Rede Brasileira de Arteducadores Pontão ABRAÇÃO: Culturas Solidarias à Comunidades Sustentáveis
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- William Valgueiro Padilha
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1 1 Rede Brasileira de Arteducadores Pontão ABRAÇÃO: Culturas Solidarias à Comunidades Sustentáveis Prêmio Areté Apoio a Eventos Culturais em Rede Projeto Abração da Juventude: A Grande Colheita da Esperança Belém-PA, 05 a 16 de Julho de 2010 Apresentação O Pontão ABRAÇÃO da Rede Brasileira de Arteducadores propõe a realização do evento Abração da Juventude: A Grande Colheita da Esperança junto a Secretaria de Cidadania Cultural, através Prêmio Areté Apoio a Eventos Culturais em Rede. Este evento será realizado em Belém do Pará, no período de 05 a 16 de Julho de 2010 para jovens numa ação voltada para o intercâmbio sócio-cultural entre os jovens dos bairros populares de Belém e outros 15 países participantes (Inglaterra, China, Irlanda, França, Bélgica, Cingapura, Argentina, Finlândia, Colômbia, Cingapura, Suécia, EUA, Canadá, México e Chile), realizando encontros, oficinas, feiras, mostras, cortejos e um conjunto de atividades que agregam a diversidade cultural e a transformação social, numa articulação direta com vários Pontos de Cultura que trabalham com jovens. A Rede Brasileira de Arteducadores-ABRA, foi fundada em setembro de 2004 com o objetivo de criar espaços para as ações artísticas, culturais e educacionais que promovam a transformação pessoal e social, e uma cultura por um mundo justo, humano e solidário, através de práticas dialógicas e criativas. Valoriza a arteducação tanto no processo educacional do ensino formal como no processo comunitário e de suas culturas populares. Em sua prática busca pela fusão, em diálogo permanente, entre as palavras arte e educadora/ educador/ educação - para afirmar a importância das artes como linguagens estéticopedagógicas. Afirma e vivencia metodologias que possibilitem uma prática baseada nos 1
2 princípios de Respeito pela Diversidade; de Processos Participativos, Dialógicos e Criativos; de Solidariedade; de Responsabilidade Social e de uma Cultura de Paz. 2 Nestes últimos 05 anos vem desenvolvendo diversas atividades voltadas para a Juventude, através de seus 06 núcleos em funcionamento nos estados de Minas Gerais, Pará, Bahia, Maranhão, São Paulo e Santa Catarina. Estas ações definem um rico histórico de um foco ligado às artes e ao público de jovens de comunidades populares, trabalhando a formação, o acesso cultural, a cidadania cultural e a transformação social pelas artes e o permanente incentivo a diversidade e a prática cultural nas escolas e comunidades. Neste evento a ABRA vem consolidar estes 05 anos de experiências unindo suas articulações nacionais e internacionais, integrando jovens de vários estados brasileiros e de países parceiros para consolidar uma grande ação que trabalhe os temais sociais, culturais, educacionais e ambientais mais atuais com intervenções integrativas e artísticas nas comunidades populares de Belém e sua região metropolitana. Justificativa A juventude é uma prioridade para a Rede Brasileira de Arteducadores-ABRA, principalmente agora, com o início das atividades do Pontão Abração que traz como singularidade o investimento na formação arteducativa de educadores populares de pontos de cultura que trabalham com crianças e jovens. Esta formação vai qualificar a atuação sócio-transformadora dos educadores, gerando redes de educadores populares que desenvolvem a arteducação e em toda a sua diversidade cultural. Estes pontos estão voltados principalmente para jovens e crianças, seguindo os dados do IPEA (2009) que mostram que 100% dos pontos de cultura atendem este público em 1ª opção, sendo que 70% deles são da própria comunidade, num impacto que chega a 1,2 milhão de crianças e jovens atendidos por ano. Voltar-se para o público jovem é uma demanda urgente, pois, eles estão entre os mais vulneráveis como vítimas da violência, principalmente nas capitais, em que cada 500 jovens 01 morre antes dos 19 anos, e são, em sua maioria, negros e pobres no Brasil. Na faixa etária entre 15 a 24 anos a vitimização cresceu em mais 70% na última década (UNESCO). Em Belém a violência vem se tornando um desafio para o estado e para toda a sociedade civil, quando se vê que nos dois primeiros meses de 2010 já houveram 04 homicídios por dia, ultrapassando números de vários países em guerra (SISP-PARÀ). 2
