Motivações da Mobilidade Estudantil entre os Estudantes do Curso de Administração

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Motivações da Mobilidade Estudantil entre os Estudantes do Curso de Administração"

Transcrição

1 Motivações da Mobilidade Estudantil entre os Estudantes do Curso de Administração Autoria: Manolita Correia Lima, Viviane Riegel, Pietro Carmignani, Ricardo Garcia, Fabio Matsunaka Resumo A pesquisa teve o objetivo de conhecer as motivações que justificam o crescente interesse dos estudantes pelos programas de formação internacional. A investigação se concentrou em estudantes e egressos do curso de Administração, oferecidos no Brasil, participantes de programas de intercâmbio, levando em conta o seguinte questionamento: qual é o perfil do intercambista, o tipo de intercâmbio realizado, o destino preferido, os motivos da preferência, o tempo médio envolvido? Quais motivações justificaram a participação em programas de mobilidade espontânea e quais os resultados pessoais e profissionais alcançados? A pesquisa foi realizada com base no método survey, o questionário incluiu 27 questões, foi distribuído por , utilizando o banco de dados dos associados da Brazilian Educational & Language Travel Association. Os resultados têm caráter exploratório em virtude das características da amostra. O grupo é predominantemente formado por jovens, de ambos os sexos, que participaram de programas de intercâmbio durante a graduação. Estão vinculados a instituições paulistanas, respeitadas na área de Administração. Apesar de efetivados em sólidas empresas nacionais e multinacionais e ter renda própria, residem com os pais e estes assumem papel preponderante nas decisões relativas ao planejamento do programa. Preferem países ricos, de língua inglesa, localizados no hemisfério norte, com reputado sistema de educação. Apesar do avançado nível de proficiência da língua inglesa, preferem escolas e cursos de língua (inglesa) de curta duração, oferecidos durante as férias. 1. Introdução A investigação cujos resultados estão aqui reunidos objetivou conhecer as motivações que justificam o crescente interesse da população estudantil por programas de formação internacional, particularmente o intercâmbio acadêmico. Sintomaticamente, o tema tem conquistado espaço no cinema 1, motivado produções literárias 2 e acadêmicas, justificando levantamentos mundiais por parte de organismos internacionais 3, revelando que o fenômeno não é recente, mas que contemporaneamente envolve amplos setores da população (NOGUEIRA et al. 2008, p. 356) e mobiliza diferentes atores em razão da multiplicidade de motivações e interesses implicados (LIMA, CONTEL, 2009, p. 6). Por isso tem ganhado diversos formatos: mobilidade institucionalizada / espontânea (BALLATORE; BLÖSS, 2008, p.17); interna / externa; horizontal / vertical; curta, média ou longa duração etc. (DERVIN,BYRAM, 2008, p. 9). Os programas de mobilidade estudantil são genericamente nomeados de intercâmbio internacional, incluem formatos tão diversos quanto os estágios lingüísticos, realização de disciplinas ou cursos superiores e de high school (PRADO, 2004; NOGUEIRA, 2004). O programa de intercâmbio acadêmico se caracteriza por um séjour de estudo, concretizado por estudantes interessados em aperfeiçoar o domínio de uma língua estrangeira, participar de disciplinas que integram o currículo de determinado semestre escolar, ou realizar curso oferecido por uma instituição de educação, podendo se estender por até 12 meses, diferenciando intercambistas de turistas. A organização do programa pressupõe o retorno do estudante ao país de origem, tão logo as atividades previstas sejam concluídas, distinguindo intercambistas de imigrantes (CICCHELLI, 2008, p. 144). Com a intensificação da mobilidade acadêmica e o aperfeiçoamento dos levantamentos de dados sobre o fenômeno, observa-se que: a. o fluxo de estudantes internacionais é desequilibrado à medida que desperta mais interesse entre a população estudantil oriunda dos países periféricos e semiperiféricos (China, Índia, República da Coréia, Turquia, Marrocos, México, Brasil, etc.) do que a dos países do centro da economia-mundo enquanto os EUA acolhem 26% da população estudantil internacional, enviam 2% (UNESCO, 2008). b. as motivações que justificam o investimento financeiro e emocional envolvido na realização do programa são múltiplas em razão da heterogeneidade da população 1

2 formada pelos intercambistas, expressa tanto no plano geográfico, quanto sócioeconômico e intelectual (capital intelectual original) (CICCHELLI, 2008). Assim, recorrentemente, intercambistas são confundidos com trabalhadores imigrados disfarçados (CHARLE et al., 2004, p. 967), preocupados em legitimar a sua permanência no país de acolhimento e respectiva aceitação social assumindo o status de estudante. Confusão que tem implicado na discussão/adoção de uma política de imigração restritiva por parte de países do centro da economia-mundo e de maiores exigências para a expedição de documentos que regularizem a permanência do estudante no país de acolhimento. Chama-se atenção para o fato de vários países da União Européia transferirem a responsabilidade pela definição da política de imigração para o Parlamento Europeu. Os números consolidados (seja por instituição, programa, país ou região) são tão impressionantes (em 2006 eram estudantes internacionais em circulação) que levam autores a anunciar un nouvel ordre éducatif mondial (LAVAL; WEBER, 2002) e a assegurar que la mobilité académique [...] semble être devenue incontestablement une composante des paysages éducatifs de la plupart des pays du monde (DERVIN, BYRAM, 2008, p. 9). Apesar de ser uma afirmativa incontestável, seu conteúdo omite o fragrante desequilíbrio que marca a mobilidade estudantil, particularmente entre Norte e Sul, países centrais e periféricos. Reforçando o que Magali Ballatore e Thierry Blöss (2008, p. 25) nomeiam de affinité sélective, uma espécie de hierarquia que se traduz não apenas na escolha do país de destino (reforçando a desigualdade da força simbólica existente entre as nações WAGNER, 1998), mas no acesso a determinadas instituições (mais antigas, reputadas e seletivas), áreas de conhecimento (mais valorizadas pelo mercado de trabalho), e respectivos impactos sobre a ascensão sócioeconômica dos estudantes em mobilidade (inégalités de prestige 4 ). Da década de 1990 em diante, percebe-se alguma evolução no número de instituições de educação superior brasileiras que dispõe de algum profissional (ou setor) responsável pela divulgação de programas de intercâmbio internacional (LIMA et al., 2008). Em parte isso se deve à pressão exercida pelos estudantes, que em número crescente planejam uma experiência internacional de estudo ainda na graduação (NOGUEIRA et al., 2008). Considerando que a área de Economia e Gestão é tradicionalmente uma das mais procuradas por estudantes internacionais, parece contributivo investigar qual é o perfil do estudante intercambista, vinculado a cursos de graduação em Administração, oferecidos por instituições públicas e privadas, distribuídas no território brasileiro? Qual seria o tipo de intercâmbio internacional realizado, o destino preferido, os motivos da preferência e o tempo médio envolvido? Quais as motivações que justificam o investimento em programas de mobilidade espontânea e quais os resultados pessoais e profissionais que acreditam ter alcançado com a experiência? Nos limites deste texto, mobilidade espontânea é aquela em que os estudantes decidem investir em algum programa de formação internacional e, sem qualquer suporte acadêmico e/ou financeiro de agências governamentais, escolhem o país de acolhimento, a instituição que pretendem freqüentar e a atividade que desejam desenvolver (disciplina ou curso) e, individualmente, criam as condições que viabilizam a experiência. Apesar de este formato de mobilidade dificultar a estatística da população estudantil envolvida, tem crescido sobremaneira na medida em que: a. poucos países desenvolveram programas de incentivo à mobilidade acadêmica promovendo reformas universitárias capazes de harmonizar diplomas e facilitar os respectivos processos de validação (BILLAUD, 2007, p. 22). Número ainda menor criou efetivos mecanismos de financiamento público, capazes de promover não apenas a circulação de representantes da elite econômica, mas, sobretudo, da elite escolar. Sendo assim, para a maioria, a experiência requer o financiamento privado das despesas incluídas no deslocamento, curso e séjour (NOGUEIRA et al., 2008, p. 369); 2

3 b. apesar de a globalização da economia, associada à reestruturação do trabalho e às crescentes taxas de desemprego, particularmente entre os jovens, requerer outro perfil de trabalhador, parte expressiva dos países periféricos e semi-periféricos ainda não alcançou a massificação do acesso à educação superior. Neste caso, a mobilidade dos jovens se revela mais uma necessidade do que uma opção seja no sentido de adiar seu ingresso no mercado de trabalho ou no sentido de ampliar a empregabilidade com a experiência internacional (BALLATORE; BLÖSS, 2008, p. 38). c. o crescimento das taxas de escolarização, associado ao acesso de novos públicos à educação superior, em diversos países, engendram a desvalorização dos certificados escolares (NOGUEIRA et al. 2008, p. 371). Assim, antigos e novos estudantes tendem a direcionar suas estratégias escolares para níveis mais altos e diferenciados do sistema escolar. Nas palavras de Andréa Aguiar (2009, p. 73), a massificação escolar e a perda do distintivo dos diplomas [...] teriam acentuado a demanda atual por novos atributos na formação. Assim, a mobilidade geográfica passaria a ser interpretada como competência desejada da prática do saber-fazer, avaliada como triunfo individual e pessoal, num contexto em que o cosmopolitismo se impõe como saber ou necessidade cultural, em contraposição à imobilidade e ao confinamento nacional. d. com o desinvestimento em educação superior, as universidades (públicas e privadas) que se notabilizaram no cenário mundial estão cada vez mais pressionadas a diversificar a oferta de serviços educacionais e a atrair estudantes solvíveis como forma de ampliar a margem de autofinanciamento. É neste contexto que o protagonismo do mercado confere à mobilidade acadêmica uma lógica mercantil, capaz de substituir solidariedades acadêmicas por competitividade, no enfrentamento dos desafios presentes no mundo globalizante (CHARLE et al., 2004, p. 968). Na intenção de pormenorizar estas idéias, o texto foi estruturado em três partes: a primeira descreve os recursos metodológicos explorados; a segunda faz a síntese da revisão da literatura; e a terceira descreve e interpreta os dados resultantes de levantamento realizado de acordo com os procedimentos preconizados pelo método survey. 2. Descrição dos Procedimentos Metodológicos A pesquisa foi desenvolvida com a exploração de recursos típicos do método survey. Assim sendo, entre os meses de janeiro e fevereiro de 2009 o instrumento de coleta foi elaborado, testado e aperfeiçoado, para entre os meses de março e abril ser aplicado, utilizando-se do sistema on-line disponível em O questionário incluiu 27 questões, distribuídas em quatro blocos de perguntas: o primeiro deles permitiu o desenho do perfil dos respondentes; o segundo ajudou na identificação do tipo de intercâmbio internacional preferido; o terceiro colaborou para se descobrir o destino escolhido, os motivos da preferência, e o tempo médio de permanência no exterior; e o quarto permitiu se conhecer as motivações que justificam o investimento em programas de mobilidade espontânea e o mapeamento dos resultados pessoais e profissionais alcançados. O instrumento de coleta envolveu dois tipos de questões: aquelas que solicitavam informação foram elaboradas em forma de múltipla escolha e, dentro do possível, a sua formulação respeitou a estrutura semi-aberta, na tentativa de inibir processos de indução, levando em conta o reduzido número de alternativas de respostas. E aquelas que envolviam avaliação fizeram uso de uma escala que variou de zero a sete, conforme o grau de concordância. O acesso ao instrumento de coleta ocorreu por , enviado para o banco de dados dos associados da Brazilian Educational & Language Travel Association (BELTA). O filtro utilizado considerou estudantes e egressos dos cursos de graduação de Administração, oferecidos por instituições distribuídas em todo o território nacional, que participaram de algum programa de intercâmbio, com duração igual ou superior a três meses. Visto que a 3

