SUMÁRIO B. BREVE HISTÓRICO DO USO DAS CONCESSÕES DE RADIODIFUSÃO COMO MOEDA DE BARGANHA POLÍTICA... 08

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2 SUMÁRIO A. CORONELISMO, CORONELISMO ELETRÔNICO E CORONELISMO ELETRÔNICO DE NOVO TIPO A.1 O Coronelismo A.2 O Coronelismo Eletrônico A.3 O Coronelismo eletrônico de novo tipo Município como ente federativo União compartilha e recupera poder (em parte) Os coronéis eletrônicos de novo tipo B. BREVE HISTÓRICO DO USO DAS CONCESSÕES DE RADIODIFUSÃO COMO MOEDA DE BARGANHA POLÍTICA C. BRECHAS LEGAIS: A RADIODIFUSÃO EDUCATIVA C.1 Brecha UM: a transformação das retransmissoras mistas em geradoras educativas C.2 Brecha DOIS: as outorgas de radiodifusão educativa estão dispensadas de licitação D. A LITERATURA SOBRE CORONELISMO ELETRÔNICO E. AS RADCOM: PROMESSA FRUSTRADA F. NOTA SOBRE A METODOLOGIA G. OS PROCEDIMENTOS BUROCRÁTICOS E SUAS IMPLICAÇÕES POLÍTICAS G.1- no Ministério das Comunicações a. arquivamentos e Pleitos b. a política dos ministros G.2- no Palácio do Planalto H. QUEM CONTROLA AS RADCOM AUTORIZADAS? H.1 RadCom vs política H.2 RadCom vs religião H.3 duplicidade de outorgas I. OBSERVAÇÕES FINAIS J. O QUE PODE E DEVE SER FEITO K. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS L. ANEOS L.1 Lei 9.612/98 L.2 Decreto 2.615/98 L.3 Listagem dos vínculos políticos, religiosos e das duplicidades de outorgas 1

3 A. CORONELISMO, CORONELISMO ELETRÔNICO E CORONELISMO ELETRÔNICO DE NOVO TIPO O conceito de coronelismo tem sua origem no estudo clássico do jurista e professor Victor Nunes Leal sobre as práticas políticas no antigo Brasil rural Coronelismo, Enxada e Voto cuja primeira edição foi publicada pela Revista Forense em O status teórico do conceito tem sido, no entanto, objeto de aguda controvérsia nas ciências sociais e o seu derivado coronelismo eletrônico carece de reflexão conceitual, além de padecer freqüentemente de uma série de equívocos e imprecisões no campo da Comunicação (cf. Santos, 2006). Apesar disso, optamos por sua utilização. Acreditamos que o fenômeno nomeado como coronelismo eletrônico guarda características e mantém traços comuns com o sistema de dominação e relações políticas originalmente estudado por Nunes Leal na República Velha que justificam seu uso. A explicitação dessas características e traços comuns foi que orientou o desenvolvimento desta pesquisa, paralelamente ao pressuposto de que a mídia e, conseqüentemente, o seu controle desempenha hoje um papel fundamental no processo político da sociedade brasileira. Em especial, queremos contribuir para o tardio reconhecimento da importância do rádio comercial, educativo, comunitário ou não-legalizado que nem sempre merece a atenção que deveria ter nos estudos sobre a mídia no Brasil. A.1 O Coronelismo Desde o Império até a República, a estrutura agrária concentradora da propriedade da terra possibilitou o exercício do controle político do município por lideranças locais por intermédio de um complicado sistema de compromissos e troca de favores com as províncias (estados) e a União. O coronel era o chefe político local e recebia essa designação como oficial da Guarda Nacional, criada ainda no século 19. A moeda de troca básica dos velhos coronéis era o controle do voto o chamado voto de cabresto, inicialmente aberto e depois secreto. Como recompensa, eram eles que decidiam sobre a alocação dos recursos orçamentários estaduais e federais no município e faziam as indicações dos nomes que ocupariam os cargos de comando da máquina pública juiz, delegado de polícia, coletor de impostos, agente dos Correios, professores do ensino público, dentre outros. Como reafirmou Leal (1980) o coronelismo era um aspecto local da dominação política, um aspecto local das lutas e dos entendimentos políticos, embora refletindo-se nos círculos mais amplos e contribuindo, por suas características, para dar uma tonalidade própria a toda a vida política do país. Esse coronelismo da República Velha encontra suas condições ideais de funcionamento num país de população majoritariamente rural, no contexto do poder central do Estado fortalecido, de municípios isolados e tutelados, e da introdução de instituições representativas na política 1. 1 Existe uma ampla bibliografia sobre o coronelismo na política brasileira. Além da obra pioneira de V. N. Leal, uma referência introdutória é o verbete coronelismo de J. Murilo de Carvalho no DHBB (2001). 2

4 A.2 O Coronelismo Eletrônico O coronelismo eletrônico, por outro lado, é um fenômeno do Brasil urbano da segunda metade do século 20, que sofre uma inflexão importante com a Constituição de 1988, mas persiste e se reinventa depois ela. É também resultado da adoção do modelo de curadoria (trusteeship model), isto é, da outorga pela União a empresas privadas da exploração dos serviços públicos de rádio e televisão e, sobretudo, das profundas alterações que ocorreram com a progressiva centralidade da mídia na política brasileira, a partir do regime militar ( ). Emissoras de rádio e televisão, que são mantidas em boa parte pela publicidade oficial e estão articuladas com as redes nacionais dominantes, dão origem a um tipo de poder agora não mais coercitivo, mas criador de consensos políticos. São esses consensos que facilitam (mas não garantem) a eleição (e a reeleição) de representantes em nível federal, deputados e senadores que, por sua vez, permitem circularmente a permanência do coronelismo como sistema. Ao controlar as concessões, o novo coronel promove a si mesmo e aos seus aliados, hostiliza e cerceia a expressão dos adversários políticos e é fator importante na construção da opinião pública cujo apoio é disputado tanto no plano estadual como no federal. No coronelismo eletrônico, portanto, a moeda de troca continua sendo o voto, como no velho coronelismo. Só que não mais com base na posse da terra, mas no controle da informação vale dizer, na capacidade de influir na formação da opinião pública. A recompensa da União aos coronéis eletrônicos é de certa forma antecipada pela outorga e, depois, pela renovação das concessões do serviço de radiodifusão que confere a eles poder na barganha dos recursos para os serviços públicos municipais, estaduais e federais. Um feliz resumo das diferenças entre o coronelismo e o coronelismo eletrônico pode ser encontrado em trabalho de Costa e Brener, publicado em Dizem eles: Se as raízes dos velhos coronéis remontam ao Império, os coronéis de agora emergiram principalmente a partir do regime militar. Os primeiros são expressão de um Brasil predominantemente rural, enquanto os novos coronéis são atores políticos de um país majoritariamente urbano. O coronel de hoje mantém práticas típicas do antigo coronel, como usar a sua influência junto ao governo para arranjar emprego para os apadrinhados ou levar obras e melhoramentos para as suas bases eleitorais, mas mudou muito a forma de fazer política. Se antes os métodos de cabala de votos se resumiam às instruções dadas aos cabos eleitorais e aos comícios, é inegável que a televisão [e o rádio inclusão dos A.] se tornaram um novo e decisivo cenário da batalha política estadual e municipal. Não será coincidência, portanto, constatar que as oligarquias dominantes em vários estados e regiões do país (sobretudo no Nordeste), a partir das últimas décadas do século passado, têm em comum o vínculo com a mídia. Em especial, com as emissoras de rádio e televisão comerciais e suas retransmissoras (RTVs), mas também com as emissoras educativas. Seus membros são detentores de mandatos nos diferentes níveis de representação no Executivo e no Legislativo, mas, sobretudo, são governadores, deputados federais ou senadores. Os mais conhecidos exemplos são as 3

