Software livre/open source vs. Software proprietário na educação O caso de estudo de uma escola do 2º e 3º ciclos

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Software livre/open source vs. Software proprietário na educação O caso de estudo de uma escola do 2º e 3º ciclos"

Transcrição

1 Software livre/open source vs. Software proprietário na educação O caso de estudo de uma escola do 2º e 3º ciclos Carla Filomena Augusto Mota Dissertação de Mestrado em Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação Orientação: Professora Doutora Maria Isabel Calapez Cabrita Leal Seruca Dezembro, 2014 IMP.GE.100.0

2 Agradecimentos Este espaço é dedicado àqueles que, de alguma forma, contribuíram para que esta dissertação de mestrado fosse realizada. Não sendo viável nomeá-los a todos, há no entanto alguns a quem não posso deixar de manifestar o meu apreço e agradecimento sincero. Em primeiro lugar, à minha orientadora, a Professora Doutora Isabel Seruca, pelo acompanhamento do trabalho, pela disponibilidade manifestada ao longo da sua realização, pelas críticas, correções e sugestões relevantes feitas durante este percurso. À vice-presidente da Associação Nacional de Professores de Informática, Vânia Ramos pela disponibilidade, colaboração e cedência de dados recolhidos pela Associação. À direção do agrupamento de escolas de São João de Sobrado e ao Professor Fernando Ventura pela disponibilidade e colaboração para a realização deste trabalho. Aos meus pais, por estarem sempre disponíveis para cuidar do Lucas, porque sem a ajuda deles não teria sido possível realizar este trabalho. Para o Henrique e o Lucas, um beijinho muito especial, pelos sorrisos que me deram em troca da minha ausência e alguma falta de paciência. Carla Mota Porto, Dezembro 2014

3 Resumo A utilização generalizada da Internet e a evolução da Web potenciaram novos paradigmas na utilização e adoção de software. Assim, diversos tipos de utilização de software como o software livre, open source, freeware ou software as a service estão atualmente disponíveis para além do software proprietário. A par das tendências da utilização de software livre/open source a nível internacional, em Portugal tem também havido diversas recomendações na adoção deste tipo de software na Administração Pública e, em particular, nas Escolas. Nesse contexto, diversos benefícios têm sido associados à utilização de software livre/open source, nomeadamente poupança em termos de custos de aquisição de licenças, maior rentabilização do hardware existente, liberdade de utilização e possibilidade de partilha do código e independência em relação aos fabricantes de software. Este trabalho retrata uma experiência de utilização de software livre/open source numa Escola Básica do 2º e 3º ciclos, envolvendo alunos da disciplina de Tecnologias da Informação e Comunicação. Com a investigação realizada, pretendeu-se aferir se a utilização de software livre/open source condicionaria os objetivos e resultados de aprendizagem dos alunos visados, versus a situação de utilização de software proprietário. Palavras-chave: tipos de adoção de software, software proprietário, software livre, software open source, Escolas, Tecnologias da Informação e Comunicação.

4 Abstract The widespread use of the Internet and the evolution of the Web boosted new paradigms in the use and adoption of software. Thus, in addition to proprietary software, several types of software use and adoption are currently available such as free software, open source, freeware and software as a service. In line with the international trends of free/open source software usage, in Portugal there has also been a number of recommendations in the adoption of this type of software in the Public Administration and, in particular, in Schools. In this context, several benefits have been associated with the use of free/open source software, including savings in license acquisition costs, better use of existing hardware, freedom of code use, code sharing and independence from software manufacturers. This work describes a free/open source software usage experience in a Basic School of the 2nd and 3rd cycles levels of education, involving students of the Information and Communication Technologies course. The research conducted aimed to assess whether the use of free/open source software would condition the learning objectives and outcomes of the targeted students, versus the situation of use of proprietary software. Keywords: types of software adoption, proprietary software, free software, open source software, Schools, Information and Communication Technologies.

