SENAC SÃO PAULO UNIDADE LAPA TITO. Bruno Borges da Silva Helton de Souza Maia Marcelo Pucca Zanoelo Marcos Vinicius Guimarães
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1 i SENAC SÃO PAULO UNIDADE LAPA TITO Bruno Borges da Silva Helton de Souza Maia Marcelo Pucca Zanoelo Marcos Vinicius Guimarães Portal de Inovação: Selecionando Oportunidades e Orientando a Gestão São Paulo 2013
2 ii BRUNO BORGES DA SILVA HELTON DE SOUZA MAIA MARCELO PUCCA ZANOELO MARCOS VINICIUS GUIMARÃES Portal de Inovação: Selecionando Oportunidades e Orientando a Gestão Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro Universitário Senac Campus Lapa Tito como exigência parcial para obtenção do grau de especialista em Engenharia Web. Orientador: Profº. Drº. João Carlos Néto São Paulo 2013
3 iii S586p Silva, Bruno Borges da Portal de inovação: selecionando oportunidades e orientando a gestão / Bruno Borges da Silva; Helton de Souza Maia; Marcelo Pucca Zanoelo e Marcos Vinicius Guimarães - São Paulo, f. Orientador: Profº. Drº. João Carlos Neto Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Engenharia Web) Senac São Paulo unidade Lapa Tito, São Paulo, Inovação 2. Aplicação Web 3. Projeto de software 4. Administração I. Maia, Helton de Souza (autor) II. Zanoelo, Marcelo Pucca (autor) III. Guimarães, Marcos Vinicius (autor) IV. Título. CDD 005.1
4 iv BRUNO BORGES DA SILVA HELTON DE SOUZA MAIA MARCELO PUCCA ZANOELO MARCOS VINICIUS GUIMARÃES Portal de Inovação: Selecionando Oportunidades e Orientando a Gestão Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro Universitário Senac Campus Lapa Tito como exigência parcial para obtenção do grau de especialista em Engenharia Web. Orientador: Profº. Drº. João Carlos Néto A banca examinadora dos Trabalhos de Conclusão em sessão pública realizada em / / considerou os candidatos: 1) Examinador(a) 2) Examinador(a) 3) Presidente
5 v Dedicamos este trabalho a todos que contribuíram direta ou indiretamente em nossa formação acadêmica.
6 vi AGRADECIMENTOS Agradecemos a todos que contribuíram no decorrer desta jornada, em especial a Deus, a quem devemos nossa vida; as nossas famílias que sempre apoiaram nossos estudos e nossas escolhas; agradecemos profundamente ao nosso orientador, o Prof. Dr. João Carlos Néto, que não só nos orientou, mas também apoiou, ajudou, e incentivou; ao Prof. Msc. Luiz Carlos Vieira que nos incentivou a descobrir novas ideias e ao apoio dos professores do SENAC na elaboração deste trabalho. Agradecimento especial a minha família pelo apoio condicional, aos meus colegas de grupo pelo comprometimento e competência demonstrado e ao criador. "Porque até aqui o Senhor tem nos ajudado" (I Samuel 7:12). Bruno Borges Agradeço a Deus e Nossa Senhora Aparecida por sempre me darem forças nos desafios do dia-a-dia. Aos meus pais, Diniz e Gloria e minha namorada Keila Cristina pelo incentivo, compreensão e paciência em momentos de minha ausência durante todo curso. Helton Maia Aos meus pais, Marcos e Yolanda, e em especial a minha esposa Roberta pela enorme contribuição e paciência durante a realização deste trabalho. Marcelo Pucca Aos meus pais, Julio Cesar e Rose Leal, pelo suporte incondicional. A Andreza Coelho, por seu carinho e paciência durante todo este trabalho. Marcos Guimarães
7 vii No meio da dificuldade encontra-se a oportunidade. Albert Einstein
8 viii RESUMO Inovação é um fator determinante para o sucesso de qualquer organização, além do segredo da continuidade de qualquer negócio. Aliado ao grande potencial da Internet, que possibilita a ligação direta do cliente com o gestor, uma organização pode se beneficiar de críticas e sugestões vindas de seus colaboradores e clientes, aprimorando ainda mais a qualidade do seu negócio e se destacando de seus concorrentes. O objetivo deste trabalho é apresentar as etapas do ciclo de inovação, para que uma micro ou pequena empresa possa desenvolver o seu negócio, através de uma ferramenta que possibilite a gestão da inovação, permitindo que esse ciclo se torne contínuo e iterativo. Para a construção dessa aplicação foram empregados os conhecimentos adquiridos durante todo curso, utilizando as práticas de desenvolvimento de software e baseado nos fundamentos teóricos da pesquisa realizada, como o Manual de Oslo. Palavras-chave: Inovação, Aplicação Web, Projeto de Software, Administração.
