DIREITO PENAL SERIADO IV FATO TÍPICO

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1 DIREITO PENAL SERIADO IV FATO TÍPICO Fala, pessoal. Beleza? Neste material consta a justificativa, por escrito, do gabarito de cada questão. A explicação para os erros das demais assertivas não está aqui, posto que fora dada apenas em sala, para os alunos presentes. Abraço! Bons estudos! 1- ( FCC - TJ-AL - Juiz Substituto) O dolo e a culpa integram, respectivamente, a tipicidade e a culpabilidade, segundo a teoria finalista da ação. GABARITO: Assertiva correta. No finalismo, dolo e culpa estão dentro do fato típico, diferente do causalismo, onde dolo e culpa estão dentro de culpabilidade. 2- ( VUNESP - TJ-MS - Juiz Substituto) Norma penal em branco é aquela cujo preceito secundário do tipo penal é estabelecido por outra norma legal, regulamentar ou administrativa. GABARITO: Assertiva errada. Na normal penal em branco, o complemento é ao preceito primário (descrição da conduta) e não no preceito secundário (cominação da pena) do tipo penal. 3- ( FCC - TCM-RJ - Auditor-Substituto de Conselheiro) A respeito da relação de causalidade, é INCORRETO afirmar que a) o resultado, de que depende a existência do crime, só é imputável a quem lhe deu causa. b) não há fato típico decorrente de caso fortuito. c) não há crime sem resultado. d) a omissão também pode ser causa do resultado. e) o Código Penal adotou a teoria da equivalência das condições.

2 GABARITO: Letra C. Como explicado em sala, o resultado a qual se alude a letra C é o resultado naturalístico. Daí, vimos que existem crimes sem resultado naturalístico (os de mera conduta, por exemplo). 4- ( FCC - TCE-CE - Procurador de Contas) São elementos do crime doloso: a) previsibilidade objetiva e dever de cuidado objetivo. b) previsibilidade subjetiva e dever de cuidado objetivo. c) desejo do resultado e assunção do risco de produzi-lo. d) previsão do resultado pelo agente, mas que não se realize sinceramente a sua produção e especificidade do dolo. e) elemento subjetivo do tipo e previsibilidade subjetiva. GABARITO: Letra C. Conforme o artigo 18, I, do CP, no Brasil o dolo é desejo do resultado (dolo indireto) e assunção do risco (dolo indireto). 5- ( MPE-SP - MPE-SP - Promotor de Justiça) São elementos do fato típico: a) conduta, resultado, relação de causalidade e tipicidade. b) conduta, resultado, relação de causalidade e culpabilidade. c) conduta, resultado, antijuridicidade e culpabilidade. d) conduta, resultado, nexo de causalidade e antijuridicidade. e) conduta, relação de causalidade, antijuridicidade e tipicidade. GABARITO: Letra A. O fato típico (1º elemento do crime) é composto por estes 4 elementos. 6- ( FUNIVERSA - PC-DF - Delegado de Polícia) A complementação da Lei de Drogas por portaria do Ministério da Saúde configura hipótese da chamada norma penal em branco homogênea heteróloga. GABARITO: Assertiva errada. Vimos em sala que o complemento de uma norma penal em branco pode ser por ato infralegal, caso em que ela será heterogênea, ou

