Mercado Voluntário de Carbono: co-benefícios para o desenvolvimento sustentável dos projetos brasileiros de cerâmica
|
|
- Gilberto de Figueiredo Sabala
- 8 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 Resumo Mercado Voluntário de Carbono: co-benefícios para o desenvolvimento sustentável dos projetos brasileiros de cerâmica Autoria: Danielle Soares Paiva, José Célio Silveira Andrade, Ana Cristina de Oliveira Telésforo, Thaís Fernandes Dias Cairo, Luiza Schultz Cortes Freire Ramos, Luiz Eduardo Marcelo de Assis Este estudo apresenta resultados parciais de uma pesquisa que tem por objetivo analisar os cobenefícios para o desenvolvimento sustentável do mercado voluntário de carbono no Brasil, a luz de matriz analítica construída a partir de estudos da UNFCCC (2011). O presente estudo visa compreender a contribuição dos projetos brasileiros de cerâmica negociados no mercado voluntário de carbono, com base na análise documental e num estudo de caso ilustrativo: a cerâmica Gomes de Matos. Os resultados alcançados apontam poucos co-benefícios em prol do desenvolvimento sustentável para os projetos de cerâmica desenvolvidos nesse mercado. 1
2 1. Introdução As mudanças climáticas representam uma ameaça crítica às condições humanas. Dentre suas implicações, encontram-se maior risco de fome, inanição, doenças, insegurança alimentar. A constatação inequívoca da gravidade dos efeitos das mudanças climáticas estabelece desafios inadiáveis para as ações e políticas de mitigação e ou adaptação, envolvendo, principalmente, ações que sejam capazes de reverter a atual situação de concentração na atmosfera de gases de efeito estufa (GEE), principais responsáveis pelo aquecimento global e mudanças climáticas. Foi assim que, em 16 de fevereiro de 2005, após intenso debate político, efetivamente entra em vigor o Protocolo de Kyoto (PK), acordo multilateral internacional considerado como marco político mundial em questões relacionadas ao meio ambiente, que, através de três mecanismos de flexibilização de emissões de GEE, articulou 175 países (dos quais 36 com compromissos reais de redução de emissão) em torno do compromisso de combate às mudanças climáticas. Tais instrumentos de flexibilização englobam a Implementação Conjunta e o Comércio de Emissões, que têm sua atuação restrita aos países desenvolvidos ou industrializados (os chamados países do Anexo I). Já o terceiro, Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), permite a participação de países em desenvolvimento, a exemplo do Brasil. O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) constitui-se em uma ferramenta de mercado (SIMONI, 2009) que visa equilibrar desenvolvimento econômico e meio ambiente, permitindo que as reduções de emissões decorrentes de sua implementação sejam comercializadas. Os MDL têm como objetivos a redução de emissão de GEE e a promoção do Desenvolvimento Sustentável (DS) em países em desenvolvimento, através de projetos financiados por países desenvolvidos. Portanto, do Protocolo decorre a criação do mercado regulado de carbono (MR), um ambiente institucional no qual os participantes estão submetidos à legislação e normas nacionais ou globais, que estabelecem critérios e regras para concepção de projetos e comercialização das Reduções Certificadas de Emissões (RCE) oriundas dos projetos de MDL. Ademais, de acordo com Streck e Lin (2008), o MDL é o único instrumento de regulação de um mercado dominado por atores privados que dependem de um comitê das Nações Unidas, o Conselho Executivo do MDL, que aprova os métodos de cálculo e projetos de redução de emissão de GEEs. Trata-se de um mercado com grande potencial de crescimento em um país em desenvolvimento, como o Brasil. Além de obter vantagens financeiras com a venda dos créditos RCE, as empresas brasileiras podem aliar à sua imagem a preocupação com o meio ambiente e com o futuro da humanidade e do planeta. Os projetos de MDL podem proporcionar a possibilidade de investimentos em tecnologias mais limpas pelas empresas das nações que os adotam, e ainda em co-benefícios que vão além da redução de emissão de GEEs, o que possibilitaria a promoção do DS. Existe também outro mercado fora do arcabouço do PK, o então denominado mercado voluntário de carbono (MV). Inicialmente utilizado por empresas e indivíduos de países não signatários do PK como os Estados Unidos, com o passar do tempo o MV tornou-se também uma alternativa aos rigorosos critérios do MR. Movidos por objetivos diversos, os usuários deste sistema vêm movimentando um número significativo de ativos de carbono. A existência de mercado alternativo ao MR pelo PK constitui-se em ambientes nos quais as negociações de créditos de carbono, intitulado Verified Emission Reduction (VER), se dão por meio de diversos agentes, como os governos, empresas, Organizações Não Governamentais (ONGs), indivíduos, etc. (SIMONI, 2009). O interesse nesse mercado está pautado no gerenciamento de seus impactos em relação às mudanças do clima, sua imagem, 2
3 reputação, interesses em inovações tecnológicas para redução de GEE, legitimidade, necessidade de se prepararem para regulações futuras e/ou planos de revenda de créditos de carbono, lucrando com as comercializações. Esses dois mercados vêm se expandindo no mundo com a crescente comercialização de créditos de carbono tendo como foco a redução das emissões globais, respaldado também, em virtude de que a concepção empresarial de crescimento do século XXI tem agregado aspectos socioambientais nas projeções dos projetos corporativos, visando resultados positivos para a sociedade, fundamentados em benefícios sociais, ambientais e econômicos (BAYON et al., 2009). O Brasil é hoje o terceiro país em implementação de projetos de MDL, somente atrás da China e da Índia, enquanto no MV o país está na segunda região (América Latina) que abriga a maior parte dos projetos, ficando atrás dos EUA. Esse mercado, segundo dados da Ecosystem Marketplace (2011), embora represente 2% do volume transacionado de CO2 no Mercado de Carbono (MC) global (Tabela 01), vem crescendo constantemente em participação e tornando-se uma alternativa aos critérios rigorosos e burocráticos do MR. Ademais, dadas as incertezas das negociações climáticas pós-2012, quando se encerra o período de vigência do PK, o MV tem contribuído para a reforma dos mecanismos de flexibilização do MC, uma vez que tem se posicionado como uma alternativa ao MR. Mercado Volume (MtCO2e) Valor (em U$ milhões) Regulado Voluntário Total Tabela 01 Tabela comparativa volume e valor transacionado nos mercados de carbono regulado e voluntário Fonte: Adaptado Ecosystem Marketplace (2011) O Brasil, tanto nas esferas federal, estadual quanto na municipal vem criando nos últimos anos políticas públicas voltadas para combater as mudanças climáticas. Por meio da Política Nacional de Mudanças Climáticas (PNMC), o governo brasileiro pretende reduzir, voluntariamente, entre 36,1% a 38,9% de GEE em relação a projeções futuras até 2020, fomentando, portanto, o desenvolvimento de projetos de MDL (mercado regulado) e projetos de redução e/ou mitigação de GEE (mercado voluntário) no país (BRASIL, 2009). Diante da exposição apresentada anteriormente, o PK trouxe em um dos seus princípios a proteção do clima por meio do DS, por meio do mecanismo de flexibilização denominado MDL. O MDL trouxe a possibilidade de participação de países em desenvolvimento, não obrigados pelo acordo ao cumprimento das metas fixadas, a exemplo do Brasil, China, Índia, países emergentes que integram o grupo dos BRICs ao qual pertencem também a Rússia e a África do Sul. Assim como os projetos de MDL, os projetos desenvolvidos no MV são implementados em nações em desenvolvimento ou desenvolvidas e seus créditos são comercializados para as nações desenvolvidas ou entre países em desenvolvimento. Tais projetos despertam interesses tanto de agentes que atuam no mercado de varejo quanto de fundos de investimentos ligados aos bancos e os próprios atacadistas. De acordo com Bayon, Hawn e Hamilton (2009), diversas organizações buscam, nesse mercado, as compensações das emissões de GEE, decorrentes de suas atividades, a exemplo do HSBC, Whole Foods e Nike que compram créditos de carbono na busca de cumprir sua responsabilidade social corporativa, de caráter voluntário. Segundo Souza (2012), no MV os agentes participantes buscam desenvolver projetos que contribuam para a redução das emissões globais de GEE, assim como atividades que estimulam a promoção do DS com foco na transição para uma economia de baixo carbono. 3
