2.º RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES (ABRIL DE 2010/ MARÇO DE 2011)

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1 2.º RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES (ABRIL DE 2010/ MARÇO DE 2011)

2 ÍNDICE SIGLAS UTILIZADAS... 6 PARTE I - O 2.º ANO DE ACTIVIDADE DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES INTRODUÇÃO O FUNCIONAMENTO DA CPEE EM PLENÁRIO E EM GRUPO DE GESTÃO PLENÁRIO... 8 A) COMPOSIÇÃO...8 B) CALENDÁRIO DAS REUNIÕES... 9 C) ORDENS DE TRABALHO D) DELIBERAÇÕES GRUPO DE GESTÃO A) COMPOSIÇÃO B) CALENDARIZAÇÃO DAS REUNIÕES C) ORDENS DE TRABALHO D) DELIBERAÇÕES PARTE II - COMPETÊNCIAS E ACTIVIDADES DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES º A EMISSÃO DE RECOMENDAÇÕES SOBRE A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES - PLENÁRIO - JULHO DE A EMISSÃO DE 61 RECOMENDAÇÕES SOBRE A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES OS GRUPOS DE TRABALHO DA CPEE O RESULTADO ALCANÇADO PELO GRUPO DE TRABALHO DA CPEE DE IMPLEMENTAÇÃO DE SOLUÇÕES ELECTRÓNICAS: A REALIZAÇÃO DE CITAÇÕES ELECTRÓNICAS DESDE JANEIRO DE 2011 (CPEE-GT-ISE) A CRIAÇÃO DO GRUPO DE TRABALHO DA CPEE PARA A AGILIZAÇÃO DA PENHORA ELECTRÓNICA - A PENHORA ELECTRÓNICA DOS DEPÓSITOS BANCÁRIOS (CPEE-GT-APE) A CRIAÇÃO DO GRUPO DE TRABALHO DA CPEE DE ANÁLISE DA EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES (CPEE-GT- EAE) A RESOLUÇÃO DE CONSELHO DE MINISTROS N.º 17/2010, DE 4 DE MARÇO A OPERACIONALIZAÇÃO DA ACÇÃO EXECUTIVA, EM EXECUÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES DA CPEE A CRIAÇÃO DO GDLE (ABSORÇÃO DO PROJECTO DA CPEE ACÇÃO DE PROXIMIDADE NA MAIOR LITIGÂNCIA E AS REUNIÕES COM OS LITIGANTES FREQUENTES) O ACESSO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO ATRAVÉS DO SISAAE AO REGISTO PREDIAL REUNIÕES DIVERSAS COM OS TRIBUNAIS: MAGISTRADOS E OFICIAIS DE JUSTIÇA º A EMISSÃO DE RECOMENDAÇÕES SOBRE A FORMAÇÃO DE AGENTES DE EXECUÇÃO PLENÁRIO - JULHO DE A EMISSÃO DE 32 RECOMENDAÇÕES SOBRE A FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO AS INICIATIVAS DA CPEE TENDO EM VISTA A FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO O LABOR DE ENTIDADES COM ASSENTO NO PLENÁRIO DA CPEE ACTIVIDADE DISCIPLINAR DA CPEE: AS CAUSAS DE DESTITUIÇÃO E OS ILÍCITOS DISCIPLINARES TENDO EM VISTA A EMISSÃO DE RECOMENDAÇÕES PARA A FORMAÇÃO DE AGENTES DE EXECUÇÃO /152

3 3.º OS 1.º E 2.º ESTÁGIOS DE AGENTE DE EXECUÇÃO PLENÁRIO A FIXAÇÃO DO N.º DE CANDIDATOS A ADMITIR A ESTÁGIO DE AGENTE DE EXECUÇÃO ESCOLHA E DESIGNAÇÃO DA ENTIDADE EXTERNA RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO, DEFINIÇÃO DE CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO E AVALIAÇÃO DO EXAME DE ADMISSÃO A ESTÁGIO DE AGENTE DE EXECUÇÃO, BEM COMO PELA AVALIAÇÃO FINAL DO TRABALHO DESENVOLVIDO PELO AGENTE DE EXECUÇÃO ESTAGIÁRIO DURANTE O ESTÁGIO O INÍCIO DO 2.º ESTÁGIO DE AGENTE DE EXECUÇÃO O FINAL DO 1.º ESTÁGIO DE AGENTE DE EXECUÇÃO º ÓRGÃO DE DISCIPLINA DOS AGENTES DE EXECUÇÃO GRUPO DE GESTÃO ÂMBITO DA COMPETÊNCIA DISCIPLINAR DA CPEE A REVISÃO DO MANUAL DE PROCEDIMENTOS DE APRECIAÇÃO LIMINAR E DE PROCESSO DISCIPLINAR º ÓRGÃO DE FISCALIZAÇÃO E INSPECÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO GRUPO DE GESTÃO O AUMENTO DO N.º DE ACÇÕES DE FISCALIZAÇÃO E O COMBATE À PENDÊNCIA PROCESSUAL O MANUAL DE PROCEDIMENTOS DE FISCALIZAÇÃO RECRUTAMENTO E FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO FISCALIZADORES DA CPEE A) OS 2 RECRUTAMENTOS PARA ADMISSÃO À BOLSA DE FISCALIZADORES/INSPECTORES DA CPEE B) FORMAÇÃO INICIAL E CONTÍNUA DOS FISCALIZADORES DA CPEE C) DOS CONTRIBUTOS RECOLHIDOS JUNTO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO FISCALIZADORES DA FISCALIZAÇÃO À DISTÂNCIA DOS AGENTES DE EXECUÇÃO A) DA FISCALIZAÇÃO ELECTRÓNICA B) DA COOPERAÇÃO COM O MILLENNIUM BCP º DEONTOLOGIA E ÉTICA DOS AGENTES DE EXECUÇÃO PLENÁRIO E GRUPO DE GESTÃO PEDIDOS DE SUSPENSÃO DE ACEITAR NOVOS PROCESSOS PARECER QUANTO À REINSCRIÇÃO COMO AGENTE DE EXECUÇÃO IMPEDIMENTOS/ SUSPEIÇÕES / ESCUSAS DEFINIÇÃO DA ACTUAÇÃO DA CPEE NO ÂMBITO DE PROCEDIMENTOS DE SUBSTITUIÇÃO PARTE III - DIVULGAÇÃO DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES DESENVOLVIMENTO DO SÍTIO DA CPEE NA INTERNET - DIVULGAÇÃO, TRANSPARÊNCIA E PROXIMIDADE AOS CIDADÃOS PARTICIPAÇÃO EM CONFERÊNCIAS, COLÓQUIOS E ACÇÕES DE FORMAÇÃO E PUBLICAÇÕES A NÍVEL NACIONAL A NÍVEL INTERNACIONAL PUBLICAÇÕES DA CPEE PARTICIPAÇÃO DA CPEE EM EVENTOS/REUNIÕES/ DILIGÊNCIAS PRESENÇA DA CPEE NO DEBATE SUBORDINADO AO TEMA O MODELO EXPERIMENTAL DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA PRESENÇA DA PRESIDENTE DA CPEE NO CONSELHO CONSULTIVO DA JUSTIÇA APRESENTAÇÃO PÚBLICA DO "GUIA DE AVALIAÇÃO LEGISLATIVA" TOMADA DE POSSE DO PRESIDENTE DA CÂMARA DOS SOLICITADORES TOMADA DE POSSE DO PRESIDENTE DO CONSELHO REGIONAL DO SUL DA CS TOMADA DE POSSE DO PRESIDENTE DO CONSELHO REGIONAL DO NORTE DA CS SESSÃO SOLENE DE ABERTURA DO ANO JUDICIAL ENTREVISTA DA PRESIDENTE DA CPEE À REVISTA JURÍDICA VIDA JUDICIÁRIA ENTREVISTA DA PRESIDENTE DA CPEE À JUSTIÇATV A CPEE NA COMUNICAÇÃO SOCIAL /152

4 PARTE IV - COOPERAÇÃO COM OUTRAS ENTIDADES VISITAS À SEDE DA CPEE JOHN MARSTON, PRESIDENTE DO GRUPO DE TRABALHO DAS EXECUÇÕES CÍVEIS DA COMISSÃO EUROPEIA PARA A EFICÁCIA DA JUSTIÇA (CEPEJ-GT-EXE) BERNARD MENUT, 1.º VICE-PRESIDENTE DA UIHJ GUILLAUME PAYAN, PROFESSOR DOUTOR DA UNIVERSIDADE DE MAINE E PERITO DA UIHJ LUÍS MIGUEL MARTINS, JUIZ-SECRETÁRIO DO CSM PROTOCOLOS DE COOPERAÇÃO PROTOCOLO CELEBRADO COM O ISCSP PROTOCOLO CELEBRADO COM O ITIJ PROTOCOLO CELEBRADO COM O CEAE PROTOCOLO CELEBRADO COM O DIAP DE LISBOA DA PARTICIPAÇÃO DA CPEE NO PROCEDIMENTO LEGISLATIVO PROJECTO DE ALTERAÇÃO DA PORTARIA 331-A/2009, DE 30 DE MARÇO PROJECTO DE ALTERAÇÃO DA PORTARIA N.º 331-B/2009, DE 30 DE MARÇO REFORMA DA ACÇÃO EXECUTIVA PROPOSTA DE LEI DA ARBITRAGEM VOLUNTÁRIA PACOTE LEGISLATIVO DE AGILIZAÇÃO DO DESPEJO E PROMOÇÃO DA REABILITAÇÃO URBANA PARTE V - OS DADOS ESTATÍSTICOS E SUA ANÁLISE A FALTA DE COINCIDÊNCIA DOS DADOS ESTATÍSTICOS DA ACÇÃO EXECUTIVA OS DADOS ESTATÍSTICOS DA ACÇÃO EXECUTIVA DIVULGADOS PELO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E PELA CÂMARA DOS SOLICITADORES OS DADOS ESTATÍSTICOS DA CPEE DO ANO CIVIL DE OS DADOS ESTATÍSTICOS DA CPEE DO 2.º ANO DE ACTIVIDADE E SUA ANÁLISE PLENÁRIO PEDIDOS DE SUSPENSÃO DE ACEITAR NOVOS PROCESSOS PARECERES QUANTO À REINSCRIÇÃO COMO AGENTE DE EXECUÇÃO GRUPO DE GESTÃO IMPEDIMENTOS, ESCUSAS E SUSPEIÇÕES PARTICIPAÇÕES PROCESSOS DISCIPLINARES FISCALIZAÇÕES PARTE VI - A FALTA DE APOIO FINANCEIRO DA ACTIVIDADE DA CPEE OS ENCARGOS FINANCEIROS DA RESPONSABILIDADE DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA DO INTEGRAL CUMPRIMENTO DAS ALÍNEAS A), B) D) E E) DO ART. 2º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22/ A FALTA DO DESPACHO MINISTERIAL PARA RECRUTAMENTO DE TÉCNICOS - ALÍNEA C) DO ART. 2.º DO DECRETO- LEI N.º 165/2009, DE 22/ O ACESSO AO SISTEMA INFORMÁTICO CITIUS, SEM PERFIL PRÓPRIO OS ENCARGOS FINANCEIROS DA RESPONSABILIDADE DA CÂMARA DOS SOLICITADORES DO INTEGRAL CUMPRIMENTO DAS ALÍNEAS D), E) E G) DO ART. 3.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22/ A FALTA DE INSTALAÇÃO DA APLICAÇÃO INFORMÁTICA PARA TRAMITAÇÃO DOS PROCESSOS DISCIPLINARES E DE FISCALIZAÇÃO - ALÍNEA A) DO ART. 3.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22/ A FALTA DE PAGAMENTO DOS ENCARGOS COM AS FISCALIZAÇÕES (EM JANEIRO DE 2011: COMPROMISSO DE PAGAMENTO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO FISCALIZADORES DA CPEE, QUANTO AO ANO DE 2010) - ALÍNEA B) DO ART. 3.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22/ A INSUFICIÊNCIA DO SECRETARIADO - ALÍNEA C) DO ART. 3.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22/ A FALTA DE MATERIAL INFORMATIVO E DE DIVULGAÇÃO DA CPEE - ALÍNEA F) DO ART. 2.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22/ A FALTA DE ACESSO AO SISAAE /152

5 PARTE VII - CONCLUSÕES OBJECTIVO I OBJECTIVO II OBJECTIVO III A SUSPENSÃO DA FISCALIZAÇÃO ORDINÁRIA DOS AGENTES DE EXECUÇÃO PELA CPEE DEVIDO À INSTAURAÇÃO DE 2 PROVIDÊNCIAS CAUTELARES CONTRA A CPEE PELA CÂMARA DOS SOLICITADORES (E IMPROCEDÊNCIA DAS PROVIDÊNCIAS) A URGENTE NECESSIDADE DE APOIO FINANCEIRO À CPEE PELO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E PELA CÂMARA DOS SOLICITADORES ANEXOS I A XV 153 5/152

6 SIGLAS UTILIZADAS ACP - Associação de Consumidores de Portugal APB - Associação Portuguesa de Bancos BCE Banco Central Europeu BdP Banco de Portugal CAP - Confederação dos Agricultores de Portugal CC Código Civil CCP - Código dos Contratos Públicos CCP - Confederação do Comércio e Serviços de Portugal CEAE - Colégio de Especialidade dos Agentes de Execução da Câmara dos Solicitadores CEPEJ - Comissão Europeia para a Eficácia da Justiça (Conselho da Europa) CES - Conselho Económico e Social CIP - Confederação da Indústria Portuguesa CITIUS - Sistema Informático dos Tribunais, gerido pelo Ministério da Justiça CGTP Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses Intersindical Nacional CPC - Código de Processo Civil CPEE Comissão para a Eficácia das Execuções (Portugal) CPPT - Código de Processo e Procedimento Tributário CPTA - Código de Processo nos Tribunais Administrativos CS Câmara dos Solicitadores CSM Conselho Superior de Magistratura CTP - Confederação do Turismo Português DECO - Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor DGPJ Direcção-Geral da Política de Justiça do Ministério da Justiça DIAP Departamento de Investigação e Acção Penal ELFDUCP Escola de Lisboa da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa ECS Estatuto da Câmara dos Solicitadores, na redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro FMI Fundo Monetário Internacional 6/152

7 GAS - Gabinetes de Apoio ao Sobreendividado, da DECO GT/CPEE-APE - Grupo de Trabalho da CPEE para a Agilização da Penhora Electrónica GT/CPEE-EAE - Grupo de Trabalho da CPEE de Análise da Eficácia da Acção Executiva GT/CPEE-ICE - Grupo de Trabalho da CPEE de Implementação de Soluções Electrónicas GDLE - Grupo Dinamizador da Detecção e Liquidação de Processos de Execução ISCSP - Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa ITIJ - Instituto das Tecnologias de Informação na Justiça do Ministério da Justiça MF Ministério das Finanças MJ Ministério da Justiça MTSS Ministério do Trabalho e Solidariedade Social OA Ordem dos Advogados Programa de Acção da CPEE - Programa de Acção e Linhas de Orientação da CPEE para o triénio de 2009/2012 (aprovado pelo Plenário da CPEE em 21/09/2009) RCM Resolução de Conselho de Ministros Recomendações da CPEE 2009/2010 Recomendações da CPEE sobre a Eficácia das Execuções e a Formação dos Agentes de Execução 2009/2010 (aprovadas pelo Plenário da CPEE em 13/07/2010) SGMJ Secretaria-Geral do Ministério da Justiça SISAAE Sistema Informático de Suporte à Actividade dos Agentes de Execução, gerido pela Câmara dos Solicitadores UIHJ União Internacional dos Huissiers de Justice e Oficiais de Justiça (Agentes de Execução) UGC União Geral dos Consumidores UGT - União Geral de Trabalhadores 7/152

8 PARTE I O 2.º ANO DE ACTIVIDADE DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES 1. INTRODUÇÃO O presente Relatório diz respeito à actividade da Comissão para a Eficácia das Execuções (CPEE) durante o período compreendido entre o dia 1 de Abril de 2010 e o dia 31 de Março de 2011, ou seja, durante o 2.º ano de actividade do órgão público independente criado pelo Decreto-Lei nº 226/2008, de 20 de Novembro, e em funcionamento desde o dia 31 de Março de O FUNCIONAMENTO DA CPEE EM PLENÁRIO E EM GRUPO DE GESTÃO 2.1. PLENÁRIO a) Composição No 2.º ano de actividade exerceram o mandato de Membros do Plenário da CPEE: a) A Presidente da Comissão, Mestre Paula Meira Lourenço, eleita por unanimidade dos restantes Membros em 31/03/2009; b) Um vogal designado pelo Conselho Superior da Magistratura - Dra. Laurinda Gemas (desde 31/03/2009); c) Um vogal designado pelo membro do Governo responsável pela área da justiça - Dra. Ana Vargas (desde 19/01/2010); d) Um vogal designado pelo membro do Governo responsável pela área das finanças - Dra. Maria da Guia Meirinha (desde 31/03/2009); e) Um vogal designado pelo membro do Governo responsável pela área da segurança social - Dra. Luísa Guimarães (desde 31/03/2009); f) Um vogal designado pelo presidente da Câmara dos Solicitadores, a saber, o próprio presidente, Agente de Execução Dr. António Gomes da Cunha (entre 31/03/2009 e Dezembro de 2010), e o Agente de Execução Dr. Armando A. Oliveira (desde 06/01/2011); g) Um vogal designado pelo bastonário da Ordem dos Advogados - Dra. Márcia Gonçalves (desde 31/03/2009); 8/152

9 h) O Presidente do Colégio de Especialidade dos Agentes de Execução, a saber, o Agente de Execução Dr. Armando Branco (entre 31/03/2009 e Dezembro de 2010), e o Agente de Execução Dr. Carlos Matos (desde 06/01/2011); i) Um vogal designado pelas associações representativas dos consumidores ou de utentes de serviços de justiça 1 - Dra. Célia Marques (desde 31/03/2009); j) Dois vogais designados pelas confederações com assento na Comissão Permanente de Concertação Social do Conselho Económico e Social 2 - Dr. Joaquim Dionísio, da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses Intersindical Nacional (desde 31/03/2009), e Dr. Vasco Álvares de Mello, da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (desde 19/01/2010). A CPEE, funcionando em Plenário, tem ainda a possibilidade de ter um Vogal nomeado pelo Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais e/ou pelo Conselho Superior do Ministério Público, com assento e direito de voto no Plenário da CPEE, sempre que na ordem de trabalhos sejam incluídos assuntos da competência específica da jurisdição administrativa ou do Ministério Público, respectivamente. Podem ainda participar nas reuniões do Plenário representantes de outras entidades relevantes para a discussão e execução de tarefas específicas, mas sem direito a voto. b) Calendário das reuniões No 2.º ano de actividade, realizaram-se 7 (sete) reuniões do Plenário da CPEE: da 11.ª à 17.ª reunião. Assim, nos três últimos trimestres do ano de 2010, a CPEE reuniu em Plenário 5 (cinco) vezes, de acordo com o seguinte Calendário (Fig. 1): REUNIÃO DATA LOCAL HORA 11.ª Sede da CPEE 10h30 12.ª Sede da CPEE 10h30 13.ª Sede da CPEE 10h30 14.ª Sede da CPEE 10h30 15.ª Sede da CPEE 10h30 Fig. 1 Calendário das reuniões de Plenário da CPEE nos três últimos trimestres do ano de As 3 (três) associações que têm assento no Plenário da CPEE que nomearam um representante para participar nas reuniões da CPEE são as seguintes: a Associação de Consumidores de Portugal, a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor - DECO e a União Geral dos Consumidores. 2 Importa relembrar as 6 (seis) confederações que têm assento no Plenário da CPEE, tendo nomeado dois representantes: a Confederação dos Agricultores de Portugal, a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, a Confederação da Indústria Portuguesa, a Confederação do Turismo Português, a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses Intersindical e a União Geral de Trabalhadores. 9/152

10 Já no 1.º trimestre de 2011, a CPEE reuniu em Plenário 2 (duas) vezes, de acordo com o seguinte Calendário (Fig. 2): REUNIÃO DATA LOCAL HORA 16.ª Sede da CPEE 10h30 17.ª Sede da CPEE 10h30 Fig. 2 Calendário das reuniões de Plenário da CPEE no primeiro trimestre do ano de 2011 c) Ordens de trabalho As ordens de trabalho das reuniões do Plenário da CPEE podem ser consultadas no Anexo I ao presente Relatório Anual de Actividades, e foram sendo divulgadas no sítio da CPEE na Internet à medida que foram sendo realizadas, tendo em vista divulgar a actividade da CPEE junto dos cidadãos e das empresas da CPEE (as ordens de trabalho estão disponíveis em e d) Deliberações No 2.º ano de actividade o Plenário da CPEE tomou as deliberações constantes das actas n.º s 11 a 17, inscritas nos livros de actas n.º s 2 e 3 do Plenário da CPEE, e cujo conteúdo se sintetiza no Anexo II ao presente Relatório Anual de Actividades. No 1.º trimestre de 2011 o Plenário da CPEE tomou 12 deliberações. Após a aprovação do presente relatório, as deliberações do Plenário da CPEE constantes do Anexo II serão disponibilizadas no sítio da CPEE na Internet (à semelhança das deliberações do 1.º ano de actividade da CPEE), tendo em vista assegurar a total transparência da nossa actividade junto do público em geral. 10/152

11 2.2. GRUPO DE GESTÃO a) Composição No 2.º ano de actividade exerceram o mandato de Membros do Grupo de Gestão da CPEE: a) A Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, eleita por unanimidade dos Membros do Plenário na reunião de 31/03/2009; b) O Presidente do Colégio de Especialidade de Agentes de Execução, a saber, o Agente de Execução Dr. Armando Branco (entre 31/03/2009 e Dezembro de 2010), e o Agente de Execução Dr. Carlos Matos (desde 06/01/2011); c) Os três Membros escolhidos pela Presidente da CPEE e votados favoravelmente pelo Plenário da CPEE, a saber, a Dra. Ana Luísa Rodrigues (desde 25/06/2009), a Dra. Inês Caeiros (desde 25/11/2009), Dra. Joana Bernardo (entre 15/04/2009 e 17/12/2010) e o Dr. António Delicado (a partir do dia 07/02/2011). No exercício das competências enquanto órgão disciplinar e de fiscalização, e ainda das competências referidas nas alíneas b) a d) do artigo 69.º-C do ECS, o Grupo de Gestão da CPEE deveria ser assessorado por peritos ou técnicos por si escolhidos, a recrutar dentro da dotação máxima anual a fixar por despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da justiça, sendo a SGMJ responsável pelo pagamento dos técnicos, ao abrigo do disposto na alínea c) do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22 de Julho, que prevê: "Cabe à Secretaria -Geral do Ministério da Justiça suportar os seguintes encargos relativos ao funcionamento da CPEE: ( ) c) O pagamento da assessoria técnica à CPEE, nos termos do n.º 3 do artigo 69.º -F do Estatuto da Câmara dos Solicitadores". Porém, no 2.º ano de actividade o Grupo de Gestão não teve assessoria técnica, porque não foi emitido o despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da justiça que iria prever a dotação máxima do ano de 2010, e também não foi emitido despacho referente ao ano de b) Calendarização das reuniões No 2.º ano de actividade, realizaram-se 42 (quarenta e duas) reuniões do Grupo de Gestão da CPEE: da 36.ª à 77.ª reunião. Assim, durante os três últimos trimestres do ano de 2010, a CPEE reuniu em Grupo de Gestão 31 (trinta e uma) vezes, de acordo com o seguinte Calendário (Fig. 3): 11/152

12 REUNIÃO DATA LOCAL HORA 36.ª Sede da CPEE 10h30 37.ª Sede da CPEE 10h30 38.ª Sede da CPEE 10h30 39.ª Sede da CPEE 10h30 40.ª Sede da CPEE 10h30 41.ª Sede da CPEE 10h30 42.ª Sede da CPEE 10h30 43.ª Sede da CPEE 10h30 44.ª Sede da CPEE 10h30 45.ª Sede da CPEE 10h30 46.ª Sede da CPEE 10h00 47.ª Sede da CPEE 10h30 48.ª Sede da CPEE 10h30 49.ª Sede da CPEE 10h30 50.ª Sede da CPEE 10h30 51.ª Sede da CPEE 10h30 52.ª Sede da CPEE 10h30 53.ª Sede da CPEE 10h30 54.ª Sede da CPEE 10h30 55.ª Sede da CPEE 10h30 56.ª Sede da CPEE 10h30 57.ª Sede da CPEE 10h30 58.ª Sede da CPEE 10h30 59.ª Sede da CPEE 10h30 60.ª Sede da CPEE 10h30 61.ª Sede da CPEE 10h30 62.ª Sede da CPEE 10h30 63.ª Sede da CPEE 10h30 64.ª Sede da CPEE 10h30 65.ª Sede da CPEE 10h30 66.ª Sede da CPEE 10h30 Fig. 3 Calendário das reuniões de Grupo de Gestão da CPEE nos últimos três trimestres do ano de /152

13 Durante o 1.º trimestre do ano de 2011, a CPEE reuniu em Grupo de Gestão 11 (onze) vezes, de acordo com o seguinte Calendário (Fig. 4): REUNIÃO DATA LOCAL HORA 66.ª Sede da CPEE 11h20 68.ª Sede da CPEE 10h30 69.ª Sede da CPEE 11h00 70.ª Sede da CPEE 10h30 71.ª Sede da CPEE 17h00 72.ª Sede da CPEE 10h30 73.ª Sede da CPEE 10h30 74.ª Sede da CPEE 11h30 75.ª Sede da CPEE 10h30 76.ª Sede da CPEE 10h30 77.ª Sede da CPEE 10h30 Fig. 4 Calendário das reuniões de Grupo de Gestão da CPEE no 1.º trimestre do ano de 2011 c) Ordens de trabalho As ordens de trabalho das reuniões do Grupo de Gestão podem ser consultadas no Anexo III ao presente Relatório Anual de Actividades, e foram sendo divulgadas no sítio da CPEE na Internet à medida que foram sendo realizadas (semanalmente), tendo em vista divulgar a actividade da CPEE junto dos cidadãos e das empresas da CPEE (as ordens de trabalho estão disponíveis em e d) Deliberações O Grupo de Gestão da CPEE, no período que decorreu entre o dia 01/04/2010 e 31/03/2011, tomou as deliberações constantes das actas n.º s 36 a 77, inscritas nos livros de actas n.º s 3 a 7 do Grupo de Gestão da CPEE, e cujo conteúdo se sintetiza no Anexo IV ao presente Relatório Anual de Actividades. No 1.º trimestre de 2011 o Plenário da CPEE tomou 151 deliberações. Após a aprovação do presente relatório, as deliberações do Grupo de Gestão da CPEE constantes do Anexo IV serão disponibilizadas no sítio da CPEE na Internet (à semelhança das deliberações tomadas durante o 1.º ano de actividade da CPEE), tendo em vista assegurar a total transparência da nossa actividade junto do público em geral. 13/152

14 PARTE II COMPETÊNCIAS E ACTIVIDADES DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES 1.º A EMISSÃO DE RECOMENDAÇÕES SOBRE A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES - PLENÁRIO - JULHO DE A EMISSÃO DE 61 RECOMENDAÇÕES SOBRE A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES No dia 13/07/2010 o Plenário da CPEE aprovou as suas 93 Recomendações da CPEE sobre a Eficácia das Execuções e a Formação dos Agentes de Execução 2009/2010 (de ora em diante apenas designadas Recomendações da CPEE 2009/2010), disponíveis em a saber: - 61 Recomendações da CPEE sobre a Eficácia das Execuções, disponíveis em ; - 32 Recomendações da CPEE sobre a Formação dos Agentes de Execução, disponíveis em A emissão de recomendações pela CPEE foi antecedida de uma análise ex professo do sistema de execuções cíveis, feita pela CPEE, com base em critérios próprios (inspirados nos critérios de analise da CEPEJ), e assente numa ampla discussão pública promovida pela realização da 1.ª Conferência Internacional da CPEE "Promover a Eficácia das Execuções", realizada nos dias 18 e 19 de Junho de 2010 no ISCSP, auscultando-se oradores nacionais e internacionais peritos na matéria, o público em geral, tendo-se recolhido sugestões que foram recebidas através do preenchimento do formulário "Boletim de Sugestões", e ainda através das diversas reuniões com operadores judiciários, grandes litigantes e os Agentes de Execução estagiários (1.º estágio). Nesta matéria importa salientar que o memorando de entendimento entre o Governo Português, o BCE, a Comissão Europeia e o FMI, ao qual se associaram os principais partidos de oposição, expressa algumas directrizes coincidentes com o que vem sendo objecto de recomendação por esta Comissão, como é o caso, designadamente, de o Governo dever, até final de Fevereiro de 2012, tornar plenamente operacional a arbitragem institucionalizada na acção executiva, de modo a facilitar a resolução de casos fora do tribunais, assunto objecto já de Recomendação no quadro das 61 Recomendações da CPEE para a Eficácia das Execuções de /152

15 4. OS GRUPOS DE TRABALHO DA CPEE 4.1. O RESULTADO ALCANÇADO PELO GRUPO DE TRABALHO DA CPEE DE IMPLEMENTAÇÃO DE SOLUÇÕES ELECTRÓNICAS: A REALIZAÇÃO DE CITAÇÕES ELECTRÓNICAS DESDE JANEIRO DE 2011 (CPEE-GT-ISE) O Grupo de Trabalho da CPEE de implementação de soluções electrónicas (CPEE-GT-ISE) foi criado pelo Plenário da CPEE para que se executasse a norma legal em vigor desde 31/03/2009 que previa um processo executivo integralmente electrónico e, consequentemente, a necessidade de os Agentes de Execução procederem à citação dos credores públicos (Administração Fiscal e Segurança Social) através de meios electrónicos, ou seja, através do SISAAE (gerida pela CS), e em comunicação com os sistemas informáticos Administração Fiscal e Segurança Social. Tratando-se de uma solução legal que implica um desenvolvimento técnico de, pelo menos, 3 entidades, e tendo todas as entidades assento no Plenário da CPEE, aproveitou-se a composição alargada do Plenário da CPEE para se proceder à realização de reuniões de trabalho tendo em vista a implementação e desenvolvimento informático integrado das soluções, que acabaram por ter a participação não de 3 (como se pensava ao início), mas de 4 sistemas informáticos: o CITIUS, o SISAAE e os sistemas informáticos Administração Fiscal e Segurança Social. O CPEE-GT-ICE, sob coordenação da Dra. Joana Bernardo, Membro do Grupo de Gestão da CPEE, reuniu na sede da CPEE por diversas vezes durante o ano de 2010, e graças ao elevado empenho e competência técnica dos serviços de informática do MJ, ITIJ, MF, MTSSS e da CS, foi possível colocar em funcionamento a partir de 21 de Janeiro de 2011, a citação electrónica dos credores públicos, permitindo agora destacar Portugal como o 1.º país da Europa a conseguir ligar 4 sistemas informáticos diferentes (sistemas informáticos de 3 Ministérios e o da Câmara dos Solicitadores) em prol da eficácia do processo executivo de cobrança de dívidas, porque torna o processo mais rápido, mais transparente e mais barato, contribuindo assim para a credibilização da nossa economia. Entre o dia 21 de Janeiro de 2011 e a data de aprovação do presente relatório anual de actividades (em 17/05/2011), ou seja, em 4 meses, os Agentes de Execução efectuaram citações electrónicas, estimando-se que até final de 2011 possam ser poupados mais de em despesas de correio (cfr. dados da CS, apresentados ao público no dia 11/05/2011, disponível em ). 15/152

16 O CPEE-GT-ICE continua activo, sob a coordenação da Dra. Inês Caeiros, Membro do Grupo de Gestão da CPEE, tendo em vista acompanhar esta ferramenta electrónica da maior relevância, em prol da eficácia das execuções A CRIAÇÃO DO GRUPO DE TRABALHO DA CPEE PARA A AGILIZAÇÃO DA PENHORA ELECTRÓNICA - A PENHORA ELECTRÓNICA DOS DEPÓSITOS BANCÁRIOS (CPEE-GT-APE) Atendendo aos resultados positivos obtidos pelo CPEE-GT-ISE (soluções electrónicas), o Plenário da CPEE deliberou na sua 17.ª reunião, de dia 22/03/2011, criar o Grupo de Trabalho para a agilização da penhora electrónica (CPEE-GT-APE), em especial, da penhora electrónica dos depósitos bancários, dado que a previsão legal foi feita em 2003 (art. 861.º-A do CPC), mas até à presente data ainda não é possível fazê-la (Deliberação n.º 9/2011 do Plenário da CPEE). O CPEE-GT-APE é coordenado pelo Dr. António Delicado, Membro do Grupo de Gestão da CPEE, e poderá ser integrado pela Associação Portuguesa de Bancos (APB), o Banco de Portugal (BP) e a Associação Portuguesa de Seguradores (APS). Nesta senda, a CPEE já encetou contactos com uma das cinco instituições de crédito que maior peso tem na acção executiva, e com a APB, estando empenhada e ao corrente desta matéria A CRIAÇÃO DO GRUPO DE TRABALHO DA CPEE DE ANÁLISE DA EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES (CPEE-GT-EAE) Tendo ainda presente os resultados positivos obtidos pelo Grupo de Trabalho da CPEE de implementação de soluções electrónicas, o Plenário da CPEE deliberou ainda na sua 17.ª reunião, de dia 22/03/2011 do Plenário da CPEE criar o Grupo de Trabalho da CPEE de Análise da Eficácia da Acção Executiva (CPEE- GT-EAE), que visa elaborar critérios de análise dos dados estatísticos das acções executivas, e recolha de novos dados (baseada nos dados que também são analisados pela CEPEJ), desde 1996 até 31/03/2012, relativamente à evolução do movimento global de acções executivas entradas, findas e pendentes, com detecção de pontos de aceleração e desaceleração da tramitação da acção executiva, tendo em vista o exercício das competências legais da CPEE no que concerne à emissão de recomendações para a eficácia das execuções e formação dos Agentes de Execução (Deliberação n.º 10/2011 do Plenário da CPEE). O CPEE-GT-EAE é coordenado pela Dra. Ana Luísa Rodrigues, Membro do Grupo de Gestão da CPEE. Importa aqui fazer uma referência ao fenómeno do sobreendividamento, dado que a eficácia das execuções não pode ser analisada sem se levar em linha de conta o seu impacto no desenrolar dos processos executivos. 16/152

17 Atenta a representação no Plenário da Vogal que representa os utentes e consumidores da Justiça (nomeada pela ACP, DECO e UGC), vejamos de seguida os dados e a análise feita pela UGC e pela DECO, tendo em vista a sua inclusão no presente relatório. a) O sobreendividamento - os dados da UGC O sobreendividamento tem sido um fenómeno crescente na sociedade portuguesa, afectando um elevado número de famílias, situação que se tem agravado nos últimos anos em virtude da crise económica que se vive a nível nacional e internacional. Assim, em consequência desta situação, no ano de 2010 o Gabinete Jurídico da UGC recebeu um total de 547 contactos por parte de consumidores sobreendividados que se encontravam já em situação de incumprimento nos contratos de crédito que haviam celebrado. Verifica-se que a maior percentagem das situações de sobreendividamento se devem a situações de desemprego, seja porque algum membro do agregado familiar ficou desempregado não tendo direito à prestação social de subsídio de desemprego, seja porque o subsídio de desemprego que recebia chegou ao fim do seu prazo, não tendo sido possível a constituição de nova situação de contrato de trabalho. Por outro lado, existem ainda situações de sobreendividamento que derivam da ocorrência de situações de divórcio ou separação. A tudo isto acresce que, não houve da parte das instituições financeiras que concedem créditos o cuidado na análise dos pedidos de créditos, designadamente no que se refere à avaliação da real situação financeira de quem recorre ao crédito, o que originou casos de consumidores que auferem pouco mais do que o ordenado mínimo nacional e são titulares de cinco ou seis contratos de crédito que, no seu todo, atingem valores da ordem dos a Finalmente, cumpre referir que a maior parte dos casos de sobreendividamento que chegam ao Gabinete Jurídico da UGC se encontram já numa fase judicial de Acção Executiva, o que impossibilita qualquer renegociação do crédito 3. 3 O texto e os dados estatísticos foram disponibilizados pela UGC, deixando-se aqui um especial agradecimento à Vogal do Plenário da CPEE em representação dos utentes e consumidores da Justiça, Dra. Célia Marques. 17/152

