VISÃO PROSPECTIVA SOBRE A GESTÃO OPERACIONAL EM CONSTRUTURAS CERTIFICADAS NO PBQP-H

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "VISÃO PROSPECTIVA SOBRE A GESTÃO OPERACIONAL EM CONSTRUTURAS CERTIFICADAS NO PBQP-H"

Transcrição

1 I CONFERÊNCIA LATINO-AMERICANA DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL X ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO julho 24, São Paulo. ISBN VISÃO PROSPECTIVA SOBRE A GESTÃO OPERACIONAL EM CONSTRUTURAS CERTIFICADAS NO PBQP-H Luís A. Melgaço (1), Maria da Penha C. Vieira (2), Paulo Andery (3) e Eduardo Romeiro Filho (4) (1) Depto. de Engenharia de Produção, UFMG, luisdemc@bol.com.br (2) Depto. de Engenharia de Materiais e Construção, UFMG, mpenha@demc.ufmg.br (3) Depto. de Engenharia de Materiais e Construção, UFMG, paulo@demc.ufmg.br (4) Depto. de Engenharia de Produção, UFMG, romeiro@dep.ufmg.br RESUMO O presente trabalho apresenta considerações sobre a gestão e contratação de projetos para empreendimentos de construção de edifícios em empresas certificadas pelo SiQ Construtoras do PBQP-H (Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat) situadas em Belo Horizonte MG, com base em uma pesquisa exploratória feita pelos autores. São comentados alguns aspectos da gestão do processo de projeto, comparando as práticas tradicionais das empresas com algumas inovações introduzidas a partir da certificação. Os resultados apontam para o fato de que a implementação de sistemas de garantia da qualidade referenciados na norma ISO 91 tem impactado positivamente na forma de contratação e gestão do processo de projeto, difundindo-se atividades como consideração sistemática dos requisitos dos usuários, coordenação de projetos e melhor integração entre projeto e execução das obras. Palavras-chave: gestão de projetos, garantia da qualidade no projeto, gestão da qualidade 1. INTRODUÇÃO Há alguns anos as empresas construtoras têm se engajado em programas de gestão e garantia da qualidade, em especial naqueles referenciados pela norma ISO 9, como é o caso do SiQ Construtoras no âmbito do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat PBQP-H (PBQP-H, 22). A eficácia da implementação de sistemas de garantia da qualidade estruturados a partir da norma ISO 91, com a conseqüente certificação das empresas, tem sido objeto de estudos e discussões tanto no âmbito acadêmico como empresarial, e a literatura apresenta visões antagônicas sobre o tema (ROMANO, 2). Assim, por exemplo, Dissanayaka et al. (21), em sua pesquisa sobre a implementação da ISO 91 em construtoras na Austrália e Hong Kong, apontam para o fato de que os benefícios dessa implementação não foram significativos, e orientaram-se sobretudo à melhoria dos sistemas de administração interna das empresas. Por outro lado, Melles (1997) chama a atenção para o fato de que a implementação de sistemas de garantia da qualidade estruturados a partir da ISO 91, quando feita em um ambiente sinérgico e colaborativo, onde se nota um efetivo compromisso com a qualidade, serve como uma estrutura básica na que se apóiam novas formas de racionalização da construção, em particular os princípios da lean construction. Cardoso (1996, 1999) defende a certificação de empresas no âmbito do PBQP-H como uma forma de racionalização da produção, e

2 mostra um série de resultados positivos alcançados em construtoras do estado de São Paulo. Resultados positivos da implementação do PBQP-H também são relatados por Andery et al. (22), destacando uma melhoria efetiva no controle de processos, a diminuição do retrabalho, do desperdício de materiais e do tempo de mão de obra ociosa nos canteiros, a melhoria das condições de trabalho dos operários e, em especial, um melhor fluxo de informações entre os escritórios e as obras, em parte em função da descentralização do poder de decisão. O que parece ficar claro é que, com a implementação de sistemas referenciados na ISO 91 / PBQP- H, em especial no que diz respeito ao controle dos processos (realização do produto), confere-se maior previsibilidade aos mesmos, podendo-se garantir, de certa forma, a qualidade do produto final, a exemplo do que vem acontecendo na indústria seriada (ROMANO, 2). A partir do momento que os programas de qualidade implantados nas construtoras ganham uma certa maturidade, trabalhos mostrando a forma de implementação, dificuldades e benefícios encontrados têm sido mais freqüentes na literatura recente, inclusive no que diz respeito a empresas de projeto. No entanto, parece que pouca atenção tem sido dada a uma questão em particular, ou seja, como a certificação em sistemas de garantia da qualidade tem impactado a forma de contratação e gestão dos projetos por parte das empresas construtoras. Esse é um aspecto de relevância, já que a melhoria do processo de projeto vem sendo cada vez mais considerado um fator decisivo no sucesso dos empreendimentos. Veja-se, por exemplo, o significativo número de pesquisas nesse campo (MELHADO E SCHIMITT, 23). Desde essa perspectiva, as empresas construtoras assumem um papel fundamental, que têm várias vertentes e levanta vários questionamentos. Até que ponto uma exigência quanto a qualidade dos projetos induzirá as empresas de projeto a implantarem sistemas estruturados para a garantia da qualidade? Essas exigências mostram-se como instrumentos efetivos para melhoria das condições de construtibilidade nos canteiros? Na dimensão interna das empresas construtoras, que ações podem ser exercidas para melhoria da integração entre projeto e produção? Nesse contexto, o presente trabalho descreve parte de uma pesquisa realizada junto a empresas construtoras localizadas na região metropolitana de Belo Horizonte, com o objetivo de verificar as principais características da implementação do SiQ Construtoras do PBQP-H, suas principais dificuldades e resultados alcançados. Nesse trabalho, foca-se em especial a gestão dos projetos de edificações por parte das empresas construtoras, bem como a relação dessas empresas com os escritórios de projeto. A hipótese básica que balizou a pesquisa é a de que a certificação em sistemas de garantia da qualidade pode criar, quer seja como fruto de requisitos normativos, quer seja como resultado de uma melhoria no perfil gerencial das empresas, uma melhor gestão dos projetos, ainda que, em um primeiro momento, não necessariamente obtida a partir de métodos ou procedimentos formalmente estruturados. Na seqüência descreve-se o estudo de caso apresentado e os principais resultados alcançados. 2. ESTUDO DE CASO EM EMPRESAS CONSTRUTORAS 2.1 Caracterização das empresas construtoras Como parte da presente pesquisa, foram avaliados aspectos da implementação do SiQ Construtoras (e em alguns casos, da ISO 91) em empresas construtoras da região metropolitana de Belo Horizonte. Foram pesquisadas 36 empresas construtoras, no período compreendido entre abril e novembro de 23, empresas estas que já haviam sido certificadas no nível A do SiQ. Essas empresas atuam prioritariamente na produção de edificações, e, em sua maioria, caracterizam-se como sendo de médio porte. Um breve perfil descritivo das empresas é apresentado esquematicamente abaixo.

3 Perfil administrativo Composição do capital 19%: Sociedade anônima 81%: Ltda. Número de sócios 22%: Até 2 78%: Mais de 2 Número de empregados 8%: Até 2 6%: 21 a 5 24%: 51 a 1 62%: Mais de 1 Numero de engenheiros 33%: Até 5 67%: Mais de 5 Perfil Técnico Segmentos de atuação das empresas: 8%: Infra-estrutura 22%: Obras industriais 41%: Edifícios comerciais 92%: Edifícios residenciais 27%: Outros Padrão de acabamento das edificações habitacionais: 74%: Alto a médio 26%:Popular Financiamento próprio: 42%: Sim 58%: Não Contratantes 77%: Setor privado 23%: órgãos públicos O estudo de caso envolveu entrevistas semi-estruturadas com os diretores das empresas e/ou com os profissionais diretamente responsáveis pela implementação do SiQ. Os questionários compreenderam: (a) caracterização da empresa, incluindo porte, estrutura organizacional, perfil de atuação, número de obras em andamento, tipo de obras, etc. (b) Aspectos relativos à implementação do SiQ Construtoras, tais como tempo de implementação, número de obras objeto da implementação de procedimentos, utilização de consultores externos, maiores dificuldades na implementação, custos, etc. (c) Resultados obtidos relativos a melhoria no controle de processos, logística no canteiro de obras e gestão de fornecedores. (d) Percepção com relação a qualidade final das edificações. (e) Percepção dos entrevistados com relação a redução de desperdício e retrabalho. (f) Aspectos relativos à contratação e gestão dos projetos. Além das entrevistas foram visitados alguns canteiros de obras das empresas pesquisadas, onde foram feitas observações in loco à respeito das rotinas de trabalho, analisados procedimentos executivos e entrevistados engenheiros e encarregados. Em alguns casos foi também feito um registro fotográfico. 2.2 Alguns aspectos gerais da certificação Quando questionadas quanto aos motivos de implementação da certificação, frente às opções de respostas mostradas na Figura 1, 67% das empresas responderam Exigência da CEF, 18% apontaram uma Exigência específica para uma obra, 73% Melhoria gerencial, 58% Marketing/Imagem e 32% Melhoria de aspectos técnicos. As respostas não eram excludentes, ou seja, cada empresa pôde apontar mais de um motivo entre os relacionados.