4 Desta forma, de acordo com Boyd et al. (2009), o MDL permitiu que os países em desenvolvimento participassem desse mecanismo vendendo créditos de carbono e com isso apoiando atingir seu duplo objetivo que é reduzir a emissão de GEEs e gerar co-benefícios e com isso contribuir para o DS nesses países hospedeiros. Há, atualmente, inúmeras críticas aos resultados obtidos até aqui quanto à promoção do DS e às ações de mitigação das mudanças climáticas (SOUTHSOUTHNORTH, 2004). A insuficiência das contribuições é destacada, por exemplo, por Boyd et al. (2009) e por Bozmoski, Lemos e Boyd (2008), quando afirmam que estes projetos falharam na promoção de DS, especialmente, pela concentração geográfica e setorial privilegiando regiões mais ricas e tecnologias de caráter mais corretivo e de baixo conteúdo de inovação tecnológica. Ademais, informações sobre o MV têm sido tradicionalmente inexpressivas, principalmente no que tange quanto a sua contribuição para o DS. Isto posto, o presente artigo tem como objetivo analisar os cobeneficios para além da redução de GEE dos projetos brasileiros de cerâmica do MV de créditos de carbono para o DS. A escolha da atividade de cerâmica de justifica diante do fato dela atualmente ser a segunda em volume de projetos no MV brasileiro. A estratégia metodológica adotada foi a análise documental por meio dos Documentos de Concepção de Projetos (DCP) e a realização de estudo de caso ilustrativo de um projeto brasileiro de cerâmica típico desenvolvido neste mercado. 2. O Mercado Voluntário de Carbono e a abordagem de co-benefícios para o desenvolvimento sustentável O MC pode ser definido como a compra e venda de licenças para emissões (direito de poluir) ou reduções de emissões (offsets) que foram respectivamente ou distribuídos por um órgão regulatório ou gerados por projetos de redução de emissões de GEE (ECOSYSTEM MARKETPLACE, 2011, p. 05). Este mercado está dividido em duas vertentes: mercado regulado e mercado voluntário. O MR, que tem como marco legal o PK, constitui-se em um ambiente institucional no qual os participantes estão submetidos à legislação e normas nacionais ou globais, que estabelecem critérios e regras para concepção de projetos e comercialização das RCE oriundas dos projetos de MDL. Já o mercado de carbono voluntário (MV) pode ser entendido por um ambiente no qual as regras e normas emergem das relações entre os agentes participantes desse mercado, cujos projetos de mitigação e/ou redução de GEE estão submetidos a Padrões Internacionais (PIs), que fixam regras próprias para sua concepção (SOUZA, PAIVA, ANDRADE, 2011). Empresas buscam um bom posicionamento nos mercados em que atuam, a partir de ações de responsabilidade socioambiental e aumento da vantagem competitiva frente aos seus concorrentes. A participação e/ou migração de novas empresas para esse mercado se dá também em função de que apresentam maior celeridade nos procedimentos de validação de projetos em comparação ao regulado, o que maximiza o retorno do investimento (SIMONI, 2009). Assim, dentre os projetos desenvolvidos no MV de carbono, estão: a) projetos com metodologias de pequena escala, não viáveis, do ponto de vista econômico, no MR; b) projetos que não atendem a critérios estabelecidos pelo MDL e; c) projetos que já computaram créditos retroativos, ou seja, créditos computados antes mesmo do registro do projeto (SIMONI, 2009). Considerando-se a existência de falhas no setor (características de mensuração, fiscalização, contabilização das reduções de emissões, dentre outras, essenciais ao mercado de offset) que impactam na credibilidade das VERs negociadas, foram estabelecidos Padrões Internacionais (PIs), a partir da mobilização dos agentes participantes desse mercado (SIMONI, 2009). Com isso, regras foram instituídas de forma a tentar dar ao mercado a credibilidade necessária para seu efetivo funcionamento. 4
5 Embora a razão da existência dos PIs esteja na concessão de credibilidade e transparência ao MV, alguns deles têm solicitado que os projetos gerem co-benefícios ambientais e para sociedade (sociais), ultrapassando a exigência mínima de mitigação/ eliminação da geração de GEE para os créditos de carbono, como o Brasil Mata Viva Standard; CarbonFix Standard; Climate, Community & Biodiversity Standard (CCB); Gold Standard (GS); Panda Standard; Plan Vivo Standards e Social Carbon (SC) (ECOSYSTEM MARKETPLACE, 2011). Exigem-se dos proponentes algumas regras no desenvolvimento do projeto de forma que eles possam assumir uma postura proativa no que diz respeito aos aspectos ambientais e sociais. Em alguns casos, como SC e Gold Standard, são elencados alguns indicadores específicos para mensuração desses benefícios. Para Ecosystem Marketplace (2011), há evidencias de que projetos com essa natureza tendem a serem mais valorizados no mercado e seus preços mais elevados. Até o momento, esta pesquisa mapeou 153 projetos brasileiros registrados no MV. De acordo com Simoni (2009), todos os projetos brasileiros desenvolvidos no MV são de pequena escala, já que constituem atividades de projeto de energia renovável (capacidade de até 15 megawatts) ou são atividades que resultam em reduções de emissões menores ou iguais a 60 quilos tco2e por ano (MCT, 2011). Os projetos podem ser divididos em 8 (oito) escopos setoriais, a saber: eficiência energética, energia renovável, reciclagem, reflorestamento, resíduos, suinocultura, troca de combustíveis fósseis e troca de combustível proveniente de mata nativa. Cabe observar que os escopos resíduos e troca de combustível proveniente de mata nativa são específicos do MV, não havendo qualquer registro no MR. A Figura 01, a seguir, demonstra a divisão dos projetos registrados (total 153) por escopo setorial no Brasil, apontando para os escopos setoriais mais representativos (troca de combustível proveniente de mata nativa, suinocultura e troca de combustível fóssil) e para os menos (reflorestamento, energia renovável, eficiência energética e resíduos). Projetos MV por Escopo Setorial 22% 3% 7% 1% 7% 1% Eficiência Energética Energia Renovável Reciclagem Reflorestamento 13% Resíduos Suinocultura 46% Troca de Combustível Fossil Troca de Combustível proveniente de mata nativa Figura 01 Percentual de Projetos por Escopo Setorial Fonte: Elaborado pelos autores (2012) No que se refere à distribuição dos projetos por atividade empresarial, que 47% dos projetos pertencem à atividade de criação intensiva de animais, envolvendo o manejo e disposição de resíduos de suinocultura e pecuária, seguido da atividade de cerâmica que envolve o escopo de troca de combustível fóssil com 33%, e pela indústria de energia com 9%, conforme a Figura 02: 5
6 1% 1% Projetos MV por Atividade 1% Alimentos 1% Celulose Cerâmica 47% 1% 9% 7% 32% Conservação e Restauração de Florestas Indústria de Energia Indústria de Comércio e Madeira Criação intensiva de animais Reciclagem Textil Figura 02 Percentual de Projetos por Atividade Fonte: Elaborado pelos autores (2012) 2.1 Co-benefícios dos projetos do mercado regulado de carbono Um dos princípios do PK é que os projetos de MDL, presentes no MR, deveriam atender a dois objetivos: reduzir as emissões de gases de efeito estufa nos países em desenvolvimento e contribuir para o DS. Desta forma, os países em desenvolvimento não só recebem investimentos com a sua implantação, como também passam a estar em consonância com os princípios do DS (SEIFFERT, 2009). Particularmente para o MR, esses co-benefícios seriam aqueles não associados diretamente à redução das emissões de carbono derivados de projetos potenciais de MDL. De modo geral, esses benefícios incluem melhora na qualidade do ar e da água, intensificação na preservação do solo, proteção contra enchentes, energia elétrica para áreas rurais ou remotas, e aumento nas oportunidades de emprego. O MDL tem sido um mecanismo bem sucedido no que tange à transferência de recursos para pagamento por reduções de emissões de GEEs, no entanto há muitas críticas no que se refere à promoção do DS (BUMPUS e COLE, 2010). Para os autores, o MDL pode ser visto sob dois polos: por um lado compreendido como um instrumento de movimentação do capital do Norte para o Sul, resultando, portanto, numa distribuição desigual dos benefícios do desenvolvimento, já que os co-beneficios que por ventura possam ser gerados seguem as emissões de GEEs; por outro, o MR seria um grande promotor de DS através da implementação dos seus projetos de MDL. Entretanto, o DS tem sido difícil de perceber por causa de problemas de negociação, a exemplo da soberania nacional, e pelo fato de não haver um consenso sobre os critérios e indicadores para determinação e avaliação dos co-benefícios. Para Bumpus e Cole (2010), a maior dificuldade reside na sua operacionalização de forma realista. Os co-beneficios dependem na sua maioria onde o projeto está sendo implantado, já que cabe a Autoridade Nacional Designada (AND) determinar os critérios que devem ser atendidos para sua contribuição quanto ao DS. Em geral, as decisões tomadas pelas autoridades atendem a um contexto específico, baseado em prioridades nacionais e institucionais, as demandas do mercado e da participação (ou não) dos interessados em vários níveis. Para Bumpus e Cole (2010) entender a contribuição do MDL para o DS requer compreender o papel das ANDs e os critérios adotados para determinar a contribuição para o país hospedeiro. Entretanto, é importante ressaltar que a responsabilidade por determinar as 6
7 contribuições desses projetos para o DS pode ser compartilhada com outras partes interessadas que atuam de forma ativa no MC, a exemplo dos fundos de investimento, as ONGs e comunidades locais envolvidas. Cabem a esses atores examinar e fazer cumprir por meio de relatórios, medição e verificação em múltiplas escalas os co-benefícios gerados e as emissões reduzidas de GEEs. Ademais, para os autores, o mercado também pode auxiliar no cumprimento do propósito de promoção do DS ao privilegiarem a compra ou a precificação de projetos de boa qualidade. Desta forma, a UNFCCC (2011) realizou estudo para avaliar o quanto um projeto de MDL contribui para o DS. Para tanto, foi elencada uma lista de indicadores de DS com a qual um projeto é avaliado e deve demonstrar a natureza de sua contribuição. Cabe ressaltar que se trata de uma proposta inovadora, pois, para Bumpus e Cole (2010), cabem às ANDs de cada país determinar os critérios para que os projetos de MDL contribuam para o DS, não havendo, portanto, critérios e indicadores de uma forma unificada e consensual para avaliação de todos os países hospedeiros. O estudo da UNFCCC (2011) dispôs uma lista de 15 indicadores que cobrem três dimensões do DS: desenvolvimento econômico, proteção ambiental e desenvolvimento social (ver Figura 03). Eles abrangem a maioria dos critérios usados por outros estudos (OLSEN, FENHANN, 2008; ALEXEEW et al., 2010; BOYD et. al., 2009; OLSEN, 2007). Referido estudo demonstrou que os co-benefícios mais frequentes são a criação de emprego ocorrências - e redução do ruído, odores, poeira ou poluição ocorrências), de um total de projetos/ empresas pesquisadas (UNFCCC, 2011). Tal resultado corrobora com os argumentos de Olsen e Fenhann (2008) que constaram padrão similar na análise de projetos de MDL demonstrando que a geração de emprego foi o impacto mais provável, seguido da contribuição para o crescimento econômico e melhor qualidade do ar (Figura 03): Figura 03 Número de projetos de MDL por co-benefícios avaliados Fonte: UNFCCC (2011) Ademais, a UNFCCC (2011) demonstra que a maioria dos projetos de MDL analisados declara mais de um co-benefício, todavia nenhum deles é citado em mais de 25% dos projetos. O co-benefício mais citado dentre os projetos analisados foi o melhoria e/ou proteção dos recursos naturais, o qual constitui uma exceção, revelando o percentual de 36% presentes principalmente nos projetos de florestamento e reflorestamento. As maiores contribuições sociais são reivindicadas por projetos de gás industrial, principalmente através do envolvimento da população local e promoção da educação. 7