3 3 Com uma população de 1 bilhão de jovens no mundo (ONU), ainda se vê graves problemas como mais de 15% deles analfabetos, outros mais 25 milhões de órfãos devido as guerras, catástrofes, epidemias etc. Além disto, 01 em cada 04 jovens sobrevivem com menos de 01 dólar por dia, em total miséria, sendo que 40 % deles não possuem oportunidades de trabalho. Seguem outros dados alarmantes de vitimas de drogas, AIDS e tantas outras circunstâncias adversas que torna imprescindível este público ser uma prioridade emergencial, levando em conta a necessidade de aumentar os índices de desenvolvimento humano (IDH- saúde, educação e renda) desta faixa etária. Ainda se vê hoje que a taxa de suicídio entre os jovens é 04 vezes maior que a dos adultos no Brasil (Ministério da Justiça), soma-se isto as taxas mundiais que mostram que o suicídio entres os jovens subiu em torno de 200% nos últimos anos (CEPS, Suíça). Com tantos desafios e encruzilhadas pessimistas em relação ao futuro destes jovens, fica a pergunta: Qual a esperança? Por isso, vamos realizar este evento com duração de 10 dias no mês de julho em Belém, para compartilhar e criar vínculos afetivos entre os próprios jovens e abrir os espaço para que eles possam criar esta Grande Colheita da Esperança, pensando no que plantar, como cuidar e colher para que se efetive um mundo mais justo, mais criativo e solidário para a juventude. Hoje é preciso dar voz a estes jovens, mobilizá-los como autores e semeadores com imenso potencial e um conjunto de competências criativas que podem transformar, tendo cada um deles o empoderamento necessário para gerar novos projetos de vida, empreender para uma vida mais digna e completa em seus direitos humanos. Além disso, é fundamental que se reúnam estes jovens empoderados e vivos com seus contextos interculturais, para que construam uma troca solidária em diálogos participativos e que se efetiva uma coletividade mobilizada e capaz de intervir positivamente em si mesmo, no entorno e em cada um dos contextos comunitários de onde eles vieram. Por isso, a necessidade de abrir a oportunidade para que efetive esta troca num Abração da Juventude e que pela afetividade de juntar mãos, idéias e ações, possam em 10 dias ter espaço para criar propostas, agir coletivamente e celebrar os resultados de intervenções práticas nas 3
4 comunidades de Belém, num profundo exercício da cidadania e de convivência multicultural, pois, estarão reunidos jovens do Brasil e outros 15 países, com suas diversas peculiaridades. 4 A ABRA já vem realizando ações como estas através de seus Encontros Nacionais de Arteducadores-ENA, sendo o primeiro em 2007 na cidade de Juiz de Fora-MG e depois em 2009, em Salvador-BA, com dois momentos que foram possibilitados os encontros de jovens, oriundos de diversas instituições sociais, educacionais e culturais no Brasil e de outros Países. Nesta ação denominada de ABRA-Jovem, os participantes puderam trabalhar com a formação nas linguagens artísticas, na mobilização sócio-cultural e efetivar intervenções nas comunidades populares através de oficinas, cortejos e apresentações culturais, efetivando troca de saberes e práticas que foram levadas como experiências vivas para seu contexto originário. Com isso, este evento em Belém é uma continuidade destes dois outros encontros e que agora terá uma dimensão singular, pois vai ser um conjunto de atividades específicas para jovens e com um maior tempo para se efetivar um contexto transformador. Além do ABRA-Jovem, a rede vem participando de encontro culturais no mundo, levando nos últimos anos, grupos de jovens brasileiros para ter uma afetiva vivência intercultural, a exemplo de Encontro Mundial da Juventude no Chile, os congressos da Associação Internacional de Drama, Teatro-Educação-IDEA no Canadá, Quênia e Hong Kong, entre outros. Junto a isso, cada um dos núcleos nos 06 estados vinculados a rede, realizam permanentemente atividades voltados aos jovens como formação artística com cursos e oficinas, intervenções culturais, cortejos, exposições visuais, apresentações, encontros de arteducação, seminários de cultura e educação transformadora etc., chegando a um atendimento anual de mais jovens diretamente, reunindo Minas Gerais, Bahia, São Paulo, Maranhão, Santa Catarina e Pará. Desta forma, a ABRA tem uma história vinculada a juventude e uma legitimidade de ações já realizadas, confirmando a sua competência e luta para continuar atendendo como prioridade o público de jovens, principalmente, pela força propulsora e integrativa da arteducação, como viés capaz de mobilizar e tornar o jovem um cidadão cultural. Mantendo o foco da ABRA para com os jovens de comunidades populares, o evento em Belém vai manter este direcionamento, localizando a maior parte das ações no distrito periférico de Icoaraci, além de outras ilhas que fazem parte da região metropolitana e que tem índices agravantes de exclusão social, somando-se a beleza de uma região que é o portal da Amazônia. 4
