Necessidades educacionais especiais. Luciana Andrade Rodrigues UNISEB COC
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- Stéphanie Salgado Macedo
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1 Necessidades educacionais especiais Luciana Andrade Rodrigues UNISEB COC
2 CONTEUDO - Conceitos; - Atendimentos Educacionais Especializados; - Surdez e L2;
3 OBJETIVOS - Mostrar a importância da LS e da LP escrita; - Discutir a inclusão dos surdos.
4 [...]na inclusão sugere uma imagem de uma escola em movimento, em constante transformação e construção, de enriquecimento pelas diferenças. (BRASIL,2004,p.14)
5 Surdos usam a língua de sinais para se comunicar, para eles a fala e a audição não tem função. E deficientes auditivos (DA) são aqueles que com um AASI podem reconhecer as palavras pelo som e a fala e a audição tem função. Isto faz toda diferença para a educação. (visão socio-antropológica)
6 Por não haver o feedback via audição, pelos surdos, torna-se muito difícil a compreensão do mecanismo do Português, nos moldes tradicionais da escola, principalmente para aqueles que possuem perda severa e profunda. Constata- se, desta forma, através do uso de metodologias equivocadas, um expressivo fracasso escolar, por parte dos alunos com surdez.
7 Surdez leve: perda auditiva de até 40 db. Essa perda impede a percepção perfeita de todos os fonemas da palavra, mas não impede a aquisição normal da linguagem. Pode, no entanto, causar algum problema articulatório ou dificuldade na leitura e/ou escrita. Surdez moderada: perda auditiva entre 40 e 70 db. Esses limites se encontram no nível da percepção da palavra, sendo necessário uma voz de certa intensidade para que seja claramente percebida. Esse aluno apresenta maior dificuldade de discriminação auditiva em ambientes ruidosos. Ele identifica as palavras mais significativas, mas tem dificuldade na compreensão de certos termos de relação e/ou frases gramaticais complexas.
8 Surdez severa: perda auditiva entre 70 e 90 db. Essa perda permite a identificação de alguns ruídos familiares e apenas a percepção da voz de timbre mais forte. A compreensão verbal vai depender da utilização da percepção visual e da observação do contexto das situações. Surdez profunda: perda auditiva superior a 90 db. Essa perda é muito grave e pode privar o indivíduo da percepção e identificação da voz humana, impedindo-o de adquirir naturalmente a linguagem oral.
9 Vídeo SOU SURDO E NÃO SABIA
10 LÍNGUAS DE SINAIS - As línguas de sinais são línguas naturais como as línguas orais; - Sugiram espontaneamente da interação entre pessoas; - Sua estrutura permitem a expressão de qualquer conceito - descritivo, emotivo, racional, literal, metafórico, concreto, abstrato - enfim, permitem a expressão de qualquer significado decorrente da necessidade comunicativa e expressiva do ser humano. - Línguas de Sinais distintas, pois estas sofrem influência cultural e também sofrem reflexos do meio onde se desenvolvem, portanto existem muitas línguas de sinais como: a Francesa, Chilena, Japonesa, Americana, Espanhola, Inglesa, Urubus-Kaapor (indígena), entre outras.
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13 LO= AUDITIVO E ORAL DIFERENÇA LS= VISUAL E ESPECIAL
14 BILINGUISMO 1ª língua/ materna para o surdo: Língua de Sinais e a 2ª passa a ser a Língua Portuguesa. Criança surda é exposta as duas línguas na escola.
