tecnológico, valorizou 21,5% no primeiro semestre de 2003, após ter perdido 31,5% do seu valor ao longo de 2002, enquanto o S&P500, registou uma queda de 23,4% em 2002, recuperando 10,8% nos primeiros seis meses de Apesar de ter ficando de alguma forma imune aos escândalos financeiros que afectaram o mercado de capitais norte-americano ao longo de 2002, o principal índice de referência da Europa, o Eurostoxx50, registou uma desvalorização de 37,3% em Contudo, ao contrário dos EUA, o Eurostoxx50 registou uma valorização de somente 1,4% no primeiro semestre de 2003, em grande parte devido à constante preocupação da valorização do Euro face ao USD que prejudica as exportações da Zona Euro para os EUA, agravada pela entrada em recessão da economia alemã. Após ter perdido 25,6% do seu valor em 2002, o índice PSI20 em Portugal registou uma variação quase nula no primeiro semestre de 2003, subindo uns meros 0,3% no período, a reflectir a continuação da grave crise de confiança vivida no país, que levou a economia nacional a entrar em recessão técnica no primeiro trimestre de 2003.
5 II. ACTIVIDADE DO GRUPO BANIF No final do 1º semestre de 2003, a estrutura do Grupo Banif e a composição da sua rede de pontos de venda, eram as constantes das páginas seguintes.
6 DIAGRAMA DE PARTICIPAÇÕES DO GRUPO BANIF em 30/06/2003 Banif - SGPS, SA Capital Social: Banif Imobiliária Cap. Social: % 100% BanifServ * Soc. Imobiliária Piedade Cap. Social: % 100% 100% Banif Comercial-SGPS,SA Cap.Social: Cap.Social: Banif - Banco Internacional 100% Banif (Açores) 100% do Funchal, SA SGPS, SA 14,07 % Cap.Social: Cap. Social: Eur: Banif Seguros-SGPS, SA 52,31% Companhia de Seguros Açoreana, SA Cap. Social: % Banif Banco de Investimento Cap. Social: Euros Banif (Cayman) Ltd 100% 60% Cap. Social: USD Comercial Açores 100% San José **** Banif Securities Banco Comercial Cap. Social: USD 100 Banifundos 85% Holdings, Ltd 75,39% dos Açores, SA 100% Cap. Social: USD Cap. Social: Cap.Social: Comercial Açores 100% Fall River 20% 80% Banif (Brasil), Ltd Banif Imo Cap. Social: USD % Cap. Social: R $ Cap. Social: % Banif Leasing, SA 100% 29,19 % Banif Banif Inf. Tech. Econofinance, SA Cap. Social: ,486% Açor Pensões 20% 10% 30% Holdings ** 85% 10,81 % Cap. Social: Cap. Social: C. Social: BRL: % Banif Crédito-SFAC, SA Banif International Banif Financial Cap. Social: % Asset Management 100% Services Inc. Cap. Social: USD Cap. Social: USD Banif Investimentos SGPS, SA Cap. Social: FINAB C. Social: USD Banif Securities Inc 100% C. Social: USD % 75% Banif Rent, SA Cap. Social: Banif Primus Cap. Social: R $ % Banif Primus Corretora Cap. Social: R $ % Banif Primus Asset Management 90% Cap. Social: R $ Newcapital *** 100% 100% Cap. Social: Banif Mortgage Company Cap. Social: USD * Em virtude de ser um ACE, a sua localização no diagrama pode ser reaquacionada face à legislação dos ACE. ** Capital Social Realizado Euros. *** Aguarda registo por parte da CMVM para iniciar a actividade **** Capital Subscrito USD
7 Redes de Distribuição do Grupo Banif Pontos de Venda em 30/06/03 Continente Madeira Açores Estrangeiro Total Banif Comercial Banif Agências Centros de Empresas/ /Clientes (1) Call Centre S.F.E Outros (2) BCA Agências Centros de Empresas S.F.E Outros Banif Leasing/Banif Crédito Banif-Primus (3) Banif Seguros CSA Banif Investimentos Banif-Cayman Banif Banco de Investimento Outros (4) TOTAL (1) Inclui Delegações e Equipas Residentes (2) Inclui, no Continente, 13 Delegações de Particulares e 1 loja de habitação e, no Estrangeiro, 1 Escritório de Representação (Venezuela) (3) Inclui a Banif Primus Corretora e a Banif Primus Asset Management (4) Inclui a Banif Securities, Banif Brasil, Banif Financial Services e Banif Mortgage Company
8 Ao nível do Grupo Banif, por outro lado, o total de efectivos, que era de no final de Junho de 2002, passou para em 30 de Junho de A actividade do Grupo, consubstanciada na actividade desenvolvida pelas sociedades que o integram, encontra-se descrita nos pontos seguintes. 1. BANIF SGPS, SA Durante o 1º semestre de 2003 a sociedade centrou a sua actividade na gestão das suas participações financeiras e na reestruturação do endividamento em que incorreu no âmbito do processo de reestruturação verificado no Grupo no 1º trimestre de Assim, a sociedade procedeu à emissão, em 31 de Março de 2003, de um empréstimo obrigacionista de obrigações de valor nominal de 1.000,00, no total de ,00, cujo vencimento ocorrerá em Foi liquidado o empréstimo no valor de ,00 obtido junto da participada Banif Banco Internacional do Funchal, SA., tendo posteriormente sido obtidos dois financiamentos de apoio de tesouraria, junto do Banco Comercial dos Açores, SA e da Rentipar, SGPS, SA, nos montantes de ,00 e ,00, respectivamente. Em 16 de Abril de 2003, a sociedade obteve ainda um financiamento de curto prazo de ,00 junto do Banif Banco de Investimento, SA, tendo procedido à sua liquidação em 5 de Maio de No que se refere aos principais indicadores, o Activo Líquido da sociedade elevava-se a ,60, no final do 1º semestre de 2003, contra ,02 no período homólogo de 2002, tendo sido apurado um Resultado Líquido de impostos de ,46, enquanto no 1º semestre de 2002 foi obtido um resultado de ,12, justificado pelo facto de, nesse semestre, a sociedade ter exercido ainda a