18 b) Os Gabinetes de Apoio ao Sobreendividado da DECO A DECO criou no ano 2000 os Gabinetes de Apoio ao Sobreendividado (GAS), um instrumento extrajudicial de apoio aos consumidores que se encontram excessivamente endividados ou mesmo em situação de sobreendividamento. Os GAS existem em todas as delegações da DECO (Porto, Coimbra, Santarém Évora, Viana do Castelo e Algarve) e na sede em Lisboa. Durante os onze anos de existência destes Gabinetes foram inúmeras as famílias que pediram ajuda a esta associação. A principal razão apresentada pelas famílias para as dificuldades advém da diminuição dos rendimentos, decorrente de situações de desemprego No entanto, para as dificuldades sentidas contribui, também, uma elevada taxa de esforço e a ausência de poupança. Quando o consumidor pede ajuda junto do GAS, em regra, todos os créditos já se encontram em situação de incumprimento e já existe informação negativa na central de riscos do Banco de Portugal. No entanto, as famílias que nos pedem ajuda querem reorganizar o seu orçamento familiar, nomeadamente, no que concerne aos encargos com créditos. 18/152

19 Verifica-se, especialmente este ano, um crescente número de solicitações da parte dos consumidores, justificado desde logo pela actual situação sócio económica, pela elevada taxa de desemprego, pelos cortes salariais, pelo aumento da Euribor entre outros factores. c) Evolução dos n.º de Processos N.º de Processos * Número de processos que deram entrada até 30/04/2011 N.º de Ano Processo s * Estes processos dizem respeito a pessoas singulares (consumidores), que estão de boa fé e com manifesta impossibilidade de fazer face ao conjunto das suas dívidas não profissionais. As dívidas não podem ter sido contraídas no exercício da sua actividade profissional, têm que estar em causa dívidas de natureza não profissional/comercial. As dívidas não profissionais dizem respeito aos compromissos assumidos pelo consumidor, junto das instituições de crédito (Bancos, SFAC, Leasing..) ou de outro credor (Empresa de fornecimento de electricidade, gás, água...), para satisfazer as suas necessidades e as do seu agregado familiar. Ficam, também, excluídas as dívidas de natureza fiscal (ex. IRS, IRC, IVA, Segurança Social...) e as dívidas que tenham originado processos judiciais. 19/152

20 d) N.º de Contactos verificados de Janeiro a Abril de 2010 e 2011 (total) Contactos Telefónicos Contactos pessoais Contactos escritos Total - Contactos Contactos Telefónicos Contactos pessoais Contactos escritos Atenta a relevância dos dados da DECO, os dados estatísticos do GAS de Abril de 2010 constam do Anexo V ao presente Relatório Anual de Actividades, e os dados estatísticos do GAS dos anos de 2008, 2009 e 2010 constam do Anexo VI ao presente Relatório Anual de Actividades 4. Da análise sumária destes dados conclui-se pela crescente descapitalização e sobreendividamento das famílias portuguesas, em especial a partir de 2009, de onde poderá resultar um aumento de créditos incobráveis, a ausência de existência de bens penhoráveis dos devedores e o aumento de processos de insolvência de pessoas singulares. 5. A RESOLUÇÃO DE CONSELHO DE MINISTROS N.º 17/2010, DE 4 DE MARÇO 5.1. A OPERACIONALIZAÇÃO DA ACÇÃO EXECUTIVA, EM EXECUÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES DA CPEE A RCM n.º 17/2010, de 4 de Março, aprovou as orientações e as medidas prioritárias das reformas a adoptar no sector da Justiça, tendo em consideração os trabalhos desenvolvidos nesta área pelo Ministério da Justiça, com os contributos de diversos operadores judiciários e do Observatório Permanente da Justiça Portuguesa. A CPEE congratula-se com a apresentação pública destas medidas, já que elas visam a disponibilização dos meios operacionais necessários à aplicação do actual regime da acção executiva, em especial: a) A introdução de novos modelos de gestão nos tribunais, promovendo a eficiência e o combate às pendências e à lentidão processual, sendo de destacar os novos meios de produção e divulgação de dados estatísticos sobre a actividade judiciária que permitam a adopção de medidas de combate à lentidão e às pendências; 4 O texto e os dados estatísticos foram disponibilizados pela DECO, deixando-se aqui um especial agradecimento à Senhora Directora do GAS de Lisboa, Dra. Natália Nunes. 20/152

21 b) A simplificação processual e melhoria organizativa sendo da maior relevância a criação do Grupo Dinamizador da Detecção e Liquidação de Processo de Execução ; c) A conclusão dos projectos de melhoria das ferramentas digitais ao serviço da justiça, implementando no terreno os projectos CITIUS PLUS; d) A regulamentação da legislação que permite a introdução da arbitragem no domínio do processo executivo; e) O lançamento de novos meios de informação dos cidadãos e de transparência da justiça; f) A aprovação da proposta de lei de Revisão do Regulamento das Custas Judiciais. Atendendo a que estas medidas também visam promover a eficácia das execuções - objectivo primordial da CPEE -, as iniciativas relativas à sua execução prática poderão contar com a total cooperação da CPEE, já que na sua grande maioria concretizarão as Recomendações para a Eficácia das Execuções, emitidas pelo Plenário da CPEE em Julho de 2010, o que revela o amplo consenso que existe nesta matéria A CRIAÇÃO DO GDLE (ABSORÇÃO DO PROJECTO DA CPEE ACÇÃO DE PROXIMIDADE NA MAIOR LITIGÂNCIA E AS REUNIÕES COM OS LITIGANTES FREQUENTES) A grande utilidade de uma acção de proximidade na maior litigância (APML) e das reuniões com os grandes litigantes, iniciativas desenvolvidas pela CPEE em 2009 e no 1.º trimestre de 2010, foi reconhecida e acolhida pela iniciativa legislativa consagrada na Resolução do Conselho de Ministros n.º 17/2011, de 4 de Março, que criou o Grupo Dinamizador da Detecção e Liquidação de Processos de Execução (GDLE), que apresenta uma composição alargada, a saber (cfr. o n.º 2 do Despacho n.º 5002/2011, de 23 de Março): a) Um representante do Conselho Superior da Magistratura; b) Um representante da Procuradoria-Geral da República; c) Um representante nomeado pela presidente da Comissão para a Eficácia das Execuções; d) Um representante nomeado pelo presidente do Colégio da Especialidade dos Agentes de Execução; a) Um oficial de justiça nomeado pela DGAJ, que exerce as funções de secretário do grupo. Ao abrigo do n.º 3 do referido Despacho n.º 5002/2011, o GDLE exercerá as seguintes competências: "a) Fazer reuniões com os grandes litigantes e os seus mandatários nos processos executivos, no sentido de os alertar para: i) Os necessários ajustes aos procedimentos de pagamento da taxa de justiça e dos honorários dos agentes de execução; ii) As consequências do não pagamento atempado da taxa de justiça e dos honorários; b) Promover reuniões com os agentes de execução que tramitem um maior número de processos executivos, no sentido de: i) Os alertar para: 1) Os novos procedimentos de pagamento da taxa de justiça e dos honorários dos agentes de execução; 2) As consequências do não pagamento atempado da taxa de justiça e dos honorários e os procedimentos a ter nessas circunstâncias; 3) A verificação da correcção do procedimento de notificação do exequente e a consequente extinção do processo; 4) Os novos procedimentos de comunicação da extinção ou suspensão de todos os processos pendentes aos tribunais; 21/152

22 ii) Coordenar com o Colégio da Especialidade dos Agentes de Execução formas de apoio que permitam uma maior atenção aos processos arquivados ou extintos (de facto) e à correcta inserção dessas informações nas aplicações informáticas; c) Fazer reuniões com os tribunais especializados de execuções e com tribunais que tramitem processos executivos no sentido de: i) Os alertar para: 1) A verificação da correcção do procedimento de notificação do exequente e a consequente extinção do processo, nos casos de não pagamento de honorários ao agente de execução; 2) Os novos procedimentos de comunicação da extinção ou suspensão de todos os processos pendentes aos tribunais; ii) Coordenar com o Colégio da Especialidade dos Agentes de Execução procedimentos que tornem mais efectivas e rápidas as conferências de extinção ou suspensão dos processos executivos verificados pelos agentes de execução; d) Elaborar relatórios de progresso, com carácter regular, ao Ministro da Justiça; e) Coordenar com a Câmara dos Solicitadores, com o Instituto das Tecnologias de Informação na Justiça e com a Direcção - Geral da Política de Justiça a verificação mensal dos progressos em determinados tribunais e ou escritórios de agentes de execução; f) Fazer recomendações ao Ministro da Justiça, e comunicá-las ao Conselho Superior da Magistratura e à Procuradoria- Geral da República, no sentido da agilização de procedimentos a adoptar pelos tribunais". Como bem resulta da leitura deste preceito, o GDLE constitui o acolhimento pelo Ministério da Justiça de diversas Recomendações da CPEE de 2010 para a eficácia das execuções (aprovadas em 13/07/2100), cujos resultados práticos se anteviam de grande utilidade. Assim, a CPEE continuará a desenvolver as suas iniciativas no âmbito do GDLE, ou não, consoante a tomada de posição do novo Governo Constitucional sobre a actuação do GDLE. Por último, ainda em sede de análise da grande litigância, importa destacar que em 20/09/2010, o Plenário do Conselho Superior de Magistratura (CSM) deliberou deferir o pedido formulado pela CPEE de aceder aos dados respeitantes aos litigantes frequentes dos tribunais, concedendo essa autorização à Presidente da CPEE para efeitos de análise e emissão de recomendações para a eficácia das execuções, o que assume uma elevada relevância no âmbito do estudo desta matéria pela CPEE, patente na análise pioneira sobre esta matéria feita pela CPEE, e apresentada na Conferência Internacional da CPEE em Junho de 2010 pela Dra. Inês Caeiros, Membro do Grupo de Gestão da CPEE. 6. O ACESSO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO ATRAVÉS DO SISAAE AO REGISTO PREDIAL A partir de 21/03/2011 os Agentes de Execução passaram a poder utilizar meios electrónicos para efectuar a consulta ao registo predial de bens registados em nome do Executado, assim permitindo maior celeridade e certeza na detecção de bens imóveis registados em nome daqueles, facilitando também a obtenção de garantias de pagamento das dívidas em causa. Desta forma é também possível diminuir os custos destas operações, contribuindo para uma maior eficácia da acção executiva, atenta a maior eficiência económica. Esta medida concretizou uma das Recomendações da CPEE para a Eficácia das Execuções, a saber: 22/152

23 Acesso directo às várias bases de dados oficiais pelo Agente de Execução para identificação do executado e identificação e localização dos seus bens através do SISAAE (designadamente da Administração Fiscal, Centro Nacional de Pensões, Caixa de Abono de Família dos Empregados Bancários, Registo Predial, Registo Comercial e Informação Empresarial Simplificada). A divulgação desta nova funcionalidade foi transmitida a todos os Agentes de Execução pelo Colégio da Especialidade de Agentes de Execução, com a colaboração desta Comissão e do MJ, disponibilizando-se também um Manual Prático, que se encontra disponível em e em 7. REUNIÕES DIVERSAS COM OS TRIBUNAIS: MAGISTRADOS E OFICIAIS DE JUSTIÇA Durante o 2.º ano de actividade a CPEE acompanhou atentamente a actividade dos tribunais, através do MJ, reunindo com magistrados e oficiais de justiça nos tribunais e na CPEE, dado que também neste ano de actividade, são os tribunais que maior número de participações enviam à CPEE em relação actividade de Agentes de Execução - este órgão de soberania enviou à CPEE 348 participações. Destacam-se as seguintes reuniões e debates, por ordem cronológica: a) No dia 02/07/2010, pelas 14h00, a Dra. Ana Luísa Rodrigues, Membro do Grupo de Gestão da CPEE, participou na IV Reunião dos Juízes dos Juízos da Comarca do Baixo Vouga, que contou com a presença de magistrados, advogados e agentes de execução da comarca; b) No dia 24/02/2011, pelas 17h30, a Presidente da CPEE esteve presente na Conferência Informatização da Justiça Problemas e Soluções, organizada pela Comissão de Informática da Comarca da Grande Lisboa Noroeste, e que teve lugar no Palácio da Justiça de Sintra. A conferência contou com a intervenção de vários oradores, designadamente, do Senhor Secretário de Estado da Justiça e da Modernização Judiciária, Mestre José Magalhães, e do representante do CSM, Dr. Diogo Ravara; c) No dia 08/07/2010, pelas 17h30 horas, a Dra. Inês Caeiros, Membro do Grupo de Gestão da CPEE, esteve presente, em representação da Sra. Presidente da CPEE, no debate promovido pela Comissão Organizadora de Debates Jurídicos e Judiciários, subordinado ao tema O Modelo Experimental de Organização Judiciária, realizado no Palácio da Justiça de Sintra, que contou com a presença de magistrados, advogados, funcionários judiciais e agentes de execução da comarca. 23/152

24 Trata-se de uma das muitas iniciativas que a CPEE pretende atender, sempre que possível, tendo em vista o reforço da cooperação com os Juízos de Execução e demais tribunais, e a recolha de contributos resultantes da aplicação prática da lei junto dos magistrados, oficiais de justiça, advogados e agentes de execução, tendo em vista o exercício das suas competências legais de emissão de recomendações para a eficácia das execuções e formação dos Agentes de Execução. 24/152

25 2.º A EMISSÃO DE RECOMENDAÇÕES SOBRE A FORMAÇÃO DE AGENTES DE EXECUÇÃO PLENÁRIO - JULHO DE A EMISSÃO DE 32 RECOMENDAÇÕES SOBRE A FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO EM JULHO DE 2010 Tal como referido, no dia 13/07/2010 o Plenário da CPEE aprovou as suas 93 Recomendações da CPEE sobre a Eficácia das Execuções e a Formação dos Agentes de Execução 2009/2010 (de ora em diante apenas designadas Recomendações da CPEE 2009/2010), disponíveis em a saber: - 61 Recomendações da CPEE sobre a Eficácia das Execuções, disponíveis em Recomendações da CPEE sobre a Formação dos Agentes de Execução, disponíveis em 9. AS INICIATIVAS DA CPEE TENDO EM VISTA A FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO Sem prejuízo da competência da CPEE ao nível da formação inicial (que é desenvolvida no 3.º desta Parte), e das acções de divulgação da CPEE através da participação da Presidente da CPEE e de diversos Membros do Grupo de Gestão em diversos colóquios (a que se dedica a Parte III do presente relatório), importa destacar a 1.ª Conferência Internacional da CPEE "Promover a Eficácia das Execuções", que teve lugar nos dias 18 e 19 de Junho de 2010, no ISCSP, em Lisboa. Importa ainda destacar, as intervenções da CPEE em Seminários, acções de formação e outros eventos com o objectivo de promover a formação dos Agentes de Execução: a) 1.º Estágio de Agentes de Execução - Centro de Estágio de Porto: intervenção da CPEE: Dia 30/04/ Visita ao Centro de Estágio do Porto; Dia 28/05/ Sessão de esclarecimentos no Centro de Estágio do Porto; Dia 02/07/ ª Sessão de esclarecimentos Reunião no Centro de Estágio do Porto; Dia 15/07/ ª Sessão de Encerramento do 1.º Período do Estágio; b) 1.º Estágio de Agentes de Execução - Centro de Estágio de Coimbra: sessão de esclarecimentos que decorreu no dia 09/07/2010 (Membros do Grupo de Gestão da CPEE, Dras. Inês Caeiros e Joana Bernardo); 25/152

26 c) 1.º Estágio de Agentes de Execução - Centro de Estágio de Lisboa: sessão esclarecimentos que teve lugar no dia 02/07/2010, contando com a presença da Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, e o Membro do Grupo de Gestão da CPEE, Dra. Joana Bernardo; d) Curso de Licenciatura em Direito da Universidade Lusíada de Lisboa - participação da Presidente da CPEE, a convite do Presidente do Conselho de Acompanhamento dos Julgados de Paz, Senhor Juiz Conselheiro Cardona Ferreira - intervenção intitulada O Papel do Agente de Execução no sistema de execuções cíveis em Portugal, realizada no dia 23/11/2010, intervenção disponível em _Presidente_CPEE_23_11_2010.pdf ; e) 1.ª Acção de Formação Inicial dos Agentes de Execução Fiscalizadores da CPEE, iniciativa do Grupo de Gestão da CPEE - intervenção da Dra. Ana Luísa Rodrigues, Membro do Grupo de Gestão da CPEE, realizada no dia 13/10/2010, com a colaboração do Conselho Regional do Norte da CS, que gentilmente cedeu as instalações da sua sede; f) Seminário Simplificação da Acção Executiva, organizado pela International Faculty for Executives (IFE) - participação da Presidente da Comissão, Mestre Paula Meira Lourenço, apresentando o tema Promover a Eficácia das Execuções A Comissão para a Eficácia das Execuções e novo paradigma de serviço dos agentes de execução, realizada no dia 14/03/2011, intervenção disponível em EE_E_O_NOVO_PARADIGMA_DE_SERVICO_DOS_AE_14_03_2011.pdf ; g) Seminário Simplificação da Acção Executiva, organizado pela International Faculty for Executives (IFE) - participação da do Membro do Grupo de Gestão da CPEE, Dra. Ana Luísa Rodrigues, com o tema Evitar execuções inúteis Vantagens na perspectiva das entidades representadas na CPEE, realizada no dia 14/03/2011, intervenção disponível em EE_14_03_2011.pdf ; h) Conferência intitulada A Acção Executiva (avaliação do seu paradigma, aplicação e resultados) - participação da Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, no âmbito de uma iniciativa dos Juízes da Comarca do Baixo Vouga, em parceria com a Universidade de Aveiro, que teve lugar no dia 25/03/2011, no Museu Princesa Santa Joana de Aveiro; i) Sessão Solene de Boas Vindas e Abertura do 2.º Estágio de Agente de Execução, organizada pela CPEE, e que teve lugar na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa. A cerimónia foi presidida por Sua Excelência o Senhor Secretário de Estado da Justiça e da Modernização Judiciária, Mestre José Magalhães. 26/152

27 10. O LABOR DE ENTIDADES COM ASSENTO NO PLENÁRIO DA CPEE A cargo da CS esteve a formação inicial do 1.º Estágio de Agentes de Execução, que decorreu entre 26/02/2010 e 19/02/2011, em relação a 300 agentes de execução estagiários, em 3 centros de estágio: Lisboa, Coimbra e Porto. Nos dias 9 e 10 de Abril de 2010, realizou-se no Centro Multimeios de Espinho as I Jornadas de Estudo dos Agentes de Execução, uma iniciativa organizada pelo Colégio de Especialidade de Agentes de Execução da CS, a qual contou com a presença da Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, e dos membros do Grupo de Gestão da CPEE, num painel subordinado ao tema "O novo paradigma dos Agentes de Execução", com a seguinte configuração: Apresentação da CPEE (Mestre Paula Meira Lourenço, Presidente da CPEE); A Formação (inicial e contínua), a Disciplina e o E-Agente de Execução (Dra. Joana Bernardo, Membro do Grupo de Gestão da CPEE), intervenção disponível em ; Incompatibilidades, Impedimentos, Escusas e Suspeições dos agentes de execução (Dra. Inês Caeiros, Membro do Grupo de Gestão da CPEE) intervenção disponível em ; Manual de Procedimentos de Fiscalização (Dra. Ana Luísa Rodrigues, Membro do Grupo de Gestão da CPEE), intervenção disponível em E no dia 30 de Abril de 2011 decorreu nos Paços do Concelho de Barcelos a conferência subordinada ao tema "Os Novos Desafios da Profissão de Solicitador e Agente de Execução", organizada pela Comarca de Barcelos, Delegação de Círculo de Barcelos da Câmara dos Solicitadores e pelo Conselho Regional do Norte da Câmara dos Solicitadores. Foram ainda realizadas acções de formação sobre o Novo Código de Trabalho e sessões de formação sobre a venda em Processo Executivo. Importa ainda destacar no 1.º trimestre de 2011 a elaboração e divulgação pela CS dos seguintes Manuais de Procedimentos: a) Manual relativo à Citação Electrónica; b) Manual de Procedimentos relativos às limitações à tramitação das execuções, ao abrigo do artigo 15.º-A da Portaria 331-B/2009, de 30/03, na redacção dada pela Portaria n.º 1148/2011, de 04/11, 27/152

28 disponível em ; c) Manual de Procedimentos para Consultas ao Registo Predial, disponível em e ; d) Manual do Arresto e Procedimentos Cautelares; e) Recibo verde electrónico; f) Modelos de citações. Por último, aquando da Sessão Solene de Boas Vindas aos Candidatos e de Abertura do Segundo Estágio de Agente de Execução, a qual teve lugar no dia 26/03/2011, às 16h00, na Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, a CS apresentou a plataforma Moodle, disponível em um software que permite a gestão de cursos em ambiente online, possibilitando ao agente de execução estagiário aceder aos seus conteúdos em qualquer lugar, e na altura que lhe for conveniente, através da Internet. Trata-se de uma relevante ferramenta electrónica de trabalho, que a CPEE saudou, por concretizar uma das recomendações emitidas em Julho de 2010 para a formação inicial. Das iniciativas da Ordem dos Advogados, destacamos que nos dias 12 a 15 de Abril de 2010, foi promovida pelo Conselho Distrital do Porto da Ordem dos Advogados a Conferência intitulada A Nova Acção Executiva " em que foi formadora a Mestre Lurdes Mesquita. No dia 6 de Maio de 2010, foi promovida pelo Conselho Distrital de Coimbra da Ordem dos Advogados em parceria com a Livraria Almedina a Conferência intitulada A Reforma da Acção Executiva e o Papel do Agente de Execução no Andamento do Processo Executivo" em que foi orador o Dr. Manuel Rascão Marques (Solicitador e Agente de Execução, Vogal do Conselho Geral da Câmara dos Solicitadores). No dia 16 de Junho de 2010, foi realizada na sede da Delegação de Setúbal do Conselho Distrital de Évora da Ordem dos Advogados a acção de Formação intitulada "A Simplificação da Acção Executiva", no âmbito da qual foram oradoras as Dras. Carina Antunes e Tânia Piazentin, consultoras da Direcção-Geral da Política de Justiça. No dia 4 de Fevereiro de 2011, pelas 18h00, realizou-se no Auditório Bastonário Ângelo d Almeida Ribeiro do Conselho Distrital de Lisboa da OA uma conferência subordinada ao tema "Cobrança Judicial de Dívida, Injunções e Respectivas Execuções", a qual contou com a intervenção do Dr. Edgar Valles. 28/152

29 11. ACTIVIDADE DISCIPLINAR DA CPEE: AS CAUSAS DE DESTITUIÇÃO E OS ILÍCITOS DISCIPLINARES TENDO EM VISTA A EMISSÃO DE RECOMENDAÇÕES PARA A FORMAÇÃO DE AGENTES DE EXECUÇÃO No âmbito da competência disciplinar da CPEE, durante o 2.º ano de actividade, concluiu-se, uma vez mais, que o comportamento disciplinar dos Agentes de Execução e a respectiva análise do Grupo de Gestão da CPEE é muito relevante, e deve ser tomada em linha de conta para efeitos de exercício pelo Plenário da CPEE da competência legal de emissão de recomendações sobre a formação dos agentes de execução, e bem assim reiterar o teor de algumas recomendações já emitidas em Julho de 2010, quer para a eficácia quer sobre a formação dos agentes de execução. Com efeito, no referido período (01/04/2010 a 31/03/2011), o Grupo de Gestão da CPEE instaurou 45 (quarenta e cinco) processos disciplinares e procedeu à destituição de 5 (cinco) agentes de execução. Da análise que foi feita pelo Grupo de Gestão da CPEE em relação ao período referido podemos afirmar que as participações que mais frequentemente chegam à Comissão fundaram-se em factos que indiciaram, por ordem de grandeza: a) Actuação processual com violação do dever de diligência, falta de restituição de quantias e objectos e a realização de penhora excessiva/ilegal (60%); b) Factos esses que correspondem também às decisões de instauração de processo disciplinar (72% dos processos disciplinares instaurados têm estes fundamentos). Em 2010 tinha assumido especial relevância os factos que indiciavam a falta de resposta à parte e ao tribunal e a irregularidade/atraso nas citações/notificações, como principais fundamentos para apresentação de queixas junto da CPEE e subsequentemente como causas de instauração de processo disciplinar. Tendo tal constatação permitido à CPEE concluir que ainda existiam agentes de execução cuja conduta suscitaria problemas do ponto de vista da violação dos deveres éticos e deontológicos, no que respeita à actuação com violação do dever de diligência, à falta de restituição de objectos e quantias e à falta de resposta às partes e ao tribunal, e ainda do ponto de vista técnico, no que concerne à penhora excessiva/ilegal e à irregularidade/atraso na realização das citações/notificações. 29/152

30 No período ora em análise, além do aumento exponencial das participações apresentadas à CPEE (686), verificou-se uma especial incidência dos factos subjacentes às mesmas nos seguintes principais fundamentos: a) Omissão de realização de diligências (135); b) Falta de restituição de quantias e/ou objectos (99); c) Falta de resposta a pedido de informação da parte (66); d) Falta de resposta ao Tribunal (63); e) Penhora excessiva/ilegal (56). Uma vez mais, a conclusão a retirar destes dados estatísticos incidirá necessariamente numa extrema necessidade de fazer corresponder uma actuação punitiva exercida pelo órgão disciplinar (Grupo de Gestão da CPEE) acompanhada da actuação preventiva e positiva no sentido da emissão de novas recomendações sobre a formação dos agentes de execução e bem assim da necessidade de acolhimento das recomendações sobre a formação dos agentes de execução já emitidas em Julho de Neste sentido, a verificar-se que restarão implementar algumas recomendações sobre a formação dos Agentes de Execução, consideradas urgentes pela CPEE aquando da sua emissão, aponta-se o caminho no sentido da absoluta necessidade de reiterar o teor das mesmas, a título abstracto da formação contínua dos agentes de execução e para efeitos preventivos e práticos, a ponto de tornar, em última análise, desnecessária a apresentação de participação contra o Agente de Execução. Da análise dos ilícitos que serviram de fundamento aos processos disciplinares instaurados pela CPEE na decorrência de participações feitas à CPEE, verifica-se que um número considerável de deliberações de instauração de processos disciplinares tem por base a: a) Violação do dever de diligência e de zelo (31); b) Violação de deveres deontológicos, disposições legais e regulamentos internos (23). Em face do exposto, a CPEE reitera como sendo essencial a tomada de medidas urgentes em sede da emissão de recomendações, tendentes a minorar a prática de tais ilícitos e que incidam sobre o seguinte: a) Frequência de formação contínua obrigatória dos Agentes de Execução de sessões de formação, no que respeita à observância das normas legais que têm de aplicar no exercício das sua funções, em especial, as normas do CPC; 30/152

31 b) Frequência de formação contínua obrigatória dos Agentes de Execução de sessões de formação, no que respeita à observância das normas éticas e deontológicas a que estão adstritos, designadamente as constantes do ECS e dos regulamentos da CS a que estão adstritos. Já da análise dos ilícitos que serviram de fundamento aos processos disciplinares instaurados pela CPEE resultantes das fiscalizações realizadas pela CPEE, podem extrair-se constatou-se uma realidade até então desconhecida pela CPEE de vários Agentes de Execução que: a) Não mantêm as contas-clientes segundo o ECS (14); b) Têm indícios de irregularidade na movimentação das contas-clientes (13). Em face do exposto, a CPEE considera como sendo prioritária a tomada de medidas urgentes e eficazes em sede da emissão de recomendações, tendentes a minorar a prática de tais ilícitos e que incidam sobre o seguinte: a) Frequência de formação contínua obrigatória dos Agentes de Execução de sessões de formação, no que respeita à observância das normas legais que têm de aplicar no exercício das sua funções em relação às contas-cliente, em especial, a realização de operações com transparência e a conciliação bancária entre as operações e cada Processo Judicial a seu cargo; b) Frequência de formação contínua e obrigatória dos Agentes de Execução de sessões de formação, no que respeita à contabilidade inerente à actividade de agente de execução no SISAAE. Para tanto, será necessária a promoção pela CS de acções de formação a realizar sobre: a) Todas as funcionalidade do SISAAE (em especial as contabilísticas); b) Comunicabilidade entre sistemas informáticos SISAAE e CITIUS; c) Conciliação bancária das contas-clientes do agente de execução. Estas conclusões resultam da actividade diária e efectiva do Grupo de Gestão da CPEE, que na qualidade de órgão disciplinar e de fiscalização operacional, levada a efeito pelos Membros do Grupo de Gestão nos escritórios dos Agentes de Execução, e bem assim pelo labor efectuado pelos Agentes de Execução Fiscalizadores da CPEE. Tal trabalho apenas pode resultar mais profícuo e eficaz se a CPEE for dotada dos meios financeiros e humanos para a efectiva realização das suas competências legais, disciplinares e de fiscalização, respectivamente a cargo das suas entidades financiadoras (MJ e CS). 31/152

32 3.º OS 1.º E 2.º ESTÁGIOS DE AGENTE DE EXECUÇÃO PLENÁRIO 12. A FIXAÇÃO DO N.º DE CANDIDATOS A ADMITIR A ESTÁGIO DE AGENTE DE EXECUÇÃO No âmbito das competências da CPEE, em Plenário, foi definido o número de candidatos a admitir no 1.º estágio de agente de execução, tendo, subsequentemente, havido lugar à escolha e designação da entidade externa responsável pela elaboração, definição dos critérios de avaliação e avaliação do exame de admissão a estágio de agente de execução. Na reunião do Plenário da CPEE, realizada em 23/03/2010, foi fixado o número de candidatos a admitir no 2.º estágio de agente de execução, considerando a calendarização do primeiro estágio deliberada na reunião do Plenário da CPEE, realizada em 16/11/2010, na qual se previu que o exame de admissão a estágio se realizasse em Dezembro de 2009 ou Janeiro de 2010 e que a avaliação final dos agentes de execução estagiários fosse realizada em Novembro ou Dezembro de 2010, e ainda o estudo de dimensionamento do número de agentes de execução realizado pela DGPJ, estudo datado de Maio de 2009, com o contributo da CS (intitulado Agentes de Execução - Análise sobre o dimensionamento do número de admissões ao curso de estágio ), no qual se concluiu pela necessidade de duplicação do número de agentes de execução, que àquela data ascendia a 835, tendo-se considerado ser mais eficiente fasear este número em três anos, da seguinte forma: 300 agentes de execução no 1.º ano, mais 300 agentes de execução no 2.º ano, e mais 250 agentes de execução no 3.º ano. Neste pressuposto de duplicação do número de agentes de execução e atendendo ao estudo da DGPJ, foi fixado o número de candidatos a admitir no 2.º estágio de agentes de execução, num total de 300 candidatos, em termos similares ao sucedido para o ano de 2009 (tendo sido também de 300 o número limite fixado por deliberação do Plenário da CPEE tomada na reunião de 25/05/2009). Em face deste número total de 600 novos agentes de execução, atentos os objectivos fixados no Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro, e as funções adstritas ao agente de execução, na reunião realizada em 22/03/2011, o Plenário da CPEE deliberou adiar a fixação do número de agentes de execução para o 3.º estágio de agentes de execução, atendendo a que, na esteira do trabalho realizado em anos anteriores, a DGPJ disponibilizou-se a actualizar a análise sobre dimensionamento dos agentes de execução, desde que recebesse dados novos por parte da CS, visando avaliar esta nova forma de selecção dos candidatos e de acesso à profissão e bem assim o impacto que na prática a entrada destes profissionais no mercado terá na eficácia das execuções. 32/152

33 Nesta senda, a CPEE enviou o seguinte conjunto de dados de que dispunha em 31/03/2011 (no âmbito do ponto 4 da Ordem de Trabalhos da 17.ª reunião de Plenário da CPEE, de 22/03/2011): a) O n.º de Agentes de Execução que solicitaram à CPEE a suspensão de aceitar novos processos: O Plenário da CPEE deferiu 184 pedidos de suspensão de aceitação de novos processos, de acordo com critérios pré-definidos, em relação a 139 Agentes de Execução; b) O n.º de Agentes de Execução suspensos preventivamente pela CPEE: O Grupo de Gestão da CPEE suspendeu preventivamente 8 Agentes de Execução, sendo que apenas 6 destas deliberações encontram-se em vigor (2 Agentes de Execução foram entretanto expulsos de funções). Na reunião de Plenário da CPEE, realizada em 17/05/2011, no âmbito da qual foi aprovado o presente Relatório, foi apresentado pela DGPJ um estudo intitulado "Análise sobre o dimensionamento do número de admissões ao curso de estágio", onde se concluiu que: "Não existem, por enquanto, evidências que conduzam à alteração do objectivo a 3 anos anteriormente estabelecido (com admissão de 300 candidatos a estágio nos dois primeiros anos e de 250 no terceiro)." Nestes termos, foi fixado o número de 250 candidatos a admitir no terceiro estágio de agentes de execução. 13. ESCOLHA E DESIGNAÇÃO DA ENTIDADE EXTERNA RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO, DEFINIÇÃO DE CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO E AVALIAÇÃO DO EXAME DE ADMISSÃO A ESTÁGIO DE AGENTE DE EXECUÇÃO, BEM COMO PELA AVALIAÇÃO FINAL DO TRABALHO DESENVOLVIDO PELO AGENTE DE EXECUÇÃO ESTAGIÁRIO DURANTE O ESTÁGIO Na reunião do Plenário da CPEE de 13/07/2010, foi deliberado designar novamente a Escola de Lisboa da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa (de ora em diante designada apenas por FDLUCP) como Entidade Externa responsável pela elaboração, definição de critérios de avaliação do exame de admissão ao 2.º estágio de agentes de execução, bem como avaliação do trabalho desenvolvido pelo agente de execução estagiário durante o estágio, atendendo: a) À necessidade de manter a elevada qualidade já reconhecida à FDLUCP; b) Ao elevado profissionalismo de procedimentos e rigorosa análise a posteriori da actividade feita pela FDLUCP, constatada pela apresentação feita pelo Professor Doutor Rodrigo Queiroz de Melo, da 33/152

34 FDLUCP, no âmbito da 1.ª Conferência Internacional organizada pela CPEE Promover a Eficácia das Execuções, de Junho de 2010, subordinada ao tema: A exigência no acesso à actividade de agente de execução: o exame nacional de processo executivo e a selecção dos 300 melhores candidatos 5. Nesta intervenção atestámos o profissionalismo e o rigor do procedimento levado a cabo pela FDLUCP, em especial, em termos do controlo de qualidade, tendo por tanto merecido elevados elogios por parte dos convidados portugueses e estrangeiros (o 1.º Vice-Presidente da UIHJ, Professor Doutor Bernard Menut, evidenciou a elevada qualidade do trabalho realizado pela FDLUCP); c) A SGMJ indicou à CPEE que a FDLUCP poderia ser convidada para apresentar proposta, em sede de novo procedimento por ajuste directo, ao abrigo dos artigos 112.º e seguintes do Código dos Contratos Públicos (CCP). E na mesma reunião 13/07/2010, foi deliberado, por unanimidade dos membros presentes, que cumprimento do disposto nos termos do artigo 69.º-B do ECS, conjugado com a alínea d) do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22 de Julho, a CPEE proporia à SGMJ, na qualidade de Entidade Adjudicante, a abertura de procedimento de contratação de entidade externa responsável pela elaboração, definição de critérios de avaliação do exame de admissão a estágio de agente de execução, bem como pela avaliação do trabalho desenvolvido pelo agente de execução estagiário durante o estágio, tendo ainda sido aprovados os seguintes documentos a remeter à SGMJ: a) Minuta de Convite para apresentação de proposta ao abrigo do procedimento de Ajuste Directo; b) Caderno de Encargos. Este procedimento de ajuste directo, submetido à SGMJ mediante o ofício da CPEE n.º 1595/2010, de 21/07/2010, na qualidade de órgão competente para a decisão de contratar e que obteve a concordância e aprovação da SGMJ, identificado como AJUSTE DIRECTO N.º 10/DAC/CPEE/2010, sofreu um ligeiro atraso uma vez que a SGMJ aplicou o artigo 44.º do Decreto-Lei n.º 72-A/2010, de 18 de Junho, e a Portaria n.º 371-A/2010, de 12 de Agosto, tendo em 17/08/2010 solicitado a emissão de parecer prévio vinculativo dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das Finanças e da Administração Pública, tendo sido emitido parecer favorável à celebração do contrato no dia 6 de Setembro de 2010 (cfr. Despacho n.º 779/2010-SEAP, de 6 de Setembro de 2010). 5 Cfr. RODRIGO QUEIROZ DE MELO, A exigência no acesso à actividade de agente de execução: o exame nacional de processo executivo e a selecção dos 300 melhores candidatos - intervenção na 1.ª Conferência Internacional da CPEE Promover a Eficácia das Execuções, no dia 18/06/2010, no âmbito do PAINEL 2 O acesso de profissionais liberais à actividade de agente de execução e a formação inicial elevado padrão de qualidade, disponível em 34/152