9 ix ABSTRACT Innovation is an important factor for the success of any organization beyond the continuous' secret of business. Together the internet's potential that possibility the straight connection between customer and manager, an organization can get benefits of listening critical and suggestions from their staff and customers, improving more their business's quality and become featured among their competitors. The aim of this academic work is reveals the innovation's steps for a small and medium company to develop their business through a web tool that allows the innovation management, helping to this cycle become continuing and iterative. The knowledge acquired during this course was applied to developing of this web application, using the best practices of software's development based on researches made over this academic work like the Oslo's manual. Keywords: Innovation, Web Application, Software Design, Management.
10 x SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO Contexto Objetivos Abrangência Trabalhos Relacionados Organização do Trabalho METODOLOGIA DE PESQUISA Critérios de seleção da metodologia de pesquisa A Definição do Projeto de Pesquisa As Questões de Estudo As Proposições A Unidade de Análise A Lógica que Une os Dados às Proposições FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DA PESQUISA Entendendo a inovação Tipos de Inovação O Processo de Gestão da Inovação e suas Etapas Os Indicadores Empresariais de Inovação Instrumentos e Órgãos de Apoio à Inovação O Plano de Ação da Inovação Conhecimento Técnico Padrões Web Arquitetura de Software Arquitetura da Informação Gerenciamento de ciclo de vida da aplicação Processo de desenvolvimento ágil Testes Práticas de Engenharia de Software Seleção de técnicas e ferramentas APLICAÇÃO PRÁTICA DO CONCEITO DA PESQUISA Levantamento de requisitos Requisitos funcionais Estudo de personas... 43
11 xi Papéis Casos de uso Design de interface Sitemap Wireframe Design de interação Fluxo de Interação Padrões de projeto Modelo de arquitetura de Software (MVC) Padrões Web Avaliação de resultados ESTUDO DE CASO Estrutura Analítica Caso de Uso Sitemap Personas Framework de Interface Web design Modelo Relacional Protótipo Considerações Finais Reflexões Trabalhos futuros Conclusão REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APÊNDICE A ESTRUTURA ANALÍTICA DO PROJETO APÊNDICE B CASOS DE USO APÊNDICE C SITEMAP APÊNDICE D WEB DESIGN APÊNDICE E MODELO ENTIDADE RELACIONAMENTO APÊNDICE F PROTÓTIPO... 64
12 xii LISTA DE FIGURAS Figura Conceito de Inovação...21 Figura Estágios Rumo à Empresa Inovadora...26 Figura Dimensões do Grau de Inovação...27 Figura Ciclo de Vida da Aplicação...32 Figura Ciclo de trabalho na metodologia Scrum...35 Figura Modelo V...36 Figura Passos do TDD...37 Figura Sequência de execução da entrega contínua... 41
13 13 1 INTRODUÇÃO 1.1 Contexto O bom desempenho da economia brasileira na última década, aliados às políticas de crédito vem impulsionando a ampliação das micro e pequenas empresas (MPEs) no país e confirma a expressiva participação na estrutura produtiva nacional (SEBRAE, 2006). Na década de 2000, as micro e pequenas empresas suplantaram a barreira dos 6 milhões de estabelecimentos. Em 2000, havia 4,2 milhões de estabelecimentos, chegando em 2010 a um total de 6,1 milhões em atividade (SEBRAE, 2013). Com o crescimento das MPEs, percebe-se que o ambiente de negócios torna-se cada vez mais turbulento e dinâmico, em termos de mercados, tecnologia, impactos ecológicos, mudanças políticas, econômicas, culturais e sociais (KRUGLIANSKAS, 1996). Desta forma, é necessário que as micro e pequenas empresas desenvolvam uma estratégia para se tornarem competitivas, visto que o número de competidores/concorrentes aumenta a cada instante. Para se conseguir uma posição sustentável é preciso ter ações proativas (SERGIO, 2004). No passado, o crescimento da produtividade era determinado pelo investimento em infraestrutura e em nova capacidade instalada. Hoje a parte importante do crescimento da produtividade das principais economias e também dos países emergentes, é creditada à inovação. Nos dias atuais a inovação tornou-se ainda mais presente, em face dos novos desafios de lançamento constante de novidades para o mercado e pela rapidez em que se processa o avanço do conhecimento, em uma economia cada vez mais interdependente (MATOS et al, 2010). A inovação funciona então como uma porta para a diferenciação no mercado. A qualidade vai definir o quão longe a empresa se distanciará da concorrência e por quanto tempo, até que seja imitada. Inovar na organização das operações, criar novos processos ou formas mais baratas para fazer o mesmo produto pode ser a chave da competitividade em mercados orientados pelo preço. Criar produtos novos a parte mais visível da inovação, que apresenta uma relação de causa e efeito mais explicitada. É fácil ver quando um produto novo gera