4 amostra está limitada a 90 respondentes e foi obtida por meio de critérios não probabilísticos e por conveniência, os resultados alcançados não ultrapassam o caráter exploratório. 3. A Mobilidade Acadêmica origem e evolução Historicamente as viagens fazem parte de um conjunto de iniciativas que contribuem para a socialização internacional das classes superiores a exemplo do grand tour aristocratique (WAGNER, 2007). Nesta direção, a mobilidade dos acadêmicos não é um fenômeno recente, fruto do incremento tecnológico associado à globalização econômica, e à elevação do padrão de competitividade e concorrência entre as economias dos países e regiões do mundo. Guadilla (2005, p. 16) assegura que a natureza universal do conhecimento, combinada à tradição de cooperação acadêmica, no desenvolvimento de atividades de ensino, desde a Antiguidade, são fatores que contribuíram para imprimir caráter intrinsecamente interterritorial às universidades e às instituições de educação que as precederam. Interterritorial porque a emergência do Estado-nação ocorre em período posterior, por conseguinte, tais instituições funcionavam em cidades Bolonha (1088), Paris (1125), Oxford (1167), Salamanca (1218) etc ainda não separadas por fronteiras nacionais. Assim, desde a Idade Média, o pereginatio academica correspondia a viagens realizadas por acadêmicos desejosos de estudar com autoridades no tema de especial interesse, em uma ou mais regiões da Europa. Esta mobilidade acontecia pela confluência de diversos fatores: a notabilidade conquistada por alguns professores em determinados temas (a), a existência de uma elite sócio-econômica disposta a desfrutar de alguma experiência inter-regional, apesar da precariedade dos meios de transporte e acomodações disponíveis (b), a convergência de currículos definidos e controlados pela Igreja (c), além do uso corrente do latim no ambiente educacional, facilitando a comunicação entre os atores (d) (CHARLE; VERGER, 1996). Com a formação do Estado-nação, a mobilidade acadêmica não foi interrompida porque os governos se viram pressionados a investir na formação de quadros naquelas áreas descobertas pelo sistema nacional de educação (LIMA; CONTEL, 2009). Com o término das Grandes Guerras, a mobilidade de professores europeus para universidades estadunidenses inaugura a internacionalização da educação como estratégia capaz de incrementar o desenvolvimento. Desde então, o número de acadêmicos originários de países da periferia ou semiperiferia da economia-mundo só tem crescido na direção dos grandes centros, corroborando as idéias de Octávio Ianni (2005) a abertura para o exterior, o contato com outras culturas, e o domínio de línguas estrangeiras são aspectos importantes da formação de elites cosmopolitas. No contexto das famílias pertencentes à bourgeoisie d affaires, as viagens permitem aos jovens experimentarem a dimensão internacional do patrimônio familiar e assimilar elementos típicos do savoir être e do savoir faire constitutivos da identidade burguesa. De alguma forma, as experiências decorrentes dos deslocamentos contribuem para formar o esprit d entreprise próprio das lideranças internacionais, além de capacitar os viajantes para ocupar posições de comando (WAGNER, 2007). Essas idéias são fortalecidas pelos resultados de pesquisa realizada por Alexandre Douek e Alexandre Zylberstajn (2007), que investigaram a relação existente entre intercâmbio internacional e empregabilidade. Os autores concluíram que, para os empregadores, mais do que ampliar o capital intelectual, a mobilidade internacional contribui para o desenvolvimento de atitudes valorizadas pelo ambiente de trabalho na medida em que promove o amadurecimento emocional dos jovens. E pelo fato de os referidos programas variarem em extensão de tempo (de três a doze meses), é crescente o número de estudantes que organiza diversos séjours de estudo ao longo da formação universitária (graduação e pós-graduação), e no conjunto tais experiências exerçam influência na passagem para a idade adulta. Nas palavras de Vincenzo Cicchelli (2008, p. 139), un séjour allant de trois mois à un an pourrait être vécu comme un moment d experimentation intense 4

5 des marges d autonomie, en raison de l eloignement important des jeunes du lieu de résidence des parents. A valorização da experiência como um traço de distinção estimula crescente número de famílias brasileiras a investir na formação internacional dos filhos acreditando que ela contribui para o desenvolvimento pessoal, o sucesso escolar e a inserção profissional (NOGUEIRA et al., 2008; PRADO, 2004), na medida em que promove adequação da mão de obra qualificada ao novo espírito do capitalismo (SENNETT, 1999). Levando-se em conta que as fronteiras sempre estiveram abertas para as elites políticas, econômicas e intelectuais não se pode afirmar o mesmo em relação aos trabalhadores pouco qualificados, afinal, a mobilidade das pessoas tende a acompanhar a dinâmica dos investimentos em escala planetária (WAGNER, 1998, p.11). A internacionalização das economias promove a emergência do manager international, declaradamente comprometido com a defesa de interesses comuns, sintonizados com negócios desenvolvidos em âmbito mundial (WAGNER, 1998, p.13). Ao aprofundar o conceito de internacionalisme professionnel, Émile Durkheim (1928) assegura que a aproximação entre os indivíduos, decorrente de afinidades profissionais, engendra a formação de sociedades internacionais que reúnem categorias profissionais específicas, cada vez mais especializadas e orientadas por interesses que ultrapassam a dimensão nacional. Em seus termos, les sentiments et les intérêts professionnels sont doués d une bien plus grande universalité; ils sont beaucoup moins variables de pays à pays pour une même catégorie de travailleurs, tandis qu au contraire ils sont très différents d une profession à l autre au sein d un même pays (DURKHEIM, 1928, p. 133). Conseqüentemente, entre o que a literatura nomeia de peregrinatio accademica (RIDDER-SYMOENS, 1996, p. 279) e mobilidade acadêmica no contexto da internacionalização da indústria da educação (SCOCUGLIA, 2008; TEODORO, 2003) é possível identificar diferentes atores (Estado, universidades, organismos internacionais multilaterais, empresas voltadas para o turismo e para difusão de conhecimento, famílias, estudantes, professores, pesquisadores, profissionais qualificados etc.) e interesses envolvidos (culturais e acadêmicos, políticos, econômicos e comerciais KNIGHT, 2005, p. 26). A crescente importância econômica e política conquistada pelo conhecimento e pela educação correspondem a fatores desencadeadores de mudanças significativas sobre a forma pela qual a educação é pensada e organizada por países e atores implicados. Nas palavras de Cláudio Porto e Karla Régnier (2003, p. 6), Quando se trata da passagem do modelo de desenvolvimento industrial para o informacional, o qual se faz acompanhar por intenso movimento de transformação nas dimensões econômica, política, social e cultural das sociedades, percebe-se que a capacidade de produzir, interpretar, articular e disseminar conhecimentos e informações passa a ocupar espaço privilegiado na agenda estratégica dos setores produtivos e dos Estados: a vantagem competitiva de um país em relação a outro começa a depender da capacitação de seus cidadãos, da qualidade dos conhecimentos que estes são capazes de produzir e transferir para os sistemas produtivos e da capacidade de aplicação/ geração de ciência na produção de bens e serviços. A mobilidade das pessoas principal manifestação da internacionalização no âmbito educacional (KNIGHT, 2005) figura um tema incluído na agenda internacional dos pesquisadores, e não são modestos aqueles empenhados em localizar e entender os aspectos que influenciam verdadeira legião de jovens a decidir por uma formação internacional. Entre outros, quatro autores/textos são particularmente contributivos para a discussão da questão: Kurt Larsen e Stéphan Vincent-Lancrin (2002); Marie-Claude Muñoz (2004); Mohamed Harfi (2004); Mohamed Harfi e Claude Mathieu (2006). Pelo fato de convergirem em algumas conclusões é possível consolidar os respectivos resultados em vinte aspectos e distribuí-los 5

6 em quatro categorias: motivações de ordem sociocultural, acadêmica, econômico-comercial e político-administrativo. Quadro n.1: Aspectos que influenciam na mobilidade internacional dos estudantes FATORES Sociocultural Acadêmicocultural Econômicocomercial Político/Adminis trativo ASPECTOS 1 Língua oficial do país de destino (preferencialmente a língua inglesa). 2 Proximidade geográfica e cultural entre o país de origem e de destino, assim como ligações históricas pré-existentes. 3 Presença de grupos de referência capazes de estimular a formação de redes de relacionamento e de aproximar antigos, atuais e potenciais acadêmicos do país de origem no país de acolhimento (ex.: associações de ex-alunos, ex-bolsistas, estudantes, professores, pesquisadores etc.). 4 Qualidade de vida e atratividade cultural existente no país de destino: estabilidade política, segurança pública, aspectos climáticos, diversidade de ecossistemas, atividades culturais e turísticas etc. 5 Limitações na oferta de programas e cursos no sistema de educação do país de origem. 6 Equivalência do diploma expedido pelo país de origem, no país de destino. 7 Efetiva possibilidade de estudantes internacionais terem acesso aos cursos desejados no país de destino (inexistência de numerus clausus). 8 Reputação e percepção de qualidade do sistema educativo, em geral, e dos estabelecimentos educacionais, em particular, existentes no país de destino, em relação ao país de origem. 9 Existência de programas bi/multilaterais entre instituições de educação, países ou regiões (a exemplo do Erasmus, Sócrates, Leonardo, Tempus, Língua, entre outros). 10 Existência de política de bolsa de estudo, bolsa de pesquisa e estágio. 11 Validação do diploma expedido pelo país de destino, no país de origem. 12 Ligações econômicas pré-existentes entre os países que enviam e acolhem acadêmicos. 13 Custo de vida no país de destino. 14 Comparação entre os custos financeiros envolvidos (taxas de inscrição, mensalidade escolar, material escolar etc.) na formação oferecida nos países de origem e de destino. 15 Existência e acesso à infra-estrutura destinada a estudantes internacionais: política de financiamento da mobilidade estudantil (concessão de bolsas ou de estágio remunerado), seguro de saúde, alojamento para estudante, restaurante universitário, oferta de curso de língua etc. 16 Valorização das competências desenvolvidas pelas instituições do país de destino. 17 Valor dos diplomas expedidos pelo país de destino no mercado de trabalho. 18 Possibilidade de trabalhar durante o séjour de estudo e obter algum recurso financeiro. 19 Existência de oportunidades no mercado de trabalho e possibilidade de permanecer no país de destino após o término do curso. 20 Política de imigração que facilite a obtenção de visto de estudante no país de destino. Fonte: Adaptado de Larsen; Vincent-Lancrin (2002, p.20-22); Muñoz (2004); Harfi (2004, p.2); Harfi; Mathieu (2006, p. 36). De acordo com os autores consultados, a língua corresponde a um fator relevante na escolha do país de destino. Esta assertiva é corroborada pelos números divulgados: em 2006, dos seis destinos mais procurados pelos estudantes internacionais, quatro eram anglo-falantes: Estados Unidos (22%), Reino Unido (11%), Alemanha (10%), França (9%) e Austrália (6%) (UNESCO, 2008). O interesse em aprender a língua inglesa é reforçado nos resultados de estudos realizados no Brasil por Aguiar (2009), Nogueira et al., (2008, 2004); Douek e 6