8 De forma geral, o estudo da UNFCCC (2011) aponta para uma tendência de aumento no percentual de projetos que reivindicam o co-benefício de redução do ruído, odores, poeira ou poluentes, já que o percentual aumentou de 12% em 2005 para 21% em 2011, assim como para uma redução de utilização eficiente dos recursos naturais, com resultados de 7% (2007) para 1% (2011). Nesta abordagem, os projetos de MDL reivindicam diversos co-benefícios de DS, sendo a criação de emprego mais proeminente. O país anfitrião pode ter um efeito sobre o mix de co-benefícios, já que cabe à AND determinar os critérios que devem ser atendidos para promoção do DS. O estudo da UNFCCC (2011) demonstrou que os co-beneficios declarados não mudaram em muito ao longo do tempo, sendo, no entanto, sempre diversificados. O estudo concluiu que diante das inúmeras reivindicações declaradas nos Documentos de Concepção dos Projetos (DCP) dos projetos de MDL há uma forte evidência de contribuição para o DS no país de acolhimento. Já para Boyd et al. (2009), anos após a implementação do MDL, é possível observar que o objetivo de promover o DS nem sempre é atendido. De acordo com os autores, isso se dá já que o critério a ser estabelecido está sob a responsabilidade dos governos dos países hospedeiros, os quais nem sempre os definem de forma clara e mensurável, se preocupando apenas em obter investimento através desse mecanismo que é o MC. Sendo assim, há muito espaço para melhorias nas abordagens utilizadas para a declaração e avaliação do DS dos projetos de MDL. Bumpus e Cole (2010) corroboram para esse argumento, ressaltando que se deve exigir transparência e análises imparciais nos relatórios de acompanhamento, verificação e validação dos projetos, situação que se observa no governo do Peru e Honduras, em que as autoridades locais solicitam acompanhamento dos co-beneficios no relatório de monitoramento de forma específica e clara (no Peru, em especial, exigiu-se um projeto eletricidade para a comunidade local). Já quanto ao MV, nao existem muitos estudos sobre co-beneficios dos projetos comercializados nesse tipo de mercado, estudos como Nussbaumer (2009), Drupp (2011) e Wood (2011) destacam a exigência de alguns PIs na comprovação de co-benefícios que vão além da redução de emissão de GEEs, o que se verifica no CCB, Gold Standard e SC, que solicitam o atendimento a indicadores ambientais e sociais, como o envolvimento da comunidade local, utilização eficiente dos recursos naturais, dentre outros. Portanto, entendese que os projetos do MV registrados por esses PIs possuem um potencial maior de contribuição para o DS (KOLLMUSS et al., 2008), justificando-se a realização desta pesquisa nos projetos brasileiros de cerâmica negociados nesse mercado. 3. Procedimentos metodológicos Para realizar a análise, foi criado em primeiro lugar um banco de dados dos projetos brasileiros de cerâmica registrados no MV de carbono, abrangendo os detalhes dos projetoschave extraídos dos respectivos documentos disponíveis ao público (DCPs). Informações sobre o MV de carbono têm sido tradicionalmente inexpressivas. Ao longo dos últimos anos, estes mercados não só se tornaram uma oportunidade para a ação do consumidor cidadão, mas também uma fonte alternativa de financiamento de carbono e uma incubadora de inovação do MC. À medida que os MV tenham ganho rápida atratividade, alguns relatórios independentes têm procurado resposta a um "buraco negro" de informações. Para detectar os projetos voluntários de carbono no Brasil, os sites dos PIs definidos no relatório de Peters-Stanley et al. (2011) foram visitados para pesquisar a localização e demais informações dos projetos registrados. O corte temporal utilizado para o mapeamento dos projetos do MV foi de janeiro de 2011 até agosto de Todos os DCPs foram analisados e suas informações foram 8
9 organizadas em planilha de excel, sendo destacados os 49 projetos de cerâmica e utilizada a matriz descrita na Tabela 02 para analise dos co-benefícios declarados. Essa matriz foi construida com base no estudo realizado pelo UNFCCC (2011) para o MR e discutido anteriormente. A análise do DCPs dos projetos brasileiros no MV, sendo marcado cada indicador como '+1' quando for observada uma contribuição positiva para o DS constante no documento, '0' se não for mencionada contribuição, e '-1 "quando uma contribuição negativa para o DS é afirmada. Além dos DCPs foram buscados demais documentos que apoiaram na concepção do projeto. Realizou-se uma pesquisa bibliográfica e documental, de caráter exploratória, por meio de consulta a livros, relatórios corporativos, periódicos nacionais e internacionais, artigos científicos nacionais e internacionais, relatórios técnicos, bases de dados nacionais e internacionais, bem como sites institucionais. Foram buscadas informações sobre o MV de carbono como forma a apoiar na análise do estudo de caso. Para alcance do objetivo deste artigo dentre esses 49 projetos, foi escolhido o projeto Cerâmica Gomes de Matos (CGM) como estudo de caso ilustrativo, dada a tipicidade do projeto frente aos demais projetos do setor de cerâmica. Além da análise documental do projeto, o CGM foi visitado sendo entrevistados os desenvolvedores do projeto e as comunidades locais, a fim de verificar as informações de documentos. Os indicadores da Tabela 02 também foram usados para orientar a avaliação dos co-benefícios a partir do estudo de caso ilustrativo. Foi realizada pesquisa de campo no projeto CGM visando comparar e verificar os co-benefícios declarados no Documento de Concepção do Projeto (DCP) com os encontrados no campo. Tal procedimento já foi realizado em outros trabalhos de pesquisa (a exemplo de Subbarao e Lloyd (2011)). CONCEITO DIMENSÃO COMPONENTE INDICADORES Co-benefícios do Mercado de Carbono Voluntário Desenvolvimento Sustentável Tabela 02 Modelo de Análise da Pesquisa Fonte: Adaptado de UNFCCC (2011) Desenvolvimento Econômico Proteção Ambiental Desenvolvimento Social Benefício financeiro direto / indireto para a economia local e / ou regional Geração de empregos locais / regionais Desenvolvimento ou difusão local da tecnologia importada Investimento em infraestrutura local/ regional Utilização eficiente dos recursos naturais Redução de ruído, odores, poeira ou poluentes Melhoria e / ou proteção dos recursos naturais Melhoria na utilização de energia Promoção de energias renováveis Melhoria das condições de trabalho e / ou direitos humanos Promoção da educação Melhoria das condições de saúde e segurança Redução da pobreza Envolvimento da Comunidade Local Empoderamento das mulheres, o cuidado das crianças e dos vulneráveis 4. Caracterização dos projetos de cerâmica no Mercado Voluntário Brasileiro Dentre os projetos do MV, a segunda atividade mais representativa é a de cerâmica com 32% dos projetos comercializados nesse mercado. Os projetos de cerâmica contemplam atividades de troca de combustível proveniente de mata nativa, o que consiste na utilização da biomassa renovável disponíveis na região para a geração eficiente de energia térmica para consumo cativo. Cabe observar que em países em desenvolvimento como o Brasil, a taxa de desmatamento de florestas nativas é diretamente proporcional à concentração de gases de 9
10 efeito estufa na atmosfera, o que intensifica o aquecimento global. Este tipo de madeira é considerada uma biomassa não-renovável, uma vez que não é originado em áreas com atividades de reflorestamento. Para Rezende (2009), devido ao alto grau de informalidade do setor de cerâmica e à urgência no retorno do investimento a ser realizado, o MV torna-se mais atrativo para essa atividade. O autor ressalta que em países em desenvolvimento, como o Brasil, tais mecanismos podem se tornar importantes fontes de capital, dada a vasta disponibilidade de recursos renováveis e o grande potencial de desenvolvimento de projetos voltados para a sustentabilidade ambiental. No Brasil, foram desenvolvidos 49 projetos de cerâmica no MV. Rio de Janeiro é o Estado que mais hospeda projetos, com 25% projetos em atividade, seguido pelo Estado de São Paulo com 23%, demonstrando, portanto que a maioria dos projetos de cerâmica está concentrada na região Sudeste (Figura 04). Todos os projetos foram desenvolvidos com apoio da consultoria Sustainable Carbon e quase todos foram registrados pelo PI Verified Carbon Standard (VCS) em conjunto com o PI SC. Apenas um projeto - Ceará Renewable Energy Bundled Project - foi registrado pelo PI Gold Standard. Ademais, foram utilizadas apenas duas metodologia para desenvolvimento e apuração dos créditos de carbono: a metodologia AMS-I.C: Thermal energy for the user with or without electricity em menor escala e AMS-I.E: Switch from Non Renewable Biomass for Thermal Applications by the User em sua maioria. 23% Projetos de Cerâmica por Estado 6% 4% 6% 8% 12% AL CE MG PA PE 2% 25% 14% RJ SE SP Figura 04 Percentual de projetos de cerâmica por Estado Fonte: Elaborado pelos autores (2012) TO Em geral os projetos de cerâmica englobam ações que vão além das regras exigidas pelo PI VCS, focado na verificação da redução das emissões de GEEs, uma vez que o PI SC exige o atendimento a critérios próprios que valorizam benefícios para as comunidades com ações voltadas para o local e global; uma análise do potencial de biodiversidade e ecossistemas; que busque a solução de problemas e para sustentabilidade, bem como reconheça as relações de poder e o contexto político (GARCIA et al, 2009). A metodologia do PI SC possui uma abordagem sobre sustentabilidade mais abrangente, englobando os aspectos Humano, Social, Natural, Biodiversidade (ou Tecnológico), Financeiro e Carbono. Particularmente no que se refere aos critérios específicos para as indústrias ceramistas, foi realizada a substituição do aspecto biodiversidade para o tecnológico, dada dificuldade de mensuração dos impactos das indústrias cerâmicas sobre a biodiversidade, e entendendo a extrema importância da tecnologia para o DS nesse setor. 5. Análise dos co-benefícios dos projetos de cerâmica no Mercado Voluntário Brasileiro 10