4 Percentagem (%) Melhoria de aspectos técnicos Marketig/Imagem Melhoria gerencial Exigência específica de uma obra Exigência da CEF Figura 1 Motivos de implementação do programa de qualidade. A maior parte das empresas teve como principal motivo para a implementação do SiQ a exigência da CEF para a concessão de financiamentos. Contudo, o que à primeira vista poderia ser considerado um aspecto negativo (pelo fato de que a certificação seria, de certa forma, compulsória ), fica atenuado pela percepção de que grande parte das empresas apontou também como motivação para a implementação a busca de uma melhoria nos sistemas de gestão. Para 88% das empresas, o tempo médio para atingir-se o nível A de certificação variou entre 18 e 24 meses, sendo este tempo contabilizado desde a tomada de decisão implantar programa até a certificação final. As 12% restantes atingiram a certificação em tempos superiores a 24 meses. Os fatores que implicam nessa variação foram, basicamente, número de operários a serem treinados e número de obras objeto da implementação do sistema. Em 76% dos casos o responsável pela implementação foi um funcionário da empresa, geralmente um engenheiro com mais tempo de casa e maior conhecimento das rotinas praticadas. Nos outros casos, algum diretor, que muitas vezes era o proprietário da empresa, esteve à frente do processo de certificação. Apenas 28% dos responsáveis pela implementação dedicavam-se de forma exclusiva ao programa. Todos os outros dividiam o seu tempo com outras atividades tais como elaboração de orçamentos e planejamento, dentre outras. Além do mais todas, as empresas revelaram ter procurado uma consultoria especializada para a implementação. O nível de comprometimento do pessoal, dificuldades de treinamento e elaboração dos procedimentos foram os itens mais citados como dificuldades de implementação do sistema de garantia da qualidade. Quanto às principais vantagens obtidas com a certificação, mereceram destaque a padronização de processos, que levou a um efetivo controle, com a redução da variabilidade dos mesmos, a redução dos desperdícios e do retrabalho e a qualificação da mão-de-obra devido ao treinamento. No tocante ao item principal desvantagem encontrada após a certificação a maioria das empresas apontou o excesso de burocracia como a principal desvantagem. 3. A GESTÃO DO PROCESSO DE PROJETO 3.1 Alguns aspectos levantados Nesta seção são detalhados alguns dos resultados do estudo de caso, com base nos questionários indicados acima e em outras entrevistas e observações complementares. Serão comentados os tópicos mais relevantes, indicativos da mudança de atitude das construtoras frente à gestão do processo de projeto. Optou-se por uma apresentação individual de algumas das questões levantadas, como forma de facilitar a visualização de dois momentos distintos na empresa: antes (entendido como a fase da empresa anterior ao esforço de certificação) e depois (assumido como o período posterior à certificação). Assim, apenas para corroborar tal intento, transcreve-se abaixo trecho de uma entrevista, uma observação que foi comum em várias das empresas visitadas:

5 Entrevistado: Olha, antes do processo de certificação nós achávamos que a qualidade era utilizada na empresa. O questionário de sondagem mostrou que não era bem assim. Considero a certificação como um divisor de águas na história da empresa. Dessa forma destacam-se os tópicos relacionados a seguir: A) Realização de pesquisas de mercado para subsidiar os programas de necessidade. Os resultados obtidos (conforme mostra a figura 2) apontam para o fato de que 75% das empresas certificadas fazem pesquisas de mercado junto a potenciais compradores de edificações comerciais e residenciais antes de iniciar o programa de necessidades. 11 % das empresas consideraram que essa atividade é feita parcialmente, ou seja, são feitas sondagens informais junto a potenciais compradores, sem que haja procedimentos formalmente estruturados de pesquisa. Fica claro que houve, após a certificação, uma maior preocupação das construtoras no sentido de detectar o perfil desejado para as unidades habitacionais / comerciais Figura 2 Realização de pesquisas de mercado pelas construtoras. B) Participação dos arquitetos na análise e acompanhamento dos demais projetos. A figura 3 indica os resultados da pesquisa Figura 3 Participação dos arquitetos na análise dos projetos complementares. De acordo com a pesquisa, 67% das construtoras passaram a exigir a participação dos profissionais contratados para a elaboração dos projetos arquitetônicos no acompanhamento dos demais projetos. 11% das empresas não tem procedimentos formais para a inserção dos arquitetos na gestão do processo de projeto, e nessas empresas isso é feito caso a caso, em função do grau de complexidade do empreendimento. Nota-se um salto significativo, após a implementação de sistemas estruturados de

6 garantia da qualidade, no número de empresas que modificaram a forma de contratação dos arquitetos, o que parece ser um fator decisivo na melhoria do processo de projeto. C) Coordenação dos projetos. A figura 4 mostra os resultados referentes à existência ou não de um coordenador de projetos no âmbito das empresas construtoras Figura 4 Atividade de coordenação de projetos nas construtoras. A mudança de 47% para 86% neste quesito mostra a forte preocupação das construtoras com as potenciais interferências e incompatibilidades inter e intra projetos. A observação das construtoras aponta para o fato de que as obras tornam-se cada vez mais complexas, exigindo além dos projetos tradicionais, um número crescente de projetos complementares, que vêm sendo contratados. Daí a necessidade crescente de haver, na empresa construtora, a figura de um coordenador. Relacionada à atividade de coordenação, a figura 5 apresenta os resultados de uma das questões levantadas: se os projetistas trocam informações no sentido de melhorar a compatibilização de projetos e evitar potenciais interferências. A variação de 47% para 75% neste quesito reflete uma forte preocupação das empresas com o diálogo entre os projetistas, conseqüência do fato de haver a presença mais atuante de um engenheiro das construtoras responsável pela coordenação dos projetos, conforme indicado acima Figura 5 Percentagem de empresas nas quais há interação entre os projetistas durante a elaboração dos projetos. Salienta-se que o que é identificado como coordenação mostrou-se como sendo uma atividade muito variada de empresa para empresa. Em algumas delas, a atividade de coordenação resume-se à gestão comercial da contratação dos projetos. Em outras, há uma preocupação, a posteriori, ou seja, reativa, de realizar a compatibilização dos projetos, e, nesse caso, a figura do coordenador é responsável pelo fluxo de informações entre os projetistas, muitas vezes sendo como que um elo de

7 ligação entre eles. Um terceiro grupo, formado por empresas de maior porte, assume a coordenação como uma atividade mais nobre, na medida em que são estabelecidos protocolos de projeto definindo claramente responsabilidades, saídas e entradas de cada projeto, etapas de aprovação e reuniões entre os projetistas durante a elaboração dos projetos. Por último, em algumas empresas existe um coordenador de projetos que exerce a atividade de uma maneira pró-ativa. Nesses casos, porém, nem sempre existem procedimentos formalmente estruturados para essa atividade, a qual, portanto, muitas vezes dependerá da iniciativa e postura do coordenador. Questionou-se também se, como fruto da interação entre os projetistas, sugestões de alterações nos diversos projetos são formalmente documentadas e consideradas. Os resultados são mostrados na figura 6. Nota-se uma coerência com as observações apresentadas acima. De fato, em função da atividade de coordenação e da interação entre projetistas, 86% das empresas passaram a ter mecanismos formais para registro de possíveis alterações em projeto, contra 39% antes da certificação Figura 6 Percentagem de empresas que têm procedimentos formais para registro de sugestões de revisões e alterações nos projetos. D) Exigência por parte das construtoras de padronização da forma de apresentação dos projetos. A figura 7 mostra os resultados referentes a exigências das construturas no sentido de padronizar a forma de apresentação dos projetos, particularmente no que diz respeito a aspectos gráficos Figura 7 Exigência de padronização da forma de apresentação dos projetos A exemplo dos tópicos anteriores, houve um salto significativo no número de empresas que passaram a exigir padrões de apresentação dos projetos. Esse foi um dos aspectos de gestão dos contratos de projeto que sofreu uma maior alteração, já que antes da certificação, apenas 39% das empresas faziam algum tipo de exigência, e após a certificação, quase a totalidade das empresas exigem algum tipo de padronização na forma de apresentação dos projetos. E) Exigência por parte das construtoras de detalhamento dos projetos.