actividade do negócio bancário desenvolvido sob a marca Banif, durante todo o 1º trimestre de Em virtude da celebração de um contrato-promessa de aquisição de acções representativas de 1,99% do capital social da Banif - SGPS, S.A., ao preço unitário de 5,00 (cinco Euros), a Rentipar Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. ultrapassou, nos termos do artº 20º do Código dos Valores Mobiliários, 50% do capital social e dos direitos de voto da Banif SGPS, S.A., ficando obrigada ao lançamento de Oferta Pública de Aquisição sobre a totalidade das acções representativas do capital social da Banif SGPS, S.A.. Em consequência da obrigatoriedade de lançamento de Oferta Pública Geral de Aquisição sobre as acções emitidas pela Banif SGPS, S.A., a qual foi objecto de anúncio preliminar no dia 5 de Junho de 2003, a Rentipar ficou igualmente obrigada ao lançamento de Oferta Pública Geral de Aquisição sobre as acções emitidas pelo Banco Comercial dos Açores, S.A.. Atendendo à posição da Banif SGPS, S.A. enquanto accionista dominante do Banco Comercial dos Açores, S.A. e, questionada pela Rentipar quanto ao eventual interesse em, directamente ou através de sociedade por si dominada, substituir-se a esta última, nos termos do número 2 do artigo 191º do Código dos Valores Mobiliários, no lançamento da supra referida Oferta Pública de Aquisição sobre a totalidade das acções emitidas pelo Banco Comercial dos Açores, S.A., a Banif SGPS, S.A. deliberou delegar, na sua qualidade de accionista único e em substituição da Rentipar SGPS, S.A., na Banif Comercial SGPS, S.A. a obrigação de lançamento da referida Oferta Pública de Aquisição. Nesse sentido, a Banif Comercial SGPS, S.A. procedeu à publicação do Anúncio Preliminar da Oferta Pública de Aquisição sobre a totalidade das acções representativas do capital social do Banco Comercial dos Açores, S.A. no passado dia 28 de Junho de 2003 no jornal Público e no endereço da CMVM na
9 Internet em assim como no Boletim de Cotações da Euronext Lisbon de dia 30 de Junho de BANIF COMERCIAL SGPS, SA A actividade da sociedade durante o 1º semestre de 2003 consistiu, exclusivamente, na gestão das participações financeiras ligadas à actividade da banca comercial e crédito especializado. Mantendo uma dinâmica de reforço das participações financeiras, a sociedade adquiriu, em 25 de Fevereiro de 2003, mais 5% do capital social do Banco Banif Primus, SA, passando a deter uma participação de 75%. Ao longo do 1º semestre de 2003 adquiriu, igualmente, um total de acções representativas de 1,4% do capital social do Banco Comercial dos Açores, SA, do qual passou a deter uma participação directa de 75,39%. A sociedade diversificou ainda a sua carteira de participações financeiras relativamente às actividades desenvolvidas pelas suas participadas, adquirindo em 15 de Abril de 2003, pelo valor de ,00, um total de acções representativas de 70% do capital social da Sociedade Sky Rent Aluguer, Gestão, Compra e Venda de Veículos Automóveis, Lda, cuja denominação passou para Banif Rent Aluguer, Gestão e Comércio de Veículos Automóveis, SA. No que se refere aos principais indicadores relativos ao 1º semestre de 2003, o Activo Líquido da sociedade atingiu o valor de ,93, contra ,63 no 1º semestre de 2002, tendo sido obtido um Resultado Líquido de ,37, contra ,70 em igual período de Esta variação resulta fundamentalmente do início de actividade da sociedade ter ocorrido no dia 1 de Abril de 2002, conforme processo de reestruturação ocorrido no Grupo Banif, desenvolvendo a sua actividade somente a partir do 2º trimestre de Os resultados obtidos resultam essencialmente de dividendos recebidos das sociedades participadas, devendo-se a variação verificada no 1º semestre de 2003, face ao 1º semestre de 2002, exclusivamente ao facto de a sociedade apenas ter recebido dividendos do exercício de 2001, distribuíveis em 2002, de algumas das suas participadas, em consequência do processo de reestruturação ocorrido no 1º trimestre de Banif Banco Internacional do Funchal, SA Negócio na Região Autónoma da Madeira A actividade do Banco, na Região Autónoma da Madeira (RAM), no 1º semestre de 2003, foi desenvolvida num contexto de ligeiro abrandamento económico, marcado por vários factores, dos quais se destacam as desacelerações do sector imobiliário, os reflexos derivados de uma recessão internacional e nacional e os efeitos da crise nos principais países de acolhimento da emigração madeirense. Ao nível dos recursos de clientes, o crescimento no último ano foi de 5%, sendo de 7% o acréscimo nos depósitos de residentes. Pela primeira vez a evolução dos depósitos de não residentes foi negativa, em resultado, sobretudo, da desvalorização do dólar e da diminuição das remessas de emigrantes. O crédito concedido voltou a registar um forte crescimento de 19%, reflexo da importante contribuição do Banco para a economia da Região. É de salientar que esta evolução refere-se, sobretudo, a crédito ao investimento, dado que os valores de crédito ao consumo sofreram uma forte desaceleração, apresentando no final do ano uma evolução negativa. Ao longo dos últimos 12 meses foi possível redobrar a acção comercial, com melhorias acentuadas na qualidade, eficiência e rapidez do serviço e consequente reforço do grau de satisfação e fidelização dos clientes.
