INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL

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1 1 INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL ATA DA 37ª REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DA GERÊNCIA-EXECUTIVA DO INSS EM MARÍLIA Data : 22 de Novembro de 2007 Horário: 09h30 Local : Auditório da Agencia da Previdência Social em Marília I PRESENÇAS CONSELHEIROS Representantes do Governo INSS - Gerente Executivo - Jurandir Teixeira de Lemos Presidente INSS - Serviço de Benefícios - Sônia Iara de Oliveira Daniel Peixoto Titular AGU - Procuradoria Seccional do INSS - Júlio da Costa Barros Titular Representantes dos aposentados e pensionistas Assoc. Apos. Pens. da Região de Garça José Vieira do Nascimento Titular Sind. Nac. Após. e Pens. Força Sindical - Anízio Aquino Campos - Suplente Representantes dos trabalhadores Sind.Trab.Ind.Metal., Mec.e de Mat. Elét.de Marília - Sinvaldo Candido de Oliveira Titular Sind. Empreg.Estab. Banc. de Marília e Região Marconi Eduardo Giovanini - Suplente Representantes dos empregadores Sindicato Rural de Assis Marina Aparecida Pontes Suplente II - AUSÊNCIAS JUSTIFICADAS Sindicato Rural de Assis Maria Cecília da Silveira Lobo Jabur Titular Sind. Trab.Ind. Alim.e Afins de Marília e Região - Luciana Aparecida S. Alves Suplente III - AUSÊNCIAS INJUSTIFICADAS Assoc. Comercial e Industrial de Marília José Augusto Gomes Titular Sind.Trab.Ind.Quím.,Farm.Fab.Álc.Marília e Região - Maurílio Pereira Alvim Titular Assoc. Apos. e Pens. de Tupã e Região Neide Sanches Disperati Titular

2 Assoc. Apos. e Pens. de Tupã e Região José Francisco Fernandes Suplente 2 IV AUSÊNCIAS SRP - Mário Augusto Matarucco Titular AGU Proc. Seccional do INSS em Ourinhos - José Renato de Lara e Silva Suplente SRP Paulo Roberto Magarotto Suplente INSS - Serviço de Benefícios - Mário José Favinha Anselmo - Suplente Assoc. Comercial e Industrial de Marília Sérgio Lopes Sobrinho Suplente V ABERTURA Verificada a existência de quorum, o Presidente deste Conselho, Jurandir Teixeira de Lemos, abriu a reunião cumprimentando a todos os convidados pela presença. Em seguida, deu início aos trabalhos. VI APROVAÇÃO DA ATA DA REUNIÃO ANTERIOR A ata da 36ª reunião ordinária deste CPS, ocorrida em dezessete de outubro de 2007, enviada previamente aos conselheiros, foi submetida à apreciação do plenário e aprovada na íntegra por unanimidade. VII APROVAÇÃO DA ORDEM DO DIA O presidente Jurandir informa que, em continuidade à reunião anterior, dá continuidade aos trabalhos que estão sendo executados na área de Reabilitação Profissional da Gerência Executiva de Marília. VIII ORDEM DO DIA 1. APRESENTAÇÕES DA EQUIPE DE REABILITAÇÃO PROFISSIONAL O presidente Jurandir agradece a presença do Dr. Mário Luiz Furlanetto, Chefe do GEBNIN e dos membros da Equipe de Reabilitação Profissional da Gerência de Marília, Dr. Leandro Presumido Junior, Perito Médico da Reabilitação, Graziela Pagliuse Chaves, Orientadora Profissional da Reabilitação e Maria Aparecida Biudes dos Santos, Técnica de Reabilitação Profissional II. A seguir, passa a palavra ao Dr. Leandro que, após agradecer o convite, passa a expor a situação do Reabilitação Profissional na Gerência de Marília.