8 Uma das questões explorou a exigência das construtoras de serem produzidos projetos executivos mais detalhados, e em alguns casos, projetos para a produção, no sentido apontado por Aquino e Melhado (23). Conforme ilustrado na figura 8, antes da certificação, 42% das empresas contratavam esse tipo de projeto, e houve um salto para 81%, o que se mostra bastante significativo. Essa mudança externa uma preocupação das empresas no sentido de melhorar as condições de construtibilidade nos canteiros, priorizando a definição de aspectos tecnológicos relativos à execução das obras antes de seu início, evitando portanto improvisações, desperdício e retrabalho Figura 8 Percentagem de empresas que contratam projetos executivos (detalhamento da produção). F) Retro-alimentação no processo de projeto. Uma das questões levantadas foi a de se, após a execução das obras, existem mecanismos de retroalimentação dos projetos, com algum instrumento, ainda que não sistematizado, de avaliação da satisfação dos usuários. De acordo com os dados levantados, 8% das construtoras fazem algum tipo de avaliação do grau de satisfação dos usuários, contra 25% antes da certificação. No entanto, foi constatado que essa avaliação pós-ocupação não se refere especificamente à impressão dos usuários quanto a concepção das edificações, englobando outros aspectos tais como qualidade dos materiais, freqüência das manutenções, etc. Um indício de que a avaliação pós-ocupação para efeito de retro-alimentação do processo de projeto ainda não é uma atividade incorporada nos sistemas de garantida da qualidade, é o fato de que apenas 25% das empresas fazem um registro formal de sugestões dos usuários para utilização em futuros projetos. Esse fato é corroborado por um outro dado: apenas 33% das empresas viabilizam aos projetistas o acesso a reclamações e/ou sugestões dos usuários quanto ao desempenho das edificações. Vale ressaltar que, de qualquer forma, já houve um avanço com a certificação, já que, antes da implementação dos sistemas de garantia da qualidade, apenas em 19% das empresas os projetistas tinham acesso a essas informações. 3.2 Comentários Como ressaltado acima, a eficácia dos sistemas de gestão e garantia da qualidade referenciados na norma ISO 9 tem sido objeto de ampla discussão nos meios acadêmicos e empresariais. As opiniões são contraditórias: se alguns pesquisadores enfatizam resultados positivos observados nos sistemas administrativos e nos canteiros de obra das empresas, outros têm ressaltado que a excessiva burocracia gerada por esses sistemas não compensa eventuais benefícios (MAROSSZEKY et al, 22). Os resultados obtidos no presente trabalho contrapõem-se à tese sustentada por esse último grupo de pesquisadores. Além das vantagens da certificação observadas nos canteiros de obra, que não foram objeto deste trabalho, a pesquisa evidenciou aspectos positivos adicionais, referentes à gestão do processo de projeto. Entre eles, destacam-se os seguintes:

9 houve uma mudança na forma de contratação dos projetos, e as empresas construtoras passaram a condicionar a contratação a exigências quanto à elaboração e apresentação dos projetos, o que raramente acontecia antes da certificação. Como resultado, têm havido mudanças na gestão do processo de projeto e, em especial, começam a ser introduzidos mecanismos para a coordenação de projetos, por enquanto como uma atividade interna às empresas construtoras. Conseqüência disso é o fato de começarem a ser introduzidos mecanismos formalmente estruturados para interação entre projetistas durante a execução dos projetos, com a análise de potenciais interferências e a consideração de requisitos de construtibilidade. Por outro lado, ainda que de maneira incipiente e nem sempre formalmente incorporada aos sistemas de gestão, começa a perceber-se uma preocupação com a retro-alimentação do processo de projeto, após análise de reclamações e sugestões por parte dos usuários, ainda que tais procedimentos não se configurem como uma sistemática avaliação pós-ocupação. As empresas passaram a se preocupar mais com a forma de apresentação dos projetos, a partir do momento que perceberam ser esse um requisito de construtibilidade, que permite maior clareza na interpretação desses projetos, tornando facilitada sua utilização nos canteiros. Por outro lado, as empresas perceberam que a padronização de aspectos gráficos facilita a coordenação entre projetos, permitindo de maneira mais efetiva a análise de eventuais falhas ou lacunas. Essa preocupação das construtoras fica mais evidenciada a partir do fato de que há uma crescente preocupação de melhoria da integração projeto-execução, demonstrada pela contratação e utilização de projetos executivos mais detalhados ou projetos para a produção. O fato de que as empresas começam a utilizar mais efetivamente instrumentos de pesquisa de mercado, para captar as necessidades e expectativas dos usuários, apresenta-se como um resultado muito positivo, e demonstra uma real preocupação com a qualidade do produto final edificação. Cabe indagar porquê a certificação em sistemas estruturados de garantia da qualidade tem trazido essas modificações. Nesse sentido, dois fatores podem ser considerados. Em primeiro lugar, a mudança na gestão dos projetos, puxada pelas empresas construtoras, é em parte fruto dos próprios requisitos normativos. Assim, o esforço de padronização de procedimentos e os requisitos normativos compreendidos no item 7.3 do SiQ (correspondentes a versão ISO 91:2), em especial o planejamento da elaboração dos projetos e a análise crítica de projetos, tem impactado positivamente na forma como as empresas os contratam. Em segundo lugar, os resultados apontam para o fato de que uma melhoria na gestão dos projetos não é somente conseqüência do cumprimento de requisitos normativos, mas também resultado de uma nova postura gerencial por parte das empresas. Parece que a implementação de sistemas de garantia da qualidade permite à empresa criar um clima de estabilidade gerencial, de tal forma que os profissionais deixam de apagar incêndios e começam a aprimorar o próprio sistema de gestão, o que engloba a contratação de projetos. Assim, parece ser válida a já citada observação de Melles (1997), segundo o qual sistemas de gestão da qualidade baseados na ISO 9 são instrumento para a criação de um ambiente de trabalho no qual novas posturas gerenciais, acompanhadas de métodos e ferramentas, podem ser eficazmente implementadas. Essa cultura de melhoria contínua que, em princípio, deveria estar embutida nos requisitos normativos, nem sempre é efetivamente conseguida. Nas empresas nas quais a implementação do SiQ foi conseqüência de um amadurecimento, de uma necessidade constatada de melhoria dos processos de gestão, os procedimentos de gestão e contratação de projetos sofreram alterações mais significativas. Em algumas dessas empresas parece ter-se conseguido um ambiente de trabalho que estimula o compromisso com a qualidade, uma efetiva participação dos profissionais nos processos de gestão e um compromisso com a melhoria contínua, características fundamentais de um eficaz sistema de gerenciamento da qualidade. 4. CONCLUSÃO O presente trabalho apresentou resultados referentes à gestão e contratação de projetos em trinta e seis construtoras da região metropolitana de Belo Horizonte. Os dados colhidos junto a essas empresas permitem concluir que a implementação de sistemas de garantia da qualidade, com a conseqüente