35 Assim sendo, só no dia 16/09/2010 é que a SGMJ, na qualidade de Entidade Adjudicante, remeteu o convite à FDLUCP. Dentro do prazo estabelecido (terminava no dia 20/10/2010), a FDLUCP apresentou a sua proposta, a qual foi objecto de análise e reputou-se não existirem quaisquer esclarecimentos adicionais nem melhoramentos a serem prestados e/ou efectuados, ao abrigo do n.º 2 do artigo 125.º do CCP, na medida em que estava de acordo com o preceituado no Caderno de Encargos incluso no procedimento aberto pela SGMJ votado favoravelmente pelo Plenário da CPEE na reunião de 13/07/2010. Assim, a CPEE propôs à SGMJ, por ser o órgão competente para a decisão de contratar, o seguinte projecto de decisão de adjudicação: a) Adjudicar à Escola de Lisboa da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa a aquisição de serviços de elaboração, definição de critérios de avaliação do exame de admissão a estágio de agentes de execução, bem como avaliação do trabalho desenvolvido pelo agente de execução estagiário durante o estágio, nos termos do preço proposto por esta Faculdade; b) Aprovar a minuta de contrato que se anexa como Documento 4, em conformidade com o previsto nos artigos 16.º, 17.º e 18.º e com o previsto na alínea a) do n.º 1 artigo 20.º e nos artigos 114.º e 127.º, todos do CCP, dado que o valor da despesa se enquadra no disposto nestes artigos, ou seja, celebração de contratos de valor inferior a Em 02/11/2010, a SGMJ concordou com a adjudicação proposta pela CPEE, aprovou a minuta de contrato apresentada e decidiu proceder à notificação do adjudicatário e à publicitação do contrato deliberado, tendo sido concluído o procedimento em 15/11/2010 mediante a celebração entre a SGMJ e a FDLUCP do contrato N.º 10/2010 de Aquisição de serviços de elaboração, definição de critérios de avaliação do exame de admissão a estágio de agentes de execuções, bem como avaliação final do trabalho desenvolvido pelo agente de execução durante o estágio. 14. O INÍCIO DO 2.º ESTÁGIO DE AGENTE DE EXECUÇÃO A CPEE monitorizou a execução do contrato, nomeadamente quanto à fase de elaboração, realização e avaliação de exame nacional anónimo de admissão a estágio de agente de execução, em cumprimento do artigo 27.º do caderno de encargos e do ponto 1, do Anexo I da proposta da FDLUCP, por força do disposto no artigo 5.º do contrato celebrado entre a SGMJ e a FDLUCP. A CPEE tem o direito de fiscalizar os serviços a serem prestados pela entidade externa (a FDLUCP) e esta obriga-se a fornecer prontamente todas as informações que lhe sejam solicitadas pela CPEE e a colaborar com a CPEE na execução do contrato. 35/152

36 As fases processuais da tramitação do processo de inscrição de candidatos para a realização do exame de acesso a estágio de agente de execução, o pagamento das taxas de inscrição, a validação e a marcação da data final, incluindo a lista final de candidatos admitidos, a cargo da entidade externa escolhida pela CPEE, a FDLUCP, decorreram no período compreendido entre Novembro de 2010 e Fevereiro de 2011, tendo sido comunicadas ao Plenário fases do procedimento (cfr. mensagens electrónicas da Presidente da CPEE, datadas de 16/02/2011 e de 18/02/2011, intituladas MUITO URGENTE - Notas finais do 2.º Exame de Acesso ao Estágio de Agentes de Execução e instrução - ARREDONDAMENTO PARA 50 das notas finais do 2.º Exame de Acesso ao Estágio de Agentes de Execução, respectivamente, decisão comunicada pela Presidente da CPEE, após consenso dos Membros do Plenário obtido por correio electrónico, a qual foi ratificada formalmente pelo Plenário da CPEE na reunião de 22/03/2011. Tendo sido cumpridas as seguintes fases da tramitação legal: a) Inscreveram-se 819 candidatos; b) No dia 29/01/2011 realizou-se o 2.º exame nacional e anónimo de acesso ao 2.º estágio, nas instalações da FDLUCP, entre as 15h00 e as 17h00; c) Dos 481 candidatos que realizaram o exame, 228 candidatos obtiveram resultado positivo. A nota máxima obtida foi de 82,72 %; a nota do último aprovado foi de 50%, e a média dos candidatos aprovados é de 59,61 %; d) Inscreveram-se na Câmara dos Solicitadores 205 candidatos (108 Solicitadores e 97 Advogados), distribuídos da seguinte forma: 86 no Porto (43 Advogados e 43 Solicitadores); 85 em Lisboa (42 Advogados e 43 Solicitadores); 34 em Coimbra (12 Advogados e 22 Solicitadores). Tendo os resultados (lista provisória) sido afixados no dia 03/02/2011, seguindo-se uma segunda pauta provisória afixada em 13/02/2011, decorrente de um erro verificado na soma automática da pontuação das respostas correctas de alguns candidatos, da responsabilidade da Faculdade Católica, que assumiu publicamente o mesmo, em comunicado datado de 11/02/2011, disponível em A pauta definitiva foi publicada em 18/02/ A CPEE foi sempre dando conhecimento e acompanhando, enquanto intermediária, todos os pedidos de informações, de esclarecimentos e de reclamação apresentados junto da Comissão e/ou da FDLUCP, quando 36/152

37 inseridos na competência desta Entidade para decidir sobre os mesmos, e junto da CS, quando inseridos na sua competência, enquanto entidade responsável pelo estágio, tendo realizado reuniões nesse sentido, designadamente as realizadas em 18/10/2010, em 11/11/2010, em 24/01/2011 e em 22/02/2011, quer relativamente ao 1.º Estágio de Agentes de Execução, quer relativamente ao 2.º Estágio. Destaca-se que o formulário disponibilizado, o anúncio e todos os documentos posteriormente divulgados relacionados com a realização do exame foram veiculados entre a CPEE, a Ordem dos Advogados e a Câmara dos Solicitadores. Todos os pedidos formulados pela CPEE foram respondidos com competência, zelo e celeridade pela FDLUCP, no estrito cumprimento das apertadas condições acordadas na reunião de coordenação realizada no dia 16/11/2010, na sede da CPEE, e os contactos havidos posteriormente entre a FDLUCP, a OA e a CS. Por último, acresce ainda referir que todos os telefonemas, todos os s de candidatos quer para a CPEE, quer para a FDLUCP, segundo informações veiculadas por esta Faculdade, foram respondidos e reencaminhados para a OA ou a CS, consoante os casos. A CPEE, em conjunto com a FDLUCP, a CS e a OA, organizou uma Sessão Solene de Boas Vindas aos Candidatos e de Abertura do Segundo Estágio de Agente de Execução, a qual teve lugar no dia 26/03/2011, às 16h00, no Auditório 1 da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa. A cerimónia foi presidida por Sua Excelência o Senhor Secretário de Estado da Justiça e da Modernização Judiciária, Mestre José Magalhães, tendo contado com a participação do Director da Escola de Lisboa da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa, Professor Doutor Luís Fábrica, da Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, do Presidente da Câmara dos Solicitadores, Agente de Execução Dr. José Carlos Resende, do Vice-Presidente da Ordem dos Advogados, Dr. António Albergaria Samara, e do Presidente do Colégio de Especialidade de Agentes de Execução, Agente de Execução Dr. Carlos de Matos. A cerimónia contou com a presença de quase 200 Agentes de Execução estagiários (do 1.º e do 2.º Estágios) aos quais foi oferecido um exemplar do Manual de Perguntas e Respostas sobre a Acção Executiva e Compilação da Legislação, elaborado pela DGPJ e pela CPEE (edição do Ministério da Justiça), e ainda um exemplar das Recomendações da CPEE para a Eficácia das Execuções e a Formação dos Agentes de Execução 2009/2010 (de ora em diante apenas designadas Recomendações da CPEE 2009/2010), emitidas pelo Plenário da CPEE em Julho de /152

38 Durante a Sessão Solene foi apresentada a plataforma Moodle - um software que permite a gestão de cursos em ambiente online, possibilitando ao agente de execução estagiário aceder aos seus conteúdos em qualquer lugar, e na altura que lhe for conveniente, através da Internet. Trata-se de uma relevante ferramenta electrónica de trabalho, que a CPEE saudou, por concretizar uma das recomendações emitidas em Julho de 2010 para a formação inicial, a saber: " 2. Criação de um sítio próprio na Internet, ou de um campo próprio dedicado ao agente de execução estagiário, o qual centralize toda a informação relevante para o estágio e a publicite de forma organizada e atempada, contendo, designadamente: a) O calendário do 1.º Período do Estágio, curso de formação inicial (3 meses), com todas as turmas, aulas e respectivos horários; b) Os Programas do curso de formação inicial, com as matérias a leccionar, os conteúdos programáticos das aulas, as turmas e os horários)." O discurso da Senhora Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, no âmbito desta cerimónia encontra-se disponível em: _2011.pdf. O discurso de encerramento da Sessão Solene, proferido por Sua Excelência o Senhor Secretário de Estado da Justiça e da Modernização Judiciária, Mestre José Magalhães, encontra-se disponível em: Entre Março de 2011 e Janeiro de 2012 decorrerá o 2.º Estágio de Agentes de Execução, da responsabilidade da Câmara dos Solicitadores, e após o estágio será realizada a avaliação final dos Agentes de Execução estagiários pela FDLUCP. 15. O FINAL DO 1.º ESTÁGIO DE AGENTE DE EXECUÇÃO Na reunião de Plenário da CPEE de 06/04/2009, foi considerada prioritária a abertura de estágio de agentes de execução em 2009 e a fixação do número de candidatos a admitir (cfr. alínea b) do artigo 69.º-C do ECS, tendo na reunião de 25/05/2009 sido deliberado o número de candidatos a admitir nesse ano candidatos -, de acordo com o já referido estudo realizado pela DGPJ. Na reunião de Plenário da CPEE ocorrida em 14/10/ 2009, foi aprovado, por maioria dos Vogais do Plenário da CPEE, designar a FDLUCP como Entidade Externa responsável pela elaboração, definição de 38/152

39 critérios de avaliação do exame de admissão a estágio de agentes de execução, bem como avaliação do trabalho desenvolvido pelo agente de execução estagiário durante o estágio, nos termos da competência legal prevista na alínea c) do artigo 69.º-C do ECS, na redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro, e de acordo com o procedimento de Ajuste Directo previsto nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 16.º, conjugado com a alínea a) do n.º 1 do artigo 20.º, artigos 17.º, 18.º e artigos 112.º e seguintes, todos do Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de Janeiro, que aprovou o CCP, nos termos de procedimento identificado pela Secretaria-Geral do Ministério da Justiça (SGMJ) como AJUSTE DIRECTO N.º 25/DAC/2009, o qual foi concluído em 23/11/2009 mediante a celebração entre a SGMJ e a FDLUCP do contrato de Aquisição de serviços de elaboração, definição de critérios de avaliação do exame de admissão a estágio de agentes de execuções, bem como avaliação final do trabalho desenvolvido pelo agente de execução durante o estágio, nos termos e para os efeitos do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º do CCP, conjugada com a alínea d) do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22 de Julho. Apurados os 300 candidatos melhor classificados no exame nacional anónimo de admissão a estágio de agente de execução, que decorreu em Janeiro de 2010, estes inscreveram-se no estágio com a duração de 10 meses, da responsabilidade da Câmara dos Solicitadores, nos termos dos artigos 117.º e 118.º do ECS, conjugado com o Regulamento de Estágio de Agente de Execução aprovado pela Câmara dos Solicitadores em 26 de Julho de 2009 (Regulamento n.º 391/2009, de 24 de Setembro), cujas inscrições ocorreram entre os dias 10 e 24 de Fevereiro de A CPEE esteve presente na Sessão Solene de Abertura do Primeiro Estágio de Agente de Execução, a qual ocorreu no dia 27 de Fevereiro de 2010, teve lugar na Universidade Católica Portuguesa, e contou com a presença de mais de 100 agentes de execução estagiários. O prazo legal de duração do estágio, de 10 meses (cfr. o n.º 1 d artigo 118.º do ECS) foi excedido, tendo o seu termo sido fixado pela Câmara dos Solicitadores para o dia 19/02/2011. A CPEE foi sempre monitorizando, dando conhecimento e acompanhamento, enquanto intermediária, de todos os trabalhos, quer da FDLUCP, quer da Câmara dos Solicitadores, enquanto entidade responsável pelo estágio, tendo comparecido, inclusivamente, em 16/07/2010 na última aula do curso de estágio de agentes de execução, do Centro de Estágio do Porto, em 09/07/2010 no Centro de Estágio de Coimbra, em 02/07/2010 no Centro de Estágio de Porto, na Sessão esclarecimento sobre a 2.ª fase do estágio para Agentes de Execução e nessa mesma data no Centro de Estágio de Lisboa, também numa sessão de esclarecimentos, visando sempre promover a discussão e o debate sobre vários temas relacionados com o estágio e com a deontologia dos agentes de execução. 39/152

40 No âmbito da 2.ª fase do estágio e da avaliação final dos agentes de execução estagiários, destacam-se: a) A reunião ocorrida na CPEE em 18/02/2011, com alguns agentes de execução estagiários, na qual estes expuseram as suas dúvidas, reclamações e sugestões; b) As reuniões havidas quer com a FDLUCP, quer com a Câmara dos Solicitadores; c) A reunião de dia 17/03/2011 na Câmara dos Solicitadores, na qual estiveram representadas todas as entidades, cujos trabalhos versaram sobre o evento do dia 26/03/2011 na FDLUCP (abertura 2.º estágio) e a formação dos agentes de execução (1.º e 2.º s estágios). Evidencia-se ainda a implementação dos procedimentos relacionados com a avaliação final, que ocorreu em finais de Janeiro de 2011 e durante o mês de Fevereiro de 2011, e que contou com os contributos quer da Câmara dos Solicitadores, quer da Ordem dos Advogados, designadamente através de comunicações electrónicas, no que respeita aos formulários a serem disponibilizados para efeitos de candidatura dos agentes de execução estagiários à prova final, a saber, o formulário de candidatura disponibilizado, o relatório de actividades de estágio, o relatório de auto-avaliação do agente de execução estagiário e o relatório de patrono. Todos os documentos posteriormente divulgados relacionados com a realização do exame foram veiculados entre a CPEE, a OA e a CS. A FDLUCP fixou o dia 08/03/2011 como data limite para a apresentação de candidaturas junto daquela Faculdade, em cumprimento do prazo de 15 dias previsto no artigo 28.º do Regulamento n.º 391/2009, de 24/09 (Regulamento de Estágio). e nos termos da Pauta publicada no sítio da Universidade na Internet, disponível em 20Agente%20Execução%20-%20data%20entrevista.pdf., tendo a Universidade recebido cerca de 287 candidaturas. A FDLUCP realizou as entrevistas de avaliação final dos Agentes de Execução Estagiários do 1.º Estágio de Agentes de Execução na semana de 11/04/2011 a 15/04/2011, nas instalações da FDLUCP sitas em Lisboa (e ainda, a titulo excepcional, uma entrevista a uma Agente de Execução estagiária no dia 28/04/2011). No dia 11/04/2011, a Presidente da CPEE e de dois Membros do Grupo de Gestão da CPEE (Drs. Inês Caeiros e António Delicado), assistiram a diversas entrevistas, tendo testemunhado o rigor e a exigência da FDLUCP no desempenho da sua função (o direito de fiscalização da CPEE encontra-se previsto no artigo 36.º do caderno de encargos, aplicável ex vi o artigo 5.º do contrato celebrado entre a SGMJ e a FDLUCP). 40/152

41 Estas entrevistas são um dos vários elementos a ponderar pela FDLUCP na fase de avaliação final dos estagiários já em curso, nos termos da alínea b) do n.º 14 do artigo 118.º do Estatuto da Câmara dos Solicitadores, na redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro (ECS). Com efeito, em Maio de 2009, existiam 835 agentes de execução, hoje existem 705, a que acrescerão cerca de 269, já aprovados pela FDLUCP (cfr. Pauta de Classificação final disponível em ). Nos últimos dois anos verificou-se um aumento do número de acções executivas em tribunal, por isso, atendendo aos 705 agentes de execução em exercício de actividade e aos cerca de 269 novos agentes de execução, é essencial continuar a permitir o acesso à profissão, através da realização de um rigoroso exame nacional de processo executivo (para que só entrem aqueles que estão tecnicamente bem preparados para as exigentes funções de agente de execução) A entrada destes novos Agentes de Execução concretiza o efectivo aumento do número de Agentes de Execução, uma das medidas prosseguidas pela CPEE tendo em vista promover a celeridade e a eficiência económica das execuções, a transparência da actividade e o rigor e a elevada qualidade técnica na formação inicial dos Agentes de Execução. Com efeito, em menos de 2 anos, a CPEE permitiu a entrada de cerca de 462 agentes de execução estagiários de entre os quais, cerca de 269 entrarão definitivamente para o mercado já em Maio de 2011, o que significa que a CPEE já permitiu a entrada de mais de 70% dos actuais agentes de execução, os quais certamente contribuirão já para uma diminuição da pendência processual e do tempo de duração da acção executiva, traduzindo-se assim numa melhoria significativa da eficácia das execuções. 41/152

42 4.º ÓRGÃO DE DISCIPLINA DOS AGENTES DE EXECUÇÃO GRUPO DE GESTÃO 16. ÂMBITO DA COMPETÊNCIA DISCIPLINAR DA CPEE O Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro, alargou o exercício da função de Agente de Execução aos Advogados - criando um novo modelo de Agente de Execução - e criou a CPEE, visando, desta forma e em prol do princípio da igualdade, criar um órgão de coesão dos advogados e dos solicitadores e de disciplina unificada dos advogados e dos solicitadores que exercem funções de Agentes de Execução. A competência disciplinar sobre todos os Agentes de Execução constitui uma das actividades à qual a CPEE atribui maior importância, afectando-lhe, aliás, quase em exclusividade, os seus escassos recursos humanos, a saber, os Membros do Grupo de Gestão da CPEE. Com efeito, a CPEE é o órgão independente com competência legal para, designadamente: a) Instaurar processos disciplinares e aplicar as respectivas penas aos agentes de execução, relativamente a eventuais infracções disciplinares praticadas por todos os agentes de execução após o dia 31/03/2009 (inclusive) e por factos continuados, por ser a data de entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 226/2008, que criou a CPEE (cfr. artigos 69.º-B, alínea e) e f) do 69.º-C e alínea a) do n.º 1 e alínea a) do n.º 2 do artigo 69.º-F, ambos do ECS; b) Fiscalizar os agentes de execução (cfr. alíneas g) do artigo 69.º-C, alínea a) do n.º 1 e alínea a) do n.º 2 do artigo 69.º-F, artigo 116.º e 131.º, todos do ECS); c) Destituir agentes de execução em processos judicias executivos instaurados após o dia 31/03/2009, ao abrigo do disposto n.º 6 do artigo 808.º do Código de Processo Civil (na redacção dada pelo referido Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro), conjugado com o artigo 9.º da Portaria n.º 331-B/2009, de 30 de Março, na redacção dada pela Portaria n.º 1148/2010, de 4 de Novembro, sob a epígrafe destituição. Constatou-se que foram sanadas as questões suscitadas em 2009 relativamente ao âmbito material de actuação da CPEE, e que está consolidado o parecer jurídico solicitado ao Professor Doutor Tiago Duarte, Doutor em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, perito da CPEE durante o ano de 2009, publicado sob o título O âmbito da competência disciplinar da Comissão para a Eficácia das Execuções, na revista Scientia Iuridica, Outubro-Dezembro 2009, Tomo LVIII, n.º 320, pp /152

43 A competência em matéria disciplinar é, sobretudo em sede das reuniões ordinárias do Grupo de Gestão e por ser uma competência própria e exclusiva do Grupo de Gestão, objecto de contínua discussão e debate, tendo por fim a obtenção dos melhores padrões de qualidade, produtividade e de agilização de procedimentos; e, por outro lado, a detecção e tomada de acções mais ineficazes sobre os agentes de execução prevaricadores. No âmbito da acção disciplinar, a CPEE procede à realização de apreciações liminares e de processos disciplinares, sendo que a instrução de tais processos é realizada, como já se enunciou, pelos Membros do Grupo de Gestão da CPEE, em exclusividade de funções, atendendo à ausência de assessoria técnica do Grupo de Gestão da CPEE para o ano de 2010 e para o ano de 2011, por força da ausência de emissão e publicação dos despachos conjuntos de S. Exas. o Ministro da Justiça e o Ministro de Estado e das Finanças, ao abrigo do n.º 3 do artigo 69.º-F do ECS, e da alínea c) do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22 de Julho, não obstante o carácter de elevada urgência que reveste a emissão destes despachos, cuja iniciativa é de Sua Excelência o Ministros da Justiça, por se tratar de um encargo financeiro da responsabilidade da Secretaria-Geral do Ministério da Justiça, nos termos da alínea c) do artigo 2.º deste Decreto-Lei n.º 165/2009; e que foi sendo ressalvado e salientado pela CPEE mediante os nossos ofícios n.º s 507/2009, de 7 de Setembro, 1323/2010, de 14 de Maio e 2176/2010, de 8 de Setembro, o que muito dificulta a diminuição da pendência processual relativa aos processos disciplinares, inclusive os instaurados em 2009 e, concomitantemente, implica morosidade na análise das queixas/participações apresentadas junto da CPEE, em sede da sua apreciação liminar. A CPEE, apesar de não incluir qualquer serviço de atendimento pessoal ao público em geral, encontra-se, desde sempre, disponível, para o acolhimento das queixas dos cidadãos e dos demais operadores judiciários, para a resposta às suas interpelações, consistindo muitas vezes na recolha e prestação de informação sobre o estado de processos e pedidos de intervenção, para o tratamento e resposta das questões colocadas através de diversos meios: a) Queixa Electrónica disponível em - no 2.º ano de actividade a CPEE recebeu 114 Queixas Electrónicas; b) Requerimentos ou correspondência escrita; c) Correio electrónico; d) Reenvio de outras instituições públicas - Tribunais, Provedoria de Justiça, Serviços do Ministério Público e órgãos da CS. 43/152

44 Esta resposta permite esclarecer o público e os operadores judiciários sobre as competências e sobre o funcionamento da CPEE, detectar situações em que se mostra necessária ou conveniente a tomada de medidas de gestão e proceder ao acompanhamento dos casos em que se justifica uma intervenção de natureza administrativa ou disciplinar, com carácter de urgência. Algumas das intervenções suscitadas têm tratamento de oportunidade, na medida em que da análise sumária comparativa dos dados estatísticos da CPEE referentes aos anos de 2009 e 2010, também disponíveis online em verifica-se um aumento exponencial da afluência e da actividade da CPEE, pois só no 1.º trimestre do ano de 2011 o Grupo de Gestão da CPEE recebeu mais de 60% das queixas que recebeu durante todo o ano de Pese embora a inexistência dos meios financeiros e humanos necessários a uma maior eficiência do exercício das suas competências legais, e à falta de autonomia financeira da CPEE, a sua actuação assenta numa estratégia sustentada, baseada no estabelecimento de prioridades e na imediata intervenção em situações muito graves/graves quer em sede disciplinar, quer em sede de fiscalização. Também por isso se explica e justifica algum atraso na apreciação e tramitação, designadamente, de participações referentes a condutas menos graves e referentes a faltas mais leves. Para o superar, e porque o investimento nesta área tem implicações sérias na concretização dos direitos dos credores e, consequentemente, na liquidez de cidadãos e empresas, assim podendo contribuir fortemente para a melhoria do ambiente económico nacional, a CPEE tem-se batido pela obtenção das ferramentas adequadas para atingir tal desiderato. 17. A REVISÃO DO MANUAL DE PROCEDIMENTOS DE APRECIAÇÃO LIMINAR E DE PROCESSO DISCIPLINAR Tendo em vista a concretização do Objectivo II plasmado no Programa de Acção e Linhas de Orientação da CPEE para o triénio de 2009/2012 (Programa de Acção da CPEE) a CPEE definiu como resultados a atingir: a detecção e punição em tempo útil, do incumprimento das normas legais e estatutárias por parte dos Agentes de Execução. Para atingir estes resultados, a CPEE propôs-se a elaborar e aprovar o manual de procedimentos referente aos processos disciplinares, tendo em vista assegurar o respeito pelos princípios da igualdade e da equidade na análise das situações. A elaboração do Manual concretizou assim um dos objectivos estratégicos definidos no Programa de Acção, a saber: promover o cumprimento da lei, em especial, das normas éticas, deontológicas e disciplinares pelos Agentes de Execução. 44/152

45 Este Manual foi elaborado de acordo e sob a égide dos princípios que norteiam a actividade desta Comissão, estabelecidos pelo Código do Procedimento Administrativo (CPA), nomeadamente nos seus artigos 3.º e seguintes, como sejam: o princípio da legalidade, o princípio da transparência, o princípio da igualdade, o princípio da prossecução do interesse público e o princípio da protecção dos direitos e interesses dos cidadãos. Na Reunião do Grupo de Gestão realizada em 25/02/2010, houve lugar à apreciação, discussão e votação da proposta das Linhas gerais de orientação do Manual de Procedimentos de Apreciação Liminar e de Processo Disciplinar 2009/2010. Na Reunião do Grupo de Gestão realizada em 13/05/2010 e após recolha dos contributos do Plenário, teve lugar a apreciação e votação do Manual de Procedimentos de Apreciação Liminar e de Processo Disciplinar 2009/2010, na sua versão final, com entrada em vigor no dia 14 de Março de 2010, e produção de efeitos ao dia 1 de Dezembro de Após o dia 13/05/2010, a CPEE procedeu à divulgação referido Manual, através da sua publicitação no seu sítio na Internet - em dois campos: "CPEE / Publicações" e "Manuais de Procedimentos da CPEE". Para assegurar a qualidade técnica das apreciações liminares e dos processos disciplinares instaurados na sequência de deliberações tomadas pelo Grupo de Gestão da CPEE e permitir a actualização dos procedimentos nele plasmados, este Manual, decorridos 10 meses após a sua entrada em vigor, encontra-se a ser revisto, tendo em vista o seu aperfeiçoamento de acordo com os conhecimentos decorrentes da experiência prática adquirida ao longo da sua vigência pelos Membros do Grupo de Gestão da CPEE e a sua revisão seguirá a metodologia já descrita, ou seja, será sujeita a audição prévia dos Membros do Plenário da CPEE. 45/152

46 5.º ÓRGÃO DE FISCALIZAÇÃO E INSPECÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO GRUPO DE GESTÃO 18. O AUMENTO DO N.º DE ACÇÕES DE FISCALIZAÇÃO E O COMBATE À PENDÊNCIA PROCESSUAL No 2.º ano de actividade da CPEE, foi feito um progresso muito considerável em matéria de fiscalizações, sendo de destacar: a) O reforço da tendência de aumento significativo do n.º de processos de fiscalização: 25 Fiscalizações - n.º médio de fiscalizações presenciais realizadas por cada um dos 3 Membros do Grupo de Gestão da CPEE designados pela Presidente da CPEE e votados favoravelmente pelo Plenário, e que estão em exclusividade de funções; 8 Fiscalizações - n.º médio de fiscalizações presenciais realizadas por cada um dos 9 Agentes de Execução Fiscalizadores da CPEE; b) A implementação do Manual de Procedimentos de Fiscalização da CPEE que, à semelhança do já referido quanto ao Manual de Procedimentos de Apreciação Liminar e de Processo Disciplinar, tem em vista concretizar o Objectivo Estratégico II do Programa de Acção da CPEE, de uniformização de critérios e de procedimentos inerentes a esta sua competência 6-7. O início da actividade de fiscalização e inspecção dos Agentes de Execução pela CPEE foi estruturado em face da falta de assessoria técnica ao dispor da CPEE, pelo que, em termos de abordagem e método mais adequado, atendendo a que, na prática, a concretização da realização de fiscalizações está dependente da constituição, pelo Grupo de Gestão da CPEE, de diversas Comissões de Fiscalização, foi constituída uma Bolsa de Fiscalizadores/Inspectores da CPEE, através da publicação de anúncio no sítio da internet da CPEE (em o qual estabeleceu os requisitos plasmados no Manual de Procedimentos de Fiscalização da CPEE , para efeitos de candidatura in house de Agentes de Execução que estivessem interessados em cooperar com a CPEE no âmbito desta actividade. 6 Cfr. ANA LUÍSA RODRIGUES, A Relevância da fiscalização da actividade do agente de execução: Manual de Procedimentos de Fiscalização, em especial - intervenção do Membro do Grupo de Gestão nas I Jornadas de Estudo dos Agentes de Execução, em 09/04/2010, no âmbito do Painel intitulado O NOVO PARADIGMA DOS AGENTES DE EXECUÇÃO, disponível em 7 Cfr. FERNANDO CARDOSO, A actividade fiscalizadora do agente de execução - intervenção do Agente de Execução Fiscalizador da CPEE (e à data 1.º Vice-Presidente da Câmara dos Solicitadores) na 1.ª Conferência Internacional da CPEE Promover a Eficácia das Execuções, no dia 18/06/2010, no âmbito do PAINEL 4 A DISCIPLINA E A FISCALIZAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO, disponível em 46/152

47 Quer os Membros do Grupo de Gestão da CPEE, quer a equipa de Agentes de Execução Fiscalizadores que compõem a Bolsa de Fiscalizadores da CPEE, contribuíram para a criação de um novo paradigma da actividade fiscalizadora atendendo ao aumento das responsabilidades inerentes à nova figura de Agente de Execução, criada pelo legislador em 2008, de forma a inspirar mais confiança nos cidadãos, nas empresas, em especial e nos operadores judiciários, em geral, contribuindo para uma elevação da qualidade o serviço prestado pelos Agentes de Execução, considerando a especialidade e a especificidade da sua actividade, o regime de incompatibilidades, suspeições e impedimentos a que estão sujeitos, a regularidade das contasclientes e a sua gestão e movimentação e a sua capacidade de comunicação, de actuação e de meios electrónicos ao dispor e por eles utilizados. A competência fiscalizadora da CPEE não se limitou a ser complementar do poder e da acção disciplinar, tendo também sido conduzida numa vertente preventiva, na medida em que durante as fiscalizações, as Comissões de Fiscalização designadas pela CPEE puderam in loco elucidar os Agentes de Execução Fiscalizados sobre a sua actuação, designadamente, na tramitação de um determinado processo executivo que estes eventualmente não tivessem entendido bem e/ou sugerido a cessação de determinados circuitos administrativos e/ou contabilísticos em prática pelos mesmos. A competência fiscalizadora da CPEE teve também esta vertente pedagógica, situando correctamente o poder disciplinar da CPEE, esclarecendo-o e complementando-o, dignificando o exercício da actividade dos Agentes de Execução, cuja actividade surge, por vezes, malograda aos olhos dos cidadãos em geral. A CPEE tem pautado a sua actuação privilegiando formas de gestão adequadas, corrigindo procedimentos e gizando eventuais falhas de formação técnica do Agente de Execução, na perspectiva de enaltecer e dignificar a profissão de Agente de Execução, mediante o seu aperfeiçoamento, a par da eficácia preventiva e punitiva ao nível disciplinar, através da aplicação de medidas cautelares de suspensão da actividade, de bloqueio das contas-cliente, de suspensão de aceitar novos processos, e de penas disciplinares de expulsão. O exercício da acção fiscalizadora da CPEE tem contribuído para atestar qualidade de trabalho dos Agentes de Execução, uma vez que, até à presente data, após a realização de fiscalização à sua actividade, e de entre os já fiscalizados pela CPEE, 9 (nove) Agentes de Execução foram distinguidos pela CPEE (lista disponível em ), pela boa prestação de serviço público e por não terem sido detectados indícios de infracções disciplinares, tendo-lhes sido atribuída a seguinte menção: "Agente de Execução fiscalizado em ano com distinção e com qualidade de serviço verificada e atestada pela Comissão para a Eficácia das Execuções" 47/152

48 De salientar ainda que o modus operandi da acção fiscalizadora da CPEE, assim como o papel primordial que a mesma assume na actividade dos agentes de execução, segue a Recomendação da Comissão Europeia para a Eficácia da Justiça (CEPEJ) do Conselho Europeu de 09/09/2003 (Rec (2003) 17) disponível em e as "Linhas de Orientação para uma melhor implementação das Recomendações do Conselho da Europa em matéria de execuções" aprovadas no dia 17/12/2009 (as Guidelines for a Better Implementation of the Existing Council of Europe s Recommendation Enforcement estão disponíveis em Algumas das "Linhas de Orientação para uma melhor implementação das Recomendações do Conselho da Europa em matéria de execuções" foram destacadas pela CPEE na 1.ª Conferência Internacional Promover a Eficácia das Execuções, a saber 8 : As autoridades responsáveis pelo supervisionamento e /ou controle dos agentes de execução têm um papel importante na garantia da qualidade dos serviços prestados pelo agente de execução. Os Estados Membros devem assegurar-se que as actividades ligadas à execução são avaliadas duma forma contínua; Esta avaliação deverá ser realizada por uma entidade externa às outras entidades ligadas à execução (por exemplo uma entidade profissional). As administrações dos Estados Membros devem determinar de uma forma precisa os procedimentos e o desempenho esperado durante as fiscalizações das execuções. Os Estados Membros devem assegurar-se que os trabalhos para monitorizar as actividades dos agentes de execução não impedem o normal decorrer do trabalho destes. E, em simultâneo, a competência da CPEE em matéria de fiscalização visa também recolher contributos para efeitos da emissão de recomendações para a eficácia das execuções e formação inicial e contínua dos Agentes de Execução, atendendo a que todas as Comissões de Fiscalização designadas pelo Grupo de Gestão da CPEE para a realização de fiscalizações presenciais far-se-ão acompanhar de um Boletim de Sugestões relativo à eficácia das execuções e a formação dos agentes de execução, de preenchimento voluntário pelo Agente de Execução Fiscalizado (cfr. Anexo VIII do Manual de Procedimentos de Fiscalização 2011/2012, que dele faz parte integrante), e tendo em vista o seu envio à CPEE para efeitos de análise e 8 Cfr. ANA LUÍSA RODRIGUES, As boas práticas: os Manuais de Procedimentos Disciplinares e de Fiscalizações intervenção do Membro do Grupo de Gestão na 1.ª Conferência Internacional Promover a Eficácia das Execuções, no ISCSP, dia 18/06/2010, no âmbito do PAINEL 4 A DISCIPLINA E A FISCALIZAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO, disponível em 48/152

