FUNDO DE CAPITAL DE RISCO: CONSTRUÇÃO DE UM MODELO MULTICRITÉRIO PARA APOIAR A SELEÇÃO DOS INVESTIMENTOS DO FUNDO SANTA CATARINA

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1 FUNDO DE CAPITAL DE RISCO: CONSTRUÇÃO DE UM MODELO MULTICRITÉRIO PARA APOIAR A SELEÇÃO DOS INVESTIMENTOS DO FUNDO SANTA CATARINA Caroline Luckfétt de Espíndola (UFSC) caroline_luckfett@yahoo.com.br Sandra Rolim Ensslin (UFSC) sensslin@gmail.com Leonardo Ensslin (UFSC) leonardoensslin@terra.com.br O presente estudo, de caráter exploratório, se insere no cenário da análise e seleção de projetos de investimentos, no contexto dos Fundos de Capital de Risco - tendo como objetivo construir um modelo para auxiliar o processo de seleção e aavaliação das empresas inovadoras que solicitam investimento do Fundo Santa Catarina, por meio da Metodologia MCDA-C. A partir do modelo construído, foi possível identificar: (i) os 74 critérios que compõe o modelo a ser utilizado para verificar o desempenho das empresas que serão selecionadas para receber recursos do Fundo SC; (ii) a avaliação favorável da candidata Empresa Y: 79,75 pontos, em uma escala de 0 a 100 ; e, (iii) os 4 critérios responsáveis por comprometer o desempenho da Empresa Y. Analisando a literatura brasileira que aborda (i) os critérios, estratégias ou metodologias utilizadas pelos Fundos de Capital de Risco para selecionar projetos de investimentos e (ii) a avaliação de desempenho de empresas, percebeu-se que esses temas são pouco explorados. Palavras-chaves: Capital de Risco, Fundo de Investimento, Seleção de Projetos de Investimentos, Metodologia de Multicritério de Apoio à Decisão Construtivista - MCDA-C.

2 1. Introdução Este trabalho é motivado por uma necessidade real da Empresa ZZZ Consultoria e Administração de Recursos S.S. Ltda, qual seja: a necessidade de avaliar e selecionar as empresas que receberão recursos do Fundo Santa Catarina. Assim, o presente estudo se insere no cenário da análise e seleção de projetos de investimentos, no contexto dos Fundos de Capital de Risco. Fundada em 09 de dezembro de 2002, a Empresa ZZZ Consultoria e Administração de Recursos S.S. Ltda (nome fictício que será utilizado para se referir à empresa real) surgiu do interesse de seus dois sócios em unir suas competências para atender às necessidades das empresas, no que concerne a estruturação, reorganização e viabilização de negócios, no contexto da elaboração de projetos e captação de recursos. Desde a sua fundação, a empresa foi responsável pela captação de mais de R$ 9 milhões para pequenas empresas. No início de 2005, a Empresa ZZZ incluiu no seu planejamento estratégico a intenção de se tornar gestora de um fundo de investimento em capital de risco. Em maio de 2005, a FINEP lançou o Projeto Inovar, que tem por objetivo promover o desenvolvimento das pequenas e médias empresas de base tecnológica brasileiras. Uma das ações do Projeto Inovar é a FINEP Investimentos, que opera em dois segmentos: Fundos Inovar Venture Capital e Fundos Inovar Semente. Lançado pela financiadora, em dezembro de 2005, o Programa Inovar Semente irá investir, nos próximos anos, R$ 300 milhões em empresas nascentes. A meta é criar 24 fundos com patrimônio, entre R$ 10 milhões e R$ 12 milhões, que vão investir exclusivamente em empresas inovadoras de pequeno porte (FINEP). Encerrado no dia 31 de julho de 2006, o primeiro edital para o Programa Inovar Semente atraiu 14 propostas de fundos. Dentre as propostas selecionadas, estava o Fundo Santa Catarina (SC), encaminhado pela Empresa ZZZ. Desde então, a proposta do Fundo SC vem sendo estruturada e a empresa vem iniciando a prospecção das potenciais empresas. Sendo o primeiro Fundo de Capital Semente do estado, o Fundo SC veio para preencher uma lacuna no apoio a projetos ainda em fase inicial, quando o risco é elevado, mas o potencial de ganho é muito alto. O objetivo final é fomentar a indústria catarinense, oportunizando o ingresso de capital de investimento produtivo em micro e pequenas empresas que apresentem alto potencial de crescimento, sustentado por uma inovação tecnológica de produto ou processo. A Empresa ZZZ, como gestora do Fundo SC, será responsável pelo ciclo de captação de recursos e investimento, que pode ser dividido em cinco grandes fases: a) Captação de recursos: o Fundo SC vai dispor de R$ 12 milhões para investir em pequenas empresas inovadoras, dos quais 40% são provenientes da FINEP, outros 40% do governo do Estado e 20% de investidores privados; b) Originação e seleção de investimentos: identificação e seleção das empresas em que recursos serão investidos; c) Estruturação e execução dos investimentos: negociação dos termos, montagem da estrutura financeira e realização dos aportes, segundo metas estabelecidas; d) Monitoramento e adição de valor: avaliação contínua do desempenho das empresas, participação nas reuniões do conselho e intervenções para agregação de valor; e; e) Preparação e execução da saída: busca de liquidez para o investimento de forma a facilitar a venda da participação detida pelo fundo, propiciando o retorno sobre o capital. 2