10 certificação, tem promovido mudanças significativas na forma de contratação dos projetos. Em particular, ressalta-se a preocupação com a coordenação entre projetos. Na maioria dos casos essa coordenação ainda é feita de maneira informal, ou seja, sem a introdução de procedimentos sistemáticos, e a atividade de coordenação tem ficado condicionada à experiência e iniciativa dos profissionais das empresas construtoras. Além disso, observa-se a introdução de mecanismos para interação entre projetistas, muitas vezes decorrente desse citado esforço de coordenação. Observa-se ainda a preocupação com a padronização da forma de apresentação desses projetos, bem como uma maior preocupação com a utilização de projetos executivos mais detalhados, que melhorem as condições de construtibilidade nos canteiros. Esse último aspecto também configura-se como um significativo avanço, que pode ser entendido como um passo no sentido de diminuir a distância entre a concepção das edificações e sua efetiva execução. Cabe ressaltar a hipótese de que, com a evolução dos sistemas gerenciais das empresas, possam ser exigidos projetos para a produção, detalhando a forma de execução dos serviços, o planejamento dessa execução, o seu impacto na logística dos canteiros, etc. Alguns desafios na gestão do processo de projeto ainda precisam ser vencidos. O estudo realizado aponta, por exemplo, para o fato de que parte significativa das empresas não adota mecanismos eficientes para avaliação dos projetos ou retroalimentação aos projetistas com eventuais sugestões ou mesmo alterações realizadas nos canteiros de obras. Não obstante esses desafios, a melhoria do processo de projeto por parte das empresas construtoras parece caminhar no sentido de serem consolidadas ações sistemáticas para a garantia da qualidade do projeto, como aquelas delineadas por Novaes (21), Fabrício (22) ou Melhado (23), e que compreendem o efetivo desenvolvimento de parcerias com os projetistas, a presença de um coordenador de projetos (por enquanto, no âmbito da empresa construtora), a análise crítica dos projetos, e, ainda que de maneira incipiente, o registro de alterações e a retro-alimentação, a partir de procedimentos de avaliação pós-ocupação. Essa melhoria parece estar sendo motivada por dois fatores. Em primeiro lugar, em função dos próprios requisitos normativos, particularmente os indicados no capítulo sétimo do SiQ Construtoras. E por outro lado, independentemente desses requisitos normativos, as construtoras estão promovendo uma efetiva mudança cultural, que promove a valorização dos projetos. Nesse contexto, uma questão quer merecerá maiores observações é a de que até que ponto essas ações, de certa forma internas às empresas construtoras, despertarão nas empresas de projeto, em escala significativa, a necessidade de também implantarem sistemas de gestão e garantia da qualidade. É sabido que existe uma grande distância entre modelos de gestão do processo de projeto, desenvolvidos nos âmbitos acadêmicos, e o que vem efetivamente sendo praticado na maior parte das empresas. Resultados como os indicados no presente trabalho fornecem um indício de que essa distância vem sendo progressivamente superada, em parte devido a exigências das construtoras. Há uma expectativa de que essas práticas induzam a melhoria da qualidade em outros agentes da cadeia de produção de edificações, particularmente nas empresas de projeto. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDERY, P. et al. O controle da qualidade na produção de edifícios adequação ao PBQP-H. In: XXX JORNADAS SUL-AMERICANAS DE ENGENHARIA ESTRUTURAL, 22, Brasília. Anais.... Brasília: Universidade Nacional de Brasília, 22, em CD-ROM. AQUINO, J. e MELHADO, S. O estabelecimento de parcerias entre empresas construtoras, projetistas e fornecedores como instrumento de melhoria no uso de projetos para produção na construção de edifícios. In: III WORKSHOP BRASILEIRO DE GESTÃO DO PROCESSO DE PROJETO NA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS, 23, Belo Horizonte. Anais.... Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, em CD-ROM. CARDOSO, F.F. Estratégias empresariais e novas formas de racionalização da produção no setor de edificações no Brasil e na França. Estudos Econômicos da Construção, nº2, p , CARDOSO, F. F. et al. Nível B do Programa Evolutivo Qualihab de certificação de qualidade: avaliação do impacto nas empresas construtoras de edifícios. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE GESTÃO DA QUALIDADE E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO, 1999, Recife. Anais.... Recife: UPE-ANTAC, 1999.

11 DISSANAYAKA, S. et al. Evaluating outcomes from ISO9 certified quality system of Hong Kong constructions. Total Quality Management, vol. 12, no. 1, p. 29-4, 21. FABRÍCIO, M. M. Projeto Simultâneo na Construção de Edifícios p. Tese (Doutorado em Engenharia Civil) Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. MAROSSZEKY, M. et al. Quality Management Tools for Lean Production Moving from Enforcement to Empowerment. In: INTERNATIONAL GROUP FOR LEAN CONSTRUCTION ANNUAL MEETING IGLC 1, 22, Gramado (RS). Anais.... Porto Alegre: NORIE-UFRGS, 22, em CD-ROM. MELHADO, S. B. Qualificação de empresas de projeto de arquitetura. In: I WORKSHOP NACIONAL DE GESTÃO DO PROCESSO DE PROJETO NA PRODUÇÃO DE EDIFÍCIOS, 21, São Carlos. Anais.... São Carlos: USP-São Carlos, 21, em CD-ROM. MELHADO, S. B e SCHIMITT, C. Uma rápida visão das evoluções no campo da gestão do processo de projeto na construção de edifícios. Comunicação apresentada no III Workshop Braslieiro de Gestão do Processo de Projeto na Construção de Edifícios, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 27 de novembro de 23. MELLES, B. What do we mean by lean production in construction?. Lean Construction. Rotterdam: A. A. Balkema Editors, 1997, p. 11 NOVAES, C. C. Ações para controle e garantia da qualidade em empresas de projeto. In: I WORKSHOP NACIONAL DE GESTÃO DO PROCESSO DE PROJETO NA PRODUÇÃO DE EDIFÍCIOS, 21, São Carlos. Anais.... São Carlos: USP-São Carlos, 21, em CD-ROM. PROGRAMA BRASILEIRO DE QUALIDADE E PRODUTIVIDADE NO HABITAT. Disponível em: Acessado em ROMANO, P. ISO 9. What is its impact on performance? IEEE Engineering Management Review, no. 4., p , 2.

CERTIFICAÇÃO DE EMPRESAS DE PROJETO: UM ESTUDO DE CASO

CERTIFICAÇÃO DE EMPRESAS DE PROJETO: UM ESTUDO DE CASO CERTIFICAÇÃO DE EMPRESAS DE PROJETO: UM ESTUDO DE CASO Paulo Roberto Pereira ANDERY Professor do Depto. de Engenharia de Materiais e Construção Civil, EE UFMG, R. Espírito Santo, 35, CEP 30160-030, Belo

Leia mais

PROCEDIMENTO OPERACIONAL AQUISIÇÃO / QUALIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE FORNECEDORES

PROCEDIMENTO OPERACIONAL AQUISIÇÃO / QUALIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE FORNECEDORES Histórico de Revisões Rev. Modificações 01 30/04/2007 Primeira Emissão 02 15/06/2009 Alteração de numeração de PO 7.1 para. Alteração do título do documento de: Aquisição para: Aquisição / Qualificação

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

A GESTÃO DE PESSOAS NA ÁREA DE FOMENTO MERCANTIL: UM ESTUDO DE CASO NA IGUANA FACTORING FOMENTO MERCANTIL LTDA

A GESTÃO DE PESSOAS NA ÁREA DE FOMENTO MERCANTIL: UM ESTUDO DE CASO NA IGUANA FACTORING FOMENTO MERCANTIL LTDA ISBN 978-85-61091-05-7 Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar 27 a 30 de outubro de 2009 A GESTÃO DE PESSOAS NA ÁREA DE FOMENTO MERCANTIL: UM ESTUDO DE CASO NA IGUANA FACTORING FOMENTO MERCANTIL

Leia mais

A VALIDAÇÃO DE PROJETO EM EMPRESAS CONSTRUTORAS E INCORPORADORAS

A VALIDAÇÃO DE PROJETO EM EMPRESAS CONSTRUTORAS E INCORPORADORAS A VALIDAÇÃO DE PROJETO EM EMPRESAS CONSTRUTORAS E INCORPORADORAS Adriano Felice CAZET Engenheiro Civil, consultor de empresas Rua Tamandaí, 320/ap. 302 Santa Maria RS E-mail: technica@claro.com.br Sidnei

Leia mais

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Planejamento do Gerenciamento das Comunicações (10) e das Partes Interessadas (13) PLANEJAMENTO 2 PLANEJAMENTO Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4 Sem 5 ABRIL

Leia mais

Pesquisa realizada com os participantes do 16º Seminário Nacional de Gestão de Projetos APRESENTAÇÃO

Pesquisa realizada com os participantes do 16º Seminário Nacional de Gestão de Projetos APRESENTAÇÃO Pesquisa realizada com os participantes do de APRESENTAÇÃO O perfil do profissional de projetos Pesquisa realizada durante o 16 Seminário Nacional de, ocorrido em Belo Horizonte em Junho de, apresenta

Leia mais

COMO FAZER A TRANSIÇÃO

COMO FAZER A TRANSIÇÃO ISO 9001:2015 COMO FAZER A TRANSIÇÃO Um guia para empresas certificadas Antes de começar A ISO 9001 mudou! A versão brasileira da norma foi publicada no dia 30/09/2015 e a partir desse dia, as empresas

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD 4.6.8 01 VAGA

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD 4.6.8 01 VAGA INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD 4.6.8 01 VAGA 1 IDENTIFICAÇÃO DA CONSULTORIA Contratação de consultoria pessoa física para serviços de preparação