3 pela própria lei, caso em que ela será homogênea. Assim, no caso da lei de drogas o complemento é por ato administrativo, razão por que ela é uma norma penal em branco heterogênea e não homogênea. 7- ( FUNIVERSA - PC-DF - Delegado de Polícia) Desde que esteja fora do expediente, pratica omissão de socorro o policial que, podendo impedir roubo praticado diante de si, decide permanecer inerte. GABARITO: Assertiva errada. Dois erros: 1) O policial, por ser garantidor (art. 13, 2º, a, CP), responde pelo mesmo crime que deveria ter evitado e não evitou, logo responderia por roubo e não por omissão de socorro; 2) O policial, conforme o STJ, seja civil, militar ou federal, é garantidor a todo tempo, mesmo fora do expediente. 8- ( FUNIVERSA - PC-DF - Delegado de Polícia) Os crimes omissivos, sejam próprios ou impróprios, não admitem tentativa. GABARITO: Assertiva errada. Como visto, os crimes omissivos próprios não admitem tentativa, mas os omissivos impróprios (comissivos por omissão) admitem. 9- ( FCC - TJ-RR - Juiz Substituto) Não se admite tentativa de crime culposo. GABARITO: Assertiva correta. Crime culposo não admite tentativa. Afinal, como tentar algo que não se quer? 10- ( DPE-PE - DPE-PE - Estagiário de Direito) A ocorrência do resultado é indispensável para a caracterização do crime culposo. GABARITO: Assertiva correta. Todos os crimes culposos são materiais, pois um de seus elementos é a ocorrência de resultado lesivo não querido nem aceito pelo agente. 11- ( DPE-PE - DPE-PE - Estagiário de Direito) A consumação do crime de corrupção passiva ocorre com o recebimento da vantagem indevida. GABARITO: Assertiva errada. Por ser crime formal, consuma-se somente com a prática da conduta, sendo o recebimento mero exaurimento.

4 12- ( DPE-PE - DPE-PE - Estagiário de Direito) A consumação do crime de concussão ocorre com o recebimento da vantagem indevida. GABARITO: Assertiva errada. Por ser crime formal, consuma-se somente com a prática da conduta, sendo o recebimento mero exaurimento. 13- ( CESPE - TRE-GO - Analista Judiciário - Área Judiciária) A mãe que, apressada para fazer compras, esquecer o filho recém-nascido dentro de um veículo responderá pela prática de homicídio doloso no caso de o bebê morrer por sufocamento dentro do veículo fechado, uma vez que ela, na qualidade de agente garantidora, possui a obrigação legal de cuidado, proteção e vigilância da criança. GABARITO: Assertiva errada. A mãe é, sim, garantidora, contudo sua responsabilidade se dá por crime culposo e não doloso. 14- ( CESPE - TRE-GO - Analista Judiciário - Área Judiciária) Aquele que for fisicamente coagido, de forma irresistível, a praticar uma infração penal cometerá fato típico e ilícito, porém não culpável. GABARITO: Assertiva errada. A coação física irresistível (vis absoluta) impede a configuração do fato típico por ausência de conduta, eis que há involuntariedade. 15- ( CESPE - DPU - Defensor Público Federal de Segunda Categoria) No direito penal brasileiro, admite-se a compensação de culpas no caso de duas ou mais pessoas concorrerem culposamente para a produção de um resultado naturalístico, respondendo cada um, nesse caso, na medida de suas culpabilidades. GABARITO: Assertiva errada. Não existe compensação de culpas no Direito Penal Brasileiro, apenas existe concorrência de culpas. 16- ( MPE-BA - MPE-BA - Promotor de Justiça Substituto) No tocante à relação entre a tipicidade e a ilicitude, a teoria da indiciariedade defende que a tipicidade não guarda qualquer relação com a ilicitude, devendo, inicialmente, ser comprovado o fato típico, para, posteriormente, ser demonstrada a ilicitude, enquanto a teoria da absoluta dependência defende o conceito de tipo total do

5 injusto, colocando a ilicitude no campo da tipicidade, pontuando, portanto, que a ilicitude é essência da tipicidade. GABARITO: Assertiva errada. A teoria da indiciariedade apregoa que entre tipicidade e ilicitude há uma relação de fumaça e fogo, ou seja: Se existir fato típico, tudo indica que há ilicitude. Se não houver, será porque o agente agiu em uma causa de exclusão da ilicitude (art. 23, CP). Assim, quando a assertiva fala que a indiciariedade preconiza que a tipicidade não guarda qualquer relação com a ilicitude está errada, pois há uma relação de indício. 17- ( MPE-BA - MPE-BA - Promotor de Justiça Substituto) A força maior, o caso fortuito, a coação física irresistível e os movimentos reflexos são causas de exclusão de conduta. GABARITO: Assertiva correta. São causas de involuntariedade de conduta. 18- ( FCC - TCM-GO - Auditor Conselheiro Substituto) A respeito do dolo e da culpa, é correto afirmar que a) na culpa consciente o agente prevê o resultado e admite a sua ocorrência como consequência provável da sua conduta. b) no dolo eventual o agente prevê a ocorrência do resultado, mas espera sinceramente que ele não aconteça. c) a imprudência é a ausência de precaução, a falta de adoção das cautelas exigíveis por parte do agente. d) a imperícia é a prática de conduta arriscada ou perigosa, aferida pelo comportamento do homem médio. e) é previsível o fato cujo possível superveniência não escapa à perspicácia comum. GABARITO: Letra E. É a definição de previsibilidade, elemento do crime culposo. 19- ( FCC - TCM-GO - Procurador do Ministério Público de Contas) A consumação se dá nos crimes a) de mera conduta, com a ocorrência do resultado naturalístico.