14 14 mais vendas e ajuda a empresa a assumir liderança em determinados mercados. Porém, estas inovações icônicas são raras e frequentemente são aprimoramentos de produtos existentes já criados. Quando o Ipod foi criado, já havia no mercado outros tocadores de MP3. O Ipod só foi considerado revolucionário quando agregou a possibilidade de comprar músicas de forma individual a baixíssimo custo, através do aplicativo itunes. Antes disto tinha uma venda apenas mediana. É importante frisar que inovar requer trabalhar em todas as dimensões de um determinado produto ou serviço, nem sempre criar algo novo é o caminho (SEBRAE, 2013). 1.2 Objetivos Analisando os dados citados acima e observando a necessidade das micro e pequenas empresas de aplicar a inovação em sua empresa, este trabalho tem como principal objetivo a construção de uma aplicação Web focada no gerenciamento, suporte e acompanhamento do processo de gestão da inovação para micro e pequenas empresas, auxiliando o empreendedor na implementação deste processo, visando o crescimento de sua organização. A pesquisa para a construção do sistema está fundamentada no mapeamento das etapas do processo de gestão da inovação segundo o Manual de Oslo (2007), utilizando formulários para inserção de dados e gerenciamento. Os dados obtidos servirão para análise da atual situação da empresa oferecendo ao gestor um painel de desempenho da inovação, com informações que irão auxiliá-lo na tomada de decisão. O painel de desempenho (Dashboard) apresentará gráficos com informações cruzadas das diversas fontes, como o mural de sugestões, o ranking de usuários, os questionários e o banco de questões. 1.3 Abrangência O problema em estudo é como apresentar, em um modelo sistêmico, os diferentes tipos de inovação, para que a equipe gestora de uma empresa possa buscar diversos caminhos, além da criação de novos produtos. O processo é iniciado com o levantamento de informações sobre a empresa e produtos, por meio de questionários voltados aos gestores, funcionários, clientes e
15 15 potenciais clientes. Possibilitando ao gestor identificar oportunidades de inovação a serem analisadas e avaliadas durante as etapas de todo o processo. Neste estudo apresenta-se o sistema de apoio e identificação de oportunidades de inovação, mas este não apresentará conexão e interação com os demais sistemas gerenciais da empresa. 1.4 Trabalhos Relacionados Para a realização deste estudo sobre a inovação, destaca-se a necessidade de compreender o processo de gestão da inovação, suas ferramentas e as formas de utilização. O Curso Inovar para Competir, do SEBRAE (2013), apresenta um material de apoio com diversas orientações e formulários que auxiliam os gestores na implementação, no processo e na avaliação de sua empresa. A GI Software criou um sistema web para gestão de ideias, chamado de innovbook (2013), que orienta o processo de inovação e estimula a coleta, colaboração e evolução das ideias através de um interface simples e atraente. Possui sete passos fundamentais para tornar-se uma empresa inovadora: organização, estimulação, criação, revisão e aprovação, discussão, compartilhamento e realização da ideia. O InnovationCast (2013), criado pela empresa WeListen-Business Solutions, oferece para o mercado um sistema web para intranet projetado para apoiar o envolvimento da empresa em inovação. 1.5 Organização do Trabalho Este trabalho está organizado da seguinte forma: No Capítulo 2 Metodologia da Pesquisa apresentam-se os critérios de seleção da metodologia de pesquisa, a definição do projeto de pesquisa de estudo de caso, as questões de estudo, as proposições, a unidade de análise, a logística que une os dados às proposições; No Capítulo 3 Fundamentação Teórica da Pesquisa aborda-se em quais teorias a pesquisa se fundamentou;
16 16 No Capítulo 4 Aplicação Prática do Conceito da Pesquisa procura-se enfatizar onde o resultado deste trabalho pode ser aplicado; O Capítulo 5 Estudo de caso mostra como o trabalho pode ser utilizado efetivamente; Finalmente, no Capítulo 6 são apresentadas as considerações finais deste trabalho.
