RELATÓRIO E CONTAS EXERCÍCIO DE

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1 EDIA RELATÓRIO E CONTAS EXERCÍCIO DE 2012

2 EDIA Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A. Capital Social ,00 Capital Próprio Negativo ,31 Número de Pessoa Coletiva Matrícula / da Conservatória do Registo Comercial de Beja Sede Social Rua Zeca Afonso, N.º BEJA Delegação de Lisboa Avenida da República, N.º 83, 4.º Dt o LISBOA Delegação de Alqueva Apartado MOURA Delegação de Pedrógão Delegação de Mourão Parque de Natureza de Noudar Apartado MOURA Rua Marcos Gomes V. Rosado, MOURÃO Apartado BARRANCOS Museu da Luz Largo da Igreja Nossa Sr.ª da Luz LUZ - MOURÃO Fotografias Site: António Cunha/EDIA

3 ÍNDICE 1. RELATÓRIO DE GESTÃO... 5 APRESENTAÇÃO... 7 ENQUADRAMENTO ATIVIDADES DESENVOLVIDAS GOVERNO DA SOCIEDADE ESTRUTURA DE SUPORTE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO PERSPETIVAS PARA O ANO DE INFORMAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS ANÁLISE FINANCEIRA PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS CONTAS INDIVIDUAIS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE CERTIFICAÇÕES E RELATÓRIOS DOS AUDITORES E CONSELHO FISCAL CONTAS CONSOLIDADAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DEZEMBRO DE DECLARAÇÕES DE CONFORMIDADE CERTIFICAÇÕES E RELATÓRIOS DOS AUDITORES E CONSELHO FISCAL Declaração sobre Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da EDIA, S.A. prevista na Lei 28/ SIGLAS E ABREVIATURAS Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 3

4 Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 4

5 1. RELATÓRIO DE GESTÃO Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 5

6 Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 6

7 APRESENTAÇÃO EDIA Criada pelo Decreto-Lei N.º 32/95, de 11 de fevereiro, no âmbito do qual lhe foi acometida a titularidade dos direitos e obrigações que anteriormente pertenciam à sua comissão instaladora, a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A. (EDIA), empresa de capitais exclusivamente públicos, teve como objeto social a conceção, execução, construção e exploração do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) e a promoção do desenvolvimento económico e social da sua área de intervenção, que corresponde total ou parcialmente, a 20 concelhos do Alentejo. Com a entrada em exploração de algumas infraestruturas do Empreendimento, o Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, vem definir o regime jurídico aplicável à gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas que integram o EFMA, modifica os estatutos da EDIA, revoga os Decretos-Lei N.º 32/95, de 11 de fevereiro, N.º 33/95, de 11 de fevereiro e N.º 335/2001, de 24 de dezembro, concretizando, desta forma, a recentralização dos objetivos da EDIA, enquanto entidade gestora do EFMA e definindo-lhe o seguinte objeto social: A utilização do domínio público hídrico afeto ao Empreendimento, para fins de rega e exploração hidroelétrica, mediante contrato de concessão celebrado nos termos da Lei N.º 58/2005, de 29 de dezembro. A conceção, execução e construção das infraestruturas que integram sistema primário do Empreendimento, bem como a sua gestão, exploração, manutenção e conservação. A conceção, execução e construção das infraestruturas que integram a rede secundária afeta ao Empreendimento, em representação do Estado, e de acordo com as instruções que lhe sejam dirigidas pelo Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas. A promoção, desenvolvimento e prossecução de outras atividades económicas cujo aproveitamento contribua para a melhoria das condições de utilização de recursos afetos ao Empreendimento. Posteriormente ao Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, foi publicado o Decreto-Lei N.º 313/2007, de 17 de setembro, que aprovou as bases do contrato de concessão entre a EDIA e o Estado Português, com vista à utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA, para fins de rega e exploração hidroelétrica, tendo sido atribuída à EDIA a concessão da gestão e exploração do Empreendimento e a titularidade, em regime de exclusividade, dos direitos de utilização privativa do domínio público hídrico afeto ao EFMA para fins de rega e exploração hidroelétrica, por um período de 75 anos. Ao abrigo do disposto neste Decreto-Lei, os poderes e competências da EDIA abrangem: A administração do referido domínio público hídrico no âmbito da sua atividade. A atribuição dos títulos respeitantes à captação de água para rega e para produção de energia elétrica. Poderes de fiscalização da sua utilização por terceiros, bem como a competência para a instauração, a instrução e o sancionamento dos processos de contraordenação nesse âmbito. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 7

8 No decurso de 2007 foi igualmente formalizado o acordo com a EDP com vista à exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão, tendo sido assinado, a 25 de outubro, o contrato de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e de Pedrógão e de subconcessão do domínio público hídrico. Este documento veio formalizar, por um período de 35 anos, as condições que regem a exploração da componente hidroelétrica das infraestruturas que integram o sistema primário do EFMA, bem como a subconcessão dos direitos de utilização privativa do domínio público hídrico associado, para fins de produção de energia elétrica e para implantação de infraestruturas de produção de energia elétrica. A entrada em exploração dos primeiros perímetros de rega veio manifestar a necessidade de harmonizar o tarifário a aplicar no âmbito do sistema, em função das diferentes condições de fornecimento de água. É neste âmbito que surge o Decreto-Lei N.º 36/2010, de 16 de abril, que altera o Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, e que aclara aspetos da envolvente económica e financeira do empreendimento, com vista à otimização da gestão de recursos e à garantia da sustentabilidade económica futura da empresa, adequando ainda o enquadramento legal do EFMA ao novo quadro legal da gestão e utilização dos recursos hídricos constante na Lei da Água, no regime de utilização dos recursos hídricos (Decreto-Lei N.º 226-A/2007, de 31 de maio) e no regime económico e financeiro dos recursos hídricos (Decreto-Lei N.º 97/2008, de 11 de junho). A fixação de um tarifário diferenciado e dotado de uma maior flexibilidade, quer em função das distintas condições de fornecimento da água pela EDIA, quer em função do uso a que se destina a água fornecida, veio assim a possibilitar a aferição do valor a fixar, não apenas em função das diferentes condições de exploração e fornecimento de água, mas também do respetivo ajuste à medida da entrada em funcionamento de cada uma das componentes da rede secundária. O Despacho N.º 9000/2010, publicado a 26 de maio, aprovou o tarifário que estabelece o preço da água destinado à rega para uso agrícola fornecida pela EDIA no âmbito do serviço público de águas do EFMA, com efeitos a partir de 01 de junho. O valor do tarifário pelo fornecimento de água para uso agrícola no primeiro ano é reduzido a 30% dos valores indicados, aumentando anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente, até perfazer os 100% no oitavo ano. Em 2012, o tarifário de rega para Alqueva foi atualizado com base no Índice de Preços ao Consumidor (3,72%). Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 8

9 Desde 1995 até ao final de 2012, já foi executado um total de investimento de cerca de milhões de euros. Deste montante, 58,78 milhões de euros foi realizado em O programa barragem de Alqueva continua a representar o valor mais significativo de investimento, seguido, respetivamente, e com valores cada vez mais próximos, pelos programas das redes secundária e primária. Este facto resulta da atual fase de programação do EFMA, com os investimentos a incidirem, primordialmente, no sistema global de abastecimento de água. Unidade: Milhares de Euros PROGRAMAS Anos Até Total Barragem de Alqueva , , , , , , ,65 Central Hidrolétrcia de Alqueva ,79 15,53 52,30 75, ,62 Barragem e Central de Pedrógão ,36 200, ,04 98,86 3,10 4, ,91 Estação Elevatória Alqueva-Álamos ,25 255,09 589,12 320,39 2, ,39 Rede Primária , , , , , , ,71 Rede Secundária de Rega , , , , , , ,57 Desenvolvimento Regional ,91 183,66 511,10 214, ,16 660, ,79 TOTAL , , , , , , , Barragem de Alqueva Central Hidrolétrcia de Alqueva Barragem e Central de Pedrógão Estação Elevatória Alqueva- Álamos Rede Primária Rede Secundária de Rega Desenvolvimento Regional 0 Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 9

10 Em 2012, encontravam-se em exploração, sob gestão da EDIA, hectares 1, distribuidos por diversos perímetros de rega. Verificou-se, no período em análise, e retirando as captações directas, uma adesão total de hectares (49,5%). Perímetros de Rega Área Beneficiada (ha) Monte Novo Monte Novo Alvito - Pisão Pisão Alfundão Ferreira, Figueirinha e Valbom Orada - Amoreira Brinches Brinches - Enxoé Serpa Loureiro - Alvito Ervidel TOTAL Alvito - Pisão Pisão Alfundão Ferreira, Figueirinha e Valbom Orada - Amoreira Brinches Brinches - Enxoé Serpa Loureiro - Alvito Ervidel 1 Perímetros de Rega Área Inscrita (ha) Monte Novo Monte Novo Alvito - Pisão Pisão 750 Alfundão Ferreira, Figueirinha e Valbom Orada - Amoreira Brinches Brinches - Enxoé Serpa Loureiro - Alvito 205 Ervidel TOTAL Alvito - Pisão Pisão Alfundão Ferreira, Figueirinha e Valbom Orada - Amoreira Brinches Brinches - Enxoé Serpa Loureiro - Alvito Ervidel 1 1 Excluindo a Infraestrutura 12 e o perímetro de rega da Luz. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 10

11 Para a prossecução dos seus objectivos, a EDIA dispunha, no final de 2012, de uma equipa de 188 colaboradores, distribuídos pelas várias direções e categorias profissionais: Direções Colaboradores a 31/12/2012 DAF 27 DEAP 37 DEAPR 11 DGP 41 DIPE 31 DIR 24 GAJ 5 GRPC 6 Secretariado 6 Total 188 DAF DEAP DEAPR DGP DIPE DIR GAJ GRPC Secretariado Categorias Colaboradores Técnico Especialista 29 Técnico Superior 96 Técnico 63 Total 188 Técnico Especialista Técnico Superior Técnico Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 11

12 Outras Empresas do Grupo GESTALQUEVA A GESTALQUEVA Sociedade de Aproveitamento das Potencialidades das Albufeiras de Alqueva e do Pedrógão, S.A., cujo capital social é detido em 51% pela EDIA, foi constituída a 7 de março de 2003 e tem por objeto social: A conceção, promoção e execução de projetos de desenvolvimento e valorização das potencialidades das albufeiras de Alqueva e Pedrógão e das respetivas envolventes, nomeadamente nas áreas do ambiente, qualidade urbana, turismo e património. A gestão de utilizações dos planos de água, nomeadamente em regime de concessão, empreendimentos, equipamentos e infraestruturas associadas às albufeiras de Alqueva e de Pedrógão e às áreas envolventes. A prestação de serviços nos domínios do planeamento, ordenamento, monitorização e gestão de equipamentos e infraestruturas de natureza ambiental na área compreendida pelas albufeiras de Alqueva e Pedrógão e dos concelhos do regolfo daquelas albufeiras. A sociedade poderá, desde que para o efeito esteja habilitada, exercer outras atividades para além das referidas nos números anteriores, desde que consideradas acessórias ou complementares daquelas. Na assembleia extraordinária de 15 de junho foi decidida a dissolução da GESTALQUEVA, S.A., em curso. GESCRUZEIROS A GESCRUZEIROS Sociedade de Aproveitamento da Atividade Marítimo-turística no Grande Lago Alqueva, S.A., nasceu das sinergias entre as empresas Gestalqueva e Nautialqueva Serviços Náuticos, Lda. O capital social da Gescruzeiros, constituída a 16 de março de 2006, é detido em 51% pela Gestalqueva e tem como objecto social: O desenvolvimento de atividades marítimo-turísticas. Operador marítimo-turístico. Animação turística nas albufeiras de Alqueva e de Pedrógão e na área correspondente aos municípios envolventes. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 12

13 Cronologia do Empreendimento Assinatura de protocolo, com a Coop. Agrícola de Beringel, para a implementação da Academia de Hortícolas de Alqueva Elegibilidade da rede primária no Fundo Coesão, como reconhecimento do contributo relevante do EFMA para o abastecimento público e na componente ambiental Associação IBERLINX, liderada pela EDIA, foi responsável pela implementação da estratégia de reintegração do Lince-ibérico, em Portugal Participação na conferêcia RIO+20, como exemplo de projeto de desenvolvimento territorial promotor da sustentabilidade e biodiversidade Distinção do Parque de Natureza de Noudar, com a certificação "Wildlife Estates " Distinção da EDIA com o prémio Inovação atribuído pela AcquaLiveExpo, no âmbito do projeto SISAP Inauguração dos primeiros perímetros de rega do subsistema Ardila (perímetros de Orada - Amoreira; Brinches; Brinches Enxoé e Serpa) Inauguração das centrais mini - hídricas de Alvito, Odivelas, Pisão, Roxo e Serpa, do perímetro de rega de Alfundão e dos blocos de rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom, do perímetro de rega do Pisão Roxo Cota máxima da albufeira da barragem de Alqueva (152,00 m), atingida a 12 de janeiro Distribuição de água aos perímetros de rega do Alvito Pisão e Pisão Concluída a ligação de Alqueva a todas as albufeiras de abastecimento público na área do EFMA Distribuição de água ao perímetro de rega do Monte - Novo Início do processo de transferência de água para a albufeira de Alvito Projecto Alquevo 2008 Início do processo de transferência de água para a albufeira do Monte - Novo Contrato de concessão do domínio público hídrico Contrato de exploração das centrais hidroeléctricas de Alqueva e de Pedrógão à EDP Prémio internacional Puente de Alcântara Inauguração do aproveitamento hidroeléctrico de Pedrógão Entrada em funcionamento do sistema adutor Álamos Loureiro Abertura ao público do Parque de Natureza de Noudar 2005 Entrada em funcionamento do perímetro de rega da Luz 2004 Início do fornecimento de água para rega, pela Infraestrura Início da produção de energia eléctrica na central de Alqueva, em período de ensaios 2002 Encerramento das comportas de Alqueva 2001 Alterações no âmbito de intervenção da EDIA 1998 Início das betonagens na barragem de Alqueva 1995 Criação da EDIA, S.A Decidida a retoma dos trabalhos 1978 Interrupção das obras 1976 Início das obras preliminares 1957 Plano de rega do Alentejo Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 13

14 2012 em revista Completaram-se dez anos sobre o encerramento das comportas da barragem de Alqueva, a 8 de fevereiro. Conclusão do perímetro de rega de Loureiro Alvito. 1.º trimestre Distinção da EDIA com o prémio Inovação atribuído pela AcquaLiveExpo, em certame organizado pela Associação Industrial Portuguesa, com o projeto SISAP. Disponibilização da EDIA para apoiar os agricultores no combate à seca fora das áreas já equipadas pelo EFMA. Deslocação à EDIA, para reunir com a nova administração e colaboradores da empresa, da Exma. Sr.ª Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Dr.ª Assunção Cristas, no âmbito da apresentação da nova estratégia, novos objetivos e novo organograma da Empresa, a 16 de março. Lançamento dos concursos para adjudicação das prestações de serviço de revisão dos seguintes projetos: o Circuito hidráulico de Amoreira Caliços; o Circuito hidráulico de Caliços Pias; o Bloco de rega de Cinco Reis Trindade; o Bloco de rega de S. Pedro Baleizão e o Circuito hidráulico e bloco de rega de Baleizão Quintos. Lançamento das prestações de serviços de gestão e fiscalização das empreitadas das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos seguintes blocos: o Blocos 4 e 5 de Baleizão - Quintos; o Blocos de S. Pedro Baleizão e o Blocos de Cinco Reis Trindade. 2.º trimestre Início dos contactos com os agricultores beneficiados não regantes, tendo em vista a sua integração no regadio de Alqueva. Celebração entre a EDIA e a MyFarm.com de protocolo de cooperação para a realização do projeto-piloto da MyFarm.com, com vista à disponibilização de pequenas hortas, a gerir a partir de casa, pela internet. Exibição, na galeria de arte da EDIA, da exposição O Touro de Cinco Reis 8, escultura cerâmica representando um touro, datada do séc. VII/VI a.c., identificada numa necrópole da idade do ferro (Cinco Reis 8). Promoção pelo Museu da Luz de atividades abertas ao público, em associação às comemorações do dia internacional dos monumentos e sítios 2012, celebrado a 18 de maio, sob o lema: Do património mundial ao património local: proteger e gerir a mudança. Distinção do Parque de Natureza de Noudar com a certificação "Wildlife Estates ", tornando-se uma das primeiras propriedades portuguesas a usar a marca que distingue as boas práticas de gestão rural em interação com a conservação da natureza na Europa, a 21 de maio. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 14

15 Conclusão da empreitada de construção do Adutor de Cinco Reis. Conclusão da empreitada de construção do bloco 1 de Ervidel. 3.º trimestre Lançamento dos concursos das seguintes empreitadas de construção: o Circuito hidráulico de Amoreira Caliços; o Circuito hidráulico de Caliços Pias; o Circuito hidráulico de S. Pedro Baleizão; o Circuito hidráulico de Baleizão - Quintos; o Blocos de rega de Cinco Reis - Trindade; o Blocos de rega de S. Pedro Baleizão; o Blocos de rega de Baleizão Quintos 1,2 e 3 e o Blocos de Rega de Baleizão Quintos 4 e 5. Produção de um DVD sobre os serviços de apoio ao agricultor, intitulado Alqueva, Novos Desafios. Realização nas instalações do edifício sede da EDIA, em Beja, de um seminário conjunto EDIA/Portugal Fresh sob o tema Organização da produção, uma maior competitividade na comercialização, a 4 de julho. Visita do Senhor Secretário de Estado Adjunto do Primeiro Ministro, Dr. Carlos Moedas. Participação da EDIA na AGROGLOBAL Feira do Milho e das Grandes Culturas. Assinatura de protocolo, com a Direção Regional de Cultural do Alentejo (DRCALEN) e a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), de um aditamento ao protocolo de colaboração celebrado entre a EDIA e o ex-instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico (IGESPAR), a 22 de outubro. Participação da EDIA, no mês de Outubro, no certame "Fruit Attraction ", em Madrid, de 24 a 26 de outubro. Apresentação da EDIA no evento SAPPHIRE 2012, que decorreu em Madrid (Espanha), de 13 a 15 de novembro. 4.º trimestre Assinatura de protocolo, com a Cooperativa Agrícola de Beringel, para a implementação da Academia de Hortícolas de Alqueva, a 18 de dezembro. Visita do Senhor Secretário de Estado da Agricultura e comitiva da agricultura da Roménia. Presença da Sr.ª Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território na Missão Empresarial da FIPA, Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares. Foi aprovada a alteração ao tarifário da água para rega, aplicável aos regantes que se encontram fora do perímetro de rega e a introdução do tarifário diferenciado (em função dos custos energéticos), a vigorar a partir de Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 15

16 Caracterização das Principais Infraestruturas A conclusão da barragem de Alqueva, a obra mais emblemática do Empreendimento, permitiu a existência de uma reserva estratégica nacional de água no rio Guadiana, de forte abrangência territorial, beneficiando a zona de intervenção com a garantia de disponibilidades de água, por uma período mínimo consecutivo de 3 anos, para fins de abastecimento público, industrial e agrícola. A rede primária, para além de assegurar a disponibilidade de água aos sistemas de abastecimento de água da sua área de intervenção, cujas origens, mais antigas, são as albufeiras do Monte-Novo, Alvito, Roxo e Enxoé, garante ainda o seu fornecimento aos vários, e dispersos, perímetros de rega do Empreendimento. As principais caraterísticas das infraestruturas que compõem o EFMA são as seguintes: BARRAGEM DE ALQUEVA Tipo abóbada de dupla curvatura em betão 96 metros de altura máxima 458 metros de coroamento ALBUFEIRA DE ALQUEVA hm 3 de capacidade máxima (cota 152m) hm 3 de capacidade útil (à cota 152m) km de margens 83 km de comprimento da albufeira 250 km 2 de superfície CENTRAL HIDROELÉCTRICA DE ALQUEVA - 1.ª FASE Tipo de pé - de - barragem 260 MW de potência instalada 260 MW de reforço de potência em instalação (*) Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 16

17 BARRAGEM DE PEDRÓGÃO Tipo gravidade, parte em betão convencional e parte em BCC 43 metros de altura máxima 448 metros de coroamento 106 hm 3 de capacidade máxima 54 hm 3 de capacidade útil 118 km de margens 23 km de comprimento 11 km 2 de superfície ALBUFEIRA DE PEDRÓGÃO CENTRAL HIDROELÉCTRICA DE PEDRÓGÃO - 1.ª FASE Tipo de pé - de - barragem 10 MW de potência instalada (*) (*) No âmbito do contrato de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão e subconcessão do domínio público hídrico, a EDP comprometeu-se a realizar a construção do reforço de potência de Alqueva e Pedrógão que passam, no final do contrato, para património da EDIA, assim como os gastos de reparação e substituição de equipamentos durante o período de contrato. A EDP iniciou o reforço de potência da central de Alqueva, inaugurado já em 2013 (a 23 de janeiro), transformando a barragem no segundo maior centro hidroelétrico do País. O investimento de 190 milhões de euros na nova central (cuja construção teve início em 2008) duplica a capacidade instalada para 512 MW, um dado que reforça a importância estratégica das múltiplas valências da barragem de Alqueva. Foi decidido não avançar com o reforço da central hidroelétrica de Pedrógão. Durante os estudos efetuados, a solução do reforço de uma potência de 19,2 MW apresentou restrições técnicas relevantes que desaconselharam a sua realização. Em virtude desses resultados, foi analisada a possibilidade de reduzir-se a potência de reforço tendo a EDP exigido, nesse cenário, a redução do montante do seu investimento, ou o alargamento do prazo do contrato de concessão. Analisadas essas exigências pela EDIA, concluímos que eram inaceitáveis, tendo-se optado pela não execução do reforço com a consequência contratual prevista, que passou pela redução da renda anual de M 12,67 para M 12,38. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 17

18 O sistema global de abastecimento de água de Alqueva, quando concluído, beneficiará uma área com cerca de ha. Divide-se em três subsistemas, de acordo com as diferentes origens de água: O Subsistema de Alqueva, com origem de água na albufeira de Alqueva: beneficia as áreas a oeste de Beja e Centro do Alentejo; O Subsistema Ardila, com origem de água na albufeira de Pedrógão: beneficia as áreas da margem esquerda nos concelhos de Moura e Serpa; e O Subsistema de Pedrógão, com origem de água igualmente na albufeira de Pedrógão: beneficia as áreas a este de Beja até ao rio Guadiana. SISTEMA GLOBAL DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 3 Subsistemas - Alqueva, Ardila e Pedrógão 6 Centrais Mini-Hídricas 21 Estruturas de Regulação 52 Estações Elevatórias Principais e Secundárias 69 Barragens/Reservatórios/Açudes Primários e Secundários 128 km de Canais km de Condutas 831 km de Caminhos de Acessos e de Serviços 10 Bacias de Retenção 68 Tomadas de Água 101 Comportas Descargas de Fundo Hidrantes Bocas de Rega 33,5 Extensão de túnel, sifões e cut-and-cover (km) Válvulas de seccionamento Ventosas Descargas de fundo 478 Extensão de valas de drenagem (km) 59 Área regada (mil ha) 62 Área a regar (mil ha) Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 18