7 Zylberstajn (2007), Almeida (2004), Prado (2004), entre outros, atestando a hegemonia da língua inglesa no ambiente escolar. Tabela nº.1: Principais Países Receptores de Estudantes ( ) PAÍSES ESTADOS UNIDOS REINO UNIDO ALEMANHA FRANÇA AUSTRÁLIA CANADÁ Fonte: Recueil de Données Mondiales sur l Éducation. Institut de Statistique/UNESCO, 2003, 2004, 2005, 2006, Na América latina a situação não é distinta considerando o ano escolar de 2006, entre os seis países latino-americanos que enviaram maior contingente de estudantes para o exterior, todos eles têm como primeiro destino os Estados Unidos (UNESCO, 2008). Chama-se atenção para o fato de os países de línguas coloniais inglês, espanhol, francês e alemão, por exemplo manterem a liderança na atração de estudantes internacionais. Tabela nº.2: Destino dos Estudantes latino-americanos (2006) PAÍSES N.estudantes enviados Destino 1º Destino 2º Destino 3º Destino 4º Destino 5º MÉXICO USA Reino Unido Espanha França Alemanha BRASIL USA França Portugal Alemanha Reino Unido COLÔMBIA USA França Venezuela Alemanha Espanha 929 PERU USA Espanha Cuba Itália 993 Alemanha 737 VENEZUELA USA Cuba Espanha 595 Portugal 480 França 393 ARGENTINA USA Espanha 975 França 746 Alemanha 549 Cuba 454 FONTE: Recueil de Données Mondiales sur l Éducation. Institut de Statistique/UNESCO, No Brasil é crescente o número de brasileiros que investe tempo e recursos em programas de intercâmbio enquanto em 2004 eram 40 mil, em 2008 o número mais que dobrou: 85 mil estudantes. O interesse pela língua inglesa não está em descompasso com o resto do mundo: 81,5% dos destinos escolhidos pelos intercambistas brasileiros convergem para países anglo-falantes ( consultado em maio de 2008). 4. Descrição e interpretação dos dados O exercício que envolve descrição e interpretação dos dados resultantes da tabulação do questionário aplicado está organizado em três partes: inicialmente, aprofundar-se-ão aspectos relacionados ao perfil do respondente, na expectativa de o conteúdo colaborar para a interpretação dos dados relativos à formação universitária, às motivações que justificaram a decisão de participar de um programa de intercâmbio internacional e, finalmente, à percepção dos principais resultados alcançados com a experiência. 4.1 Perfil Sócio-Econômico dos Respondentes Os dados revelam que a população que participa dos programas de intercâmbio internacional é muito jovem: do total de 90 respondentes, pouco menos de três quartos (69,7%) têm idade que varia entre 17 e 27 anos. Resultados diferentes daqueles encontrados por Sandrine Billaud (2007, p. 26), ao estudar o público estudantil acolhido pelas universidades francesas. A faixa etária mais bem representada pelos estudantes internacionais na França tem 7

8 mais de 25 anos. Possivelmente isso ocorre porque a pesquisadora incluiu estudantes envolvidos com graduação e pós-graduação, desde que bolsistas do programa Erasmus. Os dados reforçam uma tendência mundial de antecipação do início da formação internacional. Até a metade da década de 1990, a matrícula de estudantes internacionais se concentrava em programas de pós-graduação stricto sensu, de 1995 em diante este quadro vem se modificando, e atualmente a preocupação de investir em formação internacional ocorre cada vez mais cedo, entre representantes de estratos sócio-econômicos privilegiados. Dados referentes ao ano escolar de apontam que no Reino Unido e na França a procura por cursos equivalentes à graduação correspondia a quase metade da matrícula internacional (77% e 49,9%, respectivamente); na Austrália o percentual atinge um pouco mais da metade (56%); e na Alemanha a quase três quartos (69,5%) (AGENCE CAMPUS FRANCE, 2008). Tabela nº.3: Matrícula Internacional por Nível de Formação ( ) Nível de Formação EUA Reino Unido França Alemanha Austrália GRADUAÇÃO 29,2% 47% 49,9% 69,5% 56% MESTRADO 21% 37,7% 15,7% DOUTORADO 19% 12,4% 8,4% MESTRADO+DOUTORADO 40% 52,4% 50,1% 24,1% 44% Fonte:Agence CampusFrance. Les étudiants internationaux: chiffres clés Refletindo a pouca idade dos respondentes e a tendência de estabelecerem relações estáveis quando houver substantivo progresso profissional, observa-se que a maioria reside com os pais (57,8%) apenas 15,6% vivem sozinhos e 12,2% com o cônjuge, reforçando um comportamento recorrente entre os jovens brasileiros oriundos de estratos sócio-econômicos privilegiados. Apesar disso, a maioria possui renda própria e pode assumir a sua existência com mais autonomia apenas 6,7% não trabalham (52,2% têm cargo efetivo em uma empresa, 22,2% trabalham em negócio próprio ou familiar e 21,1% são estagiários). Assim, fazem parte do grupo de jovens cangurus trata-se de pessoas que trabalham e têm renda própria, no entanto resistem à idéia de deixar a residência dos pais e perderem o conforto recebido no domicílio familiar, mesmo que para isso adiem responsabilidades típicas de quem conquistou independência e autonomia pessoal. Segundo o instituto de pesquisas LatinPanel, o Brasil tem 3,3 milhões de famílias (pertencentes às classes A e B) com filhos cangurus: todos têm formação superior e a maioria se encontra na faixa dos 25 a 30 anos (62%) (ROMANINI, 2009). Muito mais de três quartos dos respondentes (84%) participaram de um programa de intercâmbio internacional durante o curso de graduação. Este dado ajuda a entender a faixa etária predominante e a forte participação da família nas escolhas dos intercambistas tanto no que se refere ao país de destino, quanto à instituição de educação e à natureza das atividades realizadas. Aspecto não retratado pela literatura internacional, mas que vai ao encontro dos resultados de recente pesquisa realizada por Maria Alice Nogueira (2004) tendo o estudante brasileiro, filho de empresários, como alvo. A autora chama atenção para o fato de o discurso dos pais minimizar aspectos considerados negativos da experiência internacional dificuldades de adaptação (clima, alimentação, língua etc.), sentimento de discriminação, solidão e saudades da família e amigos etc. (NOGUEIRA et al., 2008, p. 367). Em contatos com ex-intercambistas, percebe-se o desenvolvimento de um mecanismo de hiper-valorização da experiência que aumenta a atenção para os respectivos certificados ou diplomas recebidos. A quase totalidade dos respondentes (91%) prefere países e instituições que tenham o inglês como língua oficial. Esta preferência certamente explica porque 66,3% informam ter estudado em escolas de idioma e 72,9% em instituições que tenham o inglês como língua oficial. Tanto quanto os participantes da pesquisa realizada por Ceres Leite Prado (2004), acreditam que o domínio da língua inglesa confere status e amplia as chances de empregabilidade entre os falantes. O protagonismo do domínio de uma língua estrangeira também está presente nos resultados da pesquisa de Elisabeth Murphy-Lejeune (2000) que 8

9 identifica a promoção do desenvolvimento lingüístico e cognitivo, a aquisição de competências sociais e a aprendizagem intercultural como as principais conquistas dos programas de intercâmbio internacional. O fato de 66,3% ter freqüentado escolas de idiomas revela estreita relação com o formato do curso realizado: cursos de língua, de curta duração (variam entre um e três meses), realizados durante o período de férias (45,9%). Maria Alice Nogueira (2004) chama atenção para o fato de os pais empresários, apesar de reconhecerem e valorizarem o lucro simbólico potencialmente proporcionado por uma experiência de estudos no exterior, não se interessarem por formatos de cursos mais longos. Preferem financiar sucessivas viagens internacionais de curta duração, acreditando que não ameaçam o destino profissional dos filhos. Em suas palavras, eles temem as conseqüências de uma estadia internacional prolongada que possa, eventualmente, afastar (material e mentalmente) o jovem de seu destino e vocação empresarial (o gosto pelos negócios) (NOGUEIRA, 2004, p. 52). Talvez isso tenha relação com o fato de poucos associarem o intercâmbio internacional à prospecção de cursos de pós-graduação (23%) ou à prospecção de estágio internacional remunerado (20%), apesar de figurarem projetos ajustados à idade, curso, área de atuação profissional e à categoria socioeconômica de grande parte dos respondentes. Atitude que revela a dificuldade de os jovens formularem projetos na direção do conceito desenvolvido por Jean-Pierre Boutinet (1993) que envolvam o médio e longo prazos e possivelmente isso reflita no que Richard Sennett (1999) nomeia de desenraizado e Zygmunt Bauman (1998) de turista, ou seja, indivíduos que vêem o mundo como espaço de circulação permanente e têm dificuldades de projetar o futuro com base nas condições de vida presente. No entanto, preocupações de curto prazo são esboçadas quando informam aspectos que motivaram a realização do intercâmbio: melhorar o currículo (45%) e desenvolver competências relacionadas à carreira profissional (30,7%) motivações predominantemente utilitaristas. Os respondentes não nutrem interesse por destinos que estejam fora das rotas tradicionais dos intercambistas. Possivelmente sejam influenciados por agentes de viagem a optar por programas que fazem parte do portifólio de produtos disponíveis na agência. Coerentes com os dados anteriores, entre os cinco países preferidos EUA (37,1%), Reino Unido (16,9%), Austrália (14,6 %), Canadá (13,5%) e Espanha (7,9%), quatro são anglofalantes. Os países que acolheram os respondentes têm em comum: sistemas educacionais que ultrapassaram o nível da massificação (a); instituições de educação superior bem classificadas nos rankings mundiais (b); governos que institucionalizaram agressiva política de divulgação do sistema de educação nacional (c); reconhecida experiência na recepção de estudantes internacionais (infra-estrutura e segurança) (d) - aspectos relevantes quando 36,1% dos respondentes asseguram que a escolha do país de destino se deveu àquele aprovado pelos pais. Cabe esclarecer que enquanto a literatura acadêmica nacional confere expressiva participação dos pais na decisão de investir numa experiência internacional, a literatura internacional não reserva qualquer espaço à discussão da questão. Consoante à crescente participação da mulher em cursos superiores e respectiva inserção no mercado de trabalho, se constata que entre os respondentes há paridade entre garotos e garotas: 51,1% são do sexo feminino e 48,9% do masculino. Em mais este aspecto, os dados contrariam os resultados do estudo de Billaud (2007, p. 25), tendo a população estudantil recepcionada pela França, no âmbito do programa Erasmus, como amostra. Segundo a autora, o número de garotas é predominante em praticamente todos os países dans tous les pays, les filles sont plus nombreuses que les garçons. Dans les pays suivats: Danemark, Finlande, Irland, Grèce et Pays-Bas, le nombre de filles accueillies en France est deux fois plus élevé que les garçons. La Pologne envoie même quatre fois plus de filles que de garçons. 9

10 4.2 Formação Universitária vínculo institucional Considerando a totalidade dos respondentes, 49,4% são egressos de cursos superiores de Administração e 50,6% são estudantes do curso de graduação em Administração que realizaram algum programa de intercâmbio internacional. Apesar de o instrumento ter sido divulgado por meio de um sistema on-line, disponível em e o seu acesso ter ocorrido por s enviados para o banco de dados nacional dos associados da BELTA, observa-se que grande parte dos respondentes estuda na cidade de São Paulo, em instituições de destaque na área de Administração. Esta constatação foi possível porque houve a indicação do nome da instituição que estão ou estiveram academicamente vinculados: Escola Superior de Propaganda e Marketing, Faculdade Armando Álvares Penteado, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Fundação Getúlio Vargas, Instituto de Ensino e Pesquisa, Pontifica Universidade Católica de São Paulo e Universidade Presbiteriana Mackenzie. Quais os significados possíveis de associar à origem institucional dos respondentes? a. A cidade de São Paulo abriga instituições que selecionam os ingressos por mérito acadêmico (vestibular) e por perfil sócio-econômico (taxas escolares), o que explica a crescente mobilidade internacional de parte expressiva do corpo discente durante a graduação. Esta observação é reforçada ao registrarem os aspectos que levaram em consideração na escolha do país de destino na medida em que os custos envolvidos (21,1%), estabilidade da moeda local (25,7%) ou a possibilidade de compatibilizar atividades de estudo e trabalho (33,3%) obtiveram baixa representatividade entre as respostas. b. A competição no mercado de trabalho local é tão acirrada que precocemente os estudantes procuram investir em atividades que possam enriquecer o currículo e as chances de competir por boas oportunidades de efetivação. Esta observação é reforçada ao indicarem aspectos que motivaram a realização do intercâmbio (Tabela n.4): aperfeiçoar o conhecimento de uma segunda língua (76,6%); melhorar o currículo (45%), e desenvolver competências relacionadas à carreira profissional (30,7%). c. A cidade abriga empresas especializadas na organização de programas de intercâmbio que regularmente promovem produtos comercializados em colégios, faculdades e feiras, mobilizando estudantes interessados em obter informações. 4.3 Motivações que Justificam a Participação no Programa de Intercâmbio Os dados processados revelam que entre os fatores que influenciaram a decisão de investir em um programa de intercâmbio internacional, o principal deles reside no interesse de aperfeiçoar o conhecimento de uma segunda língua (com média de 6,42) e no desejo de concretizar uma vivência pessoal de natureza internacional (com média de 6,29 considerando uma escala que varia até sete pontos) (Tabela n.4). Tabela nº.4: Objetivos que motivaram o investimento do programa de intercâmbio Objetivos 1 (%) 2 (%) 3 (%) 4 (%) 5 (%) 6 (%) 7 (%) Rating Average Aperfeiçoar o conhecimento de língua estrangeira ,42 Vivência pessoal ,29 Conhecer outra cultura ,17 Conhecer outro país ,09 Melhorar o currículo ,68 Desenvolver competências relacionadas à profissão ,07 Prospectar alternativa de estágio internacional e remunerado ,73 Prospectar alternativas de pósgraduação ,39 Fonte: Questionários aplicados via SurveyMonkey Grupo Experimental (04/2009) 10