5 5 Por isso também, será uma oportunidade única de dialogar sobre a importância da luta da juventude por um meio ambiente sustentável e as diversas preservações ecológicas, chamando a atenção do Brasil e do mundo mais uma vez para a imensa biodiversidade da Amazônia que está em crescente degradação. Com a realização deste evento, a ABRA inicia uma nova perspectiva de ações direcionadas aos jovens, abrindo a discussão e a implementação de ações para a juventude juntos as outras redes mundiais da qual faz parte como as associações internacionais de Música, Dança, Artes Visuais e a Aliança Mundial pelas Artes, contando com o aval e a parceria da UNESCO. Com isso, este evento já possui uma proposta para uma segunda edição em outros países da América Latina, dando continuidade ao que vem sendo já realizado desde 2005 pela ABRA, fortalecendo uma rede mundial de jovens que lutam pela cultura e a educação transformadora. Ao final dos 10 dias do evento será construída uma carta de propostas dos jovens, que servirá para que outras redes mundiais possam dialogar e colocar em práticas estas ações, além dos devidos encaminhamentos para os governos transformarem em políticas públicas, confirmando o direito a voz e a colheita de esperança proporcionadas por um Abração que marca um nova história na relação entre juventude e cultura. Objetivos Objetivo Geral Gerar ações e propostas em redes de cultura e educação transformadora para a juventude, integrando solidariamente com uma mobilização intercultural os jovens do Brasil e de outros 15 países numa potencialização da riqueza e da diversidade viva da Amazônia, unindo as comunidades populares de Belém e região metropolitana. Objetivos Específicos - Dar continuidade aos eventos direcionados aos jovens da Rede Brasileira de Arteducadores, numa maior perspectiva internacional e solidária de intercâmbios de idéias e propostas transformadoras para as juventudes de comunidades populares; 5
6 - Iniciar as ações comunitárias do Pontão Abração voltando-se para o público-chave de suas ações: os jovens; 6 - Criar um ambiente de múltiplas práticas de cultura e educação transformadora para os jovens num contexto comunitário de Belém com ações de seminários, oficinas, cortejos, residências artísticas, apresentações etc. - Possibilitar o intercâmbio intercultural entre línguas, culturas, costumes e contextos diversos dos jovens oriundos de vários lugares do Brasil e de outros países, abrindo-se no desafio criativo e afetivo. - Gerar uma rede mundial de jovens pela cultura e educação transformadora, implementando articulações para futuros eventos do Abração da Juventude em outros estados brasileiros e países, principalmente da América Latina. - Promover a criação de propostas de políticas públicas culturais para a juventude, priorizando a valorização das comunidades populares, dos povos originários e atuações em redes dos pontos de cultura. - Celebrar os 20 anos do estatuto da criança e do adolescente (ECA), valorizando a implementação prática dos direitos humanos para este público numa luta coletiva e solidária. Desenvolvimento O desenvolvimento do evento Abração da Juventude: A Grande Colheita da Esperança se efetivará através das seguintes 03 fases: Fase 1 Semeando Esperança: Integração Prévia dos Jovens Já está acontecendo desde 2009 um diálogo a distância entre 900 jovens do Brasil e dos outros 15 países numa troca virtual e material de saberes, produções estéticas, idéias, metodologias e imagens e como material final existem alguns textos que estes jovens estão criando e servirá para a apresentação final da residência artística. Esta ação originou-se a partir da criação da Grande 6
7 Colheita de Palavras pela Théâtre des Petites Lanternes em Québec no ano de 2007, e foi sendo incluídos, pouco a pouco, os países que estão no Abração da Juventude. 7 Dentro desta fase, existem também as atividades locais de cada grupo de jovens em suas cidades que já estão trabalhando na construção das oficinas que serão feitas nas comunidades, as intervenções e apresentações artísticas, além das propostas que serão trazidas para os diversos momentos de diálogos. Em especial, existem atualmente os grupos da Região Metropolitana de Belém que estão na produção de todo o receptivo do evento, na organização das atividades nas comunidades ribeirinhas, escolas e outras instituições, constituindo uma ação concebida e executada pelos próprios jovens. Fase 2 Colheita da Esperança: Múltiplas Atividades em Belém Esta fase é a própria execução do evento que durará 10 dias funcionando em algumas comunidades de Belém e região metropolitana, reunindo escolas, associações de moradores, ONGs, pontos de cultura, redes sociais e culturais, grupos artísticos e outras instituições e projetos. A programação será distribuída nos 03 turnos, em que os jovens participantes poderão desenvolver várias atividades simultâneas e em comunidades diferentes, priorizando alguns turnos para que os participantes se encontrem em grandes coletivos através de Rodas de Diálogos e Encontros Solidários. São conjuntos de atividades que darão conta de atender a jovens do Brasil e de outros 15 países com uma sequência dinâmica e que possa proporcionar o processo de idealização, execução e avaliação das atividades nas comunidades, possibilitando que seja um evento em que o jovem vivencie o exercício da cidadania cultural na prática e no coletivo. Fase 3- Espalhando os Frutos: Projetos de Ações nas Comunidades Originárias dos Jovens Esta fase é posterior o evento de julho e se desenvolverá nos locais de origens dos jovens e em seus grupos, colocando em práticas as ações e propostas que foram desenvolvidas durante a colheita, simbolizando um momento para agregar novos jovens e comunidades, espalhando assim os frutos que foram colhidos numa intensa vivência cultural na Amazônia Brasileira. 7