19 Tema em destaque: A seca Introdução A água é um bem reconhecidamente escasso e, na região Alentejo, essa escassez assume proporções significativas. No entanto, este recurso, armazenado em Alqueva, é suficiente para garantir a sua distribuição durante três anos consecutivos de seca, desde que administrado sob critérios de rigor e sustentabilidade. Gerir os recursos hídricos afetos ao EFMA é tarefa que cabe à EDIA assegurar. A conclusão da barragem de Alqueva, símbolo maior do projeto, permitiu assim o aparecimento do maior lago artificial da Europa, materializado com o objetivo de disponibilizar água ao Alentejo e permitir a rega a cerca de 120 mil hectares na sua zona de influência, constituindo a sua albufeira a reserva estratégica que permitirá o seu uso mesmo nos períodos de seca prolongada, permitindo garantir o fornecimento regular de água. Enquadramento O EFMA foi projetado e implementado com o objetivo de fornecer água para abastecimento urbano e industrial, para rega e produção de energia elétrica. No conjunto das infraestruturas que o integram, evidenciam-se as que constituem os aproveitamentos hidroelétricos (Alqueva e Pedrógão) e hidroagrícolas. A rede primária do EFMA, além de garantir a água aos aproveitamentos hidroagrícolas, vem beneficiar e assegurar a sua disponibilidade aos sistemas de abastecimento de água da sua área de intervenção, cujas origens de água, mais antigas, são as albufeiras do Monte Novo, Alvito, Roxo e Enxoé. Por outro lado, a agricultura, potenciada pelas infraestruturas criadas por Alqueva, tem vindo a permitir uma alteração progressiva do modelo da atividade agrícola alentejana, com a introdução de novas e modernas técnicas de regadio, novas culturas e novas formas de gerir o espaço rural. O desenvolvimento económico e empresarial da região do Alentejo, com a criação de um novo clima empresarial, representa um dos objetivos estratégicos a levar a cabo no âmbito do projeto Alqueva. A concretização do Empreendimento constitui, desta forma, uma peça chave para o desenvolvimento da área de influência do EFMA, com o seu enorme potencial estratégico e produtivo, dada a possibilidade de utilização do precioso recurso, armazenado na albufeira de Alqueva, que é a água, numa ação concertada de vários domínios de atividade económica. Caraterização climatológica Região Alentejo A região Alentejo sempre foi conhecido pela irregularidade dos seus recursos hídricos. A este facto não é alheio o clima que qualifica a região, com verões muito quentes e secos e invernos algo frios e, por vezes, chuvosos. Esta região constitui um território caracterizado por possuir um clima temperado, onde as precipitações são fracas, particularidades de um clima com características mediterrâneas e continentais, com temperaturas médias anuais elevadas e períodos de seca cíclicos. O clima mediterrâneo, e a sua morfologia, com relevos suaves, são também responsáveis pela inexistência de chuvas na estação quente do ano, o que condiciona o desenvolvimento do coberto vegetal natural e a actividade agrícola. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 19

20 A sua principal característica reside ainda no facto da pluviosidade se concentrar num curto espaço de tempo durante o ano, normalmente, nos meses de novembro a fevereiro, e com ciclos igualmente irregulares, isto é, os períodos de seca podem prolongar-se por três, ou mais anos consecutivos (caso, por exemplo, dos anos de 1943/1944; 1944/1945, 1945/1946 e 1946/1947), encontrando-se a disponibilidade de água, antes de Alqueva, enquanto recurso essencial para a sustentabilidade humana, sujeita às condições meteorológicas verificadas. Estas condições contribuíram para o facto de, ao longo da história, a região se caracterizar por ser escassamente povoada, com a população aglomerada em núcleos urbanos afastados entre si. Dados Secas desde 1930 Localizada (<10% da área) 1946/ / / / /68 Extensa (10% - 20%) 1957/58 Muito Extensa (20% -30%) 1931/ / / / / / / /89 Extremamente Extensa (30% - 50%) 1952/ /76 Generalizada (> 50%) 1944/ / / / / / / / /05 A reserva estratégica de água criada com a construção da barragem de Alqueva, o primeiro passo - e fundamental - para a instalação do EFMA, veio permitir a supressão de uma necessidade ancestral e a minimização dos efeitos da seca na área de influência do projeto, capaz de garantir a regular distribuição de água a um conjunto de atividades na sua zona de influência Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 20

21 A seca em 2012 O ano de 2012 caraterizou-se por uma situação de seca metereológica em Portugal Continental, cujo início se reporta ao final de 2011 e se manteve durante quase todo o ano seguinte. O período de maior intensidade verificou-se no final do inverno de 2011 e no início da primavera de 2012, com quase todo o teritório nas classes de seca mais graves, severa e extrema, nos meses de fevereiro e março. A precipitação acumulada no ano hidrológico 2011/2012 (outubro setembro 2012) ficou em 63% do valor normal de 1971/2000, facto que permitiu caraterizá-lo como o quinto ano mais seco desde Em 2012 ocorreram quatro ondas de calor, nos meses de março, maio e setembro, e uma onda de frio no mês de fevereiro. O valor médio da temperatura média anual, situou-se nos 15 0 C, com o valor médio anual da temperatura máxima superior ao valor normal em +1 0 C e o valor médio anual da temperatura mínima inferior em -1ºC. O agravamento do défice de pluviosidade no ano hidrológico 2011/2012, cujo início se reporta ao mês de outubro, com precipitações um pouco abaixo do normal (os registos acumulados desde o primeiro dia do mês de outubro de 2011, em todo o território continental, foram inferiores ao valor médio para o mesmo período), prosseguiu com um mês de novembro muito chuvoso, situação que se começou a inverter em dezembro e que continuou em janeiro de 2012, com registos de apenas cerca de um quinto da precipitação normal, o que colocou em seca severa 11% do território continental, 76% em seca moderada e 13% em seca fraca. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 21

22 mm Na figura seguinte destacam-se os meses de janeiro, fevereiro e março de 2012 com valores de precipitação muito inferiores aos normais. Estes meses, classificados como muito secos a extremamente secos, tiveram forte contribuição para que à data de 14 de março, 47% do território continental se encontrasse em seca severa e 53% em seca extrema. Como consequência da reduzida precipitação acumulada até final de março o ano hidrológico apresentou um desvio superior a 50 % em relação a um ano normal. Desvios do total de precipitação mensal no ano hidriológico em relação ao valor normal (Portugal continental) 160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0, Normal Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 22

23 Precipitação no ano hidrológico Na tabela seguinte, apresentam-se os valores da precipitação mensal (outubro a setembro) nos anos hidrológicos de: 2004/05 (ano de seca) 2010/ /12 os valores normais ( ) Precipitação mensal nos anos hidrológicos , e valor médio Precipitação mensal no ano hidroilógico (mm) Ano Hidrológico Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Total , Normal Fonte: 11.º Relatório do Grupo de Acompanhamento e Avaliação dos Impactos da Seca 2012/IPMA O total acumulado em 2011/12 foi inferior ao valor normal, mas superior ao registado em 2004/05 (nos últimos dez anos a situação de seca mais grave ocorrida em Portugal continental teve lugar de novembro de 2004 a fevereiro de 2006). Fonte: 11.º Relatório do Grupo de Acompanhamento e Avaliação dos Impactos da Seca 2012/IPMA Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 23

24 Percentagem de território afetado por seca metereológica Classes PDSI % do território afetado fev mar abr mai jun jul ago set Chuva severa Chuva moderada Chuva fraca Normal Fraca Moderada Severa Extrema Total (seca severa + extrema) Fonte: 11.º Relatório do Grupo de Acompanhamento e Avaliação dos Impactos da Seca 2012/IPMA Da apreciação do quadro anterior, verifica-se que o ano de 2012 ficou marcado por uma situação de seca severa e extrema numa parte significativa do território continental. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 24

25 Impactos da seca De acordo com o Anuário Estatístico da Região Alentejo 2011 (INE), em Portugal, a área de explorações e superfície agrícola utilizada por município (SAU) (segundo as classes de SAU, 2009), abrange uma superfície de hectares, sendo que na região Alentejo, zona de implantação do EFMA, esse número atinge os hectares, o que representa cerca de 53% do valor total. No que respeita ao número de explorações agrícolas, por município, segundo a natureza jurídica e a forma de exploração, em 2009, o número total de explorações em Portugal era de , sendo que esse valor, na região Alentejo se situava nas explorações (aproximadamente 14% do total). Assim, e num país onde a prática da agricultura se encontra fortemente enraizada e o território agro-florestal apresenta um peso relativo importante em termos económicos e sociais no todo nacional, as consequências da seca no ano de 2012, dada a significativa variabilidade e irregularidade das condições climáticas no território continental, deverão ser avaliadas não só em termos do contexto nacional, mas também no âmbito dos impactos nefastos sentidos, em partícular, na atividade agrícola, dados os prejuízos nela causados, designadamente, na produção de matéria verde dos prados, pastagens e culturas forrageiras (pastagens naturais), o que veio agravar, de forma significativa, as condições de pastoreio. Os efeitos da seca fizeram-se ainda sentir no desenvolvimento das searas, com as culturas dos cereais de outono-inverno a apresentar um déficit significativo. Paralelamente à falta de pluviosidade, as temperaturas baixas geraram quebras de produção nas culturas hortícolas, nalguns pontos do país. Refira-se, por outro lado, que a escassez de alimentos naturais veio igualmente repercutir-se de forma negativa nos custos com a alimentação animal, tanto pela necessidade de utilização de alimentos compostos, como pela subida nos preços de alimentos, como o feno e a palha. A necessidade de aumentar a dotação de rega nas culturas de regadio de outono/inverno (hortícolas e culturas permanentes) gerou um acréscimo nos custos de produção (água e energia), e uma diminuição das reservas de água disponíveis para a irrigação das culturas de primaveraverão. Medidas e estratégias de mitigação adotadas para combater a seca Tendo em consideração a situação extrema de carência de queda pluviométrica, e de seca generalizada, que se fazia sentir no território continental, bem como os impactos dela decorrentes, nomeadamente, a sua repercussão ao nível das atividades de âmbito agrícola, com especial incidência no sector agropecuário, a Resolução do Conselho de Ministros n.º 37/2012 (Diário da República, 1.ª série N.º de março de 2012) veio criar a Comissão de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca e das Alterações Climáticas, para assegurar o acompanhamento da situação, dado o agravamento dos fenómenos de alterações climáticas a que Portugal se encontra sujeito, e uma vez que o fenómeno da seca deverá, progressivamente, ser encarado, no território nacional, como um elemento climático de determinada frequência. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 25

26 Esta Comissão, assim como o Grupo de Acompanhamento e Avaliação dos Impactos da Seca 2012 (em atividade), criado pela Senhora Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT), com o objetivo de implementar e colocar no terreno os meios que permitissem a observação dos desenvolvimentos e dos efeitos provocados pela seca, a fim de acautelar e minimizar as suas consequências no setor agrícola, devem constituir-se como estruturas permanentes de prevenção, monitorização e acompanhamento da seca e das alterações climáticas, devendo, no futuro, propor, acompanhar e avaliar medidas de gestão de risco de carácter estrutural para a mitigação dos impactos da seca e das alterações climáticas e para a adaptação das atividades sociais e económicas a esta realidade. Medidas da EDIA para combate à seca em 2012 No caso particular das áreas já beneficiadas pelo EFMA, os efeitos da seca no ano de 2012 não se fizeram sentir de forma acentuada, pelo facto da gestão do empreendimento permitir assegurar a distribuição e o acesso facilitado ao recurso água aos agricultores. Este benefício é igualmente alargado às populações servidas pela água disponível em Alqueva, na sua área de influência que abrange 20 concelhos. No âmbito das determinações plasmadas na Resolução do Conselho de Ministros n.º 37/2012, e no que respeitava à apresentação de propostas tendo em vista a atenuação dos efeitos da seca e definição de orientações específicas de combate a este fenómeno meteorológico, a implementar no terreno, designadamente nas áreas contíguas ao EFMA, a atuação da EDIA visou assegurar a divulgação e a logística das medidas, de caráter urgente, tomadas pela Empresa, bem como o cumprimento das determinações específicas para as zonas adjacentes aos regimes de rega públicos. Assim, e no âmbito da contribuição da EDIA e do projeto Alqueva para o combate à seca na região, destacam-se, no que respeita à implementação de medidas de carácter extraordinário de apoio aos agricultores, tomadas no decurso do ano de 2012, as respeitantes ao abeberamento de gado e à facilitação de pontos de acesso aos agricultores. Na vertente agrícola, e na área de influência do EFMA, as medidas preconizadas foram articuladas entre a EDIA e os agricultores e respetivas associações. Foi ainda criado um conjunto de medidas que permitiram flexibilizar a disponibilização de pontos de acesso à água aos agricultores não beneficiados pelo Empreendimento. Dada a premência de fazer face à situação dramática em que se encontrava a região, foi ainda necessário assegurar, por outro lado, de forma expedita, a disponibilização de água para o abeberamento de gado. Abeberamento de gado Foram disponibilizados pontos de entrega de água por unidade geográfica e por bloco de rega, para enchimento de cisternas e para abeberamento de gado, de forma gratuita. A EDIA afetou um técnico responsável, por bloco de rega, que ficou incumbido de selecionar a localização estratégica dos hidrantes e estabelecer um horário de atendimento para o fornecimento de água. Através desta medida os consumos de água ficaram registados, bem como os dados dos agricultores e respetivas explorações que solicitaram água. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 26

27 A localização dos hidrantes, os horários de atendimento, e os contactos dos técnicos responsáveis da EDIA foram publicados no sítio da EDIA na internet ( nas principais associações de agricultores e juntas de freguesia. Abastecimento de água para rega A EDIA assegurou também a flexibilização e facilitação de pontos de acesso à água para rega, através dos reservatórios, albufeiras do sistema, canais e hidrantes periféricos da rede primária e secundária de rega que integram o conjunto de infraestruturas do Empreendimento. Foram instalados contadores nos sistemas de bombagem dos agricultores de forma a assegurar a faturação da água utilizada. O contacto do técnico responsável da EDIA para dar seguimento ao cumprimento desta medida foi igualmente disponibilizado no sítio da EDIA na internet ( nas principais associações de agricultores e juntas de freguesia. A equipa técnica procedeu à análise de cada pedido individualmente, propondo a solução mais adequada. A EDIA envidou ainda todos os esforços de articulação com outras entidades regionais, tendo em vista a busca de outras soluções que permitissem a satisfação das situações não passíveis de enquadramento nas medidas anteriores. Em 2012, na sequência do despacho n.º 4825/2012, de Sua Excelência a Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, e no âmbito das medidas de combate aos efeitos da seca, foi determinada, para o setor agrícola, a isenção das componente A e U da TRH referente ao ano de 2011, a pagar em Dando cumprimento ao referido despacho, a EDIA, em 2012, nas faturas ainda a emitir relativas a consumos verificados em 2011, não considerou assim valores de TRH. Relativamente a faturas já emitidas, com consumos de 2011, procedeu-se à emissão de notas de crédito correspondentes aos valores relativos a essas componentes. Decorrente da atividade regular da Empresa, referencie-se ainda, por outro lado, a manutenção do abastecimento aos sistemas de distribuição de água em alta às populações da zona de intervenção do Empreendimento e aos agricultores beneficiários dos perímetros abrangidos por Alqueva, e que ganhou especial relevância no ano de Abastecimento de água para consumo humano e industrial Para além da agricultura, e decorrente das infraestruturas do sistema primário já existentes no âmbito da implementação do Empreendimento de Alqueva, tornou-se ainda possível, no verão de 2012, minimizar os efeitos da seca às populações alentejanas. A salvaguarda de abastecimento num ano de enorme escassez hídrica, vem reforçar, em grande medida, a perceção dos beneficios diretos decorrentes da implementação de um projeto com as caracteristícas e abrangência do EFMA. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 27

28 No caso da albufeira do Monte Novo, que assegura o abastecimento às populações dos concelhos de Évora, Reguengos de Monsaraz e Mourão, e por solicitação das autoridades competentes, a 17 de maio foi iniciada a transferência de um caudal de m 3 /h para esta albufeira, com um regime de exploração de 24 h/dia, para reforço do seu volume de água armazenado e garantia da continuidade do abastecimento às populações dos concelhos beneficiados. Esta transferência foi concluída no final de 2012, após ter sido atingido o volume requerido de reforço, num total de m 3. No verão foi igualmente requerida a transferência de caudais para a albufeira de Odivelas, num volume total de, aproximadamente, m 3. Concluída esta operação, no mês de setembro, registou-se uma transferência global efetiva de m 3. No que respeita ao abastecimento de água aos concelhos de Serpa e de Mértola a partir da ETA da albufeira do Enxoé, cujo aproveitamento hidráulico se situa no concelho de Serpa (distrito de Beja), procedeu-se à transferência de m 3 durante o ano de 2012 Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 28

29 Abastecimento aos agrícultores abrangidos pelos perímetros de rega de Alqueva Com a tomada de posse da nova administração da EDIA, em Março de 2012, e tendo em vista o incremento das áreas regadas pelos perímetros de rega sob exploração da EDIA, foi dado um novo impulso à promoção do regadio de Alqueva, com o objetivo de fomentar a integração dos proprietários nas culturas de regadio, de modo a beneficiarem das vantagens competitivas proporcionadas pelo projeto. O esforço levado a cabo ao longo do ano, juntamente com a situação de seca generalizada, traduziu-se num aumento bastante significativo na adesão dos agricultores e na duplicação do volume de água distribuído, que passou de 35 hm3 para cerca de 70 hm3. Tendo em consideração a estratégia de maximização do investimento, e de modo a dar continuidade à salvaguarda dos interesses da região e à prossecução dos objetivos delineados pela Empresa, a EDIA pretende persistir na promoção e dinamização do regadio de Alqueva. Para o efeito, a EDIA aumentou o número de colaboradores afetos às atividades de captação de investidores e de promoção do regadio na região, de modo a promover a entrada no sistema de um número cada vez maior de parcelas nas áreas beneficiadas pelos perímetros de rega do EFMA. Apesar do período de seca, a garantia de água de Alqueva permitiu que os agricultores prosseguissem a sua atividade. A adesão e a área inscrita nos anos de 2010, 2011 e 2012, nos perímetros sob gestão da EDIA, é a reportada no quadro seguinte: Perímetros de Rega sob gestão da EDIA Área Beneficiada (ha) Área Inscrita Consumos Área Inscrita (ha) % (ha) % (ha) % Entrada em exploração até , , , Monte Novo , , , Alvito - Pisão , , , Pisão , , , Entrada em exploração em , , , Alfundão , , Ferreira, Figueirinha e Valbom , , Orada - Amoreira , , Brinches , , Brinches - Enxoé , , Serpa , , Entrada em exploração em , , , Loureiro-Alvito , Ervidel , m 3 Área Inscrita Consumos TOTAL , , , m 3 Consumos m 3 Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 29

30 60% Taxa de adesão (%) 50% 40% 30% 20% 10% 0% Área beneficiada acumulada (ha) Conclusões Numa região onde a ocorrência cíclica de fenómenos climáticos como a ausência de pluviosidade e a existência de períodos prolongados de seca se faz sentir com regularidade, a atuação da EDIA deverá continuar a reger-se por uma conduta proactiva, com a utilização de critérios de adaptabilidade face à exigência das situações que possam vir a ocorrer neste contexto. Por outro lado, e dada a importância crescente de gerir a água de forma racional e equilibrada, de modo a tirar deste recurso o maior partido possível, a EDIA continuará a equacionar a adoção e implementação de novas medidas de apoio, tendo em vista a consolidação da sua contribuição para a mitigação dos impactos que situações como o fenómeno metereológico de seca extrema possam vir a ter na região de incidência do Projeto Alqueva. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 30

31 Organograma Empresarial Conselho de Administração Presidente: João Basto Vogal: Jorge Vazquez Vogal: Augusta de Jesus Cachoupo Gabinete de Apoio Jurídico Pedro Aires Gabinete de Relações Públicas e Comunicação Carlos Silva Direção de Engenharia, Ambiente e Planeamento Direção de Infraestruturas Primárias e de Energia Morim de Oliveira Direção de Infraestruturas de Rega Isabel Grazina Direção de Economia da Água e Promoção do Regadio José Filipe Santos Direção de Gestão do Património Diogo Nascimento Direção de Administração e Finanças Departamento de Planeamento Estudos e Projetos Alexandra Carvalho Departamento de Construção de Infraestruturas Primárias João Matias Departamento de Construção de Infraestruturas de Rega Dora Amador Departamento de Planeamento e de Economia da Água José Costa Gomes Departamento de Gestão do Património Gonçalo Sebastião Departamento de Gestão Administrativa e Financeira Carlos Freitas Departamento de Ambiente e Ordenamento do Território Ana Ilhéu Departamento de Manutenção, Exploração e Segurança João Figueira Departamento de Exploração de Infraestruturas de Rega José Carlos Saião Departamento de Apoio ao Investimento e Comercialização João Martins Departamento de Expropriações Maria da Cola Lourenço Departamento de Planeamento e Controlo de Investimentos Pedro Machado Departamento de Impactes Ambientais e Patrimoniais Departamento Comercial Museu da Luz Maria João Lança Departamento de Contabilidade Hélia Fonseca Luísa Pinto Departamento de Informação Geográfica e Cartografia Duarte Carreira Parque de Natureza de Noudar Bárbara Pinto Departamento de Sistemas de Informação Luís Estevens Centro de Cartografia Jacinto Franco Departamento de Gestão de Recursos Humanos João Cruz Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 31

32 Órgãos Sociais Mesa da Assembleia Geral Presidente Professor Doutor Carlos Alberto Martins Portas Secretários Dr. José Pedro da Silva Martins Dr.ª Cristina Maria Pereira Freire Conselho de Administração Presidente Eng.º João Cláudio Cabral de Oliveira Basto Vogais Eng.º Jorge Manuel Vazquez Gonzalez Dr.ª Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo Conselho Fiscal Presidente Dr. António Bernardo de Menezes e Lorena de Sèves Vogais Dr. Orlando José Manuel de Castro Borges Dr. Pedro Miguel Cerqueira Abreu * Vogal Suplente Dr.ª Cristina Maria Pereira Mascarenhas Vieira Sampaio * As funções do Dr. Pedro Miguel Cerqueira Abreu no Conselho Fiscal cessaram no dia 30 de novembro de Revisor Oficial de Contas Oliveira, Reis & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. Representado pelo Dr. José Vieira dos Reis Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 32

