UNIOESTE PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO ASSESSORIA DE LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL CURSOS SEQÜENCIAIS
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- Sarah Martini Caiado
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1 UNIOESTE PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO ASSESSORIA DE LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL CURSOS SEQÜENCIAIS (...)Presentemente, a universidade funciona como uma série de tubos. O aluno que entra pelo tubo odontológico sai ejetado dentista e o que entra pelo tubo do Direito sai ejetado advogado. E nenhum aluno tem, de fato, convivência, coexistência com outro(...). As universidades de todo o mundo formam milhares de especialistas, porque, sendo universidades abertas, o aluno compõe o seu próprio currículo.essa adoção, do ensino por seqüência, seria o grande passo à frente da universidade brasileira. (...) 1 Darcy Ribeiro PREVISÃO LEGAL Art. 44, I, da Lei n.º 9.394/96 (LDB) Art. 44. A educação superior abrangerá os seguintes cursos e programas: I - cursos seqüenciais por campo de saber, de diferentes níveis de abrangência, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos pelas instituições de ensino; (...) DISPOSITIVOS CONEXOS - LDB Art. 47 as IES devem informar, antes de cada período letivo, programas de cursos e demais componentes curriculares, sua duração, requisitos, qualificação dos professores, recursos disponíveis e critérios de avaliação, obrigando-se a cumprir as respectivas condições.(ver: Portaria MEC n.º 971/97 Catálogo) Art. 50 quando da ocorrência de vagas, as IES abrirão matrículas nas disciplinas de seus cursos a alunos não regulares que demonstrarem capacidade de cursá-las com proveito mediante processo seletivo prévio. A lei torna OBRIGATÓRIA, portanto, a abertura de matrícula em disciplinas nas quais haja vaga. Indica, assim, um dos meios pelos quais poder-se-á materializar a oferta de uma das modalidades de cursos seqüenciais: os superiores de complementação de estudos com destinação individual, que serão propostos por candidatos interessados em seguir disciplinas que configurem um campo de saber e nas quais haja vaga em curso de graduação reconhecido. LEI , DE 9 DE JANEIRO DE Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências. (Publicada no Diário Oficial da União de 10 de janeiro de 2001, Seção 1, p.1) Ver: Capítulo II NÍVEIS DE ENSINO, B EDUCAÇÃO SUPERIOR, 4 EDUCAÇÃO SUPERIOR, 4.3 Objetivos e Metas item Diversificar a oferta de ensino, incentivando a criação de cursos noturnos com propostas inovadoras, de cursos seqüenciais e de cursos modulares, com a certificação, permitindo maior flexibilidade na formação e ampliação da oferta de ensino. [grifei] 1 RIBEIRO, Darcy.A Lei da Educação: pronunciamento no Senado Federal em , projeto de lei de Diretrizes e Bases da Educação. Brasília : Senado Federal, Centro Gráfico, 1992.
2 REGULAMENTAÇÃO/Sistema Federal de Ensino 2 Ministério da Educação Portaria n.º 514, de 22 de março de Dispõe sobre a oferta e acesso a cursos seqüenciais de ensino superior. (DOU, 23 de março de Seção 1, p. 100.) Portaria n.º 612, de 12 de abril de Dispõe sobre a autorização e o reconhecimento de cursos seqüenciais de ensino superior. (DOU, 13 de abril de Seção 1, p.7) Conselho Nacional de Educação Resolução CES n.º 1, de 27 de janeiro de Dispõe sobre os cursos seqüenciais de educação superior, nos termos do art. 44 da Lei 9.394/96. (DOU, 3 de fevereiro de Seção 1, p. 13.) Parecer CES n.º 968, de 17 de dezembro de Retificação do Parecer CES 672/98, tratando de Cursos Seqüenciais no Ensino Superior. (Homologado pelo Ministro da Educação em 22 de dezembro de 1998) Parecer CES n.º 672, de 1º de outubro de Cursos Seqüenciais no Ensino Superior. Parecer CES n.º 670, de 6 de novembro de Cursos Seqüenciais no Ensino Superior. PARA ENTENDER A REGULAMENTAÇÃO Promulgada a Lei n.º 9.394, a Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação iniciou estudos que resultaram em pareceres com vistas à regulamentação de dispositivos do novo diploma legal. Um destes pareceres, o de n.