116 Desafios no processo de urbanização de grandes favelas: o caso da Rocinha, na cidade do Rio de Janeiro.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "116 Desafios no processo de urbanização de grandes favelas: o caso da Rocinha, na cidade do Rio de Janeiro."

Transcrição

1 116 Desafios no processo de urbanização de grandes favelas: o caso da Rocinha, na cidade do Rio de Janeiro. LEITÃO, Gerônimo (1) (1)Professor Doutor Escola de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Fluminense em Arquitetura e Urbanismo da UFF geronimo_leitao@uol.com.br Rua Francisco Otaviano 60/707 Copacabana Rio de Janeiro RJ CEP: _ Programa de Pós-Graduação Resumo O artigo em questão descreve, de forma sucinta, o processo de estruturação de uma das maiores favelas cariocas a Rocinha, localizada na zona sul da cidade, abordando as várias etapas da evolução da ocupação urbana dessa comunidade. Além dessa descrição, são abordados aspectos relativos às carências de infra-estrutura básica na Rocinha e seus impactos no ambiente construído. Por último, é feita uma breve análise dos desafios presentes nos programas de urbanização de grandes favelas, a partir do projeto que está sendo implementado pelo governo federal em associação com o governo do estado do Rio de Janeiro nessa comunidade, dentro do conjunto de intervenções denominado PAC (Plano de Aceleração do Crescimento). Abstract The article describes, in a brief way, the structuring process of one of the biggest slums of Rio de Janeiro - Rocinha, located in the south area of the city -, focusing the several stages of the evolution of that community's urban occupation. Are also described other aspects as the absence of basic infrastructure in Rocinha and the impacts of this absence on the environment built. Finally, it is made a short analysis of the present challenges in the programs of urbanization of great slums, starting from the project that is being implemented by the federal government - in association with the government of the state of Rio de Janeiro - in that community, inside of the group of interventions that have been denominated PAC (Plan of Acceleration of the Growth). Introdução Para uns, a Rocinha é a maior favela da América Latina. Desde 1986, é uma das regiões administrativas da cidade do Rio de Janeiro. Muitos afirmam que é uma verdadeira cidade, com vários bairros. Alguns cearenses chegam mesmo a dizer que a Rocinha é a segunda maior cidade do Ceará, depois de Fortaleza, tal o número de conterrâneos que lá vivem. São muitas as divergências quanto ao número de moradores da Rocinha. Variadas fontes apontam números que oscilam entre 45 mil e 200 mil habitantes.

2 Ocupando, atualmente, uma área de, aproximadamente, metros quadrados, na encosta dos morros Dois Irmãos e Laboriaux, a Rocinha limita-se na parte mais baixa com a auto-estrada Lagoa-Barra (RJ-071) e se desenvolve até os pontos mais altos, margeando a Estrada da Gávea. O terreno ocupado pela favela apresenta forma de concha e é constituído de uma parte plana que representa o núcleo central, junto à entrada do Túnel Dois Irmãos, desenvolvendo-se, em seguida, por terrenos de grande declividade até o topo do morro. Tem como vizinhos os bairros da Gávea e de São Conrado duas áreas residenciais das elites cariocas. Essa proximidade evidencia, especialmente para o olhar do visitante estrangeiro, as disparidades da distribuição de renda em nosso país: afinal, não é necessário caminhar muito mais do que um quilômetro para ir do inferno dos precários casebres de madeira localizados em áreas de risco na encosta, sem água corrente e esgoto ao céu das sofisticadas lojas de um dos mais requintados shopping-centers do Rio de Janeiro, onde é possível encontrar os mais caros artigos de consumo. Os dados apresentados pelo Relatório de Desenvolvimento Humano do Rio de Janeiro 1 elaborado pela Organização das Nações Unidas, em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Prefeitura confirmam essa polarização social: a Gávea tem o segundo maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da cidade 0,89, numa escala de 0 a 1, enquanto a Rocinha tem o quarto pior 0,59. Quanto à educação, metade da população da Gávea tem nível superior, enquanto que somente 2% de seus moradores são analfabetos. O oposto ocorre na Rocinha: 20% dos cidadãos que lá vivem não sabem ler nem escrever e apenas 2% tiveram acesso a cursos universitários. Enquanto que a escolaridade média na Gávea alcança 12 anos de estudo, na Rocinha reduz-se a quatro anos. Ainda no campo da educação: na Gávea, apenas 5% das crianças de 7 a 14 anos estão fora da escola, porém, na Rocinha, 25% das crianças não tem acesso à escolas. No que se refere à renda, a disparidade é tão acentuada quanto nos índices relativos à educação: a renda per capita da Gávea é 10 vezes maior do que a da Rocinha. Na Gávea, apenas 1% dos moradores ganham menos de meio salário mínimo por mês. Na Rocinha, esse número alcança 41%. Na Gávea, a renda média mensal é de R$ 2.042, na Rocinha, apenas R$ 214. A taxa de mortalidade infantil na Rocinha é cinco vezes mais alta do que na Gávea. Os moradores desse bairro, no entanto, vivem, em média, 13 anos a mais do que aqueles que vivem na Rocinha. 1 Bairros vizinhos, Rocinha e Gávea são o exemplo mais gritante da miséria e riqueza cariocas Jornal do Brasil, 25 de março de 2001.

3 Rocinha (no primeiro plano) e São Conrado (ao fundo): os extremos se encontram. (Foto do autor) Por sua vez, no que diz respeito ao acesso à infra-estrutura de saneamento básico, 99% dos moradores da Gávea dispõem de rede de esgoto oficial, ao passo que na Rocinha, 60% da população não possui esgotamento sanitário adequado. Entretanto, é possível encontrar, nessa comunidade favelada, áreas relativamente bem providas de infra-estrutura abastecimento de água, esgotamento sanitário, vias pavimentadas, iluminação pública, como no caso do Bairro Barcelos (setor localizado na parte baixa do morro, junto ao acesso do Túnel Dois Irmãos). Porém, também é possível encontrar locais de ocupação mais recente, onde as construções são bastante precárias, desprovidas de qualquer infra-estrutura e, não raro, situadas em áreas de risco. A Rocinha é, também, o lugar onde as coisas acontecem primeiro, afirma uma liderança comunitária local, destacando os projetos inovadores de geração de renda e de promoção social que tiveram início lá. A área ocupada pela Rocinha possuía, originalmente, características rurais. Os primeiros registros apontam a existência no local, em meados da década de 20, de uma grande fazenda, parcialmente ocupada. Nessa fazenda, de propriedade da Companhia Castro Guidão, na parte mais elevada do terreno, observava-se, ainda, a presença de uma densa floresta, remanescente da Mata Atlântica. Entre 1927 e 1930, a companhia loteou a fazenda e procedeu a venda de lotes de 270 metros quadrados a particulares uma conseqüência da intensificação do processo de ocupação da zona sul do Rio de 2 Janeiro, nesse período. 2 Aspectos Humanos da favela carioca. Suplemento Especial de O Estado de São Paulo, 1960.