33 Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 33

34 Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 34

35 ENQUADRAMENTO Enquadramento Regional A região Alentejo, a sul de Portugal, onde se localiza o EFMA, ocupa cerca de um terço do território de Portugal continental e tem uma área de ,9 km 2. Carateriza-se por uma baixa densidade populacional (apenas 5% da população, 23,9 habitantes por km 2 ), povoamento concentrado, caraterísticas rurais, perda de população, elevados índices de desertificação humana e de envelhecimento, e períodos de seca cíclicos com registos de grandes deficits de pluviosidade. A carência de água nesta região tem sido um dos principais condicionalismos ao seu desenvolvimento, impeditiva de uma modernização da agricultura e da sustentabilidade do abastecimento público. O EFMA desenvolve-se a partir da barragem de Alqueva, instalada no rio Guadiana, imediatamente a jusante da confluência do rio Degebe e a montante da confluência do rio Ardila, e tem uma área de abrangência direta distribuída por vinte concelhos dos distritos de Beja, Évora, Setúbal e Portalegre, designadamente: Alandroal, Alcácer do Sal, Aljustrel, Alvito, Barrancos, Beja, Cuba, Elvas, Évora, Ferreira do Alentejo, Grândola, Mértola, Moura, Mourão, Portel, Reguengos de Monsaraz, Santiago do Cacém, Serpa, Viana do Alentejo e Vidigueira, identificados no mapa que se segue: Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 35

36 Esta abrangência, numa área que se estende por cerca de km 2, faz do projeto de Alqueva um instrumento estruturante, mobilizador de um diversificado conjunto de atividades, sustentado num processo de desenvolvimento integrado a partir do qual se encontram criadas as condições para uma inversão do seu status, designadamente, através da promoção e dinamização do desenvolvimento regional, afigurando-se assim como um instrumento chave, articulando distintos projetos numa perspetiva empresarial. Segundo dados do Anuário Estatístico da Região Alentejo 2011, o Produto Interno Bruto (PIB) da região Alentejo representava apenas 6,4% do total nacional, com um PIB per capita de e uma Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) equivalente a 29,1% do total do Valor Acrescentado Bruto (VAB). Numa região onde o PIB per capita se encontra abaixo da média nacional, o projeto de Alqueva é de enorme relevância, não apenas por ser o maior investimento público regional alguma vez realizado no setor hidroagrícola, mas fundamentalmente pelo seu impato na economia regional e nacional, estimando-se que cada 1 investido pelo Estado Português no EFMA gere 4,45 para o nosso país (VAB, emprego, energia, indústria e impostos), com particular destaque para o impacto no VAB agrícola, superior a 160m /ano cruzeiro. Estima-se ainda que projeto venha a promover a criação de mais de empregos diretos e indiretos e o relançamento económico e social da sua área de influência, criando condições para um acréscimo efetivo do PIB regional e abrindo novas perspetivas como motor da economia alentejana, através de: Criação de novos investimentos e no desenvolvimento de novas atividades económicas (sectores da atividade agroindustrial, turismo, etc); Integração e complementaridade de projetos e de atividades; Criação e qualificação do emprego; Apoio ao tecido social, empresarial e institucional da região; Valorização do carácter, cultura e identidade regional; e Criação de condições para o aumento da competitividade e de rentabilidade dos investimentos. A prossecução destes objetivos é de enorme relevância, tendo em consideração que o EFMA está inserido numa região com um povoamento concentrado e uma condição periférica face à realidade nacional, onde a taxa de desemprego atingiu 16,1% (terceiro trimestre 2012), de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), representando um acréscimo de 1,1% em relação ao trimestre anterior. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 36

37 Enquadramento Macroeconómico Nacional No decurso de 2012, o desempenho da economia portuguesa continuou condicionado pelo pedido de assistência financeira junto do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia (UE), formalizado em abril de Este pedido deu lugar ao Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), no âmbito do qual o Estado Português se comprometeu a adotar um conjunto de medidas de ajustamento para colmatar os seus desequilíbrios macroeconómicos e estruturais, tendo em vista o aumento do potencial de crescimento da economia portuguesa e o regresso aos mercados financeiros internacionais. Num contexto caracterizado pelas medidas de austeridade implementadas no âmbito da implementação do programa de ajustamento acordado com a troika, a desalavancagem dos diversos setores da economia e a envolvente externa, assim como com o aumento de impostos e a redução dos redimentos, as projeções do Banco de Portugal vêm apontar para uma contração da atividade económica de 3,0% em 2012 e de 1,9% em 2013, desempenhando as medidas de consolidação orçamental um papel expressivo no que concerne à queda da procura interna. Neste particular, refira-se que o comportamento das exportações poderá vir a ter um contributo na mitigação no impacto da redução da procura interna sobre a atividade económica, ainda que, em 2012, tivessem experimentado um crescimento de cerca de 4%. À semelhança de 2012, as importações deverão contrair em Como consequência da queda generalizada da procura interna verificou-se, o longo do ano, uma contração expressiva da atividade económica, tendo o consumo privado registado uma redução de 5,5% e o consumo público de 4,5%. A Formação Bruta de Capital Fixo terá caído 14,4%. Projeções do Banco de Portugal: /Taxa de Variação Anual, em percentagem PRINCIPAIS INDICADORES FINANCEIROS Pesos 2011 Boletim Económico Inverno 2012 Boletim Económico Outono (p) 2013 (p) 2014 (p) 2012 (p) 2013 (p) Produto Interno Bruto 100,0-3,0-1,9 1,3-3,0-1,6 Consumo Privado 66,5-5,5-3,6 0,1-5,8-3,6 Consumo Público 20,0-4,5-2,4 1,5-3,9-2,4 Formação Bruta de Capital Fixo 17,9-14,4-8,5 2,8-14,9-10,0 Procura Interna 104,4-6,9-4,0 0,8-6,8-4,5 Exportações 35,8 4,1 2,0 4,8 6,3 5,0 Importações 40,1-6,9-3,4 3,5-4,7-2,3 Contributo para o crescimento do PIB (em p.p.) Exportações Líquidas 4,2 2,1 0,6 4,0 2,8 Procura Interna -7,2-4,0 0,8-7,0-4,5 do qual : Variação de Existências 0,0 0,2 0,0 0,2-0,1 Balança Corrente e de Capital (% PIB) -0,1 3,1 4,4-0,2 4,0 Balança de Bens e Serviços (% PIB) 0,3 3,1 4,1 0,8 4,5 Índice Harmonizado de Preços no Consumidor 2,8 0,9 1,0 2,8 0,9 Fonte: Banco de Portugal. Notas (p) - projectado. Para cada agregado apresenta-se a projecção correspondente ao valor mais provável condicional ao conjunto de hipóteses consideradas, e baseia-se em informação disponível até meados de dezembro de Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 37

38 A taxa de variação média do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi de 2,8% em 2012, em contraposição aos 3,6% verificados no ano anterior. No mês de dezembro, a taxa de variação homóloga do IPC situou-se nos 1,9%, valor idêntico ao verificado em novembro. Para 2013, prevê-se que a inflação seja expressivamente inferior aos 2,8% registados em 2012, estimando-se que não venha a situar-se nos 1%. Segundo dados da Eurostat, a taxa de desemprego em Portugal aumentou 0,2% em dezembro de 2012 e atingiu um novo máximo histórico de 16,5%. Os números do desemprego voltam assim a subir depois de terem estabilizado nos 16,3% nos meses de outubro e novembro, a terceira taxa de desemprego mais elevada da zona euro. Em 2012, o desemprego jovem em Portugal atingia os 38,7%. Por outro lado, e de acordo com informação do IEFP, as ofertas de emprego registadas durante o mês de novembro nos centros de emprego apresentaram um crescimento homólogo de 14,4%, a taxa mais elevada desde junho de No contexto empresarial, o acesso à liquidez está a colocar muitas organizações em situação de rutura financeira, dada a dificuldade de acesso ao crédito. Por outro lado, refira-se ainda que, no médio prazo, as condições de financiamento da economia portuguesa deverão manter-se restritivas, com a subsistência de concessões de crédito restritivas devendo, no entanto, as taxas de juro ativas dos bancos apresentar, face à taxa de referência do mercado monetário, um ligeiro aumento. O regresso gradual ao financiamento de mercado por parte do Estado Português deverá ocorrer, sensivelmente, a partir do final de Hipóteses do Exercício de Projeção Boletim Económico Inverno 2012 Boletim Económico Outono Procura externa tva 0,2 0,3 4,7 0,3 2,5 Taxa de juro EURIBOR a 3 meses % 0,6 0,1 0,3 0,6 0,2 Custo de financiamento do Estado (a) % 2,6 2,6 4,1 2,2 2,7 Taxa de câmbio do euro Efetiva do euro tva -5,4 0,2 0,0-5,4-0,2 Euro-dólar vma 1,28 1,30 1,30 1,28 1,29 Preço do petróleo em dólares vma 111,9 106,8 102,1 112,4 107,8 em euros vma 87,2 82,2 78,6 87,5 83,4 Fonte: BCE; Bloomberg, Thomson Reuters e cálculos do Banco de Portugal Notas (p) - tva - taxa de variação anual, % - em percentagem, vma - valor médio anual. Um aumento da taxa de câmbio corresponde a uma apreciação. a) Esta hipótese reflete o custo das fontes de financiamento relevantes para o Estado Português neste período, entre as quais se inclui o custo estimado do financiamento associado ao PAEF. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 38

39 Enquadramento Macroeconómico Internacional No decurso de 2012, as grandes economias mundiais continuaram em crise, sendo expectavél que, de uma forma geral, a estagnação na Europa, Estados Unidos e em países como o Japão, continue no decurso de 2013 e que os países em desenvolvimento sejam igualmente afetados. De acordo com informação recente do Banco Mundial, o Produto Interno Bruto (PIB) global em 2013 deverá crescer apenas cerca de 2,4%, mais uma décima que em 2012, mas um valor inferior às previsões inicialmente existentes, encontrando-se a economia mundial a desacelerar mais do que o previsto. Para esta situação terá contribuido a incereteza em torno da performance económica da Europa e da política fiscal do Estados Unidos, com implicações igualmente nas economias dos países emergentes como, por exemplo, o Brasil, a China e a Índia. Assim, em 2012, a economia brasileira deverá crescer 3,4%, menos oito décimas do que estava inicialmente previsto. O PIB da China em 2012 terá crescido 7,8%, em contraposição com os 10,4% e 9,3% registados, respetivamente, em 2010 e Apesar desta estabilização, a economia chinesa registou uma aceleração no final do ano. Nos Estados Unidos, a economia acelerou no terceiro trimestre, tendo a estimativa de outubro sido revista em alta para 0,7%. O PIB norte-americano cresceu 2,7%, em termos anuais, entre os meses de julho e setembro, em contraposição ao investimento, que afundou 2,2%. Na zona euro, a evolução económica continuou condicionada pelo ajustamento orçamental e pela redução dos níveis de endividamento do setor privado. A retoma económica nos países em recessão avizinha-se de alguma forma distante, já que, segundo previsões da OCDE, países como a Alemanha e a França, registarão crescimentos ligeiros, na ordem dos 0,6% e 0,3%, respetivamente, e com o prolongamento da recessão a atingir o crescimento doutros países: Itália, 1% e Espanha 1,4%. Os efeitos desta situação, de âmbito global, têm sido sentidos de forma mais intensa nos países da periferia da zona euro, afetando negativamente o refinanciamento da dívida pública destes estados e provocando turbulência na economia global, caso, designadamente, da Irlanda, Grécia, Portugal e Espanha. A nível mundial, a inflação encontra-se em trajetória de ascensão, em favor do combate à recessão e da contenção da crise financeira. Os Estados Unidos, Europa e Japão encontram-se a promover políticas monetárias expansivas, encontrando-se a líquidez mundial em alta. Para minimizar o impacto da subida das taxas de juro no processo de refinanciamento da dívida, o Banco Central Europeu tem comprado títulos dos governos da Espanha e Itália. Em termos de desemprego, o ano de 2012 assistiu à degradação do mercado de trabalho. A maior parte do desemprego mundial centrou-se nas chamadas economias desenvolvidas, ainda que em 2012, essa situação se tenha alargado às economias em desenvolvimento, como consequência do agravamento da crise mundial. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) a recessão europeia terá um papel importante em termos da assunção das responsabilidades no contágio do surto do desemprego às economias emergentes, com a redução das importações à Àsia. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 39

40 Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 40

41 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS EDIA Infraestruturas em Exploração Observação do Comportamento de Barragens Em cumprimento do disposto nos planos de observação das 14 barragens constituintes das infraestruturas primárias do EFMA, realizaram-se as campanhas, aí previstas, de leitura da aparelhagem de observação instalada, verificando-se o bom estado dos seus equipamentos de segurança hidráulico-operacional e o bom comportamento evidenciado por essas estruturas. Destas 14 infraestruturas, 5 encontram-se em fase de primeiro enchimento e 9 em fase de exploração. A 15 de fevereiro, a Autoridade de Segurança de Barragens (INAG) procedeu à inspeção da barragem de Alqueva. No dia 29 de maio, o representante da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) procedeu à visita de inspeção prévia ao primeiro enchimento da barragem de Cinco Reis, tendo considerado, em resultado dessa inspeção, que estavam reunidas as condições para se dar início ao enchimento da respetiva albufeira. A 26 de setembro, a APA realizou a visita de especialidade à barragem de Pedrógão, tendo-se considerado que se mantinham as condições necessárias à sua exploração sem quaisquer restrições. Refira-se ainda que no decurso de 2012 o nível da albufeira de Alqueva registou variações entre a cota máxima de 149,33m, verificado a 26 de dezembro, entre as 12h e as 14h, e a cota mínima, de 146,73m, ocorrida a 23 de setembro, pelas 23h. O nível médio anual situou-se à cota 147,56m. Rede Primária Em 2012, prosseguiram as atividades de manutenção, conservação e exploração das infraestruturas primárias do Empreendimento. No que se refere à exploração, tiveram alguma relevância as atividades desenvolvidas nos canais Álamos - Loureiro, Loureiro - Monte Novo, Loureiro - Alvito, Alvito - Pisão, Pisão - Ferreira, Adutor da Orada e Adutor Brinches - Enxoé, para adução de água aos diversos reservatórios que integram os blocos de rega servidos por estes adutores, nos quais se registou uma intensificação progressiva da atividade ao longo do ano, com o início da campanha de rega de No final do ano, e com a conclusão da campanha de rega e consequente redução dos consumos de água nos diversos reservatórios que integram os blocos de rega servidos por estes adutores, registou-se um decréscimo das atividades nestas infraestruturas. A adução de água à albufeira do Penedrão esteve suspensa durante o ano de No primeiro semestre, por se encontrar em fase de estabilização do seu segundo patamar de enchimento; no segundo semestre, devido às obras que se encontram em curso para execução da tomada de água, nesta albufeira, para abastecimento dos blocos de rega de Ervidel. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 41

42 Por solicitação das autoridades competentes, a 17 de maio foi ainda iniciada a transferência de um caudal de m 3 /h para a albufeira de Monte Novo, com um regime de exploração de 24 h/dia, para reforço do volume de água armazenado naquela albufeira e garantia da continuidade do abastecimento às populações dos concelhos de Évora, Reguengos de Monsaraz e Mourão. Esta transferência foi concluída no fim de 2012, após ter sido atingido o volume requerido de reforço do volume de água armazenado naquela albufeira e assim garantida a continuidade do abastecimento às populações. No verão, foi igualmente requerida a transferência de caudais para a albufeira de Odivelas, com uma estimativa inicial de 22 hm 3. Em setembro de 2012, deu-se por concluída a transferência de caudais para esta albufeira, tendo sido transferido globalmente um volume de, aproximadamente, 24 hm 3. Rede Secundária Ao longo do ano decorreram as ações de manutenção preventiva dos equipamentos mecânicos, elétricos e outros, e dos sistemas de telegestão nos perímetros de rega do Monte Novo, Alvito- Pisão, Pisão, Ferreira, Ferreirinha e Valbom, Alfundão, Loureiro-Alvito e Bloco 1 de Ervidel, do subsistema de Alqueva, e de Orada-Amoreira, Brinches, Brinches-Enxoé e Serpa, do subsistema Ardila. Relativamente aos perímetros de rega que entraram em exploração em 2012, encontrandose no seu ano experimental, caso, designadamente, dos perímetros de Loureiro Alvito e bloco 1 de Ervidel, foi ainda necessário efetuar todo um conjunto de afinações e testes tendo em vista o seu pleno funcionamento. Realizaram-se, as tarefas de operação corrente nas infraestruturas que constituem estes perímetros de rega. Teve igualmente lugar todo um conjunto de manutenções corretivas tendo em conta as necessidades específicas dos equipamentos instalados, tendo a EDIA assegurado a exploração e gestão de todas destas infraestruturas. No decurso da campanha de rega de 2012, e paralelamente ao desenvolvimento das atividades de exploração e gestão destas infraestruturas, procedeu-se ainda à recolha das leituras, com vista à preparação da faturação, e ao apoio aos agricultores. Centrais Mini-hídricas da Rede Primária e Central Fotovoltaica de Alqueva Em 2012, manteve-se a exploração das centrais hidroelétricas de Alvito, Odivelas, Pisão, Roxo e Serpa, cuja atividade registou um crescimento relevante quando comparado com Para este aumento contribui não apenas o aumento da área regada, mas também das necessidades hídricas das explorações. No 1.º trimestre, não foi necessário aduzir água às albufeiras de Odivelas, Pisão, Serpa e Roxo, para reforço das suas afluências próprias e, no 2.º trimestre, às albufeiras de Odivelas, Serpa e Roxo, pelo que se manteve interrompido o funcionamento das respetivas centrais. Na central de Alvito, registou-se um crescimento da energia produzida, sendo a produção acumulada de, respetivamente, kwh e kwh, nos 1.º e 2.º trimestres do ano. De igual forma, na central hidroelétrica do Pisão, foi registado um crescimento da produção, com uma produção acumulada de cerca de kwh no 2.º trimestre. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 42

43 Com exceção da central mini-hídrica do Roxo, as restantes registaram, no 3.º trimestre, incrementos significativos de produção: mini-hídrica do Alvito (160 MWh/mês); mini-hídrica de Odivelas (250 MWh/mês); mini-hídrica do Pisão (45 MWh/mês). No que se refere à exploração da central mini-hídrica de Serpa, registou-se, também, um incremento da sua atividade, sendo de realçar a produção gerada no mês de agosto, no valor de 198,25 MWh. Com a conclusão da campanha de rega, e consequente redução drástica dos consumos de água nos blocos de rega servidos por estas infraestruturas, foi interrompida a produção das centrais hidroelétricas do Alvito, Odivelas, Pisão, Serpa e Roxo. Em 2012, a exploração da central fotovoltaica de Alqueva registou uma produção média mensal de 5.199kWh e uma produção acumulada total, até ao final do ano, de kwh. Promoção do Regadio Em 2012, foi dado um especial impulso à rentabilização do investimento, adotando uma estratégia proactiva de incremento das áreas regadas nos perímetros de rega em exploração. Pretendeu-se assim reforçar a aposta na promoção e dinamização da integração dos proprietários nas culturas de regadio, de modo a aproveitar as vantagens competitivas do projeto Alqueva. Perímetros de Rega Área Inscrita (ha) Monte Novo Alvito - Pisão Pisão Alfundão Ferreira, Figueirinha e Valbom Orada - Amoreira Brinches Brinches - Enxoé Serpa Loureiro - Alvito Ervidel Área Inscrita Área Total Em 2012, verificou-se um acréscimo de 51,28% na área inscrita para rega (8.243 ha) comparativamente com o ano anterior. Realça-se ainda a evolução positiva verificada em todos os perímetros e a entrada em exploração dos blocos de Ervidel 1 e do Loureiro Alvito. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 43

44 Prosseguiram as ações de divulgação do programa SISAP e de fornecimento de resultados aos seus utilizadores. Os resultados deste programa têm vindo a ser utilizados na elaboração de dossiers para fornecer às entidades interessadas, tendo sido acrescentadas novas culturas ao portfolio existente no sentido de dar resposta a um conjunto cada vez mais abrangente e diversificado de potenciais investidores (Sogenave, Compal, Torriba, Jerónimo Martins, Vergers Du Soleil, Sonae, Embaixada do Qatar, Grupo Noccis, Agrocampestre, Fertiprado, Horta Pronta, Agrototana, Grupo Sousa Campo).Este programa também se encontra em utilização por alguns produtores individuais, cujos terrenos passaram de sequeiro para regadio, apoiando a gestão das suas explorações Neste contexto, entraram em contato com a EDIA cerca de doze proprietários, abrangendo, quer grande, quer pequena propriedade, em diversas zonas geográficas: Serpa, Pedrógão, Beja, Ferreira, Alvito-Pisão e Loureiro-Alvito. Uma das principais tarefas que tem vindo a ser desenvolvida nesta área, prende-se com a identificação das áreas dos perímetros de rega, sob gestão da EDIA, que não se encontram a regar. Para a promoção destas áreas e sua integração no regadio, considerou-se fundamental caraterizá-las e tipificá-las apurando as condições de adesão a novos projetos que eventualmente se perspetivem para a região. Neste contexto, procedeu-se à aplicação de um inquérito, contataram-se pessoalmente os respetivos proprietários, e posteriormente, sempre que ajustado, foram promovidos encontros entre proprietários não regantes, mas disponíveis para arrendamento, e potenciais arrendatários. Os dados obtidos através dos inquéritos estão a ser tratados, em base de dados criada internamente para esse efeito (CIEFMA Comercial). Uma vez disponível e sistematizada será possível apreender as razões da não utilização da água do EFMA por parte dos proprietários, avaliar a sua disponibilidade para inverter essa situação e efetuar um mapeamento que permita a análise das zonas não regadas e disponíveis. Realce-se que, de 1 de maio a 31 de dezembro de 2012, foram contatados 743 proprietários e cobertos cerca de 12,7 mil hectares beneficiados, pertencentes a um conjunto de prédios com a uma área total de cerca 32,5 mil hectares. Nos quadros seguintes apresenta-se resumo dos resultados obtidos no final de 2012: Perímetros de Rega N.º de Inquéritos Efetuados (ha) Área Contatada Área Total dos Prédios (ha) Área Beneficiada EFMA (ha) Monte - Novo , ,24 Alvito - Pisão ,54 210,63 Loureiro - Alvito ,03 483,79 Brinches ,00 623,00 Brinches-Enxoé 10 88,39 58,84 Serpa ,66 167,60 Orada-Amoreira 9 796,44 243,01 Pisão ,14 694,27 Ferreira , ,37 Ervidel , ,63 Alfundão , ,10 Total , ,48 Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 44