11 A partir da análise documental dos DCPs foi possível observar os seguintes cobenefícios declarados nos projetos de cerâmica, conforme pode ser observado na Figura 05: Co-benefícios Projetos Cerâmica MV Brasileiro Empoderamento das mulheres, o cuidado das crianças e dos frágeis Envolvimento da Comunidade Local Redução da pobreza Melhoria das condições de saúde e segurança Promoção da educação Melhoria das condições de trabalho e / ou direitos humanos Promoção de energias renováveis Melhoria na utilização de energia Melhoria e / ou proteção dos recursos naturais Redução de ruído, odores, poeira ou poluentes Utilização eficiente dos recursos naturais Investimento em infraestrutura local/ regional Desenvolvimento ou difusão local da tecnologia importada Geração de empregos locais / regionais Benefício financeiro direto / indireto para a economia local e / ou regional Figura 05 Co-benefícios dos projetos de cerâmica Fonte: Elaborado pelos autores (2012) A dimensão que apresentou mais co-benefícios declarados foi ambiental, seguida da econômica e por último a social. Os co-benefícios mais preponderantes foram: desenvolvimento ou difusão local da tecnologia importada; utilização eficiente dos recursos naturais e promoção de energias renováveis. O desenvolvimento ou difusão local de tecnologia importada se deve à aquisição de máquinas e equipamentos, a exemplo de triturador de madeira e machado de circular, os quais permitem com que a madeira de reflorestamento seja cortada em pedaços menores facilitando sua entrada nos fornos. Tais resultados demonstram que o setor de cerâmica difere dos verificados no MR pelo estudo na UNFCCC (2011), já que a exemplo do indicador de redução de ruído, odores, poeira ou poluentes que foi apontado como extremamente positivo nesse estudo sendo que na pesquisa foi pontuado negativamente. Ademais, como um resultado da mudança de combustível, são desenvolvidos cursos de formação extensiva para os empregados, a fim de clarificar novas medidas relacionadas com a nova tecnologia e assim manter a qualidade do produto final. Sendo assim tal cobenefício acarretou positivamente outros na medida em que os treinamentos oferecidos também versavam sobre manuseio e condições mais seguras de trabalho, impactando positivamente na melhoria das condições de trabalho e de saúde e segurança com a troca de combustível. Tal fato corrobora com o disposto por Paiva et al (2012) em que alguns cobenefícios estimulam outros, particularmente como ocorre com o melhoria das condições de trabalho e melhoria nas condições de saúde e segurança. Interessante ressaltar que o fato dos projetos de cerâmica estar baseado na troca de combustível proveniente de mata nativa, acarreta positivamente em co-beneficios como utilização eficiente dos recursos naturais e promoção de energias renováveis, o que justifica sua preponderância sobre os demais. Além disso, a troca de combustível favorece com que sejam preservados os recursos naturais como a própria mata nativa, resultando na melhoria e / ou proteção desses recursos. Diferentemente, os projetos de cerâmica não visam gerar maiores sinergias no âmbito local resultando em poucos co-benefícios relacionados à economia e comunidade local, a exemplo de investimento em infraestrutura local; redução da pobreza; empoderamento das mulheres, o cuidado das crianças e dos frágeis; promoção da educação e benefício financeiro direto / indireto para a economia local. 11
12 Alguns projetos identificaram negativamente o co-benefício de redução de ruído, odores, poeira ou poluentes, uma vez que são geradas cinzas com a queima da biomassa. Entretanto, os projetos afirmam que esse impacto será mitigado com a incorporação das cinzas na argila utilizada como isolante térmico na entrada fornos. 5.1 O estudo de caso ilustrativo: Cerâmica Gomes de Matos A Cerâmica Gomes de Matos (CGM) é uma empresa de médio porte, que possui em torno de 160 funcionários, está no mercado há cerca de 20 anos e tem como principal atividade a produção de cerâmica vermelha. Têm em torno de vinte produtos diferenciados entre tijolos, blocos e telhas. Está situada na região semiárida nordestina, região conhecida como Vale do Cariri, na cidade de Crato, Ceará, e faz parte do mercado voluntário de carbono desde 2006 (CGM-DC, 2011). Esse projeto utilizou como padrão internacional para medição dos créditos de carbono o VCS e foi elaborado pela consultoria Sustainable Carbon. Teve início em 2006, sendo suas emissões contabilizadas nesse mesmo ano. O referido projeto consiste em utilizar madeira de florestamento e resíduos lenhosos (como aparas de madeira), que são biomassas renováveis, além de materiais que eram considerados resíduos (como podas de cajueiro e pó de serraria), para alimentar os fornos em vez de utilizar a madeira proveniente de desmatamento da caatinga. O projeto tem duração estimada de 10 anos, prevê uma redução anual média de 28 toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO 2eq ), ou seja, 280 mil toneladas de CO 2eq até o término do prazo estipulado, o que configura um projeto de pequena escala. Tem como principal atividade a substituição do uso de lenha, proveniente de desmatamento, por biomassa, derivadas de restos de podas árvores urbanas, podas de cajueiro e pó de serraria na alimentação dos fornos da cerâmica. Como o projeto gera anualmente menos de 45 MWthermal, este projeto é classificado como de pequena escala. A aplicação do quadro teórico-metodológico anteriormente apresentado, tendo como base os DCPs analisados, as observações em campo e as entrevistas semi-estruturadas (ao projeto e a consultores especializados neste tipo de projeto), originou as seguintes constatações, com relação aos co-benefícios deste projeto (Tabela 03): Dimensão Co-benefício CGM Econômica Benefício financeiro direto / indireto para a economia local e / ou regional X Geração de empregos locais / regionais Desenvolvimento ou difusão local da tecnologia importada X Investimento em infraestrutura local/ regional Ambiental Utilização eficiente dos recursos naturais Redução de ruído, odores, poeira ou poluentes X Melhoria e / ou proteção dos recursos naturais X Melhoria na utilização de energia X Promoção de energias renováveis Social Melhoria das condições de trabalho e / ou direitos humanos X Promoção da educação Melhoria das condições de saúde e segurança Redução da pobreza Envolvimento da Comunidade Local Empoderamento das mulheres, o cuidado das crianças e dos vulneráveis Tabela 03 Co-beneficios identificados no projeto CGM Fonte: Elaborado pelos autores (2012) O projeto da Cerâmica Gomes de Matos (CGM) apresentou pouca contribuição para o DS, já que contribui com 7 (sete) dos 15 indicadores elencados. Assim como na análise documental de todos os projetos, a dimensão ambiental foi preponderante em co-benefícios X 12
13 apresentados no projeto CGM enquanto que a econômica foi a que obteve menor contribuição. No aspecto econômico, à medida que se encontra novas formas de matérias-primas para alimentação dos fornos, como os restos de colheita e pó de serraria, é possível observar benefício financeiro direto à população local, já que os agricultores e donos de serrarias vendem esses produtos para a indústria, gerando assim um novo segmento de mercado. No que se referem aos co-benefícios ambientais, um deles é a redução de poeiras (fuligem) na fábrica. Com o projeto, foram instalados filtros ou ampliada altura das chaminés, o que gera menos poeira para o meio externo. Além disso, a mecanização contribui com a redução de poluentes, pois quando se deixa de alimentar o forno manualmente, a combustão se torna mais eficiente e o que antes era lançado ao meio ambiente, retorna ao processo produtivo, fechando o ciclo dentro da atmosfera do forno, reduzindo os resíduos expostos ao ar e melhorando a eficiência energética. A proposta corrobora em muito para a promoção de energias renováveis, uma vez que são utilizadas biomassas renováveis para alimentar os fornos em substituição a uma matériaprima antes extraída da mata nativa. Ademais, foram adquiridos com o projeto novos equipamentos: um triturador para beneficiar a poda das árvores; um dosador, aparelho utilizado para inserir o pó de serraria nos fornos; a construção de galpões para que as biomassas fiquem protegidos do sol, evitando a evaporação e aumentando o rendimento da combustão (CGM-DP, 2011), além de um sistema de canalização para regular a temperatura dos fornos, o que diminui consequentemente o gasto de energia. Além disso, segundo dados da CGM-DP (2011), o projeto reduzirá o desmatamento de m 3 de madeira/ano o equivalente a 1,9 mil m 3 /mês. Deste modo, auxilia na proteção dos recursos naturais (madeira nativa) e reduz a produção de lixo, pois materiais que antes seriam descartados para os lixões como as podas de árvores, restos de colheita (coco babaçu, algaroba e eucalipto) e pó de serraria são direcionados para a empresa, reduzindo o volume dos lixos urbanos, e a geração metano (CH 4 ), um gás vinte e uma vezes mais prejudicial às mudanças climáticas do que o gás carbônico (CO 2 ) gerado a partir da queima desses materiais nos fornos da empresa. Quanto ao aspecto social, neste projeto foram incorporadas inovações simples, como adaptações de equipamentos e métodos, onde houve a necessidade de novos aprendizados e de uma maior capacitação de seus funcionários. Essas inovações em geral também contribuem para uma melhoria das condições de trabalho, a partir do momento que tornam o ambiente laboral menos insalubre. Igualmente, a aquisição dos novos equipamentos (trituradores de madeira e dosadores) exigiu certa capacitação dos funcionários para o seu manuseio, sendo também ministradas palestras relacionadas à melhoria de vida, o que contribuiu para certa melhora nas condições de trabalho, como maior uso de equipamentos de proteção individual, com resultados na saúde geral do indivíduo. Desta forma constata-se que os co-benefícios verificados no estudo de caso possuem resultados muito aproximados com os demais do setor, mas diferem dos verificados no estudo da UNFCCC (2011), muito embora em todos os resultados a dimensão social foi a que apresentou co-benefícios menos frequentes. 