5 oligarquias regionais identificadas por nomes como Barbalho, Sarney, Jereissati, Garibaldi, Collor de Mello, Franco, Alves, Magalhães, Martinez e Paulo Octávio, dentre outros. A.3 O Coronelismo eletrônico de novo tipo Em palestra que fez mais de 30 anos após a publicação do estudo original, publicada sob o título O Coronelismo e o Coronelismo de cada um, Victor Nunes Leal reforçou algumas das principais características do velho coronelismo. Situou-o historicamente na República Velha, lembrou que, apesar de suas repercussões nacionais, tratava-se de um sistema de compromisso desenvolvido no âmbito dos estados e resultante da fraqueza do Estado de um lado, e, de outro, [da] fraqueza social e política dos coronéis, que necessitavam do prestígio de empréstimo do governo estadual para reforçar o seu próprio prestígio local. O mais importante para o nosso argumento, todavia, é que, observando as eleições municipais de 1976 realizadas durante o regime militar e sob a presidência do general Ernesto Geisel Leal constata o surgimento de um novo tipo de compromisso, agora entre o Presidente da República e os municípios. Trata-se de......um compromisso direto entre o governo federal e os chefes políticos locais (portanto, com invasão da área que seria a do coronelismo típico, de vinculação dos chefes locais ao governo do Estado) [...] Esse tipo de compromisso eventual entre o governo federal e os municipais estava mencionado como possibilidade no meu livro, porque àquele tempo já havia uma série de órgãos econômicos, governados e alimentados pelo poder federal, que tinham atuação nas comunas. Era previsível, portanto, que o governo federal, na medida em que tivesse de passar por cima dos governos estaduais, abandonando a política dos governadores, de Campos Sales, para fazer uma política presidencial, procuraria estabelecer vínculos diretos entre a Presidência da República e as prefeituras e câmaras municipais. Isto representou, suponho, um reforço ao coronelismo, o que não era àquele tempo previsível com tanta clareza. Hoje, o Presidente da República está tão ou mais interessado nos municípios, nos chefes políticos do interior, como estão os governadores dos Estados. Este é que talvez seja o aspecto novo a examinar no coronelismo. A política presidencial identificada por Leal, irá ser reforçada, no contexto político democrático, pela Constituição de 1988, que altera as condições anteriores em dois pontos fundamentais e dá origem a um novo tipo de coronelismo eletrônico, que não exclui o anterior, mas é complementar a ele. Município como ente federativo Primeiro, a Constituição conferiu ao município o status de ente federativo e introduziu modificações importantes na distribuição de recursos e competências sobretudo com relação à saúde e a educação. Apesar de todas as dificuldades relativas, sobretudo, ao repasse de verbas pela União, inicia-se o movimento de descentralização de políticas públicas que confere aos municípios autonomia e introduz profundas mudanças no federalismo e, portanto, na política local (cf. Andrade, 2004). É no contexto do município não mais isolado, mas fortalecido, e da política local revigorada que surge o que chamamos coronelismo eletrônico de novo tipo, vinculado especificamente às permissões e autorizações dirigidas às comunidades locais. Essas 4

6 permissões e autorizações referem-se às RTVs 2, em especial aquelas destinadas às prefeituras (desde 1978), às emissoras de rádio FM e às rádios comunitárias legalizadas. Cerca de 70% de todos os novos atos de outorgas de radiodifusão, depois de 1998, são exatamente de rádios comunitárias. Paralelamente, estima-se que existam hoje no país cerca de 18 mil rádios comunitárias não-legalizadas em funcionamento, cerca de 10 mil processos arquivados e mais de 4 mil pedidos pendentes no Ministério das Comunicações (MiniCom) (Carvalho, 15/3/07). O fato de existir um número tão elevado de rádios comunitárias não-legalizadas é revelador da pressão exercida por aqueles que controlam a radiodifusão comercial sobre o poder concessionário (Executivo e Legislativo) para impedir que a regularização aconteça. As comunitárias seriam suas competidoras diretas nos municípios. Além disso, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Polícia Federal exercem um controle rigoroso sobre as rádios não-legalizadas que são diariamente fechadas e seus dirigentes, presos. Importante ressaltar ainda que, apesar de a Constituição de 1988 dar aos municípios o status de ente da Federação, ela reforça o poder exclusivo da União para outorgar e renovar outorgas de radiodifusão, excluindo assim a possibilidade de municipalização ou estadualização dessas atividades. A alínea a do inciso II do seu Artigo 21, em sua redação original e na alterada pela Emenda Constitucional n o 8, de 1995, deixa pouca margem de dúvida quanto a essa exclusividade, ao dizer que compete à União explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens 3. Do ponto de vista técnico e prático, há pouco ou nenhum sentido nesta centralização na esfera Federal da atividade de outorga. Existe, principalmente para as rádios de menor potência que operam em FM, um interesse local muito mais evidente do que um interesse nacional. A atividade de outorga dessas rádios poderia muito bem ser uma atividade concorrente entre União, Estados e Municípios à União caberia apenas ditar as regras gerais, tais como a canalização do espectro de freqüência. Executivo compartilha e recupera poder (em parte) O segundo ponto alterado pela Constituição de 1988 diz respeito à exigência de participação do Legislativo na aprovação tanto das concessões de rádio e televisão comerciais, educativas e comunitárias como na sua renovação. Subtrai-se, portanto, do Executivo o poder exclusivo de outorga deste serviço. Desta forma, o Executivo passa a compartilhar as decisões sobre sua moeda de troca (as concessões e as renovações) diretamente com as oligarquias políticas estaduais e regionais vale 2 Levantamento realizado pelos jornalistas Sylvio Costa e Jayme Brener (1997) revelou a seguinte distribuição para as 1848 RTVs que podiam inserir até 15% de programação própria por serem educativas ou estarem instaladas na Amazônia Legal em 1997: 527 pertenciam a empresas de comunicação sem vínculos políticos; 479 a prefeituras municipais; 472 a empresas e entidades ligadas a igrejas; 102 a fundações educativas e 268 a entidades ou empresas controladas por 87 políticos. 3 O juiz federal aposentado Paulo Fernando da Silveira publicou, em 2001, pela Editora Del Rey o livro Rádios Comunitárias no qual defende a competência municipal para legislar sobre a matéria. Essa posição tem influenciado Câmaras Municipais de diversas cidades a aprovarem leis regulando as rádios comunitárias como Itabuna (BA), São Gonçalo (RJ), Campinas (SP), São Bernardo do Campo (SP) e, inclusive, o município de São Paulo (SP). 5