5 Índice 1 - Introdução Contextualização As recomendações do Ministério da Educação e da Comunidade Europeia na adoção de software livre/open source As metas curriculares da disciplina de Tecnologias da Informação e Comunicação Identificação do problema e objetivos do trabalho Metodologia Estrutura da dissertação Tipos de adoção e utilização de Software Principais conceitos Software livre Software Open Source Free/libre and Open Source Software (FLOSS) Software Freeware Software Proprietário Software as a Service (SaaS) Síntese O papel do Software livre/open source na evolução da Web A utilização de software livre/open source na Educação Adoção de software livre/open source na Educação Experiências de utilização de FLOSS em Escolas Portuguesas O estudo da Associação Ensino Livre Utilização de software open source em Escolas do distrito de Bragança O estudo da Associação Nacional de Professores de Informática O caso de estudo de uma escola básica do 2º e 3 ciclos A Metodologia de caso de estudo Descrição do caso de estudo Instrumentos de estudo utilizados Análise dos resultados obtidos Avaliação da unidade Produção e edição de documentos Avaliação da unidade Produção e edição de apresentações multimédia Considerações sobre os resultados obtidos Conclusão Anexos... 86

6 Índice de figuras Figura Ambiente de trabalho do Ms Word Figura Ambiente de trabalho do OpenOffice Writer Figura Ambiente de trabalho do Ms PowerPoint Figura Ambiente de trabalho OpenOffice Impress... 76

7 Índice de gráficos Gráfico 3.1- Escolas com gestão da comunicação institucional implementadas Gráfico Soluções de comunicação institucional implementadas nas Escolas Gráfico Escolas que utilizam serviços de gestão e partilha de ficheiros Gráfico Serviços de gestão e partilha de ficheiros utilizados nas Escolas Gráfico Utilização de plataformas de gestão de aprendizagem Gráfico Plataformas de gestão de aprendizagem utilizadas Gráfico Utilização de gestor de conteúdos no sítio do agrupamento Gráfico Gestores de conteúdos utilizados nos sítios das Escolas Gráfico Utilização de software livre na prática letiva por professores de Informática Gráfico Frequência de utilização de software livre pelos professores de informática Gráfico Nível de ensino onde os professores de Informática utilizam software livre Gráfico Conhecimentos de software livre dos professores de Informática Gráfico Aplicações de software livre utilizadas regularmente pelos professores de Informática Gráfico Professores que consideram vantajosa a utilização de software livre Gráfico Professores que incentivam o uso de software livre Gráfico Desenvolvimento de projetos ou boas práticas recorrendo a software livre Gráfico Área em que gostaria de ver melhorias nas aplicações de software livre Gráfico Resultados da turma A na avaliação da unidade Produção e edição de documentos, utilizando o MS Word Gráfico Resultados da turma A na avaliação da unidade Produção e edição de documentos, utilizando o OpenOffice Writer Gráfico 4.3 -Resultados da turma B na avaliação da unidade Produção e edição de documentos, utilizando o MS Word... 56

8 Gráfico Resultados da turma B na avaliação da unidade de Produção e edição de documentos, utilizando OpenOffice writer Gráfico Resultados da turma C, na avaliação da unidade Produção e edição de documentos, utilizando o Microsoft Word Gráfico Resultados turma C, na avaliação da unidade de Produção e edição de documentos, utilizando o OpenOffice Writer Gráfico Resultados da turma A na avaliação da unidade Produção e edição de apresentações multimédia, utilizando o OpenOffice Impress Gráfico Resultados da turma A na avaliação da unidade de Produção e edição de apresentações multimédia utilizando o Ms PowerPoint Gráfico Resultados da turma B na avaliação da unidade de Produção e edição de apresentações multimédia, utilizando o OpenOffice Impress Gráfico Resultados da turma B na avaliação da unidade de Produção e edição de apresentações multimédia, utilizando o Ms PowerPoint Gráfico Resultados da turma C na avaliação da unidade Produção e edição de apresentações multimédia, utilizando o OpenOffice Impress Gráfico Resultados da turma C na avaliação da unidade Produção e edição de apresentações multimédia, utilizando o Ms PowerPoint Gráfico Comparação de resultados obtidos na avaliação da unidade Produção e edição de Documentos Gráfico Comparação de resultados positivos/negativos por turma na unidade de Produção e edição de documentos Gráfico Comparação de resultados por turma na unidade de Produção e edição de documentos Gráfico Comparação de resultados na unidade de Produção e edição de apresentações multimédia Gráfico Comparação de resultados positivos/negativos por turma na unidade de Produção e edição de apresentação multimédia Gráfico Comparação de resultados por turma na unidade de Produção e edição de apresentações multimédia... 78