3 Dentre as cinco fases citadas, a fase de originação e seleção de investimentos, configura-se como a mais relevante, para a Empresa ZZZ, uma vez que dessa seleção de empresas, vai depender o sucesso do empreendimento. Por serem baseadas em inovações, as empresas alvo dos investimentos possuem características de alto risco. Desta forma, tanto a identificação quanto a seleção das melhores empresas serão fundamentais para gerar o retorno esperado pelos gestores e investidores. Além disso, uma escolha mal feita pode resultar em uma perda de grande parte ou da totalidade do investimento. Para que a Empresa ZZZ atinja as suas expectativas, será necessário formular uma estratégia de seleção de empresas muito bem estruturada. Torna-se, necessário, então, identificar quais são os aspectos ou critérios a serem considerados para selecionar e avaliar as empresas que receberão recursos do Fundo SC. Neste cenário, surge a pergunta de pesquisa que orienta o presente trabalho: Quais são os critérios a serem considerados em um modelo que pretende apoiar a seleção e avaliação de micro e pequenas empresas inovadoras para receber investimentos do Fundo SC? Com vistas a responder à pergunta de pesquisa proposta pelos autores do trabalho, o objetivo geral da investigação pode ser definido como se segue: construir um modelo para apoiar a decisão do gestor do Fundo SC na seleção e avaliação das empresas que receberão os investimentos. Para atingir este objetivo geral, os seguintes objetivos específicos deverão ser perseguidos: (i) construir um melhor entendimento da questão por meio da identificação, compreensão e mensuração dos fatores que influenciam o desempenho das empresas; (ii) estruturar as informações obtidas em termos de critérios de avaliação do desempenho das empresas; e, (iii) traçar um perfil do grau de desempenho das empresas analisadas. Para dar conta dos objetivos estabelecidos acima, os autores selecionaram a Metodologia de Multicritério de Apoio à Decisão Construtivista (MCDA-C), por acreditar que esta, partindo de um paradigma construtivista, consegue encapsular as percepções e experiências da gestora. A relevância deste trabalho pode ser argumentada por dois pontos principais. O primeiro ponto é a escassez de publicações que abordam os critérios, estratégias ou metodologias utilizadas pelos Fundos de Capital de Risco para selecionar projetos de investimentos. Essa escassez foi aferida por uma revisão da literatura que buscou mapear pesquisas anteriores relativas ao tema tratado no presente artigo, conforme apresentado na subseção 3.1. O segundo ponto é a escassez de publicações que têm como tema principal a avaliação de(o) desempenho de empresas, conforme apresentado na subseção 3.1. O presente artigo é organizado conforme explicado a seguir. Após esta primeira seção de caráter introdutório, a seção 2 Referencial Teórico - apresenta o eixo que informa a pesquisa. A seção 3 Metodologia da Pesquisa - é dividida em duas partes, que apresentam, respectivamente, (i) os procedimentos utilizados para a revisão da literatura e o enquadramento metodológico do presente artigo, e (ii) os procedimentos utilizados na construção do modelo, tendo como instrumento de intervenção a Metodologia MCDA-C. A seção 4 Considerações Finais - tece reflexões sobre o Grau de Desempenho da Empresa Y, com base no modelo construído, e faz recomendações para pesquisas futuras, a partir das limitações deste estudo. Finalmente, a seção 5 Referências Bibliográficas - apresenta a bibliografia utilizada na pesquisa. 2. Referencial Teórico O sucesso empresarial é derivado de diversos fatores. Entre os principais, pode-se destacar a qualidade da gestão e do modelo de negócios, a estrutura de capital e os custos dos recursos 3

4 que financiam as atividades e os investimentos da empresa. No que concerne os recursos que financiam as atividades, as grandes corporações geralmente possuem acesso a recursos abundantes, seja por meio de oferta de crédito bancário ou por oferta de recursos dos mercados de capitais (dívida e equity); já as empresas de pequeno e médio porte costumam ter seu potencial de crescimento restringido pela falta de recursos disponíveis e/ou pelo seu custo elevado (acima da expectativa de retorno do negócio) (SHINOHARA, 2007). Nesse cenário, o mercado de fundos de capital de risco apresenta-se como uma importante fonte de recursos, tanto para empresas emergentes, quanto para as de médio porte, bem como para aquelas em fase de reestruturação financeira. Ao longo dos últimos quinze anos, esta tem sido globalmente a atividade de finanças corporativas com maior crescimento, superando até mesmo os mercados acionários e de dívida e o mercado para colocação privada de dívida (SHINOHARA, 2007). Atualmente, estima-se que o mercado de fundos de capital de risco equivale a quase 20% dos saldos de empréstimos bancários comerciais e, mais recentemente, os recursos captados por meio de tais fundos têm igualado, senão excedido, os recursos levantados via abertura de capital ou emissão de títulos de dívida (SHINOHARA, 2007). Os fundos de capital de risco ou Private Equity e Venture Capital (PE/VC) consistem em um ou mais veículos de investimentos geridos por profissionais qualificados que reúnem investidores dispostos a adquirir, por meio do fundo, participação significativa majoritária ou minoritária em empresas de capital fechado, com objetivo de agregar valor ao negócio durante um determinado período de tempo, bem como de se desfazer dessa participação mais adiante, embolsando os ganhos gerados (SHINOHARA, 2007). Os fundos de PE/VC consolidaram sua importância na economia brasileira nos últimos anos e preparam-se para iniciar um novo ciclo de investimentos. O primeiro ciclo, período de , presenciou marcos importantes para a indústria de PE/VC, como a estabilização monetária, a regulamentação dos investimentos no setor, a volta dos investimentos internacionais ao Brasil, a valorização de mecanismos de governança corporativa e o fortalecimento do mercado de capitais locais. Segundo estudo recente realizado por pesquisadores do FGV-CEPE, os fundos de PE/VC, administrados por cerca de 70 organizações, encerraram esse período com US$ 5,6 bilhões em capital sob gestão e mais de 300 empresas em portifólio. Em 1999, os fundos somavam cerca de 100 empresas em seus portifólios; portanto, em cinco anos, a carteira de investimentos cresceu 200% em número de empresas (CARVALHO, et al, 2006). O segundo ciclo de investimentos de fundos de PE/VC, que iniciou em 2006, deverá colher frutos do trabalho de estruturação do setor, realizado durante o primeiro ciclo, especialmente no que se refere à sua regulamentação, ao processo de educação, aprendizagem e preparação de todos os agentes envolvidos e à institucionalização desses fundos como propulsores de empresas em fase de crescimento (Ibid). Segundo Shinohara (2007), as perspectivas são as melhores possíveis para o desenvolvimento do setor, já se refletindo nos números: em 2004, foram registrados fundos com patrimônio de R$ 1,4 bilhões; em 2005, R$ 2,1 bilhões; em 2006, este valor superou R$5 bilhões. No geral, o cenário é bastante animador e o setor passa por um momento histórico no Brasil. As contribuições principais dos fundos de PE/VC financiar empresas em fase emergente e em crescimento, viabilizar projetos de risco em setores de alto valor agregado, aumentar a eficiência gerencial e fomentar o desenvolvimento dos mercados de capitais certamente serão fatores determinantes na aceleração do crescimento econômico do país. Daí, a 4