7 dizer, com os coronéis eletrônicos (ou seus representantes, deputados e senadores), muitos, eles próprios, já concessionários dos serviços. Há, no entanto, uma quaseexceção em relação às rádios comunitárias. Reguladas por lei em , já existiam e operavam em número significativo, pelo menos desde o final da década de Elas não dependem de licitações públicas, mas de um processo de avaliação interna no Ministério das Comunicações (MiniCom). Depois, os atos são enviados à apreciação do Congresso Nacional. A Medida Provisória , de maio de 2001, no entanto, modifica as normas de tramitação dos processos no Congresso e restitui ao Executivo para as autorizações de rádios comunitárias parte significativa do poder que a Constituição de 1988 lhe subtraíra. A MP determina que, se as autorizações de rádios comunitárias enviadas pelo Executivo ao Congresso Nacional não forem apreciadas num prazo de 90 dias, elas se transformarão, automaticamente, em licenças provisórias de funcionamento 5. Com isso, o Executivo acelera a efetivação de seus atos e tira vantagem de sua agilidade potencial em relação à morosidade intrínseca do processo legislativo. Dessa forma, as rádios comunitárias voltam a constituir, para o Executivo, importante moeda de barganha política. Neste contexto, é preciso observar que, desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2002), além da avaliação técnica e política dos pedidos de outorga de rádios comunitárias realizada no MiniCom, foi acrescida ainda outra instância de avaliação política, agora na Casa Civil da Presidência da República. Essa análise política já existia no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, é verdade, mas no governo Lula houve uma alteração importante que conferiu à Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República uma participação na análise das outorgas de radiodifusão. Ou seja: foi inserida na tramitação das outorgas de radiodifusão no Poder Executivo uma etapa específica a cargo de um órgão que tem, entre outras funções, a de estabelecer elos entre o Poder Executivo federal e os municípios. Os coronéis eletrônicos de novo tipo Os novos coronéis eletrônicos, como os anteriores, continuam tendo no controle do voto a sua moeda de troca básica com o estado e a própria União. Só que agora com a mediação de representantes em posição política hierarquicamente superior, tanto no Legislativo quanto no Executivo deputados estaduais e federais, senadores e governadores sejam eles os velhos coronéis eletrônicos ou não. As rádios comunitárias, na sua maioria, são controladas, direta ou indiretamente, por políticos locais vereadores, prefeitos, candidatos derrotados a esses cargos, líderes 4 O texto completo da Lei 9.612/98 que institui o Serviço de Radiodifusão Comunitária está no Anexo L.1. 5 A edição da MP levantou a suspeita de que se tratava de medida destinada a impedir a formação da CPI da Corrupção no governo FHC, à época em debate no Congresso Nacional. O então ministro das Comunicações Pimenta da Veiga negou a acusação e justificou a MP da seguinte forma: Ao longo de dois anos, nós autorizamos a criação de 659 rádios comunitárias em todo o país, fazendo a comunicação ao Congresso para que os processos fossem analisados. Apenas 29 já foram aprovadas pelos parlamentares e estão autorizadas a funcionar por três anos. Depois desse tempo, devem ser novamente avaliadas. A pressão pela aprovação das demais é insuportável. Em todos os locais onde eu vou as pessoas perguntam. O problema é que nós examinamos, mas o Congresso não. A medida provisória foi uma forma de agilizar a entrada em funcionamento. A pressão é tão grande que há enorme desordem no espectro. Devem estar em funcionamento cerca de seis mil rádios ilegais, o que é um absurdo. [Cf. Fabiana Melo, Nenhuma rádio foi autorizada a funcionar em O Globo de 14/05/2001] 6

8 partidários vindo num distante segundo lugar o vínculo religioso, predominantemente da Igreja Católica. es, prefeitos, candidatos derrotados a esses cargos, líderes partidários representam, portanto, uma nova mediação dentro do sistema maior do coronelismo eletrônico que sobrevive como prática política, nem sempre bem-sucedida, mas ainda fundamental em muitos municípios brasileiros. O Quadro 1 abaixo procura sintetizar algumas das principais características dos três tipos de coronelismo. Quadro 1 Os três tipos de coronelismo Características Principais Coronelismo (V. Nunes Leal) Coronelismo Eletrônico Base material Posse da terra Concessão de Rádio e/ou TV+RTVs, comerciais e educativas Moeda de troca Controle do voto Controle do voto; apoio político estadual e/ou regional Recompensas: (a) mandatários federais (direta Eleição ou Eleição ou reeleição; Controle indiretamente) reeleição da informação política Coronelismo Eletrônico de Novo Tipo RadCom (legalizada ou não), FM e RTVs Controle do voto; apoio político comunitário (local) Eleição ou reeleição; Controle da informação política (b) coronéis (locais,regionais, comunitários) Nomear/demitir Alocar recursos públicos Concessões de Ra,TV, RTVs; nomear/demitir; alocar recursos públicos Função política Líder local Senador, deputado federal, governador (PR, Ministro) Concessões de FMs e RadCom; compartilhar com deputados e senadores poder nomear/demitir; alocar recursos públicos, prefeito (deputado estadual), líder partidário local Geografia Interior rural Rural e urbano (transição) Urbano Organização política Município isolado e Município integrado, ente sem autonomia Estados e regiões federativo Poder da União Centralizado Centralizado e descentralizado Período histórico República Velha Anos 50 (TV) e Regime Militar Exemplos Coronel Chico José Sarney (ex-deputado Romão (PE) federal, ex-governador, expresidente da República, senador PMDB-AP) Sistema Mirante Comunicação (TV aberta afiliada Globo, TV cabo, 9 rádios, jornal O Estado do Maranhão). Descentralizado Depois da Constituição de 1988 Antônio das Graças Filho (prefeito, PSDB), Kelton Pinheiro e Hermes Antônio Lemes (vereadores, PSDB) Membros da diretoria RadCom e Associação de Comunicação e Cultura de Bonfinópolis, GO (parcial). O presente estudo se refere às rádios com portaria de autorização do Ministério das Comunicações expedidas até dezembro de Na verdade, a outorga de uma rádio comunitária só é efetivada quando os processos, iniciados no Ministério das Comunicações passam pela Casa Civil / SRI, pela Câmara 7