8 8 É um momento que terá seu acompanhamento a partir dos próprios jovens e seus coordenadores de grupos através do site da Rede Brasileira de Arteducadores-ABRA, possibilitando um espaço permanente de trocas num contínuo Abração da Juventude. Será também uma fase que se construirá o próximo evento que se dará num país da América Latina, gerando uma construção mais coletiva e participativa para o evento, mantendo o envolvimento de novos jovens para uma próxima Colheita de Esperanças. Metodologia Oficinas: os jovens participantes irão realizar oficinas culturais (teatro, dança, música e artes visuais) para as comunidades de Belém e região Metropolitana, reunindo públicos oriundos de instituições sociais, culturais e escolas. Estas oficinas servirão de troca de saberes entre eles, pois, devido a sequência que será criada eles próprios poderão participar como alunos, estando os jovens o tempo todo em produção criativa. Mostras Culturais: existirão alguns momentos em que os jovens irão apresentar seus produtos artísticos cênicos para as comunidades e também apreciar as culturas contemporâneas e as tradicionais dos povos originários do Pará, mergulhando na vivência cultural das comunidades, pois, serão mostras realizadas em 04 localidades diferentes. Rodas de Diálogo: num formato de diálogos coletivos com outros jovens e lideranças das comunidades e também membros dos pontos de cultura, escolas e instituições governamentais e ONGs, efetivando momentos de discussões sobre a cultura e a educação transformadora, num contexto comunitário e voltado para a juventude. Com isso, haverá a possibilidade dos pontos de cultura e outras instituições aprenderem um pouco com as experiências de outros países e estados brasileiros e vice-versa. Trilha Eco-Cultural: serão realizadas trilhas ecológicas com intervenções culturais em lugares de rica natureza e diversidade amazônica em parques e localidades ribeirinhas da região metropolitana, oportunizando uma vivência criativa da educação ambiental. Cortejos: nas comunidades que serão realizadas as oficinas haverá também uma finalização do processo com um cortejo cênico, reunindo os grupos culturais da comunidade e os jovens 8
9 participantes, numa celebração pelos direitos culturais da juventude, pela luta solidária de um mundo mais justo e ecologicamente sustentável. 9 Feira e Exposição: a partir da produção das obras artísticas visuais de algumas oficinas, serão realizadas algumas exposição que se juntarão a uma feira dos produtos artísticos das comunidades e dos jovens participantes, envolvendo a população local numa vivência cultura intensa. Residências Artísticas: durante os 10 dias do evento os jovens de diversos estados brasileiros e países estarão participando de duas residências artísticas, agregando jovens artistas de grupos de teatro, dança e música numa troca formativa e contínua, criando ao final um produto artístico que será apresentado para a população de Belém nas mostras. Encontros Solidários: momento de discussão sobre as propostas a serem desenvolvidas por todos os jovens participantes, pensando nas políticas públicas para a juventude numa perspectiva de cultura e educação para o desenvolvimento humano. Estes encontros serão mediados pelos próprios jovens numa metodologia mais criativa e participativa de diálogo e com proposições que sejam efetivas e que possam atender tantos aos brasileiros e aos participantes de outros países. Conclusão É um evento que foi escolhido para durar 10 dias devido à necessidade de se efetivar uma maior integração entre os jovens e possibilitar impactos transformadores mais efetivos em suas vidas, nas suas práticas comunitárias e na construção de propostas que sejam realmente potencializadas. Seguindo as necessidades de êxito que um evento como este pode proporcionar, os resultados previstos são estes: - Participação e atendimento de 2000 jovens das comunidades do Belém, de outros estados brasileiros e de outros 15 países; - Realização de 04 mostras artísticas e 02 residências artísticas; - Execução de 15 oficinas culturais nas comunidades; - Desenvolvimento de 03 cortejos cênicos nas comunidades; 9
10 10 - Consolidação de momentos coletivos de diálogo através de 05 Rodas de Diálogo e 03 Encontros Solidários; - Realização de 03 trilhas eco-culturais e 01 feira com exposições dos jovens e da comunidade; - Construção das propostas finais do evento sobre cultura e juventude através de 01 documento geral e 16 documentos específicos para cada país. Orçamento Físico-Financeiro (Anexo) 10
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