15 ESTUDOS DE CASOS F, de 18 anos: Surdez profunda congênita. Os atendimentos fonoaudiológicos iniciados tardiamente, entre 4/5 anos. A escolarização iniciou-se aos 8 anos, tendo esta freqüentado a escola especial por quatro anos. Aos 12 ingressou na escola regular de ensino. Ambas as escolas - especial e regular - filosofia educacional para surdos o Oralismo. Vejamos a transcrição de um texto escrito em forma de bilhete, como seria seu dia escolar na segunda-feira. Porque Amanhã todo já trabalho mais hora rápido 6 FLAVIANA Assim você corre para junto só uma bom Professora Feliz rir falou amigo tem papel cada muito gosta de Deus Flaviana não aluno falou acabou aluno já casa rápido
16 B. de 15 anos. Surdez profunda adquirida, Meningite Meningocócica contraída aos 12 meses de idade. Todas as fonoaudiólogas que atenderam B. eram adeptas do Oralismo, tendo o aluno conhecido a língua de sinais anos depois, através do contato com surdos adultos. Sua escolarização formal iniciou-se em uma escola especial, aos 4 anos, no modelo da Comunicação Total. Aos 11 anos ingressou na escola regular de ensino, onde as metodologias utilizadas representavam um misto do Oralismo com a Comunicação Total (e ainda representam, pois o aluno continua na mesma escola).
17 Oi tudo bom L. Eu sou muito feliz você. Espírito Santo visitar sua vida. Deus dar sua dons própria surdo mundo. Quando L. chegou igreja. Você viu dois surdo B.-D. Verdade. Passado muito difícil para mim Por causas. Não tem interpretas. Agora Deus prepara já começou Graça Deus. Eu te amo L. realidade. Eu nunca esqueça Você Por que amo Verdade. Toque Silêncio amo você Abaçou pra L. Beijo Boca.
18 K. de 10 anos. Surdez severa à profunda congênita, Rubéola contraída. A aluna freqüenta o atendimento fonoaudiológico desde a descoberta da surdez. Ensino especial por quatro anos, especificamente dos 5 aos 9 anos, sendo transição do Oralismo para a Comunicação Total. Ingressou em uma escola regular que tem se empenhado no sentido de promover um ensino voltado para o Bilingüismo. O primeiro é uma produção de texto na escola regular. Esta foi feita com base em leitura de imagem e uma incentivação escrita como pretexto. Este outro texto foi produzido após dez meses de freqüência de K. no ensino regular e se trata de uma produção feita a partir de imagens ordenadas pela própria aluna. Era uma ves um jacaré com conversar. Veio muito veio. A tartaruga estava com Triste. O jacaré começou Fala igual O Bico Do papagaio muito levado.o jacaré pediu De sculpa.
19 Este outro texto foi produzido após dez meses de freqüência de K. no ensino regular e se trata de uma produção feita a partir de imagens ordenadas pela própria aluna. A pescaria. O Alex foi pescar peixe na lagoa. O menino ficou alegre porque pescou um peixe muito bonito e grande. Ele assou o peixe para comer. O peixe estava muito gostoso!
20 O SURDO E A L2 1) Durante muito tempo se acreditou que o sujeito surdo só poderia ter acesso à lingua(gem) oral ou escrita se fosse submetido a treinos de fala realizados em clínicas ou em escolas. 2) Mais recentemente, porém os surdos têm sido vistos como parte de minorias e o processo de aquisição do português por esse grupo de alunos tem sido rediscutido e as dificuldades que têm com a língua portuguesa são apontadas como problemas comuns às minorias lingüísticas.
21 A relação entre oralidade e escrita: problemas para aquisição de L2 pelos surdos. - Parte-se do conhecimento prévio da criança sobre a língua portuguesa, explorando-se a oralidade: narrativas, piadas, parlendas, trava-línguas, rimas, etc.. (surdo) - Não há conhecimento prévio internalizado; a criança não estrutura narrativas orais e desconhece o universo folclórico da oralidade.
22 - O alfabeto é introduzido relacionando-se as letras às palavras do universo da criança: nomes, objetos da sala de aula, brinquedos, frutas etc. Ex.: A da abelha, B da bola, O do ovo... (para o aluno surdo) - Impossibilidade de estabelecer relações letra x som; a criança desconhece o léxico (vocabulário) da língua portuguesa, já que no ambiente familiar sua comunicação restringe-se aos gestos naturais ou caseiros (na ausência da língua de sinais).