5 relevância do presente estudo: a busca por um instrumento que seja capaz de apoiar a Empresa ZZZ na seleção dos investimentos do Fundo SC. 3. Metodologia da Pesquisa 3.1 Revisão da Literatura e Enquadramento Metodológico Em primeiro lugar, foi realizada uma pesquisa em livros impressos, por meio da qual buscouse fazer um levantamento do referencial teórico pertinente ao assunto tratado. Em seguida, foi feita uma pesquisa em artigos científicos (web) e trabalhos acadêmicos (monografias, dissertações e teses), em que se buscou fazer uma análise do desenvolvimento da pesquisa neste campo e verificar a existência de trabalhos similares a este aqui proposto. Para tanto, realizou-se uma revisão bibliográfica nos principais periódicos, universidades e congressos, em termos de dois eixos teóricos. Apresenta-se, o detalhamento do primeiro eixo: Publicações que abordam os critérios, estratégias ou metodologias utilizadas pelos Fundos de Capital de Risco para selecionar projetos de investimentos. As palavras orientadoras desta primeira pesquisa foram: capital de risco, capital semente, fundos de investimento, venture capital, e private equity. A busca foi feita no título, no resumo e nas palavras-chave dos artigos. Dentre os periódicos pesquisados constam: Economia em Revista, Alcance (UNIVALI), Análise Econômica (UFRGS), Cadernos EBAPE FGV, Contabilidade Vista & Revista, Economia e Sociedade (UNICAMP), Engenharia Estudo e Pesquisa, Revista Inteligência Empresarial (UFRJ), Investigação Operacional, Pesquisa e Planejamento Econômico (RJ), Revista de Administração Contemporânea (RAC), RAE Eletrônica, Revista de Administração de Empresas (RAE), Revista de Administração Mackenzie, Revista de Administração (RAUSP), Revista ANPEC, Revista Brasileira de Contabilidade, Revista Brasileira de Economia, Revista Brasileira de Inovação, Revista Contabilidade & Finanças, Revista Contemporânea de Contabilidade Revista de Economia Aplicada, Revista de Economia Contemporânea, Revista de Economia e Administração, Revista de Ciência e Tecnologia, Publicações IPEA-Data, Revista Exame, Revista Razão Contábil, Revista Fundos de Pensão, Revista Parcerias Estratégicas, Revista Executivos Financeiros, GV Executivo: estratégia e Gestão, Novos Estudos, São Paulo em Perspectiva, Economia e Sociedade (Campinas), e Revista Produção On-Line. Os trabalhos acadêmicos foram pesquisados nas seguintes Universidades: Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Fundação Getúlio Vargas (FGV). Por fim, realizou-se uma busca por artigos científicos digitalizados nos principais congressos, simpósios, seminários e encontros brasileiros, como por exemplo: Sociedade Brasileira de Pesquisa Operacional (SOBRAPO), Simpósio de Engenharia de Produção (SIMPEP), Encontro Nacional de Engenharia de Produção (ENEGEP), Encontro da ANPAD (EnANPAD), Seminários em Administração FEA-USP (SEMEAD), Encontro Brasileiro de Finanças, Encontro de Administração da Informação (ENADI), entre outros. O mapeamento final resultou em um baixo índice de pesquisas relativas ao tema, justificandose, assim, o presente trabalho. No caso dos periódicos, durante o período de 1990 até 2007, foram publicados 70 artigos que possuem como tema geral o Capital de Risco; dentre esses, 5

6 10 dizem respeito ao investimento em pequenas e médias empresas inovadoras através do Capital de risco (15%). Tais artigos tratam, principalmente, a evolução e as características do Capital de Risco no Brasil; o relacionamento entre investidor e empreendedor; as estratégias de saída dos Fundos de Investimento; e a descrição dos critérios e estratégias utilizadas no processo de seleção dos investimentos. Entretanto, nenhum deles se propõe a desenvolver um modelo para apoiar a seleção dos investimentos, muito menos a seleção de micro e pequenas empresas inovadoras. A pesquisa realizada nas Universidades compreendeu o período entre 1990 e 2007, abordando como tema principal o Capital de Risco. De um total de 13 trabalhos acadêmicos encontrados na pesquisa, somente 3 abordaram o assunto investimento em pequenas e médias empresas, representando 23% do número total. Nenhum deles focalizou os critérios, estratégias ou abordagens utilizadas, para apoiar a decisão de gestores de Fundos de Capital de Risco, na seleção de empresas. Por meio da revisão nos principais congressos, encontros, simpósios e seminários, verificou-se que dos 48 artigos científicos encontrados sobre o tema geral, apenas 4 versavam sobre o investimento em pequenas e médias empresas pelo Capital de Risco representando 8%. Nenhum deles, entretanto, apresentou pesquisas sobre o tema escolhido pelo presente artigo. Apresenta-se, o detalhamento do segundo eixo: Publicações que possuem como tema principal a avaliação de(o) desempenho de empresas. Esta segunda pesquisa foi realizada nos periódicos constantes na lista Qualis/CAPES classificados como Nacional A da área de Engenharia III. As palavras orientadoras foram: avaliação de desempenho, avaliação, desempenho, gestão do desempenho, performance, mensuração, e decisão. A busca foi feita no título, no resumo e nas palavras-chave dos artigos. Dentre os periódicos pesquisados constam: Ambiente e Sociedade, Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, Australian Journal of Mechanical Engineering, Brazilian Dental Journal, Brazilian Journal of Aquatic Science and Technology, Brazilian Journal of Morphological Sciences, Brazilian Journal of Operations and Production Management, Brazilian Oral Research, Cerâmica, Ciência da Informação, Investigação Operacional, Ciência e Tecnologia de Alimentos, Ciência Hoje, Ciência Rural, Eletrônica de Potência, Engenharia Sanitária e Ambiental, Revista de Econometria, Ensaio. Avaliação e Políticas Públicas em Educação, Dados, Journal of Applied Oral Science, Journal of the Brazilian Computer Society, Materialwissenschaft und Werkstofftechnik, Metrologia, Pesquisa Agropecuária Brasileira, Polímeros, RBB. Revista Brasileira de Bioética, Gestão e Produção, Estudos em Design, Revista Contabilidade & Finanças, Produção, RBCF. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, Revista Brasileira de Economia, Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Revista Brasileira de Estatística, Revista Brasileira de Geofísica, Revista de Economia e Sociologia Rural, SBA. Sociedade Brasileira de Automática, Soldagem & Inspeção, e Transportes. Durante o período de 2000 a 2007 foram encontrados artigos com as palavras orientadoras da pesquisa. Dentre esses, 101 artigos (4,6%) abordam a avaliação de desempenho organizacional - sendo que apenas 0,27% do total (seis artigos) tratam da avaliação de desempenho de empresas. Mais especificamente, esses seis artigos abordam o desempenho inovador, o desempenho estratégico, o desempenho logístico, os ativos intangíveis, e desempenho contábil e econômico das empresas. Ou seja, nenhum deles se propõe a construir um modelo para avaliar o desempenho de empresas. Os resultados obtidos pelas pesquisas realizadas demonstram que os critérios e estratégias utilizadas pelos Fundos de Capital Risco, ao selecionar as empresas que serão investidas, bem 6