4 Os primeiros ocupantes desse loteamento implantado ao longo de uma tortuosa estrada de terra batida a atual Estrada da Gávea eram, em sua maioria, pequenos comerciantes portugueses e operários de fábricas situadas nas proximidades (provavelmente as fábricas de tecidos do Jardim Botânico), que aí chegaram em Não dispondo de recursos suficientes para o cumprimento das exigências legais, surgiram problemas financeiros que levaram a companhia imobiliária responsável pelo empreendimento à falência (Andrade, 2002). A falência da companhia Castro Guidão, o desinteresse dos herdeiros pelo destino do empreendimento, a melhoria das condições de acesso à área com a pavimentação e iluminação da Estrada da Gávea e, particularmente, os boatos de que essas seriam terras do governo ou sem dono, teriam sido os fatores determinantes para o crescimento da ocupação irregular da Rocinha, tendo como origem as ruas originalmente previstas no loteamento. Iniciou-se, desse modo, o processo de ocupação da antiga área rural que, partindo do sopé do morro, se estenderia, ao longo dos anos, na direção dos terrenos à montante, segundo normas não escritas, que estabeleciam limites e procedimentos para os que ali chegavam. De acordo com Drummond (1981), por volta de 1940, a maioria dos moradores da Rocinha ocupava, basicamente, três áreas distintas: o trecho localizado no sopé da encosta, a faixa de terreno ao longo da estrada da Gávea e os lotes situados naquela que é apontada como a primeira rua da comunidade, na época, não mais do que um caminho: o Caminho do Boiadeiro. Drummond (1981) destaca que, nesse período, as condições gerais do ambiente construído eram, ainda, bastante precárias, sendo a região conectada à cidade, exclusivamente, através da estrada da Gávea, uma vez que o Túnel Dois Irmãos só seria construído anos mais tarde, na década de Em meados da década de 1940, a redemocratização do país, com o fim do regime autoritário do Estado Novo, faria com que as favelas se tornassem importantes redutos eleitorais, o que estimulou práticas clientelistas de políticos nestas comunidades (Andrade, 2002). Na Rocinha, há que se destacar, nesse período, a atuação de um candidato a vereador, que se apresentava como proprietário de terras naquela área e incentivou a ocupação de terrenos na encosta, sobretudo, por migrantes vindos do nordeste do país (Segala, 1991). A partir de 1950, ampliou-se a ocupação da área, ocorrendo, segundo Drummond (1981), um processo de transformação em barracos de madeira dos abrigos precários, localizados nas áreas inicialmente ocupadas. Nesse mesmo período, surgem, nas partes mais altas da encosta, novas e precárias construções, com características semelhantes àquelas existentes na primeira fase de ocupação da Rocinha: a favela prosseguia, assim, na sua expansão morro acima, tendo a estrada da Gávea e as ruas Um, Dois, Três e Quatro como vetores de crescimento. O primeiro recenseamento da Rocinha, realizado em 1950, aponta a existência de habitantes numa área que, devido à dispersão das moradias e ao caráter rarefeito da ocupação, apresentava características distintas de outras favelas cariocas, onde se observava um maior adensamento de edificações. A abertura do Túnel Dois Irmãos, ligando os bairros da Gávea e de São Conrado, assim como o conjunto de túneis e vias elevadas conectando estes à Barra da Tijuca, consolidariam o papel da Rocinha como locus da força de trabalho que contribuirá para a construção e a manutenção da novíssima Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro (Abreu, 1987). Do mesmo modo, a construção de hotéis de alto

5 luxo e de outros empreendimentos imobiliários, no bairro vizinho de São Conrado, gerando novas oportunidades de emprego, também contribuíram, para a expansão da favela nesse período. Muitos dos novos moradores da Rocinha eram oriundos de outras favelas, que haviam sido removidas da zona sul da cidade, entre meados dos anos sessenta e o início da década de Em 1980, relata Drummond (1981), todo o espaço passível de ocupação na encosta havia sido ocupado: na parte baixa, o casario alcançava uma densidade máxima, enquanto que moradias mais precárias situavam-se em trechos periféricos da favela. A favela, afirma esse autor (1981:74), está agora saturada de habitantes, limitada pelas escarpas inacessíveis da encosta e pela auto-estrada que liga o novo bairro de São Conrado à cidade. Nos anos 1990, a expansão da Rocinha prossegue: ao mesmo tempo em que, nos diferentes bairros da comunidade ocorre a verticalização das moradias existentes com o acréscimo de novos pavimentos, outras áreas, vizinhas à favela, são ocupadas. Há divergências no que diz respeito à quantificação do expressivo processo de crescimento populacional da Rocinha, ao longo dos últimos trinta anos. Em 1985, segundo dados apresentados pela Pastoral de Favelas, a Rocinha teria 250 mil habitantes 3. Por sua vez, os dados referentes à população e ao número de domicílios, divulgados pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro 4 em 1993, seriam de habitantes e de moradias, o que, comparado com os levantamentos produzidos anteriormente pela União Pró-Melhoramentos dos Moradores da Rocinha (UPMMR), poderia sugerir a ocorrência de um êxodo na comunidade, o que, efetivamente, não se deu 5. Os levantamentos mais recentes, do Censo 2000, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam uma população de habitantes na Rocinha. Contudo, as lideranças comunitárias locais afirmam, convictas, que , e, até mesmo, pessoas vivem na maior favela da América Latina. Ao superestimar o número de habitantes, essas lideranças procuram reafirmar a idéia de que a Rocinha é uma cidade, o que reforça, também, o peso político de suas reivindicações junto ao poder público por investimentos e, sobretudo, em infra-estrutura. No que diz respeito às ações do poder público, até o inicio da década de 1980, não ocorreram intervenções significativas, no sentido de promover a melhoria das condições de vida dos moradores locais. Em pesquisa realizada pela Prefeitura Municipal, em 1980, os principais problemas apontados pela população da Rocinha eram, em ordem decrescente de prioridade: segurança, iluminação pública, coleta do lixo, drenagem, esgotamento sanitário e abastecimento d água. Os resultados desse levantamento surpreenderam, em parte, os técnicos, que imaginavam a regularização da posse da terra como sendo uma das reivindicações prioritárias. As informações coletadas pareciam revelar, entretanto, que muitos dos entrevistados identificavam mudanças na relação existente entre o Estado e as comunidades faveladas, sendo, assim, descartado o temor da remoção da favela. No começo dos anos 1980, a relação entre o poder público e as comunidades faveladas realmente começava a passar por alterações expressivas, decorrentes, sobretudo, do processo de redemocratização 3 4 Melhorias estimulam especulação imobiliária na favela. Jornal do Brasil, 24 de novembro de Obtidos através dos resultados preliminares do censo demográfico realizado em 1991, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 5 De modo a melhor avaliar os números encontrados nessas diferentes pesquisas, seria necessário analisar as metodologias adotadas e comparar os critérios definidos para sua realização.

6 em curso na sociedade brasileira. Nesse momento, em que são realizadas as primeiras eleições livres desde 1964, para os Executivos municipal e estadual, diferentes grupos políticos destacam a necessidade de se resgatar a dívida social existente junto às comunidades faveladas, através de intervenções urbanísticas e da realização de programas de promoção social. Essa mudança na relação do Estado com as comunidades faveladas também foi percebida pelos moradores da Rocinha: os dados relativos a equipamentos comunitários e infra-estrutura disponível, apresentados em relatório pelo IPLANRIO, em 1993, revelam que, em dez anos, havia ocorrido um significativo aumento dos investimentos públicos na comunidade. O sistema de abastecimento d água encontrava-se parcialmente implantado, estimando-se que 80% da população tenha sido atendida por rede pública, sendo a qualidade do sistema considerada regular. A coleta de lixo, apesar de ainda serem observados pontos de acúmulo em alguns locais, foi ampliada, tendo sido, inclusive, criado pela Companhia Municipal de Limpeza Urbana (COMLURB) um núcleo de atendimento aos moradores, semelhante aos existentes em outros bairros da cidade. Em 1988, grande parte da Rocinha já dispunha de rede de iluminação pública, implantada pela Companhia Municipal de Energia / RioLuz. No que se refere à energia elétrica domiciliar, observava-se a existência de rede de distribuição regular da Light em todo os bairros que integram a comunidade, embora, ainda, se verificasse a existência de muitas ligações clandestinas os chamados gatos, sobretudo nas áreas de ocupação mais recente. Contudo esses investimentos foram insuficientes para alterar o quadro de salubridade na Rocinha. As conseqüências das precárias condições de salubridade do ambiente construído podem ser constatadas, também, nos registros do posto de saúde existente na Estrada da Gávea UACPS Dr. Albert Sabin, realizados em De acordo com esses registros, o grande número de atendimentos a doenças respiratórias ocorre não só pelas características climáticas do bairro, mas também pelas condições de localização das habitações (casas sem ventilação, sem permeabilidade da luz solar, próximas a pedras) e a forma de concentração familiar nestas moradias, sendo sua maioria casas em aglomeração subnormal. O terceiro maior atendimento pediátrico, por sua vez, é voltado para o tratamento de infecções de pele, devido à falta de saneamento básico que é verificado através de valas que percorrem as ruelas, becos, casas onde em épocas de chuvas tem-se o transbordamento do valão, levando ao aumento de casos de hepatite A, leptospirose (Butler & Carneiro de Carvalho, 2000). Em 2005, o governo do estado do Rio de Janeiro promoveu, em convênio com o Instituto de Arquitetos do Brasil Seção Rio de Janeiro, o Concurso Nacional de Idéias para a Urbanização do Complexo da Rocinha, com o objetivo de selecionar uma proposta de intervenção urbanística, que não só viabilizasse a urbanização da comunidade, mas, também, propusesse soluções para o crescimento ordenado da Rocinha. O projeto desenvolvido por uma equipe interdisciplinar formada por 22 profissionais, 8 estagiários e duas lideranças locais coordenada pelo arquiteto Luiz Carlos Toledo foi selecionado, tendo como principais propostas: Completar a infra-estrutura de saneamento (água, esgoto e águas pluviais) e da coleta e remoção de resíduos sólidos (lixo) ; 6 Perfil Epidemiológico da População da Rocinha. Ingrid Rocha Butler & Maria Helena Carneiro de Carvalho, Rio de Janeiro, 2000.