3 3 Inicia com a apresentação de um filme mostrando uma dança entre deficientes físicos, um complementando o outro: ela com deficiência no membro superior pela falta de um braço e ele no membro inferior pela falta de uma perna. São atletas treinados e habilitados. A seguir, passa um vídeo com o personagem Sr. José, brasileiro, portador de deficiência dos membros superiores pela falta dos dois braços, onde cuida sozinho de uma pequena plantação de milho em sua roça. Mostra que se há vontade e desejo é possível trabalhar. Ele não foi reabilitado pelo INSS, não teve fisioterapeuta, mas quis mudar sua vida. O palestrante fala que a matéria prima fundamental na reabilitação é o ser humano e só poderá funcionar se o individuo quiser ser reabilitado. Passa a apresentação sobre a experiência acumulada em 3 (três) anos na Reabilitação Profissional de Marília, iniciando pelo amparo legal que é o artigo 1º da Lei 8.212, de , definindo as áreas de atuação da saúde, previdência social e assistência social, através do SUS, INSS e LOAS, respectivamente. Esclarece que a responsabilidade pela reabilitação física que possibilita, terapia ocupacional, terapia e fisioterapia, são de responsabilidade do agente reabilitador do SUS. A previdência será responsável pela reabilitação profissional. A missão do INSS não é do ponto de vista terapêutico e nem de tratamento médico, não havendo consulta e nem prescrição médica. Trata-se de um seguro que depende de contribuição, na qual o perito tem ação investigatória de saber se se enquadra na legislação previdenciária. O perito médico começa a atuar, dentro da reabilitação e não há prescrição nem de próteses pois ele recebe o pedido de outros médico e vê a possibilidade ou não de atender essa necessidade. Fala do artigo 46 do Decreto 3.048, que trata da reabilitação do segurado aposentado por invalidez, sob a apena de suspensão do benefício, onde ele é obrigado a estar se tratando, podendo se recusar somente a indicações de cirurgia e transfusão de sangue. Cita o artigo 77, nos casos de segurado em gozo de auxílio doença, quando está obrigado a submeter-se a processo de reabilitação profissional prescrito e custeado pela previdência, sendo obrigado a submeter-se a exame médico. Cita o artigo 79, onde exemplifica o caso do bancário que acaba de se formar em administração de empresa e, necessitando de reabilitação, será considerado reabilitado por esta nova formação e não precisará submeter-se a nova reabilitação. Fala que tem-se constatado que o segurado resiste para voltar ao trabalho em outra função, uma vez que encontra-se no que se pode chamar de zona de conforto. Fala do artigo 140, na qual o segurado recebe um certificado individual, sem prejuízo do exercício de outra atividade para qual se julgue capacitado. Em seu parágrafo primeiro, reafirma que a previdência não tem a obrigação de manter o segurado no mesmo emprego ou a sua colocação em outro par ao qual foi reabilitado. O que se discute é

4 4 que, apesar da seqüela estabelecida, sobrou ainda um grande potencial para se aplicar no trabalho. Esclarece que são oferecidos, dentre outros, os seguintes cursos na Reabilitação Profissional em Marília: informática, manutenção de computadores, vigilante, confeiteiro, programa de auto cad, jardineiro. Esclarece que, após feita uma triagem dentre os segurados afastados por acidente de trabalho, vários segurados foram aposentados e com outros foram feitas tentativas de se reincerir o segurado na própria empresa. No entanto, foram encontradas limitações na seleção para a reabilitação profissional, tais como o trabalhador com baixa escolaridade que não possui a mínima condição escolar necessária para se encaixar nos cursos oferecidos, ou seja, a antiga 8ª série. Também foram encontrados segurados com idade acima de 50 anos, que está mais próximo de uma aposentadoria por tempo de contribuição. Esclarece, também, que pessoas que já tem outra qualificação, p.ex., formação superior, carteira de motorista, exercício de outra função compatível com sua seqüela, não são indicadas para a reabilitação. A expectativa que a equipe tinha era de encontrar pessoas motivadas, esperançosas, lutadoras, otimistas, agradecidas, pertinazes e confiantes; mas a experiência mostrou pessoas desmotivadas, desesperançosas, conformadas, pessimistas, conflitantes, acomodadas e inseguras. A reabilitação oferece todos os cursos compatíveis e a pessoa insegura, alega que não dá conta de aprender uma nova função. Cita a relação entre os investimentos infrutíferos e a responsabilidade aceita onde, foi investido dinheiro público na reabilitação, com critério e cuidado, cada um com sua efetiva responsabilidade e esta acaba se tornando infrutífera, citando o exemplo do segurado, sem limitações severas por lombalgia por dorso, que queria o curso de confeiteiro e foi mandado para o Senai onde teve mais de 25% de faltas e foi desligado da reabilitação por recusa passiva. Dentre outras situações encontradas, fala das ações judiciais paralelas, onde a ordem judicial é pela concessão da aposentadoria, dos atestados médicos inconsistentes, do paternalismo das relações, do desrespeito à autoridade pericial, da pressão social e sindical e da mídia. Fala que, na realidade as empresas buscam desesperadamente reabilitandos e deficientes mas que produza igual a outro trabalhador comum. Fala que o judiciário tem mantido multas por descumprimento da lei de cotas junto às empresas e que algumas alegam que colocam até anúncio em jornais mas não conseguem encontrar profissionais deficientes. Mostra a todos o anúncio da empresa CPM Braxis para 140 vagas para deficientes.