45 Disponibilidade do Proprietário Área Classificada Área Beneficiada EFMA (%) Venda 5% Arrendamento c/prazo 13% Arrendamento m/prazo 7% Arrendamento l/prazo 4% Parceria 48% Área não disponível 23% Total 100% Em paralelo com o acompanhamento das várias intenções de investimentos por parte de algumas empresas agroindustriais, e à colaboração e participação na apresentação e desenvolvimento de diversos projetos, procedeu-se ainda à criação de listagens de proprietários interessados em novas produções para facultar às empresas, com o objetivo de promover parcerias. Neste âmbito, a EDIA participou na organização da sessão inaugural da Volta a Portugal em fruta, legumes e flores, que teve lugar nas instalações da EDIA, em Beja, no dia 4 de julho, e que contou com a presença da Exma. Sr.ª Ministra, Dr.ª Assunção Cristas. Este evento, organizado pela Portugal Fresh, teve como finalidade dar a conhecer a missão desta associação de promoção do setor e, em particular, as potencialidades do associativismo agrícola na área de influência de Alqueva. No decurso de 2012 refira-se ainda a participação da EDIA numa reunião conjunta com os agricultores e Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), realizada a 29 de junho. No final do ano procedeu-se ainda à elaboração de um dossier técnico-económico, sobre a aptidão da produção de culturas para exportação na área de influência do EFMA, para o Grupo Portugal Ventures, evento realizado já em fevereiro de 2013, e cujo âmbito foi subordinado à análise das oportunidades para capital de risco na área de influência do Projeto Alqueva. Ao longo do ano a EDIA tem acompanhado também a empresa TORRIBA no desenvolvimento do projeto de produção de amendoim na área de influência do Empreendimento, tendo contribuído para a organização de um encontro onde foi realizada a apresentação pública do projeto, no contacto com os agricultores e no levantamento e caraterização dos solos existentes na região. Foi ainda fornecido a esta empresa um dossier técnico sobre a aptidão da produção do milho na área de influência do EFMA. No 4.º trimestre de 2012, referencie-se a organização e acompanhamento, pela EDIA, de uma visita técnica do Clube de Produtores da SONAE, com o objetivo de mostrar aos seus associados as potencialidades do EFMA para o desenvolvimento de projetos na área agrícola e agroalimentar da sua zona de influência. Neste período, indique-se, em simultâneo, o apoio à realização na Missão empresarial da Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares (FIPA), com a presença da Sr.ª Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 45

46 Neste período procedeu-se igualmente à elaboração do projeto de viabilização da atividade agrícola em minifúndio e à realização das respetivas diligências tendo em vista a sua concretização, tendo em conta a maior dificuldade que estes proprietários têm per si, e de forma isolada, em encontrar alternativas produtivas que se adequem à dimensão económica das suas explorações e ao seu perfil como empresários. Esta dificuldade traduz-se na menor taxa de adesão destas áreas quando comparada com a taxa de adesão das médias e grandes propriedades. Neste âmbito evidencie-se ainda a formalização de diversos contratos, que confirmam não apenas o interesse, mas também a capacidade de concretização que já se verificou em 2012, de entre os quais se destaca o projeto Academia das hortícolas de Alqueva (iniciativa que já conta com link na rede social facebook), desenvolvido em conjunto com a Cooperativa Agrícola de Beringel, cujo protocolo foi formalizado a 18 de dezembro. Com esta iniciativa pretende-se criar um polo que sirva de unidade de demonstração e experimentação da produção e comercialização de hortícolas numa zona de pequena propriedade (Beringel), com o objetivo de contribuir para a dinamização do regadio. Finalmente, merece igualmente referência a continuação do trabalho na área da economia da água e sistemas de tarificação, com a realização de previsões de encargos e de receitas de exploração e a análise económica e de exploração dos perímetros de rega em funcionamento. No decurso de 2012 foram ainda propostas alterações ao tarifário de água para rega, nomeadamente, ao nível diferenciação da taxa de exploração no regime de adução em alta pressão por período de bombagem. O tarifário diferenciado será testado durante a campanha de 2013, do ponto de vista económico e operacional, com o objetivo de aplicar a diferenciação da taxa de exploração já na campanha de Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 46

47 Em relação ao Modelo técnico-económico para monitorização e gestão da componente hidroagrícola de Alqueva, a empresa Agro-Gestão entregou a primeira versão da aplicação informática. Ao longo do ano continuou a ser efetuado o aperfeiçoamento desta ferramenta, de modo a incorporar as modificações ocorridas na área de exploração, encontrando-se o modelo numa fase terminal, perspetivando-se a sua ativação durante o ano de Gestão e Exploração de Recursos Naturais - Ordenamento do Território Gestão da Água Estado das Massas de Água e Gestão de Albufeiras Em 2012, foi entregue a versão revista dos relatórios referentes aos trabalhos de Quantificação das cargas poluentes afluentes às albufeiras Brinches, Serpa, Amoreira, Alvito e Pisão e Quantificação de cargas afluentes às linhas de água situadas na bacia hidrográfica do rio Degebe, que se encontram em fase de análise. Ao longo do ano procedeu-se ao acompanhamento do cumprimento das conclusões operacionais definidas no Estudo das condições ambientais no estuário do rio Guadiana e zonas adjacentes - conclusões operacionais - fevereiro de 2005, no âmbito da coordenação Luso-Espanhola. A 19 de dezembro realizou-se a XVIa reunião plenária da CADC (Comissão para a aplicação e o desenvolvimento da convenção sobre a cooperação para a proteção e o aproveitamento sustentável das águas das bacias hidrográficas Luso-Espanholas). Relativamente aos caudais ecológicos continuou o acompanhamento do cumprimento das medidas referentes ao regime de manutenção dos caudais ecológicos da rede primária, em exploração. No que respeita à gestão do plano de água decorreram os trabalhos de manutenção da sinalização de segurança das albufeiras de Alqueva e de Pedrógão, iniciados no mês de maio, que abrangem, em simultâneo, a manutenção da sinalização de segurança nas barragens dos Álamos I, II e III, Loureiro, Pisão, Amoreira, Brinches e Serpa, sinalizadas desde A sinalização de segurança realizada nestas massas de água, à semelhança da realizada anteriormente, compõe-se de placares informativos nos principais acessos às zonas com restrições, placares na margem de apoio à navegação e boias no plano de água, delimitando as zonas de restrição. No último trimestre de 2012, decorreu a fase final do período de manutenção da sinalização de segurança do reservatório 1 e 4 do bloco de rega do Monte Novo, reservatório 1 e 3 do bloco de rega de Alvito-Pisão, das barragens do Penedrão e da Lage e dos reservatórios da Orada e de Ferreira do Alentejo. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 47

48 No âmbito do projeto das jangadas solares para a criação de bosques ripícolas de cabeceira, na envolvente da albufeira de Alqueva foi realizada a retancha das plantas instaladas, enquanto que no projeto das plataformas para biodiversidade, foram monitorizadas três plataformas para a promoção da biodiversidade. No mês de agosto, e em resultado do contexto climatérico do presente ano, com uma parte significativa do território nacional em situação de seca extrema, observou-se um abaixamento significativo da cota das albufeiras durante a campanha de rega, em especial das que não tinham origens de água alternativas, que o pudessem contrabalançar. No caso da albufeira do Lucefécit foi solicitado pela Direção-geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR) e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) apoio à EDIA na remoção da biomassa piscícola existente na referida albufeira, trabalhos que se finalizaram com a retirada de kg. Entre os dias 8 e 12 de outubro de 2012 a EDIA, em articulação com a Agência Portuguesa do Ambiente, I.P. (APA) e a Câmara Municipal da Vidigueira, procedeu à recolha de biomassa piscícola na albufeira de Pedrógão, na sequência de um evento de mortalidade. Foram recolhidos kg de peixes, pertencentes a uma única espécie Alburnus alburnus, com o nome vulgar ablete, sendo que os peixes foram enviados a destino final adequado. Esta espécie exótica é proveniente do centro e norte da Europa, tendo sido introduzida em Portugal, há alguns anos, para benefício da pesca desportiva. No final do ano, foi ainda lançado o procedimento de ajuste direto para elaboração do plano de monitorização previsto no âmbito da candidatura ao LIFE + INVASEP - Lucha contra espécies invasoras en las cuencas hidrográficas del Tajo y Guadiana en la Península Ibérica. Também no contexto do combate às espécies invasoras, e considerando as dificuldades existentes para controlo a planta aquática invasora Jacinto de água, em território espanhol a montante da albufeira de Alqueva, procedeu-se à instalação de uma barreira flutuante na zona de cabeceira da albufeira, com o objetivo de reter eventuais massas vegetais desta planta que se encontrem à deriva no rio Guadiana e possibilitar, em simultâneo, a deteção atempada da chegada dessa espécie invasora. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 48

49 Barreira de contenção de plantas aquáticas na albufeira de Alqueva Estratégia para a Conservação e Valorização de Ilhas e Penínsulas de Alqueva Ao longo de 2012, decorreram os trabalhos de inventariação biológica nas ilhas de Alqueva. Na sequência destes trabalhos está ainda prevista a implementação do Plano de gestão das ilhas de Alqueva, tendo sido lançado o respetivo procedimento de contratação no final do ano. No âmbito da proteção de penínsulas e ilhas na albufeira de Alqueva, e após a concretização dos respetivos trabalhos no terreno, aproveitando o tempo seco e a redução da cota da albufeira, foi realizado o acompanhamento periódico das áreas protegidas, observando-se a eficácia das estruturas instaladas e das medidas implementadas para a sua preservação e a possibilidade de passagem para as penínsulas. Gestão das Áreas Sobrantes Em 2012, tiveram continuidade as tarefas relacionadas com a gestão do património rústico e urbano da EDIA. Em termos de património urbano tiveram lugar os serviços de segurança e vigilância da estação elevatória dos Álamos e foi efetuada a preparação e lançamento da prestação de serviços de controlo de pragas no património da EDIA. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 49

50 No âmbito da gestão do património rústico de destacar os trabalhos previstos com a gestão das áreas sobrantes e interníveis, tendo sido efetuadas as respetivas operações de manutenção e beneficiação dos povoamentos instalados nos terrenos da EDIA. Prosseguiu igualmente a execução de levantamentos de campo e venda de pastagens naturais e o arrendamento dos terrenos da Empresa, identificados para o efeito, de forma à proceder à sua rentabilização. No final de 2012, o património rústico da EDIA era composto por 345 prédios, estando disponíveis para arrendamento 297 prédios, dos quais 144 se encontram arrendados. Dos 48 prédios não arrendáveis, 16 encontram-se afetos à obra e 32 em gestão direta. Existem ainda 8 cedências a que corresponde a área de 42,8 ha. No âmbito do processo de remoção das construções não autorizadas nos terrenos da EDIA, em 2012 foram identificados os rendeiros que possuíam construções não autorizadas nos terrenos que arrendam à Empresa, tendo-lhe sido solicitado que as mesmas fossem removidas, processo que se encontra a ser seguido internamente e ainda a decorrer para três rendeiros. De entre as atividades levadas a cabo ao longo do ano destacam-se ainda a preparação do procedimento de contratação relativo aos trabalhos incluídos no Plano de gestão de áreas sobrantes e interníveis para 2013; a preparação de pedido de apoio à florestação para a herdade das Piteiras, no âmbito das medidas disponibilizadas pelo PRODER; e a preparação do projeto de arborização e beneficiação da envolvente ao ancoradouro e museu da aldeia da Luz. Utilização Privativa do Domínio Público Hídrico Em 2012, continuou a ser prestado apoio aos requerentes na instrução dos pedidos de licença/concessão de captação de águas superficiais e nos pedidos efetuados no âmbito da seca, tendo sido analisados os processos em tramitação, rececionado novos pedidos de captação de água para rega e emitidos os respetivos títulos. Títulos emitidos e válidos até 31 de dezembro de 2012 Volume Origem de água válido N.º títulos válidos (m 3 ) Área válida (ha) Alqueva Pedrógão Outras origens Total Origem de água Títulos emitidos em 2012 N.º títulos Volume licenciado (m 3 ) Área licenciada (ha) Alqueva Pedrógão Outras origens Total A equipa de fiscalização e vigilância continuou a desenvolver as suas atividades ao longo do ano. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 50

51 Infraestruturas em Construção Redes Primária e Secundária No decurso de 2012, as atividades desenvolvidas pela EDIA continuaram a privilegiar a materialização do Sistema Global de Abastecimento de Água, com o avanço das obras das infraestruturas primárias e secundárias do projeto Alqueva que, em pleno, contempla a beneficiação de uma área de regadio com cerca de hectares. O EFMA é o maior investimento público regional no sector hidroagrícola, constituindo uma referência incontornável para o desenvolvimento da região, numa ação concertada que abrange todos os domínios de atividade económica. No âmbito da componente de construção do Empreendimento destaque-se, em 2012, a finalização da empreitada de construção do adutor de Cinco Reis, da ligação Pisão Beja, assim como a conclusão das empreitadas do perímetro de rega de Loureiro Alvito e do bloco 1 de Ervidel. No início do 2.º semestre do ano, foram ainda lançados os concursos públicos para a contratação da construção dos circuitos hidráulicos Amoreira-Caliços e Caliços Pias, obras do subsistema Ardila, e dos circuitos hidráulicos S. Pedro Baleizão e Baleizão Quintos, ambos do subsistema de Pedrógão. Em termos de rede secundária foram lançados os concursos referentes às empreitadas de construção dos blocos de rega de Cinco Reis - Trindade e da rede viária do bloco de rega de Aljustrel, do subsistema de Alqueva, e dos blocos de rega de S. Pedro Baleizão, 1, 2 e 3 de Baleizão Quintos e 4 e 5 de Baleizão Quintos, pertencentes ao subsistema de Pedrógão. Projetos em Curso Redes Primária e Secundária No decurso de 2012, teve continuidade a validação dos vários estudos e projetos referentes às infraestruturas primárias e secundárias a implementar no âmbito da efetivação do EFMA, e ainda a elaboração de estudos relativos a dados de base para o dimensionamento, sistematização e funcionamento dos circuitos hidráulicos e infraestruturas em equação. Por outro lado, e no sentido de informar sobre as características e potencialidades das infraestruturas, e de sistematização das questões inerentes ao benefício hidroagrícola a ser concretizado, continuaram a ser assegurados os contactos com os agricultores futuros beneficiários do projeto. No final do ano foi entregue o Estudo de Impacte Ambiental (EIA) do Circuito Hidráulico de Roxo Sado e respetivo bloco de rega, na Associação Portuguesa de Ambiente (APA) e na Administração de Região Hidrográfica (ARH). Quanto ao EIA dos blocos de rega do Perímetro de Rega de Vale de Gaio, continua a aguardase esclarecimento das entidades competentes relativamente ao documento enviado pela EDIA sobre as Condicionantes ao Licenciamento e Elementos a Apresentar, de acordo com a resposta recebida pela Associação Portuguesa do Ambiente (APA). No Perímetro de Rega Pisão Beja, e no que respeita aos blocos de rega de Beringel Beja, procedeu-se ao envio de resposta para a APA aos Elementos a Apresentar e Condicionantes da Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 51

52 DIA. Foi ainda rececionada resposta do Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território (MAMAOT) a informar da aprovação do Sistema de Gestão Ambiental (SGA), cumprindo o exposto nas alíneas a), b) e c) do ponto 1 dos Elementos a Apresentar. Quanto aos Blocos de Rega Cinco Reis Trindade, do mesmo perímetro, continua a aguardar-se a resposta da APA relativamente ao Elementos a Apresentar e Condicionantes da DIA. No que respeita ao Modelo de Simulação e Otimização do Funcionamento do subsistema de Alqueva (ALWAYS), que irá contribuir para a otimização das transferências de água na rede primária deste subsistema, realizaram-se diversas reuniões para discussão dos seus pressupostos base, análise de parâmetros de entrada e resultados gerados. Prevendo-se a conclusão dos trabalhos, e o inicio da sua exploração para março de No mês de dezembro foi entregue, na entidade licenciadora e na autoridade de AIA, o EIA do projeto de execução do Circuito Hidráulico de Ligação ao Sistema de Adução de Morgavel. No subsistema Ardila, e no que respeita aos Circuitos Hidráulicos Amoreira Caliços e Caliços - Pias, continua a aguardar-se resposta da APA relativamente ao pedido de prorrogação de prazo de validade da DIA enviado pela EDIA. Relativamente ao Circuito Hidráulico de Caliços Machados, continua a aguardar-se resposta da Secretaria de Estado do Ambiente e do Ordenamento do Território, para efeitos do pedido de reapreciação da DIA pela EDIA. No projeto do Bloco de Rega de Pias e respetivo EIA, aguarda-se resposta por parte da APA ao pedido de prorrogação do prazo de validade da DIA. No final do ano, a APA respondeu ao ofício remetido pela EDIA relativamente aos Elementos a Apresentar e Condicionantes da DIA do Bloco de Rega de Moura Gravítico a referir que o cumprimento das medidas relativas às Condicionantes será efetuado aquando da apresentação de evidências que o comprovem, e que a resposta aos Elementos a Apresentar, já enviados, se encontra em análise por parte das entidades competentes. Quanto à 2.ª Fase do Projeto de Emparcelamento Rural dos Coutos de Moura, decorreu o período de exposição pública, na sequência do qual foi apresentado, no mês de outubro, o relatório ténico sobre reclamações dos novos lotes, tendo decorrido a respetiva análise de reclamações. No subsistema de Pedrógão, e no âmbito da revisão do projeto de execução do Circuito Hidráulico de S. Matias e respetivo bloco de rega, procedeu-se à abertura do concurso de ajuste direto e elaboração dos relatórios preliminares e finais. Em termos ambientais foi recebida a resposta da APA aos Elementos a Apresentar e Condicionantes da DIA, assim como a resposta do MAMAOT, a informar a aprovação da documentação enviada pela EDIA. No fim de 2012 foi concluído e entregue o relatório da revisão do projeto de execução do bloco de rega de S. Pedro Baleizão e recebeu-se resposta da APA, ao ofício enviado pela EDIA relativo às condicionantes 1 e 2 da DIA, a informar que o documento se encontra em análise por parte das entidades competentes. O projeto de execução do Circuito Hidráulico Baleizão Quintos foi igualmente concluído, com a entrega do relatório da revisão do projeto da rede primária. Foi ainda rececionada a Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 52

53 resposta da APA, relativamente aos Elementos a Apresentar e Condicionantes da DIA, e do MAMAOT, a informar da aprovação da documentação enviada pela EDIA. Procedimentos Expropriativos No decurso de 2012, desenvolveram-se diversas atividades com a finalidade de assegurar os procedimentos expropriativos associados aos projetos em curso, em fase de conclusão e em fase inicial, com intervenções em distintas áreas geográficas do Empreendimento. No que respeita aos projetos em fase final do processo expropriativo decorreu o acompanhamento de comissões arbitrais e peritagens, a regularização de situações de registo e o acompanhamento de situações resultantes das obras. Em relação aos projetos que se encontram em curso, realizaram-se levantamentos de campo; avaliações; negociações; vistorias ad perpetuam rei memoriam; autos de posse administrativa e de expropriação amigável; registos; e o acompanhamento de situações resultantes de obra. Foram ainda aprovados as bases de avaliação necessárias à realização das expropriações inerentes à implantação dos projetos que se estão a iniciar, tendo-se igualmente procedido ao envio de pedidos de isenção de Imposto municipal sobre as transmissões onerosas de imóveis (IMT) para o circuito hidráulico de S. Pedro Baleizão; o circuito hidráulico de Baleizão Quintos; os blocos de rega de S. Pedro Baleizão; os blocos de rega de Baleizão Quintos e os blocos de rega de Cinco Reis Trindade. Em termos de intervenção, e de acordo com a fase em que se encontram os respetivos processos expropriativos, elencam-se igualmente os seguintes projetos, com referência ao final de 2012: Projetos em fase inicial Bloco de rega de Cinco Reis-Trindade; Bloco de rega de S. Pedro-Baleizão; Bloco de rega de Baleizão-Quintos; Circuito hidráulico de S. Pedro-Baleizão; Circuito hidráulico de Baleizão-Quintos e Circuito hidráulico de Caliços-Machados. Projetos em curso Blocos de rega de Pias; Blocos de rega de Vale de Gaio; Circuito hidráulico de Amoreira - Caliços e Circuito hidráulico de Caliços - Pias e barragem de Pias. Projetos em fase final Circuito hidráulico de Pedrógão Margem Direita; Blocos de rega de Selmes e Pedrógão; Blocos de rega de Aljustrel; Blocos de rega de Ervidel; Adutor Pisão - Beja; Adutor Pisão - Roxo; Canal Alvito - Pisão; Circuito hidráulico de Vale de Gaio; Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 53

54 Blocos de rega de Brinches; Blocos de rega Orada - Amoreira; Blocos de rega de Serpa; Blocos de rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom; Blocos de rega Alvito-Pisão; Blocos de rega do Monte-Novo e Blocos de rega do Pisão. Em 2012, procedeu-se à implementação de um sistema interno de controlo de qualidade dos procedimentos expropriativos. Até 31 de dezembro foi realizado o controlo de qualidade a 167 processos de expropriações. Foram ainda publicadas diversas Declarações de Utilidade Pública (DUP) para os projetos: circuito hidráulico de Baleizão-Quintos; bloco de rega de S. Pedro - Baleizão; bloco de rega de Baleizão-Quintos; circuito hidráulico de Caliços-Pias e barragem de Pias; circuito hidráulico de Amoreira-Caliços e barragem de Caliços e bloco de rega de Cinco Reis - Trindade. Para o circuito de segregação de caudais da barragem do Roxo e circuito de segregação de caudais da barragem de Odivelas aguarda-se a emissão deste documento. No final do ano, foi ainda solicitado ao Tribunal da Relação de Évora a nomeação de peritos com vista à realização de vistorias ad perpetuam rei memoriam e aprovado o relatório final resultante do concurso público para contratação de bolsa de peritos avaliadores para prestação de serviços de Validação de avaliações no âmbito do processo de aquisição ou oneração de imóveis necessários ao EFMA. Total dos Projetos em Fase de Processo Expropriativo em 2012 Prédios Prédios Prédios Autos Projeto Avaliados Aprovados Acordados Efetuados Litígios Total Rede Primária Total Rede Secundária Total Redes Primária e Secundária Tiveram ainda lugar as prestações de serviços com as empresas Águas Públicas do Alentejo, S.A. (AgdA) e para a empresa SIMARSUL, S.A.. Ambiente, Património e Ordenamento do Território Património Cultural No âmbito do protocolo celebrado entre a EDIA e a Direção Regional de Cultural do Alentejo (DRCALEN) para a publicação das monografias relativas aos trabalhos arqueológicos realizados no âmbito do Plano de Minimização de Impactes Arqueológicos no Regolfo de Alqueva decorreu, no decurso de 2012, a preparação do processo de concurso do procedimento de adjudicação, encontrando-se os respetivo trabalhos em fase de execução. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 54

55 A 22 de outubro, teve lugar a assinatura, com a DRCALEN e a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), de um aditamento ao protocolo de colaboração celebrado, a 9 de outubro de 2007, entre a EDIA e o ex-instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico (IGESPAR). Na sequência da DIA dos blocos de rega de Ferreira e Valbom, teve ainda lugar a preparação dos trabalhos de investigação e publicação associados ao povoado do Porto Torrão, a executar enquanto medida compensatória dos impactes negativos provocados pela implementação do projeto. Em 2012, realce-se, por outro lado, a organização de exposição sobre uma escultura cerâmica representando um Touro, datada do séc. VII/VI a.c., identificada numa necrópole da Idade do Ferro (Cinco Reis 8), e descoberta durante os trabalhos de construção do troço de ligação Pisão- Beja. Pela sua raridade, relevância científica e importância iconográfica, a EDIA considerou que esta peça, com uma altura de 23cm, 17cm largura e 45cm de comprimento, deveria ser objeto de destaque numa mostra pública. A exposição, patente na galeria de arte da EDIA, de 27 de abril a 29 de junho, e na Ovibeja, no dia 30 de abril, teve como figura de destaque esta escultura em cerâmica representando um touro recuperado de uma das cerca de intervenções arqueológicas promovidas, até à data, pela EDIA. Projetos de Recuperação Paisagística e Compensação de Quercíneas Em 2012, teve lugar a preparação de elementos para o procedimento de concurso relativo à compensação de quercíneas, aguardando-se ainda autorização para a preparação dos elementos de concurso tendo em vista a execução do projeto de recuperação paisagística para a albufeira do Pisão. Continua a aguardar-se parecer da APA relativamente ao projeto de melhoria/requalificação de linhas de água dos blocos de rega Alvito Pisão. Programa de Medidas Compensatórias para a Ictiofauna Autóctone e Continental da Bacia Hidrográfica do Sado (PMCSado) O projeto de execução desenvolvido no âmbito da Ação 2 - Criação de bypass a obstáculo transversal (que integra o PMC Sado) encontra-se em fase de conclusão. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 55