7 Garantir melhores condições de acessibilidade, melhorando as condições de circulação na Estrada da Gávea, prolongando e alargando, sempre que possível as demais ruas que servem a comunidade, criando áreas de estacionamento e derrubando as barreias físicas que hoje dificultam a circulação de pedestres; Estabelecer limites ao crescimento horizontal e vertical da Rocinha através de eco-limites e de uma legislação urbanística adequada ás características locais; Adotar um Plano Diretor de Habitação que possibilite a relocação na própria comunidade das famílias que tiverem que deixar suas casas em função das obras de urbanização ou por se localizarem em áreas de risco; Implantar na Rocinha uma fábrica de elementos pré-fabricados em argamassa armada para a fabricação das lajes das novas edificações, de escadas drenantes e de placas de contenção de encosta; Valorizar a cultura e a forte identidade da Rocinha criando um "corredor cultural" e preservando a memória do bairro através do tombamento de edificações e espaços considerados notáveis; Implantar uma forte infra-estrutura cultural através de salas de cinema e teatro, centros culturais, pequenas bibliotecas e espaços para o desenvolvimento das artes, plásticas, música, dança, etc. Dar um tratamento especial às áreas de contacto da Rocinha com os bairros vizinhos da Gávea e, em especial de São Conrado, onde a Rocinha certamente ocupará, se já não ocupa, o papel de principal centro de comércio e serviços do Bairro; Localizar, nestas áreas de transição entre a cidade formal e a informal, equipamentos de interesse comum que possam atrair as populações da Rocinha e dos Bairros Vizinhos; Implantar na Rocinha uma série de equipamentos urbanos entre os quais duas creches referência, mercado público, unidade pré-hospitalar, escola técnica etc. 7 Em março de 2008, foi anunciado pelo governo federal em associação com o governo do estado do Rio de Janeiro o início das obras de urbanização em três grandes favelas cariocas, entre as quais a Rocinha, cujo custo previsto é de R$ 900 milhões. Dentre os desafios previstos nas intervenções urbanísticas nessas comunidades, a questão da violência decorrente da presença expressiva de grupos de narcotraficantes levou o governo estadual a traçar estratégias de ação policial, de modo a garantir a execução das obras, em condições de segurança para operários e moradores. Contudo, ainda não há informações precisas sobre como serão essas ações de segurança pública e, conseqüentemente, sobre sua eficácia para viabilizar condições adequadas para a realização das obras, que podem vir a ter seus cronogramas de execução comprometidos por eventuais situações de conflito entre facções de narcotraficantes e policiais. Por outro lado, as próprias autoridades estaduais temem que a infra-estrutura de saneamento que será implantada na Rocinha venha a ser comprometida, caso sejam mantidos os índices de crescimento da comunidade. De acordo com o censo do IBGE, ao longo da década passada, a Rocinha cresceu 3%ao 7 Fonte: Memorial do projeto apresentado pela equipe do arquiteto Luiz Carlos Toledo, 2005.

8 ano, enquanto a cidade do Rio de Janeiro teve como crescimento o índice 0,73%. Mais do que o crescimento populacional em si, a questão a ser considerada é que este crescimento ocorreu de forma desordenada, com ocupações em áreas de risco e verticalização das moradias existentes um processo que, muitas vezes, coloca em risco a estabilidade das edificações, devido a problemas estruturais ou de geotecnia. O ordenamento do uso e ocupação do solo na Rocinha é, portanto, uma questão central não só para que as obras de urbanização realizadas alcancem os resultados pretendidos, mas, sobretudo, para assegurar melhores condições de vida aos moradores da Rocinha mas, isto será possível em uma favela? Reconhecer a peculiaridade da estruturação espacial da favela, com suas práticas e dinâmica próprias parece ser o primeiro passo para evitar mecanismos de controle de uso e ocupação do solo, concebidos a partir da lógica que estrutura a cidade oficial como, na década de 80, propunha, de forma pioneira entre nós, Carlos Nelson Ferreira dos Santos. Definir um conjunto de normas edilícias básicas que deverão ter como objetivo principal a garantia de condições mínimas da habitabilidade para os moradores da favela, amplamente discutidas e pactuadas pelos diferentes grupos representativos da população favelada, poderá ser o próximo passo. Por sua vez, algumas ações do poder público podem potencializar e otimizar as práticas dos diferentes agentes que participam do processo de produção da moradia na favela. Viabilizar a implantação de programas de assessoria técnica à quem constrói com a participação ativa da universidade pública é uma das ações possíveis. Outra seria a criação de linhas permanentes de financiamento, com taxas de juros baixos, para a aquisição de materiais de construção destinados à melhoria das condições de habitabilidade das moradias existentes e à realização de ampliações que atendam ao estabelecido pelas normas consensuais de ordenamento arquitetônico/urbanístico. Uma terceira ação seria o estabelecimento de parcerias com organizações não-governamentais, que já atuam nas comunidades faveladas, para a difusão junto aos moradores das informações referentes às normas edilícias pactuadas, bem como a fiscalização do cumprimento dessas regras. A incorporação, nesse processo de ordenamento do habitat da favela, das redes de organizações não-governamentais, cuja atuação é cada vez mais relevante no cotidiano de seus moradores, poderá levar à superação das dificuldades de caráter operacional, até aqui observadas nas iniciativas promovidas pelo poder público municipal. Acreditamos, portanto, que a implementação de ações como essas podem contribuir significativamente para promover uma nova forma de ordenamento da expansão das favelas desta vez de forma coerente com a dinâmica particular de produção do habitat destes assentamentos informais, neste início do século XXI.

9 Bibliografia ABREU, M. Evolução Urbana do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro: Zahar, ANDRADE, L. S. Espaço Público e Favelas: Uma análise da dimensão pública dos espaços coletivos não edificados na Rocinha. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Geografia UFRJ, Rio de Janeiro, BUTLER, I. R. & CARVALHO, M. H. C. Perfil Epidemiológico da População da Rocinha. Cópia xerográfica, Rio de Janeiro, junho de 2000 DRUMMOND, D. Architectes des favelas. Bordas, Paris, LEITÃO, G. Dos barracos de madeira aos prédios de quitinetes: Uma análise do processo de produção da moradia na favela da Rocinha,ao longo de cinqüenta anos. Tese de Doutorado. Programa de Pós- Graduação em Geografia UFRJ, Rio de Janeiro, SEGALA, L. O Riscado do Balão Japonês: trabalho comunitário na Rocinha ( ). Dissertação de Mestrado em Antropologia Social Museu Nacional / UFRJ, Rio de Janeiro, 1991.

os projetos de urbanização de favelas 221

os projetos de urbanização de favelas 221 5.15 Favela Jardim Floresta. Vielas e padrão de construção existente. 5.16 Favela Jardim Floresta. Plano geral de urbanização e paisagismo. 5.17 Favela Jardim Floresta. Seção transversal. 5.18 Favela Jardim

Leia mais

Urbanização no Brasil

Urbanização no Brasil Urbanização no Brasil Urbanização é o aumento proporcional da população urbana em relação à população rural. Segundo esse conceito, só ocorre urbanização quando o crescimento da população urbana é superior

Leia mais

Esta apresentação foi realizada no âmbito do projeto Moradia é Central durante o seminário do projeto em Recife.