7 como a avaliação de seu desempenho são pouco explorados na pesquisa da área, o que permite a inserção do tema do presente artigo em um nicho de pesquisa ao qual pouca atenção foi dada até o momento, justificando-se assim a opção por desenvolver este trabalho. Em relação ao enquadramento metodológico, esta pesquisa é de caráter exploratório e se constitui em um estudo de caso, uma vez que os autores buscam analisar um objeto específico com profundidade. A fonte de coleta dos dados é de natureza primária, no que tange à construção do modelo, pelo fato de os dados terem sido coletados diretamente junto ao decisor (3.2); além disso, a fonte pode ser considerada como sendo de natureza secundária, no que se refere à etapa de avaliação das empresas. A abordagem metodológica utilizada neste estudo pode ser classificada como qualitativoquantitativa, uma vez que faz uso não só de instrumental estatístico na coleta e no tratamento dos dados, mas também de dimensões qualitativas, quando da identificação dos critérios que irão compor o modelo. Como instrumento de intervenção para a construção do modelo, fez-se uso da Metodologia MCDA-C. Optou-se por utilizar esta metodologia por sua capacidade de encapsular as percepções do decisor - gestora do Fundo SC - frente à situação analisada, de proporcionar condições de mensurar tais percepções (critérios) e oferecer sugestões para melhoria daqueles critérios em que o desempenho das empresas não se mostrou satisfatório. 3.2 Metodologia Multicritério de Apoio à Decisão Construtivista (MCDA-C) Roy (1993, p.190) e Roy e Vanderpooten (1996) afirmam que a MCDA propõe-se a modelar o contexto decisório, considerando as convicções, percepções e valores dos envolvidos no processo, de tal forma a permitir a construção de um modelo no qual os decisores possam basear suas decisões, levando-se em conta o que estes acreditam ser mais relevante naquele contexto específico (ENSSLIN, S. 2002). Todo esse processo é permeado pela visão construtivista de Piaget (apud LANDRY, 1995), segundo a qual o conhecimento é resultado de algum tipo de interação entre o subjetivo e o objetivo, ou seja, interação entre um sujeito ativo em busca de uma adaptação a um objeto, encontro este que resulta em uma representação que é válida e legítima: válido enquanto código científico e legítimo enquanto código social (ENSSLIN, S. 2002). Assim, a metodologia MCDA pressupõe a noção de produção de conhecimento (BANA e COSTA e SILVA, 1994; ROY, 1993; LANDRY, 1995). As Metodologias Multicritérios constituem-se como uma evolução da Pesquisa Operacional (PO). Dentro da mesma comunidade científica, duas principais correntes de pensamento multicritério desenvolveram-se: Multicriteria Decision Making (MCDM) e Multicriteria Decision Aid (MCDA). A principal diferença entre estas metodologias é que, enquanto a MCDM pretende desenvolver um modelo matemático para explicar uma situação e chegar a uma decisão ótima, baseada em uma situação reconhecida como real, independentemente dos envolvidos, a MCDA se propõe a modelar o contexto decisório, com vistas a gerar conhecimento aos envolvidos no processo, de tal forma a permitir a construção de um modelo no qual as decisões são baseadas em função do que se acredita ser o mais adequado à situação específica (CARPES, ENSSLIN, ENSSLIN, S., 2006; IGARASHI, PALADINI, ENSSLIN, S., 2007). Os segmentos em itálico sinalizam as diferenças básicas entre as duas correntes. A pesquisa aqui relatada afilia-se à MCDA e a seus pressupostos construtivistas, conforme praticada no âmbito do Laboratório LabMCDA-EPS-UFSC (Laboratório Metodologias Multicritério de Apoio à Decisão do Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas da Universidade Federal de Santa Catarina); esta metodologia passa a ser denominada, deste ponto em diante, Metodologia Multicritério de Apoio à Decisão Construtivista (MCDA-C). 7

