As formas de se ouvir Rádio: um estudo aplicado aos ouvintes de João Pessoa 16/10/2008

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1 As formas de se ouvir Rádio: um estudo aplicado aos ouvintes de João Pessoa 16/10/2008 Adriana Poliana de Almeida Medeiros * Fabiane Marques do Nascimento ** Adriana Brambilla *** Resumo O rádio como meio de comunicação de massa, é agente transformador da sociedade e formador de opinião pública, assim deve estar em constante renovação e evolução tecnológica para atender às exigências e preencher as lacunas do mercado consumidor. Com este artigo buscamos compreender a trajetória desde veículo desde a sua origem, no século XIX, até a era da digitalização, pois são as experiências do passado que vão nos fazer compreender os novos formatos tecnológicos que despontam na sociedade atual e tornar possível delinear o perfil do ouvinte de rádio da cidade de João Pessoa na atualidade. O presente trabalho funciona como uma pesquisa exploratória a primeiro momento, para na segunda etapa funcionar como pesquisa de campo, com a coleta da opinião do ouvinte pessoense, já que a cidade de João Pessoa é o alvo de nosso artigo. Palavras-chaves: Rádio. Marketing. Avanço Tecnológico e Ouvinte. Introdução O mundo moderno requer a cada dia maiores inovações tecnológicas, que forneçam soluções cada vez mais eficientes para atender as exigências do mercado consumidor, que está em constante transformação. O rádio, desde sua criação está em constante modificação, para atender as necessidades dos ouvintes e promover a manutenção do próprio veículo. Este artigo discorre sobre as diferentes formas de se ouvir rádio. Analisaremos a evolução tecnológica vivida por ele, desde a sua origem, para que possamos compreender as formas físicas utilizadas pelos ouvintes na atualidade. Este trabalho resulta da disciplina, Técnicas de Mercadologia em rádio e TV, do curso de Comunicação Social, na Habilitação de Radialismo, da Universidade Federal da Paraíba, com a orientação da Professora Adriana Brambilla. Foi elaborado um questionário e aplicado entre os dias 01 e 03 de julho de 2008, onde foram entrevistadas 150 pessoas, com o intuito de analisar o perfil dos ouvintes de rádio da cidade de João Pessoa nos dias atuais. O resultado da pesquisa foi tabulado e transformado em gráficos para servir de base para o presente artigo. É importante compreender como as novas tecnologias interferem e contribuem para a formação do comportamento do ouvinte. Assim esperamos com este trabalho averiguar através da opinião do ouvinte como isso ocorre. 1 Criação e evolução do rádio Nenhuma tecnologia surge de uma hora para outra, são anos de estudos, descobertas e testes para que um produto seja lançado no mercado. Com o rádio não foi diferente, podemos dizer que sua história está inteiramente ligada ao avanço tecnológico de dois dispositivos de comunicação: o telégrafo e o telefone. A primeira transmissão de rádio oficial coordenada pelo italiano Guglielmo Marconi no final de século XIX. No Brasil um cientista despontou no cenário mundial, o padre gaúcho Landell de Moura que estudava as ondas eletromagnéticas antes mesmo da primeira transmissão feita por Marconi. Suas pesquisas foram bem sucedias e apesar de não haver apoio do governo brasileiro, Landell logrou três patentes, que seriam de extrema importância para

2 criação do rádio, uma patente para o telefone sem fio, outra para o telégrafo sem fio e por último a de um transmissor de ondas sonoras.(sousa, 2005) Em 1919 na cidade de Recife, Oscar Moreira Pinto fazia as primeiras transmissões experimentais com um transmissor importado por ele da França. Entretanto a primeira transmissão oficial brasileira veio a ocorrer no centenário da independência do país, em 7 de setembro de 1922, quando um transmissor de 500 watts foi instalado pela Wetinghouse, juntamente com 80 receptores para que todos pudessem escutar o discurso do então presidente Epitácio Pessoa.