49 eventual ponderação em sede de emissão pelo Plenário da CPEE de recomendações sobre a eficácia das execuções e sobre a formação dos agentes de execução. Por último, a competência da CPEE em matéria disciplinar e de fiscalização contribuirá para a elaboração e implementação pela CPEE de um Código de Ética, o qual deverá ser elaborado de acordo com as seguintes directrizes também veiculadas pela CEPEJ, segundo as Guidelines for a Better Implementation of the Existing Council of Europe s Recommendation Enforcement, de 17/12/2009: a) Informação a ser dada às partes intervenientes nos processos judiciais, pelos agentes de execução sobre o exercício da sua actividade (fundamentos da acção, transparência e clareza dos custos, etc; b) Uniformização de actos de citação/notificação, de autos de diligências, de comunicações telemáticas, da formulação dos avisos aos visados (atento o papel social do agente de execução, dever de aconselhamento, etc); c) Ética profissional (do ponto de vista comportamental, de sigilo profissional, de critérios éticos subjacentes à tomada de decisões, etc.); d) Simplificação da actividade dos agentes de execução (praticabilidade e proporcionalidade dos valores custo/tempo, cooperação com outros organismos também ligados às execuções, etc.); e) Maior autonomia dos Agentes de Execução. Por último, importa salientar que a competência fiscalizadora da CPEE, na sua vertente pedagógica e aquando da análise do registo de actos no SISAAE e da análise estatística processual respeitante a cada um dos Agentes de Execução Fiscalizados, permite a detecção de processos judiciais sem movimentação, os quais algumas vezes podem ser consultados de imediato, via electrónica, podendo o Agente de Execução fiscalizado, fazer o respectivo ponto de situação e/ou comprometendo-se a realizá-lo. Desta forma, a acção fiscalizadora da CPEE tem contribuído para o levantamento de processos pendentes em atraso, para a consequente resolução de falsas pendências e ainda para o elencar de eventuais falhas de comunicação entre os sistemas informáticos SISAAE e CITIUS, o que contribui de forma inelutável parao aumento da eficácia das execuções. 19. O MANUAL DE PROCEDIMENTOS DE FISCALIZAÇÃO 2011/2012 O Manual de Procedimentos de Fiscalização da CPEE 2009/2010, disponível em entrou em vigor no dia 04/01/2010, produzindo efeitos a partir do dia 25/11/ /152

50 Decorridos 10 meses após a sua entrada em vigor, impunha-se realizar a sua revisão, aperfeiçoando-o com os conhecimentos decorrentes da experiência prática adquirida ao longo da sua vigência pelos Membros do Grupo de Gestão da CPEE, pelos Agentes de Execução que pertencem à Bolsa de Fiscalizadores da CPEE, em estreita cooperação com os próprios Agentes de Execução Fiscalizados, cujos contributos se têm revelado de grande utilidade para a CPEE, e após audição prévia dos Membros do Plenário da CPEE. Assim nasceu o Manual de Procedimentos de Fiscalização da CPEE 2011/2012, aprovado pelo Grupo de Gestão da CPEE em 09/12/2010, sendo de destacar os seguintes aperfeiçoamentos: a) Previsão da realização de Fiscalização Ordinária Electrónica (Desmaterializada) a todos os agentes de execução, através da utilização de um Formulário Electrónico de Perguntas e Respostas (Check-list) cooperação entre a CPEE e o CEAE; b) Aperfeiçoamento do Formulário de Perguntas e Respostas Principal (Check-list Principal), através da introdução de novas questões e de um campo dedicado às Observações; c) Aperfeiçoamento da Minuta de Relatório da Comissão de Fiscalização; d) Criação do Formulário de Perguntas e Respostas Parcial (Check-list Parcial), (hoje constante do Formulário de Perguntas e Respostas Principal - Check-list Principal), a ser utilizado por cada pelo Fiscalizador na análise de cada processo judicial; e) Previsão de formação inicial e contínua dos fiscalizadores/ inspectores da CPEE, dada pela CPEE: procedimento de aprendizagem colaborativa e interactiva, em cooperação com os órgãos da câmara dos solicitadores, e partilha de experiências e de procedimentos, podendo ser convidados a participar fiscalizadores e inspectores de outras áreas; f) Criação do Boletim de Sugestões a ser disponibilizado aos agentes de execução fiscalizados em todos os actos de fiscalização; g) Criação do Modelo de Registo dos Encargos Financeiros com as fiscalizações e compensações de despesas e eventuais perdas de rendimentos profissionais - a preencher pelos Agentes de Execução Fiscalizadores da CPEE; h) Planeamento das actividades - publicação do Plano de Actuação para 2011, na sequência do balanço e da reflexão acerca dos resultados obtidos pela CPEE no ano de /152

51 20.RECRUTAMENTO E FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO FISCALIZADORES DA CPEE A) OS 2 RECRUTAMENTOS PARA ADMISSÃO À BOLSA DE FISCALIZADORES/INSPECTORES DA CPEE No âmbito da sua actividade de fiscalização, a CPEE pode nomear Agentes de Execução para integrarem as Comissões de Fiscalização, os quais são designados após terem sido admitidos à Bolsa de Fiscalizadores/Inspectores da CPEE criada pela CPEE para o efeito. A fim de integrarem a Bolsa, os Agentes de Execução candidatos têm de ser aprovados, no âmbito de um processo de recrutamento desenvolvido e em curso pela CPEE, o qual é constituído por 3 fases: 1. Avaliação curricular; 2. Entrevista - visa-se avaliar as qualidades técnicas, o perfil ético e deontológico, a isenção, a preparação técnica e intelectual e os conhecimentos dos candidatos sobre aplicações informáticas existentes nos tribunais e em utilização nos escritórios dos Agentes de Execução; 3. Fiscalização extraordinária presencial (e ao seu sócio ou quem com ele partilhe escritório, por motivos de economia de meios), feita exclusivamente por Membros do Grupo de Gestão da CPEE, tendo em vista assegurar o princípio da igualdade de tratamento dos candidatos. O Processo de Recrutamento tem em conta, em suma, os seguintes itens: a) Inscrição como Agente de Execução (ou solicitador de execução) há mais de 2 anos; b) Não ter registo de qualquer punição de carácter disciplinar superior à pena de advertência; c) Apresentação da candidatura por escrito, acompanhada de curriculum vitae e de uma exposição sumária sobre o modo de organização do seu trabalho enquanto Agente de Execução. Até à presente data a CPEE abriu e encerrou o recrutamento relativo ao ano de 2010, tendo sido: a) 31 candidaturas apresentadas; b) 23 entrevistas realizadas, após avaliação curricular; c) 21 candidatos fiscalizados; d) 9 Agentes de Execução admitidos à Bolsa de Fiscalizadores da CPEE - a lista dos Agentes de Execução Fiscalizadores da CPEE é publicitada no sítio da CPEE na Internet em A Bolsa da CPEE inclui o Agente de Execução Dr. José Carlos Resende, actual Presidente da Câmara dos Solicitadores (triénio 2011/2013), e o Agente de Execução Dr. Armando Branco, Presidente do Colégio de Especialidade dos Agentes de Execução no triénio 2007/2010 e Membro Honorário da CPEE. 51/152

52 Como é necessário aumentar o n.º de fiscalizadores da CPEE, o Grupo de Gestão da CPEE deliberou já em 2011 abrir um 2.º recrutamento de Agentes de Execução para integrar a Bolsa de Fiscalizadores/Inspectores da CPEE, nos exactos termos do recrutamento que a CPEE efectuou durante o ano de 2010 (condições de recrutamento, requisitos de candidatura, anúncio e meios de divulgação das candidaturas), que valerá para todo o ano de 2011 (cfr. Deliberação n.º 174/2011, de 7 de Abril, do Grupo de Gestão da CPEE). B) FORMAÇÃO INICIAL E CONTÍNUA DOS FISCALIZADORES DA CPEE Tendo em vista a assegurar o princípio de justiça material de igualdade de tratamento dos Agentes de Execução fiscalizados, e a uniformização, o contínuo aperfeiçoamento dos procedimentos da CPEE em sede de fiscalizações, em Outubro de 2010 a CPEE iniciou a realização de acções de formação inicial/contínua, segundo um procedimento de aprendizagem colaborativa e interactiva. A 1.ª Acção de Formação de Fiscalizadores teve lugar no dia 13/10/2010, nas instalações do Conselho Regional do Norte da CS, e foi conduzida pela Dra. Ana Luísa Rodrigues, Membro do Grupo de Gestão da CPEE, e pelo Agente de Execução Dr. Armando Branco, Presidente do CEAE no triénio 2007/2010 e Membro do Grupo de Gestão da CPEE. Esta formação foi bastante participada pelos Agentes de Execução recrutados em 2010 para a Bolsa de Fiscalizadores da CPEE, e abordou o Manual de Procedimentos de Fiscalização 2009/2010 e a documentação inerente ao Processo de Fiscalização da perspectiva do Fiscalizador, tendo-se reflectido acerca de assuntos relativos à organização das fiscalizações e às respectivas linhas de conduta e responsabilidades dos fiscalizadores, de acordo com as tarefas específicas que a CPEE lhe cometer caso a caso em cada fiscalização. A formação inicial e contínua dos Fiscalizadores/ Inspectores da CPEE é obrigatória, e assenta na aprendizagem colaborativa e interactiva, na partilha de experiências e de procedimentos, em cooperação com os órgãos da CS e da OA, e outras entidades fiscalizadoras nacionais e internacionais que a CPEE entenda oportuno convidar a participar (fiscalizadores e inspectores de outras áreas). Encontra-se já agendada a 2.ª Acção de Formação e Fiscalizadores que terá lugar no início de Junho de /152

53 C) DOS CONTRIBUTOS RECOLHIDOS JUNTO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO FISCALIZADORES A CPEE instituiu um rigoroso sistema de auto-avaliação da sua actividade de fiscalização junto dos seus Agentes de Execução Fiscalizadores/ Inspectores, tendo em vista a constante melhoria desta actividade. Para cumprir esse desiderato e visando a uniformização de procedimentos, a CPEE recolheu contributos junto dos seus Fiscalizadores, que passa a elencar, os quais mereceram a concordância da CPEE e que serão concretizados tendo em vista uma maior produtividade e celeridade das acções de fiscalização: a) Agilização, simplificação de procedimentos e aperfeiçoamento dos documentos em utilização pelos Fiscalizadores, para permitir às Comissões de Fiscalização a conclusão das respectivas fiscalizações, de forma mais célere e eficaz; b) Cooperação com outras entidades, solicitando informações e documentação, em momento prévio à fiscalização na forma presencial, carreando esta documentação às Comissões de Fiscalização para que quando se deslocarem fisicamente ao escritório do Agente de Execução Fiscalizado possam incidir sobre determinados processo ou matéria no qual previamente detectaram alguma falha ou irregularidade; c) Evolução para uma fiscalização à distância, com o auxílio das ferramentas informáticas, com perfil/ acesso próprio e passwords a serem atribuídos a cada Fiscalizador da CPEE. 21. DA FISCALIZAÇÃO À DISTÂNCIA DOS AGENTES DE EXECUÇÃO A) DA FISCALIZAÇÃO ELECTRÓNICA No dia 20/05/2010, o Grupo de Gestão da CPEE deliberou iniciar a fiscalização ordinária dos Agentes de Execução, atenta a obrigação de fiscalização bienal de todos os agentes de execução prevista no artigo 131.º do ECS. Como metodologia a adoptar, tendo em vista a fiscalização de todos os agentes de execução que ainda não tinham sido alvo de fiscalização da CPEE, foi decidido combinar diversas modalidades de fiscalização, nomeadamente a fiscalização desmaterializada ou à distância, e a fiscalização por cooperação através do pedido de informações ao próprio agente de execução fiscalizado. Na deliberação tomada em reunião do Grupo de Gestão da CPEE de 01/07/2010, foi decidido dar prioridade à execução das diligências necessárias à fiscalização ordinária nas modalidades de fiscalização 53/152

54 desmaterializada/on line e de fiscalização por cooperação (ambas à distância), dado que a actividade da CPEE pugna pela inovação e actualidade tecnológica, que vulgarmente designa E-CPEE. Nessa medida, no âmbito do processo de fiscalização ordinária em curso a todos os Agentes de Execução, na modalidade de fiscalização à distância e por cooperação prevista no Manual de Procedimentos de Fiscalização 2009/2010, a CPEE visou criar um Formulário Electrónico/ Inquérito e disponibilizá-lo a todos os Agentes de Execução, através do seu sítio na internet ou de outro meio electrónico, para que os mesmos pudessem responder, de forma electrónica, e ainda para que as respostas recolhidas possam ser concentradas numa única Base de Dados permitindo assim um acesso rápido e integrado à totalidade da informação disponível e o melhor tratamento estatístico da informação recolhida. Desta forma, a análise e apreciação dos dados recolhidos, permitiria ao Grupo de Gestão da CPEE uma selecção sobre quais os Agentes de Execução a serem fiscalizados na forma presencial, atendendo aos escassos recursos humanos ao dispor da CPEE, assunto já sumariamente abordado, obviando à necessidade de recurso a técnicos especializados para assessorar cada Comissão de Fiscalização, nos termos do n.º 2 do artigo 131.º do ECS, suportados pela CS, o que, numa fiscalização ordinária a ser realizada a todos os Agentes de Execução iria certamente encarecer o seu custo total. Na sequência de reunião prévia ocorrida na CPEE em 31/08/2010, e após contacto da empresa Conexus- World, Desenvolvimento e Implementação de Software, Lda, esta empresa enviou à CPEE em 06/09/2009 uma proposta de prestação de serviços de desmaterialização dos Processos de Fiscalização Ordinária, na modalidade por cooperação do agente de execução, a realizar através de aplicação informática inserida no sítio da CPEE na Internet, pelo preço contratual de 960,00 (novecentos e sessenta euros) acrescido de IVA à taxa legal em vigor. Esta proposta mereceu a concordância do Grupo de Gestão da CPEE e, atendendo à urgência do Grupo de Gestão da CPEE em iniciar a fiscalização à distância/ on-line, de forma desmaterializada, e por cooperação de todos os Agentes de Execução, para cumprimento do n.º 1 do artigo 131.º do ECS, de acordo com o estabelecido no Manual de Procedimentos de Fiscalização 2009/2010 e atendendo a que os encargos das fiscalizações são suportados, nos termos da alínea b) do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 20 de Julho, pela CS, por deliberação tomada pelo Grupo de Gestão da CPEE de 09/09/2010, remeteu-se a proposta à CS para aprovação de financiamento, tendo sido fixado um prazo de resposta, após o qual, a ausência de resposta seria considerada como não aceitação pela CS daquele encargo. 54/152

55 Como não foi obtida resposta, a CPEE celebrou um protocolo de cooperação celebrado com o CEAE, tendo em vista a execução Processos de Fiscalização Ordinária Electrónica, e por cooperação do Agente de Execução, a realizar através de aplicação informática inserida no sítio da CPEE na Internet, pelo preço contratual de 960,00 (novecentos e sessenta euros) acrescido de IVA à taxa legal em vigor. Atendendo ao período eleitoral na CS, que decorreu entre Novembro e Dezembro de 2010, este processo ficou parado. Tendo em vista colocar em funcionamento a Fiscalização electrónica à distância da CPEE, no dia 22/03/2011, a Presidente da Comissão reuniu na CPEE com o Agente de Execução Dr. Armando A. Oliveira, em representação da CS, o Presidente do CEAE, o Dr. Jorge Almeida, Adjunto do Secretário de Estado da Justiça e da Modernização Judiciária, e a Dra. Ana Luísa Rodrigues, Membro do Grupo de Gestão da CPEE, tendo sido fornecida cópia da proposta apresentada pela Conexus-World, Desenvolvimento e Implementação de Software, Lda e do Protocolo de Cooperação celebrado entre a CPEE e o CEAE. Em suma, a CPEE continua a aguardar a assunção dos encargos financeiros por parte da CS dos procedimentos necessários à Fiscalização Ordinária Electrónica pela CPEE nos moldes acima expostos. B) DA COOPERAÇÃO COM O MILLENNIUM BCP Também no âmbito dos procedimentos tendo em vista a Fiscalização Ordinária Electrónica (Desmaterializada) da CPEE em relação a todos os Agentes de Execução, no dia 04/03/2011, a Presidente da Comissão reuniu na CPEE com três representantes do Millennium BCP, tendo em vista a imediata disponibilização de informações, e o envio de documentos que a CPEE reputou como necessários aos procedimentos de fiscalização da CPEE, ao abrigo do disposto no n.º 8 do artigo 124.º do ECS, e em prol do princípio de cooperação, essencial ao cabal exercício das competências de fiscalização da CPEE, previstas nos artigos 124.º e 125.º do ECS, designadamente, no que respeita à verificação da existência de irregularidades nas contas-clientes dos Agentes de Execução, objectivo e prioridade da CPEE, em especial, no que respeita à implementação de diversos alertas de movimentações consideradas de risco, tendo em vista acautelá-las e prevenir o risco de desvio de verbas. 55/152

56 6.º DEONTOLOGIA E ÉTICA DOS AGENTES DE EXECUÇÃO PLENÁRIO E GRUPO DE GESTÃO 22. PEDIDOS DE SUSPENSÃO DE ACEITAR NOVOS PROCESSOS O Plenário da CPEE, na qualidade de órgão competente para deliberar acerca dos pedidos de suspensão de aceitar novos processos apresentados pelos Agentes de Execução, atendendo à multiplicidade de fundamentos alegados e à diversidade de situações a que os pedidos se reportam, ponderou a necessidade de disponibilização no SISAAE aos Agentes de Execução de formulários electrónicos para preenchimento pelo Agentes de Execução e envio electrónico à CPEE, possibilitando-se logo de seguida também a execução pela CPEE da sua deliberação no SISAAE. Em 2009 o Grupo de Gestão da CPEE elaborou formulários electrónicos, mas estes ainda não foram inseridos pela CS no SISAAE, pese embora o Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro preveja que tais comunicações entre a CPEE e os Agentes de Execução se façam exclusivamente por meios electrónicos. Continua, assim prejudicada a comunicação electrónica via SISAAE entre a CPEE e os Agentes de Execução, dado que a CPEE não tem acesso informático ao SISAAE para executar as suas próprias deliberações, sendo para tanto necessária a existência de Perfil próprio e autónomo para a CPEE, já reivindicada nas Recomendações da CPEE de PARECER QUANTO À REINSCRIÇÃO COMO AGENTE DE EXECUÇÃO O Plenário da CPEE é o órgão competente para a emissão dos pareceres relativos à reinscrição como Agente de Execução e bem assim, a Presidente da CPEE, através do despacho de delegação de competências n.º 5696/2010, de 29 de Março, no âmbito do qual o Plenário da CPEE delegou na sua Presidente a competência para a realização de diligências e documentos preparatórios do exercício da competência pelo Plenário da emissão de parecer favorável à reinscrição como agente de execução. Como diligências preparatórias à emissão de parecer, destacam-se as seguintes: a) Obtenção de informação sobre sanções aplicáveis ao requerente na qualidade de solicitador de execução; b) Obtenção de informação sobre existência de processos disciplinares pendentes contra o requerente; c) Informação oficial da data da cessação de funções; d) Relatório ou certidão emitida pelo competente Conselho Regional da Câmara dos Solicitadores relativa ao procedimento de substituição em consequência da cessação de funções. 56/152

57 24. IMPEDIMENTOS/ SUSPEIÇÕES / ESCUSAS O Grupo de Gestão da CPEE, na qualidade de órgão competente para decidir questões relacionadas com impedimentos, escusas e suspeições de agentes de execução, atendendo à falta de fundamentos invocados pelos requerentes, à multiplicidade de fundamentos alegados e à diversidade de situações a que os pedidos se reportam, ponderou a necessidade de disponibilização aos Agentes de Execução de formulários para preenchimento e envio ao órgão competente, com o objectivo de simplificar a elaboração do requerimento a apresentar à CPEE e bem assim a análise dos diferentes pedidos e decisões perante cada caso concreto. Tais formulários encontram-se elaborados pelo Grupo de Gestão desde 2009, porém ainda não foram disponibilizados aos agentes de execução, uma vez que tal finalidade se cumprirá por mera comunicação telemática, a ocorrer via SISAAE entre a CPEE e o agente de execução requerente. As comunicações telemáticas entre a CPEE e os agentes de execução apenas ocorrerão quando à Comissão for concedido o acesso informático ao SISAAE para executar as suas próprias decisões enquanto órgão competente para decidir questões relacionadas com impedimentos, escusas e suspeições de agentes de execução, exigindo-se para tanto a existência de Perfil próprio e autónomo para a CPEE. 25. DEFINIÇÃO DA ACTUAÇÃO DA CPEE NO ÂMBITO DE PROCEDIMENTOS DE SUBSTITUIÇÃO Os procedimentos necessários à substituição de Agente de Execução são da competência da CPEE nos casos seguintes (cfr. os n.º s 2 e 6 do artigo 8.º da Portaria n.º 331-B/2009, de 30 de Março): Aplicação ao Agente de Execução da pena disciplinar de suspensão por período superior a 10 dias; Aplicação ao Agente de Execução da pena disciplinar de expulsão. Os procedimentos necessários à substituição de Agente de Execução são assegurados pelo Agente de Execução substituído nos casos seguintes: Substituição voluntária pelo Exequente (artigo 7.º n.º 6 da Portaria n.º 331-B/2009); Destituição pela CPEE (processos iniciados após 31/03/ cfr. o n.º 6 do artigo 9.º da mesma Portaria n.º 331-B/2009) se o Agente de Execução substituído não efectuar a transferência a mesma tem de ser assegurada pela CPEE. a) Procedimentos a adoptar 57/152

58 No caso de livre substituição pelo Exequente: o A substituição é apresentada pelo Exequente por transmissão electrónica de dados ou em suporte papel (artigo 2.º e 3.º da Portaria n.º 331-B/2009) e implica necessariamente a designação de Agente de Execução substituto); o O Agente de Execução substituído e o Agente de Execução substituto são notificados da substituição através do SISAAE; o Se o Agente de Execução substituto não aceitar a designação, a secretaria designa novo agente de execução de acordo com as regras da distribuição; o O Agente de Execução substituído é responsável pela entrega ao Agente de Execução substituto dos seguintes elementos no prazo de 10 dias após o pedido deste último: O arquivo das execuções pendentes para as quais tenha sido designado; Os registos e suportes informáticos de contabilidade, das contas-clientes do agente de execução e das execuções para as quais tenha sido designado; Os bens móveis de que o substituído era fiel depositário na qualidade de agente de execução penhorados à ordem das execuções para as quais tenha sido designado; O saldo das contas-clientes referentes às execuções para as quais tenha sido designado, após liquidação das quantias devidas ao Agente de Execução substituído; A qualidade de fiel depositário em execuções pendentes para as quais tenha sido designado. o O agente de execução substituto apresenta um relatório sobre a situação das execuções com os respectivos acertos de contas. o Não há lugar a emissão de certidão pela CPEE. No caso de destituição pela CPEE: o Notificação efectuada pela CPEE, por via electrónica e automática, enviada em simultâneo ao tribunal e ao exequente, produzindo a destituição efeitos desde a data da comunicação; o O exequente pode designar outro Agente de Execução; Se a designação não for efectuada no prazo de 20 dias a contar da data em que o tribunal recebeu a notificação da CPEE, ou caso o Agente de Execução designado pelo Exequente não aceite a designação, a secretaria designa novo Agente de Execução de acordo com as regras da distribuição; o O Agente de Execução substituto é notificado da substituição através do SISAAE; o O Agente de Execução substituído entrega no prazo de 10 dias a contar da solicitação efectuada pelo Agente de Execução substituto os seguintes elementos: 58/152

59 o O arquivo das execuções pendentes para as quais tenha sido designado; Os registos e suportes informáticos de contabilidade, das contas-clientes do agente de execução e das execuções para as quais tenha sido designado; Os bens móveis de que o substituído era fiel depositário na qualidade de agente de execução penhorados à ordem das execuções para as quais tenha sido designado; Caso o Agente de Execução substituído não faça a entrega dos elementos, esta deve ser assegurada pela CPEE. b) Número de substituições do conhecimento da CPEE Salvo as substituições que ocorrem por força do exercício das suas competências legais, a CPEE não tem acesso à informação relativa ao n.º de substituições de agentes de execução ocorridas entre os dias 01/04/2010 e 31/03/2011, mas tem sido diariamente notificada pelos Tribunais e pelos respectivos Conselhos Regionais (Norte e Sul) da Câmara dos Solicitadores (via postal, telefax e pelo sistema informático CITIUS) de inúmeras substituições de agentes de execução em determinados processos, assegurando-se assim o cumprimento de uma boa cooperação institucional. N.º de substituições de Agente de Execução na sequência de Deferimento de Impedimento N.º de substituições de Agente de Execução na sequência de Destituição pela CPEE 6 N.º de Livre substituições de Agente de Execução (a pedido do Exequente) 189 N.º de Agentes de Execução livremente substituídos pelo Exequente Apenas as decisões de deferimento de impedimento que se verificaram durante o andamento do processo judicial (e não logo no início do mesmo) dão lugar a processo de substituição acompanhado pela CPEE. 59/152

60 PARTE III DIVULGAÇÃO DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES 26. DESENVOLVIMENTO DO SÍTIO DA CPEE NA INTERNET - DIVULGAÇÃO, TRANSPARÊNCIA E PROXIMIDADE AOS CIDADÃOS No quadro do Objectivo III do Programa de Acção da CPEE , e tendo em vista Assegurar a divulgação da CPEE, considerou-se necessário desenvolver esforços no sentido de, designadamente, (i) divulgar e aproximar a CPEE dos operadores judiciários (maxime, os agentes de execução), cidadãos e empresas, para que estes possam dirigir-se à CPEE sempre que o entendam conveniente e (ii) desenvolver um canal de comunicação entre a CPEE e os utentes da Justiça e o tecido económico, visando a credibilização da Justiça e a solução dos problemas que se colocam na tramitação processual e que podem afectar os direitos dos cidadãos. É no desenvolvimento deste quadro estratégico que se têm levado a cabo esforços como os que ficam descritos nesta Parte V, desde já se afigurando como relevante destacar o papel que tem o sítio da CPEE na Internet. a) A criação do sítio na Internet O sítio da CPEE na Internet foi desde a criação da CPEE um dos objectivos da Presidente da CPEE, tendo em vista: a) Constituir um elo de ligação entre a CPEE e os cidadãos e as empresas, destinatários do serviço público de Justiça prestado pela CPEE; b) Abrir duas áreas de acesso reservado, uma para o Plenário da CPEE, e outra para o Grupo de Gestão da CPEE, através do qual os Membros comunicam electronicamente, e se guarda o arquivo electrónico relativo a todas as reuniões da CPEE; c) Aumentar a transparência da actividade da CPEE. Com estes objectivo, na 2.ª reunião do Plenário da CPE, realizada no dia 06/04/2009, dia da sua tomada de posse, a Presidente CPEE propôs a criação do sítio na Internet da CPEE e os seus conteúdos, e bem assim que a gestão do sítio fosse feita unicamente pela CPEE. 60/152

61 Na 3.ª reunião do Plenário da CPEE, de 25/05/2009, realizada, foi deliberado que o sítio da CPEE na Internet estaria disponível em o que veio a efectivar-se em 23/06/2009. b) Definição dos conteúdos Desde a data da concepção do sítio na Internet e do seu início de funcionamento, os seus conteúdos têm sido alvo de complemento, actualização e aperfeiçoamento constantes. A definição de todos dos conteúdos do sítio na Internet, tal como a respectiva política de privacidade, são da inteira responsabilidade do Grupo de Gestão da CPEE. Desde a sua criação a CPEE tem procedido a uma divulgação pormenorizada daqueles que são os passos considerados como susceptíveis de interessar aos nossos principais interlocutores, bem como ao público em geral. Os conteúdos do sítio pretendem divulgar a constituição e actividade da CPEE, constando breves currículos da Presidente e dos membros do Grupo de Gestão, bem como os calendários e ordens de trabalho das reuniões; informações relevantes concernentes à acção executiva, em notícias e através do Manual de Perguntas e Respostas sobre a Acção Executiva, que se encontra disponível online desde 14/09/2009; documentos elaborados no seio da CPEE e outra documentação relevante, encontrando-se disponíveis o Programa de Acção da CPEE 2009/2012, o Regulamento de Funcionamento, e os Manuais de Procedimentos de Fiscalização e de Apreciação Liminar e Processo Disciplinar, para além da legislação e regulamentação relevante na matéria. O sítio possibilita ainda a comunicação com os cidadãos, disponibilizando para o efeito um formulário de contacto e o formulário Queixa Electrónica, que permite a submissão de queixas à Comissão. A CPEE divulga ainda através do sítio a sua actividade na prática, informando das diligências externas em que participam a Presidente e os membros do Grupo de Gestão, publicitando todas as comunicações proferidas em conferências e congressos, explicitando as competências da CPEE em matéria de fiscalizações e de acesso ao estágio de agente de execução. O sítio permite ainda reforçar as ligações de trabalho entre a CPEE e a CEPEJ, na medida em que foi disponibilizado um campo para a divulgação das recomendações da CEPEJ, nos seus relatórios bianuais. 61/152

62 c) Responsabilidade ambiental Importa salientar que a inclusão no sítio, na sua área reservada, da documentação referente a todas as reuniões semanais do Grupo de Gestão e a todas as reuniões bimensais do Plenário, tem permitido evitar a impressão e envio de significativas quantidades de papel, assim possibilitando, para além de uma maior rapidez na comunicação com todos os elementos destes órgãos, uma poupança significativa. 27. PARTICIPAÇÃO EM CONFERÊNCIAS, COLÓQUIOS E ACÇÕES DE FORMAÇÃO E PUBLICAÇÕES Atendendo a que a CPEE definiu como um dos seus objectivos a divulgação da Comissão e das alterações legislativas recentes, contribuindo para a formação nesta matéria, a Presidente da CPEE e os membros do Grupo de Gestão da Comissão têm efectuado diversas participações em conferências, colóquios, acções de formação, intervenções públicas e publicação de artigos sobre esta matéria, entre as quais se desatacam as dos pontos seguintes: A nível nacional 1) I Jornadas de Estudo dos Agentes de Execução, organizadas pelo Colégio de Especialidade dos Agentes de Execução da CS, e que tiveram lugar nos dias 9 e 10 de Abril de No dia 9 de Abril: Apresentação do 1.º ano de actividade da CPEE (Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço); A Formação (inicial e contínua), a Disciplina e o E-Agente de Execução (Dra. Joana Bernardo, Membro do Grupo de Gestão da CPEE), intervenção disponível em rdo_ _.pdf ; Incompatibilidades, Impedimentos, Escusas e Suspeições dos agentes de execução (Dra. Inês Caeiros, Membro do Grupo de Gestão da CPEE), intervenção disponível em ; Manual de Procedimentos de Fiscalização (Dra. Ana Luísa Rodrigues, Membro do Grupo de Gestão da CPEE), intervenção disponível em ; 2) Conferência organizada pela Associação Comercial de Lisboa, subordinada ao tema "Cobranças - Novas Ferramentas para a Recuperação de Créditos" - intervenção da Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, intitulada A Comissão para a Eficácia das Execuções, realizada 62/152

63 em 20/04/2010, intervenção disponível em ; 3) Curso de Doutoramento em Direito - Especialidade de Ciências Jurídico-Civis, da Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa - participação da Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, com o tema A Comissão para a Eficácia das Execuções, que teve lugar no dia 27/04/2010, intervenção disponível em 04_2010.pdf ; 4) Ciclo de Conferências do Mestrado em Administração Pública, especialização em Administração da Justiça, do ISCSP - intervenção da Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço: Eficácia da Acção Executiva, realizada no dia 05/06/2010, intervenção disponível em ; 5) 1.º Estágio de Agentes de Execução - Centro de Estágio de Porto: intervenção da CPEE: Dia 30/04/ Visita ao Centro de Estágio do Porto; Dia 28/05/ Sessão de esclarecimentos no Centro de Estágio do Porto; Dia 02/07/ ª Sessão de esclarecimentos Reunião no Centro de Estágio do Porto; Dia 15/07/ ª Sessão de Encerramento do 1.º Período do Estágio; 6) 1.º Estágio de Agentes de Execução - Centro de Estágio de Coimbra: sessão de esclarecimentos que decorreu no dia 09/07/2010 (Membros do Grupo de Gestão da CPEE, Dras. Inês Caeiros e Joana Bernardo); 7) 1.º Estágio de Agentes de Execução - Centro de Estágio de Lisboa: sessão esclarecimentos que teve lugar no dia 02/07/2010, contando com a presença da Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, e o Membro do Grupo de Gestão da CPEE, Dra. Joana Bernardo; 8) Audiência da Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, concedida por Sua Excelência o Ministro da Justiça, Dr. Alberto Martins, no dia 01/10/ apresentação solene da actividade da CPEE, dados estatísticos e das dificuldades financeiras que encerra, atenta a falta de emissão do despacho de dotação orçamental; 9) Curso de Licenciatura em Direito da Universidade Lusíada de Lisboa - participação da Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, a convite do Presidente do Conselho de Acompanhamento dos Julgados de Paz, Senhor Juiz Conselheiro Cardona Ferreira - intervenção intitulada O Papel do Agente de Execução no sistema de execuções cíveis em Portugal, realizada no dia 23/11/2010, intervenção disponível em Presidente_CPEE_23_11_2010.pdf ; 63/152

64 10) 1.ª Acção de Formação Inicial dos Agentes de Execução Fiscalizadores da CPEE, iniciativa do Grupo de Gestão da CPEE - intervenção da Dra. Ana Luísa Rodrigues, Membro do Grupo de Gestão da CPEE, realizada no dia 13/10/2010, com a colaboração do Conselho Regional do Norte da CS, que gentilmente cedeu as instalações da sua sede; 11) Seminário Simplificação da Acção Executiva, organizado pela International Faculty for Executives (IFE) - participação da Presidente da Comissão, Mestre Paula Meira Lourenço, apresentando o tema Promover a Eficácia das Execuções A Comissão para a Eficácia das Execuções e novo paradigma de serviço dos agentes de execução, realizada no dia 14/03/2011, intervenção disponível em E_E_O_NOVO_PARADIGMA_DE_SERVICO_DOS_AE_14_03_2011.pdf ; 12) Seminário Simplificação da Acção Executiva, organizado pela International Faculty for Executives (IFE) - participação da do Membro do Grupo de Gestão da CPEE, Dra. Ana Luísa Rodrigues, com o tema Evitar execuções inúteis Vantagens na perspectiva das entidades representadas na CPEE, realizada no dia 14/03/2011, intervenção disponível em E_14_03_2011.pdf ; 13) Conferência intitulada A Acção Executiva (avaliação do seu paradigma, aplicação e resultados) - participação da Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, no âmbito de uma iniciativa dos Juízes da Comarca do Baixo Vouga, em parceria com a Universidade de Aveiro, que teve lugar no dia 25/03/2011, no Museu Princesa Santa Joana de Aveiro; 14) Sessão Solene de Boas Vindas e Abertura do 2.º Estágio de Agente de Execução, organizada pela CPEE, e que teve lugar na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa. A cerimónia foi presidida por Sua Excelência o Senhor Secretário de Estado da Justiça e da Modernização Judiciária, Mestre José Magalhães, e contou ainda com a participação da Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, do Presidente da Câmara dos Solicitadores, Agente de Execução Dr. José Carlos Resende, do Vice-Presidente da Ordem dos Advogados, Dr. António Albergaria Samara, do Presidente do Colégio de Especialidade de Agentes de Execução, Agente de Execução Dr. Carlos de Matos, e do Director da Escola de Lisboa da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa, Professor Doutor Luís Fábrica, que acolheu o evento e gentilmente cedeu as instalações da Universidade Católica Portuguesa (discurso da Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, disponível em o_26_03_2011.pdf ; 64/152

65 15) VI Encontro Nacional de Estudantes de Solicitadoria, da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria - participação do Membro do Grupo de Gestão da CPEE, Dra. Ana Luísa Rodrigues (em representação da Presidente da CPEE), com uma intervenção subordinada ao tema A actuação da Comissão para a Eficácia das Execuções: a exigência no acesso à profissão de agente de execução e transparência no exercício de funções públicas a relevância da disciplina e da fiscalização, que decorreu no dia 07/04/2011 (intervenção disponível em _A_PROFISSAO_RELEVANCIA_DA_FISCALIZACAO_E_DISCIPLINA.pdf A nível internacional Realça-se a participação da Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, na reunião do Conselho Científico da UIHJ, do qual é Membro desde Junho de 2008 (Instituto Jacques Isnard). A reunião no dia 28/09/2010, na sede da UIHJ, em Paris Publicações da CPEE No 2.º ano de actividade, destacamos as seguintes publicações da CPEE: 1) Entrevista da Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, in Revista Vida Judiciária, n.º 147, Julho/Agosto de 2010, disponível em 2) Comunicado n.º 1/2010, relativo a Incompatibilidades e Impedimentos Legais do Agente de Execução, disponível em MENTOS_LEGAIS.pdf ; 3) Relatório Anual de Actividades da CPEE 2009/2010 (Março 2009/ Março 2010) pdf ; 4) Recomendações da CPEE para a Eficácia das Execuções e a formação dos Agentes de Execução 2009/2010, disponível em ; 5) Manual de Procedimentos de Apreciação Liminar e de Processo Disciplinar da CPEE 2009/2010, disponível em 65/152