11 Os números estão em harmonia com os dados divulgados pela BELTA ( consultado em maio de 2008): enquanto em 2004 os cursos de idioma representaram mais de 75% do total de intercâmbios realizados, em 2008 eles alcançaram 81,5%. Na maioria das vezes, estudantes e famílias preferiam cursos de curta duração, envolvendo de um a três meses, realizados no período de férias. Coerentes com o interesse de aperfeiçoar o inglês, as rotas mais procuradas para a realização dos referidos cursos foram o Canadá, a Inglaterra, a Austrália e os Estados Unidos. Conhecer bem uma segunda língua permanece uma característica de distinção, particularmente em um país cujo acesso à educação superior está reservado a poucos em 2006 (MEC-INEP), a taxa de escolarização líquida foi de 12,1% e onde a maioria da população fala, lê e escreve mal a própria língua. Nas palavras de Ceres Leite Prado (2004, p. 69), os intercâmbios representam [...] uma nova etapa na reconstituição incessante das desigualdades escolares, já que eles permitem [...] a aprendizagem da língua nos países onde ela é falada, com toda a carga de distinção que isso acarreta. A preferência por programas de intercâmbio orientados para a realização de cursos de línguas, de curta duração, realizados nas férias, deve-se a múltiplos fatores: faixa etária prevalecente (a); formato melhor assimilável pelos estudantes e respectivas famílias (b), dificuldades de adaptação ao país (c), possibilidade de não comprometer o semestre escolar no Brasil (d); associação entre domínio de língua, inserção e ascensão no mercado de trabalho (e). Nogueira (2004) assegura que as escolhas referentes à língua estrangeira e ao país de destino dos potenciais intercambistas são fortemente influenciadas pela família, justamente o agente que viabilizará financeiramente a participação dos estudantes nos cursos. Os critérios utilizados refletem a formação socioeconômica da família e, via de regra, estão relacionadas a variáveis sócio-culturais (hierarquia das línguas) e econômico-financeiras (custo-benefício). Esta constatação vai ao encontro das idéias de Calvet (1999, apud PRADO, 2004, p. 67), quando o Autor argumenta que poucas línguas conferem mais valia no mercado lingüístico, conseqüentemente, quanto mais Governo e famílias atribuem valor comercial a algumas, maior é o número de falantes e maior é a sua importância política e econômica. A busca de uma experiência pessoal pode estar associada a aspectos individuais mesmo por pouco tempo, se deslocar para outro país, perder os pontos de referência, enfrentar problemas novos, experimentar situações que exigem independência, maturidade e responsabilidade, sem a tutela da família - que representam desafios que podem elevar a autoestima, autoconfiança e a auto-aprendizagem dos jovens (SILVA; ROCHA, 2008; CICCHELLI, 2008). No texto de Vincenzo Cicchelli (2008, p. 154) há o resgate do pronunciamento de Guillaume estudante francês que contabilizava quatro séjours internacionais (Grã-Bretanha, Alemanha, Suécia e Polônia) e finalizava o mestrado. Guillaume parle alors d une croissance de confiance en soi, d un sentiment de supériorité à l égard de ses camarades restés en France, de son irritation à l égard de jugements superficiels émis à l encontre des autres peuples. Tanto quanto les grands tours, o intercâmbio internacional funciona como uma espécie de rito de passagem necessário para outras experiências que virão com a vida adulta e as exigências de uma economia em ritmo de globalização: estágio internacional, programas de expatriação e impatriação etc. A valorização da experiência é reforçada com a convergência do discurso proferido por colegas, empresas que estagiam, literatura que lêem jornais e revistas de grande circulação, artigos e livros acadêmicos à medida que todos reafirmam o que Ianni (2005, p.97) nomeia de intelectuais orgânicos do cosmopolitismo. 4.4 Escolha da Língua e do País de Acolhimento Consoante ao que já foi tratado em partes anteriores do texto, o interesse dos intercambistas está concentrado na aprendizagem do inglês. Quais são os dados que permitem a inferência? Questionados sobre as razões que justificaram a escolha do país de destino 11

12 (Tabela n.5), ter o inglês como língua oficial é a primeira opção com média de 5,25 de um total de 7,0. Coerentes com esta resposta, 91% dos respondentes escolheram países de língua inglesa entre os cinco destinos preferidos, quatro são países aglo-falantes. A Espanha foi o quinto destino na escolha dos respondentes e o único a não ter a língua inglesa como oficial. Curiosamente, 83,7% dos respondentes asseguram ter nível avançado de proficiência em inglês e isso ajuda a entender a escolha por cursos de curta duração, realizados durante as férias (45,9%). Na pesquisa realizada por Prado (2004, p ), a autora encontra situação semelhante: apesar de terem freqüentado cursos de inglês no Brasil, os estudantes justificavam o intercâmbio internacional realizado à determinação de aperfeiçoar o inglês. Por que isso acontece? Para Elisabeth Murphy-Lejeune (2000), enquanto um séjour no estrangeiro permite ao estudante a aprendizagem contextualizada da língua porque subordinada à prática social que envolve contatos dinâmicos e comunicação em tempo real, a aprendizagem em contexto escolar é limitada na medida em que o processo conduz o estudante a contatos superficiais e pouco autênticos com a língua. Billaud (2007, p. 27) chama atenção para o fato de aprender uma língua de forma vivenciada e contextualizada envolver não apenas questões lingüísticas, mas também aspectos interculturais acquérir des savoirs, savoirs-faire et savoirs-être sur la langue et la culture de l Autre permet gérer la différence, de la considérer comme acceptable et enchissante. Tabela n.5: Razões que motivaram a escolha do país de destino do intercâmbio Razões Rating (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) Average Ter como língua oficial o inglês ,25 Boa infra-estrutura de acolhimento ,05 Oferta de atividades compatíveis com ,23 nível intelectual dos estudantes Custos envolvidos ,2 Instituições reconhecidas no mercado ,12 de trabalho Facilidades de obtenção de visto % 6.8% ,89 Indicação de amigos ,72 Estabilidade da moeda local ,61 Possibilidade de compatibilizar estudo ,53 e trabalho Destino aprovado pelos pais ,5 Indicação da agência ,23 Proximidade geográfica com o Brasil ,76 Fonte: Questionários aplicados via SurveyMonkey Grupo Experimental (04/2009) 4.5 Percepção dos Principais Resultados do Programa de Intercâmbio Relacionando os objetivos que motivaram a realização do programa de intercâmbio (Tabela n.4) com a avaliação dos resultados alcançados (Tabela n.6), observa-se que a vivência pessoal ocupa lugar de destaque entre os respondentes: apesar de ter sido reconhecida como o segundo objetivo buscado com a realização do intercâmbio internacional, ela foi considerada o resultado mais significativo da experiência, uma vez que alcançou a média de 6,48, de um total de 7,0. Aqui, certamente a magia de conhecer outro país, outra cultura e, de algum modo, se auto-conhecer, são fatores que merecem destaque entre pessoas tão jovens (69,7% dos respondentes têm idade que varia entre 17 e 27 anos) e que ainda apresentam significativa dependência financeira e emocional vis-à-vis dos pais. O principal objetivo aperfeiçoar o conhecimento de uma segunda língua obteve a segunda melhor média de resultado, com 6,44 (Tabela n.6), também acima da média dos objetivos iniciais (Tabela n.4). Os significados que complementam a experiência relacionada a aspectos pessoais e culturais são as oportunidades de conhecer outro país e outra cultura, 12

13 ultrapassando um pouco a visão impressionista e estereotipada do turista, além de desenvolver conhecimentos que possibilitem diálogos com sociedades cada vez mais diversas, em termos culturais. Tabela nº.6: Significado/ Resultados do programa de intercâmbio Significado/ Resultados Rating Average Vivência pessoal ,48 Aperfeiçoar uma segunda língua ,44 Conhecer outra cultura ,41 Conhecer outro país ,34 Melhorar o currículo ,92 Desenvolver competências relacionadas à carreira profissional ,18 Prospectar alternativas de pósgraduação ,62 Prospectar alternativa de estágio internacional e remunerado ,62 Fonte: Questionários aplicados via SurveyMonkey Grupo Experimental (04/2009) Os aspectos relacionados não podem, no entanto, ser desconectados da própria possibilidade de melhoria de habilidades profissionais, pois esse também é um resultado desejado e percebido pelos respondentes, como consequência do desenvolvimento pessoal e da habilidade multilinguística. 4.6 Intercâmbio Cultural e Empregabilidade A relação entre intercâmbio e empregabilidade já investigada por outros pesquisadores (DOUEK; ZYLBERSTAJN, 2007; PRADO, 2004; MURPHY-LEJEUNE, 2000) é reafirmada em mais esta oportunidade: 82,8% asseguram que o domínio de língua estrangeira figura um dos critérios de seleção adotados pelos empregadores (Tabela n.7). Os resultados da pesquisa de Elisabeth Murphy-Lejeune (2000), tendo como alvo estudantes da Suécia, concluem que os empregadores preferem recrutar jovens que tiveram alguma experiência internacional. Ao elencar as justificativas apontadas pelos empregadores suecos aperfeiçoar competências lingüísticas (a), desenvolver sensibilidade intercultural (b) e capacidade de perceber o que ocorre sob diferentes ângulos (c), melhorar a capacidade de adaptação às mudanças (d), além de responder positivamente à necessidade de mobilidade internacional (e) percebe-se curiosa proximidade com os aspectos salientados pelos respondentes brasileiros, ao serem questionados sobre as exigências do empregador ao adotar processos seletivos (Tabela n.7). Contudo, é impossível extrapolar este resultado: para os estudantes britânicos, por exemplo, um séjour internacional não exerce influência sobre seus resultados acadêmicos, tampouco sobre suas aspirações profissionais (BALLATORE; BLÖSS, 2008, p. 29). Tabela n.7: Exigências do empregador ao fazer a contratação Exigências Percentual (%) Domínio de língua estrangeira 82.8 Senso de responsabilidade 67.2 Capacidade de resolver problemas 57.8 Capacidade de iniciativa 54.7 Capacidade de se adaptar em ambientes interculturais e multiculturais 50.0 Capacidade de diagnosticar problemas 43.8 Autonomia pessoal 31.3 Outra. 4.7 Fonte: Questionários aplicados via SurveyMonkey Grupo Experimental (04/2009) Apesar de muito jovens, de um pouco mais da metade (50,6%) ainda cursar a graduação no momento em que responderam ao instrumento de coleta, a situação profissional dos respondentes se revela bastante promissora: 52,2% afirmam ter cargo efetivo em uma empresa, 13