56 Diversos Em 2012, decorreu a preparação de resposta às medidas das DIA s, para a fase de exploração e do relatório de avaliação da envolvente biofísica das infraestruturas do EFMA. De realçar também os trabalhos preparatórios com vista à elaboração do Plano de monitorização do património cultural localizado em área afeta às infraestruturas integradas no EFMA. No final do ano, foi ainda analisada a proposta sobre as estruturas em fase de estudo prévio do empreendimento turístico da Herdade do Mercador, tendo-se procedido, após análise do EIA e respetivo aditamento, ao envio do parecer da EDIA à APA. Monitorização Ambiental No âmbito da monitorização ambiental decorreram diversos programas relacionados com a monitorização no sistema Alqueva Pedrógão e nas redes primária e secundária de rega, apresentando-se, nos quadros seguintes, o respetivo ponto de situação, com referência ao final de 2012: Programas de Monitorização do Sistema Alqueva Pedrógão e Rede Primária Sistema Alqueva - Pedrógão e Rede Primária Programas de Monitorização Ponto de Situação Estado das Águas de Superfície e Estado das Águas Subterrâneas Recursos Hídricos Superficiais da Rede Primária do EFMA (ano hidrológico 2010/2012) Recursos Hídricos Superficiais da Rede Primária do EFMA (ano hidrológico 2012/2014) Potenciais impactes da transferência da água Guadiana-Sado na Ictiofauna (2012) Recursos Hídricos Superficiais da Estação Elevatória e do Circuito Hidráulico do Pedrógão fase de construção Recursos Hídricos na Área dos Circuitos Hidráulicos de Amoreira-Caliços e Caliços-Pias para a fase de construção Em fase de conclusão Em curso Em fase de conclusão Em fase de conclusão Procedimento de ajuste direto Fauna, Flora e Vegetação Inventariação biológica nas ilhas de Alqueva Eficácia das Medidas de Minimização do Efeito Barreira e do Efeito Armadilha Levantamento de condições de funcionamento do Dispositivo de Passagem de Peixes de Pedrógão Avaliação da eficácia do Dispositivo de Passagem de Peixes da Barragem de Pedrógão (monitorização) Monitorização da Avifauna na Área do Sistema Alqueva - Pedrógão Acompanhamento de Morcegos na envolvente de Alqueva e Pedrógão Em curso Em curso Em curso Procedimento de Concurso Público Procedimento de Concurso Público Em curso Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 56

57 Programas de Monitorização da Rede Secundária de Rega Rede Secundária de Rega Programas de Monitorização Estado das Águas de Superfície e Estado das Águas Subterrâneas Recursos Hídricos Superficiais e de Qualidade Ecológica na Área dos Blocos de Rega em fase de exploração /2013 Recursos Hídricos na Área dos Blocos de Rega de Cinco Reis e Trindade - fase de construção Recursos Hídricos Subterrâneos na Área dos blocos de rega em fase de exploração /2013 Ponto de Situação Procedimento de ajuste direto Procedimento de ajuste direto Em curso Fauna, Flora e Vegetação Avifauna na Barragem do Pisão (2011/2012) Ictiofauna e dos Recursos Hídricos Superficiais no Bloco de Rega do Monte Novo (2010/2011) Aves Estepárias e de Rapina nos Blocos de Rega do Monte Novo, Alvito-Pisão e Pisão (2009/2010) Aves Estepárias e de Rapina nos Blocos de Rega do Monte Novo, Alvito-Pisão e Pisão (2010/2011) Aves Estepárias nos Blocos de Rega de Alfundão e de Ferreira e Valbom (2010/2011) Aves Estepárias nos Blocos de Rega de Alfundão e de Ferreira e Valbom (2012/2013) Aves Estepárias no Bloco de Rega de Ervidel (2010/2011) Aves Estepárias nos Blocos de Rega de Selmes, S. Pedro Norte e Pedrógão (2010/2011) Aves Estepárias nos Blocos de Rega de Pias (2011) Aves Estepárias nos Blocos Sul e Oeste so Subsistema de Rega do Ardila Em fase de conclusão Em fase de conclusão Em fase de conclusão Em curso Em fase de conclusão Em curso Em fase de conclusão Em fase de conclusão Em fase de conclusão Em curso Solos Solo nos Blocos de Rega do Conselho de Ferreira do Alentejo e Serpa Solo nos Blocos de Rega de Selmes, S. Pedro Norte e Pedrógão Caraterização da situação de referência do solo nos Blocos de Rega de Aljustrel, Ervidel, Beringel-Beja e S. Pedro - Baleizão Concluído Em fase de conclusão Em curso No decurso de 2012, tiveram lugar as ações de manutenção das estações da EDIA e do equipamento instalado nalgumas das estações do Instituto da Água (INAG) (sondas de meio e de fundo e amostradores automáticos). Foram ainda concluídos os trabalhos de reparação de quatro plataformas flutuantes, designadamente, as que sustentam as estações automáticas de Alqueva-Captação; Alqueva- Montante; Alqueva-Mourão; e Alcarrache. Com o objetivo de conhecer os caudais em curso no rio Guadiana decorreram, ao longo do ano, deslocações periódicas à estação hidrométrica do Pulo do Lobo. No final do ano, e no âmbito da manutenção das estações automáticas integradas na rede específica de monitorização do sistema Alqueva Pedrógão (2012/2013), foram assegurados os respetivos trabalhos e ações de manutenção. No final do ano, decorria igualmente o levantamento das estações hidrométricas existentes na bacia hidrográfica do Guadiana, estando em curso a identificação das necessidades de informação no âmbito da gestão e exploração das albufeiras de Alqueva e Pedrógão. Em novembro, tiveram início os trabalhos de campo no âmbito da monitorização dos recursos hídricos superficiais da rede primária do EFMA para os anos hidrológicos 2012/2014. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 57

58 Ordenamento do Território/Instrumentos de Gestão Ambiental Ao longo do ano, a EDIA participou em diversas reuniões enquanto membro da comissão de acompanhamento da revisão de diversos instrumentos de gestão territorial, designadamente, dos Planos Diretores Municipais (PDM) de Aljustrel, Serpa, Cuba, Beja. A EDIA assegurou ainda a sua participação no âmbito da consulta pública dos Planos de Gestão das Bacias Hidrográficas (PGBH) das regiões hidrográficas 6 (Sado e Mira) e 7 (Guadiana) e a sua representação na 10.ª Reunião do Conselho de Região Hidrográfica do Alentejo (CRHA). Sistemas de Gestão na Área Ambiental Sistemas de Informação de Recursos Hídricos de Alqueva (SIRHAL) Conceção/Implementação No decurso de 2012, teve continuidade a divulgação diária do boletim com informação sobre a evolução do volume armazenado e variação diária das cotas das albufeiras de Alqueva e de Pedrógão, bem como informação diária acerca dos caudais registados a montante e jusante do sistema Alqueva-Pedrógão. Este boletim foi revisto no início de Decorreu igualmente a análise diária dos caudais descarregados e dos valores registados na estação hidrométrica do Pulo do Lobo, com o objetivo de efetuar o controlo do caudal registado versus o valor de caudal ecológico necessário a assegurar no sistema Alqueva-Pedrógão. O valor de caudal ecológico afiançado pelo sistema no mês anterior é mensalmente divulgado, a nível interno, bem como o valor do caudal ecológico a cumprir no mês seguinte. Procedeu-se também à divulgação interna do regime de caudais ecológicos para a rede primária do EFMA, atualmente em exploração. Esta divulgação tem uma periodicidade mensal. Em maio, teve ainda início a disponibilização de informação sobre a qualidade da água para o uso rega, através do Boletim de qualidade da água para rega. A informação em causa diz respeito aos resultados dos parâmetros mais relevantes face ao uso rega junto das principais origens de água do EFMA, nomeadamente, as albufeiras de Alqueva e Pedrógão. Anualmente serão produzidos dois boletins nos meses de março/abril, com início da época das culturas de verão, e em julho/agosto, antes do início da época das culturas de inverno. Com o primeiro boletim serão disponibilizados os resultados das campanhas de amostragem de janeiro e com o segundo boletim os resultados do mês de maio. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 58

59 Projetos Especiais Consideram-se Projetos Especiais o Parque de Natureza de Noudar (PNN), o Museu da Luz e os Sistemas de Informação Geográfica e Cartografia. Parque de Natureza de Noudar O Parque de Natureza de Noudar é um projeto de referência na compensação ambiental com objetivos de conservação da biodiversidade, cuja lógica incorpora o uso agro-florestal e o turismo. No PNN, a EDIA coloca em prática a política europeia para a conservação da biodiversidade e territórios da Rede Natura 2000: a gestão da biodiversidade é integrada sinergicamente com a gestão agro-florestal e turística. Os resultados da monitorização da biodiversidade no PNN evidenciam resultados relevantes e com alto valor demonstrativo nesta área. Assim, e de forma a promover o fomento da multifuncionalidade e da sustentabilidade da exploração agro-florestal do Parque prosseguiram, ao longo do ano, as atividades agro-silvopastoris da propriedade contribuindo, por esta via, para a conservação e salvaguarda dos valores naturais preconizados pelo projeto. Os trabalhos agroflorestais decorreram de acordo com o estipulado no Plano de exploração agro-florestal 2011/2012, tendo-se procedido, simultaneamente, à manutenção das condições de exploração exigidas pela certificação da Gestão Florestal Sustentável (FSC). Na vertente agrícola, decorreu a gestão de pomares e hortas. Em termos pecuários, referenciemse, entre outras atividades, o maneio do gado, a avaliação do estado das pastagens e a realização da planificação anual da exploração de bovinos em modo de produção biológica. Procedeu-se igualmente à avaliação preditiva da capacidade produtora de fruto do montado de azinho. Aguarda-se a licença da ARH para avançar com procedimento de contratação para construção de charca no parque de gado das Eiras Queimadas. Na sequência do planeamento do efetivo bovino e tendo em conta a avaliação das pastagens e a monitorização dos efeitos do pastoreio nas mesmas, procedeu-se à apresentação de uma candidatura aos direitos da reserva nacional para efetuar um reforço do efetivo, processo que visa a maior rentabilização da atividade respeitando o equilíbrio entre os diferentes valores naturais que se quer promover. Em termos cinegéticos, decorreram diversas ações de gestão no terreno, caso da preparação e manutenção dos cevadouros para caça ao javali, do acompanhamento da realização de caçadas e da recolocação de sinais e placas da zona de caça turística. Teve igualmente lugar a avaliação do regulamento da caça, o acompanhamento da avaliação de troféus de veado e a elaboração do regulamento da caça ao veado. Em 2012, procedeu-se também ao envio ao Instituto de Conservação da Natureza e Floresta (ICNF) do relatório anual de exploração cinegética, aguardando-se, por outro lado, a alteração da lei da pesca em águas interiores, que permitirá a elaboração dos processos de concessão da pesca desportiva no rio Ardila e ribeira do Múrtega. Prosseguiu ainda o acompanhamento das atividades de repovoamento com coelho-bravo e o licenciamento da unidade de criação de coelho-bravo da Herdade da Coitadinha. Ao longo do ano, continuou a organização de diversos eventos e atividades interpretativas e dos trabalhos desenvolvidos no âmbito das Publicações de Noudar, caso da produção dos guias de bolso de fauna e flora. Continuaram igualmente as visitas de estudo de várias escolas e localidades. No que respeita às atividades de divulgação e promoção levadas a cabo, mencione-se a adesão à campanha do Turismo de Alentejo (3 noites, 1 de oferta), a participação no roteiro Dormidas e Manjares 2012 e as reportagens de Andoni Canela (18 de dezembro) e de passagem Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 59

60 de ano na revista Mais Alentejo. Cabe também destacar a divulgação do campo de férias 2012 e a conceção de pacotes turísticos incluindo o Museu da Luz e Alqueva. Na componente turística do projeto, tiveram seguimento os serviços de alojamento e de refeições, tendo-se procedido à planificação de pacotes com refeições incluídas e ofertas para períodos de férias. Assinale-se também a finalização das obras do restaurante. Em 2012, indique-se ainda a conclusão do processo de licenciamento dos parques de coelho-bravo (Núcleo Florestal de Serpa) e a receção, pelo Parque, no mês de maio, da certificação da marca Wildlife Estate. Esta marca pretende distinguir, à escala europeia, as boas práticas de gestão rural na sua interação com a conservação da natureza. Em 2012 foi ainda definida e planeada uma estratégia comercial e de marketing, através do Plano de Ação do turismo para 2013, que permite dinamizar a componente turística, melhorando o seu contributo para o equilíbrio financeiro do PNN. No âmbito do projeto IBERLINX, a aprovação, em 2008, do Plano de Ação para a Conservação do Lince ibérico (PACLIP) fez convergir a estratégia nacional de conservação da espécie com o programa de ações já em curso no PNN desde 2004, com o objetivo de melhoria do habitat nos cerca de 1000 ha do PNN. Em 2012, como consequência dos objetivos e atividade da EDIA, o território do PNN é um elemento importante da estratégia de conservação, definida no projeto LIFE+ NATURALEZA 10 NAT/ES/ Recuperación de la distribución histórica de lince ibérico (lynx pardinus) en España y Portugal (life iberlince). O Life Iberlince é um projeto de grande relevância à escala europeia, cujo beneficiário coordenador é a Junta de Andalucia e cujos beneficiários em Portugal são o ICNF e a Associação Iberlinx, competindo a esta o essencial da operacionalização do projeto no terreno. A EDIA é sócia fundadora e atual presidente da Direção da Associação Iberlinx tendo contribuído decisivamente para viabilizar a realização do Life Iberlince em Portugal. Museu da Luz Assumindo-se como um serviço vocacionado para a divulgação e salvaguarda do património cultural, material e imaterial, relacionado com o território e implantado junto ao extenso espelho de água de Alqueva, o Museu da Luz continuou a proporcionar aos seus visitantes uma experiência enriquecedora como elemento de memória da comunidade da Luz, com um leque de atividades que abrange áreas tão diversas como a investigação, a incorporação, o inventário e a documentação, a conservação do acervo, a interpretação e exposição, a educação, a projeção e divulgação, bem como o estabelecimento de colaborações e parcerias com diversas entidades. Em 2012, no âmbito da política de divulgação preconizada ao longo dos anos, e visando uma melhor divulgação das suas atividades junto dos públicos-alvo, continuou-se a produzir os boletins informativos do Museu. De igual forma, continuou a ser fomentada a realização de exposições temporárias, de curta e longa duração, de que é emblemático o ciclo Dar voz aos objetos e no âmbito do qual se destacam as seguintes exibições: O Alguidar de amassar o pão: por Georgina Sardinha e Clarisse Chilrito ; O Arneiro: do cereal ao moinho ; A cachamorra por Jacinto Suzano: onde é que há hoje os pastores ; O pote da caiação e A tarrafa, o arneiro, a lancheira, no Encontro do Grande Rio do Sul, organizado pela Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM). Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 60

61 Em 2012 destaquem-se ainda as seguintes exposições: Igreja de Nossa Sr.ª da Luz: igreja dupla ; Alqueva e Luz ; Sem Retorno, fotografias de Sebastião Resende; a campanha de divulgação: Um lago, duas aldeias, um museu ; A terra: Ocaso de uma relação milenar ; Sem Retorno (fotografias de Sebastião Resende); A terra: ocaso de uma relação milenar Alqueva II: registos, no âmbito da parceria com a Trienal Movimento Desenho 2012, e a preparação da iniciativa é um mundo novo!, do artista Carlos Noronha Feio. Ao longo do ano, procedeu-se ainda à promoção de diversas iniciativas para diversos públicosalvo, designadamente, público escolar e geral, comunidade concelhia iniciativas de dinamização comunitária, zona de influência da barragem e ações de âmbito turístico. No quadro do Programa Educativo Escolar, destaque-se a divulgação de atividades dirigidas a crianças, como o projeto Duas aldeias em palavras aos pares, no âmbito do festival Palavras Andarilhas XII. Tal como é prática comum em anos anteriores, foi mais uma vez assinalado o dia internacional dos Museus, a 18 de maio, com a apresentação do espetáculo de marionetas O Romance da Raposa, organização da DRCALEN. O Museu da Luz aderiu ainda às Jornadas Europeias do Património 2012, tendo-se igualmente associado, no mês de novembro, à semana da Ciência & Tecnologia. No decurso de 2012, refira-se a parceria com o projeto Terra Nómada, programa de inclusão social para estudantes de etnia cigana e que preconiza a realização de atividades lúdicas e pedagógicas no e pelo Museu da Luz e espaços associados. Em 2012, realce-se ainda a conclusão do passadiço que liga a aldeia da Luz ao cais e que constitui uma nova porta de entrada para a aldeia, permitindo, desta forma, o trânsito e paragem de todo o tipo de embarcações e convidando ao (re)conhecimento das áreas circundantes. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 61

62 Sistemas de Informação Geográfica e Cartografia As atividades do Centro de Cartografia (CC) continuaram a incidir nos domínios da cartografia, topografia e cadastro, com destaque para a execução de altimetria vetorial à escala 1: para a área de influência do EFMA e para a resposta a solicitações de âmbito interno na componente topográfica. Procedeu-se à fiscalização de cartografia e ortofotocartografia, à escala 1:2.000, para os municípios de Aljustrel, Barrancos, Almodôvar, Ourique, Ferreira do Alentejo, Castro Verde, Beja e Mértola, e foi concluída a colocação de marcos de propriedade e a monitorização e controlo do projeto de colocação de marcos de propriedade para a delimitação da área expropriada nos prédios afetados no sistema primário do EFMA (adutores de Loureiro Monte- Novo, Alvito Pisão e de Brinches Enxoé). Foram igualmente concluídos os trabalhos relativos à colocação de marcos de propriedade para a delimitação da área expropriada nos prédios afetados nos perímetros de rega do Monte Novo, Pisão e Alvito-Pisão. No âmbito do projeto de monitorização geodésica das barragens do EFMA, iniciado em 2010, procedeu-se ao acompanhamento das seguintes barragens: Álamos I, II e III; Loureiro; Serpa; Laje; Cinco Reis; Amoreira; Brinches e Vale de Carro. No decurso de 2012, teve continuidade a manutenção das boas práticas inerentes ao sistema de gestão da qualidade de acordo com a norma ISO 9001:2008. Neste período, destaque-se ainda a renovação, por três anos, do certificado de conformidade do sistema de gestão da qualidade de acordo com a norma ISO 9001:2008, processo que implicou a realização de duas auditorias, uma interna, a todo o sistema de gestão da qualidade, e uma externa, pela Associação Portuguesa de Certificação (APCER). Por último, foi concluído o projeto externo de aquisição e assessoria no âmbito do sistema de informação municipal para a Câmara Municipal de Beja, e teve lugar a aprovação dos projetos piloto de vectorização do cadastro geométrico da propriedade rústica dos concelhos de Beja, Ourique e Almodôvar. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 62

63 Relativamente ao Sistema de Informação Geográfica (SIG), durante o ano de 2012 foram consolidados processos de negócio com forte componente espacial. Entre estes, destacam-se a exploração de infraestruturas e respetiva faturação de serviços de fornecimento de água para rega, o licenciamento de captações de água para rega, a gestão de ativos e a gestão de beneficiários de perímetros de rega em funcionamento. Para estas áreas foram desenvolvidas ou melhoradas, pela empresa, aplicações informáticas específicas, por forma a obter ganhos de produtividade e alcançar a sistematização dos processos de negócio respetivos. A título de exemplo, a aplicação que permite gerir as campanhas de rega, que integra a visualização do cadastro de infraestruturas do EFMA com a gestão de regantes, permitindo uma consulta integrada das redes primária e secundária e das campanhas de rega, foi articulada com o sistema de faturação SAP. Assim, os dados obtidos durante a inscrição de regantes e pelas leituras de consumos de água, são agora introduzidos em tempo real no sistema de faturação baseado em SAP, eliminando-se tarefas manuais repetitivas, vulneráveis à introdução de erros, e reduzindo-se também tempos de espera para a obtenção de indicadores financeiros. Por outro lado, é agora possível obter indicadores operacionais com forte relação geográfica, tais como taxas de adesão nos diferentes aproveitamentos hidroagrícolas, áreas ocupadas por cada cultura e sistema de rega, áreas com serviço em baixa e alta pressão, entre outros. Como consequência da disponibilidade desta informação, foi possível avançar, em 2012, no apoio à atividade comercial da empresa, identificando-se geograficamente as áreas beneficiadas com regadio disponíveis para parcerias comerciais, promovendo-se, assim, proactivamente, o incremento da utilização deste benefício. Ainda de destacar, para o ano de 2012, a execução do plano de adoção de software Open Source na área dos sistemas de informação geográfica da empresa. Este plano levará à redução dos custos anuais com este tipo de software, com a garantia de manutenção do nível de operabilidade e capacidade funcional deste sistema. Esta migração culminará, em 2013, com a implementação dos produtos PostGIS e Quantum GIS, cuja qualidade se encontra confirmada a nível internacional, e dispondo também de uma grande comunidade nacional de utilizadores. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 63