17 17 2 METODOLOGIA DE PESQUISA Por se tratar de uma área de estudo abrangente, torna-se necessário a escolha de uma metodologia de pesquisa para a delimitação e compreensão de alguns conceitos necessários à construção do sistema. Neste capítulo, é apresentada a metodologia de pesquisa adotada, detalhando as seguintes etapas: Os critérios e fundamentação utilizados na seleção da metodologia de pesquisa. A definição do projeto de pesquisa, apresentando as questões de estudo, as proposições, unidades de análise, a lógica que une os dados às proposições. 2.1 Critérios de seleção da metodologia de pesquisa A pesquisa está classificada como quantitativa, pois essas são pesquisas empíricas cuja principal finalidade é o delineamento ou a análise das características de fatos ou fenômenos, a avaliação de programas e a definição de variáveis principais. Dentre as abordagens de pesquisa quantitativa, encontra-se o levantamento de dados por amostragem ou survey, o experimento e as modelagens e simulações, neste estudo, optou-se pela utilização de modelagens e simulações. Segundo Chung (2004), a modelagem e simulação é o processo de criar e experimentar um sistema físico, através de um modelo matemático computadorizado. Um sistema pode ser definido como um conjunto de componentes ou processos que se interagem, recebem entradas e oferecem resultados para algum propósito. 2.2 A Definição do Projeto de Pesquisa O estudo requer inicialmente a realização de uma pesquisa bibliográfica sobre o tema em questão, de forma a conduzir o pesquisador a compreender o assunto e permitir que se estabeleça um modelo teórico inicial de referência, que
18 auxiliará na determinação das variáveis envolvidas e na elaboração do plano geral do sistema As Questões de Estudo Observando o mercado e a sua multiplicidade de empresas atuantes é notável que a concorrência entre elas é muito acirrada. Especialmente sobre as empresas de menor porte, as limitações encontradas para investimentos em inovação são reconhecidamente um entrave para mantê-las competitivas perante as grandes corporações (PITA, 2007). Para sanar esta deficiência de investimentos, reconhecida tanto por órgãos do governo como pelos próprios micro e pequenos empresários (PITA, 2007), estuda-se uma forma de introduzir o conceito de Gestão de Inovação em empresas com recursos limitados, considerando toda a variedade de produtos e processos envolvidos. A questão central do trabalho está firmada sobre a possibilidade de oferecer recursos às micro e pequenas empresas com um instrumento que as coloquem em posição favorável em relação as concorrentes. Sendo ela: Como gerar vantagem competitiva através da inovação? Ao aprofundar nosso estudo sobre a questão anterior, depara-se com questões mais específicas: Como orientar o gestor da micro e pequena empresa (MPE) a gerir as oportunidades de inovação? Quais recursos fornecer ao gestor da MPE para que o ciclo de vida de inovação seja implementado, gerando a vantagem competitiva desejada? Como colaborar com o levantamento de ideias, a fim de aumentar a possibilidade de atuação da micro e pequena empresa? As Proposições Esse estudo tem como objetivo principal ajudar a equipe gestora a identificar oportunidades de inovação, seja de produto, serviço ou mesmo de estrutura e oferecer alternativas para a tomada de decisões e de ações; escolher, com critérios,
19 19 uma ou mais opções/oportunidades de inovação; definir a estratégia de inovação mais adequada; passar a visão do novo produto/processo para a sua equipe, destacando os benefícios; envolver todas as pessoas da empresa em etapas do processo de inovação e envolver os fornecedores chave e usuários líderes desde o início do processo de inovação A Unidade de Análise Aplicar, em uma abordagem sistêmica, a metodologia estudada. Tendo como resultado, um produto de software que, através de uma abordagem didática, permite o gerenciamento de ideias, ou seja, o principal insumo para o gestor que deseja inovar A Lógica que Une os Dados às Proposições Neste estudo sobre a inovação buscou-se conciliar alguns conceitos apresentados sobre o tema, algumas ideias e sugestões fornecidas pelo SEBRAE (2013) e o Manual de Oslo (2007), fontes de pesquisa e auxílio aos gestores, mas também buscou-se o estudo de empresas que atuam na área de inovação e como estas aplicam suas metodologias. Desta forma, criou-se um sistema que auxiliará os gestores na implementação e gestão do processo de inovação.