Leia mais

QUALIFICAÇÃO DAS EMPRESAS DE PROJETO DE ARQUITETURA

QUALIFICAÇÃO DAS EMPRESAS DE PROJETO DE ARQUITETURA QUALIFICAÇÃO DAS EMPRESAS DE PROJETO DE ARQUITETURA Silvio Burrattino MELHADO Engenheiro Civil, Professor da Escola Politécnica da USP. Av. Prof. Almeida Prado, travessa 2, n 271, CEP 05508-900 São Paulo

Leia mais

MODELO CMM MATURIDADE DE SOFTWARE

MODELO CMM MATURIDADE DE SOFTWARE MODELO CMM MATURIDADE DE SOFTWARE O modelo CMM Capability Maturity Model foi produzido pelo SEI (Software Engineering Institute) da Universidade Carnegie Mellon (CMU), em Pittsburgh, EUA, por um grupo

Leia mais

Pesquisa realizada com os participantes do 12º Seminário Nacional de Gestão de Projetos. Apresentação

Pesquisa realizada com os participantes do 12º Seminário Nacional de Gestão de Projetos. Apresentação Pesquisa realizada com os participantes do de Apresentação O perfil do profissional de Projetos Pesquisa realizada durante o 12 Seminário Nacional de, ocorrido em 2009, traça um importante perfil do profissional

Leia mais

Ana Carolina Ferreira Gonzaga OBJETIVOS PROFISSIONAIS FORMAÇÃO ACADÊMICA

Ana Carolina Ferreira Gonzaga OBJETIVOS PROFISSIONAIS FORMAÇÃO ACADÊMICA Estado Civil Casada Telefone (62)9959-1977 / (62) 3932-0985 Natural Goiânia - GO E-mail ana_cfgonzaga@yahoo.com.br Redes Sociais Facebook: LinkedIn: OBJETIVOS PROFISSIONAIS Área: Gestão/Controle em Engenharia

Leia mais

A NECESSIDADE DE UMA NOVA VISÃO DO PROJETO NOS CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL, FRENTE À NOVA REALIDADE DO SETOR EM BUSCA DA QUALIDADE

A NECESSIDADE DE UMA NOVA VISÃO DO PROJETO NOS CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL, FRENTE À NOVA REALIDADE DO SETOR EM BUSCA DA QUALIDADE A NECESSIDADE DE UMA NOVA VISÃO DO PROJETO NOS CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL, FRENTE À NOVA REALIDADE DO SETOR EM BUSCA DA QUALIDADE ULRICH, Helen Departamento de Engenharia de Produção - Escola de Engenharia

Leia mais

Profissionais de Alta Performance

Profissionais de Alta Performance Profissionais de Alta Performance As transformações pelas quais o mundo passa exigem novos posicionamentos em todas as áreas e em especial na educação. A transferência pura simples de dados ou informações

Leia mais

RACIONALIZAÇÃO CONSTRUTIVA

RACIONALIZAÇÃO CONSTRUTIVA RACIONALIZAÇÃO CONSTRUTIVA Prof. Dr. Luiz Sérgio Franco Depto. Eng. Construção Civil da EPUSP ARCO Assessoria em Racionalização Construtiva S/C ltda. arco@uol.com.br A busca de soluções para o aumento

Leia mais

Sistema de Gestão da Qualidade

Sistema de Gestão da Qualidade Sistema de Gestão da Qualidade Coordenadora Responsável Mara Luck Mendes, Jaguariúna, SP, mara@cnpma.embrapa.br RESUMO Em abril de 2003 foi lançado oficialmente pela Chefia da Embrapa Meio Ambiente o Cronograma

Leia mais

Como Selecionar Projetos Seis Sigma

Como Selecionar Projetos Seis Sigma Como Selecionar Projetos Seis Sigma Cristina Werkema Etapas do processo de seleção A definição dos projetos a serem desenvolvidos pelos Black Belts e Green Belts é uma das atividades mais importantes do

Leia mais

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL CAMPUS CAMPO MOURÃO ENGENHARIA CIVIL CARLOS HENRIQUE FELIPE POÇAS RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO Relatório de Estágio

Leia mais

SGQ 22/10/2010. Sistema de Gestão da Qualidade. Gestão da Qualidade Qualquer atividade coordenada para dirigir e controlar uma organização para:

SGQ 22/10/2010. Sistema de Gestão da Qualidade. Gestão da Qualidade Qualquer atividade coordenada para dirigir e controlar uma organização para: PARTE 2 Sistema de Gestão da Qualidade SGQ Gestão da Qualidade Qualquer atividade coordenada para dirigir e controlar uma organização para: Possibilitar a melhoria de produtos/serviços Garantir a satisfação

Leia mais

O tipo de gestão pública aplicado no Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Alagoas: Um estudo de caso no Campus Arapiraca.

O tipo de gestão pública aplicado no Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Alagoas: Um estudo de caso no Campus Arapiraca. Relatório Executivo Universidade Federal de Pernambuco Centro de Ciências Sociais Aplicadas Departamento de Ciências Administrativas Mestrado Profissional em Administração O tipo de gestão pública aplicado

Leia mais

CÓPIA NÃO CONTROLADA. DOCUMENTO CONTROLADO APENAS EM FORMATO ELETRÔNICO. PSQ PROCEDIMENTO DO SISTEMA DA QUALIDADE

CÓPIA NÃO CONTROLADA. DOCUMENTO CONTROLADO APENAS EM FORMATO ELETRÔNICO. PSQ PROCEDIMENTO DO SISTEMA DA QUALIDADE PSQ PROCEDIMENTO DO SISTEMA DA QUALIDADE PSQ 290.0339 - PROCEDIMENTO DO SISTEMA DA QUALIDADE APROVAÇÃO CARLOS ROBERTO KNIPPSCHILD Gerente da Qualidade e Assuntos Regulatórios Data: / / ELABORAÇÃO REVISÃO

Leia mais

MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL

MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL Prof. Dr. José Alberto Carvalho dos Santos Claro Mestrado em Gestão de Negócios Universidade

Leia mais

LOCAIS DE TRABALHO COM QUALIDADE E PRODUTIVIDADE PROJETOS ARQUITETÔNICOS

LOCAIS DE TRABALHO COM QUALIDADE E PRODUTIVIDADE PROJETOS ARQUITETÔNICOS LOCAIS DE TRABALHO COM QUALIDADE E PRODUTIVIDADE PROJETOS ARQUITETÔNICOS PROJETOS ARQUITETÔNICOS 01 NOSSOS SERVIÇOS Após 35 anos de experiência na área de edificações para o mercado imobiliário gaúcho,

Leia mais

PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16

PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16 PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16 Índice 1. Orçamento Empresarial...3 2. Conceitos gerais e elementos...3 3. Sistema de orçamentos...4 4. Horizonte de planejamento e frequência

Leia mais

ISO 9001. As três primeiras seções fornecem informações gerais sobre a norma, enquanto as cinco últimas centram-se na sua implementação.

ISO 9001. As três primeiras seções fornecem informações gerais sobre a norma, enquanto as cinco últimas centram-se na sua implementação. ISO 9001 A ISO 9001 é um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) standard que exige que uma dada organização satisfaça as suas próprias exigências e as dos seus clientes e reguladores. Baseia-se numa metodologia

Leia mais

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS PLANOS DE CONTINGÊNCIAS ARAÚJO GOMES Capitão SC PMSC ARAÚJO GOMES defesacivilgomes@yahoo.com.br PLANO DE CONTINGÊNCIA O planejamento para emergências é complexo por suas características intrínsecas. Como

Leia mais

ISO/IEC 12207: Gerência de Configuração

ISO/IEC 12207: Gerência de Configuração ISO/IEC 12207: Gerência de Configuração Durante o processo de desenvolvimento de um software, é produzida uma grande quantidade de itens de informação que podem ser alterados durante o processo Para que

Leia mais

INTEGRAÇÃO DOS SISTEMAS DE GESTÃO NAS ÁREAS DE QUALIDADE, MEIO AMBIENTE E DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM EMPRESAS CONSTRUTORAS ALEMÃS

INTEGRAÇÃO DOS SISTEMAS DE GESTÃO NAS ÁREAS DE QUALIDADE, MEIO AMBIENTE E DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM EMPRESAS CONSTRUTORAS ALEMÃS INTEGRAÇÃO DOS SISTEMAS DE GESTÃO NAS ÁREAS DE QUALIDADE, MEIO AMBIENTE E DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM EMPRESAS CONSTRUTORAS ALEMÃS Kátia Regina Alves Nunes Engenheira Civil pela Universidade do Estado