6 b) omissivos impróprios com a prática de conduta capaz de produzir o resultado naturalístico. c) permanentes, no momento em que cessa a permanência. d) omissivos próprios, com a simples omissão. e) culposos, com a prática da conduta imprudente, imperita ou negligente GABARITO: Letra D. Crimes omissivos próprios se consumam com a simples omissão, eis que por serem de mera conduta não produzem resultado naturalístico. 20- ( FGV - TJ-BA - Analista Judiciário - Subescrivão - Direito) Jean, valendo-se de sua conta no Twitter, publicou declaração de natureza discriminatória em relação aos homossexuais, de forma genérica. Tal ação configura: a) conduta atípica; b) crime de injúria; c) crime de injúria racial; d) crime de preconceito de raça, cor, etnia ou religião; e) crime de manifestação de ódio. GABARITO: Letra A. Não se cuida de delito de preconceito, porque a lei 7716/89 fala em raça, cor, etnia, religião e procedência nacional, sendo silente a orientação sexual. Não se trata, também, de injúria porque o crime de injúria exige que o impropério seja dirigido a alguma pessoa específica. Quanto ao crime de manifestação de ódio, este não existe. 21- ( VUNESP - PC-CE - Delegado de Polícia Civil de 1a Classe) Se da lesão corporal dolosa resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado morte, nem assumiu o risco de produzi-lo, configura(m)-se a) lesão culposa e homicídio culposo, cujas penas serão aplicadas cumulativamente. b) lesão corporal seguida de morte. c) homicídio culposo qualificado pela lesão. d) homicídio doloso (dolo eventual). e) homicídio doloso (dolo indireto).

7 GABARITO: Letra B. Cuida-se de hipótese de crime preterdoloso. Dolo na lesão + culpa na morte. 22- ( CESPE - DPE-PE - Defensor Público) A coação física irresistível configura hipótese jurídico-penal de ausência de conduta, engendrando, assim, a atipicidade do fato. GABARITO: Assertiva correta. Cuida-se de ausência de conduta por involuntariedade, logo não se configura o fato típico. 23- ( CESPE - DPE-PE - Defensor Público) José, réu primário, após subtrair para si, durante o repouso noturno, mediante rompimento de obstáculo, um botijão de gás avaliado em R$ 50,00 do interior de uma residência habitada, foi preso em flagrante delito. Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item subsecutivo, com base na jurisprudência dominante dos tribunais superiores a respeito desse tema. O crime praticado por José é atípico em razão da incidência do princípio da insignificância. GABARITO: Assertiva errada. Não se aplica o princípio da insignificância em casos de furto qualificado (STJ). 24- ( VUNESP - PC-CE - Inspetor de Polícia Civil de 1a Classe) Nos termos do Código Penal considera-se causa do crime a) a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. b) a ação ou omissão praticada pelo autor, independentemente da sua relação com o resultado. c) exclusivamente a ação ou omissão que mais se relaciona com a intenção do autor. d) a ação ou omissão praticada pelo autor, independentemente de qualquer causa superveniente. e) exclusivamente a ação ou omissão que mais contribui para o resultado. GABARITO: Letra A. Leitura do artigo 13, caput, do CP. 25- ( CESPE - TJ-DFT - Juiz de Direito Substituto) Mateus tinha em seu poder fotos íntimas de sua ex-namorada Lúcia. Após o fim do namoro, ele exigiu de Lúcia o pagamento de determinada quantia em dinheiro para não publicar as fotos na