20 20 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DA PESQUISA 3.1 Entendendo a inovação A inovação é, para a espécie humana, o principal vetor que possibilitou sua sobrevivência. O homem inova constantemente, buscando satisfazer suas necessidades físicas, lógicas e emocionais. No mundo dos negócios, esse fenômeno também se repete. As empresas ficam expostas à concorrência cada vez maior e inovar é a forma mais eficaz de se manter competitivo (MATTOS et al, 2010). A inovação é elemento intrínseco da competitividade, uma vez que a inovação permite que as empresas, foco da transformação econômica e social de um país, utilizem conhecimentos e recursos da melhor forma para enfrentar um mundo cada vez mais globalizado e dinâmico. Para a empresa crescer, evoluir e sobreviver, ela precisa enfrentar os desafios da concorrência, que hoje é globalizada. Para que a empresa sobreviva, a inovação é uma das maneiras pela qual ela pode agregar mais valor aos seus produtos e processos (SEBRAE, 2013). Dependendo do autor, da obra ou do objetivo pretendido, existem inúmeras formas de definir o que é inovação. De acordo com Hamel (2005), a Inovação é um processo estratégico, da reinvenção contínua, do próprio negócio e da criação de novos conceitos, ainda ressalta que a Inovação é adotar novas tecnologias, que aumentam a competitividade da companhia. Neste estudo, vamos padronizar o entendimento sobre a inovação adotando como fonte de pesquisa, o Manual Frascati (2002) e o Manual de Oslo (2007), da Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OCDE). Segundo, o Manual de Oslo (2007) e o Manual Frascati (2002), a Inovação é a implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou significativamente melhorado, onde a inovação também pode ser em um processo da empresa, um novo método de marketing, um novo método organizacional nas práticas de negócios ou até mesmo na organização do local de trabalho ou nas relações externas. Compreendendo diversas atividades científicas, tecnológicas, financeiras, comerciais e mercadológicas. A exigência mínima é que o produto/ processo/ método/ sistema deva ser novo ou substancialmente melhorado para a empresa em relação a seus competidores.