66 6) Manual de Procedimentos de Fiscalização da CPEE 2011/2012, disponível em AO_ pdf ; 7) As Tecnologias de Informação e a Comissão para a Eficácia das Execuções: em busca de maior celeridade, eficiência, rigor, qualidade e transparência, artigo da Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, in Revista Interface Administração Pública, Janeiro de ansparencia_paulameiralourenco1.pdf. 28. PARTICIPAÇÃO DA CPEE EM EVENTOS/REUNIÕES/ DILIGÊNCIAS PRESENÇA DA CPEE NO DEBATE SUBORDINADO AO TEMA O MODELO EXPERIMENTAL DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA No dia 08/07/2010, a Dra. Inês Caeiros, Membro do Grupo de Gestão da CPEE, esteve presente, em representação da Sra. Presidente da CPEE, no debate promovido pela Comissão Organizadora de Debates Jurídicos e Judiciários, subordinado ao tema O Modelo Experimental de Organização Judiciária, que teve lugar no Palácio da Justiça de Sintra, e que contou com a presença de magistrados, advogados, funcionários judiciais e Agentes de Execução da comarca PRESENÇA DA PRESIDENTE DA CPEE NO CONSELHO CONSULTIVO DA JUSTIÇA No dia 12/07/2010, pelas 15h00 a Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, participou na reunião do Conselho Consultivo da Justiça, a convite de Sua Exa. o Ministro da Justiça, Dr. Alberto Martins, a qual decorreu no Salão Nobre do MJ. Nesta reunião foram apresentadas as conclusões da Comissão do Processo Civil criada por despacho ministerial, designadamente propostas legislativas de alteração relativas ao regime jurídico da acção executiva, tendo a Presidente da CPEE solicitado os estudos de avaliação de impacto legislativo e financeiro de tais medidas, e apelado ao bom senso no âmbito de uma lei que vigora apenas desde 31/03/ APRESENTAÇÃO PÚBLICA DO "GUIA DE AVALIAÇÃO LEGISLATIVA" No dia 08/10/2010 a Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, e o Membro do Grupo de Gestão, Dra. Inês Caeiros estiveram presentes na apresentação pública do Guia de Avaliação Legislativa, organizada pela Direcção-Geral da Política de Justiça, que decorreu no Auditório da Faculdade de Direito da 66/152

67 Universidade de Lisboa, e que contou com a participação de Sua Exa. o Ministro da Justiça, Dr. Alberto Martins, e do Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Dr. João Tiago da Silveira TOMADA DE POSSE DO PRESIDENTE DA CÂMARA DOS SOLICITADORES No dia 04/01/2011, a Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, esteve presente na cerimónia de tomada de posse do Presidente da Câmara dos Solicitadores eleito, José Carlos Resende, bem como dos membros da mesa da Assembleia Geral, do Conselho Geral, do Conselho Superior, e do Conselho de Especialidade de Agentes de Execução eleitos para o triénio 2011/2013, que decorreu, no Palácio da Independência, em Lisboa, numa cerimónia que contou com a presença de Sua Excelência Ministro da Justiça, Alberto Martins TOMADA DE POSSE DO PRESIDENTE DO CONSELHO REGIONAL DO SUL DA CÂMARA DOS SOLICITADORES No dia 06/01/2011, a Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, esteve presente na cerimónia de tomada de posse do Presidente do Conselho Regional do Sul da Câmara dos Solicitadores, Armando Oliveira, bem como dos membros da mesa da Assembleia Regional do Sul, e da Secção Regional Deontológica do Sul, eleitos para o triénio 2011/2013, que decorreu no Salão Nobre da OA, em Lisboa TOMADA DE POSSE DO PRESIDENTE DO CONSELHO REGIONAL DO NORTE DA CÂMARA DOS SOLICITADORES No dia 08/01/2011, a Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, esteve presente na cerimónia de tomada de posse do Presidente do Conselho Regional do Norte da Câmara dos Solicitadores eleito, José M. Antas, bem como dos membros da mesa da Assembleia Regional do Norte, e da Secção Regional Deontológica do Norte eleitos para o triénio 2011/2013, que decorreu na Universidade Portucalense, no Porto SESSÃO SOLENE DE ABERTURA DO ANO JUDICIAL No dia 16/03/2011, a Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, esteve presente na Sessão Solene de Abertura do Ano Judicial, que teve lugar no Salão Nobre do Supremo Tribunal de Justiça, e que foi presidida por Sua Excelência o Presidente da República. 67/152

68 29. ENTREVISTA DA PRESIDENTE DA CPEE À REVISTA JURÍDICA VIDA JUDICIÁRIA Uma vez que a CPEE havia entrado em funcionamento havia cerca de um ano, no dia 31/03/2009, foi entendido pela Revista Jurídica Vida Judiciária ouvir a Presidente da Comissão quanto ao balanço feito desse ano de actividade e quanto aos caminhos que vem trilhando a acção executiva. A entrevista foi publicada na Revista Vida Judiciária n.º 147, de Julho/Agosto de 2010, e considerou já as conclusões da Conferência Internacional Promover a Eficácia das Execuções, que a CPEE havia promovido em Lisboa em Junho de 2010, tendo ainda incidido sobre os objectivos da criação da CPEE, as necessidades de simplificação e desburocratização da acção executiva, a formação dos agentes de execução e o seu estatuto, a entrada em funções dos novos agentes de execução, as recomendações e propostas feitas pela CPEE e as expectativas da Presidente quanto à acção executiva (disponível em no sítio da CPEE na Internet no campo "Presidente / Artigos publicados pela Presidente da CPEE" - ). 30. ENTREVISTA DA PRESIDENTE DA CPEE À JUSTIÇATV Uma vez que a Comissão para a Eficácia das Execuções cumpria o seu 2.º aniversário, foi entendido pelo canal on-line de cariz jurídico Justiça TV, que seria de efectuar uma entrevista tendo em vista dar a conhecer o balanço feito destes dois anos de actividade. Importava assim ouvir a sua Presidente e bem assim assegurar a divulgação da actuação que a Comissão vem tendo. Foi feito um balanço das actividades da Comissão, nomeadamente ao nível das recomendações emitidas, da disciplina e fiscalização, e da monitorização da reforma da acção executiva, foi comentada a implementação das alterações legislativas do Decreto-Lei n.º 226/2008, tendo também sido focadas questões relativas ao contexto actual da CPEE, a sua composição e missão, as competências da CPEE em matéria de estágios de agentes de execução e o seu ingresso no mercado. A entrevista encontra-se disponível online no sítio e no sítio da CPEE na Internet no campo "CPEE na Comunicação Social / Televisão". 31. A CPEE NA COMUNICAÇÃO SOCIAL Importa ainda salientar o crescente interesse que vem suscitando junto da Comunicação Social a intervenção desta Comissão, o que se poderá explicar por vários motivos, entre os quais se situam, desde logo, o peso da 68/152

69 acção executiva em matéria de pendências nos Tribunais, o relevo desta matéria para a economia, e a apreciação que vem sendo feita do trabalho desenvolvido em matéria de recomendações, agilização da implementação de medidas legais e actuação fiscalizadora e disciplinar efectivas por parte da Comissão. Assim, importa registar que a Presidente concedeu entrevistas a diversos órgãos de Comunicação Social, como foi o caso dos seguintes (as notícias encontram-se disponíveis para consulta no sítio da CPEE na Internet no campo "CPEE na Comunicação Social / Imprensa Escrita"), por ordem cronológica: a) O Jornal de Notícias No dia 26/01/2011 foram publicados excertos de uma entrevista referente à matéria das citações electrónicas e ao quadro de inerentes reduções de custos implicadas pelo uso destes meios (disponível em ). b) O semanário Sol No dia 04/03/2011 foi publicada uma entrevista dada pela Presidente da CPEE ao Semanário SOL, focada na actuação da Comissão, em especial do Grupo de Gestão, especialmente nas suas vertentes fiscalizadora e disciplinar (página 16). A notícia foi publicada sob o título Comissão impõe regras na acção executiva. Foi destacada a acção disciplinar e de fiscalização do Grupo de Gestão da CPEE, tendo-se salientado o facto de em 2011, naquela altura, a Comissão já ter efectuado metade do número das acções de inspecção realizadas em 2010, bem como se evidenciou o constante aumento das queixas/participações, tendo por fim concluído que a Comissão necessita de mais recursos humanos e financeiros para pôr em ordem um sector que é fundamental para todos os cidadãos, em especial para as empresas, que necessitam de confiança nas transacções e nos investimentos, tendo a este propósito a Presidente da CPEE frisado que Uma CPEE independente e com meios adequados para actuar é decisivo para melhorar a acção executiva - notícia integral disponível em c) O Jornal de Negócios No dia 23/03/2011 foi publicada uma entrevista centrada em matéria de actuação fiscalizadora e disciplinar da CPEE, dedicada em especial à celebração do Protocolo de Cooperação entre o Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa e a CPEE, que foi aprovada pelo Plenário da CPEE em 22/03/2011, e formalmente celebrado no dia 12/04/2011 (páginas 38 e 39) - notícia integral disponível em No dia 06/04/2011 foi publicada uma entrevista que visava marcar os 2 anos de actividade da CPEE e que, no essencial, fez um balanço da situação actualmente presenciada em matéria de Acção Executiva e da 69/152

70 actividade da Comissão - notícia integral disponível em d) O Diário Económico No dia 25/03/2011 foram publicados excertos de uma entrevista centrada na matéria das chamadas falsas pendências que a CPEE havia inicialmente detectado existirem (disponível em e) O Semanário Expresso No dia 07/05/2011 foi publicada uma entrevista que procurava fazer o balanço da reforma da acção executiva e apresentar um ponto de situação acerca da realidade vivida nesta área, tendo a mesma sido despoletada pelo interesse que a troika BCE-Comissão Europeia-FMI manifestou por esta matéria. f) Aquando da celebração do Protocolo entre o DIAP de Lisboa e a CPEE, a 12/04/2011, foram também publicados diferentes artigos na imprensa, designadamente: - A 04/04/2011, no Jornal i (disponível em s_praticados_por_solicitadores.mht ); - A 08/04/2011, na revista Advocatus (disponível em - A 12/04/2011, na Lusa; - A 12/04/2011, na Justiça TV; - A 12/04/2011, na Sapo Notícias (disponível em (disponível em notcia_-_notcias_-_sapo_notcias.mht ). 70/152

71 PARTE IV COOPERAÇÃO COM OUTRAS ENTIDADES 32. VISITAS À SEDE DA CPEE JOHN MARSTON, PRESIDENTE DO GRUPO DE TRABALHO DAS EXECUÇÕES CÍVEIS DA COMISSÃO EUROPEIA PARA A EFICÁCIA DA JUSTIÇA (CEPEJ-GT-EXE) No dia 17/06/2010, a Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, recebeu a visita na sede da CPEE de John Marston, Presidente do Grupo de Trabalho das Execuções Cíveis da Comissão Europeia para a Eficácia da Justiça, no âmbito da qual decorreu uma reunião de trabalho atenta a participação do Ilustre moderador internacional na 1.ª Conferência Internacional da CPEE Promover a Eficácia das Execuções, que teve lugar nos dias 18 e 19 de Junho de 2010, no ISCSP BERNARD MENUT, 1.º VICE-PRESIDENTE DA UIHJ No dia 17 de Junho de 2010, Paula Meira Lourenço, Presidente da CPEE, recebeu a visita na sede da CPEE de Bernard Menut, 1.º Vice-Presidente da UIHJ, no âmbito da qual decorreu uma reunião de trabalho atenta a participação do Ilustre orador internacional na 1.ª Conferência Internacional da CPEE Promover a Eficácia das Execuções, que teve lugar nos dias 18 e 19 de Junho de 2010, no ISCSP GUILLAUME PAYAN, PROFESSOR DOUTOR DA UNIVERSIDADE DE MAINE E PERITO DA UIHJ No dia 17 de Junho de 2010, Paula Meira Lourenço, Presidente da CPEE, recebeu a visita na sede da CPEE de Guillaume Payan, Professor Doutor da Universidade de Maine e perito da UIHJ, no âmbito da qual decorreu uma reunião de trabalho atenta a participação do Ilustre orador internacional na 1.ª Conferência Internacional da CPEE Promover a Eficácia das Execuções, que teve lugar nos dias 18 e 19 de Junho de 2010, no ISCSP LUÍS MIGUEL MARTINS, JUIZ-SECRETÁRIO DO CSM No dia 23/03/2011, a Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, recebeu a visita na sede da CPEE do Juiz Secretário do CSM, Dr. Luís Miguel Martins, à qual se sucedeu um almoço de trabalho, atendendo às competências legais e disciplinares homólogas entre o CSM e o Grupo de Gestão da CPEE. 71/152

72 33. PROTOCOLOS DE COOPERAÇÃO No quadro da promoção da colaboração interinstitucional que se exige aos diferentes actores do sistema em que se move a actuação da CPEE, objectivo que a CPEE tem prosseguido de forma a amplificar a eficácia da sua acção e a sua capacidade de actuação, assim beneficiando também a promoção do interesse público que se lhe encontra confiado, o ano em referência contou com importantes desenvolvimentos que, no essencial, comportam PROTOCOLO CELEBRADO COM O ISCSP Na sequência da reunião entre o Presidente do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) e a Presidente da CPEE ocorrida no dia 04/03/2010 no ISCSP, e no âmbito da visita do Presidente do ISCSP à sede da CPEE no dia 26/03/2010, foi proposta a celebração de um protocolo entre a CPEE e o ISCSP, tendo em vista o reforço do Grupo de Gestão da CPEE, que conta apenas com três juristas em exclusividade de funções, as quais sob a direcção da Presidente da CPEE (também em exclusividade de funções), os quais exercem todas as competências exclusivas do Grupo de Gestão da CPEE, e preparam o exercício das competências do Plenário da CPEE, sendo que a contrapartida oferecida pela CPEE seria apenas a de participação nas iniciativas e acções de formação do ISCSP. O protocolo foi assinado no dia 13/04/2010 e permitiu a associação do ISCSP à 1.ª Conferência Internacional Promover a Eficácia das Execuções, participando na organização, e cedendo, a título gratuito, o auditório do ISCSP e todos os aparelhos audiovisuais para a realização da Conferência PROTOCOLO CELEBRADO COM O ITIJ Foi celebrado a 25/05/2010 um Protocolo de Cooperação e Co-Organização de Conferência entre a CPEE e o ITIJ, sendo o seu principal propósito o de regular as formas de colaboração entre as duas entidades nos domínios da divulgação de processos e metodologias atinentes à eficácia da acção executiva, mormente no que respeita à qualidade na área dos sistemas de informação e comunicação. Pretende-se, designadamente, que sejam desenvolvidas em colaboração acções de divulgação, conferências, projectos-piloto, estudos e trocas de informações, tendo a Conferência Internacional Promover a Eficácia das Execuções beneficiado dum quadro de cooperação especificamente previsto neste mesmo Protocolo. 72/152

73 33.3. PROTOCOLO CELEBRADO COM O CEAE A 14/10/2010 foi celebrado este Protocolo cujo objectivo é o de regular as formas de colaboração entre a CPEE e o CEAE no âmbito da informatização e da desmaterialização da comunicação e fiscalização dos agentes de execução, e ainda do tratamento estatístico dos dados relativos e apurados no exercício das competências de fiscalização da CPEE. Por parte da CPEE este Protocolo afigura-se como determinante, designadamente, para um melhor exercício das funções de fiscalização, tendo sido acordada a contratação de serviços de desenvolvimento e implementação informática de um inquérito on-line no sítio da CPEE, tendo em vista a comunicação e realização de fiscalizações desmaterializadas e a através da cooperação com os agentes de execução PROTOCOLO CELEBRADO COM O DIAP DE LISBOA A 22/03/2011 o Plenário da CPEE aprovou por unanimidade a celebração de um Protocolo de Cooperação entre a CPEE e o DIAP de Lisboa, que veio a ser celebrado no dia 12/04/2011. À celebração deste Protocolo subjaz o facto de as competências legais de fiscalização e de disciplina da CPEE, em matéria da actividade desempenhada pelos Agentes de Execução, e as competências legais do DIAP de Lisboa em matéria de prevenção e investigação criminal, terem áreas de actuação que, embora a diferentes níveis (criminal para o DIAP de Lisboa, fiscalizador e disciplinar para a CPEE), podem ser comuns, assim se potenciando a actuação de qualquer destas entidades. Pretende-se promover o interesse público através da criação de sinergias, tendo em vista, por um lado, o exercício cada vez mais eficiente dos poderes sancionatórios (criminal e disciplinar), designadamente através da operacionalização de maiores contactos e de optimização dos recursos das entidades envolvidas, acentuando também a eficácia preventiva da sua actuação, o que terá projecção, designadamente, na melhoria do ambiente económico nacional. 73/152

74 34. DA PARTICIPAÇÃO DA CPEE NO PROCEDIMENTO LEGISLATIVO Durante o ano de a CPEE foi solicitada a emitir pareceres diversos no referente a um importante conjunto de projectos de diplomas, consolidando-se também a sua intervenção nesta área. Neste quadro, o Grupo de Gestão da CPEE emitiu os pareceres solicitados, tendo sido também auscultados os membros do Plenário da CPEE, cujos pareceres foram reencaminhados às entidades requerentes de parecer. Assim, foram emitidos pareceres acerca dos seguintes diplomas: PROJECTO DE ALTERAÇÃO DA PORTARIA 331-A/2009, DE 30 DE MARÇO Em 29/10/2010 foram remetidos ao Gabinete de Sua Excelência o Secretário de Estado da Justiça e da Modernização Judiciária comentários e sugestões ao Projecto de Portaria que visava regulamentar os meios electrónicos de identificação do executado e dos seus bens, em matéria de acção executiva, nas bases de dados da segurança social, e de alteração da Portaria n.º 331-A/2009, de 30 de Março PROJECTO DE ALTERAÇÃO DA PORTARIA N.º 331-B/2009, DE 30 DE MARÇO Em 22/09/2010 foram remetidos ao Gabinete de Sua Excelência o Secretário de Estado da Justiça e da Modernização Judiciária comentários e sugestões ao Projecto de alteração da Portaria n.º 331-B/2009, de 30 de Março, que regulamenta vários aspectos da tramitação das acções executivas REFORMA DA ACÇÃO EXECUTIVA Em 31/01/2011 foi enviada resposta ao pedido de parecer efectuado pelo Gabinete de Sua Excelência o Ministro da Justiça, tendo sido remetido o parecer do Grupo de Gestão da CPEE e bem assim enviados os pareceres remetidos pelas seguintes entidades com assento no Plenário: Conselho Superior da Magistratura, Ordem dos Advogados, Colégio de Especialidade dos Agentes de Execução, União Geral dos Consumidores e Confederação do Turismo Português. A CPEE realçou ainda nessa ocasião a importância de que se possam concretizar todas as soluções que encontram já assento legal, mas cuja implementação carece de ser conseguida. 74/152

75 34.4. PROPOSTA DE LEI DA ARBITRAGEM VOLUNTÁRIA A 06/01/2011, em resposta ao ofício datado de 15/12/2010, remetido pelo Gabinete de Sua Excelência o Ministro da Justiça, foi enviado àquele Gabinete o parecer do Grupo de Gestão da CPEE em relação à Proposta de Lei da Arbitragem Voluntária PACOTE LEGISLATIVO DE AGILIZAÇÃO DO DESPEJO E PROMOÇÃO DA REABILITAÇÃO URBANA No dia 21/03/2011 o Gabinete de Sua Excelência o Ministro da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento solicitou à CPEE a emissão de parecer, até ao dia 29/03/2011, sobre os projectos de diploma concretizadores da estratégia definida na Iniciativa para a Competitividade e Emprego, que incluíam, entre outros, anteprojectos de alteração do Regime Jurídico da Reabilitação Urbana, do Novo Regime do Arrendamento Urbano, do Código Civil e do Código de Processo Civil. O parecer foi emitido pelo Grupo de Gestão da CPEE e enviado ao Gabinete Ministerial a 24/03/ /152

76 PARTE V OS DADOS ESTATÍSTICOS E SUA ANÁLISE 35. A FALTA DE COINCIDÊNCIA DOS DADOS ESTATÍSTICOS DA ACÇÃO EXECUTIVA Na sessão de abertura da 1.ª Conferência Internacional "Promover a Eficácia das Execuções", de dia 18 de Junho de 2010, o Senhor Secretário de Estado da Justiça e da Modernização Judiciária denunciou publicamente o seguinte problema (disponível em TICA_E_MODERNIZACAO_JUDICIARIA_MESTRE_JOSE_MAGALHAES.pdf) "Sabemos que existem hoje mais de processos sem movimento processual registado na aplicação dos tribunais há mais de 1 ano e 6 meses. Ou seja, mais de 10% da pendência está oficialmente parada há mais de um ano e meio. Isso ocorre porque esses processos não têm sido movimentados? Não. O meu gabinete fez uma análise destes processos em colaboração com vários agentes de execução e mais de 50% dos processos vistos estavam já arquivados com pagamento integral, por inexistência de bens ou por outros motivos. O que acontece é que, como não era obrigatório o uso da aplicação informática pelos agentes de execução antes de 2009 a informação da extinção do processo nunca foi enviada ao CITIUS e este nunca comunicou ao sistema de estatísticas o encerramento do processo. São falsas pendências! Este é um problema cuja resolução é prioritária, porque sem números fiáveis não temos instrumentos de medida para a adopção das soluções correctas. Desde há alguns meses que, em cooperação com a Câmara dos Solicitadores, eu próprio, o meu gabinete e os serviços que tutelo estão empenhados em aproximar as estatísticas à realidade. Neste âmbito tem sido feito um trabalho moroso (mas que terá resultados a médio prazo) que necessita do envolvimento dos agentes de execução (porque eles têm a informação do processo), dos juízes (porque eles é que podem extinguir muitas das acções) e dos funcionários (porque eles é que também registam no sistema o fim da acção executiva). Estamos a coordenar com a Câmara o envio, em bloco, e por via informática, dessa informação estatística, criando grupos de trabalho com os agentes de execução pedindo-lhes que verifiquem e actualizem o estado dos processos no SISAAE/GPESE tendo, assim, repercussões imediatas nas estatísticas. Para o futuro o problema está praticamente resolvido. Mas precisamos da colaboração de todos para verificar os 6 anos de processos tramitados fora das aplicações informáticas. Só após este trabalho essencial podemos analisar convenientemente a actividade de todos os envolvidos e, em cooperação com eles, encontrar as soluções adequadas para os desafios que nos esperam". Na data de aprovação deste relatório, este problema ainda subsiste. 76/152

77 36. OS DADOS ESTATÍSTICOS DA ACÇÃO EXECUTIVA DIVULGADOS PELO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E PELA CÂMARA DOS SOLICITADORES No dia 29/04/ 2011, a Presidente da Comissão para a Eficácia das Execuções, Mestre Paula Lourenço, esteve presente na apresentação pública do Movimento de Processos nos Tribunais Judiciais de 1ª Instância - Primeiros Resultados de 2010 e das novas funcionalidades introduzidas no Portal do SIEJ, que incluem, entre outras, ferramentas de informação geográfica e gráficos interactivos com múltiplas opções, que teve lugar no Auditório da DGPJ. A sessão foi presidida por sua Excelência o Ministro da Justiça, Dr. Alberto Martins, estando também presente a Directora-Geral da DGPJ, Dra. Ana Vargas, também Membro do Plenário da CPEE, vogal designada pelo membro do Governo responsável pela área da justiça. No âmbito dos dados estatísticos recolhidos pela DGPJ (Ministério da Justiça) e da respectiva análise divulgada na sessão realizada para o efeito, concluiu-se que: - Em 2010, o número de processos pendentes nos tribunais de 1.ª instância registou um aumento de 4,0%. - Este resultado fica a dever-se ao facto de o número de processos findos (-2,1% face a 2009) não ter sido suficiente para acompanhar o número de processos entrados (-6,6% face a 2009). - Estas variações resultam, em grande parte, dos movimentos processuais cíveis, que representam cerca de 67% dos processos entrados e 63% dos processos findos nos tribunais judiciais de 1ª instância. - É de destacar o comportamento da acção executiva cível, sendo este tipo de processo o que mais contribuiu para o aumento da pendência. No entanto, dos dados divulgados pela DGPJ não resultaram destacados os dados específicos das acções executivas (cíveis) em relação ao plano geral das acções cíveis existentes nos tribunais portugueses, nem tão pouco das acções judiciais no panorama geral do sistema judicial português. Neste sentido, inexistindo no supra referido estudo divulgado pela DGPJ dados estatísticos específicos e delimitados no espaço e no tempo quanto ao impacto que a acção executiva cível tem actualmente no sistema judicial português, os resultados divulgados pelo Ministério da Justiça em 29/04/2011 apenas poderão constituir um caminho para se iniciarem estudos paralelos e exclusivos da acção executiva, de modo a concluir-se, concretamente qual o comportamento da acção executiva cível, sendo este tipo de processo o que mais contribuiu para o aumento da pendência. É nesta sede que a CPEE, no âmbito da sua actividade, procede à recolha de dados estatísticos junto do Sistema de Informação das Estatísticas da Justiça (SIEJ) sobre a tramitação da acção executiva nos Tribunais 77/152

78 visando a sua análise, de forma a detectar eventuais problemas na tramitação e movimentação processual, designadamente de acordo com os critérios fixados pela CPEE para esse efeito, tendo em vista o exercício das competências da Comissão, como sendo a emissão de recomendações sobre a eficácia das execuções, no âmbito do Protocolo celebrado com a DGPJ. Os dados estatísticos apresentados pela DGPJ neste evento merecem, no entanto, destaque no presente relatório, pela sua relevância, pelo que podem ser consultados no Anexo VII ao presente Relatório Anual de Actividades. Em aditamento aos dados apresentados pela DGPJ neste evento, serão de toda a relevância destacar os dados divulgados por esta entidade, através da publicação do Boletim n.º 3 de Maio de 2011, intitulado "Estatísticas sobre acções executivas cíveis ( )", o qual pode ser consultado no Anexo VIII ao presente Relatório Anual de Actividades. Por último, tendo por referência os dados da acção executiva referidos na alínea j) do ponto 75 das Linhas de Orientação para uma melhor aplicação das recomendações do Conselho da Europa acerca das execuções aprovadas pela CEPEJ em Dezembro de 2009, a saber: 75. In order to undertake quality control of enforcement proceedings, each Member State should establish European quality standards/criteria aiming at assessing annually, through an independent review system and random on-site inspection, the efficiency of the enforcement services. Among these standards, there should be: ( ) j. The procedure, on an annual basis: the number of pending cases, the number of incoming cases, the number of executed cases, the clearance rate, the time taken to complete the enforcement, the success rates (recovery of debts, successful evictions, remittance of amounts outstanding, etc.), the services rendered in the course of the enforcement (attempts at enforcement, time input, decrees, etc.), the enforcement costs incurred and how they are covered, the number of complaints and remedies in relation to the number of cases settled. a DGPJ recolheu e disponibilizou os seguintes dados: 78/152

79 MOVIMENTO DE ACÇÕES EXECUTIVAS CÍVEIS, NOS TRIBUNAIS JUDICIAIS DE 1.ª INSTÂNCIA, NO ANO DE 2010 Área Processual Ano 2010 Fase do Processo Entrados Findos Tipo de Espécie do Processo Pendentes (no final do período) N.º Processos N.º Processos N.º Processos Justiça Cível Execuções Nota: A partir de 2007 os dados estatísticos sobre processos nos tribunais judiciais de 1.ª instância passaram a ser recolhidos a partir do sistema informático dos tribunais representando a situação dos processos registados nesse sistema Dados actualizados em: CLEARANCE RATE DAS ACÇÕES EXECUTIVAS CÍVEIS, NOS TRIBUNAIS JUDICIAIS DE 1.ª INSTÂNCIA, NO ANO DE 2010 Ano 2010 Área Processual Tipo de Espécie do Processo Taxa de Resolução Justiça Cível Execuções 71,66% Nota: A partir de 2007 os dados estatísticos sobre processos nos tribunais judiciais de 1.ª instância passaram a ser recolhidos a partir do sistema informático dos tribunais representando a situação dos processos registados nesse sistema Dados actualizados em: ACÇÕES EXECUTIVAS CÍVEIS FINDAS, NOS TRIBUNAIS JUDICIAIS DE 1.ª INSTÂNCIA, SEGUNDO A DURAÇÃO MÉDIA (EM MESES), NO ANO DE 2009 Ano 2009 Área Processual Tipo de Espécie do Processo Duração média (em meses) Justiça Cível Execuções Notas: a) A partir de 2007 os dados estatísticos sobre processos nos tribunais judiciais de 1.ª instância passaram a ser recolhidos a partir do sistema informático dos tribunais representando a situação dos processos registados nesse sistema b) Dados actualizados em: Nestes dados não são contabilizados os processos transitados, apensados, incorporados ou integrados, remetidos a outra entidade e os processos com termo "N.E." e modalidade do termo "N.E." /152

80 ACÇÕES EXECUTIVAS CÍVEIS FINDAS, NOS TRIBUNAIS JUDICIAIS DE 1.ª INSTÂNCIA, SEGUNDO AS MODALIDADES DE TERMO EXTINÇÃO PARA PAGAMENTO INTEGRAL E EXTINÇÃO PARA PAGAMENTO PARCIAL, NO ANO DE 2009 Ano 2009 Modalidade do termo N.º Processos Total Dos quais: Extinção p/ Pagamento Integral Extinção p/ Pagamento Parcial Taxa de sucesso de extinção para pagamento integral 46,7% Taxa de sucesso de extinção para pagamento parcial 1,8% Notas: a) A partir de 2007 os dados estatísticos sobre processos nos tribunais judiciais de 1.ª instância passaram a ser recolhidos a partir do sistema informático dos tribunais representando a situação dos processos registados nesse sistema b) Dados actualizados em: Nestes dados não são contabilizados os processos transitados, apensados, incorporados ou integrados, remetidos a outra entidade e os processos com termo "N.E." e modalidade do termo "N.E.". Por seu turno, a CS apresentou em 17/05/2011 dados estatísticos que podem ser consultados no Anexo IX ao presente Relatório Anual de Actividades. 37. OS DADOS ESTATÍSTICOS DA CPEE DO ANO CIVIL DE 2010 Os dados estatísticos da actividade da CPEE relativos ao ano civil de 2010 foram recolhidos, e em Dezembro de 2010 foram analisados pela Presidente da CPEE e pelos 3 Membros do Grupo de Gestão em exclusividade na CPEE, e publicados no sítio da CPEE na Internet em subordinando-se aos seguintes temas: a) Participações; b) Processos Disciplinares; c) Impedimentos, Escusas e Suspeições; d) Pedidos de suspensão de aceitar novos processos; e) Pareceres quanto à reinscrição como Agente de Execução; f) Fiscalizações. 80/152

81 38. OS DADOS ESTATÍSTICOS DA CPEE DO 2.º ANO DE ACTIVIDADE E SUA ANÁLISE Atendendo a que o 2.º ano de actividade da CPEE se distribui entre os meses de Abril de 2010 e Março de 2011, foi necessário voltar a recolher e a analisar os dados relativos a este período de tempo, pelo que é publicado nos Anexos X a XV do presente Relatório Anual de Actividades um conjunto generoso de dados estatísticos, pela seguinte ordem: - Anexo X - Dados Estatísticos do Plenário - Pedidos de suspensão de aceitar novos processos - Anexo XI - Dados Estatísticos do Plenário - Reinscrição como Agente de Execução - Anexo XII - Dados Estatísticos do Grupo de Gestão - Impedimentos, escusas e suspeições - Anexo XIII - Dados Estatísticos do Grupo de Gestão - Participações - Anexo XIV - Dados Estatísticos do Grupo de Gestão - Processos Disciplinares - Anexo XV - Dados Estatísticos do Grupo de Gestão - Fiscalizações os quais são de seguida analisados, em prol da transparência da nossa actividade e ainda porque entendemos ser a melhor forma de se encontrarem as melhores soluções tendo em vista a eficácia da execuções e a formação dos Agentes de Execução, PLENÁRIO Pedidos de suspensão de aceitar novos processos No âmbito da sua competência legal para decidir pedidos de suspensão de aceitar novos processos (cfr. n.º 1 do artigo 122.º e alínea c) do n.º 1 do artigo 69.º-F, ambos do ECS), o Plenário da CPEE deferiu 63 pedidos de suspensão: a) 54 Deferimentos totais; b) 9 Deferimentos parciais. Sendo o Plenário da CPEE competente para deliberar acerca dos pedidos de suspensão de aceitar novos processos, ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 122.º conjugado com a alínea c) do n.º 1 do artigo 69.º-F ambos do ECS, foi delegada esta competência na Presidente da CPEE ao abrigo do Despacho n.º 5696/2010, de 29 de Março (publicado na 2.ª Série do Diário da República) ao abrigo do qual, no período compreendido entre 01/04/2010 e 31/03/2011 foram tomadas pela Presidente da CPEE 47 decisões de suspensão de aceitar novos processos, relativamente a pedidos apresentados por Agentes de Execução nesse sentido. 81/152

82 Assim, prevaleceram (82%) as decisões favoráveis aos requerimentos, completadas por um importante conjunto de casos (14%) em que o deferimento foi parcial, perfazendo um total de 96% dos casos em que tal acontece (figuras 5 e 6). DEFERIMENTO 54 DEFERIMENTO PARCIAL 9 INDEFERIMENTO LIMINAR 1 EXTINÇÃO DO PROCEDIMENTO 1 APLICAÇÃO DE MEDIDA CAUTELAR FIG. 5 TIPO DE DECISÕES NUMERICAMENTE 1% 1% 2% 14% APLICAÇÃO DE MEDIDA CAUTELAR EXTINÇÃO DO PROCEDIMENTO INDEFERIMENTO LIMINAR DEFERIMENTO PARCIAL DEFERIMENTO 82% FIG. 6 TIPO DE DECISÕES PERCENTUALMENTE 82/152

83 No 2.º ano de exercício de actividades da CPEE ( ) e no âmbito do exercício desta competência legal, será de referir a novidade das decisões da CPEE quanto a esta matéria, reflectindo os dados estatísticos da CPEE as decisões tomadas quanto aos indeferimentos liminares (1 decisão), e aplicação de medidas cautelares a agentes de execução de suspensão de aceitar novos processos (1 decisão), como dois novos tipos de decisão nessa matéria. Porém, o facto mais significativo respeita aos fundamentos invocados para tal: são principalmente indicados (para além das férias ) os motivos de saúde, a cessação da actividade como agente de execução e o andamento dos processos antigos, tudo elementos a considerar pelo Plenário no quadro da ponderação e fixação do número de candidatos a admitir nos estágios de agente de execução. Por outro lado, e olhando apenas para os três principais fundamentos invocados ( férias, motivos de saúde e a cessação da actividade como agente de execução ), que perfazem mais de 70% do total dos casos (figuras 7 e 8), deve ser notado que estes fundamentos respeitam a vicissitudes habituais da vida profissional da população activa, o que deve também merecer reflexão do ponto de vista da evolução do estatuto jurídico destes profissionais liberais que exercem funções públicas e no quadro das matérias reflexamente resultantes deste estatuto. SÓ NUMA COMARCA REORGANIZAÇÃO DO ESCRITÓRIO MOTIVOS PESSOAIS MATERNIDADE EXCESSO DE TRABALHO AUSÊNCIA DO ESCRITÓRIO ANDAMENTO AOS PROCESSOS ANTIGOS CESSAÇÃO DA ACTIVIDADE COMO AGENTE DE EXECUÇÃO MOTIVOS DE SAÚDE FÉRIAS FIG. 7 N.º DE FUNDAMENTOS INVOCADOS COMO PRINCIPAL RAZÃO 83/152