6. Considerações finais O presente artigo objetiva analisar os co-beneficios para além da redução de GEE dos projetos brasileiros de cerâmica do MV de créditos de carbono para o DS, tendo como estratégia metodológica a análise documental por meio dos Documentos de Concepção de Projetos (DCP) e a realização de estudo de caso ilustrativo do projeto CGM. 13
14 Tanto a análise documental como o estudo de caso apontam poucos benefícios dos projetos de cerâmica do MV para o DS. Os co-benefícios mais preponderantes estavam concentrados em sua maioria na dimensão ambiental, sendo identificados a promoção de energias renováveis; a utilização eficiente dos recursos naturais e a melhoria e / ou proteção dos recursos naturais. Entretanto, essa perspectiva é a única que aponta um co-benefício negativamente que é a redução de ruído, odores, poeira ou poluentes que é impactada com a geração de cinzas com a queima da biomassa. Entretanto, o estudo de caso aponta positivamente esse co-benefício demonstrando que é possível dirimir esse aspecto com a introdução de filtros ou alterando a altura das chaminés, corroborando para os resultados da UNFCCC (2011) em que aponta para uma tendência de aumento no percentual de projetos que reivindicam o co-benefício de redução do ruído, odores, poeira ou poluentes. A dimensão econômica apresenta pouca contribuição para o DS embora o co-benefício desenvolvimento ou difusão local da tecnologia importada tenha sido apontado com um dos que mais contribuíram para o DS. Já a dimensão social, aponta positivamente para cobenefícios como melhoria das condições de trabalho e melhoria das condições de saúde e segurança. Outrossim, é possível constatar que os projetos de cerâmica possui pouca sinergia com a comunidade sendo os benefícios nessa dimensão percebidos apenas para dentro da empresa. Desta forma, em geral os dados apresentados demonstram que os projetos de cerâmica apresentaram poucos avanços na promoção do DS, indo de encontro com os resultados da UNFCCC (2011) e Boyd et al. (2009) nos seus estudos sobre o MR. Embora estudos apontam para possibilidade do MV contribuírem mais para o DS que o MR, dada sua maior flexibilidade e a diversidade de atores, a segunda maior atividade cerâmica aponta poucos avanços nos co-benefícios em prol do DS. Ademais, o SC ao exigir o atendimento critérios que buscam co-benefícios ambientais e sociais para além da redução de emissão de GEEs e particularmente quanto aos projetos de cerâmica ter dado enfoque ao tecnológico, entendendo a extrema importância da tecnologia para o DS desse setor, resultou na preponderância do co-benefício de desenvolvimento ou difusão local da tecnologia, que também teve um efeito positivo nos demais. Como análise preliminar, não há ainda como avaliar conclusivamente as contribuições dos projetos de cerâmica por ora analisados, tratando de um work in progress, já que se pretende analisar todos os projetos do MV no Brasil por meio de análise documental e mais 10 estudos de casos representativos. Pelo mesmo motivo, ficam prejudicadas, por ora, as possíveis ampliações de suas leituras e inferências a outros cenários e situações. Referências ALEXEEW, J.; BERGSET, L.; MEYER, K.; PETERSON, J.; SCHNEIDER, L.; UNGER, C. An analysis of the relationship between the additionality of CDM projects and their contribution to sustainable development. International Environmental Agreements. Politics, Law and Economics. 10 (3), pp BAYON, R.; HAWN, A.; HAMILTON, K.. Voluntary Carbon Markets: An International Business Guide to What They Are and How They Work. 2a. ed. Earthscan: London, BOYD, E.; HULTMAN, N.; ROBERTS, J.; CORBERA, E.; COLE, J.; BOZMOSKI, A.; EBELING, J.; TIPPMAN, R.; MANN, P.; BROWN, K.; LIVERMAN, D.,. Reforming the CDM for sustainable development: lessons learned and policy futures. Enviromental Science & Policy. I2, ,
15 BOZMOSKI, A.; LEMOS, M.; BOYD, E. Prosperous Negligence: Governing the Clean Development Mechanism for Markets and Development. Environment. 50 (3), BRASIL. Lei nº , de 29 de dezembro de Institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima - PNMC e dá outras providências. Brasília, Disponível em: < Acesso em: 20 jul BUMPUS, A.; COLE, J. How can the current CDM deliver sustainable development? In: Wiley Interdisciplinary Reviews: Climate Change. Vol. 1, Jul/Aug Pg CGM CERAMIC VCS PROJECT DESCRIPTION (CGM-DP) Disponível em: < cumentbyid%3dtrue%26document_id%3d &sa=u&ei=7zretojvlyxmg Qfh_- XsDg&ved=0CBAQFjAA&sig2=dMDqbupHrAamcjKhMsnCQ& usg=afqjcnegwmjsgknzu32tmgmahmhrt7pj6q>. Acesso em: 16 nov DRUPP, M. Does the Gold Standard label hold its promise in delivering higher Sustainable Development benefits? A multi-criteria comparison of CDM projects. Energy Policy ECOSYSTEM MARKETPLACE. Back to the Future: the state of the voluntary carbon markets Disponível em: < 351§ion=our_publications&eod=1>. Acesso em: 24 jan GRACIA, F.; RIBEIRO, M.; OLIVA, R. Análise do perfil do setor da indústria de cerâmica vermelha pela abordagem da metodologia do carbono social. Monografia de graduação em Engenharia Ambiental, Faculdades Oswaldo Cruz, São Paulo, KOLLMUSS, A.; ZINK, H.; POLYCARP, C. Making Sense of the Voluntary Carbon Market: A Comparison of Carbon Offset Standards. WWF Germany Disponível em: < assets.panda.org/downloads/vcm_report_final.pdf>. Acesso em: 15 abr MINISTÉRIO DA CIENCIA E TECNOLOGIA (MCT). Status atual das atividades de projeto no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) no Brasil e no Mundo Disponível em: < Acesso em NUSSBAUMER, P. On the contribution of labelled Certified Emission Reductions to sustainable development: a multi-criteria evaluation of CDM projects. Energy Policy. 37, OLSEN, K. The clean development mechanism s contribution to sustainable development: a review of the literature. Climatic Change. 84 (1), OLSEN, K.; FENHANN, J. Sustainable development benefits of clean development mechanism projects: A new methodology for sustainability assessment based on text analysis of the project design documents submitted for validation. Energy Policy. 36(8)
16 PAIVA, D.; VENTURA, A.; GOMES, G.; FERNANDEZ, L.; RAMOS, L.. O Mercado Voluntário de Carbono: Análise de Co-benefícios de Projetos Brasileiros para o Desenvolvimento Sustentável. XXXVI Encontro Nacional da ANPAD. Anais. Rio de Janeiro, 22 a 26 de setembro de PETERS-STANLEY, M.; HAMILTON, K.; MARCELLO, T.; SJARDIN, M. State of the Voluntary Carbon Markets Ecosystem Marketplace and Bloomberg New Energy Finance Disponível em: < org/documents/files/doc_2828.pdf>. Acesso em REZENDE, D. Biodiversidade e Carbono Social. Dissertação de Mestrado apresentada à Universidade de Aveiro, Departamento de Biologia, Universidade de Aveiro SEIFFERT, M. Mercado de Carbono e Protocolo de Quioto: Oportunidades de Negócio na Busca da Sustentabilidade. São Paulo: Atlas, SIMONI, W. Mercado de Carbono. In: FUJIHARA, M.; LOPES, F. Sustentabilidade e Mudanças Climáticas: guia para o amanhã. São Paulo: Terra das Artes Editora: Editora Senac São Paulo, SOUTHSOUTHNORTH. Climate Change and the Kyoto Protocol s Clean Development Mechanism. London: ITDG Publishing SOUZA, A. Perfil do Mercado de Carbono no Brasil: análise comparativa entre os mercados regulado e voluntário. Dissertação de Mestrado apresentada ao Núcleo de Pós Graduação em Administração NPGA, Escola de Administração, Universidade Federal da Bahia, SOUZA, A.; PAIVA, D.; ANDRADE, J. Perfil do Mercado Voluntário. XIII Encontro Nacional de Gestão Empresarial e Meio Ambiente (ENGEMA). Anais do ENGEMA. São Paulo, 5, 6 e 7 de dezembro de STRECK, C.; LIN, J. Making Markets Work: a Review of CDM Performance and the Need for Reform. Eur. J. Int l L. v SUBBARAO, S., LLOYD, B. Can the Clean Development Mechanism (CDM) deliver? Energy Policy, 39 (3), pp UNITED NATIONS FRAMEWORK CONVENTIONS ON CLIMATE CHANGE (UNFCCC). Benefits of the clean development mechanism Disponível em: < Acesso em: 23. Jan WOOD, R. Carbon finance and pro-poor co-benefits: The Gold Standard and Climate, Community and Biodiversity Standards [online] London: International Institute for Environment and Development Disponível em: < Acesso em: 23. Jan
Posição da indústria química brasileira em relação ao tema de mudança climática
Posição da indústria química brasileira em relação ao tema de mudança climática A Abiquim e suas ações de mitigação das mudanças climáticas As empresas químicas associadas à Abiquim, que representam cerca
Leia maisM ERCADO DE C A R. de captação de investimentos para os países em desenvolvimento.