(FERRARETTO, 2000) A demonstração promovida pelo capital norte-americano atingiria o seu objetivo, despertando o interesse do rádio no Brasil, reunidos em torno de Edgar Roquette Pinto. (FERRARETTO, 2000, p.94). Em 1923, Roquette Pinto, inauguraria a primeira rádio brasileira: a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Sousa(2005) afirma que, apesar da contestação de pioneirismo pela emissora pernambucana, é certo que a Rádio Sociedade é a primeira emissora oficial no Brasil, anterior a ela haviam apenas testes sendo levados ao ar, a rádio de Pernambuco só seria oficializada no ano seguinte a implantação da emissora Carioca. Os primeiros anos de rádio no Brasil foram marcados pelo amadorismo, sem profissionais capacitados para atuar no novo meio de comunicação, podemos dizer que a profissionalização era feita com a prática diária. No principio as transmissões não tinham alcance nacional e as emissoras operavam apenas em Am. A Rádio Nacional do Rio de janeiro foi a primeira emissora a cobrir todo o território nacional, com a instalação de transmissores em ondas curtas. Este tipo de transmissão permitiu o alcance muito superior ao utilizado anteriormente, pois se utiliza da ionosfera, que serve como um espelho refletindo o sinal transmitido em refração, cada vez o que sinal chega novamente à ionosfera era transmitido para outro ponto da terra, podendo alcançar toda sua extensão. A rádio Nacional tornou-se uma das maiores rádios brasileiras de todos os tempos, se não a maior.(ferraretto) O Rádio viveu seu apogeu nas décadas de 30 e 40, com as radionovelas, programas de auditório, humorísticos, e radiojornais. Quando a televisão chegou ao país em 1950, o rádio não estava preparado para concorrer com um elemento substancial: a imagem. Começou a perder profissionais de todas as áreas, que migravam juntamente com os anunciantes, para a TV. Durante os cinco primeiros anos a televisão não foi capaz de ultrapassar o rádio, mas nos anos seguintes, no entanto, o rádio entraria em decadência. A tecnologia foi essencial para que o rádio pudesse se reerguer, em 1951 começam a ser produzidos em larga escala o transistor, isto é, o rádio a pilhas. O rádio a transistor começou a se tornar conhecido no final dos anos 50, quando a indústria brasileira iniciou a produção em território nacional. Antes disto, somente a burguesia possuía recursos para tal. Outra tecnologia responsável pela reestruturação do rádio foi desenvolvida em 1939, a freqüência modulada (FM). A diferença entre a transmissão em AM e a transmisão em FM, é que na primeira a modulação se dá na amplitude da onda, o som que sai do estúdio é modulado pelo sinal portador, e na recepção a onda portadora é separada do sinal de rádio para que possamos escutar apenas o som. No caso da transmissão em FM, a modulação ocorre na frequência da onda. O som que sai do estúdio é misturado à freqüência da portadora, sendo modulado apenas quando chega a um receptor desta faixa, por isso os sinais em FM só podem ser recebidos se o receptor tiver uma antena. A qualidade do sinal transmitido em Fm é superior ao transmitido em Am, já que neste último, o sinal é facilmente absorvido na ionosfera. Ortriwano (1985) afirma que a primeira emissora a operar totalmente em FM foi a Rádio Difusora de São Paulo na década de setenta. Os rádios a transistor e em FM, diminuiram os custos de produção e recepção e aumentaram a qualidade do som. Além disso com a FM, outro fenômeno tomou proporções elevadas, a segmentação das rádios. Direcionar a programação para um público determinado havia sido uma arma utilizada desde o inicio da decadência do rádio como uma forma de alcançar um público