84 FÉRIAS MOTIVOS DE SAÚDE 3% 3% 3% 3% 3% 1% 35% CESSAÇÃO DA ACTIVIDADE COMO AGENTE DE EXECUÇÃO ANDAMENTO AOS PROCESSOS ANTIGOS 12% AUSÊNCIA DO ESCRITÓRIO EXCESSO DE TRABALHO 17% MATERNIDADE 20% MOTIVOS PESSOAIS REORGANIZAÇÃO DO ESCRITÓRIO SÓ NUMA COMARCA FIG. 8 N.º DE FUNDAMENTOS INVOCADOS COMO PRINCIPAL RAZÃO (PERCENTUAL) ASSISTÊNCIA À FAMÍLIA 1 MOTIVOS DE SAÚDE 1 FALTA DE COLABORADORES 1 CESSAÇÃO DA ACTIVIDADE COMO AGENTE DE EXECUÇÃO 1 REORGANIZAÇÃO DO ESCRITÓRIO 4 NÃO INDICA FIG. 9 N.º DE FUNDAMENTOS INVOCADOS COMO SEGUNDA RAZÃO 84/152

85 1% 6% 1% 2% 2% NÃO INDICA REORGANIZAÇÃO DO ESCRITÓRIO CESSAÇÃO DA ACTIVIDADE COMO AGENTE DE EXECUÇÃO FALTA DE COLABORADORES MOTIVOS DE SAÚDE 88% ASSISTÊNCIA À FAMÍLIA FIG. 10 N.º DE FUNDAMENTOS INVOCADOS COMO SEGUNDA RAZÃO (PERCENTUAL) Pareceres quanto à reinscrição como Agente de Execução Os pedidos de emissão de parecer em relação à reinscrição enquanto Agente de Execução (em número de 6) foram apresentados com uma cadência irregular (figuras 11 e 12), tendo obtido parecer em sentido favorável 66% dos mesmos e aguardando 33% uma decisão (figura 13). Os pedidos que aguardam deliberação pela CPEE estão em tal situação devido ao facto de aguardarem o envio, pela CS, de documentação relevante para instruir o processo de emissão de parecer. Dos dados apresentados resulta evidente o quão residual é o uso do instrumento da reinscrição, um factor a considerar também em sede de ponderação e fixação do número de candidatos a admitir nos estágios de agente de execução. 85/152

86 2, , ,5 0 ABRIL DE 2010 MAIO DE 2010 SETEMBRO DE 2010 MARÇO DE 2011 FIG. 11 EVOLUÇÃO MENSAL DOS PEDIDOS DE EMISSÃO DE PARECER PELA CPEE EM FUNÇÃO DO N.º DE REQUERIMENTOS APRESENTADOS 17% 33% ABRIL DE 2010 MAIO DE 2010 SETEMBRO DE % MARÇO DE % FIG. 12 EVOLUÇÃO MENSAL DOS PEDIDOS DE EMISSÃO DE PARECER PELA CPEE EM FUNÇÃO DO N.º DE REQUERIMENTOS APRESENTADOS (PERCENTAGEM) 86/152

87 4 3,5 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 4 PARECER FAVORÁVEL 2 PENDENTE FIG. 13 NÚMERO DE PARECERES EMITIDOS Sendo o Plenário da CPEE competente para a emissão do referido parecer, ao abrigo do disposto na alínea f) do n.º 1 do artigo 117.º conjugado com a alínea c) do n.º 1 do artigo 69.º-F ambos do Estatuto da Câmara dos Solicitadores, foi delegada esta competência na Presidente da CPEE ao abrigo do Despacho n.º 5696/2010, de 29 de Março (publicado na 2.ª Série do Diário da República) ao abrigo do qual, no período compreendido entre 01/04/2010 e 31/03/2011 foram tomadas pela Presidente da CPEE 3 decisões de emissão de parecer favorável à reinscrição de agentes de execução, relativamente a pedidos apresentados por Agentes de Execução nesse sentido. Na data de aprovação do presente relatório, 2 (dois) pedidos encontram-se pendentes de deliberação pela CPEE, porque aguardam o envio pela CS de documentação relevante para a instrução dos respectivos processos para emissão de parecer. 87/152

88 38.2. GRUPO DE GESTÃO IMPEDIMENTOS, ESCUSAS E SUSPEIÇÕES A CPEE recebeu no período em análise 39 pedidos referentes à apreciação de impedimentos, escusas e suspeições. Dentro deste universo importa destacar que o número mais importante de requerimentos (14) foi feito no sentido da verificação da existência de impedimento (figuras 14 e 15). Foram também decididos outros 14 requerimentos que haviam sido apresentados sob um nomen iuris diverso ( desassociação 9 requerimentos, substituição 4 requerimentos e destituição 1 requerimento) do da verdadeira natureza do requerimento. O dado mais significativo nesta matéria prende-se com os principais fundamentos invocados ( incompatibilidades com o exequente e/ou o seu mandatário 10, falta de isenção 6 e quebra de confiança 6), especialmente caracterizados pelo factor fiduciário (figuras 16 e 17). Mais de 50% dos casos apresentados ao Grupo de Gestão tinham por base tais fundamentos, assim se evidenciando uma nova toada face aos números de 2009/2010, que evidenciavam fundamentos mais objectivos. Estas situações foram frequentemente analisadas e decididas através da aplicação subsidiária aos Agentes de Execução dos impedimentos gerais inerentes à profissão de solicitador e de advogado (cfr. n.º 4 do artigo 121.º do ECS). Assinalem-se também as relevantes percentagens de deferimentos (51%) e indeferimentos (23%), sendo de notar também a descida, face a 2009/2010, dos casos de inutilidade (agora 13%). 88/152

89 FIG. 14 TIPO DE PEDIDOS NUMERICAMENTE 5% 3% 10% 36% IMPEDIMENTO ESCUSA DESASSOCIAÇÃO 23% SUBSTITUIÇÃO SUSPEIÇÃO DESTITUIÇÃO 23% FIG. 15 TIPO DE PEDIDOS - PERCENTUALMENTE 89/152

90 INCOMPATIBILIDADES COM O EXEQUENTE E/OU O SEU MANDATÁRIO 10 FALTA DE ISENÇÃO QUEBRA DE CONFIANÇA 6 6 OUTROS 5 RELAÇÃO PROFISSIONAL COM UMA DAS PARTES 4 PARTICIPAÇÃO NA OBTENÇÃO DO TÍTULO QUE SERVE DE BASE À EXECUÇÃO 3 APOIO JUDICIÁRIO DO EXEQUENTE 2 RELAÇÃO FAMILIAR COM UMA PARTE EXEQUENTE É EXECUTADA NOUTRO PROCESSO EXECUTADA É EXEQUENTE NOUTRO PROCESSO FIG. 16 FUNDAMENTOS INVOCADOS NUMERICAMENTE EXECUTADA É EXEQUENTE NOUTRO PROCESSO EXEQUENTE É EXECUTADA NOUTRO PROCESSO 26% 2% 3% 3% 5% 8% RELAÇÃO FAMILIAR COM UMA PARTE APOIO JUDICIÁRIO DO EXEQUENTE PARTICIPAÇÃO NA OBTENÇÃO DO TÍTULO QUE 15% 13% 10% SERVE DE BASE À EXECUÇÃO RELAÇÃO PROFISSIONAL COM UMA DAS PARTES OUTROS 15% QUEBRA DE CONFIANÇA FALTA DE ISENÇÃO INCOMPATIBILIDADES COM O EXEQUENTE E/OU O SEU MANDATÁRIO FIG. 17 FUNDAMENTOS INVOCADOS PERCENTUALMENTE 90/152

91 Como principais fundamentos invocados pelos Requerentes para efeitos de verificação pela CPEE de impedimento legal, escusa ou suspeição encontramos como mais frequentes as "incompatibilidades com o Exequente e/ou seu mandatário" (10), a "falta de isenção" (6) e a "quebra de confiança" (6), tendo tais situações sido frequentemente analisadas pelo Grupo de Gestão da CPEE, através da aplicação subsidiária aos agentes de execução dos impedimentos gerais inerentes à profissão de solicitador e de advogado (cfr. n.º 4 do artigo 121.º do ECS). DEFERIMENTO 20 PENDENTE 3 INDEFERIMENTO 9 INUTILIDADE 5 DEFERIMENTO FIG. 18 TIPO DE DECISÕES - NUMERICAMENTE 8% 5% 13% DEFERIMENTO INDEFERIMENTO 51% INUTILIDADE PENDENTE 23% REMESSA FIG. 19 TIPO DE DECISÕES - PERCENTUALMENTE 91/152

92 PARTICIPAÇÕES O dado principal resultante dos dados estatísticos recolhidos e reproduzidos nas figuras 20 e 21 é o de que são os Tribunais e os titulares dos interesses directos em causa nas execuções quem mais detecta comportamentos dos Agentes de Execução passíveis de apreciação tendente a que se apure uma responsabilidade disciplinar. São estes os principais participantes. Se considerarmos em globo, também, os mandatários de exequente e executado, obtemos uma percentagem de 94% das participações da autoria destes operadores. De qualquer modo importa registar que o participante mais frequente é mesmo o Tribunal, que regista 51% das participações (i.e., 348), seguido do exequente que, considerados também os números referentes ao respectivo mandatário, é responsável por 26% das participações (7% e 19% respectivamente). O executado, ou o seu mandatário, são responsáveis por 17% das participações (15% e 2% respectivamente). A predominância crescente do participante Tribunal, em números e percentagem das participações, pode evidenciar, designadamente, que se consolidou nos tribunais uma percepção clara acerca do papel da CPEE enquanto responsável pela actuação fiscalizadora e, principalmente, disciplinar dos agentes de execução. Ao nível da actuação subsequente à recepção das participações importa assinalar o que se regista na figura 29, em que se verifica que mais de 90% das participações feitas pelos Tribunais e posteriormente analisadas deram lugar a um processo disciplinar. Regista-se também uma elevada percentagem de casos de abertura de processo disciplinar quando é o mandatário do exequente o participante. Estas são consequências, parece-nos, de uma participação cada vez mais qualificada e informada nestas matérias. Atendendo aos Fundamentos alegados nas Participações/Queixas, conclui-se que mais de 50% das alegações (figuras 22 e 23) respeitam a omissão de realização de diligências (28%), falta de resposta ao tribunal (13%) e falta de resposta a pedido de informações da parte (12%), fundamentos que se situam num plano de cada vez maior exigência no que respeita ao desempenho dos Agentes de Execução. É de destacar que só em 4 participações houve a identificação de movimentações irregulares de quantias, factor sempre potenciador de alarme social mas que continua a estar na origem de um número residual de 92/152

93 participações. De qualquer modo, continuou a registar-se existir um conjunto de importante de participações em que o fundamento principal indicado é o de falta de restituição de quantias/objectos (12%). Os fundamentos descritos nas participações (os principais, bem como alguns dos outros), sempre objecto, seguidamente, de uma análise cuidada pela CPEE, indiciam claramente a existência de um avolumar da consciência da necessidade de (i) assegurar celeridade na tramitação dos processos e (ii) conseguir uma cada vez maior prática diligente de actos pelos Agentes de Execução. Não deverá ser alheio a esta percepção o número de Agentes de Execução no activo, que, de acordo com o estudo da DGPJ de 2009 referente ao dimensionamento desta actividade, preconizava que, para que se obtivesse uma redução para metade do tempo de duração média da acção executiva, se deveria duplicar (para 1670, uma vez que eram 835 na altura) o número de Agentes de Execução (recorde-se que hoje em dia temos menos de 1000, se já contabilizados os novos Agentes de Execução que irão tomar agora posse). Adicionalmente, verifica-se que os fundamentos relacionados com erros de índole técnico-jurídica, como sendo a penhora excessiva/ilegal (5%), o erro/inobservância de formalidades processuais (3%), e a omissão/irregularidade/atraso nas citações/notificações (8%), indiciam também a importância de assegurar uma formação contínua sólida aos Agentes de Execução, designadamente para actualização de conhecimentos jurídicos numa área em que a estabilidade legislativa não tem estado assegurada. A formação, inicial e contínua, e de qualidade, de acordo com a apreciação feita nestes dois anos de actividade da CPEE, encerra a chave para a resolução de um importante conjunto de falhas também detectadas ao nível da fiscalização, tratando-se de investimento especialmente produtivo e reprodutivo, assim se evitando depois a intervenção a posteriori num plano disciplinar que poderia, assim, ser mais evitado. Em matéria de evolução do número de queixas entradas na CPEE neste segundo ano de actividade importa começar por salientar o aumento exponencial das mesmas. Se durante os primeiros seis meses os números de entradas de participações apresentavam uma subida consolidada face ao primeiro ano de actividade, o segundo semestre significou um disparar nos números de participações (cfr. figura 24), atingindo um pico de 170 (cento e setenta) participações em Fevereiro de Esta evolução pode dever-se a diferentes factores, como a (i) uma consolidação do papel da CPEE em matéria de fiscalização e disciplina e a (ii) uma maior consciência dos operadores do sistema acerca do papel da CPEE e da sua forma de actuar. 93/152

94 Os números apresentados evidenciam também o cada vez mais importante papel que assume o financiamento da actuação da CPEE ao nível disciplinar: como se salienta a propósito das obrigações de financiamento pelo Ministério da Justiça: a falta de disponibilização de verbas em 2010 e 2011 tem implicações muito sérias na eficácia da própria CPEE. Assim se explicam, designadamente, as figuras 24 a 26, referentes ao conjunto de decisões adoptadas face às participações entradas. No final de Março de 2011 estavam por analisar 584 das participações entradas na CPEE. Assim, a CPEE viu-se obrigada a direccionar a sua actuação para os casos mais graves, esperando-se que a futura concessão dos meios necessários para a adequada implementação das soluções legalmente determinadas pela Assembleia da República num quadro de um amplo consenso políticoparlamentar, possa corrigir a grave situação evidenciada. Será de assinalar que a pendência registada em matéria de participações carecidas de melhor análise e tratamento tem vindo a agravar-se, atingindo agora o valor de 86% das participações entradas (cfr. figura 27). Importa salientar, a este propósito, que também a própria eficácia preventiva dos normativos em causa no quadro da actuação disciplinar da CPEE, se vê fortemente prejudicada pelo negligenciar das soluções que a própria lei determina que sejam adoptadas. Finalmente, e dentro do âmbito das participações que foram devidamente analisadas, importa frisar que apenas 14 foram arquivadas, o que pode denotar, designadamente, (i) que a grande maioria das participações é feita de forma criteriosa e (ii) que os operadores do sistema estão crescentemente informados do papel que o legislador estabeleceu para a actuação dos Agentes de Execução. No referente ao relacionamento entre o tipo de participante e o processo judicial subjacente à queixa assinalase que o processo judicial é normalmente o processo executivo (cfr. figura 28). Por último, no que toca ao desfecho das participações por referência aos fundamentos invocados, é de assinalar que os fundamentos principalmente invocados dão lugar, em geral, a que se decida abrir processo disciplinar, o que denota, estamos em crer, mais uma vez, a importância da formação (inicial e contínua) cfr. figura 30. Neste quadro importará realçar que as participações cujo subsequente desenvolvimento apresenta maior equilíbrio entre a abertura de processo disciplinar e o arquivamento são as referentes a penhoras excessivas/ilegais. 94/152

95 FIG. 20 TIPO DE PARTICIPANTE TRIBUNAL 1% 0% 0% 0% 4% 2% 1% 0% 0% MANDATÁRIO DO EXEQUENTE EXECUTADO 7% EXEQUENTE 15% 51% AGENTE DE EXECUÇÃO MANDATÁRIO DO EXECUTADO TERCEIRO 19% CÂMARA DOS SOLICITADORES MINISTÉRIO PÚBLICO OUTROS EMPREGADO FORENSE PELO PRÓPRIO AE PELA PROVEDORIA DA JUSTIÇA FIG. 21 UNIVERSO DOS PARTICIPANTES 95/152

96 FALTA DE RESPOSTA À PROVEDORIA DA JUSTIÇA OMISSÃO DE RECUSA DO REQUERIMENTO EXECUTIVO MOVIMENTAÇÕES IRREGULARES DE QUANTIAS PREJUDICAR DOLOSAMENTE UMA DAS PARTES INDÍCIOS DE ILÍCITO CRIMINAL PRÁTICA DE ACTOS ILEGAIS/USO DE EXPEDIENTES ILEGAIS OU FALTA DE EMISSÃO DE RECIBOS FALTA DE COLABORAÇÃO COM O TRIBUNAL FALTA DE REMESSA DE PROCESSO PARA DESPACHO OUTROS FALTA DE ENTREGA DE RECIBO FALTA DE ENTREGA DE PROCESSO A AE SUBSTITUTO INCUMPRIMENTO DE DESPACHO JUDICIAL COBRANÇA ILEGAL DE HONORÁRIOS ERRO / INOBSERVÂNCIA DE NORMAS / FORMALIDADES PENHORA EXCESSIVA / ILEGAL ACTUAÇÃO PROCESSUAL COM INOBSERVÂNCIA DO DEVER DE OMISSÃO / IRREGULARIDADE / ATRASO NA 87 FALTA DE RESTITUIÇÃO DE QUANTIAS / OBJECTOS FALTA DE RESPOSTA A PEDIDO INFORMAÇÕES DA PARTE FALTA DE RESPOSTA AO TRIBUNAL OMISSÃO DE REALIZAÇÃO DE DILIGÊNCIAS FIG. 22 FACTOS ALEGADOS PELOS PARTICIPANTES 96/152

97 1% OMISSÃO DE REALIZAÇÃO DE 1% DILIGÊNCIAS 5% 2% 3% 3% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 0% 0% 0% 0% 28% FALTA DE RESPOSTA AO TRIBUNAL FALTA DE RESPOSTA A PEDIDO INFORMAÇÕES DA PARTE FALTA DE RESTITUIÇÃO DE QUANTIAS / OBJECTOS 6% 8% 13% OMISSÃO / IRREGULARIDADE / ATRASO NA CITAÇÃO/NOTIFICAÇÕES 12% 12% ACTUAÇÃO PROCESSUAL COM INOBSERVÂNCIA DO DEVER DE DILIGÊNCIA PENHORA EXCESSIVA / ILEGAL ERRO / INOBSERVÂNCIA DE NORMAS / FORMALIDADES PROCESSUAIS COBRANÇA ILEGAL DE HONORÁRIOS FIG. 23 FACTOS ALEGADOS PELOS PARTICIPANTES (PERCENTUALMENTE) 97/152

98 EVOLUÇÃO N.º DE QUEIXAS ENTRADAS POR MÊS NA CPEE - 2.º ANO DE ACTIVIDADDE FIG. 24 EVOLUÇÃO DO N.º DE QUEIXAS ENTRADAS NA CPEE NO 2.º ANO DE ACTIVIDADE FIG. 25 TOTAL DE DECISÕES DA CPEE EM RELAÇÃO ÀS QUEIXAS ENTRADAS (2.º ANO DE ACTIVIDADE) 98/152

99 1% 1% 0% 2% 0% 11% EM ANÁLISE PD ARQUIVAMENTO REMESSA 85% DESTITUIÇÕES SUSPENSÃO PREVENTIVA FISCALIZAÇÃO EXTRAORDINÁRIA FIG. 26 TOTAL DE DECISÕES DA CPEE EM RELAÇÃO ÀS QUEIXAS ENTRADAS (2.º ANO DE ACTIVIDADE - PERCENTUALMENTE) 14% DECIDIDAS EM ANÁLISE 86% FIG. 27 TOTAL DE PARTICIPAÇÕES EM ANÁLISE DA CPEE - PERCENTUALMENTE 99/152

100 EXECUTIVO OUTRO EXECUTIVO/ OUTRO NÃO INDICA FIG. 28 RELAÇÃO ENTRE O TIPO DE PARTICIPANTE E O PROCESSO JUDICIAL SUBJACENTE À QUEIXA 100/152

101 PD ARQUIVAMENTO REMESSA FIG. 29 TIPO DE DECISÕES POR PARTICIPANTE 2.º ANO DE ACTIVIDADE 101/152

102 ERRO/INOBSERVÂNCIA DE NORMAS/FORMALIDADES LEGAIS OUTROS FALTA DE ENTREGA DE PROCESSO A AGENTE DE EXECUÇÃO SUBSTITUTO COBRANÇA ILEGAL DE HONORÁRIOS FALTA DE REMESSA DE PROCESSO PARA DESPACHO INDÍCIOS DE ILÍCITO CRIMINAL MOVIMENTAÇÕES IRREGULARES DE QUANTIAS PRÁTICA DE ACTOS ILEGAIS/USO DE EXPEDIENTES ILEGAIS OU DESPROPORCIONAIS PENHORA EXCESSIVA/ILEGAL FALTA DE RESTITUIÇÃO DE QUANTIAS / OBJECTOS REMESSA ARQUIVAMENTO PD OMISSÃO/IRREGULARIDADE /ATRASO NA CITAÇÃO/NOTIFICAÇÕES 1 11 INCUMPRIMENTO DE DESPACHO JUDICIAL FALTA DE RESPOSTA AO TRIBUNAL FALTA DE RESPOSTA A PEDIDO INFORMAÇÕES DA PARTE OMISSÃO DE REALIZAÇÃO DE DILIGÊNCIAS ACTUAÇÃO PROCESSUAL COM INOBSERVÂNCIA DO DEVER DE DILIGÊNCIA FIG. 30 TIPO DE DECISÃO DAS QUEIXAS POR FACTO ALEGADO 2.º ANO DE ACTIVIDADE 102/152

103 PROCESSOS DISCIPLINARES Relativamente ao total de processos disciplinares instaurados desde a criação da CPEE até ao presente a tendência é, de um crescendo constante e consistente: se em 2009 foram instaurados 25, em 2010 foram mais do dobro, 53, e no primeiro trimestre de 2011 atingimos os 16 (cfr. figura 31). Os instrutores destes processos disciplinares são os Membros do Grupo de Gestão da CPEE, sendo que, no essencial, os processos são distribuídos pelos 3 membros em exclusividade de funções. Apesar de a actuação disciplinar da CPEE se encontrar fortemente constrangida pela inexistência de financiamento por parte do Ministério da Justiça, que permitiria a contratação de técnicos que o legislador entendeu necessários para o exercício destas funções, foi possível atingir uma taxa de resolução de processos disciplinares de 18% (cfr. figura 32). Tendo em vista um aumento da resolução dos processos disciplinares, tornando-os mais céleres, logo, mais eficazes, o que terá, em nosso entendimento, repercussões imediatas na tramitação da acção executiva, importará dar cumprimentos ao legalmente previsto em termos de financiamento desta actividade. Tratar-se-á, cremos, de um investimento produtivo e reprodutivo, designadamente, espera-se, a médio e longo prazo, podendo acarretar futuramente uma diminuição do número de queixas apresentadas junto da CPEE e, nessa medida, uma consequente diminuição da vertente punitiva que a instauração de um processo disciplinar, em teoria, acarreta, possibilitando à CPEE um incremento no número de fiscalizações à actividade dos Agentes de Execução, com especial reflexo, até, em termos preventivos, porquanto o que é certo é que as fiscalizações permitiram a tomada de decisões sobre a aplicação de medidas cautelares, designadamente da medida de suspensão preventiva, decorrentes da detecção eficaz e célere de ilícitos disciplinares considerados pelos membros do Grupo de Gestão como muito graves, ilícitos que, com os meios actualmente disponíveis, dificilmente seriam descobertos de outra forma. Das figuras 32 e 33, acerca do total de decisões da CPEE no âmbito disciplinar e por tipo de participante, importa salientar, designadamente, que no referente aos casos de suspensão preventiva/bloqueio a débito das contascliente, que totalizam uma parte importante das decisões adoptadas em sede disciplinar (42%) e que se referem a uma realidade grave que merece uma especial atenção, as participações surgem essencialmente por via dos Tribunais e das fiscalizações. 103/152

104 Nesta linha, as figuras 35 e 36 retratam a importância destas duas referidas vias (Tribunais, fiscalizações) no segundo ano de actividade, bem como a dos operadores mais directamente envolvidos nas execuções (mandatário do exequente, agente de execução, executado, entre outros) para a apresentação de participações que desembocam na instauração de processos disciplinares. No respeitante ao relacionamento entre infracções disciplinares imputadas e deveres indiciariamente violados, com os processos disciplinares instaurados no segundo ano de actividade encontramos uma relevante representação de casos referentes a violação do dever de diligência e zelo, violação de deveres deontológicos, disposições legais e outras, não manutenção das contas-cliente segundo o ECS, haver indícios de irregularidade na movimentação das contas-cliente, não entregar prontamente as quantias de que se é detentor e não prestar os esclarecimentos solicitados (cfr. figura 37). Resulta destes dados uma atenção especial aos problemas mais sérios que nos têm sido reportados ou de que tomamos conhecimento em sede de fiscalização, sendo que o peso forte da violação do dever de diligência e zelo, e da violação de deveres deontológicos, disposições legais e outras, sugere, uma vez mais, a importância da formação, inicial e contínua, e de qualidade. De acordo com a apreciação que fazemos seria possível, designadamente intervindo a montante do modo descrito, evitar a intervenção disciplinar a jusante. Regista-se, efectivamente, que as falhas na formação jurídica e no desconhecimento de deveres básicos de deontologia, estão na origem de muitos dos processos disciplinares em causa. Já nos quadros sobre penas aplicadas (cfr. figuras 38 e 39) importa salientar a aplicação ampla das penas de advertência (suspensas ou não suspensas: 37% e 25% respectivamente), bem como da aplicação da pena de expulsão (precisamente num caso em que esteve em causa, em especial, uma das mais graves condutas, relativa a movimentações irregulares das contas-cliente e de falta de provisão das contas). 104/152

105 ANO 2009 ANO º TRIMESTRE 2011 FIG. 31 TOTAL DE PROCESSOS DISCIPLINARES INSTAURADOS (ENTRE 2009 E O 1.º TRIMESTRE DE 2011) 18% PENDENTES FINDOS 82% FIG. 32 PENDÊNCIA PROCESSUAL EM RELAÇÃO AOS PROCESSOS DISCIPLINARES INSTAURADOS E EM CURSO NA CPEE (DESDE 2009 ATÉ AO 1.º TRIMESTRE DE 2011) 105/152

106 SUSPENSÃO PREVENTIVA BLOQUEIO A DÉBITO CONTAS-CLIENTE PARECER DE ARQUIVAMENTO 2% 6% 4% 21% APLICAÇÃO DE PENA 10% 10% 21% DESTITUIÇÃO 10% 16% DESPACHO DE ACUSAÇÃO ARQUIVAMENTO PARCIAL DECISÃO FINAL DE ARQUIVAMENTO SUSPENSÃO DE ACEITAÇÃO DE NOVOS PROCESSOS POR UM PERÍODO DE 60 DIAS FIG. 33 TOTAL DE DECISÕES DA CPEE NO ÂMBITO DA ACÇÃO DISCIPLINAR (ENTRE 2009 E 31/03/2011) 106/152

107 5 5 4, ,5 3 2,5 2 1,5 1 0, TRIBUNAL EXECUTADO TERCEIRO 0 MANDATÁRIO DO EXEQUENTE FISCALIZAÇÃO EXEQUENTE CÂMARA DOS SOLICITADORES/MP FIG. 34 TOTAL DE DECISÕES DA CPEE NO ÂMBITO DISCIPLINAR/ POR TIPO DE PARTICIPANTE 107/152

108 FIG. 35 RELAÇÃO DO TIPO DE PARTICIPANTE COM OS PROCESSOS DISCIPLINARES INSTAURADOS NO 2.º DE ACTIVIDADE (ENTRE 01/04/2010 E 31/03/2011) NUMERICAMENTE TRIBUNAL 5% 5% 13% 4% 2% 2% 2% 2% 36% FISCALIZAÇÃO MANDATÁRIO JUDICIAL DO EXEQUENTE AGENTE DE EXECUÇÃO 29% EXECUTADO MINISTÉRIO PÚBLICO CÂMARA DOS SOLICITADORES FIG. 36 RELAÇÃO DO TIPO DE PARTICIPANTE COM OS PROCESSOS DISCIPLINARES INSTAURADOS NO 2.º DE ACTIVIDADE (ENTRE 01/04/2010 E 31/03/2011) PERCENTUALMENTE 108/152

109 NÃO ENTREGA PRONTAMENTE OS OBJECTOS DE QUE SEJA DETENTOR NÃO EMITE RECIBO DE ACORDO COM O ARTIGO 16.º DA PORTARIA N.º PREJUDICA DOLOSAMENTE O EXEQUENTE USA MEIOS DESPROPORCIONAIS NO EXERCÍCIO DAS SUAS FUNÇÕES NÃO TEM DOMICÍLIO PROFISSIONAL NÃO PRESTA CONTAS DA ACTIVIDADE REALIZADA PRATICA ACTOS SEM QUE PARA TAL TENHA SIDO DESIGNADO USA MEIOS OU EXPEDIENTES ILEGAIS NO EXERCÍCIO DAS SUAS FUNÇÕES VIOLA O DEVER DE ENTREGA PRONTA DE QUANTIAS NÃO APLICA HONORÁRIOS / DESPESAS SEGUNDO A PORTARIA PRATICA ILÍCITOS CRIMINAIS NÃO AFIXA AS TARIFAS PREJUDICA DOLOSAMENTE O EXECUTADO NÃO EFECTUOU O REGISTO ELECTRÓNICO DE ACTOS NÃO CUMPRE O DEVER DE INFORMAR DE ACORDO COM A PORTARIA N.º OBSTRUI OU IMPEDE A FISCALIZAÇÃO NÃO CUMPRIU OU EXECUTOU DECISÕES JUDICIAIS EXCEDE O ÂMBITO DA SUA COMPETÊNCIA CONTRATA OU MANTÉM FUNCIONÁRIOS OU COLABORADORES SEM NÃO PRESTA OS ESCLARECIMENTOS QUE LHE SÃO SOLICITADOS PELAS NÃO ENTREGA PRONTAMENTE AS QUANTIAS DE QUE SEJA DETENTOR NÃO PRESTA OS ESCLARECIMENTOS QUE LHE SÃO SOLICITADOS PELO TEM INDÍCIOS DE IRREGULARIDADE NA MOVIMENTAÇÃO DAS CONTAS- NÃO MANTÉM AS CONTAS CLIENTES SEGUNDO O ECS VIOLA DEVERES DEONTOLÓGICOS, DISPOSIÇÕES LEGAIS E VIOLA O DEVER DE DILIGÊNCIA E ZELO FIG. 37 RELAÇÃO DAS INFRACÇÕES DISCIPLINARES IMPUTADAS E DEVERES INDICIARIAMENTE VIOLADOS COM OS PROCESSOS DISCIPLINARES INSTAURADOS NO 2.º DE ACTIVIDADE (ENTRE 01/04/2010 E 31/03/2011) 109/152

110 13% ADVERTÊNCIA - PENA SUSPENSA 13% 37% ADVERTÊNCIA 12% EXPULSÃO 25% SANÇÃO ACESSÓRIA DE RESTITUIÇÃO DE QUANTIAS SANÇÃO ACESSÓRIA DE PERDA DE HONORÁRIOS FIG. 38 TIPOLOGIA DE PENAS APLICADAS PELA CPEE (ENTRE 2009 E 31/03/2011) 17% PENA DE EXPULSÃO APLICADA POR MOVIMENTAÇÃO IRREGULAR DA CONTA-CLIENTES DE AE E COM FALTA DE PROVISÃO; POR VIOLAÇÃO DOS DEVERES DE TER DOMICÍLIO PROFISSIONAL; DE PRESTAR CONTAS DA ACTIVIDADE REALIZADA; FOR FALTA DE PRESTAR INFORMAÇÃO SOLICITADA E DE ZELO 83% PENAS DE ADVERTÊNCIA APLICADAS POR VIOLAÇÃO DO DEVER DE ZELO E DILIGÊNCIA; DO DEVER DE PRESTAR INFORMAÇÕES OU ESCLARECIMENTOS AO TRIBUNAL E POR USO DE MEIOS OU EXPEDIENTES ILEGAIS OU DESPROPORCIONAIS NO EXERCÍCIO DAS SUAS FUNÇÕES FIG. 39 RELAÇÃO ENTRE AS INFRACÇÕES COMETIDAS E AS PENAS APLICADAS PELA CPEE 110/152

111 FISCALIZAÇÕES Os critérios para determinação da realização de uma fiscalização, constantes do Manual de Procedimentos de Fiscalização da CPEE, são base fundamental para a decisão de realização de uma fiscalização. A figura 40 evidencia desde logo a prioridade conferida à constituição da Bolsa de Fiscalizadores da CPEE, cuja exigência primeira em termos de recrutamento se ancora numa fiscalização do candidato a tais funções: assim, as 21 fiscalizações de candidatos e as 6 fiscalizações a quem partilha escritório com candidato a tais funções assumem um especial relevo (cfr. também a figura 55). Nessa sequência, e com a participação agora de uma Bolsa de Fiscalizadores de 10 Agentes de Execução, foi possível amplificar a actividade fiscalizadora da CPEE, que se projectou, designadamente, nos restantes resultados identificados na figura 40. Pese embora as dificuldades associadas a uma carência de financiamento pela Câmara dos Solicitadores, que data da entrada em funções da CPEE e que se mantém nesta data, foi possível ao Grupo de Gestão da CPEE focar-se nas questões mais relevantes e/ou urgentes, tendo sido adoptadas as decisões a que se referem as figuras 41 e 42. Importará salientar, desde logo, a concessão da distinção de qualidade de serviço público prestado em 18% dos casos, a que se deu pública menção através do sítio da CPEE. Por outro lado, foram arquivados com emissão de recomendações 24% dos casos, tendo sido concedido prazo para regularização de situações em 30% daqueles. Adicionalmente, foi encetado procedimento disciplinar em 18% dos casos, nalguns deles tendo também lugar a suspensão preventiva do Agente de Execução e ao bloqueio a débito das contas-cliente (cfr. figuras 41 e 42). Estes dados, se considerado todo o exercício de funções desta CPEE (cfr. figuras 48 e 49), mantêm-se no essencial, sendo de qualquer modo de frisar a importante decisão de admissão à bolsa de fiscalizadores, quantificada em 13% das decisões adoptadas. Se em 2009 o número de fiscalizações foi de 4 (todas fiscalizações extraordinárias presenciais), já no ano de 2010 multiplicámos por 8 esse número, atingindo mesmo as 33, sendo que nesse quadro foi possível emitir o respectivo relatório em 28 desses casos (figuras 43 e 44). E se atentarmos ao quadro de fiscalizações planeadas em 2010 verificamos que das 65 foram realizadas 33 em 2010 e 26 em 2011, o que configura uma quase plena concretização do muito ambicioso objectivo (face aos meios existentes) inicialmente traçado; 111/152

112 dessas fiscalizações a grande maioria consistiu em fiscalizações extraordinárias (sobre todos estes aspectos cfr. figuras 45 e 46). Adite-se, no referente ao período entre 01/01/2010 e 31/03/2011, que se considerarmos as formas de fiscalização presencial e à distância, por cooperação, chegamos a um total de 73 processos de fiscalização (64 extraordinárias, 9 ordinárias, 61 na forma presencial e 12 à distância/por cooperação) cfr. figura 58. No primeiro trimestre de 2011 foi possível operar uma actuação fiscalizadora que se concretizou em 15 procedimentos de fiscalização extraordinária, na forma de fiscalização presencial e à distância por cooperação, sendo este empenho fiscalizador especialmente motivado pela obtenção de indícios de irregularidades na conta-clientes e/ou de ilícitos criminais, pela impossibilidade de contacto com o Agente de Execução visado e pela partilha de escritório com colega fiscalizado (cfr. figuras 50 e 51), motivações que exigiram uma resposta rápida e concretizada no plano fiscalizador, o que foi conseguido. No quadro destas fiscalizações realizadas no primeiro trimestre de 2011 foram assumidas, em especial, quatro decisões (cfr. figuras 52 e 53): concessão de prazo para regularização de situações, instauração de processo disciplinar, suspensão preventiva e bloqueio a débito de contas-cliente, o que confirmou a premência da actuação desenvolvida e a pertinência e relevância de manter, e reforçar, a capacidade de actuação fiscalizadora da CPEE. O salto quantitativo operado no segundo ano de actividade (cuja execução mensal se encontra descrita no quadro 59, onde se regista uma evolução crescente do número de fiscalizações realizadas ao longo do ano) só foi possível devido ao elevado nível de comprometimento dos fiscalizadores que se empenharam nestes esforço, designadamente os Membros do Grupo de Gestão e os Agentes de Execução da Bolsa de Fiscalizadores. No entanto, de modo a potenciar cada vez mais o papel desempenhado nesta área pela CPEE, têm vindo a ser apresentadas soluções materiais e de financiamento junto da Câmara dos Solicitadores, a entidade que legalmente as deve providenciar. No referente ao trabalho desempenhado pelos Membros do Grupo de Gestão em exclusividade de funções em matéria de fiscalização na forma presencial, desde o início de funções da CPEE até 31/03/2011, foram realizadas, em média, 25 fiscalizações (cfr. figura 54). Relativamente aos fiscalizadores Agentes de Execução, no período de 2010-primeiro trimestre de 2011, foram asseguradas entre 5 e 14 fiscalizações (por cada um dos fiscalizadores), sendo a maioria destas extraordinárias (cfr. figura 56). Estes fiscalizadores realizaram então uma média de 8 fiscalizações presenciais/por fiscalizador, 112/152