MERCADO DE CARBONO M ERCADO DE C A R O mercado de carbono representa uma alternativa para os países que têm a obrigação de reduzir suas emissões de gases causadores do efeito estufa e uma oportunidade
Leia maisInventário Corporativo de Emissões Diretas e Indiretas de Gases de Efeito Estufa (GEE) Ano referência: Emissões de 2010
Inventário Corporativo de Emissões Diretas e Indiretas de Gases de Efeito Estufa (GEE) Ano referência: Emissões de 2010 Resumo Este documento apresenta o Inventário corporativo de Emissões Diretas e Indiretas
Leia maisCARTA ABERTA AO BRASIL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA 2015
ATENÇÃO: ANTES DE ASSINAR ESTA CARTA, LEIA O CONTEÚDO ATÉ O FINAL E CLIQUE NO LINK. FÓRUM DE AÇÃO EMPRESARIAL PELO CLIMA CARTA ABERTA AO BRASIL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA 2015 O desafio da mudança do clima
Leia maisPOLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE
POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE 1) OBJETIVOS - Apresentar de forma transparente as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e a gestão; - Fomentar e apoiar internamente
Leia maisCAPÍTULO 3 PROTOCOLO DE KIOTO
CAPÍTULO 3 PROTOCOLO DE KIOTO Medidas estão sendo tomadas... Serão suficientes? Estaremos, nós, seres pensantes, usando nossa casa, com consciência? O Protocolo de Kioto é um acordo internacional, proposto
Leia maisPolítica de Sustentabilidade das empresas Eletrobras
Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras 1. DECLARAÇÃO Nós, das empresas Eletrobras, comprometemo-nos a contribuir efetivamente para o desenvolvimento sustentável, das áreas onde atuamos e
Leia maisPromover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades;
POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE OBJETIVO Esta Política tem como objetivos: - Apresentar as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e a gestão; - Fomentar e apoiar internamente as inovações
Leia maisPrefeitura Municipal de Jaboticabal
LEI Nº 4.715, DE 22 DE SETEMBRO DE 2015 Institui a Política Municipal de estímulo à produção e ao consumo sustentáveis. RAUL JOSÉ SILVA GIRIO, Prefeito Municipal de Jaboticabal, Estado de São Paulo, no
Leia maisRecuperação energética de gás de aterro & Créditos de carbono. Fórum Permanente "Meio Ambiente e Sociedade"
Recuperação energética de gás de aterro & Créditos de carbono Fórum Permanente "Meio Ambiente e Sociedade" São Paulo, Brasil 15 de Outubro de 2013 Sumário MDL & Créditos de Carbono Panorama do Mercado
Leia maisFIESP MUDANÇA DO CLIMA
MUDANÇA DO CLIMA Posicionamento FIESP Posicionamento FIESP para a COP16 A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), representante do maior parque industrial brasileiro, tem acompanhado atentamente
Leia maisCURSO ENERGIAS RENOVÁVEIS BIOMASSA
CURSO ENERGIAS RENOVÁVEIS BIOMASSA JULIETA BARBOSA MONTEIRO, Dra julieta@lepten.ufsc.br 2011-1 DISPONIBILIDADE DE RECURSOS ANEEL Potencial Instalado (MW) PROCESSOS DE CONVERSÃO DA BIOMASSA PNE 2030
Leia maisPOLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE
POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE 1. OBJETIVO E ABRANGÊNCIA Esta Política tem como objetivos: Apresentar de forma transparente os princípios e as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e direcionam
Leia maisGestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.
A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças
Leia maisA ESTRUTURA DE SUSTENTABILIDADE International Finance Corporation (IFC) Gladis Ribeiro
A ESTRUTURA DE SUSTENTABILIDADE International Finance Corporation (IFC) Gladis Ribeiro INTERNATIONAL FINANCE CORPORATION (IFC), QUEM SOMOS? A IFC, membro do Grupo Banco Mundial, é uma instituição de desenvolvimento
Leia maisV FEIRA INTERNACIONAL DA AMAZÔNIA CARBONO PARA ESTIMULAR SUSTENTÁVEL NO ESTADO DO
Universidade Federal do Amazonas Centro de Desenvolvimento Energético Amazônico V FEIRA INTERNACIONAL DA AMAZÔNIA MERCADO VOLUNTÁRIO DE CARBONO PARA ESTIMULAR PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NO
Leia maisProfissionais de Alta Performance
Profissionais de Alta Performance As transformações pelas quais o mundo passa exigem novos posicionamentos em todas as áreas e em especial na educação. A transferência pura simples de dados ou informações
Leia maisMais clima para todos
Mais clima para todos 1 Mais clima para todos Na União Europeia, entre 1990 e 2011, o setor dos resíduos representou 2,9% das emissões de gases com efeito de estufa (GEE), e foi o 4º setor que mais contribuiu
Leia maisAnexo III da Resolução n o 1 da Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima
Anexo III da Resolução n o 1 da Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima Contribuição da Atividade de Projeto para o Desenvolvimento Sustentável I Introdução O Projeto Granja São Roque de redução
Leia maisPOLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Standard Chartered Bank, Brasil Página 1 de 8 ÍNDICE I. OBJETIVO... 3 II. CICLO DE REVISÃO... 3 III. DISPOSIÇÕES GERAIS... 3 IV. ESTRUTURA DE GOVERNANÇA... 4
Leia maisNECESSIDADE DE CONHECIMENTO DAS EMISSÕES NOS PROCESSOS PRODUTIVOS. Inventários de Emissões
NECESSIDADE DE CONHECIMENTO DAS EMISSÕES NOS PROCESSOS PRODUTIVOS Inventários de Emissões O QUE É UM INVENTÁRIO? Um inventário corporativo de emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa é a
Leia maisDesenvolvimento e Meio Ambiente: As Estratégias de Mudanças da Agenda 21
Desenvolvimento e Meio Ambiente: As Estratégias de Mudanças da Agenda 21 Resenha Desenvolvimento Raíssa Daher 02 de Junho de 2010 Desenvolvimento e Meio Ambiente: As Estratégias de Mudanças da Agenda 21
Leia maisEDITAL SENAI SESI DE INOVAÇÃO. Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui. Complexidade das tecnologias critério de avaliação que
ANEXO II Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui registro em base de patentes brasileira. Também serão considerados caráter inovador para este Edital os registros de patente de domínio público
Leia maisEixo Temático ET-05-005 - Meio Ambiente e Recursos Naturais
287 Eixo Temático ET-05-005 - Meio Ambiente e Recursos Naturais EVOLUÇÃO DOS PROJETOS BRASILEIROS NO MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO: UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE 2013 E 2014 Ana Cândida Ferreira Vieira
Leia maisReflexões sobre o Quinto relatório de avaliação do IPCC constatações e complexidades Natal outubro 2015. CAROLINA DUBEUX carolina@ppe.ufrj.
Reflexões sobre o Quinto relatório de avaliação do IPCC constatações e complexidades Natal outubro 2015 CAROLINA DUBEUX carolina@ppe.ufrj.br A mudança do clima e a economia Fonte: Adaptado de Margulis
Leia maisPOLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO... 3 2. OBJETIVO... 3 3. ABRANGÊNCIA... 3 4. ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DO RISCO... 4 5. GERENCIAMENTO DO RISCO... 5 6. ATIVIDADES PROIBITIVAS E RESTRITIVAS... 6 7. ANÁLISE DE CRÉDITO...
Leia maisO Aquecimento Global se caracteriza pela modificação, intensificação do efeito estufa.
O que é o Aquecimento Global? O Aquecimento Global se caracteriza pela modificação, intensificação do efeito estufa. O efeito estufa é um fenômeno natural e consiste na retenção de calor irradiado pela
Leia maisTermo de Referência nº 2014.0918.00040-2. 1. Antecedentes
Termo de Referência nº 2014.0918.00040-2 Ref: Contratação de consultoria pessoa física para realização de um plano de sustentabilidade financeira para o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, no âmbito da
Leia maisTermo de Referência nº 2014.0918.00043-7. 1. Antecedentes
Termo de Referência nº 2014.0918.00043-7 Ref: Contratação de consultoria pessoa física para desenvolver o Plano de Uso Público para a visitação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro concentrando na análise
Leia maisDIMENSÃO MUDANÇAS CLIMÁTICAS
DIMENSÃO MUDANÇAS CLIMÁTICAS CONTEÚDO CRITÉRIO I - POLÍTICA... 2 INDICADOR 1: COMPROMISSO, ABRANGÊNCIA E DIVULGAÇÃO... 2 CRITÉRIO II GESTÃO... 3 INDICADOR 2: RESPONSABILIDADES... 3 INDICADOR 3: PLANEJAMENTO/GESTÃO
Leia maisPolítica de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras
Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras Setembro de 2010 Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras DECLARAÇÃO Nós, das empresas Eletrobras, comprometemo-nos a contribuir efetivamente
Leia maisMarcio Halla marcio.halla@fgv.br
Marcio Halla marcio.halla@fgv.br POLÍTICAS PARA O COMBATE ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA AMAZÔNIA Programa de Sustentabilidade Global Centro de Estudos em Sustentabilidade Fundação Getúlio Vargas Programa de
Leia maisConjunto de pessoas que formam a força de trabalho das empresas.