64 Empresas do Grupo GESTALQUEVA No ano de 2012, a GESTALQUEVA prosseguiu a prestação de serviços aos associados (Associação Transfronteiriça dos Municípios das Terras do Grande Lago Alqueva (ATMTGLA), EDIA) e a terceiros, nomeadamente, durante o primeiro semestre de O facto de, na assembleia extraordinária de 15 de Junho, ter sido decidido a dissolução da Empresa, condicionou de forma significativa a sua atividade, na medida em que não permitiu assumir novos projetos, nem desenvolver novas ações. A partir dessa data, a empresa iniciou um processo de liquidação orientado pelas seguintes áreas: registo da extinção da Gestalqueva; preparação do relatório e contas à data da dissolução de 15 de junho de 2012; liquidação de dívidas; resolução da situação profissional dos colaboradores; avaliação da Gescruzeiros e alienação do património. Apesar da atividade se ter concentrado no desenvolvimento dos assuntos acima referidos, foi ainda possível continuar as ações iniciadas no primeiro semestre, de cooperação com a ATMTGLA, visando o apoio técnico na implementação dos projetos previstos no PEGLA e do ADLA, e a colaboração com a EDIA, designadamente, na gestão e funcionamento do CIAL, na limpeza e conservação da zona da barragem, serviços técnicos e na fiscalização da construção do cais da aldeia da Luz. Perspetiva-se concluir o processo de liquidação da empresa durante o ano de GESCRUZEIROS Até 31 de Dezembro de 2012, a GESCRUZEIROS, S.A. transportou passageiros, número inferior em cerca de 50% relativamente ao ano anterior. A grave crise económica que se vive a nível mundial e que afetou o nosso país de uma forma bastante acentuada, reduzindo as reservas efetuadas pelos particulares e operadores turísticos (clientes de referência no ano anterior) é a principal justificação para esta redução drástica na atividade da empresa. Apesar do ano de 2012 ter sido marcado por uma grande aposta no telemarketing, nomeadamente junto das agências de viagem, lares, câmaras, escolas, entre outras entidades, não foi no entanto possível aumentar o número de passageiros. O Alcarrache e o Degebe transportaram, de 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2012, 554 passageiros, contra em 2011, em 2010, em 2009, em 2008 e em O Guadiana transportou, no mesmo período, passageiros, contra os de 2011, de 2010, de 2009 e de O número de passeios realizados no Guadiana até 31 de dezembro sofreu um decréscimo significativo relativamente aos anos anteriores. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 64

65 Refira-se que no ano de 2012 a Gescruzeiros definiu como objetivo estratégico atingir os passageiros, propósito não concretizado, tendo-se verificado uma redução drástica para cerca de passageiros. Apesar da conjuntura económica nacional, que se agravou bastante no último ano, a Gescruzeiros definiu para 2013 o objetivo de passageiros, reduzindo-o assim pelo segundo ano consecutivo, mas mantendo-o elevado, dado que só o regresso ao patamar dos passageiros permitirá a sustentabilidade da empresa. A estratégia mantém-se na aposta de estabilização dos seus horários e passeios e nas ações de angariação de mais passageiros, nomeadamente, através de telemarketing, na participação em feiras na respetiva área de negócio e na contratação de um vendedor. A estabilização dos horários e passeios do barco cruzeiro Guadiana permitiu, por outro lado, a captação de grupos para passeios semanais, estratégia que remonta ao ano de 2009 e que permite uma otimização dos recursos, designadamente dos recursos humanos, uma vez que se verifica um maior esforço na canalização de grupos para estes passeios. À semelhança do que ocorreu no ano de 2011, também em 2012 se destaca a presença, no mês de janeiro, na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) e na Feira Internacional de Turismo de Madrid (FITUR). Neste período, a redução dos passageiros oriundos de Espanha foi inferior à redução global, pelo que se reforçará a captação no país vizinho. No ano de 2012, manteve-se a estratégia delineada para os barcos de cruzeiro Alcarrache e Degebe. Nesse sentido, mantiveram-se as duas embarcações na Amieira Marina a realizarem, preferencialmente, passeios de 90 minutos até à barragem e, a pedido de pequenos grupos, até à aldeia da Estrela. Uma vez que o resultado obtido junto das agências de viagem foi bastante positivo durante o ano de 2011, manteve-se a aposta neste segmento de mercado, personalizando cada vez mais os contactos realizados. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 65

66 Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 66

67 GOVERNO DA SOCIEDADE Missão, Visão, Objetivos, Políticas da Empresa e Empresas Participadas Missão A EDIA tem como principal Missão : A conceção, execução, construção, gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas que integram o sistema primário do EFMA; A conceção, execução e construção, em representação do Estado, das infraestruturas que integram a rede secundária do EFMA; e A promoção, desenvolvimento e prossecução de outras atividades económicas cujo aproveitamento contribua para a melhoria das condições de utilização dos recursos afetos ao EFMA. Visão Consolidar a empresa no contexto regional e nacional. Objetivos Construir, gerir e explorar o conjunto infraestrutural integrante do sistema primário do EFMA; Potenciar o desenvolvimento económico e social sustentável na área de intervenção da Empresa; Operar no sector do domínio público hídrico de captação, adução e distribuição de água em alta, rega e exploração hidroelétrica; e Desenvolver uma estratégia empresarial que assegure a sustentabilidade da atividade da Empresa. A EDIA assumiu como compromissos fundamentais assegurar o elevado grau de desempenho ambiental consubstanciado na adoção de práticas de gestão ambiental, gestão e monitorização da água, valorização de áreas de interesse para a conservação da natureza e a valorização profissional dos seus trabalhadores. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 67

68 Políticas da Empresa Cumprir a missão e os objetivos determinados, de forma económica, financeira, social e ambientalmente eficiente; Cumprir a legislação e regulamentação em vigor; Salvaguardar os bens ativos; Cumprir o princípio da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres; Tratar com respeito e integridade os seus trabalhadores, contribuindo ativamente para a sua valorização profissional; Tratar com equidade todos os clientes e fornecedores; e Informar e divulgar as atividades de acordo com a legislação e outras orientações do Acionista. Empresas Participadas Gestalqueva* 51%; LUSOFUEL** 10%; COTR 8,8%; Águas do Centro Alentejo 5%; ADRAL 4,11%; e EDAB ** 1,25%. * Em dissolução ** Em liquidação Indicação dos Objetivos e Grau de Cumprimento dos mesmos Apesar de não existirem orientações e objetivos de gestão aprovados indicam-se, os resultados de gestão alcançados durante o exercício de Área de Regadio Perímetros de Rega sob gestão da EDIA Área Beneficiada (ha) Área Inscrita Consumos Área Inscrita (ha) % (ha) % (ha) % Entrada em exploração até , , , Monte Novo , , , Alvito - Pisão , , , Pisão , , , Entrada em exploração em , , , Alfundão , , Ferreira, Figueirinha e Valbom , , Orada - Amoreira , , Brinches , , Brinches - Enxoé , , Serpa , , Entrada em exploração em , , , Loureiro-Alvito , Ervidel , m 3 Área Inscrita Consumos TOTAL , , , m 3 Consumos m 3 Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 68

69 Perímetros de rega concluídos Em 2012 foram concluídos os perímetros de rega de Loureiro Alvito e o bloco de Ervidel 1, do Perímetro de Ervidel. Concursos lançados em 2012 Tendo em vista a construção do sistema global de abastecimento de água do EFMA, foram lançados os seguintes concursos respeitantes às empreitadas das redes primária e secundária do Empreendimento: Rede Primária Circuito Hidráulico de Amoreira - Caliços Circuito Hidráulico de Caliços - Pias Circuito Hidráulico de S. Pedro - Baleizão Circuito Hidráulico de Baleizão - Quintos Rede Secundária Lançamento de Concursos Blocos de rega de Cinco Reis - Trindade Blocos de rega de S. Pedro - Baleizão Blocos de rega de Baleizão - Quintos 1, 2 e 3 Blocos de rega de Baleizão - Quintos 4 e 5 Data de lançamento dos Concursos Ago-12 Ago-12 Set-12 Set-12 Ago-12 Jul-12 Ago-12 Ago-12 Indicadores Financeiros De acordo com o disposto na Resolução de Conselho de Ministros N.º 70/2008, os indicadores financeiros que se aplicam à realidade da EDIA constam do quadro seguinte: Indicadores Financeiros Ano 2012 Eficiência Custos Operacionais/EBITDA 166,63% Custos com o Pessoal/EBITDA 61,28% Taxa de variação dos Custos com o Pessoal -8,16% Prazo Médio de Pagamentos Prazo Médio de Pagamentos 85 Evolução (dias) face ao ano anterior (período homólogo) -18 Rentabilidade e Crescimento EBITDA/Receitas 56,23% Taxa de crescimento das receitas 11,79% Remuneração do Capital Investido Resultado Líquido/Capital investido 2,21% Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 69

70 Regulamentos Internos e Externos a que a EDIA está sujeita REGULAMENTOS EXTERNOS Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro Define o regime jurídico aplicável à gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas que integram o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, altera os estatutos da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A., e revoga os Decretos-Lei N.º 32/95, de 11 de fevereiro; N.º 33/95, de 11 de fevereiro e N.º 335/2001, de 24 de dezembro. O Decreto-Lei N.º 36/2010, de 16 de abril, altera o Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, e aclara aspetos da envolvente económica e financeira do Empreendimento, adequando ainda o enquadramento legal do EFMA ao novo quadro legal da gestão e utilização dos recursos hídricos plasmado na Lei da Água, no regime de utilização dos recursos hídricos (Decreto-Lei N.º 226- A/2007, de 31 de maio) e no regime económico e financeiro dos recursos hídricos (Decreto-Lei N.º 97/2008, de 11 de junho). Decreto-Lei N.º 313/2007, de 17 de setembro Desenvolve o regime jurídico aplicável à gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas que integram o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva e aprova as bases do respetivo contrato de concessão. Despacho N.º 9000/2010, de 26 de maio Com efeitos a partir de 01 de junho de 2010, fixa os valores do tarifário aplicável ao preço da água destinado à rega para uso agrícola fornecida pela EDIA no âmbito do serviço público de águas do EFMA e veio permitir à EDIA cobrar pela água destinada à rega. Em 2012, o tarifário de rega para Alqueva foi atualizado com base no índice de preços ao consumidor em 3,72%, numa percentagem acumulada de 5,17%, desde Lei N.º 58/2005, de 29 de dezembro Aprova a lei da água, transpondo para a ordem jurídica nacional a Diretiva N.º 2000/60/CE, do parlamento europeu e do conselho, de 23 de outubro, e estabelece as bases e o quadro institucional para a gestão sustentável das águas. Decreto-Lei N.º 21 - A/98, de 6 de fevereiro Visa proceder a uma adequação do regime geral das expropriações, de modo a permitir a rápida disponibilidade dos terrenos situados na zona reservada das albufeiras do Alqueva e de Pedrógão e a concretização urgente dos processos de reinstalação da aldeia da Luz e realojamento das populações. Deste modo, é declarada a utilidade pública, com carácter de urgência, das expropriações dos imóveis e direitos a eles relativos necessários à realização do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva. É ainda declarada a utilidade pública das expropriações dos imóveis e direitos a eles relativos necessários à reinstalação da aldeia da Luz. Nos mesmos termos é também declarada a utilidade pública das expropriações para a construção das infraestruturas viárias. É conferida à EDIA, sem dependência de prazo e de outras formalidades, a posse administrativa imediata dos bens a expropriar. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 70

71 Decreto-Lei N.º 230/2006, de 24 de novembro É alterado o mapa anexo ao Decreto-Lei N.º 21-A/98, de 6 de fevereiro. Código dos Contratos Públicos aprovado pelo Decreto Lei N.º 18/2008, de 29 de janeiro Estabelece a disciplina aplicável à contratação pública e o regime substantivo dos contratos públicos. Código de Expropriações Lei N.º 56/2008, de 04 de setembro Aprova o código das expropriações que regula todo o procedimento expropriativo. Princípios do Bom Governo Resolução do Conselho de Ministros N.º 49/2007, de 01 de fevereiro Aprova os princípios de bom governo das empresas do sector empresarial do estado. Resolução da Assembleia da República N.º53/2011, D.R. N.º 57, Série I, de 22 de março Alteração do regulamento de gestão e utilização das viaturas. Norma ISO 9001:2008 Sistemas de Gestão da Qualidade O Centro de Cartografia está certificado no âmbito da produção e fiscalização cartográfica, topografia e cadastro. A norma ISO 9001 constitui uma referência internacional para a certificação de sistemas de gestão da qualidade. A certificação de acordo com esta norma reconhece o esforço da organização em assegurar a conformidade dos seus produtos e/ou serviços, a satisfação dos seus clientes e a melhoria contínua. A certificação do sistema de gestão da qualidade é dirigida a qualquer organização, pública ou privada, independentemente da sua dimensão e sector de atividade. REGULAMENTOS INTERNOS Regulamento da Avaliação de Desempenho dos Colaboradores da EDIA A avaliação de desempenho é um instrumento de desenvolvimento da estratégia da EDIA, que tem como objetivo a melhoria dos resultados, ajudando os colaboradores a atingir níveis de desempenho elevados. Regulamento do Centro de Documentação Neste regulamento estão definidos, entre outros assuntos, a natureza e principais funções do centro de documentação. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 71

72 Manual de Procedimentos O manual de procedimentos da EDIA operacionaliza a sua missão, estratégia e objetivos finais, servindo de fundamento a todas as tarefas executadas, identificando "quem as deve fazer", "como as deve fazer" e que "riscos e controlos estão associados". Manual de Gestão de Documentos O manual de gestão de documentos é um documento normativo no qual vêm designados os procedimentos relacionados com a organização, funcionamento e implantação do arquivo da EDIA. Manual de Normas Gráficas O manual de normas gráficas estabelece as normas básicas para a utilização do logotipo da EDIA e dos modelos de documentos existentes. Política de Computação Pessoal A política de computação pessoal apresenta as normas de conduta que devem ser respeitadas pelos colaboradores da EDIA e a descrição de alguns dos mecanismos automáticos implementados pelo gabinete de sistemas de informação para proteger os seus sistemas de informação. Regulamento para Cedência de Equipamento Informático O regulamento de cedência de equipamento informático estabelece as normas de requisição e cedência de equipamento informático não adequado para o uso profissional da EDIA. Regulamento de Gestão de Viaturas O regulamento de gestão de viaturas define um conjunto de princípios que tem como objetivo a otimização da frota existente, a uniformização de critérios e a responsabilidade dos utilizadores das viaturas da EDIA (O manual de utilização de viaturas foi alvo de alteração no ano de 2012, por forma a implementar as orientações resultantes da nova legislação em vigor). Regulamento de Utilização do Auditório O auditório do edifício sede da EDIA é um espaço ao qual podem ter acesso, além dos serviços desta empresa, entidades externas, usufruindo deste equipamento vocacionado para colóquios, debates, seminários, conferências, encontros e mesmo manifestações de carácter artístico/cultural. Este regulamento define, entre outros aspetos, as regras de utilização deste espaço. Regulamento Interno do Museu da Luz O regulamento interno do Museu da Luz define um conjunto de normas e procedimentos inerentes ao funcionamento do mesmo. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 72

73 Regulamento da Política de Incorporação do Museu da Luz O regulamento da política de incorporação do Museu da Luz constitui a política de incorporação do Museu da Luz definida segundo a vocação e consubstanciada no seu programa de atuação. Regulamento das Normas e Procedimentos de Conservação Preventiva do Museu da Luz Estabelece normas e procedimentos de conservação preventiva tendo em vista o cumprimento de uma função museológica de maior importância para os museus. Regulamento Geral de Formação dos Colaboradores da EDIA O regulamento geral de formação dos colaboradores da EDIA estabelece as linhas estratégicas e os princípios orientadores e normalizadores associados ao plano de formação da Empresa. Em 2012 este regulamento foi alterado, designadamente, no que respeita à frequência, por parte dos colaboradores, de cursos de pós-graduação e mestrados. Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas Este plano contém, nomeadamente, os seguintes elementos: Identificação, relativamente a cada área ou departamento, dos riscos de corrupção e infrações conexas; Com base na identificação dos riscos, identificação das medidas adotadas que previnam a sua ocorrência (por exemplo, mecanismos de controlo interno, segregação de funções, definição prévia de critérios gerais e abstratos, designadamente na concessão de benefícios públicos e no recurso a especialistas externos, nomeação de júris diferenciados para cada concurso, programação de ações de formação adequada, etc); Definição e identificação dos vários responsáveis, envolvidos na gestão do plano, sob a direção do órgão dirigente máximo; Elaboração anual de um relatório sobre a execução do plano. Informação sobre as transações relevantes com entidades relacionadas O Capital Social da EDIA é detido a 100% pelo Estado Português, através da DGTF. Em 31 de dezembro de 2012, o capital social realizado, ascende a ,00. O Capital Próprio da Empresa, a 31 de dezembro de 2012, é de ,31. Para fazer face aos investimentos, em 2012, a EDIA obteve financiamento através de diversas origens de fundos (Empréstimo Bancário, Fundos Comunitários e PIDDAC). O Financiamento Comunitário e de PIDDAC em 2012 foi de O Financiamento Comunitário considera os montantes recebidos de FEDER, Fundo de Coesão e FEADER. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 73

74 Informação sobre Outras Transações Os bens e serviços que integram o ativo intangível e tangível estão valorizados ao valor presente, que inclui o valor de fatura e ainda todos os gastos adicionais necessários à sua entrada em funcionamento. As amortizações dos bens são calculadas conforme a política de amortizações descrita nas notas Ativo Intangível e Ativo Tangível, do Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados. As reparações e gastos de manutenção de natureza corrente são reconhecidos como gastos do exercício em que ocorrem. Até 31 de dezembro de 2012, as competências para a realização de despesas em matéria de aquisição de bens e serviços encontravam-se definidas na Ordem de Serviço N.º 1/2008. A partir de 01 de janeiro de 2013, entrou em vigor a Ordem de Serviço N.º 1/2013. A EDIA procede às suas contratações em conformidade com o disposto no Código dos Contratos Públicos. Para despesas cujo valor estimado seja superior a 5.000,00, o recurso ao procedimento de ajuste direto implicará sempre o convite a pelo menos cinco entidades, só se admitindo o convite a um universo inferior de interessados em casos excecionais e devidamente fundamentadas, sujeito a autorização pelo Conselho de Administração. A EDIA não efetuou transações fora das condições de mercado. O total de FSE foi m A EDP Comercial foi o único fornecedor que representou mais de 5% da dos FSE (m 2.348) faturou cerca de m Indicação do Modelo de Governo e Identificação dos Membros dos Órgãos Sociais O modelo de governo da EDIA, S.A., o modelo latino reforçado visa a transparência e a eficácia da sua gestão, sendo um dos seus objetivos principais a separação clara de poderes entre os diversos órgãos sociais da empresa. São órgãos da sociedade: Assembleia Geral Conselho de Administração Conselho Fiscal Revisor Oficial de Contas As competências dos diversos órgãos sociais da EDIA, S.A. são as seguintes: Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 74

75 ASSEMBLEIA GERAL Compete à Assembleia Geral: Deliberar sobre o relatório de gestão e as contas do exercício; Deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados; Proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da sociedade; Eleger o revisor oficial de contas e o conselho fiscal; Deliberar sobre alterações dos estatutos; e Deliberar sobre qualquer outro assunto para que tenha sido convocada. As deliberações são tomadas por maioria de votos dos acionistas presentes ou representados na assembleia geral, sempre que a lei não disponha de forma diversa. MESA DA ASSEMBLEIA GERAL Presidente Professor Doutor Carlos Alberto Martins Portas Secretários Dr. José Pedro da Silva Martins Dr.ª Cristina Maria Pereira Freire CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO De acordo com o artigo 15.º do Decreto-Lei N.º 42/2007, compete ao Conselho de Administração da EDIA assegurar a gestão dos negócios da sociedade, sendo-lhe atribuídos os mais amplos poderes e cabendo-lhe, designadamente: Aprovar o plano de atividades, anual e plurianual; Aprovar o orçamento e acompanhar a sua execução; Gerir os negócios sociais e praticar todos os atos relativos ao objeto social que não caibam na competência de outro órgão da sociedade; Adquirir, alienar ou onerar participações no capital de outras sociedades, bem como obrigações e outros títulos semelhantes; Representar a sociedade, em juízo e fora dele, ativa e passivamente, propor e acompanhar ações, confessar, desistir, transigir e aceitar compromissos arbitrais; Adquirir, alienar ou onerar bens imóveis até ao limite de metade do valor do capital social, mas nunca superior a ; Deliberar sobre a emissão de empréstimos obrigacionistas e contrair empréstimos não obrigacionistas no mercado financeiro, ressalvados os limites legais e a necessidade de autorização do Ministro das Finanças; Estabelecer a organização técnico-administrativa da sociedade; Decidir sobre a admissão de pessoal e sua remuneração; Constituir procuradores e mandatários da sociedade, nos termos que julgue conveniente; e Exercer as demais competências que lhe caibam por lei, independentemente e sem prejuízo das que lhe sejam delegadas pela assembleia geral. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 75

76 FUNÇÕES E RESPONSABILIDADES Eng.º João Cláudio Cabral de Oliveira Basto Presidente do Conselho de Administração Coordenação do Conselho de Administração Gabinete de Apoio Jurídico Gabinete de Relações Públicas e Comunicação Direção de Economia da Água e Promoção do Regadio Direção de Gestão do Património Entidade Regional do Alentejo Eng.º Jorge Manuel Vazquez Gonzalez Vogal do Conselho de Administração Direção de Engenharia, Ambiente e Planeamento Direção de Infraestruturas Primárias e de Energia Direção de Infraestruturas de Rega Águas do Centro Alentejo, S.A. Dr.ª Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo Vogal do Conselho de Administração Direção de Administração e Finanças Núcleo Empresarial da Região de Beja Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo Vogal da Comissão Liquidatária da Gestalqueva Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 76

77 CONSELHO FISCAL Compete ao Conselho Fiscal: Assistir às reuniões do conselho de administração sempre que o entenda conveniente; Emitir pareceres sobre qualquer matéria que lhe seja apresentada pelo conselho de administração; Colocar ao conselho de administração qualquer assunto que por ele deva ser ponderado. Presidente Dr. António Bernardo de Menezes e Lorena de Sèves Vogais Dr. Orlando José Manuel de Castro Borges Dr. Pedro Miguel Cerqueira Abreu * * O Dr. Pedro Miguel Cerqueira Abreu cessou funções no Conselho Fiscal a 30 de novembro de Vogal Suplente Dr.ª Cristina Maria Pereira Mascarenhas Vieira Sampaio REVISOR OFICIAL DE CONTAS Oliveira, Reis & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. Representado pelo Dr. José Vieira dos Reis AUDITOR EXTERNO BDO & Associados Sociedade de Revisores Oficiais de Contas Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 77

78 IDENTIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS SOCIAIS CARGO ÓRGÃOS SOCIAIS ELEIÇÃO MANDATO Presidente Prof. Dr. Carlos Alberto Martins Portas Secretário Dr. José Pedro da Silva Martins Secretária Dr.ª Cristina Maria Pereira Freire Presidente Eng.º João Cláudio Cabral de Oliveira Basto Vogal Eng.º Jorge Manuel Vazquez Gonzalez Vogal Dr.ª Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo Presidente Dr. António Bernardo de Menezes e Lorena de Sèves Vogal Dr. Orlando José Manuel de Castro Borges Vogal Dr. Pedro Miguel Cerqueira Abreu * Vogal Suplente Mesa da Assembleia Geral Conselho de Administração Conselho Fiscal Dr.ª Cristina Maria Pereira Mascarenhas Vieira Sampaio Revisor Oficial de Contas Oliveira, Reis & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda SROC representada pelo Dr. José Vieira dos Reis * O Dr. Pedro Miguel Cerqueira Abreu cessou funções no Conselho Fiscal a 30 de novembro de Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 78