8 Internet. Mateus não publicou as fotos e, antes de receber o valor exigido, foi preso. Nessa situação, deve ser imputado a Mateus o crime de tentativa de extorsão. GABARITO: Assertiva errada. Por ser crime formal, o crime é consumado se houver a prática da conduta do tipo e não tentado. 26- ( CESPE - TJ-DFT - Juiz de Direito Substituto) Ana atirou, intencionalmente, ácido sulfúrico na direção do rosto de César, seu inimigo, que se desviou a tempo e escapou ileso do ataque. Nessa situação, Ana deve responder por tentativa de lesão corporal gravíssima. GABARITO: Assertiva correta. Por ser crime material, consuma-se com a ocorrência do resultado naturalístico (neste caso a lesão buscada). Como a lesão não ocorreu por circunstâncias alheias à vontade, exsurge a figura do crime tentado. 27- ( MPE-GO - MPE-GO - Promotor de Justiça Substituto) Nas ações em curto-circuito e nos atos reflexos inexiste conduta por ausência de voluntariedade. GABARITO: Assertiva errada. Em caso de ato reflexo, de fato, inexiste conduta pela ausência de voluntariedade. Todavia, nas ações em curto-circuito (ações de ímpeto) existe conduta. 28- ( FCC - TCE-GO - Analista de Controle Externo - Jurídica) A adequação perfeita entre o fato natural, concreto, e a descrição abstrata contida na lei denominase a) culpabilidade. b) tipicidade. c) antijuridicidade. d) relação de causalidade. e) consunção. GABARITO: Letra B. Conceito de tipicidade formal.

9 29- ( FGV - MPE-RJ - Estágio Forense) Jorge pretende matar seu desafeto Marcos. Para tanto, coloca uma bomba no jato particular que o levará para a cidade de Brasília. Com 45 minutos de voo, a aeronave executiva explode no ar em decorrência da detonação do artefato, vindo a falecer, além de Marcos, seu assessor Paulo e os dois pilotos que conduziam a aeronave. Considerando que, ao eleger esse meio para realizar o seu intento, Jorge sabia perfeitamente que as demais pessoas envolvidas também viriam a perder a vida, o elemento subjetivo de sua atuação em relação à morte de Paulo e dos dois pilotos é o: a) dolo alternativo; b) dolo eventual; c) dolo geral ou erro sucessivo; d) dolo normativo; e) dolo direto de 2º grau ou de consequências necessárias. GABARITO: Letra E. No caso de dolo direto de 2º grau, as pessoas são atingidas como consequência dos meios propostos para a consecução de um fim. 30- ( VUNESP - DPE-MS - Defensor Público) Os crimes comissivos por omissão são aqueles em que o agente deixa de fazer o que estava obrigado e, por isso, acaba produzindo o resultado. GABARITO: Assertiva correta. O garantidor, quando não evita ou tenta evitar o resultado, por ele (resultado) responde. 31- ( VUNESP - DPE-MS - Defensor Público) Assinale a alternativa correta. a) A compensação de culpa deve ser aplicada para efeito de responsabilização do resultado lesivo causado no direito penal pátrio. b) A culpa inconsciente ocorre quando o agente prevê o resultado, mas espera que ele não ocorra. c) Para caracterização da conduta típica culposa basta a inobservância do dever de cuidado do agente. d) O dolo alternativo consiste na vontade e consentimento do agente a produzir um ou outro resultado.