9 dos Deputados e pelo Senado Federal, e um decreto legislativo é assinado pelo presidente do Congresso Nacional e publicado no Diário do Oficial da União. 6 O universo das rádios comunitárias constitui uma enorme caixa preta onde são pouquíssimos os dados oficiais disponíveis e onde, portanto, qualquer levantamento de dados constitui uma verdadeira corrida de obstáculos. Esta é, portanto, a etapa mais importante de uma pesquisa ainda incompleta, que irá incluir uma investigação também das FMs comerciais e educativas e das retransmissoras de televisão (RTVs). B. BREVE HISTÓRICO DO USO DAS CONCESSÕES DE RADIODIFUSÃO COMO MOEDA DE BARGANHA POLÍTICA O Código Brasileiro de Telecomunicações (CBT, Lei nº 4117/62) que completa 45 anos em 2007 determina que aquele que estiver em gozo de imunidade parlamentar não pode exercer a função de diretor ou gerente de empresa concessionária de rádio ou televisão (Parágrafo único do Artigo 38). Esta norma foi confirmada pelo Regulamento dos Serviços de Radiodifusão (Decreto /63) que exige como um dos documentos necessários à habilitação ao procedimento licitatório, declaração de que os dirigentes da entidade não estão no exercício de mandato eletivo [número 2, alínea d, 5º do Artigo 15]. Apesar disso, pelo menos desde o início da década de 1980 se tem registro na mídia impressa da utilização de concessões públicas de radiodifusão por políticos no exercício de mandato eletivo, em seu benefício pessoal e interesse privado. Tornou-se folclórica, mas nem por isso menos emblemática, a resposta do ex-senador Atílio Fontana ( ), eleito pelo PSD e, com a extinção dos partidos em 1965, filiado à Arena de Santa Catarina, ao ser entrevistado por repórter da Rádio Rural de Concórdia: Senador, o microfone é todo seu. Não só o microfone, meu rapaz, mas a rádio toda. Matéria publicada no Jornal do Brasil de 7 de dezembro de 1980, sob o título No ar, a voz do dono, já listava o nome e a filiação partidária de 103 políticos de 16 estados que controlavam, direta ou indiretamente, emissoras de rádio e/ou televisão. À época, o país se encontrava sob regime militar e estava em vigência a Lei Falcão, que restringia o acesso ao rádio e à televisão dos candidatos a postos eletivos à apresentação dos seus currículos e plataformas acrescidos de seus retratos, na TV. O vínculo entre radiodifusão e política é, portanto, fenômeno fortemente arraigado na cultura e na prática política brasileira que perpassa os tempos de ditadura e os tempos de democracia. Registre-se a agravante de que, até novembro de 2003, o cadastro dos concessionários de radiodifusão do Ministério das Comunicações não estava disponível para consultas vale dizer, não se conhecia a relação nominal dos beneficiários das concessões desse serviço público 7. 6 A informação sobre o número de decretos legislativos já publicados com outorgas de rádios comunitárias não está disponível no sítio web do Ministério das Comunicações. 7 Desde o início de 2007 o cadastro de concessionários de radiodifusão foi retirado do sítio do Ministério das Comunicações sem que se conheçam publicamente as razões para tal procedimento. 8

10 Ao final do último governo autoritário (general João Baptista Figueiredo, ), uma das principais questões que alcançaram o debate público foi exatamente o número inusitado de outorgas de concessões de canais de rádio e televisão num período de tempo extremamente reduzido. Dados do Ministério das Comunicações divulgados à época revelavam que, enquanto em todo o ano de 1982 foram outorgadas 134 novas concessões, 80 em 1983 e 99 em 1984, somente nos últimos 74 dias de seu mandato, o general Figueiredo assinou 91 decretos de concessões de canais de radiodifusão ou mais de 1,22 decretos de outorga por dia. E a maioria dos beneficiados eram políticos que se utilizavam dos mais variados artifícios e obtinham o controle de emissoras de rádio e televisão através de parentes e/ou testas-de-ferro, burlando normas, prazos e planos (Lima, 1987). O auge das outorgas para políticos, no entanto, ocorreu ao tempo que o ministro das Comunicações era Antonio Carlos Magalhães, durante o período do Congresso Constituinte de , quando estavam em jogo tanto a permanência do presidencialismo como forma de governo, quanto o mandato do então ocupante do cargo de presidente da República, José Sarney. Levantamento realizado por Motter (1994) revela que 1028 outorgas foram assinadas durante o governo Sarney entre 1985 e 1988, 91 dessas diretamente a deputados e senadores constituintes. Desse total, 92,3% (84) votaram a favor do presidencialismo e 90,1% (82) votaram a favor do mandato de cinco anos para o então presidente da República. O estudo identificou ainda que a chamada bancada da comunicação composta por concessionários de radiodifusão reunia 146 parlamentares, ou 26,1% dos 559 constituintes. Apesar disso, a Constituição de 1988 reafirmou a norma do CBT ao proibir que deputados e senadores mantivessem contrato ou exercessem cargos, função ou emprego remunerado em empresas concessionárias de serviço público (alíneas a e b do inciso I do Artigo 54). Mas o Ministério das Comunicações interpreta esse preceito constitucional de outra forma. É o que fica claro nas palavras de seu atual [maio de 2007] consultor jurídico, Marcelo Bechara, que em audiência pública realizada na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara dos Deputados, em 25 de abril de 2007, afirmou que as regras do artigo 54 da Constituição não valem para as concessões de radiodifusão porque nesse caso não existiria o favor decorrente de contrato de pessoa jurídica de direito público previsto na Carta Magna. O CBT também não seria desrespeitado se o ocupante de cargo eletivo for apenas dono ou cotista de empresa de radiodifusão. Para o ministério, deputados e senadores podem ser donos de emissoras de radiodifusão (desde que não sejam diretores ou gerentes como prevê o texto literal do CBT), e isso não feriria o que diz o artigo 54 da Constituição. Curiosamente o Supremo Tribunal Federal (STF) ainda não foi consultado sobre o assunto e, embora polêmica, a opinião do MiniCom é a que prevalece. A deputada Luíza Erundina (PSB-SP), presidente de uma subcomissão da CCTCI, criada em 2007 e destinada a rever os procedimentos de outorga e de renovação de outorga no Executivo e no Legislativo, declarou que seu partido, o PSB, pretende ingressar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no STF questionando justamente a constitucionalidade da concessão de outorgas de radiodifusão a deputados e senadores. Em entrevista concedida ao site Comunique-se, a deputada ressaltou que a 9