79 Remuneração dos Membros dos Órgãos Sociais Estatuto Remuneratório Fixado ESTATUTO REMUNERATÓRIO FIXADO MESA DA ASSEMBLEIA GERAL Presidente Secretário Senha de Presença no valor de 645,77 euros (por reunião de Assembleia Geral, normalmente uma por ano) Senha de Presença no valor de 387,97 euros (por reunião de Assembleia Geral, normalmente uma por ano) CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO (Administradores Executivos) PRESIDENTE Remuneração de 5.465,43 (12 vezes no corrente ano) (*) Remuneração com redução de (5% ) ,16 Remuneração com redução de (5% +10% ) ,94 Viatura de Serviço (limite de aquisição de ,00 ); Motorista; Telemóvel (limite mensal de 95 ) ; Seguro de Saúde (311,28 por ano); Seguro de Acidentes Pessoais (264 por ano) VOGAIS Remuneração de 4.675,41 (12 vezes no corrente ano) (*) Remuneração com redução de (5% ) ,64 Remuneração com redução de (5% +10% ) ,48 Viatura de Serviço (limite de aquisição de ,00 ); Telemóvel (limite mensal de 95 ) ; Seguro de Saúde (311,28 por ano); Seguro de Acidentes Pessoais (264 por ano) ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO Revisor Oficial de Contas Conselho Fiscal Honorários ,00 Despesas de deslocação (transporte e alojamento), conforme Art.º59 do Estatutos do ROC. Honorários Presidente - 20% da remuneração fixa do Presidente do Conselho de Administração Honorários Vogais - 15% da remuneração fixa do Presidente do Conselho de Administração (*) O Estatuto Remuneratório Fixado para os Membros dos Órgãos Sociais manteve-se em No entanto, e no âmbito da aprovação de um conjunto de medidas adicionais de consolidação orçamental que visam reforçar e acelerar a redução de défice excessivo e o controlo do crescimento da dívida pública previstos no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), a redução dos vencimentos dos gestores públicos e equiparados, prevista no N.º 1, do Artigo 12.º, da Lei N.º 12-A/2010, de 30 de Junho e no Art.º 19.º da Lei 55-A/2010 de 31 de Dezembro de 2010, veio estabelecer que a remuneração fixa mensal ilíquida dos gestores públicos executivos e não executivos, incluindo os pertencentes ao sector público local e regional, e dos equiparados a gestores públicos, é reduzida, a título excecional, em 5% e 10 %, respetivamente. Em 2012,foi suspenso o pagamento de subsídios de férias e de Natal ou quaisquer prestações correspondentes aos 13.º e 14.º meses, conforme determinado pelo OE 2012, nos termos do Art.º 21 da Lei 64-B/2011 de 30 de dezembro. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 79

80 Remunerações e Outras Regalias (valores anuais) Mesa da Assembleia Geral Assembleias Gerais de 08 de março e de 04 de maio de 2012 Presidente: Senha de presença no valor de 645,77 Secretária: Senha de presença no valor de 387,97 Secretário: Senha de presença no valor de 387, Mesa da Assembleia Geral Mandato I Presidente Secretário Secretário Presidente Secretário Secretário Remuneração anual fixa 645,77-387,97 645,77-775,94 Redução remuneratória* Remuneração anual efetiva 645,77-387,97 645,77-775,94 * Decorrente da Lei 55-A/2010 ou Lei 64-B/2011, conforme aplicável Unid: Notas: O Presidente da Assembleia Geral, não esteve presente a 8 de março de Órgãos de Fiscalização Conselho Fiscal Unid: Conselho Fiscal P V V P V1 V2 V3 Remuneração anual fixa Redução remuneratória* Remuneração anual efetiva * Decorrente da Lei 55-A/2010 ou Lei 64-B/2011, conforme aplicável Notas: A V2, Dr.ª Graciete Conceição Pires Calejo Pinto, cessou funções a 7 de março de O V3, Dr. Orlando José Manuel de Castro Borges, assumiu funções a 8 de março de Revisor Oficial de Contas ROC Unid: Remuneração anual auferida Redução remuneratória* - - Remuneração anual efetiva * Decorrente da Lei 55-A/2010 ou Lei 64-B/2011, conforme aplicável Notas: Em 04 de maio de 2012 foi eleito um novo Revisor Oficial de Contas (Oliveira, Reis & Associados, SROC, Lda, em substituição do ROC Mazars e Associados, SROC, S.A.), com redução da remuneração comparativamente com o valor verificado em Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 80

81 Conselho de Administração Cargo Cargo Cargo Cargo Cargo Cargo PCA (Henrique Troncho) VCA 1 (Augusta de Jesus Cachoupo) VCA 2 (Pires de Andrade) VCA 3 (Hemetério Monteiro) PCA (João Basto) Unid: VCA (Jorge Vazquez) Mandato I I/II I I II II Adaptado ao EGP (Sim/Não) Sim Sim Sim Sim Sim Sim Remuneração Total ( ) O PRLO Não Não Não Não Não Não Entidade de Origem (identificar) Entidade pagadora (origem/destino) 1.1.Remuneração Anual Despesas de Representação (Anual) Senha de presença (Valor Anual) Redução decorrente da Lei 12-A/ Redução decorrente da Lei 64-B/ Suspensão do pagamento dos subsidios de férias e natal Reduções de anos anteriores Remuneração Anual Efetiva Líquida ( ) Remuneração variável Isenção de Horário de Trabalho (IHT) Outras (férias não gozadas) Subsídio de deslocação Subsídio de refeição Encargos com benefícios sociais Regime de Proteção Social (ADSE/Seg.Social/Outros) Seguros de saúde Seguros de vida Seguro de Acidentes Pessoais Outros (indicar) Acumulação de Funções de Gestão (S/N) Entidade (identificar) Remuneração Anual Parque Automóvel Cargo Cargo Cargo Cargo Cargo Cargo Mandato I I / II I I II II Modalidade de Utilização Leasing Leasing Leasing Leasing Leasing Leasing Valor de referência da viatura nova Ano Inicio Ano Termo N.º prestações (se aplicável) Valor Residual Valor de renda/prestação anual da viatura de serviço Combustível gasto com a viatura Plafond anual Combustivel atribuído Outros (Portagens / Reparações / Seguro) Limite definido conforme Art.º 33 do EGP (Sim/Não) Outras regalias e compensações Cargo Cargo Cargo Cargo Cargo Cargo Mandato I I / II I I II II Plafond mensal atribuido em comunicações móveis Gastos anuais com comunicações móveis Outras (indicar) Limite definido conforme Art.º 32 do EGP (Sim/Não) Gastos c/ deslocações Cargo Cargo Cargo Cargo Cargo Cargo Mandato I I / II I I II II Custo total anual c/ viagens Custos anuais com Alojamento Ajudas de custo Outras (indicar) * Decorrente da Lei 55-A/2010 ou Lei 64-B/2011, conforme aplicável Notas: A viatura do Presidente Dr. Henrique Troncho (mandato I) passou para o Presidente Eng.º João Basto (mandato II) A viatura do Vogal Dr. Pires de Andrade (mandato I) passou o Vogal Eng.º Jorge Vazquez (mandato II) A viatura do Vogal Eng.º Hemetério Monteiro (mandato I) passou para a Vogal Dr.ª Augusta Cachoupo (mandato II) Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 81

82 Auditor Externo Auditor Externo Unid: Remuneração anual auferida Redução remuneratória* Remuneração anual efetiva * Decorrente da Lei 55-A/2010 ou Lei 64-B/2011, conforme aplicável Restantes Colaboradores No âmbito dos recursos humanos, a EDIA manteve em 2012, e por força da aplicação do número 1 do artigo 20.º da Lei 64-B/2011 de 30 de dezembro (LOE 2012), as reduções salariais estabelecidas pela Lei do Orçamento de Estado de 2011 e que abrangem, recorde-se, todas as remunerações de valor superior a 1.500,00. Por outro lado, e também por força da aplicação do artigo 21.º da mesma Lei, em 2012 foi suspenso o pagamento de todos os subsídios de férias e de natal de valor superior a 1.100,00, sendo que os de valor igual ou superior a 600,00, mas iguais ou inferiores a 1.100,00, foram reduzidos de forma proporcional de acordo com as regras definidas na lei. Estatuto do Gestor Público (Decreto-Lei N.º 8/2012, de 18 de janeiro) Em consonância com o estipulado no artigo 32.º do Estatuto do Gestor Público (EGP), e conforme republicado pelo Decreto-Lei N.º 8/2012, de 18 de janeiro, designadamente, no que respeita à aplicação do disposto nos números 1.º e 2.º do artigo 32.º do antedito decreto-lei, o Conselho de Administração da EDIA não utiliza cartões de crédito, ou outros instrumentos de pagamento utilizados pelos gestores públicos, tendo por objeto a realização de despesas ao serviço da EDIA, nem aufere reembolsos de quaisquer despesas que caiam no âmbito do conceito de despesas de representação pessoal. Análise de Sustentabilidade da Empresa nos domínios Económicos, Social e Ambiental Estratégias adotadas A EDIA, durante o ano de 2012, e no seguimento dos anos anteriores, desenvolveu e deu continuidade a todo um conjunto de atividades relevantes no domínio da Sustentabilidade Empresarial (pilares: económico; ambiental e social), destacando a elaboração do relatório de sustentabilidade para o período e a elaboração de uma Agenda Estratégica para a Sustentabilidade para o período , adequada à nova estratégia empresarial. Uma componente importante incide na comunicação das atividades desenvolvidas e dos resultados obtidos, para que os diferentes stakeholders possam obter informação sobre o seu desempenho na área da Sustentabilidade. Assim, sem prejuízo da informação divulgada através do Relatório e Contas, a EDIA considerou relevante, a elaboração de um primeiro relatório de sustentabilidade, que permitisse, por um lado, comunicar o seu desempenho na área da Sustentabilidade e, por outro, constituísse um ponto de partida para a elaboração da Agenda Estratégica da Sustentabilidade , devidamente alinhada com a estratégia delineada pelo atual Conselho de Administração. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 82

83 O Relatório de Sustentabilidade é referente ao período e foi elaborado de acordo com as diretrizes GRI Global Iniciative Reporting, uma vez que a adoção deste tipo de normas permite uma comparação posterior da EDIA com empresas análogas ou cujo setor de atividade é semelhante. Será importante referir que esse exercício de comparação não é fácil de efetuar tendo em conta as especificidades da atividade da EDIA. O Relatório de Sustentabilidade permitiu: Caracterizar a Empresa, de forma mais aprofundada em matéria de sustentabilidade. Sistematizar a informação disponível e identificar oportunidades de melhoria para a consolidação do processo de recolha e tratamento de informação. Reportar o desempenho da Empresa, na área da sustentabilidade, para o período referido. Identificar lacunas de informação que importa colmatar no âmbito dos próximos relatórios de sustentabilidade. Tendo por base o conhecimento adquirido na produção deste documento, procedeu-se à elaboração da Agenda de Sustentabilidade para o período , suportada em quatro áreas estratégicas alinhadas com a nova estratégia da Empresa: Gestão da água Gestão da infraestrutura Promoção do regadio Desenvolvimento Regional complementadas com um conjunto de atividades transversais à Empresa. Neste documento, são apresentados os compromissos assumidos em cada uma das áreas estratégicas, bem como as ações previstas para lhes dar cumprimento. A Agenda está em fase de validação interna e estima-se que a sua implementação se inicie no segundo trimestre de Grau de cumprimento de metas fixadas/políticas prosseguidas com vista a garantir a eficiência económica, financeira, social e ambiental e salvaguarda das normas de qualidade Responsabilidade Económica O EFMA constitui um instrumento de intervenção estratégico numa das áreas mais deprimidas da União Europeia, com baixa densidade populacional, elevados índices de envelhecimento e que, ao longo das últimas décadas, tem perdido população. Entre os objetivos principais do EFMA, e do ponto de vista económico, salienta-se: O estabelecimento de condições favoráveis a uma alteração do modelo cultural na agricultura e ao crescimento agroindustrial, com a substituição progressiva das produções de sequeiro; e A criação de emprego associada às novas valências do EFMA, o que poderá permitir a inversão atual de decréscimo populacional. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 83

84 Identifiquem-se ainda, como princípios na área da responsabilidade económica da empresa, a promoção: Da racionalidade económica das propostas apresentadas, sendo os estudos realizados alvo de concurso e sujeitos às regras de mercado e submetidos à apreciação técnica das diversas áreas da empresa; e Das realidades económicas emergentes, com destaque para a continuação dos programas de promoção de valias emergentes, nomeadamente, através das parcerias com as entidades locais, nomeadamente associações (Jovens, Grupos Recreativos), e fomentando programas que entrecruzam os fatores: economia+sociedade+cultura+promoção turismo. Neste contexto, a EDIA tem norteado a sua estratégia no sentido de garantir a sustentabilidade económica da própria Empresa e, simultaneamente, contribuir de forma efetiva para que os objetivos acima referidos sejam atingidos, promovendo o desenvolvimento sustentável das comunidades e das áreas sobre influência do EFMA. Em seguida referem-se um conjunto de atividades que foram desenvolvidas ao longo do ano, de acordo com os objetivos traçados para o ano transato: Promoção do desenvolvimento agrícola da região através da construção e gestão de estruturas primárias e secundárias de rega, permitindo assim contornar as contingências climatéricas adversas à região; Promoção de projetos e desenvolvimento de ferramentas inovadoras de apoio à decisão na área da economia do regadio; O desenvolvimento de estudos com vista à otimização das soluções de projeto visando contribuir para a sustentabilidade do EFMA, ao nível das soluções de delimitação das áreas dos blocos e sub-blocos de regadio hidráulico inerente; e Desenvolvimento de atividades de captação de investimento e desenvolvimento económico. A estratégia da EDIA procurou inverter a tendência de desertificação da área de influência do EFMA, através da criação de condições para a existência de investimentos na região que promovam o seu desenvolvimento económico. Através da captação do investimento e do desenvolvimento de ferramentas inovadoras na área da economia da água e do regadio, a EDIA está a contribuir de forma ativa para a sua própria sustentabilidade económica, uma vez que valoriza a utilização do seu principal recurso: a água. Responsabilidade Social O domínio da responsabilidade social tem sido e é uma preocupação sempre presente, quer no dia-a-dia da Empresa, quer no seu relacionamento com a comunidade e com os diferentes stakeholders. A atuação da EDIA nesta área pode dividir-se em: Responsabilidade social interna, centrada nos colaboradores, Responsabilidade social externa, centrada no relacionamento com a comunidade e com os diferentes stakeholders. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 84

85 Ao nível da responsabilidade social interna e consciente de que os colaboradores são um ativo chave para o sucesso de uma empresa, a EDIA tem investido de forma permanente na formação dos seus colaboradores. Assim, foi adotada uma estratégia que visa a sua valorização profissional, de forma a manter e, se possível, aumentar sua a empregabilidade e a mais-valia do seu contributo para o cumprimento dos objetivos da empresa. Na sequência das orientações transmitidas pela Tutela, e apesar de assegurar uma componente crescente de exploração dos perímetros de rega, bem como prosseguir a construção das infraestruturas da rede primária e da rede secundária, conforme planos de atividades aprovados pelo acionista, a Empresa tem vindo a manter ou até reduzir o número global de colaboradores, optando, quase sempre, pela redistribuição de tarefas entre os colaboradores já ao serviço da empresa - mobilidade interna. De facto, em 31 de dezembro de 2012, o quadro de pessoal era composto por 188 colaboradores, número que reflete uma estabilização do quadro de pessoal da Empresa. Ainda de referir que, com a alteração introduzida em 2012 ao nível da rentabilização e promoção do Empreendimento de Alqueva, em linha com os objetivos estratégicos da Tutela, com vista ao incremento da adesão ao regadio e que aponta muito claramente para o aproveitamento das infraestruturas de distribuição de água como uma das atividades principais a desenvolver pela Empresa nos próximos anos, foi necessário dotar a estrutura da empresa das funções que lhe permitam prosseguir estas finalidades da forma mais eficiente e eficaz. Para assegurar essas novas funções, e ao invés de um reforço (natural) na estrutura de recursos humanos da empresa, como já referido anteriormente, a EDIA optou pela reconversão dos colaboradores, redirecionando-os da construção para a exploração e, nalguns casos, reforçando o conjunto de tarefas pelas quais são responsáveis. Assim, onde seria de esperar um aumento do quadro de pessoal justificado pelo aumento das atividades da empresa (construção + exploração + promoção do regadio), assistiu-se à manutenção do número de colaboradores. A atual estrutura orgânica da EDIA tem em conta as especiais responsabilidades da empresa no âmbito da gestão e construção do EFMA, visando atingir os objetivos definidos na lei e em conformidade com os seus estatutos. O equilíbrio tem vindo a ser conseguido através de um forte empenho dos recursos humanos (os quais são originários, na sua maioria, da região), que passa também pela sua valorização (aposta forte na formação, o que permite um aumento das competências verticais e transversais) e pela introdução dos conceitos de flexibilidade e polivalência (o que tem permitido a conversão gradual de colaboradores das áreas de construção para as áreas de exploração, e a transferência de colaboradores entre departamentos consoante as necessidades específicas da empresa). No que respeita à responsabilidade social externa, a missão da EDIA pressupõe desde logo um envolvimento próximo entre a Empresa, a comunidade e os diferentes stakeholders. A EDIA procura ainda, e em consonância com as suas orientações financeiras, apoiar algumas entidades no desenvolvimento de atividades de cariz social ou de divulgação técnica. Destaque-se ainda, neste domínio, pela sua importância, o papel desenvolvido pelo Museu da Luz o qual presta a toda a comunidade um serviço público de cariz cultural e de compensação de um dos maiores e inéditos processos com impacto a nível social ocorridos no País. O Museu assumese como um serviço vocacionado para a divulgação e salvaguarda do património cultural, material e imaterial, relacionado com o território de Alqueva e contextualizado na região do Alentejo. É Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 85

86 evocativo dos tempos (passado, presente e futuro), potenciando as novas oportunidades do espaço Alqueva. Ao longo de 2012 o Museu prosseguiu a sua atividade através de exposições e programas de ligação às comunidades. A EDIA decidiu, em 2012, não distribuir as habituais prendas natalícias aos filhos menores dos colaboradores da EDIA, optando por doar essa verba a duas instituições do concelho, nomeadamente, a CERCIBEJA e a Buganvília. A primeira destas instituições, é uma cooperativa de apoio e reabilitação de pessoas com deficiência, e a segunda, é uma instituição de acolhimento a crianças sem família ou de famílias desestruturadas, tendo esta iniciativa merecido o apoio e acolhimento por partes dos colaboradores. No final do ano referencie-se ainda o início do projeto Aldeias Ribeirinhas do Grande Lago Alqueva, projeto que visa o aproveitamento das potencialidades geradas pelo Grande Lago de Alqueva e o fomento territorial das suas áreas de intervenção, e que conta com a presença, no terreno, de 15 estagiários recém-licenciados, por um período de nove meses, em cinco aldeias ribeirinhas de Alqueva. Responsabilidade Ambiental A EDIA, enquanto entidade responsável pela gestão do EFMA, tem assumido, desde o início da sua atividade, uma política ambiental que visa fomentar o desenvolvimento sustentável da sua área de influência, bem como aprofundar, mitigar e potenciar os impactes associados ao Empreendimento. No decurso de 2012, e de acordo com objetivos definidos, foi desenvolvido um conjunto de atividades transversais à atuação da Empresa. A EDIA continuou a promover ao longo do ano um conjunto de estudos e projetos sobre os diferentes descritores ambientais com relevância para o Empreendimento, com o objetivo de aprofundar o conhecimento sobre o contexto em que se desenvolve a atividade da Empresa e, simultaneamente, recolher dados de suporte à tomada de decisão, no âmbito da gestão e exploração do EFMA. Durante 2012, foram ainda desenvolvidos os estudos necessários no âmbito da avaliação de impacte ambiental das infraestruturas em fase de projeto. Procedeu-se igualmente ao acompanhamento da comissão de avaliação dos processos de AIA, no que respeita a auditorias a realizar na fase de pós-avaliação dos EIA, e ao desenvolvimento e implementação das medidas de minimização e compensação referentes à fase de exploração das DIA s das redes primária e secundária. Refira-se, por outro lado, que a EDIA tem ainda como objetivo assegurar um elevado desempenho ambiental no âmbito das empreitadas sob sua responsabilidade. Assim são, desde logo, integrados nos cadernos de encargos requisitos ambientais a implementar durante a fase de obra. Estes requisitos são definidos de acordo com as boas práticas ambientais e com as normas ISO. Neste âmbito, é de realçar igualmente o esforço de sensibilização dos fornecedores e subempreiteiros afetos às empreitadas no sentido de promover a melhoria do seu desempenho ambiental. No decorrer da fase de construção é efetuado um rigoroso acompanhamento ambiental das empreitadas, que abrange as áreas da biologia e do património cultural. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 86

87 A nível de património cultural importa referir que a implementação de um projeto como o EFMA tem associada uma afetação importante. Neste domínio, a EDIA desenvolve um trabalho relevante no contexto nacional que tem como objetivos principais assegurar, por um lado, a identificação e caracterização do património cultural existente na área afeta às infraestruturas do EFMA e, por outro, promover a salvaguarda e valorização desse património. Na sequência do trabalho de identificação, e sempre que considerado relevante, é efetuado um trabalho de caracterização e é implementado um conjunto de medidas para minimizar a afetação do património cultural. A EDIA continuou ainda a implementar, ao longo de 2012, programas de monitorização para os diferentes descritores ambientais: estado das massas de água de superfície, estado das massas de água subterrânea; biodiversidade e solos, com o objetivo de: Acompanhar a evolução de descritores relevantes; e Avaliar a eficácia das medidas de minimização implementadas, bem como a necessidade de implementar medidas de minimização adicionais. Na área de gestão dos recursos naturais destaca-se o Parque de Natureza de Noudar (PNN), localizado na Herdade da Coitadinha, em Barrancos, pela sua importância ambiental. As três dimensões do programa de investimento e exploração da EDIA consistem na gestão da biodiversidade, na gestão agro-florestal e na gestão turística, dimensões sinérgicas e com alto valor demonstrativo da capacidade de valorização integrada do território. A dinâmica induzida pelo PNN tem efeitos sensíveis no produto e emprego na região, sendo orientação permanente do projeto a formação profissional ajustada às suas necessidades objetivas, aumentando de forma sensível a utilização de mão-de-obra local e a sua especialização. Acresce que os indicadores de gestão da biodiversidade no Parque indicam que a riqueza e abundância em espécies têm aumentado na última década, tendo sido identificadas espécies de animais e plantas com alto valor para a conservação. Referencie-se, por último, a promoção da salvaguarda do património material associado ao Museu da Luz (etnográfico, representativo de um mundo rural do passado; e arqueológico, evocando realidades históricas e arqueológicas desaparecidas); preconiza também ações de salvaguarda das memórias e património imaterial, retratando práticas sociais, tradições e ofícios extintos no Alentejo ou em vias de extinção. Identificação dos principais Riscos para a Atividade e para o futuro da Empresa Financiamento das Infraestruturas Públicas Os investimentos do EFMA encontram-se projetados para serem implementados em vários anos, obtendo-se o financiamento necessário via dotações de capital do acionista, financiamento comunitário e capital alheio (financiamentos bancários). A ausência ou redução de qualquer uma destas dotações de capital compromete a boa execução das obras dentro dos prazos previstos e, por sua vez, a não execução das obras nos prazos previstos compromete todos os investimentos já realizados. Investimento do Acionista na Sociedade O investimento do acionista assume uma importância fundamental para a concretização das atividades programadas pela Empresa. A EDIA só conseguirá fazer face aos compromissos Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 87