5 5 Mostra o site falando da necessidade de dar ao acidentado condições de dignidade; a página do sindicato dos bancários mostrando as reclamações da reabilitação do INSS mas, diante do que foi exposto, como fazer se o segurado não que se reabilitar? Existe dinheiro para investir em reabilitação mas em termos potenciais, o reabilitando recusa-se a reabilitar pois, convencer um pessoa que ela irá voltar para o trabalho mas ganhando menos é muito difícil. A convidada Silvana pergunta quem manda o segurado para a reabilitação e o palestrante explica que é somente o médico perito da previdência social. A convidada Luciana Matias pergunta se um segurado socita, p.ex., um curso de canto se é possível atendê-lo. O palestrante explica que, por se tratar de um curso demorado, não há condições de atendê-lo, pois, pode ser considerado inclusive, um subterfúgio para se prorrogar o auxílio doença. Compara-o ao segurado semi analfabeto que quer ser médico onde é necessário pagar-se desde o primário até o nível superior. O Dr. Furlaneto cita o caso do segurado que quer tirar a Carteira Nacional de Habilitação CNH e repete nos exames, quando será considerado inviável sua reabilitação. A convidada Luciana fala que quem foi realmente lesado em sua capacidade em 50% encontra-se com pouca auto estima e assim terá de ser melhor motivado para reabilitar-se. O Dr Leandro fala que quando se profissionaliza a função de perito previdenciário, deve-se afastar o paternalismo. O Dr. Furlaneto fala que não se conhece alguém que veio à previdência e pediu para ser reabilitado. Fala que muitos recorrem à justiça onde foge-se da razoabilidade quando os peritos não julgam se há uma capacidade laborativa prejudicada e outra a ser aproveitada. No entanto, felizmente vários juízes estão começando a perceber esta condição. O conselheiro Sr. Anízio fala que ao se incluir no programa de integração profissional das empresas todo o programa de reabilitação se começará a mudar a mentalidade em relação à reabilitação, facilitando assim o trabalho do médico perito do INSS. O Dr. Furlaneto fala que estas normas de reabilitação já estão inseridas nas leis de segurança do trabalho. O Sr. Anízio fala que trata-se da conscientização do empregador em se fazer um trabalho junto ao empregado de que ele pode ser reabilitado e reaproveitado dentro da mesma empresa e em outra função. A convidada Aparecida Biudes fala que constata-se que a empresa não quer arcar com isto mas que a mudança de mentalidade é realmente necessária. O conselheiro Sr. Anízio acredita que dá para acordar esse pessoal através de jornadas, encontros e mídia.

6 6 O Dr. Leandro fala das evoluções na medicina, natalidade, taxas de internação hospitalar, melhora de qualidade de vida mas, em contra-partida, inexplicavelmente está aumento a quantidade de auxílio doença e aposentadoria por invalidez na previdência social. O Sr. Anízio cita o exemplo de Less Grael, onde ele chegou com a sua condição e mostrou que, com vontade, é possível mudar. O Dr Leandro fala que, juntamente com esse exemplo, mostrou através dos filmes, que tudo é possível quando se tem a vontade de mudar. A convidada Aparecida Biudes fala que, embora haja uma verba na reabilitação, procura-se também cursos gratuitos na comunidade e pede que as indicações sejam enviadas através deste conselho. 2. INFORMES O presidente Jurandir informa das novas alíquotas do Fator Previdenciário que entrarão em vigor à partir de janeiro de 2.008; das cartas que o INSS está enviando para as pessoas que tiveram benefício concedido através de perícia médica realizada há dois anos; da convocação de aposentadoria por invalidez com duplo vínculo, onde a previdência está contatando com a empresa para informar a sua situação se constatado que ele é capaz, o dinheiro do benefício terá de ser devolvido. Informa que a central 135 está ligando para confirmar a presença do segurado pois o intermediário está querendo que a fila virtual se alongue para atrasar mais ainda o pagamento do benefício e assim, receber mais. IX DEFINIÇÃO DA PAUTA DA PRÓXIMA REUNIÃO A SER REALIZADA NO DIA ) continuação do tema sobre da Reabilitação Profissional na Gerência Executiva do INSS em Marília; 2) serão aceitas propostas de outros temas, a serem comunicados com antecedência. X ENCERRAMENTO Neste momento, nada mais havendo a tratar, o presidente Jurandir Teixeira de Lemos agradece a presença de todos e declara encerrada a 37ª Reunião Ordinária do Conselho de Previdência Social da Gerência Executiva do INSS em Marília.

7 Marília/SP, 22 de Novembro de JURANDIR TEIXEIRA DE LEMOS Presidente do CPS Marília