DIREITOS DOS CONCUBINOS RELATIVOS A POSSÍVEL HERANÇA E MEAÇÃO

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1 DIREITOS DOS CONCUBINOS RELATIVOS A POSSÍVEL HERANÇA E MEAÇÃO Gabriel Henning Uhlmann 1 Carlos Roberto da Silva 2 SUMÁRIO Introdução; 1 A duplicidade de afeto; 2 O direito sucessório para o concubinato; 3 Do direito indenizatório do concubino ; 4 Do direito à meação para os amantes; Considerações finais; Referência das fontes citadas. RESUMO Este artigo tem como objetivo pesquisar a possibilidade do direito sucessório e direito à meação na relação de concubinato, revelando-se sua importância na medida em que cada vez mais cresce o número de pessoas que vivem neste tipo de afinidade. O objeto da presente pesquisa é a análise acerca da nova visão doutrinária existente em se tratando da existência do concubinato, referente aos bens pertencentes do casal praticante deste tipo de relacionamento. Sabe-se que antigamente o concubinato era tido como algo inaceitável perante a sociedade, todavia, hodiernamente, está regulado pela Legislação Civil a partir do Código Civil de Neste trabalho, inicialmente foram elaboradas algumas distinções entre concubinato, relação estável, duplicidade de afeto, fidelidade, entre outros, juntamente com o conceito de cada uma dessas categorias. Foi utilizado o método indutivo. Ao final da pesquisa, observou-se que ocorre certa divergência entre alguns doutrinadores sobre o tema, contudo, o Supremo Tribunal Federal defende que para haver algum direito a sucessão por parte da segunda família do concubino, é necessário provar que houve contribuição desta segunda família para a aquisição dos bens, sendo na forma financeira, mediante serviços domésticos ou de outro modo. Palavras-chave: Concubinato; União Estável; Herança; Meação. INTRODUÇÃO De acordo com pensamento religioso, união matrimonial é quando dois corpos se juntam com a finalidade de construir uma família, separando-se, apenas, 1 Acadêmico do 8º período do Curso de Direito da Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI 2 Mestre em Ciência Jurídica do Programa de Mestrado em Direito e Doutorando do Curso de Doutorado em Ciência Jurídica CDCJ, todos da Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI. Professor do Curso de Direito da Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI. Magistrado lotado na Vara da Fazenda Pública da Comarca de Itajaí e Presidente da 7ª Turma de Recursos. 777

2 no final de suas vidas. Portanto, muitas pessoas se casam diversas vezes durante suas vidas, constatando-se assim, a fragilidade do matrimônio nos dias atuais. Destarte, há uma parcela de pessoas que prefere manter a aparência do casamento duradouro perante a sociedade, porém, muitas vezes, mantêm um relacionamento fora do casamento, sendo esta relação chamada de concubinato. No Brasil, vigora, nos costumes e normas, a forma monogâmica de se relacionar, ou seja, um homem só pode se casar com uma única mulher, e vice versa. Contudo, em outros países, como a África, o costume adotado é o da poligamia, ou seja, um homem possui um casamento harmônico com várias mulheres. Sob o aspecto moral, no Brasil não é bem vista a pessoa que mantém amorosamente um relacionamento fora do casamento. No entanto, é comum pessoas que partilham destes relacionamentos extraconjugais. Com isso, presumese que essa segunda pessoa possui direitos sob a herança e a meação, caso seu parceiro venha a óbito. O concubinato é uma prática antiga, porém, a jurisprudência e a doutrina só passaram a discutir sobre o tema atualmente, em face do aumento de casos em que a concubina busca, frente à família legítima, os seus direitos. O presente artigo tem como objeto, a possível herança e meação relativa aos concubinos. Seu objetivo constitucional é produzir um artigo científico para obtenção do grau de bacharel em Direito pela Universidade do Vale do Itajaí; e seu objetivo geral é analisar, legalmente e doutrinariamente, os contornos legais sobre o objeto em estudo. Quanto à metodologia empregada no artigo científico, este se realizou pela lógica Indutiva 3 e foram utilizadas as Técnicas do Referente 4, da Categoria 5, do Conceito Operacional 6 e da Pesquisa Bibliográfica 7. 3 [...] pesquisar e identificar as partes de um fenômeno e colecioná-las de modo a ter uma percepção ou conclusão geral [...]. PASOLD, Cesar Luis. Metodologia da pesquisa jurídica: teoria e prática. 11 ed. Florianópolis: Conceito editorial/millenium, p [...] explicitação prévia do(s) motivo(s), do(s) objetivo(s) e do produto desejado, delimitando o alcance temático e de abordagem para a atividade intelectual, especialmente para uma pesquisa. PASOLD, Cesar Luis. Metodologia da pesquisa jurídica: Teoria e prática. p [...] palavra ou expressão estratégica à elaboração e/ou à expressão de uma idéia. PASOLD, Cesar Luis. Metodologia da pesquisa jurídica: Teoria e prática. p

3 Portanto, este artigo busca esclarecer os riscos e os deveres que uma pessoa que mantém uma duplicidade de afeto pode gerar perante o concubino. 1. A DUPLICIDADE DE AFETO No âmbito da fidelidade, uma duplicidade de afeto jamais poderia ocorrer, mas, em se tratando de afeto, isto é possível e é comprovado por várias maneiras, dentre elas, um estudo fornecido pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, que demonstra que os homens ainda traem mais do que as mulheres, sendo esta traição dobrada, ou seja, para cada mulher que trai, existe dois homens traindo da mesma forma. Em se tratando de números, esta pesquisa menciona que o Estado do Paraná é o que possui menor índice de homens com duplicidade de afeto, ou seja, que possuem mais de uma relação amorosa, ficando, desta forma, com o percentual de 43% de homens que possuem amantes. O Estado que possui o índice mais alto de traição é a Bahia, com cerca de 64% dos homens com duplicidade de afeto 8. A duplicidade de afeto, embora vista pela grande maioria como uma aversão à fidelidade, para certos grupos de pessoas é uma maneira normal de se relacionar, em que muitas vezes o homem ou a mulher sabe que o parceiro se relaciona com duas ou mais pessoas e, mesmo assim, aceita essa situação. Existindo entre eles, portanto, uma relação múltipla e aberta. Essa relação múltipla supracitada, praticada entre alguns casais, advém de uma teoria chamada de Poliamorismo, que defende o pensamento de que as pessoas podem amar de forma igual mais de uma pessoa ao mesmo tempo, portanto a Poligamia, embora esta não seja bem vista por grande parte das pessoas. 6 [...] uma definição para uma palavra ou expressão, com o desejo de que tal definição seja aceita para os efeitos das idéias que expomos [...]. PASOLD, Cesar Luis. Metodologia da pesquisa jurídica: Teoria e prática. p Técnica de investigação em livros, repertórios jurisprudenciais e coletâneas legais. PASOLD, Cesar Luis. Metodologia da pesquisa jurídica: Teoria e prática. p Mapa brasileiro dos relacionamentos. Disponível < Acesso em 20 de set de

4 Logo, a diferença entre Poliamorismo e Concubinato é que no primeiro, todas as partes presentes na relação múltipla sabem uma das outras. Já no segundo, a relação é extraconjugal e, portanto, só sabe quem a pratica, podendo ser o casal cúmplice ou não. 2. O DIREITO SUCESSÓRIO PARA O CONCUBINATO O novo Código Civil trata da União Estável no Título III, artigos ao E regula a questão terminológica in verbis: Art As relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar, constituem concubinato. Com este artigo, torna-se visível a mudança de pensamento ocorrida, pois, antigamente, o concubinato era tido com uma relação totalmente inaceitável, e agora é aceita até mesmo pela legislação civil existente. No aspecto das sucessões, há divergência entre os doutrinadores. Grande parcela dos doutrinadores aponta como forma de averiguar o merecimento do Direito Sucessório para o(a) concubino(a), o tipo de relacionamento que eles mantinham, se era uma relação pura ou impura, bem como se o(a) concubino(a) ajudou seu parceiro(a) a adquirir algum patrimônio. Importante ressaltar a distinção demonstrada pelo professor Arnoldo Wald 9, entre a companheira (quando a pessoa não é casada) e a concubina, quando para ele, a companheira é a mulher com quem o homem, separado de fato ou de direito da esposa ou viúvo, mantém convivência, e a concubina é aquela pessoa com quem o homem adúltero tem encontros fora do lar 10. Sobre o assunto, temos o Acórdão relatado pelo Ministro Antônio Neder, no Recurso Especial n /SP: [...] em jurídica linguagem é de se admitir a diferenciação, porque, na verdade, o cônjuge adúltero pode manter convívio no lar com a esposa e, fora, ter encontros amorosos com outra mulher, como pode também separar-se de fato da esposa, ou desfazer desse modo a sociedade conjugal, para conviver more uxório com a outra. Na primeira hipótese o que se configura é um concubinato segundo o seu conceito moderno, e obviamente a mulher é concubina; mas, na 9 Wald, Arnoldo. Direito Civil: Direito de Família. 17ª ed. São Paulo. Saraiva SOUZA, Stela Maris Vieira de. Tratado de Direito de Família e Sucessões. 1ª ed. Campo Grande. Contemplar

5 segunda hipótese, o que se concretiza é uma união-de-fato (assim chamada por lhe faltarem as justas nuptiae) e a mulher merece havida como companheira; precisando melhor a diferença, é de se reconhecer que, no primeiro caso, o homem tem duas mulheres, a legítima e a outra; no segundo, ele convive apenas com a companheira, porque se afastou da mulher legítima, rompeu de fato a vida conjugal. 11 Com isso, fica clara a diferença entre o termo companheira e concubina, onde na primeira, a relação é tida como uma união estável, pois o homem de fato está separado, ou é viúvo, já na segunda, o homem possui uma duplicidade de afeto, mantendo duas relações simultaneamente. Em relação ao concubinato puro e impuro, de acordo com Maria Helena Diniz, temos dois pareceres: [...] o concubinato pode ser: puro ou impuro. Será puro se se apresentar como uma união duradoura, sem casamento civil, entre homem e mulher livres e desimpedidos, isto é, não comprometidos por deveres matrimoniais ou por outra ligação concubinária. Assim, vivem em concubinato puro: solteiros, viúvos, separados judicialmente e divorciados (RT, 409:352). Ter-se-á concubinato impuro se um dos amantes ou ambos estão comprometidos ou impedidos legalmente de se casar. Apresenta-se como: a) adulterino (RT, 38:201; RT, 458:224), se se fundar no estado de cônjuge de um ou ambos os concubinos, p. ex., se o homem casado mantém, ao lado da família legítima, outra ilegítima, e b) incestuoso, se houver parentesco próximo entre os amantes. 12 Já para a professora Iara de Toledo Fernandes: [...] concubinato é sempre impuro, a relação estará sempre à margem da lei. Para a mesma autora concubinato adulterino é proveniente de uma relação ilícita. Porque haverá uma família legítima, constituída pelo casamento ou até mesmo pela união estável e concomitantemente outra relação, que será ilegítima 13 Porém, se não comprovada a participação na aquisição do patrimônio pela concubina, esta não poderá exercer o direito à meação ou sucessório, segundo o entendimento do Supremo Tribunal Federal, que assim decidiu: 11 BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Recurso Especial nº São Paulo. Disponível em: Acessado em: 10 out DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. 23 Ed. São Paulo, Saraiva. 13 FERNANDES, Iara de Toledo. Alimentos provisionais. 1ª Ed. São Paulo: Saraiva,

6 CONCUBINATO E SOCIEDADE DE FATO. Para se reconhecer a qualidade de sócia à concubina não basta apenas a existência do concubinato. Torna-se imprescindível a comprovação da real existência de uma sociedade de fato, derivada de esforço ou contribuições da concubina na formação do patrimônio comum. No caso não ficou comprovada a existência de sociedade de fato, com a formação de um patrimônio comum. Desde que a concubina prestou serviço doméstico, revelando dedicação ao trabalho do lar, durante o período da vida em comum, tornou-se merecedora de indenização conforme jurisprudência do Supremo Tribunal Federal 14. Em relação à quantidade de bens que passará a ser da concubina após comprovada a participação, esta se dará de forma proporcional, considerando o quanto ela contribuiu financeiramente ou trabalhou para a formação do patrimônio do parceiro, de forma que a Súmula não assegura a divisão meio a meio da partilha entre os companheiros, variando a cada caso. Como exemplo, temos o julgado (Resp ) que reformou a decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no sentido de conceder à concubina de um Capitão do Exército o direito de 50% da pensão adquirida pela esposa, diante do falecido Capitão. Para conseguir tal feito, a concubina reuniu documentos e testemunhos para comprovar que viveu cerca de 30 anos com o Capitão, e que dependia financeiramente deste. Com isso, o Tribunal Regional Federal considerou que a relação entre o Capitão e a concubina seria semelhante a uma união estável, e por isso, concorreria com a parcela de pensão alimentícia com os demais dependentes. Tal recurso foi julgado pela 5ª turma do Superior Tribunal de Justiça, e resultou improcedente o pedido da concubina, devido ao fato de que a Constituição Federal não considera que uma relação de concubinato possua semelhança com uma relação estável, pois, em união estável, os agentes podem se casar se for da vontade de ambos, já no concubinato existem impedimentos, sendo um deles, a existência de uma pessoa legalmente casada com o concubino, que no caso acima citado seria o Capitão. Nesse sentido, temos uma decisão do Superior Tribunal de Justiça: 14 BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Disponível em: Acessado em: 10 out

7 ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDOR PÚBLICO. CONCUBINA. PENSÃO. RATEIO COM A VIÚVA. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES DO STJ E DO STF. AGRAVO NÃO PROVIDO. 1. "A proteção do Estado à união estável alcança apenas as situações legítimas e nestas não está incluído o concubinato", sendo certo que a "titularidade da pensão decorrente do falecimento de servidor público pressupõe vínculo agasalhado pelo ordenamento jurídico, mostrando-se impróprio o implemento de divisão a beneficiar, em detrimento da família, a concubina (RE , Rel. Min. MARCO AURÉLIO, STF, Primeira Turma, DJe 26/3/09). 2. Hipótese em que o Tribunal de origem reconheceu, com base no conjunto probatório dos autos, que o falecido servidor não era separado de fato, tendo estabelecido dois núcleos familiares concomitantemente, com sua esposa e com a ora agravante. 3. Agravo regimental não provido 15. Diante de tal decisão, entende-se que, para que a concubina possua direito à indenização, é necessário estabelecer quais foram as aquisições ou os serviços prestados em comunhão de esforços. 3. DO DIREITO INDENIZATÓRIO DO CONCUBINO Como já visto no capítulo anterior, esse direito só deverá existir quando a relação de concubinato perdurar por anos, e existir uma participação de ambos os concubinários na aquisição do patrimônio, ou pela prestação de serviços, que no caso, pode ser no âmbito doméstico. clara: A professora Stela Maris Vieira de Souza expõe sobre o assunto de maneira Na sociedade de fato, resultante de concubinato de longa duração pelos ganhos ou pela natureza do trabalho concubinário, pode-se ter uma ideia da participação maior deles, levando-se em conta o serviço doméstico prestado pelo concubinário ou mesmo sua participação efetiva, via contribuição, para aumento do patrimônio comum e, por conseguinte, referencial para chegar-se ao patamar indenizatório BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Agravo Regimental no Agravo de Instrumento. nº Brasília. DF. 21 de ago de SOUZA, Stela Maris Vieira de. Tratado de Direito de Família e Sucessões. 1ª ed. Campo Grande. Contemplar p. 292,

8 No que tange à prática de serviços ao concubinário, sendo domésticos ou não, há divergência doutrinária, assim, há quem defenda a existência do direito à indenização pelos serviços prestados, e quem defenda a inexistência de tal direito. Para os que defendem o direito indenizatório, o entendimento é que os serviços prestados para o concubino o beneficiaram de alguma maneira, e com isso, o concubino prestador do serviço é merecedor de indenização. Este argumento pode ser defendido pelo princípio que coíbe o enriquecimento ilícito. Sobre o trabalho doméstico prestado para o concubinário, Stela Maris Vieira de Souza opina: [...] o trabalho da mulher, nas atividades do lar, cuidando da criação e educação dos filhos e administrando as atividades domésticas, embora sem uma avaliação material, constitui fonte de retaguarda indispensável para que o homem possa exercer suas atividades profissionais em toda sua plenitude. É exatamente a segurança e a certeza de que, no lar, tudo caminha com segurança, pela firmeza de atuação da mulher que deixa o homem com serenidade e despreocupação, para enfrentar o seu trabalho e construir o patrimônio 17 Para a outra parcela de doutrinadores, os quais são contra o direito indenizatório em função da prestação de serviços da concubina, esta indenização já está contida no próprio regime comunitário, e será discutida de maneira normal (tempo que estão juntos ou se ambos contribuíram financeiramente para os bens), e não pelo fato dos trabalhos domésticos. Destarte, seguindo o mesmo pensamento, os afazeres domésticos prestados pela mulher concubina não se traduzem em benefícios somente para o concubinário, mas sim para ambos, ou para família toda. 4. DO DIREITO À MEAÇÃO PARA OS AMANTES Para que ocorra este direito, assim como os anteriores discutidos, também é preciso que os concubinos tenham concorrido entre si financeiramente ou em atividade intensiva doméstica. 17 SOUZA, Stela Maris Vieira de. Tratado de Direito de Família e Sucessões. 1ª ed. Campo Grande. Contemplar p. 293,

9 Neste tema, há dois pensamentos distintos, nos quais alguns professores defendem a admissibilidade desse Direito, e outros a inadmissibilidade do mesmo. Aos que defendem a admissibilidade, a visão segue o mesmo sentido dos demais direitos discutidos até então. Assim menciona Stela Maris Vieira de Souza: [...] provado que a concubina contribuiu com o capital ou trabalho para a aquisição dos bens, nasce o direito a exigir a meação dos bens havidos durante a união concubinária, uma vez que o direito da concubina à participação nos bens do concubino está na dependência direta de prova da contribuição efetiva para o aumento do patrimônio 18 Para quem defende a inadmissibilidade, esta consiste em fator contrário ao anterior discutido, em que se não houver provas, perante o Juiz de Direito, de que a concubina contribuiu com o concubinário para a aquisição do patrimônio deste, ela não terá como invocar o direito à meação, pela ausência do fato gerador (contribuição de esforço para adquirir o patrimônio do concubinário). CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante do que foi exposto, percebe-se que o assunto gera muita polêmica, pois era visto como ilícito perante a legislação antiga, e, atualmente, é visto como algo possível e regulado pela lei. Embora o concubinato seja uma prática antiga, apenas hodiernamente está sendo discutido de maneira ampla, em função do crescente número de casos que recorrem ao Poder Judiciário. Embora ocorram divergências de pensamentos entre os doutrinadores, observa-se que o Supremo Tribunal Federal defende a ideia de que para haver algum direito inerente às relações de união estável, as quais possuem ampla proteção do Estado, é preciso que ocorra a contribuição da concubina perante o concubinário, seja por meio de contribuição financeira, serviços domésticos ou outro modo qualquer, além de ser duradoura a relação concubinária. Por fim, embora existam posicionamentos contrários, por trás da relação concubinária há o problema social que se instaura na sociedade quando ocorre 18 SOUZA, Stela Maris Vieira de. Tratado de Direito de Família e Sucessões. 1ª ed. Campo Grande. Contemplar p. 295,

10 dependência financeira, geralmente, por parte da segunda família, mediante o de cujus. Dessa maneira, cada caso deve ser analisado separadamente, levando-se em consideração o Princípio da Imparcialidade, diante dos costumes e pensamentos individuais no que diz respeito à fidelidade. REFERÊNCIA DAS FONTES CITADAS BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Agravo Regimental no Agravo de Instrumento. nº Brasília. DF. 21 de ago de 2012 BRASIL, Código Civil. Disponível em: < Acesso em: 10 out DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. 23 ed. São Paulo: Saraiva FERNANDES, Iara de Toledo. Alimentos provisionais. São Paulo: Saraiva, GOMES, Anderson Lopes. Concubinato adulterino: uma entidade familiar a ser reconhecida pelo Estado brasileiro. Jus Navigandi, Teresina, ano 11, n. 1360, 23 mar Disponível em: < Acesso em: 10 out RODRIGUES, Silvio. Direito civil. 28 ed. São Paulo: Saraiva, SOUZA, Stela Maris Vieira de. Tratado de Direito de Família e Sucessões. Campo Grande. Contemplar Wald, Arnoldo. Direito Civil: Direito de Família. 17 ed. São Paulo. Saraiva PASOLD, Cesar Luis. Metodologia da pesquisa jurídica: teoria e prática. 11 ed. Florianópolis: Conceito editorial/millenium, Mapa brasileiro dos relacionamentos. Disponível < ,00.html> Acesso em 20 de set de DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. 4.ed. rev. atual. ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais,

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