Esta apresentação foi realizada no âmbito do projeto Moradia é Central durante o seminário do projeto em Recife. Esta apresentação foi realizada no âmbito do projeto Moradia é Central durante o seminário do projeto em Recife. Data: dia 29 de abril de 2009 Local: sede da ONG Etapas no Recife PROGRAMA REABILITAÇÃO

Leia mais

AULA 3. Aspectos Técnicos da Regularização Fundiária.

AULA 3. Aspectos Técnicos da Regularização Fundiária. Regularização Fundiária de Assentamentos Informais em Áreas Urbanas Disciplina: Regularização Fundiária e Plano Diretor Unidade 03 Professor(a): Laura Bueno e Pedro Monteiro AULA 3. Aspectos Técnicos da

Leia mais

História da Habitação em Florianópolis

História da Habitação em Florianópolis História da Habitação em Florianópolis CARACTERIZAÇÃO DAS FAVELAS EM FLORIANÓPOLIS No início do século XX temos as favelas mais antigas, sendo que as primeiras se instalaram em torno da região central,

Leia mais

PLANO DIRETOR MUNICIPAL

PLANO DIRETOR MUNICIPAL PLANO DIRETOR MUNICIPAL Todos os municípios têm por atribuição constitucional a responsabilidade de exercer o controle sobre o uso e ocupação do solo, e criar condições para o desenvolvimento sustentável

Leia mais

Urbanização Brasileira

Urbanização Brasileira Urbanização Brasileira O Brasil é um país com mais de 190 milhões de habitantes. A cada 100 pessoas que vivem no Brasil, 84 moram nas cidades e 16 no campo. A população urbana brasileira teve seu maior

Leia mais

RESULTADOS DO ÍNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIAL DO PARANÁ - 2010 *

RESULTADOS DO ÍNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIAL DO PARANÁ - 2010 * RESULTADOS DO ÍNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIAL DO PARANÁ - 2010 * Os resultados aqui apresentados foram extraídos do Atlas da Vulnerabilidade Social nos Municípios Brasileiros, elaborado pelo Instituto

Leia mais

Curso sobre a Gestão de resíduos sólidos urbanos

Curso sobre a Gestão de resíduos sólidos urbanos Curso sobre a Gestão de resíduos sólidos urbanos Consideram-se resíduos sólidos como sendo rejeitos resultantes das diversas atividades humanas. Podem ser de diversas origens: industrial, doméstica, hospitalar,

Leia mais

Programa Paraisópolis

Programa Paraisópolis Programa Paraisópolis Identificação das Comunidades Cemitério Getsemani Jd. Colombo Paraisópolis Porto Seguro Cemitério do Morumbi Colégio Visconde de Porto Seguro Programa Paraisópolis Caracterização

Leia mais

FORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO

FORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias dezembro/2006 página 1 FORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO Fúlvia Rosemberg: analisa ações de inclusão e apresenta programa voltado para a formação de novas lideranças

Leia mais

População e PIB das cidades médias crescem mais que no resto do Brasil

População e PIB das cidades médias crescem mais que no resto do Brasil RELEASE 17 de JULHO de 2008. População e PIB das cidades médias crescem mais que no resto do Brasil Aumentos de riquezas e de habitantes nas cidades com 100 mil a 500 mil, neste século, superam a média

Leia mais

Revisão Participativa dos Instrumentos de Planejamento e Gestão da Cidade de São Paulo Volume 1

Revisão Participativa dos Instrumentos de Planejamento e Gestão da Cidade de São Paulo Volume 1 Revisão Participativa dos Instrumentos de Planejamento e Gestão da Cidade de São Paulo Volume 1 Entenda quais são os Instrumentos de Planejamento e Gestão Urbana que serão revistos Revisão Participativa

Leia mais

INDICADORES DEMOGRÁFICOS E NORDESTE

INDICADORES DEMOGRÁFICOS E NORDESTE INDICADORES DEMOGRÁFICOS E SOCIAIS E ECONÔMICOS DO NORDESTE Verônica Maria Miranda Brasileiro Consultora Legislativa da Área XI Meio Ambiente e Direito Ambiental, Organização Territorial, Desenvolvimento

Leia mais

E CONFLITOS. Painel: Habitação Popular e Mercados Informais (Regularização Fundiária) / Outros Temas de Interesse Geral

E CONFLITOS. Painel: Habitação Popular e Mercados Informais (Regularização Fundiária) / Outros Temas de Interesse Geral REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA NA CIDADE DE PIRACICABA - SP: AÇÕES A E CONFLITOS Painel: Habitação Popular e Mercados Informais (Regularização Fundiária) / Outros Temas de Interesse Geral Engª Civil Silvia Maria

Leia mais

2.1 DINÂMICA POPULACIONAL

2.1 DINÂMICA POPULACIONAL DIMENSÃO SOCIAL . DINÂMICA POPULACIONAL Esta seção tem como objetivo expor a evolução e distribuição da população no território paranaense, apontando, em particular, a concentração que se realiza em determinadas

Leia mais

Análise de Projeto Técnico Social APT MUNICÍPIO DE SÃO SEPÉ

Análise de Projeto Técnico Social APT MUNICÍPIO DE SÃO SEPÉ TE-SER Social Consultoria e Assessoria de Projetos Ltda. Rua Upamaroti, 1129/121 Bairro Cristal Porto Alegre/RS CEP: 90.820-140 CNPJ: 08.798.484/0001-78 Inscrição Municipal: 510.834.26 Análise de Projeto

Leia mais

---- ibeu ---- ÍNDICE DE BEM-ESTAR URBANO

---- ibeu ---- ÍNDICE DE BEM-ESTAR URBANO INSTITUTO NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA CNPq/FAPERJ/CAPES ---- ibeu ---- ÍNDICE DE BEM-ESTAR URBANO COORDENAÇÃO LUIZ CÉSAR DE QUEIROZ RIBEIRO EQUIPE RESPONSÁVEL ANDRÉ RICARDO SALATA LYGIA GONÇALVES

Leia mais

MINISTÉRIO DA SAÚDE FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE Coordenação Regional de santa Catarina ATENÇÃO

MINISTÉRIO DA SAÚDE FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE Coordenação Regional de santa Catarina ATENÇÃO ATENÇÃO Apresentação do Seminário A Lei da Política Nacional do Saneamento Básico (lei 11.445/07) e o Inquérito Civil Público Estadual 04/04/PGJ/MPSC, realizado nos dias 30 e 31 de outubro de 2008. Arquivos

Leia mais

Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Guarulhos Departamento de Relações Comunitárias PROGRAMA DE USO RACIONAL DA ÁGUA MOBILIZAÇÃO COMUNITÁRIA

Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Guarulhos Departamento de Relações Comunitárias PROGRAMA DE USO RACIONAL DA ÁGUA MOBILIZAÇÃO COMUNITÁRIA Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Guarulhos Departamento de Relações Comunitárias PROGRAMA DE USO RACIONAL DA ÁGUA MOBILIZAÇÃO COMUNITÁRIA AUTOR: Tatiana Rodrigues Moura. Chefe de Seção de Expediente

Leia mais

O PROGRAMA CASA FÁCIL-UNIFIL: EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E INSERÇÃO SOCIAL Gilson Jacob Bergoc 1, Ivan Prado Jr 2 e Ivanóe De Cunto 3

O PROGRAMA CASA FÁCIL-UNIFIL: EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E INSERÇÃO SOCIAL Gilson Jacob Bergoc 1, Ivan Prado Jr 2 e Ivanóe De Cunto 3 O PROGRAMA CASA FÁCIL-UNIFIL: EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E INSERÇÃO SOCIAL Gilson Jacob Bergoc 1, Ivan Prado Jr 2 e Ivanóe De Cunto 3 Pode-se dizer que a cidade contemporânea sofre de um mal crônico, senão

Leia mais

Desigualdades em saúde - Mortalidade infantil. Palavras-chave: mortalidade infantil; qualidade de vida; desigualdade.