º 670/97, tratava dos cursos seqüenciais no ensino superior (...). Aprovado em novembro de 1997, e encaminhado à homologação do Ministro da Educação,(...) posteriormente foi devolvido para reexame pela CES. Foi então elaborado o Parecer n.º 672/98, que ampliou e melhor explicitou o escopo dos cursos seqüenciais, baseando-se amplamente naquele de n.º 670/97. Posteriormente, alguns conselheiros apresentaram ponderações referentes à implementação dos cursos seqüenciais, o que recomendou a retificação do Parecer n.º 672/98. (...) (Extraído do Parecer CES/CNE n.º 968/98) CONSELHOS PROFISSIONAIS CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA Resolução n.º 380, de 21 de maio de Dispõe sobre a impossibilidade de inscrição dos portadores de Certificados ou Diplomas de Cursos Seqüenciais e Tecnólogos e dá outras providências. (DOU 8/7/2002, Seção 1, p. 258) CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA Resolução n.º 448, de 22 de setembro Dispõe sobre o registro dos cursos seqüenciais de formação específica e de seus egressos nos Creas e dá outras providências. (DOU 13/10/00, Seção 1, p. 185) CONSELHO FEDERAL DE ADMINISTRAÇÃO Resolução Normativa CFA n.º 226, de 13 de agosto de Dispõe sobre o Registro Especial nos CRAs, dos diplomados em Cursos Seqüenciais de Ensino Superior de Formação Específica, com Destinação Coletiva na área de Administração e outras consideradas conexas. (REVOGADA pela Resolução Normativa CFA n.º 240, de 7/8/00. DOU 14/8/00, Seção 1, p. 27) 2 Compreende as instituições mantidas pela União, as instituições de educação superior criadas e mantidas pela iniciativa privada, e os órgãos federais de educação (art. 16 da LDB).
3 REGULAMENTAÇÃO/Sistemas Estaduais Conselho Estadual de Educação/Santa Catarina RESOLUÇÃO Nº 001/2001, de 6 de fevereiro de Fixa normas para o funcionamento da Educação Superior, no Sistema Estadual de Educação de Santa Catarina e adota outras providências. (Cursos seqüenciais - arts. 27 a 31.) Disponível em: Conselho Estadual de Educação/Bahia RESOLUÇÃO CEE Nº 143/2000, de 21 de agosto de Dispõe sobre os Cursos Seqüenciais de Educação Superior no Sistema de Educação do Estado da Bahia. Disponível em: Conselho Estadual de Educação/São Paulo DELIBERAÇÃO CEE Nº 07/99, de 27 de outubro de Fixa normas para a oferta de Cursos Seqüenciais por Campo de Saber. (Homologada por Res. SE de 19/11/99, publicada no DOE em 02/12/99, Seção 1, p. 08) Disponível em: ########################################################################## CENSO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2000 Cursos Seqüenciais Presenciais e a Distância Cursos Seqüenciais de Formação Específica Instituições Total/Brasil Federais Estaduais Municipais Privadas Número de cursos Vagas oferecidas Candidatos inscritos Ingressos Matrículas em 30/4/ Concluintes em Fonte: INEP/MEC (Censo da Educação Superior 2000/Sinopse Estatística) Unioeste/PRG/ALE/MCF (Unioeste/PRG/ALE - Maria Cecília Ferreira/set.2002)
4 (...)Prisioneira de sua arrogância de construtora de um mundo sempre caminhando para ser melhor e mais belo, mais livre, a universidade ignorou que ela pode ser a construtora de um mundo trágico. No lugar da beleza, da verdade, da bondade, da igualdade, a universidade pode ser um instrumento da construção de uma humanidade partida, entre aqueles que têm acesso aos benefícios das técnicas e do conhecimento que ela cria, e as massas excluídas. Se continuar neste rumo, dentro de algumas décadas, a universidade terá sido um dos mais importantes instrumentos da ruptura da humanidade em dois tipos diferentes de seres humanos, uma ruptura da própria espécie dos seres humanos, em duas espécies distintas, construídas pelos economistas, pelos biólogos, pelos engenheiros, pelos psicólogos, pelos próprios filósofos formados na universidade.(...) Universidade Permanente: Gestão do Conhecimento para Atualização Profissional, Informação Tecnológica e Educação Superior 3 Cristovam Buarque e Ivônio Barros Nunes CURSOS SEQÜENCIAIS POR CAMPO DE SABER Alternativa de formação superior para quem não deseja ingressar em um curso de graduação. 