10 Entrou em plena actividade o Banif Privado (CPIRAM), orientando a sua actividade fundamentalmente para o segmento médio/alto do mercado de particulares e para os institucionais, tendo atingido níveis de satisfação elevados traduzidos por uma forte captação e recuperação de clientes. A actividade do Centro de Empresas (CERAM) permitiu alargar ainda mais a base de clientes, consolidando a sua posição de liderança na Região, com base em critérios de segurança, rentabilidade e melhoria da qualidade de serviço. A venda cruzada de produtos das várias empresas do Grupo atingiu níveis elevados, reflexo da forte implantação do Banco, permitindo acréscimos de rentabilidade e de fidelização dos clientes. Com o objectivo de reforçar a capacidade de intervenção e reforçar a quota de mercado no crédito à habitação, procedeu-se à criação do Núcleo de Canais Agenciados (NCA), tendo em vista proporcionar aos promotores imobiliários com protocolo de cooperação com o Banco e aos nossos clientes, um melhor serviço, com qualidade acrescida e assente na rapidez de decisão e execução processual. Em consonância com esse objectivo, o Banco abriu na Região Autónoma da Madeira uma Loja Habitação. Em Abril último foi lançado um produto de crédito ao consumo, denominado Crédito Pessoal Cliente Ponto de Venda Banif RAM, que é comercializado directamente pelos lojistas da RAM. Este produto visa proporcionar um melhor serviço aos clientes, empresas e particulares, sendo inovador no mercado. A nível institucional, aprofundaram-se os protocolos de cooperação celebrados com o Governo Regional da Madeira e autarquias, no âmbito dos serviços de empresas na área da saúde, educação, desporto, construção civil e obras públicas. Na sequência de uma actividade orientada pelo relevante posicionamento do Banif na RAM e pelo conhecimento profundo dos clientes, foram apoiados diversos eventos científicos, desportivos e culturais, dos quais é de referir o protocolo de colaboração com a Escola Secundária Jaime Moniz, para implementação de um projecto de automação dos serviços da escola, o patrocínio ao Clube Sport Marítimo, ao programa Jogos Escolares promovido pela Secretaria Regional de Educação e ao Prémio Zarco, promovido pelo Banif em parceria com o Diário de Notícias da Madeira. Em termos globais, o desenvolvimento da actividade do Banco foi, também, marcado por uma forte concorrência, tendo-se, no entanto, invertido a tendência de estreitamento das margens de intermediação, o que, aliado ao forte crescimento verificado e ao aumento do nível da cobrança de comissões, permitiu alcançar um acréscimo significativo no produto bancário originado na RAM. Variação Junho 2003/Junho2002 Crédito + 19% Recursos + 5% Base de clientes + 8% Negócio no Continente - Negócio no Segmento de Empresas Durante o 1º. semestre de 2003 o Banif Empresas (Direcção de Centros de Empresas) prosseguiu a sua função tradicional de acompanhamento e gestão da sua carteira de empresas de média e pequena dimensão, através dos vários centros e delegações em todo o país, tendo adoptado, no entanto, uma nova estratégia
11 que privilegia a colocação de produtos estratégicos do Banco e a captação de negócios para outras áreas comerciais. Tendo como objectivo fundamental a maximização do contributo total em termos financeiros, o Banif Empresas manteve a orientação de crescimento moderado e prudente na concessão de crédito e uma política agressiva na captação de recursos e na prestação de serviços, susceptível de proporcionar comissões. No âmbito da actividade tradicional, o Banif Empresas manteve um estreito acompanhamento dos clientes que evidenciaram sinais de alerta e prosseguiu o objectivo, traçado no início do ano, de diversificação do risco da carteira, desmobilizando o envolvimento do Banco nos clientes de maior risco, reduzindo os maiores envolvimentos, diminuindo a exposição em alguns sectores onde a conjuntura desfavorável se faz sentir com maior intensidade e captando novos clientes de bom risco. Durante o 1º semestre de 2003, o Banif Empresas captou 308 novos clientes. Na área do cross-selling com outras empresas do Grupo é de registar: - o crescimento de 36,5% em operações de leasing (mobiliário e imobiliário), face ao volume alcançado no 1º semestre de 2002; - a ultrapassagem do objectivo de prémios de seguros em 483%; - a colocação de 5,5 milhões de Euros de fundos mobiliários, em especial na campanha realizada em Junho último. Em 2003, o Banif Empresas assumiu dois novos objectivos: a colocação de outros produtos do Banco e a captação de negócio para outras áreas comerciais, assumindo-se, assim, como um canal de venda indirecta. Embora esta nova estratégia tenha sido implementada só em Abril, os resultados alcançados têm-se revelado muito animadores, designadamente na colocação de cartões de crédito, na promoção do Banif@ast e na captação de clientes particulares. De referir, ainda, a racionalização operada na Direcção de Centros de Empresas que incluiu: a) a criação de três novos Centros de Empresa: - Centro de Empresas do Vale do Ave, composto pelas Delegações de Guimarães e de Famalicão (anteriormente pertencente ao Centro de Empresas de Braga) - Centro de Empresas do Porto composto pelas Delegações dos Aliados e de V. N. de Gaia - Centro de Empresas de S. João da Madeira b) a extinção dos Centros de Empresas de Guimarães, Aliados e V. N. de Gaia c) a afectação da Delegação de Vila Real ao Centro de Empresas da Maia (anteriormente no Centro de Empresas dos Aliados). A evolução conseguida nas principais rubricas poder-se-á aferir do quadro seguinte de indicadores de desempenho:
12 Variação Junho 2003/Junho2002 Crédito Concedido + 13% (saldo médio mensal) Crédito por Assinatura + 1% Recursos Captados +28% (saldo médio mensal) Comissões Cobradas +33% Base de Clientes + 7% - Negócio no Segmento Alto de Particulares O Banif Privado (Direcção de Particulares) iniciou, durante o primeiro semestre do corrente ano, um processo de reestruturação que se irá prolongar durante o ano. No final do 1º semestre de 2003, os recursos de balanço dos clientes geridos desta área de negócio, rondavam os 508 milhões de Euros. Por seu turno, o volume de fundos de investimento e produtos estruturados em carteira, apresentavam valores próximos dos 168 milhões de Euros, o que representa um crescimento absoluto de 50 milhões de Euros durante o 1º semestre do corrente ano. O Banif Privado apresentava, assim, em termos médios, um asset allocation de 77% em aplicações financeiras no Banco e 23% em fundos de investimento e produtos estruturados. O número de clientes desta área de negócio ascendia a cerca de no final do 1º semestre de 2003, tendo, durante o último semestre, sido captados 180 novos clientes. No que respeita ao crédito, registou-se um crescimento absoluto de 7 milhões de Euros, com particular incidência para o crédito imobiliário. Variação Junho 2003/Junho2002 Crédito + 15% Recursos - 3,5% Produtos Estruturados e Fundos + 42% Base de clientes + 5% - Negócio no Segmento de Retalho No 1º semestre de 2003, a Direcção de Rede de Agências (DRA) manteve a sua principal vocação de venda de produtos e prestação de serviços, orientada essencialmente para particulares, profissionais liberais e pequenas empresas.
13 O papel principal na comercialização de produtos estratégicos (Crédito Imobiliário, Conta Gestão de Tesouraria, Cartões e Crédito Pessoal) é assumido pelas Agências, juntamente com o objectivo da manutenção de um bom nível de captação de recursos e da exploração do potencial de cross selling com outras empresas do Grupo. Assim, a DRA alargou a sua rede de balcões no Continente para um total de 114, tendo as Agências de Alcântara, Bragança e Fânzeres iniciado a sua actividade neste primeiro semestre. Num contexto cada vez mais competitivo, tem sido dada especial atenção à imagem das Agências, tendo sido efectuadas diversas intervenções e melhoramentos ao nível das suas instalações. Neste semestre verificaram-se alterações importantes nesta Direcção, nomeadamente a realocação de recursos humanos, a criação de duas novas áreas comerciais permitindo optimizar as suas funções de acompanhamento e orientação às Agências e o desenvolvimento de um sistema de informação de gestão disponibilizado através da Intranet do Banco. Em simultâneo, e com a colaboração da Direcção de Gestão Global de Risco, foi revisto o Regulamento de Crédito desta área de negócio. Efectuando uma análise do período de Junho 2002 a Junho 2003, verificou-se um crescimento de 12% na rubrica de recursos, correspondendo a uma variação de 102 milhões de Euros, para um total no final do 1º semestre de 2003 de 965 milhões de Euros. De salientar, também, o excelente resultado das Agências nas campanhas de cross-selling efectuadas, que proporcionaram melhores resultados na satisfação das necessidades e preferências dos nossos clientes e ainda a prossecução do objectivo de crescimento da captação de recursos. Relativamente ao crédito total, verificou-se um crescimento de cerca de 16%, correspondente a um aumento de 184 milhões de Euros, destacando-se o crédito aos pequenos negócios e o crédito imobiliário ( com crescimentos de 19%) e o crédito a cartões (+ 14%). Em 30 de Junho de 2003, o valor global do crédito concedido por esta área de negócio ascendia a milhões de Euros. De salientar o esforço efectuado na colocação do Banif@st, numa perspectiva de aproximação do Banco aos clientes e redução dos custos de operação, verificando-se, neste momento, já uma taxa de penetração de 28,6%, o que significa um aumento bastante substancial do número de contratos activos face ao final de Junho de Em resumo, a evolução da DRA, no período de Junho 2002 a Junho 2003, foi a seguinte: Variação Junho 2003/Junho2002 Recursos + 12% (inc. Produtos Estruturados) Crédito +16% Base de clientes + 16% - Crédito Imobiliário No 1º semestre de 2003 foram contratados empréstimos no valor total de 125,5 milhões de Euros, dos quais: empréstimos no montante de 103,7 milhões de Euros, no Continente e empréstimos no montante de 21,8 milhões de Euros, na Região Autónoma da Madeira. Relativamente a igual período do ano passado, verificou-se uma diminuição de 266 no número de empréstimos e, em montante, menos 8,5 milhões de Euros, o que representa um decréscimo de 6,3%.