10 GABARITO: Letra D. Conceito de dolo alternativo (espécie de dolo indireto). 32- ( FUNDATEC - SEFAZ-RS - Auditor Fiscal da Receita Estadual) Sobre o crime doloso e o crime culposo, é incorreto afirmar que: a) Dolo é a consciência e a vontade na realização da conduta descrita em um tipo penal. b) O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. c) Haverá dolo eventual quando o agente não quiser diretamente a realização do tipo, mas aceitá-la como possível ou até provável, assumindo o risco da produção do resultado. d) Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao menos culposamente. e) A coação moral irresistível exclui o dolo. GABARITO: Letra E. Coação moral irresistível exclui a culpabilidade por inexigibilidade de outra conduta. 33- ( VUNESP - PC-SP - Atendente de Necrotério Policial) Aquele que antes de praticar o fato até hipotetiza que ele pode ocorrer, mas acredita, sinceramente, que o resultado não se verificará e, portanto, não admite previamente a possibilidade de o resultado advir, comete crime a) premeditado. b) doloso. c) tentado. d) intencional. e) culposo. GABARITO: Letra E. Pela previsão + inaceitação do resultado, o agente responde por culpa consciente. 34- ( TRF - 4ª REGIÃO - TRF - 4ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto) No dolo eventual, une-se o assentimento à assunção do risco, a partir da posição do agente que tem consciência de que pode ocorrer o resultado e assim mesmo age. Na

11 culpa consciente, assoma ao espírito do agente a possibilidade de causação do resultado, mas confia ele que esse resultado não sucederá. A distinção é relevante, por exemplo, nos casos de homicídio. GABARITO: Assertiva correta. Cuida-se da exata diferença conceitual entre dolo eventual e culpa consciente. 35- ( VUNESP - SAAE-SP - Procurador Jurídico) De acordo com a expressa definição do CP, art. 18, I, é con siderado doloso o crime cometido a) com imperícia. b) com negligência. c) com imprudência. d) com voluntariedade. e) em circunstância em que o agente assume o risco de produzir o resultado. GABARITO: Letra E. Trata-se do dolo eventual. 36- ( PUC-PR - TJ-PR - Juiz Substituto) No que se refere ao dolo no Código Penal, quatro teorias podem ser destacadas, quais sejam, teoria da vontade; teoria do assentimento; teoria da representação e teoria da probabilidade. Por teoria da vontade, entende-se que o dolo seria a vontade livre e consciente de querer praticar a ação penal, vale dizer, de querer levar a efeito a conduta prevista no tipo penal incriminador. GABARITO: Assertiva errada. De acordo com o artigo 18, I, do CP, apenas duas teorias são adotadas: Vontade (dolo direto) e assentimento (dolo indireto). 37- ( PUC-PR - TJ-PR - Juiz Substituto) Dentre as espécies de dolo, pode-se distinguir o dolo direto e o dolo indireto. O dolo direto pode ser classificado como dolo direto de primeiro grau e dolo direto de segundo grau, sendo que o dolo direto em relação ao fim proposto e aos meios escolhidos é classificado como de primeiro grau, e em relação aos efeitos colaterais, representados como necessários, é classificado como de segundo grau. GABARITO: Assertiva Correta. Subdivisão dos tipos de dolo.

12 38- ( FGV - SUSAM - Advogado) São elementos do crime culposo: conduta voluntária, inobservância de um dever objetivo de cuidado; resultado lesivo não querido, tampouco assumido, pelo agente; nexo causal entre a conduta descuidada e o resultado; previsibilidade; tipicidade. GABARITO: Assertiva correta. Cuida-se dos elementos do crime culposo. 39- ( CESPE - TJ-CE - Analista Judiciário - Área Judiciária) Aquele que causa um acidente e, sem justo motivo, deixa de socorrer a vítima, que falece no local, comete crime de omissão de socorro. GABARITO: Assertiva errada. Não responde por omissão de socorro (crime omissivo próprio) porque o agente, no caso, era garantidor, eis que criou o risco (art. 13, 2º, c, CP). Responde por homicídio culposo. 40- ( CESPE - TJ-CE - Analista Judiciário - Área Judiciária) A coação física irresistível é capaz de excluir a culpabilidade pelo cometimento de um crime. GABARITO: Assertiva errada. Coação física irresistível exclui a conduta, fazendo inexistir o fato típico. 41- ( CESPE - TJ-DFT - Titular de Serviços de Notas e de Registros) Admitese a tentativa nos delitos de imprudência. GABARITO: Assertiva errada. Crime culposo não admite tentativa. 42- ( FCC - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do Trabalho) É causa de exclusão da tipicidade, a) a insignificância do fato ou a sua adequação social, segundo corrente doutrinária e jurisprudencial. b) o erro inevitável sobre a ilicitude do fato. c) a coação moral irresistível. d) a não exigibilidade de conduta diversa.