8 Para cumprir sua função, a metodologia MCDA-C faz uso da atividade de apoio à decisão. Esta atividade de apoio à decisão consiste em três fases, quais sejam: a Fase de Estruturação, a Fase de Avaliação e a Fase de Elaboração de Recomendações. A primeira fase consiste na estruturação do contexto decisório; a segunda fase consiste na construção do modelo de avaliação de alternativas; e, finalmente, a terceira fase consiste na formulação de recomendações de ações de aperfeiçoamento para aqueles critérios em que o desempenho não está de acordo com as expectativas dos decisores (CARPES, ENSSLIN, ENSSLIN, S, 2006) Fase de Estruturação A Fase de Estruturação consiste na contextualização do problema, realizada por meio de uma descrição do contexto em que se indica o dono (LANDRY, 1995) da insatisfação, a fonte da insatisfação, o desempenho atual e o desempenho pretendido. Além disso, é importante mencionar a relevância da situação e a sua factibilidade (se ela é passível de resolução) (CHECKLAND e SCHOLES, 1999). No caso desta pesquisa, foram realizadas entrevistas de natureza semi-estruturada e com utilização da técnica de brainstorming, com o objetivo de gerar conhecimento sobre o contexto decisório, com vistas a identificar subsídios para a construção do modelo que irá auxiliar a gestora (Empresa ZZZ) do Fundo SC a selecionar as empresas que serão investidas. O contexto foi definido da seguinte forma: Dono da insatisfação: Empresa ZZZ - gestora do Fundo SC. A fonte da insatisfação: conforme visto na Introdução, é a originação e seleção de investimentos, pois a escolha correta das empresas será fundamental para gerar o retorno esperado pelos gestores e investidores. Desempenho atual: a Empresa ZZZ auxilia outras empresas a desenvolverem estudos e projetos para captarem recursos; atualmente, não realiza a atividade de investimento de recursos e também não gerencia empresas com recursos captados. Desempenho pretendido: faz-se necessário identificar quais são os aspectos e critérios a serem analisados para auxiliar a seleção de investimentos do Fundo SC. Relevância: (i) a Empresa ZZZ está depositando a sua história, imagem, conhecimento e futuro no desenvolvimento do Fundo SC; (ii) o sucesso do Fundo será a garantia real para a alavancagem de novos recursos para investimentos e para fomentar a indústria catarinense; (iii) a entrada do Fundo SC em um negócio não apenas viabilizará sua continuidade e seu crescimento, como potencializará significativamente o valor criado pelos acionistas originais que, continuando com participação no negócio, também absorverão parte do valor adicionado pela atuação do Fundo. Factibilidade: a Empresa ZZZ, na pessoa de seus sócios, fornecerá as informações necessárias para subsidiar a construção do modelo. Dando seqüência à contextualização, são apresentados os atores, ou seja, aqueles que participam do processo, de forma direta ou indireta - o decisor, o facilitador e os agidos diretos e indiretos. No estudo de caso em questão, os atores foram assim definidos: Decisor: Diretor da Empresa ZZZ e responsável pelas operações do Fundo; Facilitador(es): autores do trabalho; Intervenientes: investidores privados, agente local e FINEP; Agidos: empresas investidas e funcionários da Empresa ZZZ. A última parte da contextualização consiste em definir o rótulo para o problema analisado. O rótulo é o enunciado do problema (ENSSLIN, MONTIBELLER e NORONHA, 2001). No caso do presente estudo, o rótulo foi definido como: Construção de um Modelo para Apoiar a Seleção de Investimentos do Fundo SC. Após a definição do contexto, dos atores e do rótulo do problema, passa-se à construção do modelo propriamente dito. Em primeiro lugar, devem ser identificados os Elementos Primários de Avaliação (EPAs), que são as primeiras 8

9 preocupações manifestadas pelos decisores, quando estes confrontam a situação percebida como problemática (KEENEY, 1992). EPAs Pólo Presente Pólo Oposto Área de atuação da empresa Dar preferência para produtos com maior penetração de mercado Ter produto voltado para um nicho Mercado do produto Ter pesquisas consistentes e confiáveis sobre o mercado Ter informações de maneira desestruturada. Quadro 1: Exemplos de Elementos Primários de Avaliação Identificados Os EPAs, por natureza, são orientados à ação; em função disto, são transformados em conceitos, os quais identificam dois pólos o pólo presente (pretendido) e o pólo oposto (mínimo aceitável pelo decisor), conforme Quadro 1 (ENSSLIN, MONTIBELLER e NORONHA, 2001). Nesta pesquisa, a técnica de brainstorming utilizada durante as entrevistas gerou um número de 69 EPAs. Os EPAs têm o objetivo de gerar uma melhor compreensão das preocupações, deixando claras as fronteiras entre o pretendido e o mínimo aceitável. A partir da formulação dos conceitos, estes são agrupados em áreas de afinidades, ou clusters (EDEN, 1988), sendo, então, estruturados hierarquicamente, com base em suas relações de influência. Esta estrutura hierárquica é denominada, na metodologia MCDA-C, Árvore de Pontos de Vista (BANA e COSTA E SILVA, 1994) ou estrutura hierárquica de valores (KEENEY, 1992). A Figura 1 apresenta a estrutura hierárquica de valor construída: aceita e negociada pelo Diretor da Empresa ZZZ e, portanto, legitimada. Em tal estrutura arborescente, são visualizadas as duas grandes áreas de preocupação (Ambiente Externo e Ambiente Interno), oito Ponto de Vista Fundamentais (PVFs) (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8) e seus desdobramentos em Pontos de Vista Elementares (PVE) (1.1), sub Pontos de Vista Elementares (subpve) (1.1.1) e sub sub Pontos de Vista Elementares (subsubpve) ( ). Observe-se que este desdobramento é realizado até que se identifique um ponto de vista (PV) passível de mensuração, neste momento, denominado de critério. Apoiar a Seleção dos Investimentos do Fundo Santa Catarina (SC) Ambiente Externo Ambiente Interno PVF 1 Dimensão Mercado PVF 2 Concorrência PVF 3 Clientes PVF 4 Parceiros PVF 5 Pessoas PVF 6 Processos PVF 7 Produto PVF 8 Estratégia de Saída Figura 1: Áreas de preocupação e Pontos de Vista Fundamentais 9