4 Conjunto de atividades sistemáticas de formação, alternativas ou complementares aos cursos de graduação, em que o aluno, após ter concluído o ensino médio, poderá ampliar os seus conhecimentos ou a sua qualificação profissional, freqüentando o ensino superior. Podem ser feitos antes, ao mesmo tempo ou depois de um curso de graduação. Definidos por campo de saber (cf. Parecer CES/CNE n.º 968/98), enquanto os cursos de graduação são oferecidos por áreas do conhecimento e suas habilitações Os cursos seqüenciais, com diferentes níveis de abrangência, destinam-se à obtenção ou atualização: I - de qualificações técnicas, profissionais ou acadêmicas; II - de horizontes intelectuais em campos das ciências, das humanidades e das artes. Os campos de saber dos cursos seqüenciais terão abrangência definida em cada caso, sempre desenhando uma lógica interna e podendo compreender: a) parte de uma ou mais das áreas fundamentais do conhecimento; ou b) parte de uma ou mais das aplicações técnicas ou profissionais das áreas fundamentais do conhecimento. 3 Curso ministrado na sede da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior/Abmes, Brasília, 11-12/9/01. Íntegra do texto disponível em: 4 Ver: "Declaração Mundial sobre a Educação Superior no Século XXI: Visão e Ação", Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Conferência Mundial sobre a Educação Superior - Paris, 5 a 9/10/98 (arts. 8 e 9)
5 As áreas fundamentais do conhecimento compreendem as ciências matemáticas, físicas, químicas e biológicas, as geociências, as ciências humanas, a filosofia, as letras e as artes. A denominação dos cursos seqüenciais deve diferir das denominações dos cursos regulares de graduação e das carreiras de nível superior que tenham exercício profissional regulamentado. Não se admite, portanto, a oferta de Curso Seqüencial de Administração ou de Curso Seqüencial de Jornalismo. Exemplos de denominações válidas para cursos seqüenciais: Curso Seqüencial de Administração de RH para Pequenas Empresas, ou então Curso Seqüencial de Editoração Eletrônica de Textos. Cursos seqüenciais não conferem titulação equivalente ao bacharel, licenciado, formação específica (médico, engenheiro, etc.) ou tecnólogo 5, que são obtidos em cursos de graduação. Os estudos realizados podem, a critério da instituição, futuramente ser aproveitados pelo aluno que vier a ingressar em curso de graduação, obrigatoriamente através de processo seletivo, desde que as disciplinas aprovadas integrem e sejam equivalentes ao do currículo do curso pretendido. Tipos de Cursos Seqüenciais (a) Cursos Superiores de Formação Específica, com destinação coletiva, conduzindo a diploma Sujeitos a processos de autorização e reconhecimento com procedimentos próprios e que resguardem a qualidade do ensino, observado o disposto na Portaria MEC n.º 612/99, ressalvada, quanto à autorização, a autonomia das universidades (art. 53 da LDB) e a dos centros universitários ( 1º do art. 11 do Decreto n.º 3.860, de 9/7/01) A instituição que desejar oferecê-los deverá ter curso de graduação reconhecido pelo MEC, na área do conhecimento a que se vincula o curso seqüencial. A carga horária não poderá ser inferior a horas, a serem integralizadas em prazo nunca inferior a 400 dias letivos, nestes incluídos os estágios ou práticas profissionais ou acadêmicas, ficando a critério da instituição os limites superiores da carga horária e do prazo máximo de sua integralização. Estão dispensados de obedecer ao ano letivo regular, mas estão sujeitos às normas gerais para os cursos de graduação, tais como a verificação de freqüência e de aproveitamento. Os diplomas a que fizerem jus os aprovados serão expedidos pela IES que ministrou o curso e registrados nos termos da Resolução CES n.º 3/97. 5 Os cursos superiores de tecnologia estão atualmente inseridos no âmbito da Educação Profissional.(Ver: Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Tecnológico).