13 e) a obediência hierárquica. GABARITO: Letra A. Causas de atipicidade material. 43- ( CESPE - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo) Age com dolo eventual o agente que prevê possíveis resultados ilícitos decorrentes da sua conduta, mas acredita que, com suas habilidades, será capaz de evitá-los. GABARITO: Assertiva errada. Se prevê mas não aceita o resultado, cuida-se de culpa consciente e não de dolo eventual. 44- ( CESPE - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo) Ricardo, com o objetivo de matar Maurício, detonou, por mecanismo remoto, uma bomba por ele instalada em um avião comercial a bordo do qual sabia que Maurício se encontrara, e, devido à explosão, todos os passageiros a bordo da aeronave morreram. Nessa situação hipotética, Ricardo agiu com dolo direto de primeiro grau no cometimento do delito contra Maurício e dolo direto de segundo grau no do delito contra todos os demais passageiros do avião. GABARITO: Assertiva correta. Tinha um alvo (Maurício) e para atingir este alvo, escolheu um meio que vitimaria outras pessoas como consequências necessárias. Dolo de 1º grau com relação a Maurício e de 2º grau com relação a todo o resto. 45- ( VUNESP - PC-SP - Delegado de Polícia) X estaciona seu automóvel regularmente em uma via pública com o objetivo de deixar seu filho, Z, na préescola, entretanto, ao descer do veículo para abrir a porta para Z, não percebe que, durante esse instante, a criança havia soltado o freio de mão, o suficiente para que o veículo se deslocasse e derrubasse um idoso, que vem a falecer em razão do traumatismo craniano causado pela queda. Em tese, X a) responderá pelo crime de homicídio culposo com pena mais severa do que a estabelecida no Código Penal, nos termos do Código de Trânsito Brasileiro. b) responderá pelo crime de homicídio culposo, entretanto, a ele poderá ser aplicado o perdão judicial. c) não responde por crime algum, uma vez que não agiu com dolo ou culpa. d) responderá pelo crime de homicídio doloso por dolo eventual. e) responderá pelo crime de homicídio culposo em razão de sua negligência.

14 GABARITO: Letra C. A mãe não teve intenção nem faltou com seu dever objetivo de cuidado. A criança deu causa ao resultado, não a mãe. 46- ( CESPE - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo) O princípio da insignificância, com previsão legal expressa na parte geral do Código Penal (CP), é causa excludente da ilicitude do crime e exige, nos termos da jurisprudência do STF, mínima ofensividade da conduta do agente, nenhuma periculosidade social da ação, reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e inexpressividade da lesão jurídica provocada. GABARITO: Assertiva errada. A uma porque o princípio da insignificância não tem expressa previsão e legal e a duas porque não é causa de exclusão da ilicitude, mas sim da tipicidade. 47- ( CESPE - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo) Ocorre crime preterdoloso quando o agente pratica dolosamente um fato do qual decorre um resultado posterior culposo. Para que o agente responda pelo resultado posterior, é necessário que este seja previsível. GABARITO: Assertiva correta. No crime preterdoloso, o resultado culposo há de ser previsível. 48- ( FCC - TRF - 3ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área Administrativa) Não há crime sem: a) dolo. b) resultado naturalístico. c) imprudência. d) conduta. e) lesão. GABARITO: Letra D. Sem conduta, nada existe penalmente.

15 49- ( CESPE - TCE-PB - Procurador) Quando se trata de omissão penalmente relevante, o dever de agir incumbe somente a quem, com o seu comportamento anterior, tiver dado causa ao resultado delituoso. GABARITO: Assertiva errada. Está incompleta, porque o dever de agir existe para os que com seus comportamentos anteriores causarem o resultado, como também para os que possuem dever legal e os que por outra forma assumiram a responsabilidade (art. 13, 2º, a, b e c, CP). 50- ( CESPE - PC-DF - Agente de Polícia) O crime culposo advém de uma conduta involuntária. GABARITO: Assertiva errada. Seja doloso ou culposo o crime, a conduta é sempre voluntária.

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