Leia mais

PROCEDIMENTO DA QUALIDADE

PROCEDIMENTO DA QUALIDADE Pág.: 1 de 6 1. OBJETIVO Realizar o gerenciamento dos projetos desde o seu planejamento, desenvolvimento, recebimento, análise crítica, controle e distribuição nas obras. 2. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA Manual

Leia mais

Programa FAPESP. Pesquisa Inovativa EM. Pequenas Empresas

Programa FAPESP. Pesquisa Inovativa EM. Pequenas Empresas Programa FAPESP Pesquisa Inovativa EM Pequenas Empresas Foto CAPA: LÉO ramos Objetivos Criado em 1997, o Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) apoia a execução de pesquisa científica

Leia mais

Integração de Projetos na Fase de Engenharia

Integração de Projetos na Fase de Engenharia 1 Instituto de Educação Tecnológica Pós-graduação MBA Gestão de Projetos Turma 19 20 de Dezembro 2014 Integração de Projetos na Fase de Engenharia Josie de Fátima Alves Almeida Engenheira Civil josiealmeida@bol.com.br

Leia mais

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE 1) OBJETIVOS - Apresentar de forma transparente as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e a gestão; - Fomentar e apoiar internamente

Leia mais

Relatório de Estágio Curricular. Rafael Menezes Albuquerque

Relatório de Estágio Curricular. Rafael Menezes Albuquerque Instituto Tecnológico de Aeronáutica Divisão de Engenharia de Infra-Estrutura Aeronáutica Relatório de Estágio Curricular Rafael Menezes Albuquerque São José dos Campos Novembro2005 Relatório de Estágio

Leia mais

Página 1 de 19 Data 04/03/2014 Hora 09:11:49 Modelo Cerne 1.1 Sensibilização e Prospecção Envolve a manutenção de um processo sistematizado e contínuo para a sensibilização da comunidade quanto ao empreendedorismo

Leia mais

Casos de Sucesso. Cliente. Deloitte Touche Tohmatsu Consultores LTDA

Casos de Sucesso. Cliente. Deloitte Touche Tohmatsu Consultores LTDA Casos de Sucesso Cliente Deloitte Touche Tohmatsu Consultores LTDA Deloitte Touche Tohmatsu Consultores LTDA Perfil da empresa A Deloitte é uma das maiores empresas do mundo na prestação de serviços profissionais

Leia mais

Participação de pequenas empresas nos parques tecnológicos

Participação de pequenas empresas nos parques tecnológicos Participação de pequenas empresas nos parques tecnológicos Autor: Katia Melissa Bonilla Alves 1 Co-autores: Ricardo Wargas 2 e Tomas Stroke 3 1 Mestre em Economia pela Universidade do Estado do Rio de

Leia mais

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1 Governança de TI ITIL v.2&3 parte 1 Prof. Luís Fernando Garcia LUIS@GARCIA.PRO.BR ITIL 1 1 ITIL Gerenciamento de Serviços 2 2 Gerenciamento de Serviços Gerenciamento de Serviços 3 3 Gerenciamento de Serviços

Leia mais

Processos Técnicos - Aulas 4 e 5

Processos Técnicos - Aulas 4 e 5 Processos Técnicos - Aulas 4 e 5 Trabalho / PEM Tema: Frameworks Públicos Grupo: equipe do TCC Entrega: versão digital, 1ª semana de Abril (de 31/03 a 04/04), no e-mail do professor (rodrigues.yuri@yahoo.com.br)

Leia mais

Engajamento com Partes Interessadas

Engajamento com Partes Interessadas Instituto Votorantim Engajamento com Partes Interessadas Eixo temático Comunidade e Sociedade Principal objetivo da prática Apoiar o desenvolvimento de uma estratégia de relacionamento com as partes interessadas,

Leia mais

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades;

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades; POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE OBJETIVO Esta Política tem como objetivos: - Apresentar as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e a gestão; - Fomentar e apoiar internamente as inovações

Leia mais

FACULDADE SENAC GOIÂNIA

FACULDADE SENAC GOIÂNIA FACULDADE SENAC GOIÂNIA NORMA ISO 12.207 Curso: GTI Matéria: Auditoria e Qualidade de Software Professor: Elias Ferreira Acadêmico: Luan Bueno Almeida Goiânia, 2015 CERTIFICAÇÃO PARA O MERCADO BRASILEIRO

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais

Sistemas de Gestão Ambiental O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004

Sistemas de Gestão Ambiental O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004 QSP Informe Reservado Nº 41 Dezembro/2004 Sistemas de Gestão O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004 Material especialmente preparado para os Associados ao QSP. QSP Informe Reservado Nº 41 Dezembro/2004

Leia mais

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano Empresa como Sistema e seus Subsistemas Professora Cintia Caetano A empresa como um Sistema Aberto As organizações empresariais interagem com o ambiente e a sociedade de maneira completa. Uma empresa é

Leia mais

CAPÍTULO 5 CONCLUSÕES, RECOMENDAÇÕES E LIMITAÇÕES. 1. Conclusões e Recomendações

CAPÍTULO 5 CONCLUSÕES, RECOMENDAÇÕES E LIMITAÇÕES. 1. Conclusões e Recomendações 153 CAPÍTULO 5 CONCLUSÕES, RECOMENDAÇÕES E LIMITAÇÕES 1. Conclusões e Recomendações Um Estudo de Caso, como foi salientado no capítulo Metodologia deste estudo, traz à baila muitas informações sobre uma

Leia mais

DESCRIÇÃO DAS PRÁTICAS DE GESTÃO DA INICIATIVA

DESCRIÇÃO DAS PRÁTICAS DE GESTÃO DA INICIATIVA DESCRIÇÃO DAS PRÁTICAS DE GESTÃO DA INICIATIVA Como é sabido existe um consenso de que é necessário imprimir qualidade nas ações realizadas pela administração pública. Para alcançar esse objetivo, pressupõe-se

Leia mais

QUALIFICAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DE PROFESSORES DAS UNIDADES DE ENSINO NA ELABORAÇÃO DE PROGRAMAS FORMAIS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

QUALIFICAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DE PROFESSORES DAS UNIDADES DE ENSINO NA ELABORAÇÃO DE PROGRAMAS FORMAIS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL QUALIFICAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DE PROFESSORES DAS UNIDADES DE ENSINO NA ELABORAÇÃO DE PROGRAMAS FORMAIS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL MOHAMED HABIB* & GIOVANNA FAGUNDES** * Professor Titular, IB, UNICAMP ** Aluna

Leia mais

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras Por Marcelo Bandeira Leite Santos 13/07/2009 Resumo: Este artigo tem como tema o Customer Relationship Management (CRM) e sua importância como

Leia mais

FACULDADE DE TECNOLOGIA RUBENS LARA Análise e Desenvolvimento de Sistemas

FACULDADE DE TECNOLOGIA RUBENS LARA Análise e Desenvolvimento de Sistemas FACULDADE DE TECNOLOGIA RUBENS LARA Análise e Desenvolvimento de Sistemas Trabalho de Conclusão de Curso Regulamento (2013/01) Professor Responsável: Ms. Gerson Prando Santos, 17 de março de 2013. Versão

Leia mais

SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005

SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005 SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005 ÍNDICE Introdução...3 A Necessidade do Gerenciamento e Controle das Informações...3 Benefícios de um Sistema de Gestão da Albi Informática...4 A Ferramenta...5

Leia mais

Distribuidor de Mobilidade GUIA OUTSOURCING

Distribuidor de Mobilidade GUIA OUTSOURCING Distribuidor de Mobilidade GUIA OUTSOURCING 1 ÍNDICE 03 04 06 07 09 Introdução Menos custos e mais controle Operação customizada à necessidade da empresa Atendimento: o grande diferencial Conclusão Quando

Leia mais

A Sustentabilidade na perspectiva de gestores da qualidade

A Sustentabilidade na perspectiva de gestores da qualidade A Sustentabilidade na perspectiva de gestores da qualidade Realização Patrocínio Objetivo da pesquisa Captar a perspectiva dos gestores e professores de gestão da qualidade sobre: 1. Os conceitos de sustentabilidade

Leia mais

Pesquisa sobre: Panorama da Gestão de Estoques

Pesquisa sobre: Panorama da Gestão de Estoques Pesquisa sobre: Panorama da Gestão de Estoques Uma boa gestão de estoques comprova sua importância independente do segmento em questão. Seja ele comércio, indústria ou serviços, o profissional que gerencia