21 21 Em resumo, pode-se entender o conceito de inovação no quadro abaixo: Figura Conceito de Inovação Fonte: MANUAL DE OSLO, Tipos de Inovação De acordo com o SEBRAE (2013) e o Manual de Oslo (2007) os tipos de Inovação são: Inovação de Produto (Bem); Inovação de Serviço; Inovação de Processo; Inovação de Marketing e Inovação Organizacional. A Inovação de Produto (Bem) é a introdução de um bem novo ou significativamente melhorado, no que concerne as suas características ou usos previstos. Incluem-se melhoramentos significativos em especificações técnicas, componentes e materiais, softwares incorporados, facilidade de uso ou outras características funcionais. A inovação de produto poderá atuar em características e funcionalidades totalmente novas, também poderá atuar em sua forma de utilização (SEBRAE, 2013). A inovação de serviço é a introdução de um serviço novo ou significativamente melhorado. A inovação de serviço busca agregar valor aos serviços oferecidos pela empresa. A inovação de processo consiste na implantação de um método diferenciado de produção ou distribuição. Incluem-se mudanças significativas em técnicas, equipamentos e/ou softwares. A inovação de processo deve adicionar valor aos processos produtivos da empresa. A inovação de marketing consiste na implementação de um novo método de marketing que envolva alterações significativas na concepção do produto ou em sua
22 22 embalagem, no posicionamento do produto no mercado, em sua promoção ou na fixação de preços (SEBRAE, 2013). A inovação organizacional é a implementação de um novo método organizacional nas práticas de gestão e negócios da empresa, na organização do seu local de trabalho ou em suas relações externas e internas. Pode estar na implantação de um novo modelo de negócio, na forma como a empresa compartilha o conhecimento e o aprendizado no interior da empresa, na implementação de prática novas para o desenvolvimento dos colaboradores, na implementação de uma forma mais enxuta de produzir, na implantação de sistemas de gerenciamento da qualidade, na integração entre a área de compras com a área de produção ou nas novas formas de relacionamento com outras empresas (SEBRAE, 2013). Ao longo dos últimos anos, inúmeras pesquisas realizadas por empresas de consultoria, como a Boston Consulting Group, têm constatado que 70% dos executivos afirmam que a inovação é prioridade máxima em suas empresas, mas a maioria reconhece que a abordagem é geralmente informal, faltando aos executivos, confiança em suas decisões sobre inovação. Os dados demonstram que, realmente, os executivos sabem da imperiosa necessidade de adotar a inovação como estratégia, mas reconhecem faltar a eles o conhecimento das ferramentas e dos instrumentos que permitam colocar a teoria em prática. As empresas não adotam práticas consistentes de inovação, não preparam seus líderes e não possuem maneiras de medir o processo de inovação (SCHERER e CARLOMAGNO, 2009). As pesquisas atuais afirmam que uma das formas de se manter no mercado consumidor é investir em inovação e que a inovação bem gerenciada é uma das formas de dar longevidade à pequena empresa (IBGE, 2005). Sendo necessária a implantação de um processo de gestão da inovação, com ações contínuas de estímulo à introdução e implementação de inovações O Processo de Gestão da Inovação e suas Etapas O processo de gestão da inovação é um processo que gera um fluxo contínuo de oportunidades e inovação. Assemelha-se a um funil, no qual ideias são captadas, avaliadas, escolhidas e implementadas. O objetivo é fazer com que a empresa
23 23 desenvolva sistematicamente novas oportunidades de negócio, alavancando competências existentes, não se limitando a regras estabelecidas. Para sistematizar o processo de inovação, o SEBRAE (2013) elaborou uma metodologia que contém cinco etapas. A primeira etapa é a do Levantamento, que consiste na busca sistemática de oportunidades de inovação (ideias) que permitam tendências de novos produtos, novos processos e serviços, observando sinais de mudança no ambiente competitivo. Na segunda etapa ocorre a Seleção, onde uma ou mais oportunidades de inovação são selecionadas. Nesta etapa procura-se as opções disponíveis para a definição da estratégia de inovação mais adequada a cada empresa. Na definição de Recursos, a terceira etapa do processo, busca-se a definição de recursos humanos, financeiros, de infraestrutura, tecnológicos, necessários para introduzir e/ou implementar as oportunidades de inovação selecionadas. A quarta etapa, a Implementação consiste na execução dos projetos de inovação, através do acoplamento de seu desenvolvimento, em termos de prazo, custos e qualidade, alinhado às necessidades de outros setores da empresa, como os setores de marketing e vendas, por exemplo. Na quinta etapa, a da Aprendizagem ocorrerá a reflexão do processo de gestão da inovação como um todo, revisando etapas e registrando as lições aprendidas (SEBRAE, 2013). Para cada uma das etapas, algumas ações são