3 específico e assim buscar o interesse das empresas pelo espaços publicitários oferecidos pelo rádio. Antes de sugirem as emissoras em FM, a segmentação ocorria com a produção de programas destinados a um público alvo específico, dentro da grade de programação de uma mesma emissora, atingindo diferentes públicos em horas determinadas. Entretanto com a chegada da frequência modulada a segmentação das rádios dividiu ouvintes de AM e FM. Enquanto as emissoras que transmitiam em FM direcionavam sua programação para o entretenimento, e quase totalmente para a música, as emissoras AMs, voltavam-se para programas noticiosos e esportivos. Esse modelo permanece até hoje.(ferraretto) Em 1957, o Brasil começa a dar os primeiros passos na transmissão via satélite, quando a Rádio Nacional do Rio de Janeiro passa a retransmitir os sinais captados pela satélite artificial russo.(sousa, 2005). As primeiras transmissões brasileiras só ocorreriam a partir da década de 80, com a Rádio Bandeirantes AM de São Paulo. O espaço havia sido alugado no Intelsat, para uso da Tv Bandeirantes, porém havia uma lacuna no horário, que foi então reaproveitato pela rádio. As transmissões foram bem sucedidas entre as estações de rádio da emissora por todo o país e despertou o interesse nacionalmente. Em respota a a Bandeirantes criaria no ano seguinte, a Rede Bandsat interligada por todo o país.( FERRARETTO, 2000) É também em 1985 que o Brasil lança seu primeiro satélite artificial para uso dos meios de comunicação, o Brasilsat A1. Diante do novo formato de transmissão a Embratel anunciaria a criação da Radiosat, em 1989, disponibilizando a formação de redes com áudio estério. Inicava-se uma corrida pela melhor aliança: As grandes emissoras das capitais estão se unindo a pequenas emissoras do interior para a formação de redes nacionais de rádio. Além da cobertura nacional, um custo mais baixo e um som de melhor qualidade, as novas redes prometem oferecer ao público mais informações, porque as pequenas emissoras, que ainda fazem noticiários à base da radioescuta das grandes, agora poderão se dedicar mais ao jornalismo regional. O Brasil começava a despertar para um novo formato de rádio, com a criação de redes, as radios locais ganhariam força com a proteção da rádio maiores. 1.1 O Rádio na Paraíba Foi no início da época de ouro do rádio que a Paraíba ganhou sua primeira emissora, a Rádio Clube da Paraíba. Segundo Sousa (2003, p. 3): A penetração da Rádio Clube de Pernambuco-PRA-8 na capital paraibana era muito forte. Isso favorecia o comércio recifense, que tinha seus produtos como o sabonete Tabarra e os sabões da firma Alimonda Irmãos disseminados entre os consumidores pessoenses. A fundação da Rádio Clube da Paraíba teria sido uma forma de reagir à hegemonia econômica do vizinho Estado. A Rádio paraibana, assim como as demais brasileiras na época funcionava como uma associação, onde os membros envolvidos financiavam os custos de manutenção e produção que a rádio necessitava. Como ainda anão existia receptores a programação era transmitida por meio de alto falantes. Sousa(2005) cita que a potência dos transmissores era baixa e aparelhagem precária. Entretanto ela foi de extrema importância para os pessoenses dessem os

4 primeiros passos na radiodifusão, dando espaço para os políticos, e para cultura, como fizera em 1932, ao transmitir aulas de inglês para os ouvintes. Ela foi a primeira emissora do estado a fazer reportagem externa, na ocasião cobriu a visita do então presidente, Getúlio Vargas à Paraíba. A rádio teria seu acervo entregue ao patrimônio do estado, em No ano seguinte, o estado, sob o governo de Argemiro de Figueiredo, instalaria a primeira emissora estatal, a Rádio Diffusora da Parahyba que funcionaria na Fazenda São Rafael. A rádio seria usada para promove a imagem do governo. Ainda no mesmo ano a rádio teria seu nome mudado posteriormente para Tabajara, por uma questão de publicidade.(sousa, 2005) A rádio Tabajara seria uma experiência mais aprimorada, tendo em vista que tivera a Rádio Clube da Paraíba como modelo. Mas a emissora trazia consigo a evolução tecnológica, contando com um transmissor mais potente e com a comercialização de receptores no estado. A rádio Tabajara foi exemplo da época de ouro brasileiro, como as brilhantes apresentações da orquestra Tabajara, as transmissões de futebol, apresentações de artistas e radiojornalismo que durante muito tempo funcionou através da radio escuta, para a divulgação de noticias nacionais. 