14 Também durante o primeiro semestre de 2003, foram liquidados 623 empréstimos no valor aproximado de 33,3 milhões de Euros. A carteira de crédito imobiliário do Banif ascendia assim, no final do semestre, a 676 milhões de Euros (correspondendo aproximadamente 483 milhões de Euros ao Continente e 193 milhões de Euros à Madeira). Em Fevereiro de 2003 o Banif concretizou a sua 1ª operação de titularização de créditos imobiliários num total de EUR 500 milhões. Foram cedidos contratos com um loan-to-value médio de 64,47% e um prazo remanescente médio (até ao vencimento) de 281 meses. A operação, designada Atlantes Mortgage nº 1, foi liderada e colocada pelo Credit Suisse First Boston e pelo Deutsche Bank AG, junto de cerca de 50 investidores institucionais internacionais. No âmbito desta operação foram emitidos 500 milhões de Euros de Notes com as seguintes notações de rating atribuídas pelas Agências de Rating Standard & Poor s, Moody s e Fitch Ratings: AAA a 462,5 milhões de Euros (Class A Mortgage Backed Floating Rate Notes); A, A2 e A, respectivamente, a 22,5 milhões de Euros (Class B Mortgage Backed Floating Rate Notes); BBB, Baa3 e BBB, respectivamente, a 12,5 milhões de Euros (Class C Mortgage Backed Floating Rate Notes); e BB, Ba2 e BB, respectivamente, a 2,5 milhões de Euros (Class D Mortgage Backed Floating Rate Notes). No 1º semestre de 2003 foram analisadas cerca de 2470 propostas no valor total de 235 milhões de Euros, dos quais foram aprovados 135,5 milhões de Euros, o que equivale a uma taxa de aprovação de 58%. O total de processos analisados distribuiu-se de forma regular ao longo do semestre. Os canais agenciados de venda de crédito imobiliário, nomeadamente promotores assurfinance, comerciais e mediadores imobiliários, têm mantido o seu peso no número de propostas enviadas para apreciação e aprovação, representando no semestre cerca de 23% do total de propostas aprovadas. Em termos de contratação estes canais de venda assumiram um peso de 19% do total do crédito concedido neste último semestre. O comportamento do crédito imobiliário do Banco neste 1º semestre de 2003 foi ainda fortemente marcado pelas últimas alterações introduzidas na legislação respeitante aos regimes bonificado e jovem bonificado, bem como pela incerteza que marcou a evolução da situação económica em termos nacionais e internacionais, não tendo inclusive a generalizada baixa das taxas de juro que se verificou ao longo do semestre funcionado como factor de motivação para os consumidores deste produto. Serão contudo factores importantes para a dinamização do crédito à habitação, a médio prazo, as alternativas criadas em consequência do fim do crédito bonificado, como sejam o alargamento dos prazos no Regime Geral, e a criação de novos produtos como o Banif Crédito Habitação Jovem e o Banif Crédito Habitação Senior. - Crédito a Particulares e Negócios - Cartões e Outros Meios Electrónicos de Pagamento O número de cartões de crédito emitidos aumentou 7,2%, de em Junho 2002 para em Junho Os cartões de débito aumentaram 10%, de para no mesmo período. O saldo de crédito aumentou 35%, de milhares de Euros para milhares de Euros (não incluindo o float) De entre as principais actividades desenvolvidas na área de cartões durante o primeiro semestre, cabe salientar - Adesão do Banif ao MBNet, com a respectiva inscrição de alguns clientes e comunicação da sua existência a todos os clientes através de um mailing específico;
15 - Lançamento de uma campanha, em parceria com a Avis, com oferta de descontos e outras promoções para titulares de cartões Privilege, Excellence e Classic, utilizando para tal o envio de um mailing e o site Banif; - Lançamento da campanha Visa "Pague com Visa e Pode Conhecer a Fama em Hollywood", com o objectivo de incentivar a utilização dos cartões; refira-se que um dos 32 prémios foi atribuído a uma Cliente Banif; - Montagem, juntamente com a Direcção de Rede Directa, de uma campanha de venda telefónica de cartões de crédito; - Estabelecimento de um teste piloto, no que respeita ao processo de entrega de cartões aos nossos Clientes; - Lançamento dos novos Guias de Utilizador dos cartões Excellence e Privilege. - Conta Gestão de Tesouraria O período em apreciação foi caracterizado, conjunturalmente, por alguma estagnação do negócio ao nível das empresas e empresários em nome individual, que são os clientes alvo deste produto. O produto Conta Gestão de Tesouraria (CGT) entrou no seu quinto ano de vida, pelo que se pode considerar ter entrado na sua fase de maturidade, sem prejuízo de continuar a ter espaço de crescimento, ainda que este venha a ocorrer agora de uma forma mais moderada. Assim, durante o primeiro semestre do corrente ano, manteve-se como principal objectivo a angariação de novos clientes. A Conta de Gestão de Tesouraria continua a ser um produto estratégico do Banif, constituindo a principal oferta do Banco para o segmento de pequenas empresas, profissionais liberais e de empresários em nome individual. A sua comercialização continua baseada na Rede de Agências, na Rede Directa Banif e na Rede de Canais Agenciados (Rede de Promotores Comerciais e Rede de Promotores Assurfinance), mantendo-se também como objectivo importante a celebração de protocolos com associações empresarias, para colocação deste produto junto dos seus associados. Apesar de, em termos de concorrência, terem surgido no mercado produtos similares, a CGT mantém todas as características inovadoras e de grande flexibilidade que a notabilizaram e que continuam a diferenciá-la de forma muito positiva de todos os restantes. Durante o primeiro semestre deste ano assistiu-se a um crescimento mais lento do volume de crédito concedido, verificou-se todavia um aumento de 7,7%, relativamente a Dezembro de 2002 e de 18,3% relativamente ao mês homólogo do ano anterior. O saldo utilizado de crédito para o total das CGT s activas ascendia no final do 1º semestre de 2003 a 222 milhões de Euros, o que representava uma utilização média de 79% relativamente aos respectivos limites de crédito autorizados. Em relação à carteira de recursos provenientes da conta, o crescimento foi um pouco mais significativo, invertendo a tendência do ano anterior, situando-se em cerca de +18,6 % relativamente ao mês homólogo de 2002, sendo que, relativamente a Dezembro último, se verificou um acréscimo de cerca de 11%. - Crédito Pessoal Durante o primeiro semestre de 2003 assistiu-se a uma clara desaceleração da procura de crédito para financiar a aquisição de bens de consumo duradouro, claramente relacionada com a deterioração da conjuntura macro-económica, tendo-se verificado um claro abrandamento na entrada de negócio novo.