9 Índice de tabelas Tabela Análise comparativa dos vários tipos de software Tabela 2.2 -Exemplos de LMS proprietários Tabela 2.3-Exemplos de LMS Open Source (Sampson, 2009) Tabela Alternativas Open Source ao Software proprietário (Buchanan & Krasnoff, 2005) Tabela Alternativas Open Source ao Software proprietário (Crnkovic & Moretti, 2010) Tabela Caraterísticas do equipamento da sala TIC na Escola Básica 2/3 de São João de Sobrado Tabela Tabela de níveis adotados pela Escola Tabela Tabela de resultados da turma A, utilizando o MS Word Tabela Estatística dos resultados da turma A, utilizando o MS Word Tabela Resultados da turma A utilizando o OpenOffice Writer Tabela Estatística dos resultados da turma A utilizando o OpenOffice Writer Tabela Resultados da turma B utilizando o OpenOffice Writer Tabela Estatística dos resultados da turma B utilizando o OpenOffice Writer Tabela Resultados turma C utilizando Microsoft Word Tabela Estatística dos resultados obtidos pela turma C utilizando o Microsoft Word Tabela Resultados da turma C utilizando o OpenOffice Writer Tabela Estatística dos resultados da turma C utilizando o OpenOffice Writer Tabela Resultados da turma A utilizando o OpenOffice Impress Tabela Estatística dos resultados obtidos pela turma A utilizando o OpenOffice Impress Tabela Resultados da turma A utilizando o Ms PowerPoint Tabela Estatística dos resultados obtidos pela turma A utilizando o Ms PowerPoint Tabela Resultados da turma B utilizando o OpenOffice Impress Tabela Estatística dos resultados obtidios pela turma B, utilizando o OpenOffice Impress... 65

10 Tabela Resultados da turma B utilizando o Ms PowerPoint Tabela Estatística dos resultados obtidos pela da turma B, utilizando Ms Powerpoint Tabela Resultados da turma C utilizando o OpenOffice Impress Tabela Estatística dos resultados obtidos pela turma C, utilizando o OpenOffice Impress Tabela Resultados da turma C utilizando o Ms PowerPoint Tabela Estatística dos resultados obtidos pela turma C, utilizando o Ms PowerPoint... 69

11 1 - Introdução 1.1 Contextualização As recomendações do Ministério da Educação e da Comunidade Europeia na adoção de software livre/open source Desde 2004 que as escolas Portuguesas têm recebido computadores através do Ministério da Educação ou das suas direções regionais para utilização em contexto de sala de aula, para além do equipamento informático fornecido para finalidades administrativas, nomeadamente na secretaria, direção da escola, biblioteca e reprografia. Os computadores que as escolas receberam a partir de 2009, no âmbito do Plano Tecnológico para a Educação (PTE), vieram com licenciamento definitivo para os sistemas operativos Microsoft e Linux Caixa Mágica. Já os equipamentos que as escolas receberam até 2009 foram fornecidos com produtos Microsoft na modalidade de licenciamento por subscrição. Em outubro de 2011, as escolas receberam instruções da Direção Regional da Educação do Norte (DREN), sob indicação do Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar (cf. Procedimentos a adotar relativamente ao licenciamento de software Microsoft apresentado no Anexo 1), no sentido de não procederem à renovação dos contratos de licenciamento para os equipamentos fornecidos até 2009, desinstalando os produtos Microsoft e adotando uma solução de migração do software Microsoft para software livre, nomeadamente o sistema Linux Caixa Mágica ou outro equivalente. No mesmo a DREN refere ainda que o Gabinete de Gestão Financeira não iria proceder ao reforço do orçamento das escolas no valor correspondente a essas renovações (cf. Procedimentos a adotar relativamente ao licenciamento de software Microsoft apresentado no Anexo 1). As razões apontadas para a justificação deste procedimento foram o facto do período de licenciamento dos equipamentos referidos ter terminado em 30 de setembro de 2011 e uma boa parte dos equipamentos, dada a sua idade, não estar em boas condições de funcionamento e não suportar as versões mais recentes dos 1

