DECRETO Nº , DE 10 DE OUTUBRO DE 2014.

Transcrição

1 DECRETO Nº , DE 10 DE OUTUBRO DE Institui o Comitê Municipal de Atenção aos Imigrantes, Refugiados, Apátridas e Vítimas do Tráfico de Pessoas no Município de Porto Alegre e revoga o Decreto nº , de 8 de maio de O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 94, inciso IV, da Lei Orgânica do Município, D E C R E T A: Art. 1º Fica instituído o Comitê Municipal de Atenção aos Imigrantes, Refugiados, Apátridas e Vítimas do Tráfico de Pessoas no Município de Porto Alegre, sob coordenação da Secretaria Municipal de Direitos Humanos (SMDH), por meio da Secretaria Adjunta dos Povos Indígenas e Direitos Específicos (SAPIDE), com a finalidade de articular, propor, implementar, monitorar e avaliar o Plano Municipal de Atenção às Pessoas Imigrantes, Refugiadas, Apátridas e Vítimas do Tráfico de Pessoas no Município de Porto Alegre. Parágrafo único. Para os fins deste Decreto, também se consideram imigrantes os estudantes internacionais. Art. 2º São atribuições do Comitê Municipal de Atenção às Pessoas Imigrantes, Refugiadas, Apátridas e Vítimas do Tráfico de Pessoas no Município de Porto Alegre: I articular as instâncias locais para a formulação e implementação do Plano Municipal de Atenção às Imigrantes, Refugiadas, Apátridas e Vítimas do Tráfico de Pessoas no Município de Porto Alegre; II fomentar a organização de comissões para articulação e proposição de políticas municipais específicas para a proteção de pessoas em mobilidade humana no Município de Porto Alegre;

2 III articular convênios com instituições governamentais e da sociedade civil, buscando o acolhimento, a assistência e o atendimento às demandas das pessoas em mobilidade humana no Município de Porto Alegre; IV Manter registros e avaliar, periodicamente, os processos e ações implementadas atendendo as determinações deste Decreto; V promover a formação permanente de agentes públicos e da sociedade civil sobre a realidade migratória e a legislação que protege as pessoas imigrantes, refugiadas e apátridas; VI receber denúncias de violação dos direitos das pessoas imigrantes, refugiadas e apátridas e encaminhá-las às autoridades competentes; VII reunir, atualizar, estimular estudos e pesquisas sobre o fenômeno da mobilidade humana; e VIII estimular e apoiar a realização de debates, fóruns, seminários e outros eventos que visem o atingimento das finalidades do Comitê Municipal de Atenção às Pessoas Imigrantes, Refugiadas, Apátridas e Vítimas do Tráfico de Pessoas no Município de Porto Alegre. Art. 3º O Comitê Municipal de Atenção aos Imigrantes, Refugiados, Apátridas e Vítimas do Tráfico de Pessoas no Município de Porto Alegre será composto por representantes titular e suplente dos seguintes órgãos: I SMDH, que o coordenará; II Secretaria Municipal de Planejamento Estratégico e Orçamento (SMPEO); III Secretaria Municipal de Governança Local (SMGL); IV Secretaria Municipal de Saúde (SMS); V Secretaria Municipal de Educação (Smed); VI Secretaria Municipal de Segurança (SMSeg); (Smic); VII Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio 2

3 VIII Secretaria Municipal do Trabalho e Emprego (SMTE); IX Fundação de Assistência Social e Cidadania (FASC); (SMACIS); X Secretaria Municipal de Acessibilidade e Inclusão Social XI Secretaria Municipal da Fazenda; XII Conselho Municipal de Direitos Humanos (CMDH); e XIII Colegiado dos Conselhos Tutelares do Município de Porto Alegre. Parágrafo único. Serão convidados a compor o Comitê Municipal de Atenção aos Imigrantes, Refugiados, Apátridas e Vítimas do Tráfico de Pessoas no Município de Porto Alegre representantes titular e suplente das seguintes instituições: I Ministério Público Federal; II Ministério Público Estadual; III Defensoria Pública da União; IV Defensoria Pública do Estado; V Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor e Direitos Humanos da Câmara Municipal de Porto Alegre; VI Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul; VII Comitê de Atenção a Migrantes, Refugiados, Apátridas e Vítimas de Tráfico de Pessoas (COMIRAT/RS); VIII Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Sul (OAB/RS); do Sul; IX Fórum Permanente de Mobilidade Humana do Rio Grande 3

4 X Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); UFRGS; (PUCRS); XI Assessoria a Imigrantes e Refugiados (GAIRE/SAJU) da XI Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul XII Cátedra Sergio Vieira de Mello da Universidade do Vale do Sinos (Unisinos); XIII Centro de Orientação ao Migrante da Cáritas Arquidiocesana de Porto Alegre (COMIG/RS); XIV Centro Ítalo-Brasileiro de Assistência e Instrução às Migrações (CIBAI-Migrações); e XV Associação Antonio Vieira (ASAV). Art. 3º Os integrantes do Comitê Municipal de Atenção aos Imigrantes, Refugiados, Apátridas e Vítimas do Tráfico de Pessoas no Município de Porto Alegre serão designados pelo Prefeito, após indicação formal dos respectivos órgãos, instituições e entidades e poderão ser substituídos a qualquer tempo. Parágrafo único. A representação no Comitê Municipal de Atenção aos Imigrantes, Refugiados, Apátridas e Vítimas do Tráfico de Pessoas no Município de Porto Alegre não dá direito à percepção de qualquer espécie de remuneração ou subsídio para os seus membros. Art. 4º O Comitê terá sua estrutura e funcionamento regulado por Regimento Interno, a ser elaborado por seus integrantes. Art. 5º A SMDH fornecerá suporte administrativo e executivo às ações propostas pelo Comitê Municipal de Atenção aos Imigrantes, Refugiados, Apátridas e Vítimas do Tráfico de Pessoas no Município de Porto Alegre. Art. 6º As ações decorrentes da aplicação deste Decreto deverão estar em consonância com a Lei Federal nº 9.474, de 22 de julho de 1997, que definiu mecanismos para a implementação do Estatuto dos Refugiados de 1951 e com o Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas Contra o Crime Organizado Transnacional Relativo à Pre- 4

5 venção, Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas, em Especial Mulheres e Crianças Protocolo De Palermo, promulgado pelo Decreto Executivo nº 5.017, de 12 de março de Art. 7º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação de Art. 8º Fica revogado o Decreto nº , de 8 de maio de PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 10 de outubro Sebastião Melo, Prefeito, em exercício. Luciano Marcantônio, Secretário Municipal de Direitos Humanos. Registre-se e publique-se. Urbano Schmitt, Secretário Municipal de Gestão. 5