14 22,2% trabalham em negócio próprio ou familiar, 21,1% são estagiários, e apenas 6,7% não trabalham. Entre aqueles que estão trabalhando, percebe-se que estão vinculados a organizações bem estruturadas: 41,2% trabalham em empresas multinacionais, 23,5% em empresas nacionais, 23,5% em negócio próprio e 11,8% em empresas nacionais com atividades fora do país. Os sinais de êxito profissional também podem ser medidos pelo fato de quase metade (42,9%) trabalhar há mais de dois anos na mesma organização. Os dados corroboram a leitura que Prado (2004, p. 76) faz da questão quando a Autora associa a aquisição de uma segunda língua à idéia de um futuro promissor no mercado de trabalho. Assegurando ser este o principal objetivo dos pais ao decidirem pelo envio dos filhos para um período fora do País. Considerações finais Apesar de o grupo que voluntariamente participou da pesquisa ser predominantemente formado por jovens e apresentar clara paridade entre garotos e garotas, todos já tinham participado de algum programa de intercâmbio e para a maior parte deles a experiência aconteceu durante a graduação revelando que as experiências internacionais acontecem cada vez mais cedo na vida dos jovens, independentemente do sexo. Parte expressiva dos respondentes está vinculada a instituições localizadas na cidade de São Paulo, respeitadas na área de Administração. Coincidentemente, no momento em que respondeu ao instrumento, a grande maioria estava efetivada em sólidas empresas nacionais e multinacionais. Apesar de a grande maioria ter renda própria, continua residindo com os pais, fortalecendo uma tendência que se instalou recentemente entre as famílias brasileiras de renda elevada. Possivelmente isso tenha alguma relação com o papel exercido pelos pais nas decisões envolvidas com o planejamento do programa de intercâmbio: país de destino, instituição de acolhimento, tipo e formato da atividade, extensão do séjour de estudo, tipo de alojamento etc. Por razões utilitaristas, a grande maioria escolhe rotas tradicionais que incluem países ricos, localizados no hemisfério norte, que têm sistemas de educação reputados e o inglês como língua oficial. Apesar de a grande maioria assegurar ter nível avançado de proficiência da língua inglesa, prefere as escolas de línguas, cursos de língua inglesa de curta duração, oferecidos no período de férias. Com a evolução dos meios de transporte e das tecnologias de informação, a circulação de pessoas, mercadorias e capital forçou os membros de diversas culturas a conviverem e partilharem espaços geográficos, econômicos e políticos. Com a multipolaridade das esferas de poder, este encontro de culturas não pode mais significar o silêncio de muitas e a supremacia de poucas. Então emerge a necessidade de as sociedades multiculturais estabelecerem efetivo diálogo intercultural. Neste contexto, o multiliguismo tem exercido importância vital na medida em que permite a comunicação entre diferentes e o crescimento pela diferença. Contudo, o multilinguismo permanece limitado a poucos na medida em que as políticas educacionais ainda não conseguem criar as condições que favoreceriam seu pleno desenvolvimento e isso requer o investimento privado das famílias. Sensíveis a esta questão, os jovens e suas respectivas famílias percebem a importância que o multilinguismo exerce tanto no plano individual ampliação do capital intelectual, social e material quanto no plano social, uma vez que as sociedades e as organizações ganham contornos cada vez mais multiculturais. Isso explica o interesse que os estudantes nutrem pela aprendizagem de línguas, particularmente a língua inglesa, a ponto de representar o fator que determina a decisão de realizar o programa de intercâmbio. Entre empregadores, egressos e estudantes do curso de Administração há explícita convicção de que o aprendizado do inglês propicia(rá) o desenvolvimento de habilidades pessoais e profissionais e por isso mesmo tem o poder de ampliar as perspectivas profissionais dos ex-intercambistas. 14

15 Referências AGUIAR, Andréa. Estratégias educativas de internacionalização: uma revisão da literatura sociológica. Educação e Pesquisa, v.35, n.1, jan.abr. 2009, p ALMEIDA, Ana Maria F. Língua nacional, competência escolar e posição social. In: ALMEIDA, Ana Maria F. et alli. Circulação internacional e formação intelectual das elites brasileiras. Campinas: Editora Unicamp, 2004, p BALLATORE, Magali; BLÖSS, Thierry. Le sens caché de la mobilité des étudiants Erasmus. IN: DERVIN, Fred; BYRAM, Michael (dir.). Échanges et mobilités académiques: quel bilan? Paris: L Harmattan, BAUMAN, Zygmunt. O mal-estar da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Record, BILLAUD, Sandrine. Mises au point sur les mobilités européenes. IN: DERVIN, Fred; SUOMELA-SALMI, Eija (orgs.) Mobilité académique perspectives croisées. Turku: Université de Turku/Département d Études Françaises, BOUTINET, Jean-Pierre. L anthropologie du projet. 2ª ed. Paris: PUF, CHARLE, Chistophe; VERGER, Jacques. Hitória das universidades. São Paulo: Editora da UNESP, CHARLE, Christophe et al. Ensino superior: o momento crítico In: Educação&Sociedade, Campinas, v.25, n.88, Especial, out.2004, p CICCHELLI, Vincenzo. Connaître les autres pour mieux se connaître: les séjours Erasmus, une Bildung contemporaine. In: DERVIN, Fred; BYRAM, Michael. Échanges et mobilités académiques: quel bilan? Paris: L Harmattan, 2008, p DERVIN, Fred; BYRAM, Michel. Présentation da obra dirigida por DERVIN, Fred; BYRAM, Michael (dir.). Échanges et mobilités académiques: quel bilan? Paris: L Harmattan, DOUEK, Alexandre; ZYLBERSTAJN, Alexandre. Intercâmbio: influência na empregabilidade do administrador. São Paulo: Monografia de Graduação em Administração de Empresas, na Escola Superior de Propaganda e Marketing, DURKHEIM, Émile. Le socialisme: sa définition, ses débuts, la doctrine saint-simonienne, 1928 (édition électronique, 2002). GUADILLA, Carmen García. Complejidades de la globalización e internacionalización de la educación superior: interrogantes para a América Latina. Cuadernos del CENDES, ano 22, n.58, Enero/Abril, IANNI, Octávio. A sociedade global. 12ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, HARFI, Mohamed. Attractivité pour les étudiants étragers et potentiel de la recherche en France. Le quatre pages, n.2, 15/07/2004. HARFI, Mohamed; MATHIEU, Claude. Mobilité internationale et attractivité des étudiants et des chercheurs. Centre d Analyse Stratégique: Horizons Stratégiques, n.1, juillet KNIGHT, Jane. Modèle d internationalisation ou comment faire face aux réalités et enjeux nouveaux In: OCDE / BANQUE MONDIALE. L enseignement supérieur en Amérique latine: la dimesion internationale. França: OCDE / Banque Mondiale, LARSEN, Kurt; VINCENT-LANCRIN, Stéphan. Le commerce international de services d éducation: Est-il bon? Est-il méchant? Politiques et gestion de l enseignement supérieur. 14 (3), déc LAVAL, Christian; WEBER, Louis. Le nouvel ordre éducatif mondial OMC, Baque Mondial, OCDE, Comission Européenne. Paris: Nouveaux Regards; Syllepse, LIMA, Manolita Correia; Fábio Betioli Contel. Fases e motivações da internacionalização da educação superior brasileira. Grenoble: Anais do 5º Congresso do Instituto Franco-Brasileiro de Administração de Empresas (IFBAE), maio/2009. LIMA, Manolita Correia et al. Vamos todos para Passárgada? Rio de Janeiro: Anais do XXXII Enanpad, setembro/

16 MUÑOZ, Marie-Claude. Políticas francesas de acolhimento dos estudantes estrangeiros ( ) In: ALMEIDA, Ana Maria F. Almeida et al. Circulação internacional e formação intelectual das elites brasileira. Campinas: Editora da Unicamp, 2004, p MURPHY-LEJEUNE, Elisabeth. Mobilité internationale et adaptation interculturelle: les étudiants voyageurs européens. In ZARATE, Geneviève (dir.). Mobilité international et formation dimension culturelles et enjeu professionnels. Recherche et Frmation. n.33, NOGUEIRA, Maria Alice. Viagens de estudo ao exterior: as experiências de filhos de empresários In: ALMEIDA, Ana Maria F. et alli. Circulação internacional e formação intelectual das elites brasileiras. Campinas: Editora Unicamp, 2004, p NOGUEIRA, Maria Alice et al. Fronteiras desafiadas: a internacionalização das experiências escolares. Educação&Sociedade, vol.29, n.103, maio/agosto, 2008, p PORTO, Cláudio; RÉGNIER, Karla. O ensino superior no mundo e no Brasil condicionantes, tendências e cenários para o horizonte Brasília: MACROPLAN Perspectiva & Estratégia, PRADO, Ceres Leite. Um aspecto do estudo de línguas estrangeiras no Brasil: os intercâmbios In: ALMEIDA, Ana Maria F. et alli. Circulação internacional e formação intelectual das elites brasileiras. Campinas: Editora Unicamp, 2004, p RIDDER-SYMOENS, Hilde. A mobilidade In: RÜEGG, Walter (coord.geral da edição). Uma história da universidade na Europa. As universidades na Idade Média (vol.i). Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1996, p ROMANINI, Carolina. Daqui eu não saio In: Veja, ed. 2108, 15/04/2009. SCOCUGLIA, Afonso Celso. Globalizações, política educacional e pedagogia contrahegemônica In: TEODORO, António. Tempos e andamentos nas políticas de educação. Brasília: Líber Livro Editora, 2008, p SENNETT, Richard. A corrosão do caráter. Rio de Janeiro: Record, SILVA, Rafael Caldas Ferreira da; ROCHA, Sandra Regina da. Brincado de trabalhar, aprendendo com a vivência: o desenvolvimento de competências a partir de uma experiência vivida. Internext Revista Eletrônica de Negócios Internacionais, São Paulo, v.3, n.1, p , jan/jun TEODORO, António. Globalização e educação: políticas educacionais e novos modos de governação. São Paulo: Cortez, UNESCO. Recueil des donneés mondiales sur l éducation: statistiques comparées sur l éducation dans le monde, Montreal: Unesco, WAGNER, Anne-Catherine. La place du voyage dans la formation des elites. Paris: Actes de la Recherche en Sciences Sociales, n.170, 2007, p Les nouvelles elites de la mondialisation une immigration dorée en France. Paris : PUF, L auberge espagnole (produção franco-espanhola de 2002, dirigida por Cédric Klapisch), Thelma e Louise (produção americana de 1991, dirigida por Ridley Scott), Easy rider (produção americana de 1969, dirigida por Denis Hopper). 2 Moby Dick de Herman Melville (1851), The seven voyages of Sinbad the sailor (conto 133, vol.6 das Mil e uma noites), On the road de Jack Kerouac (1954), L usage du monde de Nicolas Bouvier (1963), Le voyage d Ulysse de Tim Severin (2000) 3 Destacam-se os levantamentos realizados pela UNESCO e OCDE e anualmente divulgados: Recueil de données mondiales sur l éducation statistiques comparées sur l éducation dans le monde (UNESCO), Regards sur l éducation (OCDE). 4 Esta idéia é confirmada pelos resultados da pesquisa realizada por Magali Ballatore e Thierry Blöss (2008). Em suas palavras, l image de grandeur et de prestige associée aux institutions étrangères de formation supérieure, représentent à ce titre un des facteurs jugés importants (BALLATORE; BLÖSS, 2008, p.37). 16

Pesquisa Semesp. A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho

Pesquisa Semesp. A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho Pesquisa Semesp A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho 2008 Ensino superior é um forte alavancador da carreira profissional A terceira Pesquisa Semesp sobre a formação acadêmica dos profissionais

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Chile. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Chile. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Chile Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios A Lei nº 20.416 estabelece regras especiais para as Empresas de Menor Tamanho (EMT).

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS INEP

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS INEP MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS INEP Alunos apontam melhorias na graduação Aumenta grau de formação dos professores e estudantes mostram que cursos possibilitam

Leia mais

Mesa Redonda: PNE pra Valer!