23 -As sílabas iniciais ou finais das palavras são destacadas para a constituição da consciência fonológica e a percepção que a palavra tem uma reorganização interna (letras e sílabas). (para o aluno surdo) -A percepção de sílabas não ocorre já que a palavra é percebida por suas propriedades visuais (ortográficas) e não auditivas. -A leitura se processa de forma linear e sintética (da parte para o todo); ao pronunciar seqüências silábicas, a criança busca a relação entre as imagens acústicas internalizadas e as unidades de significado (palavras). (para o aluno surdo) - A leitura se processa de forma simultânea e analítica (do todo para o todo); a palavra é vista como uma unidade compacta; na ausência de imagens acústicas que lhes confiram significado, as palavras são memorizadas mecanicamente, sem sentido.
24 Texto O médico procurar o algodão é escondido. O médico está achando o algodão muito espertos. (C.R. - 2ª série)
25 Texto reestruturado O médico procurou o algodão. O algodão estava escondido. O médico achou o algodão. Como o médico é esperto!
26 Vídeo Na sua estante...pitty
27 ATIVIDADES Como as imagens e textos a seguir podem ser trabalhados em sala de aula com surdos incluídos?
28 GEOGRAFIA
29 HISTORIA
30 LINGUA PORTUGUESA A Pessoa Errada Pensando bem, em tudo o que a gente vê, e vivencia, e ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente. Existe uma pessoa, que se você for parar pra pensar, é na verdade, a pessoa errada. Porque a pessoa certa faz tudo certinho: chega na hora certa, fala as coisas certas, faz as coisas certas.mas nem sempre precisamos das coisas certas. Aí é a hora de procurar a pessoa errada. A pessoa errada te faz perder a cabeça, fazer loucuras, perder a hora, morrer de amor. A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar, que é para na hora que vocês se encontrarem a entrega seja muito mais verdadeira.a pessoa errada, é na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa. Essa pessoa vai te fazer chorar, mas uma hora depois vai estar enxugando suas lagrimas, essa pessoa vai tirar seu sono, mas vai te dar em troca uma inesquecível noite de amor. Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado, mas vai estar toda a vida esperando você.
31 A pessoa errada tem que aparecer para todo mundo, porque a vida não é certa, nada aqui é certo. O certo mesmo é que temos que viver cada momento, cada segundo amando, sorrindo, chorando, pensando, agindo, querendo e conseguindo. Só assim, é possível chegar aquele momento do dia em que a gente diz: "Graças a Deus, deu tudo certo!", quando na verdade, tudo o que Ele quer, é que a gente encontre a pessoa errada, Para que as coisas comecem a realmente funcionar direito prá gente. Nossa missão: Compreender o universo de cada ser humano, respeitar as diferenças, brindar as descobertas, buscar a evolução. Luis Fernando Veríssimo
32 MÚSICA Mais que a mim- Ana Carolina e Maria Gadu
33 Ouvi dizer que você tá bem que já tem um outro alguém Encontrei moedas pelo chão Mas não vi ninguém pra me abraçar me dar a mão Eu chorei sem disfarçar Quando vi seu carro passar Vi todo o amor que em mim ainda não passou Eu já não sei bem aonde vou Mas agora eu vou. Tentei falar mas você não soube ouvir Tente admitir! Tentei voltar e pude ver o quanto errei Te amei mais que a mim, bem mais que a mim. Ouvi dizer que você tá bem que já tem um outro alguém Encontrei moedas pelo chão Mas não vi ninguém pra me abraçar me dar a mão Eu chorei sem disfarçar quando vi seu carro passar Vi todo o amor que em mim ainda não passou Eu já não sei bem aonde vou Mas agora eu vou. Tentei falar mas você não soube ouvir Tente admitir! Tentei voltar e pude ver o quanto errei Te amei mais que a mim, bem mais que a mim. É, mais que a mim.
34 REFERENCIAS BRASIL. Saberes e práticas da inclusão : desenvolvendo competências para o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos surdos. [2. ed.] / coordenação geral SEESP/MEC. - Brasília : MEC, Secretaria de Educação Especial, QUADROS,R.M. Educação de surdos:efeitos de modalidade e práticas pedagógicas.temas em Educação Especial IV,EDUFSCar, Educação de surdos: a aquisição da linguagem. Porto Alegre:Artes Médicas, RODRIGUES,L.A.Educação Inclusiva: Princípios e Práticas.LIBRAS.Módulo 5.1,Faculdade Interativa COC,2007,
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