88 assumidos tendo em vista a concretização de todos os investimentos, com a obtenção de fundos comunitários. Custos de Investimento O investimento efetuado na Empresa é programado para um determinado número de anos e efetuado em função das orientações estratégicas superiormente definidas, assim como do capital existente para fazer face a estes investimentos. Desta feita, qualquer modificação significativa ao nível dos investimentos previstos poderá constituir um fator de risco para a Empresa e tornar necessária a agilização de um conjunto de medidas, designadamente, ao nível do Plano de Investimentos e das dotações de capital necessário para fazer face a eventuais alterações. Preço da Água Através do Despacho N.º 9000/2010, de 26 de maio, foram fixados os valores do tarifário aplicável ao abastecimento de água, para uso agrícola, fornecido pela EDIA: Rede Primária: 0,042/m 3 Rede Secundária para fornecimento de água em alta pressão às explorações agrícolas: 0,089/m 3 Rede Secundária para fornecimento de água em baixa pressão às explorações agrícolas: 0,053/m 3 Fornecimento de água captada diretamente no Sistema Primário: 0,053/m 3 O valor do tarifário pelo fornecimento de água para uso agrícola em 2012 foi atualizado com base no IPC (3,72%). Os valores do tarifário atualizados pelo fornecimento da água para uso agrícola no 1.º ano são reduzidos a 30% dos valores indicados, aumentando anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente e até ao 8.º ano, devendo perfazer, nesse ano, os valores acima indicados, atualizados. O preço da água determinará assim, de forma significativa, o número de agricultores que possam vir a aderir ao regadio de Alqueva, situação que irá condicionar a Empresa tendo em consideração a necessidade de assegurar as despesas de funcionamento inerentes à exploração das infraestruturas do Empreendimento, bem como o seu normal funcionamento. Receitas de Produção de Energia Hidroelétrica e de Distribuição de Água Estes fatores são fundamentais para a atividade da Empresa, na medida em que a entrada de capital em maior ou menor montante poderá determinar a conduta a adotar, por parte da Empresa, face a determinadas situações, tais como a capacidade de assunção de novos compromissos. Custos de Exploração (sobretudo de energia) Estes custos são inerentes à atividade de exploração das infraestruturas do Empreendimento já em exploração devendo, por este motivo, ser otimizados, de modo a não comprometer a sustentabilidade futura da Empresa. Adesão dos Agricultores ao Regadio A adesão dos agricultores ao regadio constitui um fator de risco incontornável para o futuro da Empresa pois irá condicionar a entrada de receitas na Empresa e, consequentemente, a sua sustentabilidade futura. Torna-se, por isso, fundamental criar todas as condições para incrementar a adesão ao regadio, minimizando os impactos decorrentes do subaproveitamento das infraestruturas. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 88

89 Acréscimo no VABcf agrícola Um dos impactos esperados com a implementação do Projeto Alqueva é o aumento do Valor Acrescentado Bruto a custo de fatores (VABcf) da atividade agrícola. O VAB agrícola não depende apenas, porém, do fator de produção água, mas também de uma série de outros fatores, de entre os quais se destacam os sistemas de preços dos produtos e os fatores de produção. Caso a conjuntura venha a ser desfavorável neste domínio, existirá uma diminuição no VAB agrícola e, consequentemente, uma menor apetência por parte dos agricultores para o regadio, facto desvantajoso para o sucesso do Projeto de Alqueva. Capacidade Financeira das Empresas Contratadas Devido à atual conjuntura de crise económica, durante a execução dos contratos formalizados no âmbito da implementação do Empreendimento, pode verificar-se o agravamento da capacidade financeira das entidades adjudicatárias que trabalham para a EDIA, o que condiciona a execução dos objetos contratuais. Os objetivos da Empresa são colocados em risco na medida em que a sua boa execução depende da manutenção da estabilidade financeira dessas entidades, de forma a assegurar a realização dos contratos em causa nos prazos e nas condições previstas. Conclusões A EDIA, de acordo com a estratégia económica, social e ambiental adotada no decurso de 2012, possui a base de trabalho adequada para atingir os seus objetivos, dando corpo à visão e missão que estão subjacentes à sua criação. Considera ainda que se encontra dotada das ferramentas que lhe permitem lidar com os desafios inerentes à sua atividade, designadamente, a conclusão das infraestruturas dos sistemas primário e secundário do EFMA e a gestão integrada, transversal e sinérgica dos seus serviços. A Empresa desempenha assim um papel incontornável no desenvolvimento económico e social dos vinte concelhos afetados pelo EFMA, área de influência do projeto, através da captação de investimento para a região do Alentejo, contribuindo para o produto e emprego na região e em articulação com uma gestão integrada dos seus recursos naturais. Viabilidade do Cumprimento dos Princípios do Bom Governo A EDIA aplica e segue as boas práticas de governação, aplicando e cumprindo os princípios do bom governo, de acordo com os seguintes princípios: Sítio próprio na internet ( com as informações relevantes da empresa; Estrutura orgânica bem definida; Órgão de fiscalização independente; Auditores externos anuais; Existência de um código de ética e de conduta; e Deveres de informação e meios de divulgação adequados. Existência de Código de Ética Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 89

90 O Código de Ética encontra-se disponível no sítio próprio da EDIA na internet (www. edia.pt), no separador Princípios do Bom Governo. 1. Âmbito de Aplicação As normas gerais de conduta do Código de Ética aplicam-se a todos os colaboradores da EDIA, entendendo-se como tais todos os membros dos órgãos sociais, dirigentes e demais colaboradores da Empresa. A EDIA garante a disponibilização do Código de Ética a todos os colaboradores, bem como a existência de um canal de comunicação e de resolução de dúvidas. A EDIA assume este Código como instrumento privilegiado na resolução de questões éticas, garantindo a conformidade deste com as práticas legais a que está sujeita. 2. Princípios e Normas 2.1. Cumprimento da Legalidade A EDIA e todos os seus colaboradores comprometem-se a garantir em todas as suas atividades a total conformidade com as legislações nacionais e internacionais vigentes. Os colaboradores nunca deverão executar, em nome da EDIA, qualquer ação que viole as legislações e os regulamentos aplicáveis à sua atividade Salvaguarda dos Bens Patrimoniais Os colaboradores devem assegurar a proteção e conservação do património físico, financeiro, intelectual e da informação da EDIA. Os recursos da Empresa devem ser utilizados de forma eficiente, com vista à prossecução dos seus objetivos e não deverão ser utilizados pelos colaboradores para fins pessoais Lealdade Os colaboradores devem assumir um comportamento de lealdade para com a EDIA, empenhando-se em salvaguardar a sua credibilidade e boa imagem em todas as situações, bem como em garantir o seu prestígio Confidencialidade e Sigilo Profissional Os colaboradores, mesmo depois do termo das suas funções, estão sujeitos ao sigilo profissional, em particular nas matérias que, pela sua efetiva importância, por virtude de decisão da EDIA ou por força da legislação em vigor, não devam ser do conhecimento geral. Os colaboradores, seja no interior da EDIA, seja no exterior da mesma, devem usar de reserva e discrição em relação a factos e informações de que tenham conhecimento por via do exercício das suas funções, bem como respeitar as regras instituídas quanto à confidencialidade da informação. As informações pessoais sobre os colaboradores estão sujeitas ao princípio da confidencialidade, apenas podendo a elas ter acesso o próprio ou quem tenha como responsabilidade específica a sua guarda, manutenção ou tratamento. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 90

91 2.5. Governo da Sociedade A Administração da EDIA e o exercício de funções de alta direção devem ser desenvolvidos com rigor, zelo e transparência, estimulando a criação de condições de diálogo no seio do órgão de administração e dos dirigentes, nomeadamente no que respeita a estratégias, objetivos, análise de risco e avaliação de desempenho, em observância dos padrões de bom governo das sociedades Responsabilidade Os colaboradores devem pautar a sua atuação pelo rigoroso cumprimento dos limites de responsabilidade que lhe estão atribuídos, com especial relevo quanto aos limites e tolerância ao risco e aos objetivos orçamentais definidos para a EDIA. Os colaboradores devem usar o poder que lhes tenha sido delegado de forma não abusiva, orientado para a concretização dos objetivos da EDIA e não para a obtenção de vantagens pessoais sendo responsáveis perante a Empresa pela forma como exercem as suas funções Relações Institucionais com Outras Entidades Nas relações com outras entidades ou organizações, nacionais e internacionais, públicas ou privadas, a EDIA deve manter uma postura de participação e cooperação, apoiando iniciativas que se enquadrem no âmbito das suas atividades e possam traduzir-se em valorização da EDIA e dos seus colaboradores Divulgação e Fiabilidade da Informação A informação produzida e divulgada pela EDIA deve cumprir as leis e regulamentos aplicáveis, ser exata, completa, realizada atempadamente e representar com fiabilidade a situação financeira e os resultados das operações em todos os aspetos materialmente relevantes para o adequado conhecimento sobre a sua condição e performance financeira Conflito de Interesses Em todos os casos em que no exercício da sua atividade profissional os colaboradores sejam chamados a intervir em processos de decisão que envolvem direta ou indiretamente entidades com que colaborem ou tenham colaborado, ou pessoas singulares a que estejam ou tenham estado ligados por laços de parentesco ou afinidade de qualquer natureza, devem comunicar às chefias respetivas a existência dessas relações. Os colaboradores devem abster-se de exercer quaisquer funções fora da EDIA, sempre que tais atividades ponham em causa o cumprimento dos seus deveres enquanto colaboradores da Empresa, ou em organizações cujos objetivos possam colidir ou interferir com os objetivos da EDIA Integridade É interdita toda a prática de corrupção, em todas as suas formas ativas e passivas, quer através de atos e omissões quer por via da criação e manutenção de situações de favor ou irregulares. A EDIA e os seus colaboradores recusarão quaisquer ofertas que possam ser consideradas ou interpretadas como uma tentativa de influenciar a EDIA ou o colaborador. Em caso de dúvida, o colaborador deverá comunicar, por escrito, a situação à respetiva hierarquia. Os colaboradores não podem negociar nem efetuar quaisquer acordos relativamente a preços, partilha de mercados ou de clientes, em qualquer atividade suscetível de restringir ou falsear a concorrência. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 91

92 2.11. Relações Interpessoais e Ambiente de Trabalho Os colaboradores devem contribuir para a criação e a manutenção de um bom clima de trabalho, cimentando a unidade, mormente através da colaboração e cooperação mútuas. A EDIA promoverá a correção, cordialidade, afabilidade e brio profissional nas relações entre colaboradores, bem como o respeito pelos respetivos direitos, sensibilidades e diversidade. Todos os colaboradores deverão conhecer, cumprir e fazer cumprir as normas de higiene e segurança no trabalho, bem como reportar quaisquer não conformidades verificadas. Os colaboradores pautarão as suas relações recíprocas por um tratamento cordial, respeitoso e profissional, devendo apresentar-se condignamente no seu local de trabalho e desenvolver a sua atividade com zelo, espírito de iniciativa e integridade Igualdade de Oportunidades e Não Discriminação A EDIA respeita o princípio da igualdade de oportunidades e promove a implementação de instrumentos que permitam avaliar o desempenho dos seus colaboradores com base no mérito individual efetivamente demonstrado, procurando valorizar as respetivas carreiras de acordo com estes critérios. A EDIA deve promover a valorização profissional dos seus colaboradores ao longo da sua vida laboral. Os colaboradores devem procurar, de forma permanente, o aperfeiçoamento e atualização dos seus conhecimentos, tendo em vista a manutenção, o desenvolvimento e a melhoria das suas capacidades profissionais e a prestação de melhor serviço público. São inadmissíveis quaisquer formas de discriminação individual incompatíveis com a dignidade da pessoa humana, nomeadamente em razão da origem, etnia, sexo, confissão política e confissão religiosa. O direito à reserva da intimidade da vida privada deve ser respeitado escrupulosamente Relações com os Fornecedores e os Parceiros Os colaboradores da EDIA devem negociar na observância do princípio da boa fé e honrar integralmente os seus compromissos com os fornecedores e os parceiros, bem como verificar o integral cumprimento por aqueles das normas definidas contratualmente. Os contratos devem ser claramente redigidos, sem ambiguidades ou omissões e no respeito pela Lei e pelas disposições normativas internas que na EDIA vigorem sobre a matéria. A seleção de fornecedores ou prestadores de serviços deve processar-se em conformidade com as condições de mercado, devendo ser considerados não apenas os indicadores económicos e financeiros, condições comerciais e qualidade dos bens ou serviços propostos, mas também o comportamento ético do fornecedor ou prestador de serviços percebido pelo público em geral. Os colaboradores devem chamar a atenção dos seus fornecedores, prestadores de serviços e parceiros para o cumprimento dos valores éticos da EDIA, nomeadamente no que se refere à confidencialidade da informação relativa à empresa Relações com a Comunicação Social As informações prestadas aos meios de comunicação social através de publicidade devem possuir carácter informativo e verdadeiro, respeitar os parâmetros culturais e éticos da comunidade e a dignidade da pessoa humana, contribuir para a imagem da EDIA e para a criação de valor e dignificação da Empresa. A oportunidade das informações deve ser validada pela linha hierárquica relevante, quando prestadas por colaborador não mandatado para agir na qualidade de representante ou porta-voz da EDIA para o exterior. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 92

93 2.15. Responsabilidade Social e Desenvolvimento Sustentável A EDIA assume a sua responsabilidade social junto das comunidades onde desenvolve as suas atividades empresariais de forma a contribuir para o seu progresso e bem-estar. A responsabilidade social da EDIA é entendida como a contribuição dos negócios para o desenvolvimento sustentável por via de uma gestão proactiva dos impactes ambientais, sociais e económicos das respetivas atividades. A EDIA e os seus colaboradores devem participar ativamente em políticas de meio ambiente e separação de resíduos, de eficiência energética, cuidando da gestão de bens escassos e dando preferência à utilização de materiais biodegradáveis/recicláveis. Os colaboradores, em especial os dirigentes, da EDIA devem garantir que, do exercício das suas atividades não resulta direta ou indiretamente qualquer agressão ou prejuízo para o património das comunidades, cuidando da sua imagem externa no respeito do património arqueológico, arquitetónico, ambiental e linguístico e melhorando a qualidade de vida dos cidadãos. A EDIA considera o desenvolvimento sustentável um objetivo estratégico para alcançar o crescimento económico e contribuir para uma sociedade mais evoluída, preservando o meio ambiente e os recursos não regeneráveis para as próximas gerações. Informação sobre a existência de um sistema de controlo compatível com a dimensão e complexidade da empresa, de modo a proteger os investimentos e os seus ativos, o qual deve abarcar todos os riscos relevantes pela empresa O sistema de controlo interno é o plano de organização dos métodos e procedimentos definidos pela administração de uma entidade, para auxiliar a atingir o objetivo de gestão de assegurar, tanto quanto for praticável, a metódica e eficiente conduta dos seus negócios, incluindo a aderência às políticas da administração, a salvaguarda dos ativos, a prevenção e deteção de fraudes e erros, a precisão e plenitude dos registos contabilísticos e a atempada preparação de informação financeira fidedigna. Neste âmbito, e conforme referido num ponto anterior, a empresa está sujeita a vários Regulamentos Internos e Externos. De forma a garantir uma maior eficiência dos recursos necessários aos investimentos da Empresa, torna-se essencial um controlo eficiente na execução financeira traduzindo-se esta atuação numa maior transparência de procedimentos. No caso particular do controlo orçamental, definiram-se regras claras e eficazes para a gestão dos recursos financeiros, sem prejuízo das competências estatutárias atribuídas ao Conselho de Administração, que têm por objetivo definir a forma de aprovação, conferência e validação da despesa realizada e que passa pelo estabelecimento de uma hierarquia escalonada de delegação de competências por níveis de responsabilidade e por montantes. Saliente-se ainda que todo o investimento é baseado num orçamento anual e a respetiva realização é devidamente cabimentada, existindo um acompanhamento constante desta execução e uma identificação sistemática dos desvios verificados. A EDIA adquiriu, para o efeito, software de qualidade, que se consubstancia num dos melhores ERP s (Programas de Gestão Integrada) existentes no mercado ERP da SAP. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 93

94 Este sistema informático procura contemplar a empresa como um todo e encontra-se dividido em diversos módulos, cada um correspondendo a uma área específica: FI Contabilidade CO Controlling/Contabilidade Analítica SD Vendas IM /PS Controlo e Gestão Orçamental de Investimentos LO Controlo de Contratos de Empreitadas, Fornecimento de Equipamentos e Prestação de Serviços RH Gestão de Recursos Humanos Identificam-se, de seguida, como principais riscos para a atividade e para o futuro da empresa: Financiamento das Infraestruturas Públicas Investimento do Acionista na Sociedade Custos de Investimento Preço da Água Receitas de Produção de Energia Hidroelétrica e de Distribuição de Água Custos de Exploração (sobretudo de energia) Adesão dos Agricultores ao Regadio Acréscimo no VABcf agrícola. Identificação dos mecanismos adotados com vista à prevenção de conflitos de interesses No âmbito da prevenção de conflitos de interesses, importa ter presente, numa primeira linha, as determinações do Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas, datado de 2009, e o quadro de medidas aí previstas, bem como os princípios e regras do Código de Ética da Empresa, tais como a declaração de interesses subscrita por cada colaborador da EDIA, em 2012, arquivada no seu processo individual. Paralelamente, e decorrente do estipulado na Recomendação do Conselho de Prevenção da Corrupção n.º 5/2012 do CPC, de 7 de novembro, foi necessário efetuar uma revisão a este Plano, nomeadamente no que respeita à inclusão de um capítulo referente ao conflito de interesses. Nesta revisão, foi igualmente efetuado um ajuste ao novo organograma da Empresa e à identificação dos atuais titulares dos cargos de chefia, na sequência da tomada de posse do novo Conselho de Administração, em março de No termos do supracitado documento, a EDIA deverá ainda dispor de mecanismos de acompanhamento e de gestão de conflito de interesses, devidamente publicitados, que incluam também o período que sucede ao exercício de funções públicas, com indicação das consequências legais. No que respeita aos Órgãos Sociais, em especial ao nível do Conselho de Administração, acresce, para além do cumprimento escrupuloso das obrigações de comunicação de rendimentos e património, a monitorização regular e sistemática de todas as despesas realizadas e que são objeto de apreciação desagregada ao nível do controlo periódico dos custos de funcionamento da empresa, com base em relatórios internos, divulgados e apreciados em reuniões, com todas a chefias da empresa. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 94

95 Como tipologia de medidas especificamente vocacionadas para a prevenção de conflitos de interesses importa considerar a segregação de funções, a concentração do poder de adjudicação no Conselho de Administração e não no administrador do pelouro cuja margem de decisão é, nesse aspeto, reservada a patamares de despesa pouco elevados, de que é exemplo a Ordem de Serviço N.º 1/2013, em vigor desde o início de Merece ainda referência a definição uniformizada de critérios de adjudicação, bem como o estabelecimento de regras claras e transparentes no manual de procedimentos da Empresa. Explicitação fundamentada da divulgação de toda a informação atualizada prevista na RCM n.º 49/2007, de 28 de março A informação respeitante a este ponto encontra-se reportada no Anexo 2 deste capítulo. Divulgação do Cumprimento das Orientações Legais - Objetivos de Gestão para o triénio Relativamente à definição dos objetivos de gestão previstos no âmbito do artigo 11.º do Decreto- Lei N.º 300/2007, de 23 de agosto, na Assembleia Geral de 04 de maio de 2012 não foram abordados nem definidos objetivos de gestão para o triénio No entanto, no ponto Missão, Visão, Objetivos, Políticas da Empresa e Empresas participadas, deste capítulo, foram apresentados os principais resultados obtidos em 2012, reveladores da dinâmica imposta à realização das atividades durante o exercício. Gestão de Risco Financeiro (Despachos N.º 101/09-SEFT, de 30 de janeiro) PROCEDIMENTOS ADOPTADOS EM MATÉRIA DE AVALIAÇÃO DE RISCO E RESPECTIVAS MEDIDAS DE COBERTURA Diversificação de instrumentos de financiamento, modalidades de taxa de juro disponíveis e entidades credoras A EDIA apresenta um investimento realizado acumulado, desde o ano de 1995 até ao final de 2012, de aproximadamente M O financiamento deste investimento consubstancia-se não só com capitais próprios e subsídios de investimento (fundos comunitários e PIDDAC), como também com capitais alheios, através de contratação de empréstimos bancários. Até à data de , a estrutura do financiamento é composta por: Aumentos de capital social no montante de M 387,3 Subsídios de Investimento - Fundos Comunitários no montante de M 935 Subsídios de Investimento PIDDAC no montante de M 137 Financiamento Bancário no montante de M 684,2 Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 95

96 Políticas de Gestão do Risco Financeiro A EDIA, reconhece as diversas áreas de risco financeiro e que podem alterar de forma significativa o seu valor patrimonial, esses riscos são o risco de taxa de juro e o risco de liquidez. O risco de taxa de juro é normalmente associado às alterações de spreads e a riscos com a variação de taxa juro. A EDIA nunca subscreveu qualquer cobertura de taxa juro, todo o financiamento externo está indexado a taxa variável. Na nossa opinião esta politica tem sido acertada dado que estando o mercado com taxas relativamente baixas, apresenta-se assim, como uma vantagem face aos maiores encargos decorrentes deste tipo de operação. Estabelecendo uma análise comparativa dos encargos financeiros ao longo do período de vida de cada financiamento, conclui-se que a taxa média está próxima dos 3%, taxa esta, manifestamente vantajosa face à contratualização deste tipo de instrumentos financeiros, nomeadamente fixação das taxas de juro. Até ao ano de 2010, todas as operações de financiamento externo (capitais alheios) foram alvo de uma análise cuidada em resultado de uma consulta efetuada à Banca, considerando as melhores condições de mercado, quer a nível financeiro, quer a nível fiscal, tendo-se sempre optado por aquela que apresentava a all-in-cost mais favorável para a empresa. A partir de meados de 2011 surgiu uma nova realidade para a EDIA, com a conjuntura económico-financeira a nível mundial a degradar-se, o acesso a novos financiamentos tornava-se cada vez mais dificultado. O downgrade operado ao Estado Português pelas principais agências internacionais de rating, levou a um aumento do risco de crédito a todas empresas do SEE, e consequentemente, as margens (spreads) dos financiamentos aumentaram significativamente. Em 2012 de forma a garantir a liquidez necessária para o normal funcionamento da empresa, quer para assegurar o investimento realizado a ainda para fazer face aos encargos financeiros, todas as necessidades de financiamento e refinanciamento da EDIA de foram asseguradas por 5 Bancos (CGD, BES, BCP, BPI e Santander-Totta), fruto de mediação da Secretaria de Estado do Tesouro e Finanças e da Direção Geral do Tesouro e Finanças e a respetiva banca. Relatório e Contas - Exercício de 2012 Página 96

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