Leia mais

ISO NAS PRAÇAS. Oficina ISO 9001-2008 Formulação da Política da Qualidade. Julho/2011

ISO NAS PRAÇAS. Oficina ISO 9001-2008 Formulação da Política da Qualidade. Julho/2011 Oficina ISO 9001-2008 Formulação da Política da Qualidade Julho/2011 GESPÚBLICA Perfil do Facilitador Servidor de carreira que tenha credibilidade Bom relacionamento interpessoal Acesso a alta administração

Leia mais

Sistemas de Gestão da Qualidade. Introdução. Engenharia de Produção Gestão Estratégica da Qualidade. Tema Sistemas de Gestão da Qualidade

Sistemas de Gestão da Qualidade. Introdução. Engenharia de Produção Gestão Estratégica da Qualidade. Tema Sistemas de Gestão da Qualidade Tema Sistemas de Gestão da Qualidade Projeto Curso Disciplina Tema Professor Pós-graduação Engenharia de Produção Gestão Estratégica da Qualidade Sistemas de Gestão da Qualidade Elton Ivan Schneider Introdução

Leia mais

POLÍTICA DE LOGÍSTICA DE SUPRIMENTO DO SISTEMA ELETROBRÁS. Sistema. Eletrobrás

POLÍTICA DE LOGÍSTICA DE SUPRIMENTO DO SISTEMA ELETROBRÁS. Sistema. Eletrobrás POLÍTICA DE LOGÍSTICA DE SUPRIMENTO DO SISTEMA ELETROBRÁS Sistema Eletrobrás Política de Logística de Suprimento do Sistema Eletrobrás POLÍTICA DE LOGÍSTICA DE SUPRIMENTO 4 POLÍTICA DE Logística de Suprimento

Leia mais

COMO FOMENTAR MAIS E MELHOR NAS EMPRESAS?

COMO FOMENTAR MAIS E MELHOR NAS EMPRESAS? UM OLHAR DA INVENTTA: COMO FOMENTAR MAIS E MELHOR NAS EMPRESAS? Rafael Augusto, Marina Loures e Vitor Bohnenberger 1. INTRODUÇÃO As empresas sempre nos perguntam Como obter recursos para desenvolver projetos

Leia mais

Resumo das Interpretações Oficiais do TC 176 / ISO

Resumo das Interpretações Oficiais do TC 176 / ISO Resumo das Interpretações Oficiais do TC 176 / ISO Referência RFI 011 Pergunta NBR ISO 9001:2000 cláusula: 2 Apenas os termos e definições da NBR ISO 9000:2000 constituem prescrições da NBR ISO 9001:2000,

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA Nº 2404 PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOA FÍSICA PROCESSO DE SELEÇÃO - EDITAL Nº 162/2013 CONSULTOR POR PRODUTO

TERMO DE REFERÊNCIA Nº 2404 PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOA FÍSICA PROCESSO DE SELEÇÃO - EDITAL Nº 162/2013 CONSULTOR POR PRODUTO Impresso por: RODRIGO DIAS Data da impressão: 26/06/2013-15:38:48 SIGOEI - Sistema de Informações Gerenciais da OEI TERMO DE REFERÊNCIA Nº 2404 PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOA FÍSICA PROCESSO DE SELEÇÃO - EDITAL

Leia mais

INDICADORES ETHOS PARA NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS E RESPONSÁVEIS

INDICADORES ETHOS PARA NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS E RESPONSÁVEIS INDICADORES ETHOS PARA NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS E RESPONSÁVEIS INDICADORES ETHOS PARA NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS E RESPONSÁVEIS Os Indicadores Ethos são uma ferramenta de gestão, de uso gratuito, que visa apoiar

Leia mais

MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015

MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015 MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015 Está em andamento o processo de revisão da Norma ISO 9001: 2015, que ao ser concluído resultará na mudança mais significativa já efetuada. A chamada família ISO 9000

Leia mais

Metodologia de Gerenciamento de Projetos da Justiça Federal

Metodologia de Gerenciamento de Projetos da Justiça Federal Metodologia de Gerenciamento de Projetos da Justiça Federal Histórico de Revisões Data Versão Descrição 30/04/2010 1.0 Versão Inicial 2 Sumário 1. Introdução... 5 2. Público-alvo... 5 3. Conceitos básicos...

Leia mais

6. VALIDAÇÃO DO MODELO

6. VALIDAÇÃO DO MODELO Cap. 6 Validação do modelo - 171 6. VALIDAÇÃO DO MODELO Definição da pesquisa Contextualização (Cap. 2) Metodologia (Cap. ) Revisão da Literatura (Cap. 3) Construção do Método (Cap. 5) Validação do método

Leia mais

Justificativa da iniciativa

Justificativa da iniciativa Sumário Justificativa da iniciativa O que é o Framework? Apresentação básica de cada ferramenta Quais projetos serão avaliados por meio do Framework? Fluxo de avaliação Expectativas Justificativa da iniciativa

Leia mais

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 11 de maio de 2011 Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO SPAECE-ALFA E DAS AVALIAÇÕES DO PRÊMIO ESCOLA NOTA DEZ _ 2ª Etapa 1. INTRODUÇÃO Em 1990, o Sistema de Avaliação

Leia mais

COMO CONTRATAR UM CONSTRUTOR. web. www.2030studio.com email.contato@2030studio.com telefone. 55 41 8413 7279

COMO CONTRATAR UM CONSTRUTOR. web. www.2030studio.com email.contato@2030studio.com telefone. 55 41 8413 7279 COMO CONTRATAR UM CONSTRUTOR Nós moldamos nossos edifícios. Depois eles nos moldam. - Winston Churchill Encontrar o melhor empreiteiro para seu projeto residencial é uma decisão extremamente importante.

Leia mais

Métodos qualitativos: Pesquisa-Ação

Métodos qualitativos: Pesquisa-Ação Métodos AULA 12 qualitativos: Pesquisa-Ação O que é a pesquisa-ação? É uma abordagem da pesquisa social aplicada na qual o pesquisador e o cliente colaboram no desenvolvimento de um diagnóstico e para

Leia mais

Quais são as organizações envolvidas no SASSMAQ?

Quais são as organizações envolvidas no SASSMAQ? PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES AVALIAÇÃO SASSMAQ (P.COM.26.00) O SASSMAQ é um Sistema de Avaliação de Segurança, Saúde, Meio Ambiente e Qualidade, elaborado pela Comissão de Transportes da ABIQUIM, dirigido

Leia mais

Como agregar valor durante o processo de auditoria

Como agregar valor durante o processo de auditoria QSP Informe Reservado Nº 55 Fevereiro/2006 Como agregar valor durante o processo de auditoria Tradução para o português especialmente preparada para os Associados ao QSP. Este guindance paper foi elaborado

Leia mais

Deve ser claro, conciso e conter de forma resumida o assunto a ser pesquisado.

Deve ser claro, conciso e conter de forma resumida o assunto a ser pesquisado. MODELODEPROJETODEPESQUISA (Form_pesq_01) TÍTULO DO PROJETO Deve ser claro, conciso e conter de forma resumida o assunto a ser pesquisado. AUTORES Relacionar todos os autores participantes do projeto: coordenador,

Leia mais

da Qualidade ISO 9001: 2000

da Qualidade ISO 9001: 2000 4 Requisitos Gerais e de Documentação do Sistema da Qualidade ISO 9001: 2000 A implementação, manutenção e melhoria de um sistema da qualidade requer um sistema documental que auxilie no estabelecimento

Leia mais

ANÁLISE DE INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE DO PROGRAMA BRASILEIRO DE QUALIDADE E PRODUTIVIDADE DO HABITAT (PBPQ-H) REVISÃO DEZEMBRO/2012.