Desigualdades em saúde - Mortalidade infantil. Palavras-chave: mortalidade infantil; qualidade de vida; desigualdade. Desigualdades em saúde - Mortalidade infantil Ruth Rangel * Fernanda Azevedo * Palavras-chave: mortalidade infantil; qualidade de vida; desigualdade. Resumo A redução das desigualdades sociais tem sido

Leia mais

Análise de Projeto Técnico Social APT MUNICÍPIO DE RONDA ALTA

Análise de Projeto Técnico Social APT MUNICÍPIO DE RONDA ALTA TE-SER Social Consultoria e Assessoria de Projetos Ltda. Rua Upamaroti, 1129/121 Bairro Cristal Porto Alegre/RS CEP: 90.820-140 CNPJ: 08.798.484/0001-78 Inscrição Municipal: 510.834.26 Análise de Projeto

Leia mais

Ao dormir, todos somos vulneráveis. William Shakespeare NOTA TÉCNICA. Adma Figueiredo. Eloisa Domingues. Ivete Rodrigues

Ao dormir, todos somos vulneráveis. William Shakespeare NOTA TÉCNICA. Adma Figueiredo. Eloisa Domingues. Ivete Rodrigues Ao dormir, todos somos vulneráveis. William Shakespeare NOTA TÉCNICA Tipologia da Vulnerabilidade Social na Bacia Hidrográfica do São Francisco, Brasil Adma Figueiredo Geógrafa IBGE Eloisa Domingues Geógrafa

Leia mais

INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE PARA O ENFRENTAMENTO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS EM ÁREAS URBANAS: UM ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE BELÉM, PARÁ, BRASIL

INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE PARA O ENFRENTAMENTO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS EM ÁREAS URBANAS: UM ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE BELÉM, PARÁ, BRASIL INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE PARA O ENFRENTAMENTO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS EM ÁREAS URBANAS: UM ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE BELÉM, PARÁ, BRASIL Priscila da Silva Batista Instituto Tecnológico, Universidade

Leia mais

Análise do IBEU para a RIDE-DF e a AMB

Análise do IBEU para a RIDE-DF e a AMB Análise do IBEU para a RIDE-DF e a AMB Rômulo José da Costa Ribeiro Professor Doutor da Universidade de Brasília UnB, Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo PPG-FAU, Programa de Pós-Graduação

Leia mais

Como estruturar empreendimentos mistos

Como estruturar empreendimentos mistos 1 Como estruturar empreendimentos mistos Por Mariana Borges Altmayer Advogada esclarece dúvidas sobre o registro de incorporação, a convenção de condomínio e o modelo de gestão para empreendimentos de

Leia mais

Panorama Municipal. Município: Aliança / PE. Aspectos sociodemográficos. Demografia

Panorama Municipal. Município: Aliança / PE. Aspectos sociodemográficos. Demografia Município: Aliança / PE Aspectos sociodemográficos Demografia A população do município ampliou, entre os Censos Demográficos de 2000 e 2010, à taxa de 0,06% ao ano, passando de 37.188 para 37.415 habitantes.

Leia mais

ANÁLISE DE PROJETO TÉCNICO SOCIAL APT MUNICÍPIO SANTANA DA BOA VISTA

ANÁLISE DE PROJETO TÉCNICO SOCIAL APT MUNICÍPIO SANTANA DA BOA VISTA TE-SER Social Consultoria e Assessoria de Projetos Ltda. Rua Upamaroti, 1129/121 Bairro Cristal Porto Alegre/RS CEP: 90.820-140 CNPJ: 08.798.484/0001-78 Inscrição Municipal: 510.834.26 ANÁLISE DE PROJETO

Leia mais

OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS Instrumentos de viabilização de projetos urbanos integrados

OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS Instrumentos de viabilização de projetos urbanos integrados OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS Instrumentos de viabilização de projetos urbanos integrados DEAP/SNAPU/MCIDADES Maio/2015 Contexto brasileiro Necessidade de obras públicas para requalificação e reabilitação

Leia mais

SEMINÁRIOS TEMÁTICOS. Mesa 1: Produção Habitacional : programas de financiamento da habitação de interesse social

SEMINÁRIOS TEMÁTICOS. Mesa 1: Produção Habitacional : programas de financiamento da habitação de interesse social SEMINÁRIOS TEMÁTICOS Mesa 1: Produção Habitacional : programas de financiamento da habitação de interesse social Maria do Carmo Avesani Diretora do Departamento de Produção Habitacional Secretaria Nacional

Leia mais

Ser grande não significa ser mais rico, e ter relevância em um dos indicadores não confere a cada país primazia em comparação a outro.

Ser grande não significa ser mais rico, e ter relevância em um dos indicadores não confere a cada país primazia em comparação a outro. ASSUNTO em pauta O BRIC em números P o r Sérgio Pio Bernardes Ser grande não significa ser mais rico, e ter relevância em um dos indicadores não confere a cada país primazia em comparação a outro. É Smuito

Leia mais

Projeto da Rede Coletora de Esgoto Sanitário. Profª Gersina Nobre

Projeto da Rede Coletora de Esgoto Sanitário. Profª Gersina Nobre Projeto da Rede Coletora de Esgoto Sanitário Profª Gersina Nobre Na elaboração do projeto da rede coletora de esgoto sanitário devem se observadas as seguintes normas da ABNT: NBR 9648 Estudo de concepção

Leia mais

SITUAÇÃO DOS ODM NOS MUNICÍPIOS

SITUAÇÃO DOS ODM NOS MUNICÍPIOS SITUAÇÃO DOS ODM NOS MUNICÍPIOS O presente levantamento mostra a situação dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) nos municípios brasileiros. Para realizar a comparação de forma mais precisa,

Leia mais

O programa de urbanização de favelas da prefeitura de São Paulo um estudo de caso da favela de Heliópolis

O programa de urbanização de favelas da prefeitura de São Paulo um estudo de caso da favela de Heliópolis O programa de urbanização de favelas da prefeitura de São Paulo um estudo de caso da favela de Heliópolis Fabiana Cristina da Luz luz.fabiana@yahoo.com.br Universidade Cruzeiro do Sul Palavras-chave: Urbanização

Leia mais

DESIGUALDADE AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE SALINAS MG

DESIGUALDADE AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE SALINAS MG DESIGUALDADE AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE SALINAS MG BRENO FURTADO LIMA 1, EDUARDO OLIVEIRA JORGE 2, FÁBIO CHAVES CLEMENTE 3, GUSTAVO ANDRADE GODOY 4, RAFAEL VILELA PEREIRA 5, ALENCAR SANTOS 6 E RÚBIA GOMES

Leia mais

PLANO HABITACIONAL FRANCA PLHIS PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL

PLANO HABITACIONAL FRANCA PLHIS PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL PLANO HABITACIONAL FRANCA PLHIS PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL HABITAÇÃO: COMO NECESSIDADE HUMANA ABRIGO As pessoas precisam de proteção para si e suas famílias contra as intempéries da natureza.

Leia mais

INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA IMPACTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO PRODUTO INTERNO BRUTO BRASILEIRO

Leia mais

PROGRAMA PARAISÓPOLIS Regularização Fundiária

PROGRAMA PARAISÓPOLIS Regularização Fundiária PROGRAMA PARAISÓPOLIS Regularização Fundiária POLÍTICA HABITACIONAL DA CIDADE DE SÃO PAULO Plano Diretor Estratégico do Município (Lei 13.430/02, art. 79): Moradia digna é aquela que garante ao morador

Leia mais

Caracterização do território

Caracterização do território Perfil do Município de Porto Alegre do Norte, MT 02/08/2013 - Pág 1 de 14 Caracterização do território Área 3994,51 km² IDHM 2010 0,673 Faixa do IDHM Médio (IDHM entre 0,6 e 0,699) (Censo 2010) 10748 hab.