1. OBJETIVOS Estabelecer diretrizes que norteiem as ações das Empresas Eletrobras quanto à promoção do desenvolvimento sustentável, buscando equilibrar oportunidades de negócio com responsabilidade social,
Leia maisMercados Mundiais de Carbono: Questões Estratégicas - Aspectos Jurídicos da Estruturação de Projetos de Redução de Emissões
Mercados Mundiais de Carbono: Questões Estratégicas - Aspectos Jurídicos da Estruturação de Projetos de Redução de Emissões Vladimir Miranda Abreu vabreu@tozzinifreire.com.br Mercado de Carbono no Brasil
Leia maisEixo Temático ET-03-004 - Gestão de Resíduos Sólidos VANTAGENS DA LOGÍSTICA REVERSA NOS EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS
198 Eixo Temático ET-03-004 - Gestão de Resíduos Sólidos VANTAGENS DA LOGÍSTICA REVERSA NOS EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS Isailma da Silva Araújo; Luanna Nari Freitas de Lima; Juliana Ribeiro dos Reis; Robson
Leia maisMÓDULO I: Mudança do Clima e Acordos Internacionais. Efeito Estufa. Fontes de Emissões. Impactos. Acordos Internacionais
MÓDULO I: Mudança do Clima e Acordos Internacionais Efeito Estufa Fontes de Emissões Impactos Acordos Internacionais Fontes de Emissões Antropogênicas Fonte: Quarto Relatório de Avaliação do IPCC, 2007.
Leia maisPequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios
Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte
Leia maisDúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT
Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Setembro/2013 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CRIAÇÃO DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO 1. O que são unidades de conservação (UC)?
Leia maisProdução e consumo sustentáveis
Produção e consumo sustentáveis Fernanda Capdeville Departamento de Produção e Consumo Sustentáveis DPCS Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental - SAIC 14 Plenária do Fórum Governamental
Leia maisEconomia de Floresta em Pé
Seminário Perspectivas Florestais para Conservação da Amazônia Economia de Floresta em Pé 12/Julho/2011 Porto Velho, Rondônia AGENDA MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO CARBONO DE FLORESTA REDD NA PRÁTICA
Leia maisA Importância da Elaboração dos Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa nas Capitais Brasileiras
A Importância da Elaboração dos Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa nas Capitais Brasileiras Emilio Lèbre La Rovere Coordenador, CentroClima/LIMA/PPE/COPPE/UFRJ 2º Encontro dos Secretários
Leia maisISO 9001. As três primeiras seções fornecem informações gerais sobre a norma, enquanto as cinco últimas centram-se na sua implementação.
ISO 9001 A ISO 9001 é um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) standard que exige que uma dada organização satisfaça as suas próprias exigências e as dos seus clientes e reguladores. Baseia-se numa metodologia
Leia maisACORDO DE PARIS: A RECEITA PARA UM BOM RESULTADO
ACORDO DE PARIS: A RECEITA PARA UM BOM RESULTADO Le Bourget, 30 de novembro de 2015 Daqui a 11 dias, representantes de 195 países deverão adotar aqui o documento internacional mais importante do século:
Leia maisMMX - Controladas e Coligadas
POLITICA CORPORATIVA PC. 1.16.01 Política de Meio Ambiente Emissão: 02/10/06 1 Objetivo: Estabelecer diretrizes visando proteger os recursos naturais e o meio ambiente em todas das unidades operacionais.
Leia maisStandards do Mercado Voluntário Stefano Merlin. 16 de março de 2010
Standards do Mercado Voluntário Stefano Merlin 16 de março de 2010 24 de Fevereiro de 2009 Carbono Social Serviços Ambientais Co- desenvolvedora de projetos no Mercado Voluntário de Carbono A empresa com
Leia maisSeção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem
Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem www.bettercotton.org Orientação Text to go here O documento Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem da BCI proporciona uma estrutura para medir as mudanças
Leia maisInventário de Emissões e Estratégias de Neutralização. Desafios dos Projetos de Crédito de Carbono
Inventário de Emissões e Estratégias de Neutralização Desafios dos Projetos de Crédito de Carbono Julho 2009 Sobre a GSS Empresa com atuação focada no desenvolvimento de projetos e prestação de consultorias
Leia maisCONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima Plano Indústria
CONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima Plano Indústria Processo de Construção do Plano Indústria O art. 11 da Lei 12.187/2009 determinou realização de Planos setoriais
Leia maisInventário das Emissões de gases de efeito estufa
Inventário das Emissões de gases de efeito estufa Ano de referência do inventário: 2013 Ford Nome fantasia: Ford - CNPJ: 03.470.727/0001-20 Tipo da empresa: Matriz Setor econômico: C. Indústrias de transformação
Leia maisNão é tarde demais para combater as mudanças climáticas O sumário do IPCC diz:
Sumário dos resultados-chave do Quarto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, Grupo de Trabalho III de Mitigação de Mudanças Climáticas Bangkok, Maio de 2007 Não é
Leia maisENERGIA X MEIO AMBIENTE: O QUE DIZ O RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE DE FURNAS?
ENERGIA X MEIO AMBIENTE: O QUE DIZ O RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE DE FURNAS? Maranhão, R.A. 1 1 PECE/POLI/USP, MBA em Gestão e Tecnologias Ambientais, Biológo e Mestre em Geografia, romeroalbuquerque@bol.com.br
Leia maisBrasil, Mudanças Climáticas e COP21
Brasil, Mudanças Climáticas e COP21 Carlos Rittl Secretário Executivo São Paulo, 10 de agosto de 2015 SBDIMA Sociedade Brasileira de Direito Internacional do Meio Ambiente Eventos climáticos extremos Desastres
Leia maisPesquisa IBOPE Ambiental. Setembro de 2011
Pesquisa IBOPE Ambiental Setembro de 2011 Com quem falamos? Metodologia & Amostra Pesquisa quantitativa, com aplicação de questionário estruturado através de entrevistas telefônicas. Objetivo geral Identificar
Leia maisFEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO FIESP
FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO FIESP Departamento de Meio Ambiente - DMA - Divisão de Mudanças Climáticas - Seminário Gestão de Gases de Efeito Estufa Parceria ABNT - BID FIESP, São Paulo,
Leia maisTratados internacionais sobre o meio ambiente
Tratados internacionais sobre o meio ambiente Conferência de Estocolmo 1972 Preservação ambiental X Crescimento econômico Desencadeou outras conferências e tratados Criou o Programa das Nações Unidas para
Leia maisPLANO NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA PNMC
PLANO NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA PNMC 19 de Maio de 2009 National Climate Change Policy National Plan on Climate Change Climate Fund Amazon Fund Política Nacional sobre Mudança Climática 2 objetivos
Leia maisPolítica de Responsabilidade Corporativa. Março 2013
Política de Responsabilidade Corporativa Março 2013 Ao serviço do cliente Dedicamos os nossos esforços a conhecer e satisfazer as necessidades dos nossos clientes. Queremos ter a capacidade de dar uma
Leia maisPortugal 2020. Inovação da Agricultura, Agroindústria. Pedro Cilínio pedro.cilinio@iapmei.pt
Portugal 2020 Inovação da Agricultura, Agroindústria e Floresta Pedro Cilínio pedro.cilinio@iapmei.pt FEDER 2020 - Prioridades Concentração de investimentos do FEDER Eficiência energética e energias renováveis
Leia maisContextos da Educação Ambiental frente aos desafios impostos. Núcleo de Educação Ambiental Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Contextos da Educação Ambiental frente aos desafios impostos pelas mudanças climáticas Maria Teresa de Jesus Gouveia Núcleo de Educação Ambiental Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Leia maisStatus dos projetos no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) no Brasil e no mundo
Status dos projetos no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) no Brasil e no mundo 1º Período de compromisso do Protocolo de Quioto (2008-2012) (Data final de coleta de dados: 12/02/2014) O
Leia maisPRÊMIO ESTANDE SUSTENTÁVEL ABF EXPO 2014
PRÊMIO ESTANDE SUSTENTÁVEL ABF EXPO 2014 1. APRESENTAÇÃO Com o intuito de disseminar práticas de responsabilidade socioambiental entre as empresas do sistema de franchising, a Associação Brasileira de
Leia maisPágina 1 de 19 Data 04/03/2014 Hora 09:11:49 Modelo Cerne 1.1 Sensibilização e Prospecção Envolve a manutenção de um processo sistematizado e contínuo para a sensibilização da comunidade quanto ao empreendedorismo
Leia mais5 Objetivos Principais
A Rainforest Business School Escola de Negócios Sustentáveis de Floresta Tropical Instituto de Estudos Avançados Universidade de São Paulo (USP) Programa de Pesquisa Amazônia em Transformação (AmazonIEA)
Leia maisPolítica de Sustentabilidade
Seu futuro é o nosso compromisso. O presente documento visa trazer em seu conteúdo o posicionamento do INFRAPREV frente aos desafios propostos e impostos pelo desenvolvimento sustentável. Para formular
Leia maisProjetos de MDL no Brasil: Cuidados e Riscos que devem ser Avaliados. Vladimir Miranda Abreu vabreu@tozzini.com.br
Projetos de MDL no Brasil: Cuidados e Riscos que devem ser Avaliados Vladimir Miranda Abreu vabreu@tozzini.com.br Mercado de Carbono Somente projetos estruturados com base nos mecanismos de flexibilização
Leia maisPlanejamento Estratégico do Setor de Florestas Plantadas -2012