11 opinião do Supremo é essencial para se dirimirem as muitas dúvidas ainda existentes sobre a aplicabilidade ou não do que dispõe o artigo 54 às outorgas de radiodifusão. Os casos a serem questionados pela eventual Adin são inúmeros. Pesquisa realizada por Santos e Capparelli (2005) revelou que 39,6% ou 40 das emissoras geradoras afiliadas à Rede Globo; 33,6% ou 128 de todas as emissoras de TV e 18,03% ou 1765 de todas as retransmissoras de televisão do país estavam controladas direta ou indiretamente por políticos em Da mesma forma, levantamento feito pela Agência Repórter Social, ao início da nova legislatura, revelou que um terço dos senadores e mais de 10% dos deputados federais eleitos para o quadriênio controlam concessões de radiodifusão. Durante o governo de Fernando Henrique Cardoso ( ), o Decreto 1720, de 28/11/1995, estendeu à radiodifusão as exigências da Lei 8.666, de 21 de junho de 1993, alterando o Regulamento dos Serviços de Radiodifusão (Decreto de 31/10/1963). A partir de então, outorgas de radiodifusão comercial pela União só poderiam ser feitas através de licitação, como manda o artigo 175 da Constituição de Estava, aparentemente, resolvida a velha questão do uso político das concessões de radiodifusão. O tempo, no entanto, revelaria uma outra realidade. C. BRECHAS LEGAIS: A RADIODIFUSÃO EDUCATIVA Ao contrário do que se acreditava à época, pelo menos duas importantes brechas legais permaneceram abertas e permitiram a continuidade da utilização das concessões de rádio e televisão como moeda de barganha política. C.1 Brecha UM: a transformação das retransmissoras mistas em geradoras educativas A Portaria nº 236 de 1991, elaborada pelo então Ministério da Infra-Estrutura (o Ministério das Comunicações havia sido extinto e suas atribuições absorvidas pelo Minfra), criou a Retransmissora de TV (RTV) em Caráter Misto. Esse serviço podia ser explorado por entidades com fins exclusivamente educativos e permitia às RTVs a possibilidade de inserir programação própria, de acordo com percentuais estabelecidos pela mesma Portaria. A RTV mista existiu até 1998, quando o Decreto de 15/5/98 instituiu o Regulamento dos Serviços de Retransmissão e Repetição de Televisão, que extinguiu o serviço. Abriu-se, todavia, a possibilidade da transformação das retransmissoras mistas já existentes em geradoras educativas, sem licitação e de acordo com avaliação do próprio MiniCom, como se vê no 2º do Artigo 39, transcrito abaixo: Art 39. As entidades que atualmente executam o Serviço de RTV com inserções publicitárias ou de programação, interessadas em sua continuidade, deverão solicitar ao Ministério das Comunicações a referência dos canais que utilizam do Plano Básico de Distribuição de Canais de Retransmissão de Televisão para o correspondente Plano Básico de Distribuição de Canais de Televisão. (...) 10

12 2º Efetivada a transferência de canais de retransmissão de sinais provenientes de estação geradora de televisão educativa, o Ministério das Comunicações analisará as solicitações recebidas para outorga de concessão para execução do Serviço de Radiodifusão de Sons e Imagens Educativa. Quase um ano depois, uma Portaria conjunta do MEC e do MiniCom (Portaria Interministerial nº 651 de 15/4/99) definiu o que se entendia por exclusivamente educativo. No seu Artigo 3º está escrito: A radiodifusão educativa destina-se exclusivamente à divulgação de programação de caráter educativo-cultural e não tem finalidades lucrativas. E no Artigo 1º define-se: Por programas educativo-culturais entendem-se aqueles que, além de atuarem conjuntamente com os sistemas de ensino de qualquer nível ou modalidade, visem à educação básica e superior, à educação permanente e formação para o trabalho, além de abranger as atividades de divulgação educacional, cultural, pedagógica e de orientação profissional, sempre de acordo com os objetivos nacionais. Na verdade, essa definição se revelou apenas uma formalidade porque as geradoras educativas nunca seguiram sua orientação. Uma prova disso é que, até hoje, existem inúmeras concessões educativas controladas por diferentes igrejas lideradas inclusive por políticos que fazem proselitismo religioso permanente. A possibilidade de transformação das retransmissoras mistas em geradoras educativas foi também referendada dois anos depois pelo Decreto 3451 de 9/5/2000, no 2º do seu artigo 47, transcrito a seguir: Art. 47. As entidades que atualmente executam o Serviço de RTV com inserções publicitárias ou de programação, interessadas em sua continuidade, deverão solicitar ao Ministério das Comunicações a transferência dos canais que utilizam do PBRTV para o correspondente Plano Básico de Distribuição de Canais de Televisão. (...) 2º Efetivada a transferência de canais de retransmissão de sinais provenientes de estação geradora de televisão educativa, o Ministério das Comunicações analisará as solicitações recebidas para outorga de concessão para execução do Serviço de Radiodifusão de Sons e Imagens Educativa, com base na legislação aplicável aos serviços de radiodifusão educativa. 3o Efetivada a transferência, as estações das entidades autorizadas a executar o Serviço de RTV nos canais transferidos poderão permanecer em funcionamento, nas mesmas condições em que foram autorizadas, até a instalação da estação geradora do Serviço de Radiodifusão de Sons e Imagens. A assinatura do Decreto 3451/2000 chamou a atenção de alguns veículos de mídia impressa que, então, deram-se conta da existência dessa brecha na legislação. A Folha de S.Paulo, por exemplo, publicou, em 10 de julho de 2000, matéria sob o título Governo deve criar 180 emissoras de TV, na qual descrevia as possibilidades oferecidas pelo decreto e citava o Secretário Nacional de Radiodifusão informando que 11

13 dos 300 pedidos de transformação existentes no MiniCom, 168 deveriam ser autorizados, além dos 12 que já haviam sido assinados pelo presidente da República e encaminhados ao Congresso Nacional. A matéria da Folha concluía que havia indícios de influência política nos pedidos oriundos de Minas Gerais, estado com maior número de RTVs mistas e terra do então ministro Pimenta da Veiga, das Comunicações. Os pedidos existentes no ministério revelam indícios de influência política, sobretudo em Minas Gerais, Estado do ministro Pimenta da Veiga (Comunicações), que conta com o maior número das tais retransmissoras mistas. É o caso da Fundação Educacional e Cultural João Soares Leal Sobrinho, que administra a Rádio e TV Imigrantes, em Teófilo Otoni (MG). A emissora é controlada por Luís Leal, ex-prefeito e deputado federal pelo PMDB. Ele já teve a concessão autorizada pelo presidente da República. Em Formiga (MG), reduto eleitoral de Pimenta da Veiga, a concessão (também já autorizada por FHC) foi para a Fundação Integração do Oeste de Minas. O presidente é Mozart Arantes, vice-prefeito na última legislatura na chapa do atual prefeito, Eduardo Bras Almeida (PSDB). Em Ubá, a TV educativa local é administrada por uma fundação presidida por Daniel Coelho, filho do deputado federal Saulo Coelho (PSDB-MG), que até a semana passada ocupava o cargo de ouvidor da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), órgão que fiscaliza as emissoras de TV. A retransmissora educativa da cidade de Divinópolis, também em Minas Gerais, está em nome da Fundação Jaime Martins, criada pelo pai do deputado federal Jaime Martins Filho (PFL). Ele confirma que encaminhou a documentação com o pedido de concessão ao ministério, mas declara não possuir vínculo com a administração da entidade.(...) Em pelo menos duas cidades mineiras, as retransmissoras são ligadas aos prefeitos: a de Três Corações e a de Lambari. Um ano e meio mais tarde, a possibilidade de transformação continuou garantida pelos parágrafos 1º e 3º do Artigo 47 do Decreto de 10/10/2001, transcritos abaixo. Art. 47. As entidades que atualmente executam o Serviço de RTV com inserções publicitárias ou de programação, interessadas em sua continuidade, deverão encaminhar ao Ministério das Comunicações solicitação de transferência dos canais que utilizam, do PBRTV para o PBTV. 1o O Ministério das Comunicações, entendendo procedente, encaminhará a solicitação de transferência para a Agência Nacional de Telecomunicações. (...) 3o Efetivada a transferência dos canais para o PBTV na modalidade educativa, o Ministério das Comunicações analisará as solicitações recebidas para outorga de concessão para execução do Serviço de Radiodifusão de Sons e Imagens Educativa, com base na legislação aplicável aos serviços de radiodifusão educativa. 12