6 Dos diplomas constarão o campo de saber a que se referem os estudos realizados, a respectiva carga horária e a data da conclusão do curso, além dos seguintes dizeres: diploma de curso superior de formação específica. Acesso a concursos públicos para diplomados em cursos seqüenciais independe de regulamentação do MEC e está vinculado aos requisitos estabelecidos no edital de cada concurso. As atribuições profissionais dos egressos de cursos seqüenciais, realizados em áreas cujas profissões são regulamentadas, serão definidas pelos respectivos órgãos reguladores do exercício da profissão (Conselhos Profissionais) (b) Cursos Superiores de Complementação de Estudos, com destinação individual ou coletiva, conduzindo a certificado Os certificados de conclusão serão expedidos pela instituição que ministrou o curso. Dos certificados constarão o campo de saber a que se referem os estudos realizados, a respectiva carga horária e a data da conclusão do curso, além dos seguintes dizeres: certificado de curso superior de complementação de estudos. b.1 Cursos Superiores de Complementação de Estudos, com destinação individual Dependem da existência de vagas em disciplinas oferecidas em cursos de graduação já reconhecidos pelo MEC. Serão propostos por candidatos interessados em seguir disciplinas que configurem um campo de saber (e nas quais haja vaga em curso de graduação reconhecido). Os alunos deverão: a) atender aos requisitos de ingresso estabelecidos pela IES; b) ter sua proposta de estudo avalizada pela IES; c) cumprir os requisitos exigidos dos demais alunos matriculados nas disciplinas que vierem a seguir. Estudantes regularmente matriculados em curso de graduação reconhecido poderão, a critério da IES, ampliar sua formação mediante a realização de tais cursos, seguindo disciplinas adicionais às exigidas na graduação, desde que componham um campo de saber. b.2 Cursos Superiores de Complementação de Estudos, com destinação coletiva Podem ser criados sem prévia autorização e não estão sujeitos a reconhecimento, porém devem estar vinculados a um ou mais dos cursos de graduação reconhecidos que sejam ministrados pela IES e que incluam disciplinas afins àquelas que comporão o curso seqüencial. A proposta curricular, a respectiva carga horária e seu prazo de integralização serão estabelecidos pela instituição que os ministre. O campo de saber:
7 I estará relacionado a um ou mais dos cursos de graduação reconhecidos e ministrados pela instituição; II terá pelo menos metade de sua carga horária correspondendo a tópicos de estudo de um ou mais dos cursos referidos no item anterior. DA OFERTA (Portaria MEC n.º 514, de ) Os cursos superiores de formação específica e os cursos superiores de complementação de estudos, com destinação coletiva ou individual, serão ofertados por IES credenciadas que possuam cursos de graduação reconhecidos nas mesmas áreas de conhecimento do campo de saber dos seqüenciais a serem ofertados. Os cursos seqüenciais com destinação coletiva deverão obedecer a um projeto pedagógico próprio, explicitado nos editais de abertura de vagas. Os cursos superiores de formação específica e os cursos superiores de complementação de estudos com destinação coletiva serão oferecidos a alunos portadores de certificados de conclusão do nível médio ou superior que demonstrem capacidade para cursá-los com proveito, mediante processo seletivo estabelecido pelas IES. Os cursos superiores de complementação de estudos com destinação individual serão oferecidos exclusivamente a egressos de cursos superiores, ou a matriculados em cursos de graduação, devendo a IES explicitar esta exigência no edital de abertura de vagas. A oferta dos cursos seqüenciais somente poderá ocorrer após a devida regulamentação pelo órgão colegiado superior da instituição e, se for o caso, após o ato de autorização do MEC publicado no Diário Oficial, quando se tratar de instituições que não gozam de autonomia. As IES, além do cumprimento dos procedimentos de autorização (Portaria n.º 612/99), deverão comunicar à Secretaria de Educação Superior SESu/MEC, a abertura de cursos seqüenciais de formação específica ou de complementação de estudos com destinação coletiva. A comunicação deve ser feita previamente ao anúncio dos cursos a serem ofertados, indicando: 1. denominação do curso; 2. o curso de graduação reconhecido a cuja área se circunscreve o campo de saber do curso seqüencial proposto; 3. data de início de funcionamento, duração prevista e local onde o curso será oferecido; 4. infra-estrutura de biblioteca e laboratórios, corpo docente e grade curricular; 5. número de vagas estabelecido pelo órgão colegiado superior da instituição. (Unioeste/PRG/ALE - Maria Cecília Ferreira/set.2002)
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