16 Neste primeiro semestre regista-se a contratação de novos empréstimos, num total de 17,1 milhões de Euros, acompanhada por uma pequena melhoria na margem financeira, fruto das sucessivas descidas das taxas de referência. Este abrandamento, provocou uma redução do volume global do crédito em carteira, que se cifrou em 30 de Junho último em 92,85 milhões de Euros, o que representa um decréscimo de 8,9% relativamente ao final de Junho de Actividade do Call Center A actividade no primeiro semestre de 2003 decorreu na linha de continuidade do ano anterior, sob um clima de forte dinamismo comercial, a par de um permanente esforço de melhoria da qualidade do serviço prestado. Ao nível da promoção dos produtos do Banco, desenvolveram-se campanhas dirigidas a clientes e prospects focadas nos produtos estratégicos, nomeadamente crédito à habitação, Conta Gestão de Tesouraria e cartões de crédito e iniciou-se, na segunda metade do semestre, uma campanha vocacionada para a captação de recursos suportada no produto Poupança Banif 4. Com o propósito de estimular o crédito directo a clientes da RAM e do Banco Comercial dos Açores (BCA), foi criado o produto de Crédito Pessoal no Ponto de Venda suportado num modelo de decisão imediata, e cuja resposta a Direcção da Rede Directa começou a assegurar numa primeira fase para o BCA e, posteriormente, para a RAM. Salienta-se, ainda, a qualidade de atendimento evidenciada pela área de apoio a clientes e prospects, comprovada pela atribuição ao Call Center do Banco do Troféu Teleperformance CRM Awards 2003 no sector de Serviços Financeiros. - Canais Agenciados A Rede de Canais Agenciados direcciona a sua actividade para o negócio dos particulares, onde intervém através dos seus promotores, tendo em vista o alargamento da base de clientes do Banco. Face aos índices de notoriedade alcançados pelo Banco nos últimos anos e a adequada renovação da oferta dos seus produtos, a Rede de Canais Agenciados tem tido a possibilidade de oferecer aos seus promotores as melhores condições para o desempenho da actividade inerente aos Canais Agenciados, com benefícios recíprocos. Os Canais Agenciados vêm-se afirmando cada vez mais como um excelente meio de captação indirecta de negócio, uma vez que consolidaram uma contribuição global para o negócio dos particulares na ordem dos 23% (13% na CGT, 25% no Crédito Imobiliário e 21% no Crédito Pessoal). No final do primeiro semestre do corrente ano, esta rede era constituída por 704 Promotores, traduzindo um crescimento de 17% face a Dezembro de 2002, dos quais 404 promotores comerciais, 102 promotores assurfinance e 198 promotores imobiliários. De salientar igualmente o aumento registado ao nível da captação de recursos que, em termos de saldo acumulado, traduziu um crescimento de 65% face ao ano transacto. Com a aposta numa parceria mais eficaz com a Banif Leasing e com um melhor aproveitamento das oportunidades de negócio, conseguiu-se também uma evolução muito positiva no leasing, com um crescimento próximo dos 64%.
17 A actividade de dinamização comercial, em função das naturais exigências impostas pelo aumento do número de promotores e pelo esforço que foi realizado no sentido de assegurar um acompanhamento mais próximo e personalizado a esses mesmos promotores, originou um aumento de 25% na média mensal de visitas efectuadas aos mesmos. O serviço de apoio telefónico ao promotor teve igualmente uma acção preponderante no esclarecimento de questões/dúvidas colocadas pelos mesmos, assistindo-se a um crescimento de cerca de 14% no número médio de chamadas recebidas diariamente Marketing e Desenvolvimento de Novos Negócios De entre as principais ocorrências verificadas ao longo do 1º semestre de 2003, na área de marketing e publicidade, refira-se a produção de uma campanha de crédito habitação, a realizar no 2º semestre deste ano, a qual terá por objectivo a contínua renovação da imagem do Banco, bem como a aposta no Crédito Habitação como um dos produtos estrela do Banif. Foi, entretanto, relançada a campanha publicitária de apoio à divulgação do Poupança 4 e promovido o 3º torneio de Golfe, dirigido a alguns dos principais clientes do Grupo Banif e realizado nos dias 7 e 8 de Junho na Quinta do Lago, no Algarve. Integrada nas comemorações do 15º aniversário do Banif e para além da realização, em 15 de Janeiro no Funchal, de uma conferência proferida pelo Senhor Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva, subordinada ao tema Para onde vai a Economia Portuguesa?, foi ainda lançada a 2ª Edição do Grande Prémio Banif de Pintura, em conjunto com o Centro Nacional de Cultura. A este prémio, no valor pecuniário de ,00 Euros concorreram mais de 300 artistas portugueses, tendo a cerimónia de entrega ao vencedor, Senhor Engº Ricardo da Cruz Filipe, tido lugar no Centro Nacional de Cultura no dia 17 de Junho. Na área da comunicação, e na sequência das acções encetadas, foram desenvolvidas várias actividades, de âmbito interno e externo, de apoio às mesmas. Como facto relevante na comunicação e informação ao nível do Grupo Banif, refira-se a renovação da revista Banifactos assim como a disponibilização do Serviço de Clipping no Portal do Banco. Para terminar, referência a outras actividades desenvolvidas, designadamente ao nível da gestão do Preçário do Banco, através da actualização de preços e da sua automatização, e da atribuição de patrocínios e donativos, os quais foram objecto, ao longo do 1º semestre do ano, de uma análise criteriosa, na qual, dentro dos parâmetros definidos superiormente, esteve sempre subjacente a salvaguarda dos interesses