Leia mais

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Maio 2012 BAIRROS PLANEJADOS UMA REALIDADE NO BRASIL

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Maio 2012 BAIRROS PLANEJADOS UMA REALIDADE NO BRASIL Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Maio 2012 BAIRROS PLANEJADOS UMA REALIDADE NO BRASIL Ivo Szterling, Arquiteto Urbanista Diretor de Urbanismo da Cipasa Desenvolvimento

Leia mais

Parcelamento do Solo. Projeto de Loteamentos

Parcelamento do Solo. Projeto de Loteamentos Introdução Parcelamento do Solo Projeto de Loteamentos Prof. Mário Barreiros O parcelamento e a estruturação da cidade O parcelamento do solo é o principal instrumento de estruturação do espaço urbano

Leia mais

Análise de Projeto Técnico Social APT MUNICÍPIO DE VICENTE DUTRA/RS

Análise de Projeto Técnico Social APT MUNICÍPIO DE VICENTE DUTRA/RS TE-SER Social Consultoria e Assessoria de Projetos Ltda. Rua Upamaroti, 1129/121 Bairro Cristal Porto Alegre/RS CEP: 90.820-140 CNPJ: 08.798.484/0001-78 Inscrição Municipal: 510.834.26 Análise de Projeto

Leia mais

PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DE BIBLIOTECAS ESCOLARES NA CIDADE DE GOIÂNIA

PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DE BIBLIOTECAS ESCOLARES NA CIDADE DE GOIÂNIA PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DE BIBLIOTECAS ESCOLARES NA CIDADE DE GOIÂNIA APRESENTAÇÃO Toda proposta educacional cujo eixo do trabalho pedagógico seja a qualidade da formação a ser oferecida aos estudantes

Leia mais

DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOS PADRÕES RECENTES

DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOS PADRÕES RECENTES DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOS PADRÕES RECENTES Barbara Christine Nentwig Silva Professora do Programa de Pós Graduação em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Social /

Leia mais

PRÊMIO SELO MÉRITO 2012 PROJETO AMBIENTAL E SOCIALMENTE RESPONSÁVEL

PRÊMIO SELO MÉRITO 2012 PROJETO AMBIENTAL E SOCIALMENTE RESPONSÁVEL PRÊMIO SELO MÉRITO 2012 PROJETO AMBIENTAL E SOCIALMENTE RESPONSÁVEL Nossa responsabilidade vai além da diminuição do déficit habitacional do Estado de Goiás. A prioridade é fomentar ambientes sustentáveis,

Leia mais

Viva Rio lança trabalho socioambiental que contempla Nova Friburgo

Viva Rio lança trabalho socioambiental que contempla Nova Friburgo Início Notícias Viva Rio lança trabalho socioambiental que contempla Nova Friburgo Iniciativa é parte do projeto Rios da Serra. Sede provisória da organização é montada no Prado TERÇA FEIRA, 19 DE MAIO

Leia mais

ANÁLISE DA INCIDÊNCIA DE DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA NA REGIÃO DE JACARAÍPE E NOVA ALMEIDA, SERRA, ES. DEVAIR VIAL BRZESKY

ANÁLISE DA INCIDÊNCIA DE DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA NA REGIÃO DE JACARAÍPE E NOVA ALMEIDA, SERRA, ES. DEVAIR VIAL BRZESKY ANÁLISE DA INCIDÊNCIA DE DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA NA REGIÃO DE JACARAÍPE E NOVA ALMEIDA, SERRA, ES. DEVAIR VIAL BRZESKY Importância da água para a vida: Higiene pessoal. Preparação dos alimentos.

Leia mais

Proponente/Agente Promotor: Prefeitura Municipal de Salto do Jacuí - RS. 1.000.000,00 Contrapartida

Proponente/Agente Promotor: Prefeitura Municipal de Salto do Jacuí - RS. 1.000.000,00 Contrapartida TE-SER Social Consultoria e Assessoria de Projetos Ltda. Rua Upamaroti, 1129/121 Bairro Cristal Porto Alegre/RS CEP: 90.820-140 CNPJ: 08.798.484/0001-78 Inscrição Municipal: 510.834.26 Análise de Projeto

Leia mais

Caracterização do território

Caracterização do território Perfil do Município de Novo Mundo, MT 02/08/2013 - Pág 1 de 14 Caracterização do território Área 5826,18 km² IDHM 2010 0,674 Faixa do IDHM Médio (IDHM entre 0,6 e 0,699) (Censo 2010) 7332 hab. Densidade

Leia mais

BRASIL EXCLUDENTE E CONCENTRADOR. Colégio Anglo de Sete Lagoas Prof.: Ronaldo Tel.: (31) 2106 1750

BRASIL EXCLUDENTE E CONCENTRADOR. Colégio Anglo de Sete Lagoas Prof.: Ronaldo Tel.: (31) 2106 1750 BRASIL EXCLUDENTE E CONCENTRADOR As crises econômicas que se sucederam no Brasil interromperam a política desenvolvimentista. Ocorre que o modelo de desenvolvimento aqui implantado (modernização conservadora

Leia mais

Caracterização do território

Caracterização do território Perfil do Município de Vera, MT 02/08/2013 - Pág 1 de 14 Caracterização do território Área 2962,4 km² IDHM 2010 0,680 Faixa do IDHM Médio (IDHM entre 0,6 e 0,699) (Censo 2010) 10235 hab. Densidade demográfica

Leia mais

MUDANÇAS DA ORDEM URBANA DAS METRÓPOLES LIVROS COMPARATIVOS Ciência e Tecnologia Ministério da Ciência e Tecnologia

MUDANÇAS DA ORDEM URBANA DAS METRÓPOLES LIVROS COMPARATIVOS Ciência e Tecnologia Ministério da Ciência e Tecnologia MUDANÇAS DA ORDEM URBANA DAS METRÓPOLES LIVROS COMPARATIVOS Ciência e Tecnologia Ministério da Ciência e Tecnologia Capítulo 6 Organização Social do Território e formas de provisão de moradia Seminário

Leia mais

Shopping Iguatemi Campinas Reciclagem

Shopping Iguatemi Campinas Reciclagem Shopping Iguatemi Campinas Reciclagem 1) COMO FUNCIONA? O PROBLEMA OU SITUAÇÃO ANTERIOR Anteriormente, todos os resíduos recicláveis ou não (com exceção do papelão), ou seja, papel, plásticos, vidros,

Leia mais

XXV ENCONTRO NACIONAL DA UNCME

XXV ENCONTRO NACIONAL DA UNCME XXV ENCONTRO NACIONAL DA UNCME Os desafios da Educação Infantil nos Planos de Educação Porto de Galinhas/PE Outubro/2015 Secretaria de Educação Básica CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL É direito dos trabalhadores

Leia mais

Caracterização do território

Caracterização do território Perfil do Município de São José do Rio Claro, MT 02/08/2013 - Pág 1 de 14 Caracterização do território Área 5074,56 km² IDHM 2010 0,682 Faixa do IDHM Médio (IDHM entre 0,6 e 0,699) (Censo 2010) 17124 hab.