Mesa Redonda: PNE pra Valer! Mesa Redonda: PNE pra Valer! Construindo o futuro ou reeditando o passado? Um esboço comparativo entre a Lei 10.172/2001 e o PL 8035/2010 Idevaldo da Silva Bodião Faculdade de Educação da UFC Comitê Ceará

Leia mais

SÍNTESE PROJETO PEDAGÓGICO. Missão

SÍNTESE PROJETO PEDAGÓGICO. Missão SÍNTESE PROJETO PEDAGÓGICO CURSO: TURISMO ( bacharelado) Missão Formar profissionais humanistas, críticos, reflexivos, capacitados para planejar, empreender e gerir empresas turísticas, adaptando-se ao

Leia mais

PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FARROUPILHA

PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FARROUPILHA PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FARROUPILHA A concepção que fundamenta os processos educacionais das Instituições da Rede Federal de Educação

Leia mais

Estimativas Profissionais Plano de Carreira Empregabilidade Gestão de Pessoas

Estimativas Profissionais Plano de Carreira Empregabilidade Gestão de Pessoas By Marcos Garcia Como as redes sociais podem colaborar no planejamento e desenvolvimento de carreira (individual e corporativo) e na empregabilidade dos profissionais, analisando o conceito de Carreira

Leia mais

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade As empresas têm passado por grandes transformações, com isso, o RH também precisa inovar para suportar os negócios

Leia mais

A procura social da educação Aumento da população escolarizada : massificação escolar. Aumento da esperança de vida escolar; Valorização dos diplomas; Necessidade de especialização. A educação é considerada

Leia mais

PRÓ-MATATEMÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

PRÓ-MATATEMÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES PRÓ-MATATEMÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES Regina Luzia Corio de Buriasco * UEL reginaburiasco@sercomtel.com.br Magna Natália Marin Pires* UEL magna@onda.com.br Márcia Cristina de Costa Trindade Cyrino*

Leia mais

III Semana de Ciência e Tecnologia IFMG - campus Bambuí III Jornada Científica 19 a 23 de Outubro de 2010

III Semana de Ciência e Tecnologia IFMG - campus Bambuí III Jornada Científica 19 a 23 de Outubro de 2010 Empregabilidade: uma análise das competências e habilidades pessoais e acadêmicas desenvolvidas pelos graduandos do IFMG - Campus Bambuí, necessárias ao ingresso no mercado de trabalho FRANCIELE CLÁUDIA

Leia mais

Projeto Pedagógico Institucional PPI FESPSP FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI

Projeto Pedagógico Institucional PPI FESPSP FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI Grupo Acadêmico Pedagógico - Agosto 2010 O Projeto Pedagógico Institucional (PPI) expressa os fundamentos filosóficos,

Leia mais

Educação para a Cidadania linhas orientadoras

Educação para a Cidadania linhas orientadoras Educação para a Cidadania linhas orientadoras A prática da cidadania constitui um processo participado, individual e coletivo, que apela à reflexão e à ação sobre os problemas sentidos por cada um e pela

Leia mais

Trabalho apresentado no III Congresso Ibero-americano de Psicogerontologia, sendo de total responsabilidade de seu(s) autor(es).

Trabalho apresentado no III Congresso Ibero-americano de Psicogerontologia, sendo de total responsabilidade de seu(s) autor(es). A QUALIDADE DE VIDA SOB A ÓTICA DAS DINÂMICAS DE MORADIA: A IDADE ENQUANTO UM FATOR DE ACÚMULO DE ATIVOS E CAPITAL PESSOAL DIFERENCIADO PARA O IDOSO TRADUZIDO NAS CONDIÇÕES DE MORADIA E MOBILIDADE SOCIAL

Leia mais

PRÁTICA PROFISSIONAL INTEGRADA: Uma estratégia de integração curricular

PRÁTICA PROFISSIONAL INTEGRADA: Uma estratégia de integração curricular PRÁTICA PROFISSIONAL INTEGRADA: Uma estratégia de integração curricular Daiele Zuquetto Rosa 1 Resumo: O presente trabalho objetiva socializar uma das estratégias de integração curricular em aplicação

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais

O impacto do INCLUSP no ingresso de estudantes da escola pública na USP

O impacto do INCLUSP no ingresso de estudantes da escola pública na USP VERSÃO: 03-04-2008 2 O impacto do INCLUSP no ingresso de estudantes da escola pública na USP 1. Apresentação do Programa O Programa de Inclusão Social da USP (INCLUSP) foi concebido a partir da preocupação

Leia mais

Pesquisa. Há 40 anos atrás nos encontrávamos discutindo mecanismos e. A mulher no setor privado de ensino em Caxias do Sul.

Pesquisa. Há 40 anos atrás nos encontrávamos discutindo mecanismos e. A mulher no setor privado de ensino em Caxias do Sul. Pesquisa A mulher no setor privado de ensino em Caxias do Sul. Introdução Há 40 anos atrás nos encontrávamos discutindo mecanismos e políticas capazes de ampliar a inserção da mulher no mercado de trabalho.

Leia mais

IAESTE Para você que está antenado com o que o. jovem profissional. Paula Semer Prado Gerente Executiva

IAESTE Para você que está antenado com o que o. jovem profissional. Paula Semer Prado Gerente Executiva IAESTE Para você que está antenado com o que o mercado espera de um jovem profissional Paula Semer Prado Gerente Executiva Sobre a ABIPE Associação Brasileira de Intercâmbio Profissional e Estudantil:

Leia mais

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO MESTRADO SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO Justificativa A equipe do mestrado em Direito do UniCEUB articula-se com a graduação, notadamente, no âmbito dos cursos de

Leia mais

DECLARAÇÃO FINAL Quebec, 21 de setembro de 1997

DECLARAÇÃO FINAL Quebec, 21 de setembro de 1997 DECLARAÇÃO FINAL Quebec, 21 de setembro de 1997 Reunidos na cidade de Quebec de 18 a 22 de setembro de 1997, na Conferência Parlamentar das Américas, nós, parlamentares das Américas, Considerando que o

Leia mais

MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL

MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL Prof. Dr. José Alberto Carvalho dos Santos Claro Mestrado em Gestão de Negócios Universidade

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR: PERIÓDICOS NACIONAIS 1982-2000

ADMINISTRAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR: PERIÓDICOS NACIONAIS 1982-2000 ADMINISTRAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR: PERIÓDICOS NACIONAIS 1982-2000 Marta Luz Sisson de Castro PUCRS O Banco de Dados Produção do conhecimento na área de Administração da Educação: Periódicos Nacionais 1982-2000

Leia mais

Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento. (2010-2015) ENED Plano de Acção

Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento. (2010-2015) ENED Plano de Acção Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento (2010-2015) ENED Plano de Acção Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento (2010-2015) ENED Plano de Acção 02 Estratégia Nacional de

Leia mais

Currículo do Curso de Licenciatura em Filosofia

Currículo do Curso de Licenciatura em Filosofia Currículo do Curso de Licenciatura em Filosofia 1. Componentes curriculares O currículo do Curso de Licenciatura em Filosofia engloba as seguintes dimensões. 1.1. Conteúdos de natureza teórica Estes conteúdos

Leia mais

Desafios da EJA: flexibilidade, diversidade e profissionalização PNLD 2014

Desafios da EJA: flexibilidade, diversidade e profissionalização PNLD 2014 Desafios da EJA: flexibilidade, diversidade e profissionalização Levantamento das questões de interesse Perfil dos alunos, suas necessidades e expectativas; Condições de trabalho e expectativas dos professores;

Leia mais

FORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO

FORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias dezembro/2006 página 1 FORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO Fúlvia Rosemberg: analisa ações de inclusão e apresenta programa voltado para a formação de novas lideranças

Leia mais

TÍTULO: ALUNOS DE MEDICINA CAPACITAM AGENTES COMUNITÁRIOS NO OBAS CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE

TÍTULO: ALUNOS DE MEDICINA CAPACITAM AGENTES COMUNITÁRIOS NO OBAS CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE TÍTULO: ALUNOS DE MEDICINA CAPACITAM AGENTES COMUNITÁRIOS NO OBAS CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: MEDICINA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO AUTOR(ES): THAIS

Leia mais

2 - Sabemos que a educação à distância vem ocupando um importante espaço no mundo educacional. Como podemos identificar o Brasil nesse contexto?

2 - Sabemos que a educação à distância vem ocupando um importante espaço no mundo educacional. Como podemos identificar o Brasil nesse contexto? A EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA E O FUTURO Arnaldo Niskier 1 - Qual a relação existente entre as transformações do mundo educacional e profissional e a educação à distância? A educação à distância pressupõe uma

Leia mais

RELATÓRIO DA PESQUISA ONLINE: Avaliação dos educadores Multiplicadores

RELATÓRIO DA PESQUISA ONLINE: Avaliação dos educadores Multiplicadores RELATÓRIO DA PESQUISA ONLINE: Avaliação dos educadores Multiplicadores APRESENTAÇÃO A SaferNet Brasil é uma associação civil de direito privado, com atuação nacional, sem fins lucrativos ou econômicos,

Leia mais

TIC Domicílios 2007 Habilidades com o Computador e a Internet

TIC Domicílios 2007 Habilidades com o Computador e a Internet TIC Domicílios 007 Habilidades com o Computador e a Internet DESTAQUES 007 O estudo sobre Habilidades com o Computador e a Internet da TIC Domicílios 007 apontou que: Praticamente metade da população brasileira

Leia mais

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES REGULAMENTO DE ESTÁGIO CURRICULAR NÃO OBRIGATÓRIO CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS, BACHARELADO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NÃO OBRIGATÓRIO Das disposições gerais O presente documento

Leia mais

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias outubro/2007 página 1 EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Moysés Kuhlmann :A educação da criança pequena também deve ser pensada na perspectiva de

Leia mais

EDITAL INTERNO Nº 1/2013 PROGRAMA ESPM TRANSFORMA - INOVAÇÕES PEDAGÓGICAS

EDITAL INTERNO Nº 1/2013 PROGRAMA ESPM TRANSFORMA - INOVAÇÕES PEDAGÓGICAS EDITAL INTERNO Nº 1/2013 PROGRAMA ESPM TRANSFORMA - INOVAÇÕES PEDAGÓGICAS A Vice Presidência Acadêmica da ESPM, por meio do Núcleo de Práticas Pedagógicas (NPP) e do Centro de Altos Estudos (CAEPM), convida

Leia mais

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock ABCEducatio entrevista Sílvio Bock Escolher uma profissão é fazer um projeto de futuro A entrada do segundo semestre sempre é marcada por uma grande preocupação para todos os alunos que estão terminando

Leia mais

Relatório da IES ENADE 2012 EXAME NACIONAL DE DESEMEPNHO DOS ESTUDANTES GOIÁS UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

Relatório da IES ENADE 2012 EXAME NACIONAL DE DESEMEPNHO DOS ESTUDANTES GOIÁS UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS Relatório da IES ENADE 2012 EXAME NACIONAL DE DESEMEPNHO DOS ESTUDANTES GOIÁS UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais G O V E R N O F E D E R A L P A Í S R

Leia mais

MOTIVAÇÕES PARA A INTERNACIONALlZAÇÃO

MOTIVAÇÕES PARA A INTERNACIONALlZAÇÃO Internacionalização de empresas brasileiras: em busca da competitividade Luis Afonso Lima Pedro Augusto Godeguez da Silva Revista Brasileira do Comércio Exterior Outubro/Dezembro 2011 MOTIVAÇÕES PARA A

Leia mais

PORTFÓLIO, AVALIAÇÃO E TRABALHO SITUANDO O PORTIFÓLIO PEDAGÓGICO BENIGNA MARIA DE FREITAS VILAS BOAS

PORTFÓLIO, AVALIAÇÃO E TRABALHO SITUANDO O PORTIFÓLIO PEDAGÓGICO BENIGNA MARIA DE FREITAS VILAS BOAS UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO PROFESSOR: DANIEL ABUD SEABRA MATOS PORTFÓLIO, AVALIAÇÃO E TRABALHO PEDAGÓGICO SITUANDO O PORTIFÓLIO BENIGNA MARIA DE FREITAS VILAS BOAS Mariana 2013 O que é um portfólio?

Leia mais

Boletim Benchmarking Internacional. Inteligência de Mercado

Boletim Benchmarking Internacional. Inteligência de Mercado Boletim Benchmarking Internacional Inteligência de Mercado Dezembro de 2012 Apresentação Visando contribuir para os objetivos estratégicos do SEBRAE, são apresentadas neste boletim informações relacionadas

Leia mais

Avaliação da Educação Básica no Brasil. Avaliação Educacional no Brasil Década de 90. Questões Básicas

Avaliação da Educação Básica no Brasil. Avaliação Educacional no Brasil Década de 90. Questões Básicas Avaliação da Educação Básica no Brasil Maria Inês Fini Slide 1 Avaliação Educacional no Brasil Década de 90 Estruturação e Desenvolvimento dos Sistemas de Avaliação e de Informação da Educação Básica e

Leia mais

Entusiasmo diante da vida Uma história de fé e dedicação aos jovens

Entusiasmo diante da vida Uma história de fé e dedicação aos jovens Entusiasmo diante da vida Uma história de fé e dedicação aos jovens A obra salesiana teve início em Turim, na Itália, onde Dom Bosco colocou em prática seus ideais de educação associados ao desenvolvimento

Leia mais

PÓS-GRADUAÇÃO CAIRU O QUE VOCÊ PRECISA SABER: Por que fazer uma pós-graduação?