113 à razão de 2 a 3 fiscalizações mensais, o que perfaz um total de 75 diligências de fiscalização na vertente presencial, sendo 58 de fiscalização extraordinária e 17 de fiscalização ordinária (cfr. figura 57). Relativamente ao estado das fiscalizações globalmente realizadas até 31/03/2011 interessa registar que se mantêm 46% das mesmas, estando concluídos 23% dos processos. Em 31% dos casos os relatórios foram aprovados pelo Grupo de Gestão mas encontra-se pendente de análise o conjunto de esclarecimentos/aditamentos/outros contributos que foram solicitados aos Agentes de Execução visados (sobre todos estes aspectos cfr. figura 47). Uma palavra ainda para realçar que nesta matéria importa obter uma resposta adequada do financiador legalmente estabelecido, de modo a que a actuação fiscalizadora da CPEE possa ter a eficácia que lhe foi vislumbrada pelo legislador, tudo em benefício, designadamente, do acompanhamento da actividade dos Agentes de Execução, da certificação da profissão e da manutenção de padrões que permitam tornar mais eficaz a Acção Executiva. 113/152

114 SUSPENSÃO DE ACEITAR PROCESSOS NOVOS POR MAIS DE 6 MESES, OU QUE TENDO MAIS DE 100 PROCESSOS INDÍCIOS IRREGULARIDADES NA CONTA CLIENTES E DE ILÍCITO CRIMINAL IMPOSSIBILIDADE DE CONTACTOS SUSPENSÃO DE ACEITAR NOVOS PROCESSOS POR MAIS DE 120 DIAS SEGUIDOS NO MESMO ANO JUDICIAL 1 1 FALTA DE RESPOSTA E FALTA DE ENVIO DE DOCUMENTAÇÃO À CPEE APRESENTAÇÃO VOLUNTÁRIA À FISCALIZAÇÃO LIVRE SUBSTITUIÇÃO / IMPEDIMENTO/ EM NÚMERO IGUAL OU SUPEIROR A 10 PROCESSOS JUDICIAIS INDÍCIOS DE ILICITO CRIMINAL MAIS DE 5 DESTITUIÇÕES NO MESMO ANO JUDICIAL 2 CONHECIMENTO OFICIOSO DE INDÍCIOS DE IRREGULARIADDES NAS CONTAS-CLIENTES E DA OMISSÃO DE DILIGÊNCIAS 3 MAIS DE DOIS ESCRITÓRIOS COMO DOMICÍLIOS PROFISSIONAIS 5 CONHECIMENTO OFICIOSO DA OMISSÃO DE DILIGÊNCIAS 5 PARTILHA ESCRITÓRIO COM CANDIDATO À BOLSA 6 FISCALIZAÇÕES ORDINÁRIAS 9 CANDIDATO À BOLSA DE FISCALIZADORES FIG. 40 CRITÉRIOS DE DECISÃO SOBRE AS FISCALIZAÇÕES PLANEADAS E REALIZADAS 114/152

115 REALIZAÇÃO DE UMA NOVA FISCALIZAÇÃO 1 BLOQUEIO A DÉBITO DAS CONTAS-CLIENTES 2 SUSPENSÃO PREVENTIVA 2 INSTAURAÇÃO DE PD 9 DISTINÇÃO DE QUALIDADE DE SERVIÇO PÚBLICO PRESTADO 9 ARQUIVAMENTO COM EMISSÃO DE RECOMENDAÇÕES 12 CONCESSÃO DE PRAZO PARA A REGULARIZAÇÃO DE SITUAÇÕES ASSINALADAS FIG. 41 DECISÕES TOMADAS PELO GRUPO DE GESTÃO EM 2010 NA SEQUÊNCIA DAS FISCALIZAÇÕES REALIZADAS NESSE ANO 18% 4% 4% 2% 30% CONCESSÃO DE PRAZO PARA A REGULARIZAÇÃO DE SITUAÇÕES ASSINALADAS ARQUIVAMENTO COM EMISSÃO DE RECOMENDAÇÕES DISTINÇÃO DE QUALIDADE DE SERVIÇO PÚBLICO PRESTADO 18% 24% INSTAURAÇÃO DE PD SUSPENSÃO PREVENTIVA BLOQUEIO A DÉBITO DAS CONTAS-CLIENTES FIG. 42 DECISÕES TOMADAS PELO GRUPO DE GESTÃO EM 2010 NA SEQUÊNCIA DAS FISCALIZAÇÕES REALIZADAS NESSE ANO (PERCENTUAL) 115/152

116 FIG EVOLUÇÃO DAS FISCALIZAÇÕES REALIZADAS NOS ANOS DE 2009 E REALIZADAS 28 CONCLUSÃO DO PROCESSO/ EMISSÃO DE RELATÓRIO 5 PENDENTE DE RELATÓRIO FIG EVOLUÇÃO DAS FISCALIZAÇÕES REALIZADAS EM /152

117 PLANEADAS REALIZADAS REALIZADAS EM 2011 ANULADAS/CONVERTIDAS NOUTRAS MODALIDADES FIG EVOLUÇÃO DAS FISCALIZAÇÕES PLANEADAS EM 2010 (ATÉ 31/03/2011) TOTAL DE 59 FISCALIZAÇÕES REALIZADAS EXTRAORDINÁRIAS ORDINÁRIAS EXTRAORDINÁRIAS ORDINÁRIAS FIG MODALIDADE DAS FISCALIZAÇÕES REALIZADAS EM 2010 E 2011 (DE ACORDO COM A CALENDARIZAÇÃO DE 2010) 117/152

118 31% 23% 46% PENDENTES TOTAL DE RELATÓRIOS ELABORADOS E SUBMETIDOS À APROVAÇÃO DO GRUPO DE GESTÃO TOTAL DE PROCESSOS CONCLUÍDOS FIG ESTADO DAS FISCALIZAÇÕES REALIZADAS ATÉ 31/03/2011 (PERCENTUAL) REALIZAÇÃO DE UMA NOVA FISCALIZAÇÃO 2 BLOQUEIO A DÉBITO DAS CONTAS-CLIENTE 5 SUSPENSÃO PREVENTIVA 5 DISTINÇÃO DE QUALIDADE DE SERVIÇO PRESTADO 9 ADMISSÃO À BOLSA DE FISCALIZADORES 10 ARQUIVAMENTO COM EMISSÃO DE RECOMENDAÇÕES 12 INSTAURAÇÃO DE PD 15 CONCESSÃO DE PRAZO PARA A REGULARIZAÇÃO DE SITUAÇÕES ASSINALADAS 21 FIG DECISÕES TOMADAS PELO GRUPO DE GESTÃO ATÉ 31/03/2011 SOBRE AS FISCALIZAÇÕES REALIZADAS ATÉ ESSA DATA /152

119 3% CONCESSÃO DE PRAZO PARA A REGULARIZAÇÃO DE SITUAÇÕES ASSINALADAS 6% 6% 27% INSTAURAÇÃO DE PD 11% ARQUIVAMENTO COM EMISSÃO DE RECOMENDAÇÕES ADMISSÃO À BOLSA DE FISCALIZADORES 13% 19% DISTINÇÃO DE QUALIDADE DE SERVIÇO PRESTADO 15% SUSPENSÃO PREVENTIVA BLOQUEIO A DÉBITO DAS CONTAS-CLIENTE REALIZAÇÃO DE UMA NOVA FISCALIZAÇÃO FIG DECISÕES TOMADAS PELO GRUPO DE GESTÃO ATÉ 31/03/2011 SOBRE AS FISCALIZAÇÕES REALIZADAS ATÉ ESSA DATA (PERCENTUAL) No período compreendido entre 01/01/2011 e 31/03/ 2011, foi determinada a realização de 15 (quinze) procedimentos de fiscalização extraordinária, na forma de fiscalização presencial e à distância por cooperação. SUSPENSÃO DE ACEITAR NOVOS PROCESSOS POR MAIS DE 120 DIAS SEGUIDOS NO MESMO ANO JUDICIAL FALTA DE RESPOSTA E FALTA DE ENVIO DE DOCUMENTAÇÃO À CPEE LIVRE SUBSTITUIÇÃO / IMPEDIMENTO/ EM NÚMERO IGUAL OU SUPEIROR A 10 PROCESSOS JUDICIAIS MAIS DE DOIS ESCRITÓRIOS COMO DOMICÍLIOS PROFISSIONAIS CONHECIMENTO OFICIOSO DA OMISSÃO DE DILIGÊNCIAS CANDIDATO À BOLSA DE FISCALIZADORES IMPOSSIBILIDADE DE CONTACTOS PARTILHA ESCRITÓRIO COM AE FISCALIZADO 3 3 INDÍCIOS IRREGULARIDADES NA CONTA CLIENTES E DE ILÍCITO CRIMINAL FIG CRITÉRIOS DE DECISÃO SOBRE AS FISCALIZAÇÕES INICIADAS NO 1.º TRIMESTRE DE /152

120 6% 6% 6% 6% 29% INDÍCIOS IRREGULARIDADES NA CONTA CLIENTES E DE ILÍCITO CRIMINAL PARTILHA ESCRITÓRIO COM AE FISCALIZADO 6% 6% 18% 17% IMPOSSIBILIDADE DE CONTACTOS CANDIDATO À BOLSA DE FISCALIZADORES CONHECIMENTO OFICIOSO DA OMISSÃO DE DILIGÊNCIAS FIG CRITÉRIOS DE DECISÃO SOBRE AS FISCALIZAÇÕES INICIADAS NO 1.º TRIMESTRE DE 2011 (PERCENTUAL) BLOQUEIO A DÉBITO DE CONTAS-CLIENTE 3 SUSPENSÃO PREVENTIVA 3 INSTAURAÇÃO DE PD 3 CONCESSÃO DE PRAZO PARA A REGULARIZAÇÃO DE SITUAÇÕES ASSINALADAS FIG DECISÕES TOMADAS PELO GRUPO DE GESTÃO ATÉ 31/03/2011 SOBRE AS FISCALIZAÇÕES CUJO PROCEDIMENTO FOI INICIADO EM /152

121 20% 40% CONCESSÃO DE PRAZO PARA A REGULARIZAÇÃO DE SITUAÇÕES ASSINALADAS INSTAURAÇÃO DE PD 20% SUSPENSÃO PREVENTIVA 20% BLOQUEIO A DÉBITO DE CONTAS- CLIENTE FIG DECISÕES TOMADAS PELO GRUPO DE GESTÃO ATÉ 31/03/2011 SOBRE AS FISCALIZAÇÕES CUJO PROCEDIMENTO FOI INICIADO EM 2011 (PERCENTUAL) TOTAL DE FISCALIZAÇÕES PRESENCIAIS REALIZADAS PELOS MEMBROS DO GRUPO DE GESTÃO, EM EXCLUSIVIDADE NA CPEE (NA RELAÇÃO FISCALIZAÇÃO/POR FISCALIZADOR) FISCALIZAÇÕES EXTRAORDINÁRIAS FISCALIZAÇÕES ORDINÁRIAS FIG TOTAL DE ACTOS DE FISCALIZAÇÃO NA FORMA PRESENCIAL REALIZADOS PELOS 3 MEMBROS DO GRUPO DE GESTÃO DA CPEE, EM EXCLUSIVIDADE FUNÇÕES, ATÉ 31/03/2011 (MÉDIA POR CADA MEMBRO DO GRUPO DE GESTÃO DA CPEE - 25) 121/152

122 BOLSA DE FISCALIZADORES DA CPEE No período compreendido entre 01/01/ 2010 e 31/01/ 2011, foram recebidas pela CPEE 31 candidaturas à Bolsa de Fiscalizadores da Comissão, cujo processo de constituição e recrutamento foi iniciado em 2010 e que se renovou em NÚMERO DE CANDIDATOS ENTREVISTA REALIZADA FISCALIZADOS ADMITIDOS À BOLSA FIG CONSTITUIÇÃO DA BOLSA DE FISCALIZADORES DA CPEE ATÉ 31/03/ /152

123 COMISSÕES DE FISCALIZAÇÃO Finais º Trimestre N.º e Modalidade de fiscalização por Fiscalizador AGENTE DE EXECUÇÃO N.º DE FISCALIZAÇÕES N.º DE FISCALIZAÇÕES N.º TOTAL DE FISCALIZADOR DA CPEE ORDINÁRIAS EXTRAORDINÁRIAS FISCALIZAÇÕES AE AE AE AE AE AE AE AE AE FIG. 56 N.º /MODALIDADE DE FISCALIZAÇÃO POR AGENTE DE EXECUÇÃO FISCALIZADOR DA CPEE TOTAL DE FISCALIZAÇÕES PRESENCIAIS REALIZADAS PELOS FISCALIZADORES DA CPEE (NA RELAÇÃO FISCALIZAÇÃO/POR FISCALIZADOR) FISCALIZAÇÕES EXTRAORDINÁRIAS FISCALIZAÇÕES ORDINÁRIAS FIG TOTAL DE ACTOS DE FISCALIZAÇÃO NA FORMA PRESENCIAL REALIZADOS PELOS FISCALIZADORES DA CPEE (NA RELAÇÃO FISCALIZAÇÃO/POR FISCALIZADOR) (8 FISCALIZAÇÕES - MÉDIA POR FISCALIZADOR DA CPEE) 123/152

124 TOTAL DE FISCALIZAÇÕES REALIZADAS PELA CPEE NA FORMA PRESENCIAL NA FORMA À DISTÂNCIA/ POR COOPERAÇÃO FIG TOTAL DE PROCESSOS DE FISCALIZAÇÕES INICIADOS PELA CPEE ATÉ 31/03/2011 (POR NÚMERO DE PROCESSO E FORMA) ABRIL JUNHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO JANEIRO FEVEREIRO MARÇO FIG FISCALIZAÇÕES PRESENCIAIS REALIZADAS POR MÊS ENTRE 01/04/2010 E 31/03/ /152

125 PARTE VI A FALTA DE APOIO FINANCEIRO DA ACTIVIDADE DA CPEE 39. OS ENCARGOS FINANCEIROS DA RESPONSABILIDADE DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA Nos termos do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22 de Julho encontra-se definida a distribuição de encargos financeiros entre as duas entidades financiadoras da actividade da Comissão para a Eficácia das Execuções: a Secretaria-Geral do Ministério da Justiça e a Câmara dos Solicitadores. Assim, as obrigações legais da Secretaria-Geral do Ministério da Justiça em termos de encargos financeiros da actividade da CPEE encontram-se elencadas no artigo 2.º do referido Decreto-Lei n.º 165/2009: Artigo 2.º Responsabilidade do Ministério da Justiça Cabe à Secretaria -Geral do Ministério da Justiça suportar os seguintes encargos relativos ao funcionamento da CPEE: a) As quantias que integram os estatutos remuneratórios referidos nos n.os 3 e 4 do artigo 69.º -E do Estatuto da Câmara dos Solicitadores, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 88/2003, de 10 de Setembro, designadamente remuneração base, subsídio de refeição, despesas de representação, atribuição de telefones móveis para uso oficial, abono de ajudas de custo e subsídio de transporte e outros suplementos remuneratórios devidos pelo exercício de funções pelo presidente e pelos três membros do grupo de gestão escolhidos pelo presidente que não podem ser membros do plenário da CPEE; b) O pagamento de senhas de presença, nos termos do n.º 6 do artigo 69.º -E do Estatuto da Câmara dos Solicitadores, até ao limite máximo correspondente a oito reuniões anuais; c) O pagamento da assessoria técnica à CPEE, nos termos do n.º 3 do artigo 69.º -F do Estatuto da Câmara dos Solicitadores; d) O pagamento da entidade externa e independente em relação à Câmara dos Solicitadores e à Ordem dos Advogados, designada pela CPEE, nos termos dos n.º s 5 e 13 do artigo 118.º do Estatuto da Câmara dos Solicitadores, até ao montante máximo de 400 unidades de conta processuais. 125/152

126 39.1. DO INTEGRAL CUMPRIMENTO DAS ALÍNEAS A), B) D) E E) DO ARTIGO 2.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22 DE JULHO ALÍNEA A) DO ARTIGO 2.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22 DE JULHO Ao abrigo dos n.º s 3 e 4 do artigo 69.º-E do ECS: a) O cargo do Presidente da Comissão é equiparado a cargo de direcção superior de 1.º grau para efeitos de atribuição do correspondente estatuto remuneratório e ainda para efeitos dos artigos 41.º, 49.º e 73.º dos Estatutos das Carreiras do Pessoal Docente do Ensino Superior Politécnico, de Investigação Científica e Docente Universitária, respectivamente; b) Aos membros escolhidos pelo Presidente da Comissão é aplicável o estatuto remuneratório fixado para os cargos de duração intermédia de 1.º grau. O pagamento da remuneração base, subsídio de refeição, despesas de representação, atribuição de telefones móveis para uso oficial, abono de ajudas de custo e subsídio de transporte e outros suplementos remuneratórios devidos pelo exercício de funções pelo presidente e pelos três membros do Grupo de Gestão escolhidos pelo Presidente, respectivamente, têm ocorrido no estrito cumprimento das obrigações legais e orçamentais a que a Secretaria-Geral do Ministério da Justiça se encontra adstrita. Desde Janeiro de 2011 foram aplicados à Presidente da Comissão e bem assim aos três membros do Grupo de Gestão em funções, em exclusividade, as reduções salariais contempladas na Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro, Lei do Orçamento de Estado para ALÍNEA B) DO ARTIGO 2.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22 DE JULHO Nos termos do disposto no n.º 6 do artigo 69.º-E do ECS (na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro) os vogais no Plenário da CPEE participantes nas respectivas reuniões têm direito ao abono de senhas de presença, nos termos e condições a fixar por despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da justiça. O pagamento das senhas de presença de cada vogal participante nas reuniões do Plenário realizadas no período compreendido entre 01/04/2010 e 31/03/2011, tem ocorrido, no estrito cumprimento das obrigações legais e orçamentais a que a Secretaria-Geral do Ministério da Justiça se encontra adstrita, de acordo com a informação que tem vindo a sido prestada pela CPEE nesse sentido. 126/152

127 ALÍNEA D) DO ARTIGO 2.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22 DE JULHO Nos termos do disposto nos n.º s 5 e 13 do artigo 118.º do ECS (na redacção que lhe foi dada pelo Decreto- Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro) o exame de admissão a estágio de agente de execução (sua elaboração, definição de critérios de avaliação e avaliação) e, bem assim, a avaliação final de conclusão do estágio são actividades desenvolvidas por uma entidade externa e independente da Câmara dos Solicitadores e da Ordem dos Advogados designada para o efeito, pelo Plenário da CPEE (cfr. alínea c) do artigo 69.º-C e a) do n.º 1 do artigo 69.º-F do ECS). No âmbito do 1.º Estágio de Agente de Execução, iniciado em Fevereiro de 2010 e concluído em Abril de 2011, o pagamento à referida entidade externa da fase inicial (elaboração, realização e correcção do exame de acesso ao estágio de agente de execução) encontra-se realizado pela Secretaria-Geral do Ministério da Justiça. No âmbito do 2.º Estágio de Agente de Execução, iniciado em Março de 2011, o pagamento à referida entidade externa relativo à fase inicial (elaboração, realização e correcção do exame de acesso ao estágio de agente de execução), encontra-se realizado pela Secretaria-Geral do Ministério da Justiça, no estrito cumprimento das obrigações legais e orçamentais a que a Secretaria-Geral do Ministério da Justiça se encontra adstrita. Para mais desenvolvimentos sobre a rubrica referente à actividade desenvolvida pela entidade externa escolhida pelo Plenário da CPEE no âmbito dos 1.º e 2.º Estágios de Agente de Execução, ver os Pontos 13. a 15. da Parte II, supra A FALTA DO DESPACHO MINISTERIAL PARA RECRUTAMENTO DE TÉCNICOS - ALÍNEA C) DO ARTIGO 2.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22 DE JULHO No exercício das suas competências (em matéria disciplinar e de fiscalização), o Grupo de Gestão da CPEE pode ser assessorado por peritos ou técnicos por si escolhidos, a recrutar dentro da dotação máxima anual que for fixada por despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das Finanças e da Justiça cfr. o n.º 3 do artigo 69.º- F do ECS. A) A apresentação de proposta de orçamento ao Ministro da Justiça Em Setembro de 2009 a CPEE apresentou a Sua Excelência o Ministro da Justiça duas propostas de orçamento para a assessoria técnica do Grupo de Gestão: uma relativamente ao ano de 2009 (só possível de 127/152

128 apresentar naquela data atento o início de funcionamento da CPEE em 31/03/2009), e outra referente ao ano de 2010 (cfr. ofício da CPEE n.º 507/2009, de 07/09/2009). Nessa sequência, relativamente à assessoria técnica do Grupo de Gestão para o ano de 2009, a proposta de ,00 foi integralmente aceite, tendo sido publicado o Despacho n.º 386/2010, de 7 de Janeiro. Já no respeitante ao ano de 2010, e até à data de aprovação do presente Relatório Anual de Actividades (17/05/2011) não foi publicado o Despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das Finanças e da Justiça a que se refere o n.º 3 do artigo 69.º- F do ECS, relativamente à assessoria técnica do Grupo de Gestão da CPEE para o ano de Relativamente ao ano de 2010 acresce ainda que a 14/05/2010 foi novamente solicitada a emissão do despacho conjunto relativo ao mesmo ano (cfr. ofício da CPEE n.º 1323/2010, de 14/05/2010). Nesta ocasião foi realçado que o aumento exponencial do número de queixas recebidas pelo Grupo de Gestão acerca da actividade dos agentes de execução, aliada a todo o acervo de competências legais a cargo do Grupo de Gestão, devendo ser determinada a atribuição de um valor superior ao solicitado em Setembro de 2009 (calculado em ,00), tendo sido actualizado o pedido para ,00 ou, tendo em conta o quadro orçamental nacional já na altura conhecido, ,00 (valor que determinaria como razoável que, como se disse de antemão, ressalvando a CPEE que não poderia assegurar a realização de todos os objectivos não prioritários). A 08/09/2010 a CPEE solicitou novamente a emissão do despacho referente ao ano de 2010 (cfr. ofício da CPEE n.º 2176/2010, de 08/09/2010), realçando a urgência do mesmo. No dia 01/10/2010, a Presidente da CPEE foi recebida em audiência concedida por S. Exa. o Ministro da Justiça, onde foi referida esta matéria e a importância da dotação orçamental para o exercício de competências legais da CPEE, mas esta pretensão, referente ao ano de 2010, aguarda ainda a prolação do competente despacho ministerial. No concernente ao ano de 2011 importará destacar que a CPEE remeteu já a S. Exa. o Ministro da Justiça a competente e fundamentada proposta de emissão de despacho conjunto, tendo em vista a atribuição de ,00 (cfr. ofício da CPEE n.º 2176/2010, de 08/09/2010). Importará notar que, apesar da trajectória fortemente ascendente em matéria de número de queixas recebidas (só no 1.º trimestre do ano de 2011 o Grupo de Gestão da CPEE recebeu mais de 60% das queixas que 128/152

129 recebeu durante todo o ano de 2010), o valor não foi ainda revisto pela CPEE, atenta a situação política e financeira nacional. Relativamente ao ano de 2011 aguarda-se ainda a prolação do competente despacho ministerial. B) Delimitação das competências disciplinares da CPEE Atento o disposto no Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro, conjugado com o Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22 de Julho, e ainda com o Regulamento Interno de Funcionamento da CPEE, as competências em matéria disciplinar da Comissão, adstritas e exclusivas do Grupo de Gestão, são as seguintes: - Instruir os processos disciplinares de agentes de execução; - Aplicar as penas disciplinares aos agentes de execução; - Destituir agentes de execução com fundamento em actuação processual dolosa ou negligente ou em violação grave de dever que lhes seja imposto, nos termos do n.º 6 do artigo 808.º do CPC; - Proceder a inspecções e fiscalizações aos agentes de execução; - Nomear agentes de execução para integrar as comissões de fiscalização e designar a entidade externa responsável pelas fiscalizações e inspecções bienais previstas no artigo 131.º do ECS; - Instaurar de imediato processo disciplinar no caso de se verificar falta de provisão em qualquer conta-cliente ou se houver existência de indícios de irregularidade na respectiva movimentação, nos termos do n.º 1 do artigo 125.º do ECS; - No caso referido no parágrafo anterior, determinar as medidas cautelares que considere necessárias, podendo ordenar a suspensão preventiva de agente de execução, designando outro agente de execução que assuma a responsabilidade das execuções em curso e a gestão das contas-clientes, nos termos do n.º 2 do artigo 125.º do ECS; - Assegurar todos os procedimentos necessários no caso de substituição de agente de execução decorrente de processo disciplinar, de destituição do agente de execução pelos fundamentos constantes da alínea c) ou de outra decisão da Comissão; - Instaurar processo disciplinar sempre que o relatório elaborado pelo agente de execução substituto acerca da situação das execuções, com os respectivos acertos de contas, indicie a existência de irregularidades, nos termos do n.º 5 do artigo 129.º do ECS. C) O aumento exponencial do número de queixas entradas na CPEE No início da actividade da CPEE as queixas/ participações apresentadas sobre a actividade dos agentes de execução eram dirigidas aos órgãos da Câmara dos Solicitadores, os quais as remetiam para a CPEE, por ser 129/152

130 este o órgão competente para a sua análise e apreciação, nos termos do Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro. Paulatinamente, no decurso do ano de 2009 e à medida que ia sendo divulgada a sua competência disciplinar e de fiscalização dos agentes de execução (e sobretudo após a disponibilização no sítio da Comissão na Internet do formulário Queixa Electrónica ), as queixas começaram a ser enviadas directamente para a Comissão. No período compreendido entre o dia 31/03/2009 e o dia 31/03/2011, a CPEE registou um aumento das suas actividades, induzida pelo incremento das queixas e participações apresentadas perante esta Comissão, o que origina um aumento do número de procedimentos de apreciação liminar e, consequente e eventualmente, do número de processos disciplinares. Tal subida obteve uma importante consolidação ao longo de todo o ano de 2010, alcançando o seu expoente máximo no 1.º trimestre de 2011, sendo disso claramente demonstrativo o seguinte quadro: 200 EVOLUÇÃO N.º DE QUEIXAS ENTRADAS POR MÊS NA CPEE - 2.º ANO DE ACTIVIDADDE FIG EVOLUÇÃO DO N.º DE QUEIXAS ENTRADAS NA CPEE NO 2.º ANO DE ACTIVIDADE Assim, se durante o 1.º ano de actividade entraram na CPEE 71 (setenta e uma) queixas/participações, já no período de 01/01/2010 a 31/12/2010 esse número alcançou as 409 (quatrocentas e nove), e no 1.º trimestre de 2011 deram entrada na CPEE mais de 300 (trezentas) trezentas queixas. 130/152

131 Mais se diga que à data da elaboração do presente relatório, a CPEE tinha recebido através do formulário Queixa Electrónica um total de 190 queixas, sendo que desde 01/04/2010 até 31/03/2011 entraram 114 queixas electrónicas via formulário disponível no site da CPEE em Ora, podendo este aumento resultar da crescente divulgação da CPEE e das suas competências, designadamente em matéria disciplinar, e de um maior conhecimento, por parte dos operadores judiciários e do cidadão em geral, do formulário de Queixa Electrónica, disponibilizado no sítio da CPEE na Internet, não restam dúvidas de que tais números são um factor de preocupação a diferentes níveis, designadamente: a) Pela necessidade de atender a um conjunto de potenciais ilícitos que carecem de adequada apreciação e eventual actuação; b) Pela elevada pendência que a falta de dotação de meios em 2010 significou, aliada aao agravamento da situação no que ao ano de 2011 respeita. O crescimento do número de queixas/participações, como foi já reportado no Relatório de Actividades da CPEE de , faz perigar a celeridade na tramitação dos processos em curso na CPEE, atendendo, por um lado, ao acervo de competências legais cometidas ao Grupo de Gestão da Comissão, as quais assumem um carácter muito técnico e com especificidades que exigem um tratamento próprio e, por outro lado, ao escasso número de membros que compõe o Grupo de Gestão, manifestamente reduzido para fazer face ao trabalho subjacente ao exercício com qualidade, eficiência e celeridade das respectivas competências legais, mormente a instrução dos processos disciplinares - os quais nascem na sequência de queixas/participações, pelo que se verifica ser urgente e premente dotar o Grupo de Gestão da CPEE, no ano de 2010, dos peritos e técnicos que venham a ser designados por este órgão para prestar uma assessoria aos respectivos membros, tendo em vista o seguinte: a) Assegurar a célere e eficiente capacidade de resposta do Grupo de Gestão da CPEE, através do aumento de recursos humanos; - Dotar o Grupo de Gestão da CPEE dos conhecimentos técnicos específicos necessários à apreciação e decisão de aspectos particulares, indispensáveis ao exercício de algumas das suas competências (são necessários conhecimentos de contabilidade e de Direito Fiscal para apurar da contabilidade organizada dos agentes de execução, dever estatutário previsto no artigo 123.º/1/g) do ECS, ou para analisar as duas contas-clientes de cada agente de execução, uma conta-cliente dos exequentes e uma conta-cliente dos executados, ao abrigo do artigo 124.º do ECS). A projecção da situação que é vivida desde 2010 em termos de falta de emissão do despacho ministerial fica evidenciada nalguns números que são apresentados neste relatório, sendo de destacar os números referentes a 131/152

132 processos disciplinares em curso, processos a cargo de cada membro do Grupo de Gestão da CPEE que se encontra em exclusividade, e o de queixas/participações por apreciar. À semelhança do que ocorreu no decurso do ano de 2009, a CPEE aguarda a emissão do despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da justiça para os anos de 2010 e 2011, não sendo demais realçar que a falta de emissão de tal despacho coloca em causa o normal funcionamento desta Comissão, colocando também muito seriamente em crise a obtenção dos resultados para que a mesma foi criada O ACESSO AO SISTEMA INFORMÁTICO CITIUS, SEM PERFIL PRÓPRIO O Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro, criou em Portugal o processo executivo electrónico, e a CPEE como parte integrante, como órgão público de coordenação ao nível do Plenário, e órgão de execução que pode promover a destituição de agentes de execução nos processo instaurados após o dia 31/03/2009, e como órgão disciplinar e de fiscalização, ao nível do Grupo de Gestão, devendo assim comunicar com os outros operadores judiciários de forma igualmente electrónica. Aliás, a Portaria n.º 331.º-B/2009, de 30 de Março, definiu a utilização intensiva de comunicação por meios electrónicos entre os diferentes operadores do sistema (mandatários judiciais, agentes de execução e a CPEE) através dos respectivos sistemas informáticos CITIUS e SISAAE, tendo em vista a transparência da prática dos actos, a celeridade e a eficiência do processo executivo. Na medida em que o único acesso ao CITIUS que o Ministério da Justiça concedeu à CPEE em Janeiro de 2010 se concretizou apenas por equiparação ao habitualmente concedido aos mandatários judiciais das partes do processo, não pode a CPEE executar as suas decisões directamente na aplicação informática CITIUS, incumprindo-se assim o Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro, e da Portaria n.º 331-B/2009, de 30 de Março. Em Julho de 2010, o Plenário da CPEE emitiu as suas recomendações sobre a eficácia das execuções, em especial, a necessidade de se realizar o desenvolvimento informático necessário à criação do Perfil próprio da CPEE no CITIUS, aguardando-se a efectiva concretização da mesma. 132/152

133 40. OS ENCARGOS FINANCEIROS DA RESPONSABILIDADE DA CÂMARA DOS SOLICITADORES DO INTEGRAL CUMPRIMENTO DAS ALÍNEAS D), E) E G) DO ARTIGO 3.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22 DE JULHO ALÍNEA D) DO ARTIGO 3.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22 DE JULHO De acordo com a repartição dos encargos financeiros estipulada pelo Decreto-Lei n.º 165/2009 e no período compreendido entre 01/04/2010 a 31/03/2011 a Câmara dos Solicitadores tem cumprido com a sua obrigação legal de suporte dos encargos da CPEE inerentes às despesas de funcionamento para o exercício da sua actividade, designadamente, assistência técnico-informática, material administrativo, telecomunicações, correio, electricidade, água, serviços de limpeza, entre outras ALÍNEA E) DO ARTIGO 3.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22 DE JULHO Os encargos com a sede da CPEE encontram-se igualmente no âmbito das responsabilidades legais e financeiras da Câmara dos Solicitadores, tendo a mesma sido cumprida no período em análise, à semelhança do que tem vido a ocorrer desde Abril de No entanto, será de realçar que, atendendo ao aumento exponencial de arquivo físico existente na sede da CPEE, decorrente do efectivo exercício transversal a todas as competências acometidas à CPEE e ao espaço exíguo a que a actual sede da CPEE se tornou para o acervo de competências a que se encontra incumbida, urge solucionar o problema da falta de condições físicas para a continuação da prossecução dos objectivos legais e estratégicos da CPEE, sob pena de a actual sede se tornar um problema que afectará o normal funcionamento da própria Comissão para a Eficácia das Execuções ALÍNEA G) DO ARTIGO 3.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22 DE JULHO O fundo de maneio da CPEE, no valor máximo de anuais, é destinado a suportar, de imediato, despesas ocasionais e de pequeno montante relativas aos encargos referidos em todas as alíneas do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22 de Julho, e foi integralmente disponibilizado à CPEE em Janeiro de 2011, tendo por referência o ano de /152

134 As contas da CPEE relativas às despesas efectuadas com recurso ao fundo de maneio do ano de 2010 foram comunicadas ao Plenário da CPEE, aquando da realização da 16.ª Reunião do Plenário, realizada em 18/01/2011, não tendo as mesmas sido questionadas por nenhum dos membros presentes A FALTA DE INSTALAÇÃO DA APLICAÇÃO INFORMÁTICA PARA TRAMITAÇÃO DOS PROCESSOS DISCIPLINARES E DE FISCALIZAÇÃO - ALÍNEA A) DO ARTIGO 3.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22 DE JULHO Prevê a alínea a) do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22 de Julho, o seguinte: "(n)os termos do n.º 3 do artigo 127.º do Estatuto da Câmara dos Solicitadores, o saldo remanescente da caixa de compensações suporta os seguintes encargos: a) Encargos com as aplicações informáticas necessárias à tramitação electrónica e ao tratamento estatístico dos processos disciplinares". Tendo em vista a aplicação desta norma legal, em Agosto de 2009 a CPEE elaborou todo o Workflow/ Fluxograma da tramitação electrónica dos procedimentos de apreciação liminar e de processo disciplinar prevista na Lei, traduzida numa aplicação informática, designadamente mediante a transposição das minutas recolhida naqueles manuais, atenta a elevada relevância que tal aplicação terá para efeitos de eficiência do desempenho da acção disciplinar da CPEE. Aliás, o recurso à tramitação electrónica do processo disciplinar ficou consagrado como um meio para atingir o Objectivo I do Programa de Acção para o triénio 2009/2012, ou seja, desenvolver a E-CPEE, tendo em vista a redução do tempo médio das apreciações liminares e dos processos disciplinares, a desburocratização dos meios de comunicação, definindo, com total transparência, o ponto de situação relativamente a cada processo, e assegurando uma redução em termos de custos administrativos/financeiros de contexto. Em Novembro de 2009 a CPEE enviou à Câmara dos Solicitadores (cfr. ofício da CPEE n.º 718/2009, de 05/11/2009), para os efeitos do disposto nas alíneas a) e b) do artigo 3.º do referido Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22 de Julho, na medida em que mediante toda a documentação respeitante ao desenvolvimento e implementação das aplicações informáticas necessárias à tramitação electrónica e ao tratamento estatístico dos processos disciplinares e de fiscalização elaborada pela CPEE, e bem assim documentos respeitantes à contratação dos serviços de desenvolvimento e implementação de tais aplicações informáticas, de acordo com as disposições aplicáveis do CCP, a saber: - Minuta de Convite à Apresentação de Proposta; - Minuta de Caderno de Encargos e respectivos anexos que dele fazem parte integrante, designadamente o projecto de Fluxograma de tramitação dos processos disciplinares. 134/152