Leia mais

O Programa de Educação em Saúde e Mobilização Social em Guarulhos-SP: desenvolvimento e contribuições

O Programa de Educação em Saúde e Mobilização Social em Guarulhos-SP: desenvolvimento e contribuições O Programa de Educação em Saúde e Mobilização Social em Guarulhos-SP: desenvolvimento e contribuições Autora: Vânia Maria Nunes dos Santos Outros autores: Marcos Tsutomu Tamai, Erotides Lacerda Choueri

Leia mais

QUALIFICAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DE PROFESSORES DAS UNIDADES DE ENSINO NA ELABORAÇÃO DE PROGRAMAS FORMAIS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

QUALIFICAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DE PROFESSORES DAS UNIDADES DE ENSINO NA ELABORAÇÃO DE PROGRAMAS FORMAIS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL QUALIFICAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DE PROFESSORES DAS UNIDADES DE ENSINO NA ELABORAÇÃO DE PROGRAMAS FORMAIS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL MOHAMED HABIB* & GIOVANNA FAGUNDES** * Professor Titular, IB, UNICAMP ** Aluna

Leia mais

FINANCIAMENTO DO DESENVOLVIMENTO URBANO

FINANCIAMENTO DO DESENVOLVIMENTO URBANO FINANCIAMENTO DO DESENVOLVIMENTO URBANO As condições para o financiamento do desenvolvimento urbano estão diretamente ligadas às questões do federalismo brasileiro e ao desenvolvimento econômico. No atual

Leia mais

Pesquisa Semesp. A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho

Pesquisa Semesp. A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho Pesquisa Semesp A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho 2008 Ensino superior é um forte alavancador da carreira profissional A terceira Pesquisa Semesp sobre a formação acadêmica dos profissionais

Leia mais

POLÍTICA DE SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE (SMS) Sustentabilidade

POLÍTICA DE SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE (SMS) Sustentabilidade POLÍTICA DE SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE (SMS) Sustentabilidade POLÍTICA DE SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE (SMS) A CONCERT Technologies S.A. prioriza a segurança de seus Colaboradores, Fornecedores,

Leia mais

Princípios, valores e iniciativas de mobilização comunitária. Território do Bem - Vitória/ES

Princípios, valores e iniciativas de mobilização comunitária. Território do Bem - Vitória/ES Princípios, valores e iniciativas de mobilização comunitária. Território do Bem - Vitória/ES O Ateliê de Idéias é uma organização social, sem fins lucrativos, fundada em 2003, que tem como missão desenvolver

Leia mais

PLANO DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL E URBANIZAÇÃO

PLANO DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL E URBANIZAÇÃO As ocupações irregulares em áreas de Manancial configuram o principal problema ambiental da Região Metropolitana de Curitiba. A problemática ambiental que envolve o município de Campo Magro é complexa.

Leia mais

Caracterização do território

Caracterização do território Perfil do Município de Cabo Verde, MG 29/07/2013 - Pág 1 de 14 Caracterização do território Área 368,15 km² IDHM 2010 0,674 Faixa do IDHM Médio (IDHM entre 0,6 e 0,699) (Censo 2010) 13823 hab. Densidade

Leia mais

Programa de Regularização Fundiária de Interesse Social

Programa de Regularização Fundiária de Interesse Social Programa de Regularização Fundiária de Interesse Social CASA LEGAL Programa Estadual de Regularização Fundiária Programa Casa Legal Devido a Lei Estadual nº 16.269, de 29 de maio de 2008, dispor em seu

Leia mais

Plano de Monitoramento dos Impactos Sociais do Projeto de Carbono no Corredor de Biodiversidade Emas-Taquari

Plano de Monitoramento dos Impactos Sociais do Projeto de Carbono no Corredor de Biodiversidade Emas-Taquari Plano de Monitoramento dos Impactos Sociais do Projeto de Carbono no Corredor de Biodiversidade Emas-Taquari Monitoramento dos Impactos à Comunidade Plano de monitoramento dos impactos sociais Os impactos

Leia mais

Caracterização do território

Caracterização do território Perfil do Município de Guaranésia, MG 29/07/2013 - Pág 1 de 14 Caracterização do território Área 294,28 km² IDHM 2010 0,701 Faixa do IDHM Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799) (Censo 2010) 18714 hab. Densidade

Leia mais

Gestão da Demanda de Água Através de Convênios e Parcerias com o Governo do Estado de São Paulo e Prefeitura da Cidade de São Paulo SABESP

Gestão da Demanda de Água Através de Convênios e Parcerias com o Governo do Estado de São Paulo e Prefeitura da Cidade de São Paulo SABESP Gestão da Demanda de Água Através de Convênios e Parcerias com o Governo do Estado de São Paulo e Prefeitura da Cidade de São Paulo SABESP R. R. Chahin a a. Companhia de Saneamento Básico do Estado de

Leia mais

Trabalho apresentado no III Congresso Ibero-americano de Psicogerontologia, sendo de total responsabilidade de seu(s) autor(es).

Trabalho apresentado no III Congresso Ibero-americano de Psicogerontologia, sendo de total responsabilidade de seu(s) autor(es). A QUALIDADE DE VIDA SOB A ÓTICA DAS DINÂMICAS DE MORADIA: A IDADE ENQUANTO UM FATOR DE ACÚMULO DE ATIVOS E CAPITAL PESSOAL DIFERENCIADO PARA O IDOSO TRADUZIDO NAS CONDIÇÕES DE MORADIA E MOBILIDADE SOCIAL

Leia mais

Caracterização do território

Caracterização do território Perfil do Município de Peruíbe, SP 30/07/2013 - Pág 1 de 14 Caracterização do território Área 323,17 km² IDHM 2010 0,749 Faixa do IDHM Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799) (Censo 2010) 59773 hab. Densidade

Leia mais

Ministério das Cidades MCidades

Ministério das Cidades MCidades Ministério das Cidades MCidades Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ODS São Paulo, 02 de junho de 2014 Roteiro 1. O processo de urbanização no Brasil: histórico. 2. Avanços institucionais na promoção

Leia mais

UM RETRATO DAS MUITAS DIFICULDADES DO COTIDIANO DOS EDUCADORES

UM RETRATO DAS MUITAS DIFICULDADES DO COTIDIANO DOS EDUCADORES Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias novembro/2011 página 1 UM RETRATO DAS MUITAS DIFICULDADES DO COTIDIANO DOS EDUCADORES Claudia Davis: É preciso valorizar e manter ativas equipes bem preparadas

Leia mais

Ação 14- Indicação de Áreas Protegidas para Criação de Unidades de Conservação (incluindo nascentes e trechos de cursos de água com Classe Especial)

Ação 14- Indicação de Áreas Protegidas para Criação de Unidades de Conservação (incluindo nascentes e trechos de cursos de água com Classe Especial) 180 SUB-PROGRAMA 7 USO DO SOLO Áreas Protegidas Este Sub-Programa contempla uma única ação, que trata da Indicação de Áreas Protegidas para Criação de Unidades de Conservação (incluindo nascentes e trechos

Leia mais

TÍTULO: DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NA CIDADE DE POÁ, SP.

TÍTULO: DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NA CIDADE DE POÁ, SP. TÍTULO: DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NA CIDADE DE POÁ, SP. CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: ENGENHARIAS E ARQUITETURA SUBÁREA: ENGENHARIAS INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO

Leia mais

Nas cidades brasileiras, 35 milhões de pessoas usam fossa séptica para escoar dejetos

Nas cidades brasileiras, 35 milhões de pessoas usam fossa séptica para escoar dejetos Nas cidades brasileiras, 35 milhões de usam fossa séptica para escoar dejetos Presentes em 21,4% dos lares brasileiros, tais instalações são consideradas inadequadas no meio urbano, pois podem contaminar

Leia mais

Regularização Fundiária. Rosane Tierno 02 julho -2011

Regularização Fundiária. Rosane Tierno 02 julho -2011 Regularização Fundiária Rosane Tierno 02 julho -2011 Parte I - Informalidade fundiária Imagem interna de um cortiço Regularização Fundiária Por que?? INFORMALIDADE FUNDIÁRIA URBANA MUNICÍPIOS POR FAIXA

Leia mais

ORÉADES NÚCLEO DE GEOPROCESSAMENTO RELATÓRIO DE ATIVIDADES

ORÉADES NÚCLEO DE GEOPROCESSAMENTO RELATÓRIO DE ATIVIDADES ORÉADES NÚCLEO DE GEOPROCESSAMENTO PROJETO CARBONO NO CORREDOR DE BIODIVERSIDADE EMAS TAQUARI RELATÓRIO DE ATIVIDADES ASSENTEMENTOS SERRA DAS ARARAS, FORMIGUINHA E POUSO ALEGRE JULHO DE 2011 INTRODUÇÃO

Leia mais

SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO PROJETO

SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO PROJETO SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO PROJETO ABRIL / 2005 Apresentação SMPDSE SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E A Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento

Leia mais

Programa Consumo Responsável. Julho 2015

Programa Consumo Responsável. Julho 2015 Programa Consumo Responsável Julho 2015 PORTO ALEGRE - BRASIL População (2014): 1.472.482 habitantes PIB Brasil (2014): R$ 5,52 trilhões PIB Brasil (2012) per capita: R$ 22,6 mil PIB Rio Grande do Sul

Leia mais

Principais características da inovação na indústria de transformação no Brasil

Principais características da inovação na indústria de transformação no Brasil 1 Comunicado da Presidência nº 5 Principais características da inovação na indústria de transformação no Brasil Realização: Marcio Pochmann, presidente; Marcio Wohlers, diretor de Estudos Setoriais (Diset)

Leia mais

Disciplina MSP 0670-Atenção Primária em Saúde I. Atenção Básica e a Saúde da Família 1

Disciplina MSP 0670-Atenção Primária em Saúde I. Atenção Básica e a Saúde da Família 1 Disciplina MSP 0670-Atenção Primária em Saúde I Atenção Básica e a Saúde da Família 1 O acúmulo técnico e político dos níveis federal, estadual e municipal dos dirigentes do SUS (gestores do SUS) na implantação

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

Indicadores Anefac dos países do G-20

Indicadores Anefac dos países do G-20 Indicadores Anefac dos países do G-20 O Indicador Anefac dos países do G-20 é um conjunto de resultantes de indicadores da ONU publicados pelos países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina,

Leia mais

ser alcançada através de diferentes tecnologias, sendo as principais listadas abaixo: DSL (Digital Subscriber Line) Transmissão de dados no mesmo

ser alcançada através de diferentes tecnologias, sendo as principais listadas abaixo: DSL (Digital Subscriber Line) Transmissão de dados no mesmo 1 Introdução Em 2009, o Brasil criou o Plano Nacional de Banda Larga, visando reverter o cenário de defasagem perante os principais países do mundo no setor de telecomunicações. Segundo Ministério das

Leia mais

Agosto. São Paulo Brasil. connectedsmartcities.com.br

Agosto. São Paulo Brasil. connectedsmartcities.com.br 03 a 05 Agosto 2015 São Paulo Brasil connectedsmartcities.com.br Por que Connected Smart Cities? As grandes e modernas cidades são, talvez, as mais importantes realizações do homem, por serem responsáveis,

Leia mais

CECAD Consulta Extração Seleção de Informações do CADÚNICO. Caio Nakashima Março 2012

CECAD Consulta Extração Seleção de Informações do CADÚNICO. Caio Nakashima Março 2012 CECAD Consulta Extração Seleção de Informações do CADÚNICO Caio Nakashima Março 2012 Introdução O Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal é o principal instrumento de identificação e seleção

Leia mais

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO DE UMA POLÍTICA DE INTENSIFICAÇÃO DO PROCESSO DE INOVAÇÃO EMPRESARIAL EM PORTUGAL E POTENCIAÇÃO DOS SEUS RESULTADOS 0. EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Leia mais

Analfabetismo no Brasil

Analfabetismo no Brasil Analfabetismo no Brasil Ricardo Paes de Barros (IPEA) Mirela de Carvalho (IETS) Samuel Franco (IETS) Parte 1: Magnitude e evolução do analfabetismo no Brasil Magnitude Segundo estimativas obtidas com base

Leia mais

CP 013/14 Sistemas Subterrâneos. Questões para as distribuidoras

CP 013/14 Sistemas Subterrâneos. Questões para as distribuidoras CP 013/14 Sistemas Subterrâneos Questões para as distribuidoras 1) Observa-se a necessidade de planejamento/operacionalização de atividades entre diversos agentes (distribuidoras, concessionárias de outros

Leia mais

ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA EMPREENDIMENTO RESIDENCIAL SANTA CLARA

ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA EMPREENDIMENTO RESIDENCIAL SANTA CLARA ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA EMPREENDIMENTO RESIDENCIAL SANTA CLARA ARAUCÁRIA, 08 DE MARÇO DE 2013 PARCERIAS SOMA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA ME FÓRMULA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA URBENGE

Leia mais

Os investimentos necessários para seguirmos crescendo : Setor Imobiliário Seminário FEBRABAN / BNDES de Economia 2010

Os investimentos necessários para seguirmos crescendo : Setor Imobiliário Seminário FEBRABAN / BNDES de Economia 2010 Os investimentos necessários para seguirmos crescendo : Setor Imobiliário Seminário FEBRABAN / BNDES de Economia 2010 Setor Imobiliário Brasileiro Questão atual e projeções para o futuro: Défict Habitacional

Leia mais

A URBANIZAÇÃO SOB O CAPITALISMO E SEUS PROBLEMAS. www.tiberiogeo.com.br A Geografia Levada a Sério

A URBANIZAÇÃO SOB O CAPITALISMO E SEUS PROBLEMAS. www.tiberiogeo.com.br A Geografia Levada a Sério A URBANIZAÇÃO SOB O CAPITALISMO E SEUS PROBLEMAS 1 Industrialização e urbanização A industrialização dá o tom da urbanização contemporânea; Teve seu início próxima as áreas de matériasprimas e água; Ela

Leia mais

Intervenção Pública na década de 90:

Intervenção Pública na década de 90: Intervenção Pública na década de 90: Uma análise dos impactos espaciais do Programa Rio-Cidade no mercado imobiliário da cidade do Rio de Janeiro Andrea Paulo da Cunha PULICI Observatório Imobiliário e

Leia mais

PROGRAMAS HABITACIONAIS DE INTERESSE SOCIAL

PROGRAMAS HABITACIONAIS DE INTERESSE SOCIAL PROGRAMAS HABITACIONAIS DE INTERESSE SOCIAL PROGRAMAS HABITACIONAIS URBANOS IMPLEMENTADOS PELA COHAPAR A REALIDADE PROGRAMAS HABITACIONAIS URBANOS 1. PMCMV com recursos do OGU/OGE 1.1. FAR PMCMV FAR 1.2

Leia mais

ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA

ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA No Brasil, as capitais nordestinas são as que mais sofrem com a especulação imobiliária. Na foto, Maceió, capital do estado de Alagoas. Especulação imobiliária é a compra ou aquisição

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, GERAÇÃO DE EMPREGO E INCLUSÃO SOCIAL. XII Seminario del CILEA Bolívia 23 a 25/06/2006

DESENVOLVIMENTO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, GERAÇÃO DE EMPREGO E INCLUSÃO SOCIAL. XII Seminario del CILEA Bolívia 23 a 25/06/2006 DESENVOLVIMENTO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, GERAÇÃO DE EMPREGO E INCLUSÃO SOCIAL. XII Seminario del CILEA Bolívia 23 a 25/06/2006 Conteúdo 1. O Sistema SEBRAE; 2. Brasil Caracterização da MPE; 3. MPE

Leia mais

OBSERVATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL BANCO DE DADOS REGIONAL. Eixo temático: Indicadores Sociais 1. Variável: IDESE

OBSERVATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL BANCO DE DADOS REGIONAL. Eixo temático: Indicadores Sociais 1. Variável: IDESE OBSERVATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL BANCO DE DADOS REGIONAL Eixo temático: Indicadores Sociais 1 Variável: IDESE O Idese (Índice de Desenvolvimento Sócio-Econômico) é um índice sintético, inspirado

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE: Saneamento Básico, Diagnóstico Ambiental, Infraestrutura.

PALAVRAS-CHAVE: Saneamento Básico, Diagnóstico Ambiental, Infraestrutura. VI-039 - SANEAMENTO BÁSICO: UMA ANÁLISE ESTRUTURAL DO BAIRRO PEDRA DO LORDE EM JUAZEIRO-BA, COMO AÇÃO DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL PET CONEXÕES DE SABERES - SANEAMENTO AMBIENTAL. Roberta Daniela da

Leia mais

Convenção de Condomínio para prédios verdes

Convenção de Condomínio para prédios verdes Convenção de Condomínio para prédios verdes Por Mariana Borges Altmayer A tendência mundial da sustentabilidade na construção civil tem levado cada vez mais as empresas deste mercado a desenvolver empreendimentos

Leia mais