10 Ambiente Externo 1. Dimensão do Mercado: 1.1 Dimensão Produto: Crescimento, Organização, Conhecimento ( Origem, Aprofundamento). 1.2 Dimensão Abrangência: Diversificação ( Nichos, Distribuição), Conhecimento ( Origem, Aprofundamento). 2. Concorrência: 2.1 Ciclo de vida. 2.2 Legislação: Restrições ambientais e de segurança ( Produto, Processo, Matéria-prima), Restrições éticas, morais e culturais ( Produto, Processo, Matéria-prima), órgãos Controladores. 2.3 Concorrentes: Origem, Porte, Participação no Mercado, Atuação, Barreiras de entrada, Saturação. 3. Clientes: 3.1 Grau de interação: Conhecimento ( Origem, Aprofundamento). 3.2 Organização 3.3 Capacidade Financeira. 4. Parceiros: 4.1 Fornecedores: Localização, Quantidade, Participação Receita. 4.2 Desenvolvimento: Universidades, Outras empresas. 4.3 Comercial: Órgãos/associações, Representantes/distribuidores. Ambiente Interno 5. Pessoas: 5.1 Funções. 5.2 Comprometimento: Dedicação cúpula, Detentor know how. 5.3 Perfil: Gestão, Perfil diretivo, Experiência mercado, Articulação, Escolaridade. 6. Processos: 6.1 Administrativo: Área legal ( Leis societárias, Leis fiscais e tributárias, Leis trabalhistas), Transparência, Controle defasagem, Finanças ( Endividamento, Liquidez geral), Planejamento Estratégico ( Projeções, Modelo de negócios, Estratégia crescimento, Planejamento das ações). 6.2 Operacional: Qualidade, Produção ( Domínio, Qualidade). 6.3 Recursos Humanos: Rotatividade, Comunicação, Participação nos resultados. 6.4 Comercial: Estratégia de atuação, Canais de distribuição, Estratégia de marketing. 7. Produto: 7.1 Custos. 7.2 Diferenciais. 7.3 Exclusividade. 7.4 Vantagens Competitivas. 7.5 Inovação: Abrangência ( Finalidade, Mercado), Conhecimento ( Origem, Aprofundamento). 8. Estratégia de saída: 8.1 Mobilidade. 8.2 Participação do Fundo: Venda, Compra. 8.3 Compradores Quadro 2: Estrutura Hierárquica: áreas de preocupação, PVFs, PVEs, sub-pves Observe-se que o modelo proposto considera os oito PVFs Dimensão do Mercado, Concorrência, Clientes, Parceiros, Pessoas, Processos, Produto e Estratégia de Saída. Construída a árvore de pontos de vista, a próxima etapa da fase de estruturação do modelo consiste na construção dos descritores, que vão permitir a mensuração e a avaliação das empresas candidatas ao investimento do Fundo SC. Conforme explicado em Dutra (1998, p. 154), um descritor pode ser definido como um conjunto de níveis, associado a um PV, o qual descreverá os possíveis impactos das ações potenciais. Assim, quando se proceder à avaliação local (avaliação de uma ação em relação a um determinado PV [critério]) de uma ação potencial, basta identificar em qual dos níveis de seu descritor esta ação impacta. O Quadro 3 apresenta um dos descritores desenvolvidos nesta pesquisa, relativo ao critério Nível de Crescimento do Mercado. Este descritor tem por objetivo analisar o nível de crescimento do mercado do produto o qual a empresa candidata desenvolverá ou desenvolveu. Com esta etapa, conclui-se a fase de estruturação do modelo Fase de Avaliação A Fase de Avaliação propõe-se, em primeiro lugar, determinar escalas cardinais locais, por meio da construção das funções de valor para os níveis dos descritores. O processo é realizado com o auxílio do software Macbeth-scores (BANA e COSTA e VASNICK, 1997). Para tanto, são definidos níveis de referência para cada descritor (BANA e COSTA e SILVA, 1994), também conhecidos como níveis-âncora. Estes níveis determinam as faixas limítrofes, no interior das quais os níveis impactados são considerados como sendo nível de mercado. O nível acima do Bom é considerado benchmarking o nível de excelência buscado; o nível abaixo do Neutro é considerado comprometedor e é penalizado no modelo. Para a construção da função de valor para cada descritor, utiliza-se o método do julgamento semântico, por meio de comparações par-a-par e utilizando-se o software Macbeth-scores 10

11 (BANA E COSTA, STEWART, VANSNICK, 1995), conforme demonstrado no Quadro 3, abaixo. Nível de Impacto Descrição Nível de crescimento do Nível de Referência mercado N4 Altas taxas de crescimento 179,98 N3 Crescimento mediano c/ sinais de consolidação Bom 100 N2 Crescimento mediano s/ sinais de consolidação Neutro 0 N1 Baixas taxas de crescimento -99,96 Função de Valor (Macbeth) Quadro 3: Descritor e função de valor do critério Nível de crescimento do mercado Observe-se, no Quadro 3, que as três primeiras colunas se referem ao descritor; a quarta e última coluna representa a escala cardinal construída para esse descritor. A etapa seguinte da Fase de Avaliação consiste na identificação das taxas de substituição, que informam a importância relativa de cada critério no modelo. Ao serem obtidas as taxas de substituição de cada critério, pode-se transformar o valor da avaliação de cada um deles em valores de uma avaliação global. Primeiramente, ordenam-se os critérios e, na seqüência, constrói-se a matriz semântica do julgamento de valor, de forma semelhante àquela usada para a construção das funções de valor. A única diferença é a introdução de um critério de referência - A0 - que será usado como uma ancoragem (ponto zero), recebendo, assim, uma importância de 0% (zero por cento). Após a geração das taxas de substituição, o modelo de avaliação está concluído e já terá atingido seu objetivo maior gerar entendimento sobre quais critérios são importantes no momento de analisar as empresas que serão selecionadas para receber os recursos do Fundo SC, bem como o que esses critérios iriam considerar e como seriam avaliados. Porém, uma vez que também se objetiva conhecer o desempenho das empresas (avaliação global), cabe, agora, agregar as avaliações locais (avaliação nos PVs/critérios). A avaliação global de uma ação é calculada por meio da seguinte equação matemática de agregação aditiva: V(a) = W 1 *V 1 (a) + W 2 *V 2 (a) + W 3 *V 3 (a) +... W n *V n (a) onde: V(a) = Valor Global do status quo da Empresa Y; V 1 (a), V 2 (a),... V n (a) = Valor parcial nos critérios 1, 2, 3,..., n.; W 1, W 2,..., W n = Taxas de Substituição nos critérios 1, 2, 3,..., n.; e n = número de critérios do modelo. A partir do processo de construção do modelo, foi possível identificar os 74 critérios que deveriam ser utilizados para verificar o desempenho das empresas que serão selecionadas para receber recursos do Fundo SC, conforme Figura 1. A representação gráfica do perfil de desempenho é elucidativa, no sentido de permitir a visualização daqueles PVs (critérios) responsáveis pelo comprometimento do desempenho das empresas. Esta visualização é permitida pela Figura 2, que apresenta o modelo construído para fins desta pesquisa, onde podem ser vistos os 74 (setenta e quatro) critérios, bem como o impacto da Empresa Y (escolhida para exemplificar o modelo), formando o perfil de seu desempenho. Conforme ilustrado na Figura 2, os critérios Atuação; Interação; Localização; e Liquidez Geral são os responsáveis por comprometer o desempenho da Empresa Y. 11

12 250,00 200,00 150,00 Excelência 100,00 50,00 Competitivo 0,00-50,00-100,00 Comprometedor -150,00 Figura 2: Perfil de Desempenho da candidata Empresa Y para Seleção de Investimentos do Fundo SC Isto posto, procede-se à avaliação global da Empresa Y, por meio do método de agregação aditiva: V(a) = 0,33*{0,39*[0,67*(0,52* ,33* ,14*(0,67*0 + 0,33*100)) + 0,33*(0,69*(0,33* ,67*100) + 0,31*(0,67*0 + 0,33*100))] + 0,30*[ 0,52* ,32*(0,33*(0,50* ,33* ,17*180) + 0,50*(0,50*142,86 + 0,33*142,86 + 0,17*100) + 0,17*100) + 0,16*(0,04* ,08*0 + 0,18*0 + 0,13*0 + 0,25*137,50 + 0,33*100)] + 0,20*[ 0,16*(0,67*(0,67*0 + 0,33*100) + 0,33* ,32*50 + 0,52*140] + 0,11*[ 0,50*( 0,14* ,33*0 + 0,52*62,5) + 0,32*( 0,70* ,30*100) + 0,18*( 0,30* ,70*100)]} + 0,67*{0,11*[ 0,16* ,52*(0,33*50 + 0,67*225) + 0,32*(0,29* ,44* ,09* ,14*0 + 0,05*40)] + 0,19*[ 0,41*(0,44*(0,50* ,17* ,33*100) 0,17* ,05* ,11*(0,67* *54,55) + 0,23*(0,16* ,24* ,51* ,08*0)) + 0,29*(0,33* ,67*(0,67* ,33*100)) + 0,20*(0,33*0 + 0,50* ,17*0) + 0,10*(0,50* ,33*157,14 + 0,17*42,86)] + 0,40*[ 0,12* ,07*0 + 0,23* ,41* ,18*(0,67*(0,67* - 57,14 + 0,33*0) + 0,33*(0,67*0 + 0,33*175))] + 0,30*[ 0,50* ,17*(0,67* ,33*100) + 0,33*100]} O resultado obtido na avaliação do desempenho da Empresa Y foi a pontuação positiva de 79,75, em uma escala de 0 a 100, ou seja, a Empresa Y apresenta um desempenho competitivo, mesmo que em alguns critérios esteja comprometida. Entretanto, a simples identificação deste perfil de desempenho não será suficiente para subsidiar o processo de decisão quanto à seleção da empresa o gestor também irá realizar uma minuciosa análise do plano de negócios apresentado, dos balanços financeiros, verificar a veracidade das informações subjetivas, e avaliar, criteriosamente, todos os passivos e contingências existentes. Esse conjunto de análises/avaliações se justifica, tendo em vista a conseqüência de uma escolha mal feita, que pode resultar em perda de grande parte ou da totalidade do investimento, além de um relacionamento de longo prazo conflituoso entre investidor e empreendedor Fase de Recomendações Na Fase de Elaboração de Recomendações, são sugeridas as ações potenciais que visam melhorar o desempenho da Empresa Y em relação a seu status quo. O processo de geração de ações de recomendação é feito com base nos descritores cujo desempenho não atendeu às expectativas dos responsável pelas operações do Fundo SC da Empresa ZZZ. No caso do modelo proposto, os critérios que apresentaram um baixo desempenho foram Atuação; Interação; Localização; e Liquidez Geral. O primeiro critério, Atuação, especifica a abrangência de atuação dos concorrentes; neste caso não 12