12 Introdução produtos Microsoft. Para além disso, o enviado pela DREN refere diversas recomendações publicadas na legislação, no sentido da utilização de software livre e de normas abertas na administração pública, nomeadamente a lei nº 36/2011 de 21 de Junho. No mesmo sentido, a comissária Europeia e Vice-Presidente para a Agenda Digital, Neelie Kroes, preconiza a utilização de software open source afirmando Quando alternativas abertas estão disponíveis, nenhum cidadão ou empresa devem ser forçados ou incentivados a usar a tecnologia de uma empresa particular, para aceder a informações do governo. Nenhum cidadão ou empresa devem ser forçados ou incentivados a escolher uma tecnologia fechada sobre uma aberta, por um governo ter feito essa escolha em primeiro lugar. Eu reconheço uma decisão de negócios inteligente quando vejo uma - a escolha de padrões abertos é, de facto, uma decisão de negócio muito inteligente" (Hillenius, 2014). Em particular, Neelie Kroes, apoia a campanha FixMyDocuments, incentivando as administrações públicas Europeias a fazerem uma melhor utilização de formatos de documentos abertos. Os ativistas pretendem levar as administrações públicas e as autoridades a publicar os seus documentos em formatos abertos (ODF - Open Document Format), que podem ser lidos e utilizados por qualquer pessoa, sem impor a utilização de qualquer software proprietário (Hillenius, 2014). Ainda ao nível da Comunidade Europeia, o Open Source Observatory foi criado em Dezembro de 2011, estando atualmente hospedado na Joinup, plataforma colaborativa criada pela Comissão Europeia e financiada pela União Europeia, através do Programa de soluções de interoperabilidade para as Administrações Públicas Europeias (ISA Interoperability Solutions for European Public Administrations). O Open Source Observatory é um espaço para intercâmbio de informação e experiências baseadas em software livre/open source para utilização nas Administrações Públicas. Esta comunidade tem como objetivo ajudar as Administrações Públicas a partilhar este tipo de soluções de software, discutir boas práticas e trocar as suas experiências (Open Source Observatory, 2014). 2

13 Introdução As metas curriculares da disciplina de Tecnologias da Informação e Comunicação Em Julho de 2012 o Ministério da Educação e da Ciência, lançou as metas curriculares da disciplina de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) para o 3º ciclo. As metas curriculares estabelecem aquilo que pode ser considerado como a aprendizagem essencial a realizar pelos alunos, em cada um dos anos de escolaridade ou ciclos do ensino básico (Ministério da Educação, 2012a). Como se pode constatar pela análise deste documento de trabalho criado pela tutela, deixa-se de falar em competências para agora se falar em objetivos finais de aprendizagens. Estes apareceram no seguimento da revogação do documento Currículo Nacional do Ensino Básico Competências Essenciais (cf. Despacho n.º 17169/2011, de 23/Dezembro) (Ministério da Educação, 2012a). Isto não significa que se deixe de utilizar os programas de cada disciplina, pelo contrário, aquilo que se pretende é que em complementaridade com estes programas, as metas estabeleçam as referências fundamentais para o desenvolvimento do ensino: e nelas se clarifique o que nos Programas se deve eleger como prioridade, definindo os conhecimentos a adquirir e as capacidades a desenvolver pelos alunos nos diferentes anos de escolaridade (cf. Despacho n.º 5306/2012, de 18/Abril) ( ) ou, quando isso se justifique, por ciclo (Ministério da Educação, 2012b). Este documento refere ainda que a disciplina de TIC deve permitir uma literacia digital generalizada, tendo em conta a igualdade de oportunidades para todos os alunos. As metas curriculares da disciplina de TIC estão divididas em três domínios obrigatórios: o domínio da informação, da produção, da comunicação e colaboração. O domínio da segurança deverá ser abordado em sala de aula de uma forma transversal. Cada um destes domínios está ainda dividido em subdomínios. O documento elaborado pelo Ministério da Educação, Metas Curriculares de Tecnologias da Informação e Comunicação 7º e 8º anos, não menciona uma aplicação informática específica a usar para cada domínio de conhecimento. 3