PÓS-GRADUAÇÃO CAIRU O QUE VOCÊ PRECISA SABER: Por que fazer uma pós-graduação? PÓS-GRADUAÇÃO CAIRU O QUE VOCÊ PRECISA SABER: Por que fazer uma pós-graduação? O mercado do trabalho está cada vez mais exigente. Hoje em dia, um certificado de pós-graduação é imprescindível para garantia

Leia mais

REGULAMENTO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES

REGULAMENTO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES REGULAMENTO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES As Atividades Complementares são componentes curriculares que possibilitam o reconhecimento, por avaliação, de habilidades, conhecimentos e competências do estudante,

Leia mais

FACULDADE MORAES JÚNIOR MACKENZIE RIO REGULAMENTO DO PROGRAMA DE NIVELAMENTO CAPÍTULO I DA NATUREZA

FACULDADE MORAES JÚNIOR MACKENZIE RIO REGULAMENTO DO PROGRAMA DE NIVELAMENTO CAPÍTULO I DA NATUREZA FACULDADE MORAES JÚNIOR MACKENZIE RIO REGULAMENTO DO PROGRAMA DE NIVELAMENTO CAPÍTULO I DA NATUREZA Art. 1º. A Faculdade Moraes Júnior Mackenzie Rio FMJ Mackenzie Rio, proporcionará aulas de Nivelamento

Leia mais

www.pucrs.br/pos *AVALIAÇÃO CAPES POR QUE A PUCRS?

www.pucrs.br/pos *AVALIAÇÃO CAPES POR QUE A PUCRS? A Pós-Graduação da PUCRS é a porta de entrada para um novo momento da sua vida profissional e acadêmica. Você pode ampliar habilidades, fomentar ideias e adquirir conhecimento com experiências inovadoras

Leia mais

Faculdade de Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em Educação RESUMO EXPANDIDO DO PROJETO DE PESQUISA

Faculdade de Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em Educação RESUMO EXPANDIDO DO PROJETO DE PESQUISA RESUMO EXPANDIDO DO PROJETO DE PESQUISA TÍTULO: TRABALHO DOCENTE NO ESTADO DE SÃO PAULO: ANÁLISE DA JORNADA DE TRABALHO E SALÁRIOS DOS PROFESSORES DA REDE PÚBLICA PAULISTA RESUMO O cenário atual do trabalho

Leia mais

Empresa Júnior como espaço de aprendizagem: uma análise da integração teoria/prática. Comunicação Oral Relato de Experiência

Empresa Júnior como espaço de aprendizagem: uma análise da integração teoria/prática. Comunicação Oral Relato de Experiência Empresa Júnior como espaço de aprendizagem: uma análise da integração teoria/prática Elisabete Ap. Zambelo e-mail: elisabete.zambelo@usc.br Daniel Freire e Almeida e-mail: daniel.almeida@usc.br Verônica

Leia mais

Programa UNIBRAL Edital CGCI n. 014 /2007

Programa UNIBRAL Edital CGCI n. 014 /2007 Programa UNIBRAL Edital CGCI n. 014 /2007 1 Do programa e objetivo 1.1 O Programa UNIBRAL, apoiado no acordo de cooperação assinado entre Brasil e Alemanha em 31 de outubro de 2000, tem como objetivo estimular

Leia mais

MARKETING INTERNACIONAL

MARKETING INTERNACIONAL MARKETING INTERNACIONAL Produtos Ecologicamente Corretos Introdução: Mercado Global O Mercado Global está cada dia mais atraente ás empresas como um todo. A dinâmica do comércio e as novas práticas decorrentes

Leia mais

O uso de Objetos de Aprendizagem como recurso de apoio às dificuldades na alfabetização

O uso de Objetos de Aprendizagem como recurso de apoio às dificuldades na alfabetização O uso de Objetos de Aprendizagem como recurso de apoio às dificuldades na alfabetização Juliana Ferreira Universidade Estadual Paulista UNESP- Araraquara E-mail: juliana.ferreiraae@gmail.com Silvio Henrique

Leia mais

na região metropolitana do Rio de Janeiro

na região metropolitana do Rio de Janeiro O PERFIL DOS JOVENS EMPREENDEDORES na região metropolitana do Rio de Janeiro NOTA CONJUNTURAL MARÇO DE 2013 Nº21 PANORAMA GERAL Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE) de 2011,

Leia mais

OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO

OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO DO DISTRITO FEDERAL Novembro de 2010 OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO E O ACESSO AO SISTEMA PÚBLICO DE EMPREGO, TRABALHO E RENDA Em comemoração ao Dia da Consciência Negra

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE ALMEIDA 1, Leonardo Rodrigues de SOUSA 2, Raniere Lima Menezes de PEREIRA

Leia mais

MBA IBMEC 30 anos. No Ibmec, proporcionamos a nossos alunos uma experiência singular de aprendizado. Aqui você encontra:

MBA IBMEC 30 anos. No Ibmec, proporcionamos a nossos alunos uma experiência singular de aprendizado. Aqui você encontra: MBA Pós - Graduação QUEM SOMOS Para pessoas que têm como objetivo de vida atuar local e globalmente, ser empreendedoras, conectadas e bem posicionadas no mercado, proporcionamos uma formação de excelência,

Leia mais

TRABALHO PEDAGÓGICO NA PERSPECTIVA DE UMA ESCOLA INCLUSIVA. Profa. Maria Antonia Ramos de Azevedo UNESP/Rio Claro. razevedo@rc.unesp.

TRABALHO PEDAGÓGICO NA PERSPECTIVA DE UMA ESCOLA INCLUSIVA. Profa. Maria Antonia Ramos de Azevedo UNESP/Rio Claro. razevedo@rc.unesp. TRABALHO PEDAGÓGICO NA PERSPECTIVA DE UMA ESCOLA INCLUSIVA Profa. Maria Antonia Ramos de Azevedo UNESP/Rio Claro. razevedo@rc.unesp.br O que é educação inclusiva? Inclusão é um processo de aprendizagem

Leia mais

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CONSELHO SUPERIOR DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO RESOLUÇÃO N. 3.934, DE 22 DE JANEIRO DE 2010

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CONSELHO SUPERIOR DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO RESOLUÇÃO N. 3.934, DE 22 DE JANEIRO DE 2010 SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CONSELHO SUPERIOR DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO RESOLUÇÃO N. 3.934, DE 22 DE JANEIRO DE 2010 Aprova o Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura em

Leia mais

Plano de Ação e Programa de Formação de Recursos Humanos para PD&I

Plano de Ação e Programa de Formação de Recursos Humanos para PD&I Plano de Ação e Programa de Formação de Recursos Humanos para PD&I 1. Plano de Ação A seguir apresenta-se uma estrutura geral de Plano de Ação a ser adotado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência

Leia mais

Manual do Estagiário 2008

Manual do Estagiário 2008 Manual do Estagiário 2008 Sumário Introdução... 2 O que é estágio curricular... 2 Objetivos do estágio curricular... 2 Duração e carga horária do estágio curricular... 3 Requisitos para a realização do

Leia mais

1 Introdução 1.1. Contextualização

1 Introdução 1.1. Contextualização 1 Introdução 1.1. Contextualização O mercado de cartões no Brasil ainda está em fase de amadurecimento. A maior estabilização da economia brasileira com o plano real após 1994 permitiu uma explosão da

Leia mais

Pesquisa Perfil das Empresas de Consultoria no Brasil

Pesquisa Perfil das Empresas de Consultoria no Brasil Pesquisa Perfil das Empresas de Consultoria no Brasil 2014 Objetivo Metodologia Perfil da Empresa de Consultoria Características das Empresas Áreas de Atuação Honorários Perspectivas e Percepção de Mercado

Leia mais

Mestrado em Educação Superior Menção Docência Universitária

Mestrado em Educação Superior Menção Docência Universitária Apresentação Mestrado em Educação Superior Menção Docência Universitária A Vice-Reitoria de Pesquisa, Inovação e Pósgraduação da Universidad Arturo Prat del Estado de Chile, ciente da importância dos estudos

Leia mais

PROJETO DE PESQUISA SOBRE A UTILIZAÇÃO DE AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM COMO APOIO AO ENSINO SUPERIOR EM IES DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROJETO DE PESQUISA SOBRE A UTILIZAÇÃO DE AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM COMO APOIO AO ENSINO SUPERIOR EM IES DO ESTADO DE SÃO PAULO 552 PROJETO DE PESQUISA SOBRE A UTILIZAÇÃO DE AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM COMO APOIO AO ENSINO SUPERIOR EM IES DO ESTADO DE SÃO PAULO Silvio Carvalho Neto (USP) Hiro Takaoka (USP) PESQUISA EXPLORATÓRIA

Leia mais

FORMULÁRIO PADRÃO PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS ENSINO INOVADOR

FORMULÁRIO PADRÃO PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS ENSINO INOVADOR FORMULÁRIO PADRÃO PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS ENSINO INOVADOR Título do Projeto: Fruticultura: Tecnologias para a fruticultura regional. Unidade(s) de aprendizagem ou disciplina de referência: Fruticultura

Leia mais

A EDUCAÇÃO ESPECIAL NO ÂMBITO DA PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO NO BRASIL Régis Henrique dos Reis Silva UFG e UNICAMP regishsilva@bol.com.br 1.

A EDUCAÇÃO ESPECIAL NO ÂMBITO DA PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO NO BRASIL Régis Henrique dos Reis Silva UFG e UNICAMP regishsilva@bol.com.br 1. A EDUCAÇÃO ESPECIAL NO ÂMBITO DA PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO NO BRASIL Régis Henrique dos Reis Silva UFG e UNICAMP regishsilva@bol.com.br 1. INTRODUÇÃO Este estudo tem como objeto de análise o processo de

Leia mais

11. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

11. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL 11. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL A educação profissional no Brasil já assumiu diferentes funções no decorrer de toda a história educacional brasileira. Até a promulgação da atual LDBEN, a educação profissional

Leia mais

ANEXO 2. NORMATIZAÇÃO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES

ANEXO 2. NORMATIZAÇÃO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES 1 ANEXO 2. NORMATIZAÇÃO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES 1. A partir das Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação em Serviço Social o planejamento acadêmico do deve assegurar, em termos

Leia mais

Duplo-Diploma na Área das Engenharias

Duplo-Diploma na Área das Engenharias Duplo-Diploma na Área das Engenharias Prof. Dr. Ricardo M. Naveiro Coordenador de Relações Internacionais Escola Politécnica da UFRJ Memórias do passado Sumário Cenário econômico mundial Histórico dos

Leia mais

Análise do Ambiente estudo aprofundado

Análise do Ambiente estudo aprofundado Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4 Etapa 5 Disciplina Gestão Estratégica e Serviços 7º Período Administração 2013/2 Análise do Ambiente estudo aprofundado Agenda: ANÁLISE DO AMBIENTE Fundamentos Ambientes

Leia mais

Resolução de Exercícios Orientações aos alunos

Resolução de Exercícios Orientações aos alunos 2015 Resolução de Exercícios Orientações aos alunos Área de Concentração: EXATAS Disciplina de Concentração: FÍSICA Professores: Gustavo Castro de Oliveira, Reine Agostinho Ribeiro. UBERABA 2015 Colégio

Leia mais

PALAVRAS DO GOVERNADOR TASSO JEREISSATI POR OCASIÃO DA ABERTURA DO SEMINÁRIO "LIDERANÇA JOVEM NO SECULO XXI", AOS 07/03/2002 ~j 2902 03-0~/02