necessárias, onde caberá ao gestor analisá-las e aplicá-las de acordo com suas necessidades. Em relação à etapa de Levantamento, as ações sugeridas são: perceber novos canais para distribuição de seus produtos e serviços, novos modelos de negócio; identificar as necessidades do cliente; compreender as ameaças e oportunidades sinalizadas pelo mercado; identificar sinais que possam implicar mudanças nos seus produtos e no seu negócio; identificar oportunidades de eliminar desperdícios de forma sustentável e efetuar comparações com os concorrentes em aspectos críticos de serviço, qualidade e custo. Na etapa de Seleção as ações devem entender os parâmetros chave (preço, qualidade, velocidade, regulamentação) de competitividade do setor; entender o diferencial das suas competências, do conhecimento disponível na empresa, bem como o que pode ser adquirido com o conhecimento complementar; analisar as
24 24 possíveis opções/oportunidades de inovação, oferecendo alternativas para a tomada de decisões e de ações. A etapa de Definição de Recursos é essencial para a identificação da melhor forma de acessar recursos para viabilizar as oportunidades de inovação anteriormente selecionadas. Desta forma, deve-se: definir o conjunto de recursos necessários para introduzir e/ou implementar as oportunidades escolhidas na etapa de seleção; compatibilizar os recursos necessários com as competências internas; saber comprar, licenciar e contratar novidades fora da empresa. Na etapa de Implementação, ou seja, a execução dos projetos de inovação deve-se: definir claramente as principais características da oportunidade de inovação a ser introduzida e/ou implementada; estabelecer datas e formas de acompanhamento (prazo, custos e qualidade); preparar o lançamento da inovação; compartilhar a visão com os demais funcionários. A etapa de Aprendizagem pode ter início, mesmo que informalmente, desde a primeira etapa, deve refletir sobre o processo de inovação como um todo, o que aconteceu, o que funcionou bem, o que não deu certo, os resultados obtidos e as novas ideias; registrar as lições aprendidas; lançar novos produtos e processos, já refletindo sobre mudanças necessárias a partir do aprendizado anterior e estimular o reinício do processo (renovação). A aprendizagem é tão importante quanto às outras etapas porque é o momento de reflexão sobre o processo de inovação como um todo, revisando as etapas, as ações, as ferramentas e registrando as lições aprendidas. O SEBRAE (2013), com o objetivo de auxiliar as empresas na implementação e manutenção do processo de Gestão da Inovação criou um material de apoio com diversas orientações e formulários que poderão auxiliar os gestores na implementação, no processo e na avaliação de sua empresa, quanto à inovação. Os formulários correspondem a cada uma das etapas do processo de inovação já apresentadas neste estudo Os Indicadores Empresariais de Inovação Os Indicadores Empresariais de Inovação permitem à empresa avaliar o seu grau de inovação, identificando onde é possível desenvolver melhorias, ou seja, avaliar a situação atual da empresa. Os indicadores são importantes para saber
25 25 como a empresa está, como estão os concorrentes e como a empresa pode melhorar. Segundo o SEBRAE (2013), há um conjunto de indicadores voltados a realidade das micro e pequenas empresas de qualquer setor (indústria, serviços, comércio ou agronegócio). E esses indicadores são: esforço, processo, estímulo e resultados. Os indicadores de esforço para a inovação servem para avaliar o quanto a empresa está se dedicando à inovação. Estes indicadores estão relacionados com os investimentos, recursos alocados e com a estrutura que a empresa disponibiliza. Os indicadores de processo servem para avaliar o quanto a empresa possui, pratica e formaliza as atividades de inovação. Os indicadores de práticas de estímulo à inovação servem para avaliar o quanto a empresa possui, pratica e formaliza esses estímulos, além de avaliar como está o ambiente de inovação na empresa. Os indicadores de resultados advindos da inovação (faturamento e mercado) servem para avaliar o quanto está sendo obtido pela empresa, a partir do esforço, do processo e dos estímulos. Para se avaliar o grau de inovação de uma empresa, além dos indicadores citados, o SEBRAE (2013) sugere um indicador mais abrangente, denominado grau de inovação da empresa. Esse grau de inovação é baseado em um conjunto de dimensões e atividades que a empresa desenvolve no seu dia a dia. Todos os indicadores, em conjunto, servirão para a empresa se auto avaliar e definir estratégias de melhoria a médio e longo prazo. De acordo com o SEBRAE (2013), os estágios rumo a uma empresa inovadora podem ser: a conscientização, a disseminação, a inovação como estratégia, as parcerias, a estruturação, o processo de gestão da inovação, a capacidade de inovar e o acompanhamento de resultados. O que pode ser observado na figura abaixo.
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