CONTEXTO O setor de florestas plantadas no Brasil éum dos mais competitivos a nível mundial e vem desempenhando um importante papel no cenário socioeconômico do País, contribuindo com a produção de bens
Leia maisCapítulo 21 Meio Ambiente Global. Geografia - 1ª Série. O Tratado de Kyoto
Capítulo 21 Meio Ambiente Global Geografia - 1ª Série O Tratado de Kyoto Acordo na Cidade de Kyoto - Japão (Dezembro 1997): Redução global de emissões de 6 Gases do Efeito Estufa em 5,2% no período de
Leia maisCONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima
CONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima Plano Setorial de Transporte e de Mobilidade Urbana para Mitigação da Mudança do Clima PSTM - Parte 2: Mobilidade Urbana /
Leia maisCURSO: GESTÃO AMBIENTAL
CURSO: GESTÃO AMBIENTAL OBJETIVOS DO CURSO Objetivos Gerais O Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental tem por objetivo formar profissionais capazes de propor, planejar, gerenciar e executar ações
Leia maisPlanejamento Estratégico
Planejamento Estratégico Análise externa Roberto César 1 A análise externa tem por finalidade estudar a relação existente entre a empresa e seu ambiente em termos de oportunidades e ameaças, bem como a
Leia maisA Importância de Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) em Governos Locais
VIII Semana de Ciência e Tecnologia do IFMG campus Bambuí I Seminário dos Estudantes de Pós Graduação A Importância de Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) em Governos Locais (1) Leonardo
Leia maisPainel Créditos de Carbono: emissão, comercialização e tratamento contábil. Maisa de Souza Ribeiro
Painel Créditos de Carbono: emissão, comercialização e tratamento contábil Maisa de Souza Ribeiro Objetivos do Protocolo de Quioto Desenvolvimento Social, Ambiental e Econômico Países Poluidores PROTOCOLO
Leia maisMANUAL PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS. Junho, 2006 Anglo American Brasil
MANUAL PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS Junho, 2006 Anglo American Brasil 1. Responsabilidade Social na Anglo American Brasil e objetivos deste Manual Já em 1917, o Sr. Ernest Oppenheimer, fundador
Leia maisSÍNTESE PROJETO PEDAGÓGICO. Missão
SÍNTESE PROJETO PEDAGÓGICO Curso: Gestão Ambiental campus Angra Missão O Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental da Universidade Estácio de Sá tem por missão a formação de Gestores Ambientais
Leia maisQUALIFICAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DE PROFESSORES DAS UNIDADES DE ENSINO NA ELABORAÇÃO DE PROGRAMAS FORMAIS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
QUALIFICAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DE PROFESSORES DAS UNIDADES DE ENSINO NA ELABORAÇÃO DE PROGRAMAS FORMAIS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL MOHAMED HABIB* & GIOVANNA FAGUNDES** * Professor Titular, IB, UNICAMP ** Aluna
Leia maisResumo. O caminho da sustentabilidade
Resumo O caminho da sustentabilidade Termos recorrentes em debates e pesquisas, na mídia e no mundo dos negócios da atualidade, como sustentabilidade, desenvolvimento sustentável, responsabilidade empresarial
Leia maisCredit Suisse (Brasil) Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA) Julho de 2015
Credit Suisse (Brasil) Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA) Julho de 2015 Sumário 1. Aplicação... 02 2. Definições... 02 2.1 Risco socioambiental... 02 2.2 Partes relacionadas... 02 2.3 Termos...
Leia maisSISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL ABNT NBR ISO 14001
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL ABNT NBR ISO 14001 Prof. Eduardo Lucena Cavalcante de Amorim INTRODUÇÃO A norma ISO 14001 faz parte de um conjunto mais amplo de normas intitulado ISO série 14000. Este grupo
Leia maisRelatos de Sustentabilidade
Os trechos em destaque encontram-se no Glossário. Relatos de Sustentabilidade Descreva até 3 projetos/programas/iniciativas/práticas relacionadas a sustentabilidade Instruções 2015 Esse espaço é reservado
Leia maisProduto mais sustentável
Produto mais sustentável De maneira geral, um produto pode ser considerado mais sustentável por diversas razões: a) processo de fabricação com baixo impacto: consiste em produtos que eliminaram ingredientes
Leia maisA CARTA DE BANGKOK PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE EM UM MUNDO GLOBALIZADO
A CARTA DE BANGKOK PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE EM UM MUNDO GLOBALIZADO Introdução Escopo A Carta de Bangkok identifica ações, compromissos e promessas necessários para abordar os determinantes da saúde em
Leia maisINSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA
INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA IMPACTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO PRODUTO INTERNO BRUTO BRASILEIRO
Leia maisISO 14000. Estrutura da norma ISO 14001
ISO 14000 ISO 14000 é uma serie de normas desenvolvidas pela International Organization for Standardization (ISO) e que estabelecem directrizes sobre a área de gestão ambiental dentro de empresas. Histórico
Leia maisipea A EFETIVIDADE DO SALÁRIO MÍNIMO COMO UM INSTRUMENTO PARA REDUZIR A POBREZA NO BRASIL 1 INTRODUÇÃO 2 METODOLOGIA 2.1 Natureza das simulações
A EFETIVIDADE DO SALÁRIO MÍNIMO COMO UM INSTRUMENTO PARA REDUZIR A POBREZA NO BRASIL Ricardo Paes de Barros Mirela de Carvalho Samuel Franco 1 INTRODUÇÃO O objetivo desta nota é apresentar uma avaliação
Leia maisINVENTÁRIO DE EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA Versão resumida BANCO BRADESCO S.A.
INVENTÁRIO DE EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA Versão resumida BANCO BRADESCO S.A. 2008 1 Inventário de GEE O Inventário de Emissões Diretas e Indiretas de Gases de Efeito Estufa (GEE) permite que uma
Leia maisPadrões Voluntários de Verificação Bruno Brazil
Padrões Voluntários de Verificação Bruno Brazil 13/12/2011 Imaflora incentiva e promove mudanças nos setores florestal e agrícola, visando a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais e a promoção
Leia maisPolítica Ambiental das Empresas Eletrobras
Política Ambiental das Empresas Eletrobras Versão 2.0 16/05/2013 Sumário 1 Objetivo... 3 2 Princípios... 3 3 Diretrizes... 3 3.1 Diretrizes Gerais... 3 3.1.1 Articulação Interna... 3 3.1.2 Articulação
Leia maisPROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL
JANEIRO 2013 RESUMO EXECUTIVO A ACCENT é uma empresa especializada em soluções tradução e localização de software, publicações técnicas, conteúdo de sites e material institucional e educativo. ESTRUTURA
Leia maisAUDITORIA AMBIENTAL. A auditoria ambiental está intimamente ligada ao Sistema de Gestão Ambiental.
AUDITORIA AMBIENTAL A auditoria ambiental está intimamente ligada ao Sistema de Gestão Ambiental. O SGA depende da auditoria para poder evoluir na perspectiva de melhoria contínua. Ao se implementar um
Leia maisDeclaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, tendo se reunido no Rio de Janeiro, de 3 a 14 de junho de 1992, reafirmando
Leia maisESTUDO STERN: Aspectos Económicos das Alterações Climáticas
Resumo das Conclusões Ainda vamos a tempo de evitar os piores impactos das alterações climáticas, se tomarmos desde já medidas rigorosas. As provas científicas são presentemente esmagadoras: as alterações
Leia maisRELATÓRIO SOBRE A GESTÃO DE RISCO OPERACIONAL NO BANCO BMG
SUPERINTENDÊNCIA DE CONTROLE GERÊNCIA DE CONTROLE DE TESOURARIA ANÁLISE DE RISCO OPERACIONAL RELATÓRIO SOBRE A GESTÃO DE RISCO OPERACIONAL NO BANCO BMG Belo Horizonte 01 de Julho de 2008 1 SUMÁRIO 1. Introdução...02
Leia maisPolítica de Responsabilidade Socioambiental
Política de Responsabilidade Socioambiental SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 3 2 OBJETIVO... 3 3 DETALHAMENTO... 3 3.1 Definições... 3 3.2 Envolvimento de partes interessadas... 4 3.3 Conformidade com a Legislação
Leia maisA CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL E SUAS INTERFACES COM O LICENCIAMENTO AMBIENTAL NO ESTADO DA BAHIA
A CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL E SUAS INTERFACES COM O LICENCIAMENTO AMBIENTAL NO ESTADO DA BAHIA Hosana Gaspar dos Santos II Congresso Consad de Gestão Pública Painel 55: Gestão do meio ambiente A CERTIFICAÇÃO
Leia maisAnálise do Ambiente estudo aprofundado
Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4 Etapa 5 Disciplina Gestão Estratégica e Serviços 7º Período Administração 2013/2 Análise do Ambiente estudo aprofundado Agenda: ANÁLISE DO AMBIENTE Fundamentos Ambientes
Leia maisÍndice. 3 Resultados da pesquisa. 17 Conclusão. 19 Questionário utilizado na pesquisa
Índice 3 Resultados da pesquisa 17 Conclusão 19 Questionário utilizado na pesquisa Esta pesquisa é uma das ações previstas no Plano de Sustentabilidade para a Competitividade da Indústria Catarinense,
Leia maisMudanças Climáticas e Economia. Secretaria de Acompanhamento Econômico SEAE
Mudanças Climáticas e Economia Secretaria de Acompanhamento Econômico SEAE Junho de 2009 Aquecimento global como falha de mercado O clima tem forte relação com a atividade econômica: Interação mais conhecida
Leia maisPROGRAMAÇÃO DO EVENTO
PROGRAMAÇÃO DO EVENTO Dia 08/08 // 09h00 12h00 PLENÁRIA Nova economia: includente, verde e responsável Nesta plenária faremos uma ampla abordagem dos temas que serão discutidos ao longo de toda a conferência.
Leia mais