14 Introdução 1.2 Identificação do problema e objetivos do trabalho O tema de investigação deste trabalho surgiu da necessidade de resposta a questões relacionadas com as aprendizagens dos alunos de 3º ciclo, na disciplina de TIC, nomeadamente tendo em conta dois cenários diferentes de utilização de software no ambiente de ensino/aprendizagem: software proprietário e software livre/open source. A escolha da investigação neste nível de ensino deveu-se ao facto do autor, à data da realização deste trabalho, ser docente da disciplina de TIC do 3º ciclo; para além disso, o docente lecionava numa escola afetada pelas recomendações da DREN, uma vez que tinha equipamentos informáticos adquiridos antes de 2009 e ter-se-ia, assim, que proceder à transição de software proprietário para software livre/open source nesses equipamentos. Estes fatores contribuíram para a motivação do trabalho a realizar. Para além das recomendações do Ministério da Educação e a nível da Comunidade Europeia, no sentido da promoção da utilização do software livre nas escolas, considera-se que o tema é também pertinente, uma vez que os alunos em situação de estágio profissional ou quando integrarem o mercado de trabalho poderão encontrar nessas organizações software distinto do software que utilizaram durante o seu período de educação. É, portanto, relevante aferir o grau de adaptação e preparação que os alunos poderão revelar em situações de mudança de adoção de tipo de software. Existem experiências de utilização de software livre/open source em instituições de ensino que estão relatadas, mas não estão quantificadas. É por isso importante, alargar e aprofundar o conhecimento científico sobre as aprendizagens efetuadas utilizando software proprietário e software open source. Assim, o presente trabalho, pretende dar resposta a duas questões de investigação principais: (1) Será que os alunos de 3º ciclo obtêm os mesmos resultados finais de aprendizagem na disciplina de TIC quer utilizando software proprietário ou software livre/open source? 4

15 Introdução (2) Serão os alunos de 3º ciclo da disciplina de TIC capazes de produzir o mesmo tipo de documentos e apresentações eletrónicas, independentemente do tipo de software em que fizeram as suas aprendizagens? De modo a suportar o trabalho apresentado, foram ainda estabelecidos objetivos secundários que permitirão a concretização do trabalho proposto: Caracterizar os vários tipos de utilização e adoção de software, assim como as vantagens e desvantagens da adoção de cada tipo e tendências de evolução; Fornecer uma panorâmica das experiências de utilização de software livre/open source na educação. 1.3 Metodologia A metodologia adotada para validação das respostas às questões de investigação identificadas é o caso de estudo da escola básica do 2º e 3º ciclos de São João de Sobrado em Valongo. Ir-se-á quantificar e comparar as aprendizagens dos alunos da disciplina de TIC do 3º ciclo, efetuadas com software proprietário e com software open source, especificamente nos subdomínios Produção e edição de documentos e Produção e edição de apresentações multimédia. 1.4 Estrutura da dissertação O presente trabalho encontra-se organizado em cinco capítulos que refletem o percurso do trabalho realizado. No primeiro capítulo é feito um enquadramento geral ao tema a abordar e contextualizado o trabalho a desenvolver. É indicada a motivação do autor para a realização desta dissertação, os objetivos que se propôs a atingir e a metodologia a seguir para a concretização do trabalho. O segundo capítulo inclui uma caracterização dos diferentes tipos de utilização e adoção de software, incluindo as vantagens e desvantagens de cada tipo de adoção e exemplificando o software existente em cada tipo. São ainda identificadas algumas tendências de evolução da utilização de software no contexto de ensino/aprendizagem. 5

16 Introdução No terceiro capítulo é dada uma panorâmica dos esforços desenvolvidos e experiências de utilização de software livre/open source na educação, com maior destaque para o caso específico das escolas Portuguesas. No quarto capítulo é apresentado o caso de estudo utilizado no âmbito deste trabalho e que serviu para validar as respostas obtidas às questões de investigação colocadas. No último capítulo são revisitadas as questões de investigação colocadas e são feitas considerações aos resultados obtidos. São ainda apresentadas sugestões de trabalho futuro, que dêem continuidade ao trabalho desenvolvido. 6