da Instituição. A este nível enquadra-se a continuação do patrocínio da equipa principal de futebol do Clube Sport Martítimo. O apoio à abertura de novas agências e o acompanhamento das redes de distribuição, incluindo a rede de canais agenciados e o e-banking, foram objecto de preocupação permanente, visando uma boa exposição, nos pontos de venda, do portofolio de produtos oferecidos Cross Selling e Banca Electrónica No primeiro semestre de 2003, ao nível da venda de produtos das áreas de banca de investimento e leasing e, tal como em 2002, o Banif continuou a mostrar crescimentos muito superiores ao mercado. No leasing mobiliário, enquanto o Banif apresentou um acréscimo de 32% na produção, o mercado decresceu cerca de 26%. Já no leasing imobiliário, o Banif acompanhou o crescimento do mercado, que se estabeleceu nos 9%. Nos produtos de investimento (fundos, produtos estruturados e obrigações), o Banif registou igualmente um elevado crescimento no volume de vendas. Nos produtos de seguros, o incremento na produção processada foi de 111%. Estão a ser desenvolvidos vários projectos envolvendo o empenhamento de todas as empresas do Grupo, alguns deles já em testes - piloto, sempre com o intuito de facilitar a acção comercial.
18 No âmbito da banca electrónica continuou a verificar-se, durante o primeiro semestre de 2003, um forte crescimento das adesões ao Banif@st, e o incremento da sua utilização de uma forma regular. A adesão é particularmente significativa no segmento das empresas, com uma taxa de penetração de 35% sobre o total de clientes e uma utilização na ordem dos 55%. Nos particulares, 21% do total de clientes já aderiam Banif@st e um terço destes utilizam regularmente o serviço. Estes rácios demonstram que o canal Banif@st está praticamente consolidado, posicionando-se, cada vez mais, como um forte ponto de ligação entre o Banco e os seus clientes. Entretanto, para continuar a satisfazer os actuais clientes e atrair novos, durante este 1º semestre, foram disponibilizadas novas funcionalidades, de que se destacam, a constituição de depósitos a prazo exclusivos do canal Banif@st com taxas bastante atractivas, a personalização das contas dos clientes e o carregamento individualizado dos cartões das operadoras móveis. Igualmente, iniciaram-se este ano, e ainda decorrem, projectos que têm como objectivo aumentar e melhorar o relacionamento dos clientes com o Banco via canal Banif@st Recuperação de Crédito Vencido e Crédito em Contencioso Durante o 1º semestre de 2003 entraram em Contencioso créditos vencidos num montante global de milhares de Euros. Por sua vez, a recuperação de créditos vencidos afectos ao Contencioso atingiu no Banco no 1º semestre de 2003, o montante global de milhares de Euros, aqui se incluindo uma verba de 895 milhares de Euros de recuperação de créditos já abatidos ao balanço. As provisões constituídas para risco específico de crédito (incluindo créditos e juros vencidos e créditos de cobrança duvidosa, conforme definido no Aviso 3/95 do Banco de Portugal) elevam-se, no final do 1º semestre de 2003, a milhares de Euros. Em 2003, foram efectuados abates ao balanço do Banco da ordem dos milhares de Euros de créditos considerados incobráveis e que se encontravam já integralmente provisionados Recursos Humanos Os aspectos mais relevantes verificados ao nível da gestão de recursos humanos, durante o 1º semestre de 2003, tiveram a ver com o recrutamento e selecção de pessoal, com as movimentações internas, quer por promoções/nomeações, quer por transferências, com a formação e informatização de alguns sectores da área administrativa e pessoal e com o apoio a empresas do Grupo, tendo a função pessoal do Banco Comercial dos Açores, Banif Banco de Investimento, Banif Leasing, Banif Crédito e Banif Rent passado a ser assegurada pela Direcção de Recursos Humanos do Banif Banco Internacional do Funchal. Assim, foram admitidos neste período 95 colaboradores, 51 dos quais para fazer face ao período de Verão, e saíram por motivos diversos 46 colaboradores. Em relação a 31/12/2002, o quadro de pessoal passou, no final do 1º semestre de para empregados. Em relação a movimentações internas, verificaram-se 43 transferências e 10 nomeações para funções específicas ou de enquadramento. Quanto à formação, foi aprovado e está a ser cumprido o plano de formação anual, decorrente do levantamento das necessidades internas com todas as Direcções do Banco, bem como o curso de Formação
19 Vestibular, que se realiza na primeira metade de cada mês com a participação da Comissão Executiva, Direcções e entidades formadoras externas. No total, foram realizadas 64 acções de formação em que participaram 543 colaboradores do Banco, num total de horas de formação. Para além do recrutamento e formação, foram feitos progressos na preparação de templates informáticos, preparados e desenvolvidos outros programas com vista à racionalização e aperfeiçoamento dos procedimentos administrativos, estando em curso a digitalização dos processos individuais dos empregados do Banco Tecnologia e Informação A estabilização dos sistemas e aplicações em produção continuou como um dos pontos centrais da actividade desenvolvida no primeiro semestre de 2003, muito embora o esforço de manutenção correctiva tenha vindo a diminuir de forma significativa, pela redução da ocorrência de erros. Adicionalmente, continuou-se o desenvolvimento de projectos, verificando-se que tanto o número de projectos agendados no plano anual, como de projectos concluídos, tem vindo a ter uma evolução positiva, sobretudo se se tiver em conta que a sua complexidade