2 Marketing e consumidor O marketing surge juntamente com a Revolução Industrial, a partir desse fato passava-se a existir o jogo de mercado, onde de uma lado estão a parcela da sociedade que fabricava o produto visando o outro lado dos possíveis consumidores. De inicio o Marketing foi praticado como procedimento para estimular vendas visando obter o maior lucro possível, a opinião do consumidor não importava, pois a concorrência era mínima. Com o fim da Segunda Guerra Mundial ocorre o crescimento da concorrência, então começaram a teorizar sobre como atrair e lidar com seus consumidores. Isso fez com que surgisse o pensamento de que o mais importante era vender a qualquer preço, as técnicas usadas eram fundamentadas mais na intuição. Só nos anos 40 que Robert Bartels, trouxe em sua tese de doutorado as primeiras teorias sobre o marketing. Acreditava-se que as teorias desenvolvidas em cima do mercado não poderiam se desenvolver, pois o consideravam extremamente subjetiva. Somente anos mais tarde em 1954, Peter Drucker lança seu livro A Prática da Administração, a partir desse momento o marketing é colocado como uma grande força para entender os clientes e aumentar as vendas e por essa razão passa a ser considerada pelos administradores. Com o passar dos anos o mercado cada vez mais foi necessitando de pessoas especializadas que pensassem na melhor forma de vender para seus clientes por isso as equipes de marketing foram crescendo e foram sendo implantadas em áreas importantes e estratégicas das empresas. Nos anos 60 o marketing viu-se com a necessidade de ter um estudo sério do mercado, por isso vários artigos científicos foram escritos, pesquisas feitas para levantamentos de dados. Em 1967, Philip Kotler, lança o livro "Administração de Marketing", mostrando as bases do que até hoje forma a matriz do marketing. Os anos 70 destacaram-se pelo surgimento de departamentos e diretorias de que apenas pensavam em marketing dentro de todas as grandes empresas. Já nos anos 80, o livro "Em Busca da Excelência", escrito por Tom Peters e Bob Waterman inaugura os gurus do marketing. Esse período difundiu os conceitos do marketing às massas, portanto o conhecimento foi passado para as pequenas e médias empresas, e a todo o tipo de profissional que tivesse interesse na área. Assim como fez em muitos outros setores do mercado e da comunicação, o avanço tecnológico dos anos 90 teve um forte impacto no mundo do marketing. O comércio eletrônico desencadeou uma revolução na logística, distribuição e formas de pagamento do consumidor pelo seu produto, transformando todo o processo mais ágil.

5 As relações entre empresa e cliente ficaram mais estreitas e foram popularizadas através dos serviços de atendimento ao consumidor. O conceito de marketing também teve definitivamente suas importância reconhecida, e a satisfação do consumidor e da opinião pública, passou a estar diretamente ligada a participação das organizações em causas sociais, e de responsabilidade social, fazendo com que empresas investissem em esse setor tivesse uma vantagem competitiva de diferencial entre as outras empresas. Hoje em dia o marketing é entendido segundo a AMA (American Marketing Association - Nova definição de 2005) como uma função organizacional e um conjunto de processos que envolvem a criação, a comunicação e a entrega de valor para os clientes, bem como a administração do relacionamento com eles, de modo que beneficie a organização e seu público interessado. Ou seja, a pilar do marketing é a satisfação do cliente. Sua principal tarefa é a de manter seus consumidores satisfeitos, para isso sempre se deve manter que o produto oferecido é sempre maior que as expectativas de quem compra, para isso sempre deve-se manter uma reputação trasparente da empresa perante ao consumidor-alvo, e as promessa e informações fornecidas para o cliente sejam claras e verdadeiras, isso fará com que a relação se construa e