17 2-Tipos de adoção e utilização de Software 2.1 Principais conceitos A análise da literatura sobre este tema revela que existem autores que utilizam indistintamente os conceitos de software livre e de software open source. Nas secções seguintes pretende-se clarificar os diferentes conceitos relacionados com os tipos de adoção e utilização de software, destacando as vantagens e desvantagens de cada uma das alternativas analisadas Software livre Segundo a Free Software Foundation (Free Software Foundation, 2014) o conceito de software livre não está associado ao custo do software, mas antes à liberdade de utilização. Assim, o software livre proporciona aos utilizadores a liberdade de executarem, copiarem, distribuírem, estudarem, modificarem e aperfeiçoarem o software. Kubota (2006) situa as origens do software livre no movimento pelo software livre criado em 1984 por Richard Stallman, então membro do laboratório de Inteligência Artificial do Massachussets Institute of Technology (MIT). Refere ainda as seguintes características de liberdade oferecidas pelo software aos utilizadores, inerentes à classificação do sofware livre: Liberdade de utilizar o programa para qualquer propósito; Liberdade de estudar como o programa funciona e adaptá-lo conforme as necessidades; para isso, o acesso ao código é uma pré-condição; Liberdade de redistribuir cópias, de modo a ajudar outros programadores; Liberdade de melhorar o programa e publicar melhorias para o público, de modo a que toda a comunidade possa beneficiar. Mais uma vez, o acesso ao código é uma pré-condição. Segundo Kubota (2006), o software livre desenvolve-se através de trabalho cooperativo. Os programadores envolvidos no desenvolvimento deste tipo de projetos de software disponibilizam o código fonte a toda a comunidade. Assim, conseguem atrair novos colaboradores que, de forma voluntária, sugerem modificações ao código 7

18 Tipos de adoção e utilização de Software e o testam. Este é um novo paradigma de desenvolvimento de software onde os programadores participam no desenvolvimento do projeto, sem serem compensados monetariamente (Rooij, 2007). Para além disso, o facto de não existirem prazos de entrega, permite a realização de testes exaustivos por parte do grande número de colaboradores voluntários. Assim, quando um produto sai para distribuição já foi testado por um grande número de utilizadores, permitindo um alto nível de confiabilidade no produto. Normalmente, o software livre é distribuído com licença GPL (General Public Licence), que, para além de oferecer as quatro liberdades essenciais associadas ao software livre, estabelece orientações relativamente à possibilidade de cópia e distribuição (Crnkovic & Moretti, 2010). Inicialmente esta licença foi desenvolvida para o projeto GNU (acrónimo recursivo para GNU s Not Unix). A história do movimento GNU está ligada ao desenvolvimento do sistema operativo Unix nos anos 60. Este foi desenvolvido em conjunto pela AT&T Bell Labs, o MIT e a General Eletric (Kubota, 2006). Anos depois, a AT&T cedeu o código fonte por um preço simbólico à Universidade de Berkeley na Califórnia. Esta desenvolveu o BSD (Berkeley Software Distribution); simultaneamente, a AT&T já comercializava o Unix como software proprietário, originando conflitos. Richard Stallman sai do MIT e desenvolve um sistema operativo compatível com o Unix, o GNU, mas no formato de software livre, de forma a poder substituí-lo facilmente nos computadores dos utilizadores que tinham Unix. O projeto GNU foi crescendo e atraiu o interesse de outros programadores, dando lugar à criação da Free Software Foundation em Segundo esta fundação, atualmente existem milhões de utilizadores que utilizam o sistema operativo GNU/Linux, que incorretamente é muitas vezes designado só por Linux (Free Software Foundation, 2014) Software Open Source Em 1998, Eric Raymond distancia-se do sistema operativo GNU/Linux e cria o conceito de Fonte Aberta (Open Source). A Open Source Development Labs, criada em 8