14 4o Efetivada a transferência dos canais, as estações das entidades autorizadas a executar o Serviço de RTV nos canais transferidos poderão permanecer em funcionamento, nas mesmas condições em que foram autorizadas, até a instalação da estação geradora do Serviço de Radiodifusão de Sons e Imagens. Essa brecha na legislação só vai desaparecer com a edição do Decreto 5.371, assinado pelo presidente Lula em fevereiro de 2005, que deixa de mencionar a possibilidade. Durante um período de quase sete anos de maio de 1998 até fevereiro de 2005 o beneficiário de uma autorização para explorar uma RTV mista pôde, portanto, ser transformado em concessionário de televisão educativa, sem licitação e de acordo com critérios estabelecidos pelo MiniCom. C 2. Brecha DOIS: as outorgas de radiodifusão educativa estão dispensadas de licitação A transformação das retransmissoras mistas em geradoras educativas não era, todavia, a única brecha para a continuidade do uso das concessões de emissoras de rádio e televisão educativas como moeda de barganha política. O Decreto 1720/1995, quando de sua assinatura pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, recebeu aprovação calorosa de setores comprometidos com a democratização das comunicações e de parte da mídia. Meses depois, quando o MiniCom anunciou a abertura das primeiras licitações já dentro dos novos critérios, a revista Veja, por exemplo, publicou nota sob o título Fim de um ciclo na qual se lia: ao anunciar (...) que abrirá licitações para 610 novas emissoras de rádio e televisão e definir as normas para a TV por assinatura, o Ministério das Comunicações encerrou um ciclo histórico de manipulação política dessa área. (...) Com isso, o MiniCom (...) abre mão de uma moeda de barganha que no passado resultou na entrega para políticos de pelo menos 27% das emissoras de televisão e 40% das rádios do país. [Veja, ed.1462 de 18/9/96, p.39] Na verdade, o Decreto 1720/95, embora importante, incidia somente sobre as emissoras comerciais de radiodifusão que vinham de uma avalanche de concessões nos governos Figueiredo e Sarney 8. Ficara discretamente aberta a porta para a continuidade do uso das concessões de rádio e televisão como moeda de barganha política, só que agora, exclusivamente para as rádios e televisões educativas. Passou despercebida a redação do Parágrafo 2º do inciso V do Artigo 13 do Decreto 1720/1995 que dizia: 8 Mesmo assim, dois anos e meio depois, quando o MiniCom concluiu o primeiro lote da primeira licitação pública de rádio e televisão comerciais, a Folha de S.Paulo (3/1/1999) deu a seguinte manchete de primeira página: Políticos adquirem mais TVs e o subtítulo Coronelismo Eletrônico avança no interior, onde meios de comunicação são armas eleitorais. A matéria, assinada por Elvira Lobato e Fernando Godinho, na página 1-11, tinha como título Coronelismo eletrônico sobrevive com concessões e o subtítulo Boa parte das novas rádios e T Vs continuam sendo dadas a grupos políticos. Ela mostrava como nos estados do Amapá, Maranhão, Alagoas, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Tocantins e Goiás, políticos no exercício de mandatos eletivos compravam as emissoras diretamente ou por intermédio de parentes próximos. A reportagem afirmava ainda que políticos e igrejas ganharam em cidades menores, onde as emissoras ainda são vistas mais como armas eleitorais e de conquista de fiéis do que como atividade empresarial. 13

15 Artigo 13. O edital será elaborado pelo Ministério das Comunicações, observados, no que e quando couber, dentre outros, os seguintes elementos e requisitos necessários à formulação das propostas para a exploração do serviço: (...) V nos casos de concessão, minuta do respectivo contrato, contendo suas cláusulas essenciais. (...) 2º Não dependerá de edital a outorga para execução de serviço de radiodifusão por pessoas jurídicas de direito público interno e por entidades da administração indireta instituídas pelos Governos Estaduais e Municipais, nem a outorga para a execução do serviço com fins exclusivamente educativos. Cerca de um ano depois, o Decreto 2108 de 24/12/1996 promove nova alteração que consagrada o procedimento. Está lá no Parágrafo 1º do inciso V do Artigo 13: Artigo 13. O edital será elaborado pelo Ministério das Comunicações, observados, dentre outros, os seguintes elementos e requisitos necessários à formulação das propostas para a execução do serviço: (...) V nos casos de concessão, minuta do respectivo contrato, contendo suas cláusulas essenciais. (...) 1º É dispensável a licitação para a outorga para a execução de serviço de radiodifusão com fins exclusivamente educativos. Em agosto de 2002, uma seqüência de reportagens realizadas por Elvira Lobato e publicadas pela Folha de S.Paulo mostrava detalhadamente como o governo de Fernando Henrique Cardoso havia dado continuidade à pratica de distribuição de TVs educativas a políticos aliados (cf. Lobato, 2005, pp ). Na matéria inicial, sob o título FHC distribuiu rádios e TVs educativas para políticos, publicada em 25/8/2002, está escrito: Em sete anos e meio de governo, além das 539 emissoras comerciais vendidas por licitação, FHC autorizou 357 concessões educativas sem licitação. (...) A distribuição foi concentrada nos três anos em que o deputado federal Pimenta da Veiga (PSDB-MG), coordenador da campanha de José Serra, esteve à frente do Ministério das Comunicações. Ele ocupou o cargo de janeiro de 99 a abril de 2002, quando, segundo seus próprios cálculos, autorizou perto de cem TVs educativas. Pelo menos 23 foram para políticos. A maioria dos casos detectados pela Folha é em Minas Gerais, base eleitoral de Pimenta da Veiga, mas há em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Pernambuco, Alagoas, Maranhão, Roraima e Mato Grosso do Sul. Da mesma forma, quatro anos depois, em junho de 2006, novamente Elvira Lobato publicou matéria na Folha de 19/6/2006, sob o título Governo Lula distribui TVs e rádios educativas a políticos, na qual se afirmava: O governo Lula reproduziu uma prática dos que o antecederam e distribuiu pelo menos sete concessões de TV e 27 rádios educativas a fundações ligadas a políticos. (...) Entre políticos contemplados estão os senadores Magno Malta (PL-ES) e Leonel Pavan (PSDB-SC). A lista inclui ainda os deputados federais João Caldas (PL-AL), Wladimir Costa (PMDB-PA) e Silas Câmara (PTB-AM), além 14