135 Até à presente data a CPEE aguarda uma resposta formal da parte da Câmara dos Solicitadores ao ofício da CPEE n.º 718/2009, de 05/11/2009 ou, o início da sua implementação, tendo no entanto no passado dia 05/05/2011 decorrido na CPEE uma reunião com a Câmara dos Solicitadores, durante a qual o Vogal da CPEE nomeado em Janeiro de 2011 pelo Presidente da Câmara dos Solicitadores, Dr. Armando A. Oliveira (na decorrência das eleições realizadas nesta associação pública em Dezembro de 2010, e da mudança em relação aos anteriores dirigentes), informado que na sequência da recepção do Fluxograma em Janeiro de 2011, estaria o assunto a ser analisado para efeitos de implementação, dado tratar-se de uma ferramenta electrónica da maior relevância A FALTA DE PAGAMENTO DOS ENCARGOS COM AS FISCALIZAÇÕES (EM JANEIRO DE 2011: COMPROMISSO DE PAGAMENTO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO FISCALIZADORES DA CPEE, QUANTO AO ANO DE 2010) - ALÍNEA B) DO ARTIGO 3.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22 DE JULHO A alínea b) do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22 de Julho, conjugado com o n.º 3 do artigo 127.º do ECS, estatui que o saldo remanescente da Caixa de Compensações suporta os encargos com as fiscalizações donde se extrai que esta competência é da CS, não se encontrando fixado qualquer montante ou limite para os mesmos. Entre o ano de 2009 e até Junho de 2010, as fiscalizações foram efectuadas pelos Membros do Grupo de Gestão da CPEE, sem encargos para a Câmara dos Solicitadores, tendo a partir desta data sido constituídas Comissões de Fiscalização integrando Agentes de Execução da Bolsa de Fiscalizadores da CPEE, que foi entretanto constituída. Refira-se que atendendo a que a CPEE não recebeu qualquer resposta ao pedido de financiamento (orçamento) em relação ao ano de 2010, apresentado em finais de 2009 junto da CS, e uma vez que não tinham sido dispendidos pela CS quaisquer montantes relativos a tais encargos, no início de Março de 2011, a CPEE apresentou à CS uma proposta de financiamento para o ano de 2011, de acordo com os citados normativos e nos seguintes termos (cfr. ofício da CPEE n.º 500/2011, de 4 de Março): Para o ano de 2011 a CPEE previu a realização de: a) Fiscalização ordinária electrónica de todos os Agentes de Execução (estimada em cerca de 1500); b)fiscalização Ordinária Presencial de 150 agentes de execução; c) Fiscalização Extraordinária Presencial de 50 agentes de execução, (Total de 954 agentes de execução (o universo é 1005 agentes de execução, porque terá de se contar com mais 300 novos agentes de execução que previsivelmente entrarão no mercado em Abril de 2011, com o final do 1.º Estágio de Agente de Execução, subtraindo os 51 já fiscalizados pela CPEE). Se fizermos a previsão dos custos efectivos de cada Comissão de Fiscalização constituída, no máximo, por 3 fiscalizadores, chegamos ao total de ,00, correspondente a (cada fiscalização) X 200 agentes de execução. Se a remuneração de cada fiscalizador for de 50 /hora (à semelhança do valor fixado para efeitos de formação), e em cada 135/152

136 fiscalização cada um demorar 8h, isso significa que a remuneração dos fiscalizadores em cada fiscalização custará 1200 ( 400x3), à qual acrescem as despesas de deslocação de cada fiscalizador (média de 300, correspondente a 100x3). Assim, teremos um total de ( x 200 agentes de execução). Haverá ainda que aditar as despesas de deslocação inerentes a uma deslocação de uma comissão de fiscalização aos arquipélagos dos Açores e da Madeira, valor calculado em: 3420 [1800 (300 euros de viagem aérea X 3 fiscalizadores X 2 deslocações - Açores e Madeira) (3 noites de hotel em ambos os casos, assim permitindo abranger os diferentes AE's dos arquipélagos: cerca de 90 euros por quarto X 3 fiscalizadores X 2 deslocações X 3 noites - Açores e Madeira)]. O n.º 3 do artigo 127.º do ECS prevê que a caixa de compensações suporte o pagamento dos serviços de fiscalização, pelo que das 200 fiscalizações a realizar serão elaborados 200 relatórios de fiscalização, para cuja elaboração e análise serão necessários técnicos. Se a remuneração de cada técnico for de 20/hora, e cada técnico analisar 200 relatórios, serão necessários 5 técnicos. Se cada técnico demorar 8 horas em cada relatório, o custo total com técnicos ascenderá a ( 160 X 200). O n.º 2 do artigo 131.º do ECS prevê a possibilidade de a comissão de fiscalização ser assessorada por profissionais especializados, pelo que se das 200 comissões de fiscalização, 100 necessitarem de assessoria a indicar pela própria Comissão de Fiscalização para análise de aspectos específicos, como a contabilidade, e prevendo um custo de 30/hora para o trabalho do assessor, o custo total seria de (100 x 120), se cada assessor gastar 4 horas a assessorar cada comissão de fiscalização. Quanto ao início do Projecto "Fiscalização - Liquidação das Contas-Cliente (FLC), estimamos que o recurso a profissionais em auditoria seja mais eficaz (para não deixar os processo executivos parados) e resulte na efectiva liquidação das contas-cliente. Para tanto será necessário a contratação pública de uma consultora externa, cujo valor, em estimativa de mercado, poderá ascender a ,00. Sendo de salientar que ainda não foram liquidadas as remunerações devidas aos fiscalizadores membros da Bolsa de Fiscalizadores da CPEE referentes às fiscalizações realizadas em 2010 e respectivas despesas Em suma, o custo estimado pela CPEE ascendia ao total de ,00 (seiscentos mil, quinhentos e quarenta euros). No dia 05/05/2011, realizou-se na sede da CPEE uma reunião com a Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço. o Membro do Grupo de Gestão da CPEE, Dr. António Delicado, o Presidente da CS, Agente de Execução Dr. José Carlos Resende, o Vogal do Plenário da CPEE em representação da CS, Agente de Execução Dr. Armando Oliveira, o Presidente do CEAE, Agente de Execução Dr. Carlos de Matos, e o Secretário-Geral da CS, Dr. Luís Goes. Nesta reunião foram referidos vários tópicos pendentes da CPEE junto da CS, designadamente o financiamento das fiscalizações, aguardando a CPEE a deliberação da CS sobre o pedido de financiamento (orçamento) fixado em matéria de encargos com as fiscalizações, para que, pelo menos no 3.º ano de exercício, o Grupo de Gestão da CPEE possa finalmente ter o apoio financeiro previsto na lei. Ademais, em cumprimento do n.º 1 do artigo 131.º do ECS, de acordo com o estabelecido no Manual de Procedimentos de Fiscalização 2009/2010 e com o Manual de Procedimentos de Fiscalização 2011/2012, atendendo às Comissões de Fiscalização constituídas pela CPEE e às fiscalizações realizadas, à ausência de informação sobre o orçamento adstrito à CPEE para este efeito, e ainda atendendo a que os encargos das fiscalizações são suportados, nos termos da alínea b) do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 20 de Julho, sendo a 136/152

137 gestão da Caixa de Compensações da responsabilidade da Câmara dos Solicitadores, normativo que deve ainda ser conjugado, com as devidas adaptações com os artigos 10.º e 11.º do Regulamento de Fiscalizações (Regulamento n.º 176/2006, de 21 de Setembro, aplicável por força do n.º 2 do artigo 131.º do ECS (na ausência de aprovação de outro regulamento de fiscalizações por parte do Conselho Geral da CS), a CPEE tem submetido todas as despesas e perdas de rendimentos apresentadas pelos Agentes de Execução Fiscalizadores da CPEE e Membros da Bolsa de Fiscalizadores, referentes às fiscalizações realizadas no ano de 2010 e também em 2011, após apreciação e votação favorável pela CPEE, à CS, tendo em vista o respectivo ressarcimento A INSUFICIÊNCIA DO SECRETARIADO - ALÍNEA C) DO ARTIGO 3.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22 DE JULHO Entre Maio de 2009 e Agosto de 2010, a actividade da CPEE assentou numa única funcionária administrativa. Após reiterados pedidos, em especial através do ofício da CPEE n.º 1550/2010, de 29 de Junho, no qual se solicitava a afectação de 3 funcionárias para integrar o secretariado, baseando-se no acervo de competências legais e de expediente, a CS admitiu mais uma funcionária. Entre Agosto de 2010 e a data de aprovação do presente relatório, repete-se, a CPEE aguarda a autorização de financiamento pela CS tendo em vista proceder ao recrutamento necessário à selecção de dois funcionários para o exercício de funções no secretariado de um órgão disciplinar e de fiscalização independente da CS, como é a CPEE, pedido de financiamento reiterado através do ofício da CPEE n.º 500/2011, de 4 de Março. O aumento de responsabilidade por parte do secretariado da CPEE, que implica um recrutamento rigoroso pela mesma, é acompanhado pelo aumento exponencial de expediente, sendo de salientar os seguintes dados (entregues aos representantes da CS na reunião que teve lugar na CPEE no dia 05/05/2011): a) Entre o dia 01/01/2010 e o dia 05/05/2010 TOTAL: ofícios: n.º de registo de entradas; n.º de registo de saídas; b) Entre o dia 01/01/2010 e o dia 31/12/2010 TOTAL: (quase ofícios): total de entradas em 31/12/2010; total de saídas em 31/12/2010. c) Entre o dia 01/01/2011 e o dia 05/05/2011 TOTAL: (quase 3.000), ou seja, quase metade do n.º total no ano de n.º de registo de entradas n.º de registo de saídas. 137/152

138 40.5. A FALTA DE MATERIAL INFORMATIVO E DE DIVULGAÇÃO DA CPEE - ALÍNEA F) DO ARTIGO 2.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22 DE JULHO Ainda no âmbito da repartição de encargos financeiros entre as entidades financiadoras da CPEE, nos termos do disposto na alínea f) do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22 de Julho, incumbe à Câmara dos Solicitadores suportar "Encargos com material informativo e de divulgação" da CPEE. No ano de 2009 e 1.º trimestre de 2010 foi promovida pela CS e pela DGPJ a efectiva distribuição de alguns exemplares dos cartazes de divulgação da actividade da CPEE, por Tribunais Judiciais e Conservatórias de Registo Comercial e Predial. No entanto, em dois anos de actividade da CPEE não foram publicados, nem distribuídas os documentos elaborados pela Comissão para a Eficácia das Execuções que são de toda a relevância para formação dos agentes de execução e publicitação da actividade desenvolvida pela CPEE, a saber: - Manual de Procedimentos de Fiscalização 2009/2010; - Manual de Procedimentos de Fiscalização 2011/2012; - Manual de Procedimentos de Apreciação Liminar e de Processo Disciplinar 2009/2010; - Conclusões da 1.ª Conferência Internacional "Promover a Eficácia das Execuções"; - Relatório Anual de Actividades da CPEE 2009/2010; - Recomendações da CPEE sobre a eficácia das execuções e a formação dos agentes de execução 2009/2010; Não obstante a inexistência de publicações promovidas pela CS, através de edição impressa, a CPEE procedeu à divulgação de todas as suas publicações, através da sua publicitação no seu sítio na Internet A FALTA DE ACESSO AO SISAAE Desde o dia 09/04/2010 que é possível a consulta da CPEE ao SISAAE, através de perfil/password que lhe foram atribuídos pela Câmara dos Solicitadores, tendo os membros do Grupo de Gestão recebido um Manual e tido formação sobre este acesso. Em face da formação que os membros do Grupo de Gestão da CPEE tiveram deste acesso ao SISAAE a partir da referida data, a utilização do SISAAE permitiu-lhes uma maior percepção do funcionamento do 138/152

139 mesmo e ainda o conhecimento oficioso da existência de falhas de comunicações electrónicas entre o CITIUS e o SISAAE. Contudo esta consulta é limitada, não permite visualizar a totalidade dos processos executivos distribuídos a cada Agente de Execução, nem permite visualizar especificidades de cada processo judicial executivo ou declarativo, consoante campos que estão disponíveis para os Agentes de Execução, mas não se encontram disponíveis para a CPEE. Acresce ainda referir que a CPEE também não tem acesso ao SISAAE para executar as suas deliberações nem para comunicar com os Agentes de Execução, não obstante tal acesso ter sido por diversas vezes solicitado à Câmara dos Solicitadores, e na reunião ocorrida na CPEE em 22/03/2011 com a presença de representantes da Câmara dos Solicitadores e do Grupo de Gestão da CPEE, tendo sido também abordado este tema, e a Câmara dos Solicitadores assumido o compromisso de fornecer à CPEE os acessos ao SISAAE até Maio de 2011, contudo, até ao presente, a CPEE não recebeu tais acessos, nem qualquer informação adicional atinente aos mesmos. 139/152

140 PARTE VII CONCLUSÕES No final do segundo ano de funcionamento, aquando da apresentação das actividades desenvolvidas quer pelo Plenário, quer pelo Grupo de Gestão, importa verificar, como primeiro balanço, o cumprimento do exercício de auto-responsabilização que consta do Programa de Acção da CPEE Importará analisar, por referência a cada um dos três objectivos definidos no mesmo, as medidas concretas, tendo em vista os resultados a atingir fixados, que já foram realizadas e aquelas que ainda terão de ser colocadas em prática durante a vigência do Programa de Acção (triénio ). 41. OBJECTIVO I Atenta a actividade desenvolvida pela CPEE neste segundo ano de actividades, importa agora verificar, no âmbito do Objectivo I da actividade da CPEE Promover a eficácia das execuções: celeridade e eficiência, através do processo electrónico, os resultados que neste segundo ano de funcionamento da Comissão já foram alcançados. No que se refere às medidas já implementadas no segundo ano de funcionamento, no âmbito do Resultado a atingir I.1. A melhoria da eficácia através da participação de todos os intervenientes na Justiça (cfr. Programa de Acção e Linhas de Orientação da CPEE ) elencam-se as seguintes: Preparar o relatório anual de actividades da CPEE, com discussão e aprovação pelo Plenário, com base nos dados obtidos através da monitorização da acção executiva, quanto a intervenções/alterações legislativas entendidas como justificadas; Implementar metodologias de recolha de dados tendo em vista a emissão de recomendações sobre a eficácia das execuções, aproveitando o contributo de todos os membros do Plenário da CPEE; Estabelecer acordos de colaboração e protocolos de cooperação com todas as entidades que possam promover a eficácia das execuções (refira-se, designadamente, o celebrado com o Colégio de Especialidade dos Agentes de Execução). Como medidas ainda a implementar durante a vigência do actual Programa de Acção e Linhas de Orientação da CPEE , no que se refere ao Resultado a atingir I.1. A melhoria da eficácia através da participação de todos os intervenientes na Justiça elencam-se as seguintes: Continuar a promover a celeridade processual através de pedidos de esclarecimentos e informações às entidades competentes sempre que o processo se encontrar parado por causas imputáveis às mesmas; 140/152

141 Continuar a emitir pareceres e sugestões quanto a actos legislativos e regulamentares (mediante sugestão do legislador e a título espontâneo sempre que a matéria o justifique); Continuar a emitir recomendações sobre a eficácia das execuções; Publicar um Manual de Boas Práticas, beneficiando da presença na CPEE do Conselho Superior de Magistratura, dos representantes dos membros do governo com as pastas das Finanças, da Justiça e do Trabalho e Segurança Social, da Câmara dos Solicitadores, da Ordem dos Advogados, do Presidente do Conselho de Especialidade de Agentes de Execução, dos utentes da Justiça e dos representantes das confederações com assento na Comissão Permanente de Concertação Social do Conselho Económico e Social; Divulgar/Publicar os resultados da implementação da simplificação da acção executiva (tempo de demora dos actos, número de participações de agentes de execução, número de agentes de execução livremente destituídos pelo exequente, tempo médio da execução desde a sua entrada até à sua extinção, número de adesões aos planos de pagamento, etc.); Monitorizar periodicamente a acção executiva, aproveitando o contributo de cada um dos membros da CPEE, e a análise de conjunto que daí resulta; Recolher os dados necessários à análise anual pelo Plenário das execuções iniciadas, findas e paradas; Continuar a cooperar com a CEPEJ e a UIHJ tendo em vista a promoção da eficácia das execuções em Portugal. No que se refere às medidas já implementadas no segundo ano de funcionamento, no âmbito do Resultado a atingir I.2. Aumentar a qualidade e a exigência da formação inicial e contínua dos agentes de execução (Cfr. Programa de Acção e Linhas de Orientação da CPEE ) elencam-se as seguintes: Preparar os documentos e realizar as diligências para a emissão de recomendações sobre a formação dos agentes de execução. Ainda a implementar durante a vigência do actual Programa de Acção e Linhas de Orientação da CPEE , e por referência ao Resultado a atingir I.2. Aumentar a qualidade e a exigência da formação inicial e contínua dos agentes de execução elencam-se as seguintes: Preparar os documentos e realizar as diligências necessárias à divulgação/publicação dos resultados da implementação da simplificação da acção executiva (tempo de demora dos actos, número de participações de agentes de execução, número de agentes de execução livremente destituídos pelo exequente, tempo médio da execução desde a sua entrada até à sua extinção, número de adesões aos planos de pagamento, etc.); 141/152

142 Notificar os agentes de execução, de forma automática e electrónica, sempre que o processo executivo estiver parado mais de 40 dias; Continuar a cooperar com a CEPEJ e a UIHJ tendo em vista a dignificação da profissão de Agente de Execução enquanto profissional liberal sujeito a um rigoroso estatuto público, de molde a que actue no estrito cumprimento da lei, com imparcialidade e isenção, assegurando o equilíbrio entre as garantias processuais das partes. 42. OBJECTIVO II Atenta a actividade desenvolvida pela CPEE neste segundo ano de actividades, importa agora verificar, no âmbito do Objectivo II da actividade da CPEE Contribuir para o aumento do nível de formação técnica e deontológica dos agentes de execução, reforçando a sua disciplina e promovendo a dinamização do E-Agente de Execução, os resultados a atingir, neste segundo ano de funcionamento da Comissão, já foram os seguintes: Como medidas já implementadas no segundo ano de funcionamento, no que se refere ao Resultado a atingir II.1. Aumentar a transparência da actividade, a qualidade e a exigência da formação inicial e contínua dos agentes de execução (Cfr. Programa de Acção e Linhas de Orientação da CPEE ) elencam-se as seguintes: Continuação da divulgação das Perguntas Frequentes (FAQ) acerca da CPEE, e de Perguntas Frequentes (FAQ) acerca da Acção Executiva em e ainda do "Manual de Perguntas e Respostas sobre a Acção Executiva" que foi elaborado pela DGPJ e pela CPEE; Divulgação em das informações referentes ao 1.º e 2.º estágio de agentes de execução; Continuando a estabelecer intercâmbios de informação em mediante a divulgação das actividades desenvolvidas no estrangeiro, designadamente pela CEPEJ - Comissão Europeia para a Eficácia da Justiça (CEPEJ) - e pelos Huissiers de Justice, mormente pela União Internacional dos Huissiers de Justice, das participações da Presidente da Comissão em conferências de cariz nacionais e internacional e bem assim de opiniões e relatórios importantes relacionados com a actividade das referidas entidades e da CPEE, divulgando estudos de direito comparado com base na troca de experiência e informação; Emitindo parecer acerca da reinscrição ou registo como agente de execução; Decidindo os pedidos dos agentes de execução de suspensão de aceitar novos processos; decidindo os pedidos de escusa, os impedimentos e suspeições dos agentes de execução; Promovendo acções de formação contínuas, apoiadas, acompanhadas e eventualmente participadas por elementos da CPEE; 142/152

143 Organizando acções de formação e conferências que contem com a presença de representantes de entidades nacionais e internacionais homólogas à CPEE e à Câmara dos Solicitadores, reforçando a cooperação internacional com entidades homólogas da CPEE ou que partilham os mesmos objectivos. Como medidas já implementadas no segundo ano de funcionamento, no que se refere ao Resultado a atingir II.2. Melhoria do grau de cumprimento da lei, das normas éticas, deontológicas e disciplinares pelos agentes de execução (Cfr. Programa de Acção e Linhas de Orientação da CPEE ) destacam-se as seguintes: Início da revisão do Manual de Procedimentos de Apreciação Liminar e de Processo Disciplinar 2009/2010 e revisão do Manual de Procedimentos de Fiscalização 2011/2012, referentes aos processos disciplinares, às fiscalizações e inspecções, visando a melhoria do grau de cumprimento da lei, das normas éticas, deontológicas e disciplinares pelos Agentes de Execução; Disponibilização dos Manuais revistos em e ainda um conjunto de informações úteis para o desempenho da actividade do agente de execução, exigindo-lhes o cumprimento das condições organizativas que garantam qualidade, transparência e modernidade no desempenho da sua actividade; e ainda a observância de padrões de elevada integridade e zeloso cumprimento dos deveres deontológicos e estatutários; possibilitando, desta forma, a prevenção do cometimento pelo agente de execução de infracções disciplinares no exercício da sua actividade. Como medidas ainda a implementar durante a vigência do actual Programa de Acção e Linhas de Orientação da CPEE , no que se refere ao Resultado a atingir II.2. Melhoria do grau de cumprimento da lei, das normas éticas, deontológicas e disciplinares pelos agentes de execução, elenca-se a seguinte: Elaboração e divulgação pela CPEE de um Manual de Boas Práticas/ de Conduta/ de um Código de Ética, cuja elaboração está a iniciar-se. No que se refere às medidas já implementadas no segundo ano de funcionamento, no âmbito do Resultado a atingir II.3. Detecção e punição em tempo útil do incumprimento das normas legais e estatutárias pelo agente de execução, e sua eficiente fiscalização e inspecção (cfr. Programa de Acção e Linhas de Orientação da CPEE ) elencam-se as seguintes: A revisão do Manual de Procedimentos de Fiscalização 2009/20101 (existe já a nova versão 2011/2012), e a aplicação prática dos mesmos permitiram a detecção e punição em tempo útil do incumprimento das normas legais e estatutárias pelo agente de execução, e sua eficiente fiscalização e inspecção (investigando, identificando, e decidindo com celeridade quando haja indícios da prática de infracções disciplinares, aplicando as sanções adequadas; 143/152

144 Do funcionamento da Bolsa de Fiscalizadores / inspectores da CPEE prevista no Manual de Procedimentos de Fiscalização, que, com a colaboração dos Agentes de Execução, permite dar cumprimento aos Planos de Fiscalização Ordinária e Extraordinária previstos no Manual; Mediante a continuação da divulgação das FAQ sobre as suas competências e ainda sobre a acção executiva, em a CPEE fomentou o conhecimento pelos cidadãos e pelas empresas da sua actividade e da actividade do agente de execução. Como medidas ainda a implementar durante a vigência do actual Programa de Acção e Linhas de Orientação da CPEE , no que se refere ao Resultado a atingir II.3. Detecção e punição em tempo útil do incumprimento das normas legais e estatutárias pelo agente de execução elencam-se as seguintes: A revisão do Manual de Procedimentos de Apreciação Liminar e de Processo Disciplinar (em curso), de forma a permitir uma análise da aplicação prática do mesmo e um estudo tendo em vista a adopção de mecanismos de detecção de actuação processual dolosa ou negligente ou violação grave de dever estatutário do agente de execução, assegurando-se a sua destituição no processo executivo em causa, e a realização das diligências necessárias à imediata designação de outro agente de execução; A implementação do Workflow/ Fluxograma já projectado pela CPEE, promovendo a desmaterialização dos procedimentos de decisão das competências da CPEE e assegurando ao agente de execução um processo disciplinar mais célere, no âmbito de uma aplicação informática eficaz, que permita a comunicação electrónica entre a CPEE; A continuação da divulgação em com carácter regular, das violações da lei detectadas e as sanções disciplinares aplicadas (cuja publicidade se encontre prevista); No que se refere às medidas já implementadas no segundo ano de funcionamento, no âmbito do Resultado a atingir II.4. E-Agente de Execução (Cfr. Programa de Acção e Linhas de Orientação da CPEE ) elencam-se as seguintes Como medidas ainda a implementar durante a vigência do actual Programa de Acção e Linhas de Orientação da CPEE , no que se refere ao Resultado a atingir II.4. E-Agente de Execução elencam-se as seguintes: A implementação do Workflow/ Fluxograma já projectado pela CPEE, tendo em vista a desmaterialização dos processos disciplinares e das fiscalizações e a correspondente desmaterialização dos procedimentos de decisão das competências da CPEE; A possibilidade da CPEE comunicar com os Agentes de Execução através do SISAAE, enviando notificações electrónicas através deste sistema; A participação da CPEE em acções de formação sobre o SISAAE tendo em vista a sua promoção e incentivar a respectiva utilização junto dos agentes de execução. 144/152

145 43. OBJECTIVO III Atenta a actividade desenvolvida pela CPEE neste segundo ano de actividade, importa agora verificar, no âmbito do Objectivo III da actividade da CPEE Assegurar a divulgação da CPEE e promover a sua actuação através de meios electrónicos (E-CPEE), tornando-a o elo de ligação entre os operadores judiciários, os cidadãos e as empresas, os resultados a atingir que, neste segundo ano de funcionamento da Comissão, foram cumpridos. Neste segundo ano de funcionamento a CPEE, na qualidade de órgão novo ao serviço da Justiça, procurou orientar a sua actuação, fazendo um esforço no sentido de divulgação e aproximação da CPEE aos operadores judiciários (maxime, os agentes de execução) e aos cidadãos e empresas, para que estes possam dirigir-se à CPEE sempre que entendam conveniente e constituindo um canal de comunicação entre a CPEE e os utentes da Justiça e o tecido económico, visando a credibilização da Justiça e a solução dos problemas que se colocam na tramitação processual e que podem afectar os direitos dos cidadãos. Reflexo dos nossos esforços e do interesse crescente da matéria (até ao nível do memorando de entendimento celebrado entre o Governo Português e a troika BCE-Comissão-FMI), temos sabido beneficiar com a exposição pública da actividade da Comissão, assim permitindo melhor atingir o objectivo traçado. Como medidas já implementadas no segundo ano de funcionamento, no que se refere ao Resultado a atingir III.1. Promover a E-CPEE e a sua divulgação (Cfr. Programa de Acção e Linhas de Orientação da CPEE ) elencam-se as seguintes: Manutenção e melhorias no sítio da CPEE na Internet -, através do qual se faz a divulgação da actividade da CPEE, de forma transparente, designadamente, a publicitação do calendário das reuniões e deliberações da CPEE, de documentos relevantes elaborados pela Comissão no exercício da sua actividade, de acontecimentos com especial relevo para esta área; Manutenção em de uma área de acesso restrito aos membros do Plenário da CPEE para acompanhamento dos trabalhos da CPEE; Manutenção em de uma área de acesso restrito aos membros do Grupo de Gestão da CPEE, para acompanhamento dos trabalhos da CPEE; Continuação da publicitação do Regulamento Interno de Funcionamento da CPEE em Divulgação da CPEE através da sua participação em conferências, seminários e outros eventos. 145/152

146 Como medidas ainda a implementar durante a vigência do actual Programa de Acção e Linhas de Orientação da CPEE , no que se refere ao Resultado a atingir III.1. Promover a E-CPEE e a sua divulgação elenca-se a seguinte: Divulgação da CPEE mediante pequeno anúncio radiofónico e/ou televisivo. No que se refere às medidas já implementadas no segundo ano de funcionamento, no âmbito do Resultado a atingir III.2. Reforçar o elo de ligação entre a CPEE, os cidadãos e as empresas (Cfr. Programa de Acção e Linhas de Orientação da CPEE ) elencam-se as seguintes: Continuar a divulgar em informação relevante para os cidadãos e as empresas, numa linguagem clara (sem a complexidade própria da linguagem técnico-jurídica), como sejam as respostas a FAQ acerca da CPEE e a FAQ acerca da Acção Executiva; Elaborar e aprovar a revisão do manual de procedimentos referente às fiscalizações e inspecções. Como medidas ainda a implementar durante a vigência do actual Programa de Acção e Linhas de Orientação da CPEE , no que se refere ao Resultado a atingir III.2. Reforçar o elo de ligação entre a CPEE, os cidadãos e as empresas elenca-se a seguinte: Promover/realizar sessões de debate periódicas, fechadas e abertas ao público, visando abarcar as diferentes sensibilidades e preocupações daqueles que são representados pelos membros do Plenário da CPEE incentivar a efectiva participação e divulgação desses eventos através de cada membro do Plenário, consoante os temas e o público-alvo em causa; Realizar inquéritos periódicos aos utentes da acção executiva (particulares e profissionais do foro), para avaliar o grau de satisfação quanto ao novo sistema de execuções; Realizar inquéritos periódicos aos utentes da acção executiva (particulares e profissionais do foro), para avaliar o grau de satisfação em relação à actividade desempenhada pelo agente de execução. 146/152

147 44. A SUSPENSÃO DA FISCALIZAÇÃO ORDINÁRIA DOS AGENTES DE EXECUÇÃO PELA CPEE DEVIDO À INSTAURAÇÃO DE 2 PROVIDÊNCIAS CAUTELARES CONTRA A CPEE PELA CÂMARA DOS SOLICITADORES (E IMPROCEDÊNCIA DAS PROVIDÊNCIAS) Ao abrigo da sua competência legal, própria e exclusiva, de fiscalização de todos os Agentes de Execução, o Grupo de Gestão da CPEE por deliberação de dia 20/05/2010, tomada por unanimidade, iniciou a fiscalização ordinária de todos os agentes de execução, através da combinação das três modalidades: fiscalização presencial, fiscalização por cooperação e fiscalização desmaterializada (à distância), obrigação legal de periodicidade, aliás, no mínimo bienal, como previsto no artigo 131.º do ECS, cumprindo-se os critérios plasmados no Manual de Procedimentos de Fiscalização da CPEE 2009/2010. Em complemento, o Grupo de Gestão da CPEE deliberou na sua reunião ordinária de 01/07/2010 que no âmbito da fiscalização ordinária de todos os Agentes de Execução ainda não fiscalizados pela CPEE, fosse dada prioridade à execução das diligências necessárias à fiscalização ordinária nas modalidades de fiscalização desmaterializada/online e de fiscalização por cooperação (ambas à distância), sem prejuízo de se iniciar, de acordo com a disponibilidade de agenda dos membros do Grupo de Gestão, a fiscalização ordinária, na modalidade de fiscalização presencial, aos agentes seleccionados de forma aleatória, com recurso aos seguintes critérios plasmados no Manual de Procedimentos de Fiscalização da CPEE ordem alfabética do nome profissional e agrupamento de escritórios por área geográfica/comarca, atenta a localização da CPEE em Lisboa. Por maioria de razão, a apreciação casuística da CPEE deve ser aceite quando, havendo vinculação legal (somente o artigo 131.º do ECS o faz, no que respeita à periodicidade bienal da realização de fiscalizações na modalidade ordinária, sem especificar a sua forma e critérios de início), inexista norma legal expressa que impeça determinada decisão. Assim, atendendo às competências legais que lhe estão cometidas, ao abrigo das deliberações do Grupo de Gestão anteriormente referidas e do Manual de Procedimentos de Fiscalização da CPEE 2009/2010, a CPEE iniciou o Processo de Fiscalização Ordinária de todos os agentes de execução, na modalidade de Fiscalização Presencial e à distância, por cooperação e conjugando todas as modalidades. No entanto, em 08/09/2010 a CPEE foi notificada da providência cautelar requerida pela CS e por um Agente de Execução, Processo que correu termos na 5.ª Unidade Orgânica do Tribunal Administrativo de Lisboa, sob o n.º 1810/10.6BELSB. Atendendo ao efeito suspensivo da eficácia das deliberações da CPEE, em consequência da apresentação da referida Providência Cautelar, nos termos da 1.ª parte, do n.º 1, do artigo 128.º do CPTA, o Grupo de Gestão da CPEE deliberou na sua reunião ordinária de 09/09/2010, por unanimidade, aprovar a Resolução 147/152

148 Fundamentada, a qual permitia a manutenção da eficácia das deliberações da CPEE de dias 20/05/2010 e 01/07/2010, ao abrigo do disposto na parte final do n.º 1 do mesmo artigo 128.º do CPTA e, consequentemente, a prossecução da actividade de fiscalização ordinária dos Agentes de Execução pela CPEE, incluindo a fiscalização ordinária do Requerente e as demais fiscalizações ordinárias presenciais agendadas. A Resolução Fundamentada permitiu a fiscalização presencial de um Agente de Execução em 09/09/2010, tendo, contudo, a posteriori, o juiz do processo considerado que não era imprescindível a manutenção da actividade de fiscalização atenta a celeridade das providências cautelares, despacho do qual a CPEE interpôs recurso, ainda em curso. Ademais a CPEE, contando com patrocínio jurídico de uma Técnica Superior Jurista da Direcção de Serviços Jurídicos e de Contencioso da Secretaria-Geral do Ministério da Justiça, Mestre Ana Maria Peralta, designada para representar a Comissão, deduziu a sua oposição à providência; não obstante, esta manteve-se pendente em tribunal, impossibilitando a CPEE de realizar a fiscalização ordinária, na forma presencial dos Agentes de Execução, entre aquela data e o dia 30/11/2010, data em que a CPEE tomou conhecimento da sentença que considerou a providência cautelar improcedente. Em 14/09/2010 a CPEE foi notificada do decretamento da suspensão da eficácia das deliberações da CPEE relativas à fiscalização ordinária, na forma presencial, no âmbito de uma outra providência cautelar (2.ª) requerida pela CS e por outro Agente de Execução, Processo que correu termos na 3.ª Unidade Orgânica do Tribunal Administrativo de Lisboa, sob o n.º 1886/10.6BELSB. A esta providência a CPEE reagiu solicitando o levantamento da providência (pedido que foi indeferido) e deduzindo a sua oposição à providência; não obstante, esta manteve-se pendente em tribunal, impossibilitando a CPEE de realizar a fiscalização ordinária dos Agentes de Execução, entre aquela data e o dia 11/12/2010, data em que a CPEE tomou conhecimento da sentença que considerou a providência cautelar improcedente. Por força da instauração das referidas providências cautelares contra a CPEE, pela CS, e dos efeitos requeridos no seu âmbito e melhor descritos supra, toda a actividade de fiscalização da CPEE, na modalidade ordinária e na forma presencial foi inviabilizada, tendo sido dado sem efeito todo o agendamento realizado e notificado, e ficou suspensa, só tendo sido retomada no início de 2011 após decisões de improcedência das duas providências, razão pela qual, em finais de 2010, ocorreu um planeamento das fiscalizações que só vieram a ser realizadas no 1.º trimestre de 2011, como se comprova pelos quadros seguintes: 148/152

149 34% 66% PLANEADAS REALIZADAS FIG FISCALIZAÇÕES PLANEADAS E REALIZADAS ENTRE 31/03/2010 E 31/12/2010 9% EXTRAORDINÁRIAS 91% ORDINÁRIAS FIG MODALIDADE DE DAS FISCALIZAÇÕES REALIZADAS EM 2010 (PERCENTUAL) 45. A URGENTE NECESSIDADE DE APOIO FINANCEIRO À CPEE PELO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E PELA CÂMARA DOS SOLICITADORES Por um lado, e como acima ficou referido (no ponto 39.2 do presente Relatório, para o qual se remete, no exercício das suas competências, em matéria disciplinar e de fiscalização) o Grupo de Gestão da CPEE pode ser assessorado por peritos ou técnicos por si escolhidos, a recrutar dentro da dotação máxima anual que for fixada por despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das Finanças e da Justiça cfr. o n.º 3 do artigo 69.º- F do ECS. Através do Despacho n.º 386/2010, de 7 de Janeiro, que determinou a atribuição de ,00, foi assegurada a assessoria técnica do Grupo de Gestão da CPEE para o ano de /152

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