19 Tipos de adoção e utilização de Software 2000, contou com a participação de grandes empresas como a IBM, a HP, a Computer Associates, Intel e NEC (Kubota, 2006). Segundo Richard Stallman, o distanciamento de Eric Raymond procurou tornar o software livre amigável às corporações, estabelecendo diferentes critérios para licenças, de modo a que um programa pode ser aberto, mas não livre, e vice-versa (Kubota, 2006). A IBM, a Sun e a HP são exemplos de empresas que adotaram este modelo de desenvolvimento de software, uma vez que os resultados se traduzem num software bem testado e robusto (Buchanan & Krasnoff, 2005). Richard Stallman defende que o open source é uma metodologia de desenvolvimento cujo objetivo é tornar o software melhor. Já o software livre é um movimento social com o imperativo ético de respeitar a liberdade dos utilizadores (Stallman, 2014). A definição de open source deriva de software livre, sendo porém mais extensa e mais complexa. A Open Source Iniciative (OSI) estabeleceu que a utilização de um programa open source não implica apenas ter acesso ao respetivo código fonte. Para ser considerada uma distribuição open source, deverá obedecer aos seguintes critérios (Open Source Initiative, 2014): 1. Redistribuição livre: A licença não deve restringir nenhuma parte de vender ou oferecer o software como um componente de uma distribuição de software agregado, contendo programas de várias fontes diferentes. A licença não deve exigir um royalty ou outra taxa para essa venda. 2. Código fonte: O programa deve incluir o código fonte, e deve permitir a distribuição tanto na forma de código fonte, como compilada. Quando alguma forma de um produto não é distribuída com o código fonte, deve existir um meio amplamente divulgado de obter o código, a um custo de reprodução razoável, preferencialmente, através da Internet sem custo. O código fonte deve ser a forma preferencial com a qual um programador poderá modificar o programa. Código 9

20 Tipos de adoção e utilização de Software fonte deliberadamente ofuscado não é permitido. Formas intermediárias como a saída de um pré-processador ou tradutor não são permitidas. 3. Trabalhos derivados: A licença deve permitir modificações e trabalhos derivados, e deve permitir a sua distribuição sob os mesmos termos da licença do software original. 4. Integridade do código fonte do autor: A licença pode restringir o código fonte de ser distribuído em forma modificada, somente se a licença permitir a distribuição de arquivos de patch com o código fonte, com o propósito de modificar o programa em tempo de compilação. A licença deve explicitamente permitir a distribuição de software construído a partir do código fonte modificado. A licença pode exigir que trabalhos derivados tenham um nome ou versão diferentes dos do software original. 5. Sem Discriminação Contra Pessoas ou Grupos: A licença não deve discriminar nenhuma pessoa ou grupo de pessoas. 6. Sem discriminação contra campos de trabalho: A licença não deve restringir ninguém de fazer uso do programa em algumas áreas específicas de trabalho. Por exemplo, não pode restringir o programa de ser usado numa empresa, ou de ser usado para pesquisa genética. 7. Distribuição da licença: Os direitos atribuídos ao programa devem-se aplicar a todos para quem o programa for redistribuído, sem a necessidade da execução de uma licença adicional por essas partes. 8. A licença não deve ser específica de um produto: Os direitos atribuídos ao programa não podem depender do programa ser parte de uma distribuição de software em particular. Se o programa for extraído dessa distribuição e usado ou distribuído dentro dos termos da licença, todas as partes a quem o programa é redistribuído devem ter os mesmos direitos que são concedidos em conjunto com a distribuição de software original. 9. A licença não deve restringir outro software. A licença não deve colocar restrições noutro software que seja distribuído juntamente com o software licenciado. Por exemplo, a licença não deve estabelecer que todos os restantes programas distribuídos no mesmo meio, devam ser software open source. 10

21 Tipos de adoção e utilização de Software 10. A licença deve ser independente da tecnologia. Nenhuma das disposições da licença pode ser subordinada a qualquer indivíduo, tecnologia ou estilo de interface Free/libre and Open Source Software (FLOSS) Segundo Richard Stallman, quase todo o software open source é software livre. O que diferencia os dois conceitos é a argumentação que lhes está subjacente. Enquanto o conceito de software livre está associado à ideia de que não é correto aprisionar o conhecimento, o software open source baseia-se no princípio de que o acesso ao código gera software de melhor qualidade. Assim, Stallman (2014) defende que enquanto o open source é uma metodologia de desenvolvimento, o software livre é um movimento social. É ainda comum que estes dois conceitos sejam usados indistintamente ou usados em conjunto, sendo citados sob a sigla FLOSS (Free/Libre and Open Source Software). Vantagens e desvantagens do FLOSS Garcia, Santos, Pereira, & Rossi (2010) destacam as vantagens e desvantagens da utilização de software livre. As vantagens são sistematizadas nas seguintes dimensões: Custo: o software livre aproveita equipamentos tidos como obsoletos, por ser menos exigente a nível do hardware necessário para instalação. Para além disso, o software é frequentemente gratuito para utilização; Customização: é possível adaptar o programa conforme as necessidades. É um produto com flexibilidade; Facilidade/praticidade: os projetos de software livre são desenvolvidos em organizações virtuais, compostas por indivíduos geograficamente dispersos, que trabalham com objetivos específicos de desenvolvimento, utilizando mecanismos simples para coordenar e comunicar o seu trabalho através da Internet. Existe liberdade de executar o programa e estudar como este funciona. Os sistemas operativos e aplicações são geralmente configuráveis; 11