16 de deputados estaduais, ex-deputados, prefeitos e ex-prefeitos. Em três anos e meio de governo, Lula aprovou 110 emissoras educativas, sendo 29 televisões e 81 rádios. Levando em conta somente as concessões a políticos, significa que ao menos uma em cada três rádios foi parar, diretamente ou indiretamente, nas mãos deles. As emissoras de rádio e televisão educativas dispensam as licitações e podem ser autorizadas através de critérios estabelecidos diretamente pelo Ministério das Comunicações, embora continuem tendo que ser submetidas ao Congresso Nacional. Além das brechas relativas à radiodifusão educativa, o que essa pesquisa pretende mostrar, como já mencionado, é a continuidade do uso das concessões como moeda de barganha política pela União, agora através de um coronelismo eletrônico de novo tipo, dirigido, sobretudo, para as comunidades locais. D. A LITERATURA SOBRE CORONELISMO ELETRÔNICO Desde o início da década de 1980, o coronelismo eletrônico mereceu reportagens investigativas de alguns veículos da mídia impressa, de entidades que trabalham pela democratização das comunicações, de estudos acadêmicos e, mais recentemente, de sites especializados na internet. O Jornal do Brasil, a Folha de S.Paulo, o Correio Braziliense e as revistas Veja e IstoÉ/Senhor trataram do assunto ao longo dos anos Da década de 1990 até agora, além dos veículos já mencionados, as revistas Imprensa e a CartaCapital têm publicado matérias sobre o tema. O estudo acadêmico pioneiro foi o de Stadnik (1991), seguido por Motter (1994), Capparelli e Santos (2002), Santos e Capparelli (2005), Lima (2001, 2004a, 2004b, 2006). Em 2001, Israel Bayma, à época vinculado à assessoria do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados, publicou importante levantamento sobre políticos com participação societária em concessionárias de rádio e televisão. Mais recentemente, livro da jornalista Elvira Lobato, da Folha de S.Paulo (2005), traz quatro preciosos capítulos sobre concessões de RTV. O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) [ desde sua criação, em 1991, tem acompanhado com freqüência o assunto como parte da luta pela democratização das comunicações. Por outro lado, os sites do Observatório da Imprensa [ do Repórter Social [ e do Congresso em Foco [ também têm se dedicado ao tema. Em outubro de 2005, estudo realizado por Lima, para o Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor), sobre deputados federais concessionários no exercício do mandato eletivo, deu origem a uma representação junto à Procuradoria Geral da República que ainda está em andamento (cf. Projor/Observatório da Imprensa n. 352). Recentemente, pelo menos três estudos (Mick e Vieira, 2003; Nunes, 2004 e Ferreira, 2006) tentam mostrar as relações entre as rádios comunitárias legalizadas ou não e a atividade política em diferentes regiões do país. 15

17 Existe, portanto, uma razoável literatura de referência sobre o vínculo direto ou indireto de políticos sobretudo deputados e senadores com as concessões de rádio e televisão na política brasileira. E. AS RADCOM: PROMESSA FRUSTRADA A radiodifusão comunitária nasceu oficialmente no Brasil com a Lei 9.612, de 19 de fevereiro de De acordo com essa legislação, seria um serviço de rádios locais de baixa potência (limite de 25 watts) e com cobertura restrita (posteriormente estabelecida pelo Decreto 2.615/98 9 em um raio máximo de 1 km). Poderiam se habilitar à prestação do serviço exclusivamente associações ou fundações comunitárias com atividade na área na qual seria instalada a emissora. A aprovação de uma legislação específica para a radiodifusão comunitária foi, em grande parte, uma reação do Estado a uma realidade factual: a existência de um grande número de rádios não-outorgadas, boa parte delas em baixa potência, que já operavam no país. As estatísticas variam desde 2 mil a até 20 mil rádios funcionando sem licença em 1998, ano de promulgação da lei de radiodifusão comunitária (Silveira, 2001). O marco inicial da regulamentação da radiodifusão comunitária aconteceu em 1995, quando o então ministro das Comunicações Sérgio Motta reconheceu publicamente a existência de milhares de emissoras de baixa potência não-outorgadas. Segundo Motta, havia a necessidade urgente de serem criados regulamentos que pudessem tornar tal fenômeno legalmente reconhecido. Entre abril de 1995 e final de 1996, sete Projetos de Lei foram apresentados na Câmara dos Deputados propondo a regulamentação das rádios comunitárias. Todos esses projetos incluindo o PL 1778, de 1996, de autoria do Poder Executivo tramitaram apensados à primeira proposição: o PL 1521, de 1996, do deputado Arnaldo Faria de Sá. O texto final, aprovado no Senado Federal em forma de substitutivo, incluía pontos específicos dessas várias propostas, mas o cerne foi dado primordialmente pelas propostas do deputado Arnaldo Faria de Sá e do Poder Executivo. Portanto, o Estado criou, por meio da Lei 9.612, de 1998, uma inovação jurídica que, em primeira análise, parecia ser gerada pela necessidade de dar conta de um fenômeno comunicacional que não era previsto anteriormente na legislação brasileira. Além disso, respondia às reivindicações de diversas entidades organizadas que lutavam pela regulamentação do serviço de radiodifusão comunitária. A Lei de 1998, todavia, não era exatamente a resposta ideal em termos de democratização das comunicações e ampliação do acesso à radiodifusão. Longe disso, na verdade, tratava-se de uma legislação restritiva, que dificultava ao contrário de facilitar o acesso às outorgas e o funcionamento das rádios comunitárias, algo que atendia perfeitamente aos interesses dos empresários de radiodifusão. 9 O texto completo do Decreto 2.615/98 que aprova o Regulamento do Serviço de Radiodifusão Comunitária está no Anexo L.2. 16

18 Idealmente, as rádios comunitárias devem, como prevê a legislação, prestar serviços sem fins lucrativos, sem qualquer tipo de proselitismo religioso, político ou de qualquer outra espécie, com uma programação voltada para a comunidade e aberta a todos os interesses dos seus ouvintes. A entidade detentora da outorga não pode estar submetida a qualquer tipo de vínculo que a subordine à orientação de outra pessoa mediante compromissos ou relações financeiras, religiosas, familiares, políticopartidárias ou comerciais. Exige-se que ela seja, portanto, capaz de se dedicar exclusivamente às necessidades comunicacionais da comunidade na qual atua. Contudo, a aplicação da legislação de radiodifusão comunitária deixou explícito que uma estratégia de exclusão estava sendo posta em prática e não uma política de inclusão. O processo de outorga criado pela legislação é demasiadamente burocrático, com uma infinidade de exigências que tornam sua tramitação lenta, complicada e, por conseqüência, gera um alto índice de arquivamento. Para cada processo autorizado, 2,23 são arquivados. Além disso, quase 50% dos processos de radiodifusão comunitária estão represados no Ministério das Comunicações e sequer iniciaram sua tramitação. São no total mais de 8 mil entidades que ainda aguardam a publicação de aviso de habilitação que disponibilize um canal para, então, poderem iniciar o tortuoso processo que pode levar à outorga [cf. Gráfico 1] (Lopes, 2005). Gráfico 1 Processos de outorga de radiodifusão comunitária que estiveram em tramitação no Ministério das Comunicações entre 06 de agosto de 1998 e 20 de maio de 2004, classificados por status Autorizados (2.189) 43,64% 15,63% 34,83% 5,90% Em tramitação (827) Arquivados (4.878) Aguardando início da tramitação (6.112) No início do primeiro governo Lula, um Grupo de Trabalho (GT) foi criado pela Portaria nº 83, de 24 de março de 2003, para, emergencialmente, analisar os milhares de processos de radiodifusão comunitária que estavam parados. O então ministro das Comunicações, Miro Teixeira, pretendia assim concluir os processos gerados pelos avisos de habilitação publicados durante o governo FHC para, então, poder abrir o 17