PALAVRAS DO GOVERNADOR TASSO JEREISSATI POR OCASIÃO DA ABERTURA DO SEMINÁRIO LIDERANÇA JOVEM NO SECULO XXI, AOS 07/03/2002 ~j 2902 03-0~/02 PALAVRAS DO GOVERNADOR TASSO JEREISSATI POR OCASIÃO DA ABERTURA DO SEMINÁRIO "LIDERANÇA JOVEM NO SECULO XXI", AOS 07/03/2002 ~j 2902 03-0~/02 Excelentíssimo Senhor Enrique Ig lesias, Presidente do Banco

Leia mais

O EMPREGO DOMÉSTICO. Boletim especial sobre o mercado de trabalho feminino na Região Metropolitana de São Paulo. Abril 2007

O EMPREGO DOMÉSTICO. Boletim especial sobre o mercado de trabalho feminino na Região Metropolitana de São Paulo. Abril 2007 O EMPREGO DOMÉSTICO Boletim especial sobre o mercado de trabalho feminino na Abril 2007 Perfil de um emprego que responde por 17,7% do total da ocupação feminina e tem 95,9% de seus postos de trabalho

Leia mais

Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil

Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil A OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgou nesta terça-feira os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos,

Leia mais

NCE/10/00116 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos

NCE/10/00116 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos NCE/10/00116 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos Caracterização do pedido Perguntas A.1 a A.10 A.1. Instituição de ensino superior / Entidade instituidora: Universidade Do Minho A.1.a. Descrição

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Orientações para a elaboração do projeto escolar

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Orientações para a elaboração do projeto escolar MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO MÉDIA E TECNOLÓGICA Coordenação-Geral de Ensino Médio Orientações para a elaboração do projeto escolar Questões norteadoras: Quais as etapas necessárias à

Leia mais

QUALIFICAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DE PROFESSORES DAS UNIDADES DE ENSINO NA ELABORAÇÃO DE PROGRAMAS FORMAIS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

QUALIFICAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DE PROFESSORES DAS UNIDADES DE ENSINO NA ELABORAÇÃO DE PROGRAMAS FORMAIS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL QUALIFICAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DE PROFESSORES DAS UNIDADES DE ENSINO NA ELABORAÇÃO DE PROGRAMAS FORMAIS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL MOHAMED HABIB* & GIOVANNA FAGUNDES** * Professor Titular, IB, UNICAMP ** Aluna

Leia mais

CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4

CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4 CAMPUS CARAGUATUBA CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4 PROFESSOR: ANDRESSA MATTOS SALGADO-SAMPAIO ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA A PRÁTICA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO CURSO

Leia mais

Planejamento Estratégico

Planejamento Estratégico Planejamento Estratégico Análise externa Roberto César 1 A análise externa tem por finalidade estudar a relação existente entre a empresa e seu ambiente em termos de oportunidades e ameaças, bem como a

Leia mais

FUNDAMENTOS PARA A ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA

FUNDAMENTOS PARA A ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA FUNDAMENTOS PARA A ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA Abordagem da estratégia Análise de áreas mais específicas da administração estratégica e examina três das principais áreas funcionais das organizações: marketing,

Leia mais

EXPLORANDO ALGUMAS IDEIAS CENTRAIS DO PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS ENSINO FUNDAMENTAL. Giovani Cammarota

EXPLORANDO ALGUMAS IDEIAS CENTRAIS DO PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS ENSINO FUNDAMENTAL. Giovani Cammarota UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA PRÁTICA DE ENSINO DE MATEMÁTICA III EXPLORANDO ALGUMAS IDEIAS CENTRAIS DO PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS ENSINO FUNDAMENTAL Giovani Cammarota

Leia mais

Indicadores Gerais para a Avaliação Inclusiva

Indicadores Gerais para a Avaliação Inclusiva PROCESSO DE AVALIAÇÃO EM CONTEXTOS INCLUSIVOS PT Preâmbulo Indicadores Gerais para a Avaliação Inclusiva A avaliação inclusiva é uma abordagem à avaliação em ambientes inclusivos em que as políticas e

Leia mais

NORMAS PARA PROGRAMAS DE CONCESSÃO DE BOLSAS DE FORMAÇÃO, DE PESQUISA E TECNOLÓGICA - FAPEG-I

NORMAS PARA PROGRAMAS DE CONCESSÃO DE BOLSAS DE FORMAÇÃO, DE PESQUISA E TECNOLÓGICA - FAPEG-I RESOLUÇÃO N. 001/2007 ANEXO NORMAS PARA PROGRAMAS DE CONCESSÃO DE BOLSAS DE FORMAÇÃO, DE PESQUISA E TECNOLÓGICA - FAPEG-I 1. Conceituação As normas relativas à concessão de Bolsas de Formação, de Pesquisa

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA SE-001/2011

TERMO DE REFERÊNCIA SE-001/2011 TERMO DE REFERÊNCIA SE-001/2011 Objeto da contratação Consultor sênior Título do Projeto Projeto BRA 07/010 Designação funcional Duração do contrato Consultoria por produto 04 meses Data limite para envio

Leia mais

Regulamento dos Cursos da Diretoria de Educação Continuada

Regulamento dos Cursos da Diretoria de Educação Continuada Regulamento dos Cursos da Diretoria de Educação Continuada Art. 1º Os Cursos ofertados pela Diretoria de Educação Continuada da Universidade Nove de Julho UNINOVE regem-se pela legislação vigente, pelo

Leia mais

ESTUDO EXPLORATÓRIO SOBRE A ESCOLARIZAÇÃO DE FILHOS DE PROFESSORES DE ESCOLA PÚBLICA Rosimeire Reis Silva (FEUSP)

ESTUDO EXPLORATÓRIO SOBRE A ESCOLARIZAÇÃO DE FILHOS DE PROFESSORES DE ESCOLA PÚBLICA Rosimeire Reis Silva (FEUSP) ESTUDO EXPLORATÓRIO SOBRE A ESCOLARIZAÇÃO DE FILHOS DE PROFESSORES DE ESCOLA PÚBLICA Rosimeire Reis Silva (FEUSP) Pretendemos apresentar aqui os dados de um estudo exploratório, que é a primeira fase de

Leia mais

II. Atividades de Extensão

II. Atividades de Extensão REGULAMENTO DO PROGRAMA DE EXTENSÃO I. Objetivos A extensão tem por objetivo geral tornar acessível, à sociedade, o conhecimento de domínio da Faculdade Gama e Souza, seja por sua própria produção, seja

Leia mais

44% 56% 67.896 respostas no Brasil. 111.432 respostas na América Latina. 0,5% Margem de erro. Metodologia e Perfil. homens.

44% 56% 67.896 respostas no Brasil. 111.432 respostas na América Latina. 0,5% Margem de erro. Metodologia e Perfil. homens. Brasil A pesquisa em 2015 Metodologia e Perfil 111.432 respostas na América Latina 44% homens 67.896 respostas no Brasil 0,5% Margem de erro 56% mulheres * A pesquisa no Uruguai ainda está em fase de coleta

Leia mais

5 Análise dos resultados

5 Análise dos resultados 5 Análise dos resultados Neste capitulo será feita a análise dos resultados coletados pelos questionários que foram apresentados no Capítulo 4. Isso ocorrerá através de análises global e específica. A

Leia mais

Curso de Graduação. Dados do Curso. Administração. Contato. Modalidade a Distância. Ver QSL e Ementas. Universidade Federal do Rio Grande / FURG

Curso de Graduação. Dados do Curso. Administração. Contato. Modalidade a Distância. Ver QSL e Ementas. Universidade Federal do Rio Grande / FURG Curso de Graduação Administração Modalidade a Distância Dados do Curso Contato Ver QSL e Ementas Universidade Federal do Rio Grande / FURG 1) DADOS DO CURSO: COORDENAÇÃO: Profª MSc. Suzana Malta ENDEREÇO:

Leia mais

CURSO PRÉ-VESTIBULAR UNE-TODOS: CONTRIBUINDO PARA A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO *

CURSO PRÉ-VESTIBULAR UNE-TODOS: CONTRIBUINDO PARA A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO * CURSO PRÉ-VESTIBULAR UNE-TODOS: CONTRIBUINDO PARA A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO * COSTA, Marcia de Souza 1, PAES, Maria Helena Rodrigues 2 ; Palavras-chave: Pré-vestibular

Leia mais

A nova resolução da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para estatísticas de trabalho, ocupação e subutilização da mão de obra.

A nova resolução da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para estatísticas de trabalho, ocupação e subutilização da mão de obra. A nova resolução da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para estatísticas de trabalho, ocupação e subutilização da mão de obra São Paulo 10 de janeiro de 2014 O contexto e a motivação Resumo da

Leia mais

Índice. Grupo 7.4 - Módulo 17

Índice. Grupo 7.4 - Módulo 17 GRUPO 7.4 MÓDULO 17 Índice 1. Aspectos gerais das universidades corporativas (continuação)...3 2. Educação corporativa, gestão do conhecimento e gestão por competência: uma articulação de conceitos...3

Leia mais

UM RETRATO DAS MUITAS DIFICULDADES DO COTIDIANO DOS EDUCADORES

UM RETRATO DAS MUITAS DIFICULDADES DO COTIDIANO DOS EDUCADORES Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias novembro/2011 página 1 UM RETRATO DAS MUITAS DIFICULDADES DO COTIDIANO DOS EDUCADORES Claudia Davis: É preciso valorizar e manter ativas equipes bem preparadas

Leia mais

Prof. Ericksson Rocha e Almendra UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO almendra@.superest.ufrj.br

Prof. Ericksson Rocha e Almendra UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO almendra@.superest.ufrj.br ESCOLA POLITÉCNICA COBENGE 2014 (Forum Estudantil) Mobilidade Estudantil Internacional e Nacional Mobilidade Internacional na Escola Politécnica da UFRJ Diretoria Adjunta de Relações Internacionais Cenário

Leia mais

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Rene Baltazar Introdução Serão abordados, neste trabalho, significados e características de Professor Pesquisador e as conseqüências,

Leia mais

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM POLÍTICAS PÚBLICAS, ESTRATÉGIAS E DESENVOLVIMENTO

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM POLÍTICAS PÚBLICAS, ESTRATÉGIAS E DESENVOLVIMENTO PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM POLÍTICAS PÚBLICAS, ESTRATÉGIAS E DESENVOLVIMENTO LINHA DE PESQUISA: POLÍTICAS PÚBLICAS DE CULTURA JUSTIFICATIVA O campo de pesquisa em Políticas Públicas de

Leia mais

O Grupo Gerdau incentiva o trabalho em equipe e o uso de ferramentas de gestão pela qualidade na busca de soluções para os problemas do dia-a-dia.

O Grupo Gerdau incentiva o trabalho em equipe e o uso de ferramentas de gestão pela qualidade na busca de soluções para os problemas do dia-a-dia. O Grupo Gerdau incentiva o trabalho em equipe e o uso de ferramentas de gestão pela qualidade na busca de soluções para os problemas do dia-a-dia. Rio Grande do Sul Brasil PESSOAS E EQUIPES Equipes que

Leia mais

Termo de Referência nº 2014.0918.00043-7. 1. Antecedentes

Termo de Referência nº 2014.0918.00043-7. 1. Antecedentes Termo de Referência nº 2014.0918.00043-7 Ref: Contratação de consultoria pessoa física para desenvolver o Plano de Uso Público para a visitação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro concentrando na análise

Leia mais

REDE TEMÁTICA DE ACTIVIDADE FÍSICA ADAPTADA

REDE TEMÁTICA DE ACTIVIDADE FÍSICA ADAPTADA REDE TEMÁTICA DE ACTIVIDADE FÍSICA ADAPTADA Patrocinada e reconhecida pela Comissão Europeia no âmbito dos programas Sócrates. Integração social e educacional de pessoas com deficiência através da actividade

Leia mais

E R A S M U S + ERASMUS+ Faculdade de Farmácia Universidade de Lisboa. Apresentação

E R A S M U S + ERASMUS+ Faculdade de Farmácia Universidade de Lisboa. Apresentação ERASMUS+ Faculdade de Farmácia Universidade de Lisboa Apresentação ERASMUS+ - Ensino Superior O Erasmus+ é o novo programa da UE dedicado à educação, formação, juventude e desporto. O programa tem início

Leia mais