se mantenha. È notorio que um cliente completamente satisfeito com produto adquirido, na proxima compra a chance de manter-se fiel a empresa, mesmo que a concorrência traga preços competitivos e ofertas tentadoras será bem maior. Sendo assim, hoje em dia o foco do marketing é o de conquistar clientes, com a ajuda da publicidade, e mantê-los através de ações, que vão de alguma maneira trazer a quem compra a sensação de realização de um desejo, mesmo que seja induzido a acreditar nisso, e proporcionar-lhe satisfação e prazer. Esse pensamento estritamente mercadológico, que às vezes berra a incitar ao consumismo exacerbado, ocorre pela necessidade de um mundo competitivo, onde são os pequenos detalhes é que podem ditar o sucesso e o fracasso de uma empresa. 3 Análise dos Resultados O rádio é um meio de comunicação diferenciado por proporcionar maior mobilidade e menor custo tanto para quem produz como para quem adquiri o aparelho receptor. Além de ter a maior cobertura entre todos os meios de comunicação, é permitido ao ouvinte associar a escuta com outras atividades, dando a agilidade necessária para a vida moderna, onde homens e mulheres trabalham fora, e o tempo para o lazer e as atividades domésticas é escasso. O rádio obteve um grande aliado com invenção do transistor: a mobilidade, pois ele já não precisa ser alimentado por alta freqüência, agora pilhas, ou baterias seriam capazes de torná-lo funcional. Hoje em dia encontramos o rádio inserido em telefones celulares, carros, ônibus e em diversos dispositivos de áudio e vídeo. Essa mobilidade fornecida pela evolução tecnológica do rádio, inseriu novas formas de audiência ao veículo. Escutar rádio enquanto o associa a outras atividades caseiras ainda é o hábito mais comum entre os ouvintes de rádio pessoenses questionados (80 de 150 entrevistados, responderam que escutam rádio quando estão em casa). Entretanto outros formatos vêem adquirindo impulso. Com o aumento da renda familiar e a diminuição do desemprego, aliado às facilidades de créditos e financiamentos oferecidas pelas revendedoras de carros no país, o número de brasileiros que possuem automóveis nunca foi tão grande, só no primeiro semestre do ano a indústria de automóvel contabilizou um aumento nas vendas de 28,63% em comparação com ano de As revendedoras em geral disponibilizam um aparelho de som básico como brinde, no ato da compra, e a indústria disponibiliza desde o básico até as mais sofisticadas aparelhagens de som, quem em geral são consumidas pelos jovens que buscam a potência sonora como principal característica. Isso só vem a reafirmar o resultado de

6 nossa pesquisa, onde o carro é apontado como o segundo local, escolhidos pelos ouvintes para acompanhar a programação de sua preferência. A terceira escolha do pessoensse traz a tona à eficácia da convergência dos meios comunicação. No caso do celular a indústria tem crescido a cada ano, só no Brasil são linhas telefônicas distribuídas em todo território nacional, isso graças às inovações tecnológicas, designer original, e acumulo de funções nos aparelhos oferecidos pelo mercado, na atualidade um simples aparelho de celular é capaz de funcionar como telefone, agenda, mp3, mp4, internet, Rádio, contém mapas com GPS, guias turísticos, recursos de tratamento de fotos e até projetores de imagens, etc. 20 entrevistados afirmaram escutar rádio no celular, mas vale ressaltar que apesar de ser um meio eficaz, a captação de emissoras se restringe a freqüência modulada. O sinal do rádio de celular não é tão eficaz quanto um rádio comum usado em casa, já que a antena é embutida, o que pode dificultar a recepção do sinal em determinados momentos. Entretanto exata forma de audiência do rádio está crescendo mais a cada dia, ao viajar em um ônibus coletivo, ou caminhar pelas ruas de João Pessoa facilmente vemos pessoas escutando rádio pelo celular. Por último gostaríamos de destacar a escolha de 15 dos 150 entrevistados, a internet. Um meio de comunicação da sociedade moderna, e o maior exemplo