e diversidade também têm crescido. Os projectos em questão orientam-se segundo vectores diversos, cujo denominador comum é o aumento da qualidade do suporte ao negócio e a potenciação da venda cruzada, tendo todos subjacente o aproveitamento das novas tecnologias, sempre que se justifique e sejam úteis para alcançar os objectivos fixados. No âmbito dos sistemas aplicacionais continuou-se a normalização das aplicações e criaram-se ou sedimentaram-se aplicações estruturantes, prestadoras de serviços ao sistema, tais como interfaces especializados de intervenção nas bases de dados, processos de gestão de mapas e acessos e serviços comuns. No domínio das infra-estruturas técnicas de suporte, está em implementação um Plano de Continuidade de Operações de âmbito do Grupo (já se encontra implementado um Plano de Recuperação de Desastre dos sistemas centrais do Banif), e um sistema de backup automático Controlo dos Riscos de Actividade A actividade de gestão de risco no Banif continuou, neste primeiro semestre de 2003, a sua contribuição activa na preparação e no desenvolvimento de projectos de caracter estrutural que possibilitem ao Banco uma melhor e mais eficiente gestão do risco. Foram estabelecidos limites de risco para todas as variáveis relevantes na avaliação do risco de crédito, constituindo parte integrante dos objectivos e planeamento da actividade comercial, cuja monitorização e reporte é efectuada com periodicidade mensal, possibilitando um conhecimento do risco assumido e implícito das carteiras de crédito em termos global e da exposição individual por contraparte. A conjuntura macro-económica e os indicadores de incumprimento no sistema bancário determinaram um maior rigor e a assunção de critérios mais conservadores na aprovação de novas operações de crédito e na reavaliação de limites, preço e garantias. A gestão de liquidez é assegurada através de políticas de financiamento e dos recursos provenientes da actividade comercial e financeira, visando a máxima rendibilidade e a redução do liquidity gap para os vários prazos, nunca ultrapassando os stress limits estabelecidos.
20 O risco de taxa de juro é igualmente avaliado regularmente tendo em conta os períodos de repricing de entre os activos e os passivos. Os riscos cambiais são pouco relevantes dada a natureza comercial das operações, mantendo-se no entanto uma avaliação tempestiva dos níveis de exposição e dos prazos de liquidação. A este nível a maioria das operações de natureza comercial está ao abrigo de limites devidamente avaliados e com coberturas adequadas. No que se refere ao processo de adaptação do Banif ao Novo Acordo de Capital de Basileia II, está em curso um projecto de gap analysis que irá conduzir a um plano de acções que visa melhorar processos, sistemas de avaliação de risco e tecnologia, de modo a permitir ao Banco estar ao nível das melhores práticas e simultaneamente seleccionar as metodologias que melhor se adaptam ao seu modelo de negócio, dimensão e risco Actividade Financeira A Direcção Financeira manteve como principal função a gestão integrada dos activos e passivos do Banco, assegurando a intervenção deste e de algumas das empresas do Grupo nos mercados monetário e cambial. Face à volatilidade que continuou a marcar os mercados e à grande incerteza quanto à sua evolução, o Banco continuou a limitar as suas carteiras de acções, privilegiando a liquidez. Os resultados líquidos em operações financeiras registaram um crescimento de 245,3%, cifrando-se em 5,8 milhões de Euros no final do 1º semestre de No global, os resultados obtidos nas carteiras de títulos de investimento e negociação, no 1º semestre de 2003, ascenderam a um resultado negativo de 37,2 milhares de Euros, contra os 273,6 milhares de Euros negativos no período homólogo de 2002, e, embora se tenha assistido a uma ligeira melhoria em termos de resultados, os mercados accionistas e obrigacionistas continuaram a mostrar um desempenho negativo. O lucro registado com outras operações financeiras ascendeu a 5,2 milhões de Euros e é proveniente, na sua quase totalidade, da operação de titularização de créditos imobiliários realizada durante o 1º semestre de No mercado cambial assistiu-se a uma forte valorização do Euro durante o 1º semestre de 2003, o que, em conjunto com o prolongar do conflito no Iraque, trouxe algumas consequências negativas para a moeda americana. Estas situações traduziram-se por um aumento da actividade cambial resultante de operações comerciais, verificando-se que as empresas com pagamentos em USDs e que até ao final do ano passado tinham recorrido a financiamentos externos, começaram a proceder à sua liquidação. Este cenário originou um aumento nos resultados cambiais do Banco, que ascenderam a 610 milhares de Euros no final do 1º semestre de 2003 contra os 306 milhares de Euros no período homólogo de Actividade Internacional Fruto da conjuntura económica internacional recessiva e da baixa das taxas de juro das principais moedas - o Euro e o Dólar americano - o volume de recursos captados pela Sucursal Financeira Exterior junto das comunidades portuguesas residentes no estrangeiro registou um ligeiro decréscimo, pelo que o total da carteira de depósitos no final do período se situou 2,4% abaixo do valor registado no primeiro semestre de O abrandamento da actividade económica levou também a uma acentuada diminuição na procura de crédito, pelo que o total do crédito concedido pela Sucursal neste semestre atingiu um valor 37,8% inferior ao evidenciado no período homólogo do ano anterior.
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