ANÁLISE DE INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE DO PROGRAMA BRASILEIRO DE QUALIDADE E PRODUTIVIDADE DO HABITAT (PBPQ-H) REVISÃO DEZEMBRO/2012. ANÁLISE DE INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE DO PROGRAMA BRASILEIRO DE QUALIDADE E PRODUTIVIDADE DO HABITAT (PBPQ-H) REVISÃO DEZEMBRO/2012. Gisele Hiromi Matsumoto de Freitas¹; Ronan Yuzo Takeda Violin²;

Leia mais

Plano de Ação e Programa de Formação de Recursos Humanos para PD&I

Plano de Ação e Programa de Formação de Recursos Humanos para PD&I Plano de Ação e Programa de Formação de Recursos Humanos para PD&I 1. Plano de Ação A seguir apresenta-se uma estrutura geral de Plano de Ação a ser adotado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência

Leia mais

2ª avaliação - SIMULADO INSTRUÇÕES

2ª avaliação - SIMULADO INSTRUÇÕES Curso: Análise e Desenvolvimento de Sistemas Disciplina: Gerenciamento de Projetos 2ª avaliação - SIMULADO INSTRUÇÕES 1. Identifique todas as folhas da avaliação, inclusive a capa, com seu nome em letra

Leia mais

Gestão da Qualidade em Projetos

Gestão da Qualidade em Projetos Gestão da Qualidade em Projetos Você vai aprender: Introdução ao Gerenciamento de Projetos; Gerenciamento da Integração; Gerenciamento de Escopo- Declaração de Escopo e EAP; Gerenciamento de Tempo; Gerenciamento

Leia mais

CHECK - LIST - ISO 9001:2000

CHECK - LIST - ISO 9001:2000 REQUISITOS ISO 9001: 2000 SIM NÃO 1.2 APLICAÇÃO A organização identificou as exclusões de itens da norma no seu manual da qualidade? As exclusões são relacionadas somente aos requisitos da sessão 7 da

Leia mais

MANUAL DA QUALIDADE DA CONSTRUTORA COPEMA

MANUAL DA QUALIDADE DA CONSTRUTORA COPEMA 1/10 INFORMAÇÕES SOBRE A EMPRESA... 2 ABRANGÊNCIA DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE... 3 1. SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE:... 4 - MANUAL DA QUALIDADE... 4 Escopo do SGQ e definição dos clientes... 4 Política

Leia mais

Ano 3 / N 16. 37ª Convenção dos Lojistas do Estado de São Paulo reúne empresários lojistas.

Ano 3 / N 16. 37ª Convenção dos Lojistas do Estado de São Paulo reúne empresários lojistas. Ano 3 / N 16 37ª Convenção dos Lojistas do Estado de São Paulo reúne empresários lojistas. Artigo MÃO DE OBRA: HÁ COMO MELHORAR? Uma das principais reclamações dos lojistas, é a qualidade da mão de obra,

Leia mais

Lista de verificação (Check list) para planejamento e execução de Projetos

Lista de verificação (Check list) para planejamento e execução de Projetos www.tecnologiadeprojetos.com.br Lista de verificação (Check list) para planejamento e execução de Projetos Eduardo F. Barbosa Dácio G. Moura Material didático utilizado na disciplina Desenvolvimento de

Leia mais

COMO EXPLORAR OS BENEFÍCIOS DOS INDICADORES DE DESEMPENHO NA GESTÃO DE UM CSC. Lara Pessanha e Vanessa Saavedra

COMO EXPLORAR OS BENEFÍCIOS DOS INDICADORES DE DESEMPENHO NA GESTÃO DE UM CSC. Lara Pessanha e Vanessa Saavedra COMO EXPLORAR OS BENEFÍCIOS DOS INDICADORES DE DESEMPENHO NA GESTÃO DE UM CSC Lara Pessanha e Vanessa Saavedra A utilização de indicadores de desempenho é uma prática benéfica para todo e qualquer tipo

Leia mais

Referências internas são os artefatos usados para ajudar na elaboração do PT tais como:

Referências internas são os artefatos usados para ajudar na elaboração do PT tais como: Plano de Teste (resumo do documento) I Introdução Identificador do Plano de Teste Esse campo deve especificar um identificador único para reconhecimento do Plano de Teste. Pode ser inclusive um código

Leia mais

Visão estratégica para compras

Visão estratégica para compras Visão estratégica para compras FogStock?Thinkstock 40 KPMG Business Magazine Mudanças de cenário exigem reposicionamento do setor de suprimentos O perfil do departamento de suprimentos das empresas não

Leia mais

5 Conclusão e Considerações Finais

5 Conclusão e Considerações Finais 5 Conclusão e Considerações Finais Neste capítulo são apresentadas a conclusão e as considerações finais do estudo, bem como, um breve resumo do que foi apresentado e discutido nos capítulos anteriores,

Leia mais

SISTEMAS INTEGRADOS P o r f.. E d E uar a d r o Oli l v i e v i e r i a

SISTEMAS INTEGRADOS P o r f.. E d E uar a d r o Oli l v i e v i e r i a SISTEMAS INTEGRADOS Prof. Eduardo Oliveira Bibliografia adotada: COLANGELO FILHO, Lúcio. Implantação de Sistemas ERP. São Paulo: Atlas, 2001. ISBN: 8522429936 LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane Price. Sistemas

Leia mais

2 METODOLOGIA DA PESQUISA

2 METODOLOGIA DA PESQUISA 2 METODOLOGIA DA PESQUISA A pesquisa, como toda atividade racional e sistemática, exige que as ações desenvolvidas ao longo de seu processo sejam efetivamente planejadas. Para Gil (1991), o conhecimento

Leia mais

CONTRIBUIÇÃO DE UMA DIRETORIA DE PROJETOS

CONTRIBUIÇÃO DE UMA DIRETORIA DE PROJETOS www.tecnologiadeprojetos.com.br Diretoria de Acompanhamento e Avaliação de Projetos da Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais DAPE/SEE-MG RELATÓRIO DE PESQUISA 1 : CONTRIBUIÇÃO DE UMA DIRETORIA

Leia mais

EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO

EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO 1.1. INTRODUÇÃO Nos últimos 20 anos a atividade de manutenção tem passado por mais mudanças do que qualquer outra. Estas alterações são conseqüências de: a) aumento, bastante rápido,

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

Melhores práticas no planejamento de recursos humanos

Melhores práticas no planejamento de recursos humanos Melhores práticas no planejamento de recursos humanos Planejamento Performance Dashboard Plano de ação Relatórios Indicadores Preparando a força de trabalho para o futuro Planejamento de recursos humanos

Leia mais

PMI-SP PMI-SC PMI-RS PMI PMI-PR PMI-PE

PMI-SP PMI-SC PMI-RS PMI PMI-PR PMI-PE ESTUDO DE BENCHMARKING EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS 2009 Brasil Uma realização dos Chapters Brasileiros do PMI - Project Management Institute PMI-SP PMI-RJ PMI-AM PMI-SC PMI-BA ANEXO 1 PMI-RS PMI PMI-CE

Leia mais

INTELIGÊNCIA E PROSPECTIVA ESTRATÉGICAS. A moderna administração está repleta de ferramentas, técnicas e métodos de

INTELIGÊNCIA E PROSPECTIVA ESTRATÉGICAS. A moderna administração está repleta de ferramentas, técnicas e métodos de INTELIGÊNCIA E PROSPECTIVA ESTRATÉGICAS Raul Sturari (*) A moderna administração está repleta de ferramentas, técnicas e métodos de apoio à Gestão Estratégica, cujo sucesso condiciona a sobrevivência e

Leia mais

Amil utiliza soluções da CA para aproximar a TI dos negócios

Amil utiliza soluções da CA para aproximar a TI dos negócios Case de sucesso Amil utiliza soluções da CA para aproximar a TI dos negócios Perfil do CLIENTE Indústria: Saúde Companhia: Amil Faturamento: média de R$4,5 bi ao ano Quadro de pessoal: 5000 funcionários

Leia mais

Pesquisa: Monitoramento de Mercado sobre o uso de recursos de Tecnologia da Informação em Escritórios de Contabilidade

Pesquisa: Monitoramento de Mercado sobre o uso de recursos de Tecnologia da Informação em Escritórios de Contabilidade Pesquisa: Monitoramento de Mercado sobre o uso de recursos de Tecnologia da Informação em Escritórios de Contabilidade Belo Horizonte, Junho de 2009 Sumário Introdução 03 A pesquisa 04 Caracterização do

Leia mais

Empreendedorismo. Tópico 4 Plano de Negócios: Visão Geral

Empreendedorismo. Tópico 4 Plano de Negócios: Visão Geral Empreendedorismo Tópico 4 Plano de Negócios: Visão Geral Conteúdo 1. Objetivos do Encontro... 3 2. Introdução... 3 3. Planejar. Por quê?... 3 4. O Plano é produto do empreendedor... 4 5. Estrutura do Plano

Leia mais

Programa de Educação Dinâmica Progressiva PEDP

Programa de Educação Dinâmica Progressiva PEDP Programa de Educação Dinâmica Progressiva PEDP 1. PRÁTICA EFICAZ DE GESTÃO EDUCACIONAL 1.1. Histórico da Prática Eficaz descrever como surgiu o programa/prática e indicar a data de início das ações. O

Leia mais