de convergência dos meios de comunicação e de interatividade. A interatividade é uma característica de extrema importância em qualquer meio de comunicação, o telespectador, o ouvinte, o leitor, quer ser mais do que um mero espectador, ele quer participar, interagir com o programa a qual acompanha. Podemos dizer que o rádio utiliza este meio de duas formas, como um complemento, ou como forma única de transmissão. No primeiro caso a internet é utilizada como suplemento, servindo como apoio da programação que vai ao ar através da transmissão comum. Neste caso o site da internet, geralmente possui conteúdo exclusivo, sorteio de brindes, enquetes, ou mesmo transmiti a programação em tempo real, simultaneamente a da via comum, como ocorre com a Rádio Arapuá FM, em João Pessoa. Outras emissoras só transmitem pela internet por meio de streaming, são o que chamamos de webrádio. Este tipo de transmissão permite uma interatividade muito maior com o ouvinte, já que ele está navegando durante a transmissão. As rádios exclusivamente onlines fornecem ao usuário inúmeras opções de escolha, atendendo a todos os tipos de gostos. Entretanto a recepção pode ser comprometida, se o ouvinte não possuir uma placa de áudio adequada, outro problema é que se faz inacessível a muitos brasileiros, pois necessita de um computador e acesso a internet, que no caso da discada, acarretará em provável longo tempo de espera, até o ouvinte obter acesso ao material armazenado ou transmitido, pois esta forma de internet possui baixa transferência de informação. Considerações finais O rádio entrou em declínio com a chegada da televisão em 1950, mas o avanço tecnológico lhe permitiu que voltasse a se restabelecer como o meio de comunicação de massa. Na atualidade é a convergência dos meios de comunicação o principal fator para o rádio se fortalecer como formador de opinião e canal de entretenimento. Ele pode não ter o recurso imagético oferecido pela televisão e pela internet, mas ainda é em alguns lugares do mundo, o único meio de comunicação existente entre a comunidade local e o mundo, como acontece com o rádio de ondas curtas em países que estão em guerra, e usam este tipo de rádio para se informar sobre o mundo e sobre a própria história que estão vivendo. O estudo realizado na cidade de João Pessoa provou que apesar do meio tradicional de ouvir rádio ainda estar liderando os demais, também demonstrou que as novas tecnologias ganham espaço continuamente, o que está diretamente ligado à convergência dos meios, permitindo que um meio de comunicação se torne uma multimídia. O Rádio começa a fazer suas primeiras experiências na era digital, com está nova tecnologia um dos pontos mais discutidos dos últimos tempos ganha força e espaço: a Interatividade, e com ele ouvinte será o maior beneficiado.

7 Notas Disponíevl em: acesso em 09 de julho de Disponível em http// acesso em 23 de julho de Apud ODRI, FERRARETTO, Luis Artur. O Veículo, A História E A Técnica. 2000, p.166. Disponíevl em: acesso em 04 de agosto de Disponível em: VENDA+DE+AUTO MOVEIS+CRESCE+NO+ANO.html, acesso em 05 de agosto de Disponível em : acesso em 05 de agosto de Este tipo de tecnologia, permite que o ouvinte de rádio online, escute a programação em tempo real. Referências FERRARETO, Luis Artur. Rádio: o veículo, a história e a técnica. Editora Sagra Luzzato, ORTRIWANO, Gisela Swetlana A informação no rádio. Summus Editorial,1985. SOUSA, Moacir Barbosa. Do gramofone ao satélite: evolução do Rádio Paraibano. Editora Universitária, Sites acesso em 05 de agosto de MOVEIS+CRESCE +NO+ANO.html, acesso em 05 de agosto de acesso em 04 de agosto de http// acesso em 23 de julho de acesso em 09 de julho de * Adriana Poliana de Almeida Medeiros é graduada em Comunicação Social, habilitação Radialismo, pela UFPB. ** Fabiane Marques do Nascimento é graduada em Comunicação Social, habilitação Radialismo, pela UFPB. *** Adriana Brambilla é professora de Técnicas de Mercadologia em Rádio e TV, da UFPB. Todos os direitos reservados: