Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Minas Gerais (CAU/MG)
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- Luiza Beltrão Guimarães
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2 Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Minas Gerais (CAU/MG) GESTAO Presidente Vera Maria Carneiro de Araújo Vice-presidente Júlio César De Marco Conselheiros Estaduais Titulares Ana Paula Costa Andrade Anna Luiza Souza Nery Reis Claudio de Melo Rocha Dennison Caldeira Rocha Ju lio Guerra To rres Letıćia Soares de Miranda Luiz Claudio Duarte de Oliveira Marieta Cardoso Maciel Marilia Palhares Machado Mauro Santoro Campello Paulo Henrique Silva de Souza Roberto Pereira Andrade Rose Meire Romano Se rgio Myssior Vera Therezinha de A. O. Santos Conselheiros Estaduais Suplentes Alberto Enrique Davila Bravo Alexandre Bueno Sampaio Anderson Jose de Castro Agostinho Anto nio Augusto Pereira Moura Ariel Luis Lazzarin Claudia Marcia Freire Lage Douglas Paiva Costa e Silva Elizabeth Sales de Carvalho Fa tima Cristina Gomes Diniz Candido de Arau jo Gustavo Tarquinio Bertozzi Iracema Generoso de Abreu Bhering Jacques Alyson Lazzarotto Joa o Anto nio Valle Diniz Jose Lopes Esteves Mariella de Pa dua Nogueira Betzel Lemke Monica Maria Cadavel Bede Saulo Jose Ame rico da Silva Campos
3 ATUAÇÃO PROFISSIONAL ARQUITETOS E URBANISTAS E A NORMA DE DESEMPENHO ABNT NBR 15575/2013 Proposta conceitual de incentivo à contratação de projetos, com ênfase na Coordenação, sob responsabilidade do Arquiteto e Urbanista. Grupo de Trabalho: Arq. Urb. Ju lio Guerra Torres Coordenador Arq. Urb. Ju lio De Marco Coordenador Adjunto Arq. Urb. Profª. Maria Lu cia Malard Consultora Arq. Urb. Profª. Adriana Tonani Mazzieiro Consultora Arq. Urb. Daniel de Oliveira Amaral Consultor Arq. Urb. Jose Amador Ribeiro Ubaldo Colaborador Arq. Urb. Rita Gomes Lopes Veiga Colaboradora 1ª Ediça o Elaborada na gesta o Arq. Urb. Joel Campolina - Presidente CAU/MG 2ª Ediça o Modificada na gesta o Arq. Urb. Vera Maria N. Carneiro M. de Araújo Presidente CAU/MG Belo Horizonte, 28 de maio de 2015
4 Proposta conceitual de incentivo à contratação de projetos, com ênfase na Coordenação, sob responsabilidade do Arquiteto e Urbanista 1 - Considerações preliminares sobre garantia de desempenho A garantia de desempenho de uma edi icaça o, em face a norma ABNT NBR15575/2013, deve ser o interesse maior de empreendedores, construtores, arquitetos e urbanistas e pro issionais de projeto em geral. Isso porque e mais vantajoso para todos garantir que serviços e obras de edi icaço es prediais apresentem conformidade com a norma, a veri icar problemas apo s avaliaço es de desempenho, os quais implicam em retrabalhos e suas consequentes perdas econo micas, sociais e ambientais. Assim, na avaliaça o da inserça o dos arquitetos e urbanistas neste novo universo te cnico-construtivo que considera a norma ABNT NBR15575/2013, cabe uma re lexa o sobre o papel desses pro issionais na especi icaça o dos materiais, na coordenaça o e gerenciamento das equipes que elaboram os projetos executivos e na execuça o das respectivas obras. O arquiteto e urbanista responsa vel pelas especi icaço es devera conhecer os requisitos de desempenho te cnico de materiais, elementos e componentes de cada item regulado pela norma. Entretanto, cabe ressaltar que uma das maiores di iculdades em elaborar especi icaço es, que atendam aos indicadores de desempenho da ABNT NBR15575/2013, e a escassez de informaço es respaldadas por normas te cnicas da ABNT e devidamente certi icadas por laborato rios credenciados pelo Inmetro. Isso deixa o arquiteto a merce de informaço es que podem na o estar corretas, frustrando o atendimento satisfato rio a s refere ncias de desempenho preconizadas pela norma, que e, ao inal, o que importa. Para resguardar a con iabilidade de suas especi icações, o arquiteto e urbanista encontra-se diante de duas alternativas: a) Especi icar somente o que esta certi icado, restringindo o universo de escolhas e, eventualmente, onerando a obra; b) Providenciar os testes necessa rios em laborato rios credenciados, onerando o projeto. Parece claro que nenhuma das duas alternativas e satisfato ria, portanto, ha de se pensar em soluço es que sejam justas para todas as partes envolvidas no processo de produça o imobilia ria. A garantia de desempenho de componentes, elementos e materiais de construça o, em face a Norma ABNT NBR 15575/2013, e o caminho preferencial que, portanto, deve ser buscado. A implementaça o de um sistema de garantia de desempenho pode ocorrer atrave s da articulaça o do aparato te cnico e institucional existente no paıś, complementando-o naquilo que se izer necessa rio.
5 Um dos pontos cruciais num sistema de Garantia de Desempenho e a certi icaça o de componentes, elementos e materiais, que e precedida pela avaliaça o de conformidade. (ver Avaliaça o da Conformidade. Inmetro, quinta ediça o, 2007, disponıv el em: Entretanto, a intervenie ncia te cnica nas diversas etapas de um empreendimento e um dos principais fatores para que se garanta o desempenho inal, pois somente ela podera preencher eventuais lacunas existentes no aparato normativo e superar as di iculdades de percurso. Para subsidiar uma re lexa o sobre esse assunto, apresenta-se o diagrama a seguir: CONCEPÇÃO DO A B CONSTRUÇÃO EMPREENDIMENTO C DESDOBRAMENTOS OPERAÇÃO E USO A1 DECISÕES EMPRESARIAIS AU ES O A2 CONCEPÇÕES PROJETUAIS AU EE EI PROFISSIONAL INTERVENIENTE AU Arquiteto e Urbanista TÉCNICA Recomendável O ES Engenheiro de Solos Fortemente Recomendável EE Engenheiro de Estruturas Imprescindível AU EI Engenheiro de Instalações A3 PRODUÇÃO DE TÉCNICOS PARA EXECUÇÃO EE EI EC EC O Engenheiro Civil Outros O Para simpli icar o raciocıńio, podemos considerar que um empreendimento imobilia rio possui tre s grandes etapas: (A) concepça o, (B) construça o e (C) operaça o e uso. O processo de Garantia de Desempenho concentra-se nas etapas A e B, enquanto a etapa C concentra as atividades de manutença o e conservaça o do empreendimento, para assegurar a vida u til esperada e prevista nas etapas A e B.
6 A Etapa A Concepça o do Empreendimento - concentra as aço es dos arquitetos e urbanistas e demais projetistas e, portanto, sera o foco da presente ana lise. Essa Etapa se desdobra em tre s grandes fases (A1, A2 e A3), das quais participam diversos pro issionais, com maior ou menor intensidade de envolvimento, dependendo da magnitude ou complexidade tecnolo gica do empreendimento. A fase A1 Deciso es Empresariais constitui o momento no qual se decide realizar um empreendimento imobilia rio, e de ine: local, inalidade, pu blico alvo, porte, base tecnolo gica, suporte econo mico e inanceiro e outros quesitos. Nessa fase, dependendo da magnitude ou complexidade te cnica do empreendimento, recomendase fortemente a participaça o de pro issionais da Arquitetura e Urbanismo (AU) e, tambe m, a intervenie ncia de pro issionais de Engenharia de Solos (ES), ale m de outros pro issionais (O), cujo parecer especialista pode ter papel relevante nas deciso es. Os pro issionais AU contribuira o na ana lise da legislaça o urbanıśtica aplica vel, em estudos locacionais e em estudos quantitativos de a reas e volumes edi ica veis nos locais pretendidos. Ha casos em que soluço es imaginadas por arquitetos e urbanistas viabilizam empreendimentos que, a primeira vista, pareciam invia veis. Em outros casos, de modo contra rio, estes estudos podera o indicar a inviabilidade do empreendimento, o que signi ica a economia de investimentos e o correto direcionamento a outros locais e contextos. Ale m disso, nas escolhas de locais para novas obras, o arquiteto e urbanista conhecedor da Norma ABNT NBR 15575/2013 sera capaz de antever os possıv eis problemas de contextualizaça o do projeto no espaço urbano, tais como de solos contaminados, de redes ele tricas, de fontes de ruıd os excessivos, de qualidade do ar, etc., idealizando o projeto de forma a controlar fatores importantes no desempenho das edi icaço es prediais. O fato de se ter em mente os requisitos da Norma, pode signi icar economia de trabalho e de investimentos em retrabalhos. A fase A2 Concepço es Projetuais e a fase a partir da qual sera o produzidos os documentos te cnicos de execuça o. Independentemente da magnitude ou complexidade do empreendimento, a intervenie ncia dos pro issionais AU e imprescindı vel. Dependendo da magnitude ou complexidade do empreendimento, recomenda-se fortemente a intervenie ncia dos pro issionais EE, EI e O que se izerem necessa rios. A fase A3 Produça o de Documentos Te cnicos para Execuça o constitui o que se chama de Projeto Executivo: e a fase que produz todos os elementos projetuais e as especi icaço es de materiais e serviços para a completa elucidaça o da obra, incluindo seu orçamento e planejamento. Independentemente da magnitude ou complexidade do empreendimento, e imprescindıv el a intervenie ncia de pro issionais AU. Nos empreendimentos verticalizados, ou de maior complexidade te cnica, torna-se imprescindıv el, tambe m, a intervenie ncia de EE e EI, sendo fortemente recomendada a intervenie ncia de EC, principalmente nas questo es referentes a estrate gia de execuça o, que tera o impacto no orçamento e planejamento das obras.
7 Nota-se que a participaça o do Arquiteto e Urbanista e demandada desde a origem do empreendimento, o que naturalmente o credencia para assumir o gerenciamento do processo de projeto, consubstanciado nas fases A2 e A3. 2. A contratação de Arquitetos e Urbanistas como coordenadores de projetos 2.1. O universo de contrataça o privada: Conforme mencionado, no mercado privado a atuaça o do arquiteto e urbanista e de extrema releva ncia desde o nascedouro dos empreendimentos. Seja na escolha do terreno, na ana lise de condicionantes legais ou na proposiça o de usos e ocupaço es, o arquiteto e urbanista pode fornecer, ale m de dados que demonstrem a viabilidade ou impossibilidade do nego cio, elementos transformadores da realidade, que gerem novas expectativas de uso potencializando o sucesso no empreendimento. Vemos hoje, em grande parte dos empreendimentos imobilia rios, o arquiteto e urbanista sendo contratado por fases estanques, sem levar em conta o requisito de unicidade do projeto. E fundamental que sua participaça o ocorra desde o momento inicial ate a entrega do edifıc io, por ser ele o pro issional que dete m uma visa o abrangente de todo o processo. E imprescindıv el sua participaça o como coordenador das disciplinas envolvidas, buscando um resultado inal que atenda na o so aos requisitos te cnicos e econo micos da obra, mas tambe m aos aspectos este ticos envolvidos O universo de contrataça o pu blica: Na elaboraça o de projetos arquiteto nicos para o setor pu blico, e comum que os arquitetos e urbanistas coordenem todos os outros projetos envolvidos no escopo da obra. Com a Norma ABNT NBR 15575/2013 em vigor, esta nova responsabilidade de atendimento de seus requisitos requer desses pro issionais especial atença o a s suas relaço es de responsabilidade te cnica com os demais projetos que coordena, pois essa questa o ainda na o e paci icada juridicamente. Os arquitetos e urbanistas pessoas fıśicas ou jurıd icas gestores de contratos ou coordenadores de projetos executivos no a mbito do setor pu blico podera o se tornar responsa veis solida rios pelo na o alcance de ıńdices de desempenho, caso essa questa o na o seja devidamente resguardada nos contratos celebrados. Outro aspecto a se observar e a contrataça o pelo poder pu blico de apenas anteprojetos, deixando para contrataço es posteriores os demais projetos que compo em o pacote do projeto executivo. Esse fracionamento contratual e baseado no entendimento equivocado de que um anteprojeto e su iciente para caracterizar um empreendimento e sua pra tica tem se mostrado inadequada e ate mesmo nociva - para as contrataço es de obras pu blicas.
8 Esse modus operandi implica em uma ruptura lesiva a qualidade do projeto de arquitetura, que passa de uma autoria para outra, perdendo assim o vıńculo inicial com a concepça o arquiteto nica, e muitas vezes a sua coere ncia interna, comprometendo o empreendimento. 3. Desdobramentos na contratação de projetos regulados pela Norma de Desempenho e suas consequências 3.1. O universo do arquiteto e urbanista que quali ica o seu pro prio projeto e na o coordena os demais projetos: A pra tica do mercado, na qual o arquiteto e urbanista elabora seu projeto de forma isolada e na o coordena os desenvolvimentos dos demais projetos, e algo que, face a Norma ABNT NBR 15575/2013, apresenta pontos negativos. O fato de levantar, com todo o rigor te cnico, as informaço es necessa rias para a correta execuça o do projeto arquiteto nico e especi icaço es de materiais, quali ica o trabalho do arquiteto e urbanista de forma adequada, mas na o o livra de problemas posteriores na comprovaça o dos diversos ıńdices de desempenho requeridos. Ao inal da obra, se algum ıńdice na o for atendido, uma ampla discussa o sobre a causa do na o atendimento podera ser travada, o que lhe signi icara um gasto de tempo e de recursos para a resoluça o do problema. Em resumo, o fato de na o ter coordenado os outros projetos na o o retira do cena rio das du vidas que possam surgir sobre o que causou o descumprimento da Norma O universo do arquiteto e urbanista coordenador e/ou gestor de projetos de outros pro issionais: E comum a contrataça o de um gestor para o processo de elaboraça o dos projetos executivos, com a funça o precıṕua de controlar luxos, prazos e custos, e facilitar as interaço es dos pro issionais envolvidos no processo. Essa funça o assume o cara ter de uma coordenaça o te cnica, quando atua uni icando as informaço es, criando uma sinergia entre os pro issionais e zelando pelo cumprimento dos requisitos da Norma ABNT NBR 15575/2013. Entretanto, se for exercida por um pro issional que na o participou da concepça o do projeto, pode haver uma ruptura entre os propo sitos projetuais que sa o estabelecidos na concepça o - e o desenvolvimento construtivo, com impactos negativos na qualidade do projeto e, consequentemente, no desempenho do empreendimento O universo do arquiteto e urbanista autor e coordenador: O arquiteto e urbanista que, ale m de elaborar o projeto arquiteto nico, executa a coordenaça o dos demais projetos envolvidos, possui e controla a responsabilidade direta sobre o desempenho desses projetos. Essa pra tica tem a vantagem de dotar o pro issional do domın io sobre todos os processos de projetos, com todas as suas mate rias correspondentes.
9 Essa forma de trabalho e mais complexa e desa iadora, entretanto corresponde ao real papel que os arquitetos e urbanistas devem desempenhar, e e a posiça o que esses pro issionais devera o adotar e para a qual devera o contribuir, para que se torne uma pra tica cotidiana cada vez mais crescente. 4. Riscos e possibilidades 4.1. Ana lises de riscos: A ana lise de riscos absolutos nos faz entender que, do arquiteto e urbanista exige-se o cumprimento da Norma. Para isso, o volume de informaço es o iciais e certi icadas devera aumentar em quantidade e em qualidade, diminuindo-se assim os riscos diretos de especi icaço es dos projetos. A ana lise de riscos relativos, que dizem respeito a s va rias contrataço es que podem ser feitas dos arquitetos e urbanistas, seja no a mbito de quem contrata, seja no a mbito de como se contrata, possui uma in inidade de possibilidades e situaço es que so sera o passıv eis de avaliaça o caso a caso. Uma coisa e certa, a forma como os arquitetos e urbanistas se relacionam com a sua pro issa o e com o mercado esta se transformando, e precisa ser compreendida rapidamente. Toda vez que a realidade altera sua forma e conteu do, ao mesmo tempo em que isso representa riscos de imediato, tambe m apresenta oportunidades. A Norma abre mais uma possibilidade dos arquitetos e urbanistas demonstrarem sua capacidade te cnica em coordenar equipes multidisciplinares de projetos Situaço es jurıd icas - Seguros de responsabilidade civil pro issional: A informaça o sobre este novo universo te cnico e jurıd ico devera ser amplamente divulgada entre os arquitetos e urbanistas, no intuito de faze -los entender suas novas responsabilidades e demandas pro issionais. E de compreensa o da grande maioria dos pro issionais que, em breve, uma nova necessidade de amparar a pra tica pro issional surgira e devera ser aplicada nos escrito rios e empresas de arquitetura e urbanismo: o seguro de responsabilidade civil pro issional. Ja de amplo uso em outros paıśes, este modelo de seguro devera ser capaz de proteger o pro issional frente aos possıv eis problemas decorrentes do exercıćio da pro issa o no paıś. A sua con iguraça o e cobertura devera o ser discutidas com os pro issionais para que se consiga um modelo adequado a s proporço es de riscos e montantes inanceiros dos contratos.
10 5. Conclusões 5.1. E de interesse dos arquitetos e urbanistas que a Norma ABNT NBR 15575/2013 seja monitorada para ins de aperfeiçoamento Para uma aplicaça o plena e efetiva da Norma ABNT NBR 15575/2013, o sistema de certi icaça o de elementos, componentes e materiais de construça o precisa ser ampliado, tornando obrigato ria a certi icaça o para o maior elenco possıv el desses insumos A contrataça o de projetos completos e, sem du vida, o caminho mais racional a ser adotado nos empreendimentos imobilia rios, sejam eles pu blicos ou privados. Esse deve ser, portanto, o caminho a ser incentivado em todos os setores O arquiteto e urbanista que desempenha a funça o de coordenador de projetos e atividades deve conhecer, claramente, as responsabilidades pertinentes a cada pro issional e projetos intervenientes, sendo que estas responsabilidades devera o estar de inidas nos va rios contratos resultantes para o projeto e execuça o de obra O arquiteto e urbanista deve ser o coordenador de todo o processo de projeto desde a concepça o ate a inalizaça o dos projetos executivos para a obra, uma vez que ele esta na origem do processo e dete m uma visa o abrangente do empreendimento.
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