13 existe recomendação a ser feita, pois o desempenho compreendido (âmbito internacional) é de seus concorrentes e não da Empresa Y. O segundo critério, Interação, engloba as formas de interação da empresa com os seus potenciais clientes. No exemplo da Empresa Y, a mesma realizou apenas contato telefônico e pesquisa por questionário. Uma ação de melhoria seria realizar visitas aos clientes ao invés de manter apenas contato telefônico. O critério, Localização, trata da localização dos fornecedores, que na Empresa Y encontra-se em outros países. Uma ação de melhoria seria a realização de parcerias com empresas ou universidades nacionais, que desenvolvam materiais similares. E por fim, o critério, Liquidez Geral, refere-se à capacidade de a Empresa Y pagar as suas dívidas e obter um excedente o seu desempenho, nesse aspecto, foi comprometedor: a mesma não possui capacidade de pagamento, o que pode ser justificado pelo fato de ela existir a apenas 06 meses, ou seja, encontrar-se na fase de finalização do desenvolvimento do produto e conseqüente introdução no mercado, não tendo tido, ainda, capacidade de obter retorno. Argumenta-se, assim, a vantagem da construção deste modelo tanto para a Empresa ZZZ, bem como para as empresas candidatas aos Fundo SC. Para a Empresa ZZZ, por esta agora estar de posse de um instrumento que possibilite uma avaliação e seleção das candidatas de forma transparente; para as candidatas, por essas saberem antecipadamente quais critérios a partir dos quais serão avaliadas e como serão avaliadas, estando em condições, antes de se candidatar, de gerenciar seu desempenho naqueles aspectos em que não estão aderentes às perspectivas da Empresa ZZZ. A próxima sub-seção tece considerações finais, apresenta as limitações do estudo e a partir daí sugerem-se áreas para futuras pesquisas. 4. Considerações Finais O presente estudo teve como objetivo geral construir um modelo para apoiar a decisão do gestor do Fundo SC, na seleção dos investimentos. Para atingir este objetivo, o construto teórico foi informado pelo tema Capital de Risco. Adicionalmente, o framework adotado incluiu as premissas do instrumento teórico-metodológico de intervenção selecionado a Metodologia MCDA-C. Os objetivos específicos da pesquisa, apresentados anteriormente na Introdução, foram contemplados nas etapas de construção do modelo, por meio do uso da metodologia MCDA-C: (i) o primeiro objetivo foi alcançado por meio da identificação e tratamento dos EPAs; (ii) o segundo foi alcançado por meio da construção da árvore de pontos de vista e dos descritores; e, (iii) o terceiro foi alcançado por meio da determinação do impacto da mesma nos descritores (Figura 2). Resgatando-se a pergunta norteadora da pesquisa Quais os critérios a serem considerados em um modelo que pretende auxiliar na seleção e avaliação das empresas que irão receber investimentos do Fundo SC? remete-se à Figura 1 e ao Quadro 2, que permitem a visualização dos 74 critérios construídos. Conclui-se, assim, que o modelo construído atende aos requisitos sugeridos na pergunta de pesquisa, pois foram contempladas as preocupações principais dos envolvidos no processo (diretor de operações do Fundo, FINEP, agente local e investidores privados). A partir do modelo construído, foi possível avaliar o desempenho da Empresa Y, avaliação que resultou em uma pontuação positiva de 79,75. Diante de tal avaliação, é possível afirmar que, mesmo apresentando desempenho comprometedor em 4 (quatro) critérios, a Empresa Y ficou dentro das expectativas do responsável pelas operações do Fundo SC. No que diz respeito à metodologia utilizada como ferramenta de intervenção, a pesquisa demonstrou que as informações coletadas e organizadas a partir das percepções do decisor mostraram-se 13

14 capazes de gerar subsídios para apoiar a decisão de seleção dos investimentos do Fundo SC. Como limitação da pesquisa, cita-se o caráter ad hoc do modelo: pelo fato de ter sido construído especificamente para a Empresa ZZZ, tal modelo, para ser replicado, necessita de ajustes que contemplem as especificidades do Fundo de Investimento a ser investigado. Como ponto para futuras pesquisas, sugere-se a avaliação de todas as candidatas ao Fundo SC. 5. Referências Bibliográficas BANA E COSTA, C. A., SILVA, F. N. Concepção de uma Boa Alternativa de Ligação Ferroviária ao Porto de Lisboa: uma aplicação da metodologia MCDA e à negociação. Investigação Operacional, , BANA E COSTA, C.A., STEWART, T.J., VANSNICK, J.C. Multicriteria decision analysis: some troughts based on the tutorial and discussion sessions of the ESIGMA meetings. Euro XIV Conference, Jerusalem, , BANA E COSTA, C. A., VANSNICK, J.C. Applications of the MACBETH Approach in the Framework of an Additive Aggregation Model, Journal of Multi-criteria Decision Analysis, , CARPES, M. M. M.; ENSSLIN, L.; ENSSLIN, S.R. Avaliação do desempenho das práticas de responsabilidade social na gestão organizacional por meio da metodologia MCDA-Construtivista: uma abordagem aos modelos já existentes. Alcance. v.13. n.1. p jan/abr CARVALHO, A.G., RIBEIRO, L.L, FURTADO, C.V. A indústria de private equity e venture capital: o primeiro censo brasileiro. São Paulo: Saraiva, CHECA, G.; LEME, E.; SCHREIER, C. The Venture Capital and Private Equity Industry in Brazil. Journal of Private Equity, v.4, n.4, p.46-67, Fall CHECKLAND, P., SCHOLES, J. Soft Systems Methodology in Action: a 30-year retrospective. Chichester: John Wiley & Sons Ltd, DUTRA, A. Elaboração de um sistema de Avaliação de Desempenho dos Recursos Humanos da Secretaria de Estado da Administração à luz da Metodologia MCDA Dissertação de Mestrado PPGEP, UFSC. EDEN, C. Cognitive mapping. European Journal of Operational Research, n. 36, p.1-13, ENSSLIN, S.R. A Incorporação da Perspectiva Sistêmico-Sinergética na Metodologia MCDA Construtivista: uma ilustração de implementação. Tese de Doutorado. PPGEP - UFSC. Florianópolis, ENSSLIN, L.; MONTIBELLER, G. N.; NORONHA, S. M. Apoio à Decisão: Metodologias para Estruturação de Problemas e Avaliação Multicritério de Alternativas. Ed. Insular: FINEP. Programa Inovar Semente. Disponível em: Acesso em: 20 fevereiro IGARASHI, D. C. C.; PALADINI, E.P.; ENSSLIN, S.R. A metodologia multicritério de apoio à decisão construtivista como subsídio para o gerenciamento interno: estudo de caso no PPGC/UFSC. Organizações & Sociedade. v.14. n.42. p julho/setembro.2007 KEENEY, R. L., Value Focused-Thinking: A Path to Creative Decision-making. Cabridge: Harvard Univ. Press, LANDRY, M. A Note on the Concept of Problem. Organization Studies, 16/2 p EGOS / , RIBEIRO, L.L O Modelo Brasileiro de Private Equity e Venture Capital. Tese de Mestrado. Programa de Pós- Graduação em Administração USP. São Paulo, ROY, B. Decision science or decision-aid science? European Journal of Operacional Research, v.8, n.1, pp ,1993. ROY, B. Decision-aid and decision making. in: BANA e COSTA (ed.) Readings in Multiple Criteria Decision Aid, Berlin: Springer, pp , ROY, B.; VANDERPOOTEN, D. The European School of MCDA: Emergence, Basic Features and Current 14

15 Works. Journal of Multi-Criteria Decision Analysis, p.22-38, SHINOHARA, P., Como funcionam os fundos de investimento em capital produtivo. São Paulo: Trevisan Editora Universitária,

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