19 primeiro aviso de habilitação do governo Lula. Além disso, pretendia-se também gerar subsídios para uma possível alteração na legislação do setor, o que foi consolidado em um relatório final publicado pelo GT em 2 de julho do mesmo ano. Ainda que tenha contribuído para a melhora das estatísticas operacionais do ministério, desencalhando alguns milhares de processos, a solução gerada pelo GT teve efeitos limitados. Primeiro, porque não houve alterações substanciais na capacidade operacional do MiniCom. Segundo, porque se manteve intacto o grande número de exigências burocráticas relativas aos processos de outorgas de radiodifusão. O resultado foi um rápido re-acúmulo de processos, e pouco se alterou na realidade das milhares de entidades que ainda esperavam pela análise de seus pedidos de outorga de autorizações de rádios comunitárias. Um segundo grupo de trabalho foi criado por meio da Portaria nº 76, de 10 de fevereiro de Dessa vez, tratava-se de um grupo interministerial (GTI), formado por representantes do próprio Ministério das Comunicações; da Casa Civil; dos ministérios da Educação, Justiça e Cultura; da Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica, da Assessoria Especial e da Secretaria-Geral da Presidência da República. O objetivo agora não era construir um novo mutirão de análise de processos, mas sim gerar diagnósticos para a simplificação e agilização das análises dos processos de outorga de radiodifusão. Depois de pouco mais de seis meses de trabalho, o GTI gerou um extenso relatório, no qual eram propostas diversas alterações na política de radiodifusão comunitária. As conclusões não eram exatamente uma novidade. O relatório ressaltava que a atual política de radiodifusão comunitária era excludente, na medida em que negava a diversas entidades a outorga de autorizações devido a uma infinidade de exigências burocráticas muitas vezes descabidas. Mas, curiosamente, esse relatório final jamais foi divulgado e nem sequer entregue ao presidente da República, como previa sua Portaria de criação. Isso porque, durante seu funcionamento, uma importante alteração ocorreu na titularidade do Ministério das Comunicações. Saiu Eunício de Oliveira e, em seu lugar, assumiu Hélio Costa, cujos compromissos políticos com a radiodifusão comercial revelaram-se muito mais fortes do que com a radiodifusão comunitária. F. NOTA SOBRE A METODOLOGIA O acesso a informações concernentes à radiodifusão comunitária é bastante complicado. Há ainda poucos estudos sobre o tema, o que faz com que o pesquisador tenha de construir por si só boa parte das informações necessárias. Mas, além disso, o acesso aos subsídios necessários para a construção dessas informações é consideravelmente dificultado pela quase ausência de dados oficiais. Para a realização desta pesquisa, por exemplo, tínhamos a necessidade de ter acesso a três dados fundamentais relativos às entidades de radiodifusão comunitária que tiveram Portaria de autorização assinada pelo Ministro das Comunicações até dezembro de 2004: o tempo de tramitação no Ministério das Comunicações; o tempo de tramitação na Presidência da República Casa Civil/SRI; e a composição da diretoria das entidades detentoras de autorizações. 18

20 Para conseguir a primeira informação o tempo de tramitação no Ministério das Comunicações nos dirigimos ao órgão. Foram feitos diversos contatos com a Secretaria de Serviços de Comunicação Eletrônica, mas todos eles infrutíferos. Para todos os processos estudados, tínhamos a data de saída do ministério bem determinada. Para tanto, era necessário consultar a data da Portaria de autorização emitida para cada uma das rádios que receberam autorização de funcionamento até dezembro de Mas a data de entrada desses processos nos era desconhecida e, frente à ausência de resposta do ministério, fomos forçados a excluir essa primeira análise do trabalho. Para conhecer o tempo de tramitação na Presidência da República Casa Civil/SRI, fizemos o mais óbvio e contatamos ambos os órgãos em busca dessa informação. Mais uma vez, o caminho mais curto não funcionou, e não recebemos qualquer resposta às nossas requisições. Porém, ao contrário do que ocorreu com a primeira informação, existia um caminho alternativo, bem mais longo, mas que poderia fornecer os dados que procurávamos. Para calcular o tempo de tramitação dos processos de radiodifusão na Presidência da República Casa Civil/SRI eram necessárias duas informações. A primeira era a data da Portaria de autorização emitida pelo Ministério das Comunicações. Essa data marca o momento de saída do processo do ministério e de entrada na Presidência da República Casa Civil/SRI. A segunda era a data da Mensagem que encaminha esses processos ao Congresso Nacional, que marca a sua saída da Presidência da República / Casa Civil e sua entrada na Câmara dos Deputados. Portanto, era necessário calcular o intervalo entre as datas da Portaria e da Mensagem e teríamos o tempo de tramitação de cada um desses processos na Presidência da República Casa Civil/SRI. As Portarias de autorização e sua data de expedição estão disponibilizadas no sítio web do Ministério das Comunicações portanto, foi possível acessá-las. Já as Mensagens de encaminhamento ao Congresso Nacional e suas datas não estão disponíveis em qualquer base de dados pública do Executivo. Porém, ao consultarmos os TVRs (como são chamados os processos que apreciam os atos de outorgas de radiodifusão na Câmara dos Deputados) das outorgas de rádios comunitárias, verificamos ser possível conhecer também uma cópia das mensagens de encaminhamento ao Congresso Nacional de todos os processos que já haviam sido encaminhados ao Legislativo. Havíamos, assim, viabilizado parte das informações necessárias ao estudo. Faltava ainda ter acesso ao nome dos membros das diretorias das emissoras de radiodifusão comunitária que tiveram Portarias de autorização até dezembro de O Ministério das Comunicações disponibiliza em seu sítio na internet apenas a lista dos representantes legais das rádios comunitárias legalizadas, mas não traz qualquer informação sobre as suas diretorias. No entanto, ter em mãos todos os nomes que compõem a diretoria das rádios comunitárias outorgadas era indispensável. Apenas de posse dessa informação é possível fazer um levantamento capaz de detectar os vínculos políticos e religiosos, bem como as duplicidades de outorgas. Em 7 de novembro de 2006, o Projor enviou um Ofício ao Ministério das Comunicações pedindo oficialmente essas informações. O ofício foi assinado por Alberto Dines, diretor-responsável do Observatório da Imprensa, e encaminhado ao diretor do 19

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