22 Tipos de adoção e utilização de Software Liberdade de ação: pode ser aprimorado e personalizado. É permitido acesso ao código fonte. Existe a possibilidade de aperfeiçoar o programa. Oferece um tipo de liberdade importante para a sociedade; Segurança: há menor vulnerabilidade a invasões e vírus; Social: o produto encontra-se em permanente construção coletiva. Permite cooperação e partilha. Gera benefícios para toda a comunidade. Oferece um contributo à sociedade. Favorece a inclusão digital. Como desvantagens, são identificadas as seguintes: Suporte ao utilizador, documentação de apoio e formação: constata-se a ausência de suporte para utilizadores iniciantes. O software exige uma maior necessidade de formação dos utilizadores com perfil técnico. Não existe documentação capaz de auxiliar a procura de soluções para problemas mais complexos; Falta de programas em algumas áreas: existem poucos jogos e programas direcionados para o entretenimento; Integração com outras aplicações existentes: este aspeto é muitas vezes dificultado, face à situação de utilização de software proprietário, sendo necessário haver competências internas nas organizações para assegurar a integração do software FLOSS com as aplicações existentes; Evolução do software: geralmente existe uma única versão do software, sem previsão de possibilidade de atualização; Segurança: o código fechado transmite mais segurança que o código aberto Software Freeware Existe, frequentemente, uma grande confusão entre software livre e software freeware. Esta situação advém da origem da palavra inglesa free que tanto pode ter o significado de gratuito como livre. Freeware é um software gratuito que pode ser utilizado sem custos de aquisição, mas que não proporciona as quatro liberdades, mencionadas na Secção 2.1.1, de forma a poder ser considerado software livre. 12

23 Tipos de adoção e utilização de Software O software freeware é disponibilizado de forma gratuita; no entanto, este mantém os direitos de autor, ao nível da distribuição, modificação e venda futura. Normalmente este tipo de software é distribuído sem o respetivo código fonte, evitando assim a sua modificação pelos utilizadores. Um exemplo de software freeware é o Adobe Acrobat Reader Software Proprietário Software proprietário é todo o software sujeito à aquisição (com custos) de licenças de utilização e que está protegido contra cópias e distribuição. O utilizador, ao aceitar a licença que acompanha este tipo de software, está a concordar com as limitações impostas, sujeitando-se a coimas ou penas de prisão, em caso de infração. O que determina se o software é proprietário são os direitos de autor, aplicados ao seu licenciamento e distribuição. O autor do programa, nos termos da legislação que protege os direitos de autor, tem a possibilidade de restringir o seu uso, reprodução, alterações e adaptações por parte de terceiros, ou autorizar / licenciar certos usos, de forma específica e sob remuneração (royalties) (Knowledge Media Institute, 2014). Neste tipo de software, os utilizadores não têm acesso aos elementos técnicos que o compõem, tais como o código fonte comentado, memorial descritivo, especificações funcionais internas, diagramas, fluxogramas e outros dados técnicos necessários à absorção da tecnologia (Knowledge Media Institute, 2014). O software da Microsoft é um exemplo de software proprietário, nomeadamente o sistema operativo Windows 8 e o software Microsoft Office. Vantagens e desvantagens do software proprietário No trabalho elaborado por Garcia, Santos, Pereira, & Rossi (2010), resultante da pesquisa feita a 222 especialistas de informática, são destacadas as vantagens e desvantagens da utilização de software proprietário. O aspeto mais evidenciado como vantajoso é o seguinte: 13

24 Tipos de adoção e utilização de Software Facilidade de utilização e configuração: o software apresenta maior facilidade de utilização e de configuração, sendo tipicamente compatível com diversos equipamentos. Existe um maior número de softwares compatíveis com a plataforma básica. Por outro lado, as desvantagens mais associadas à utilização de software proprietário, são as seguintes: Custo: o software proprietário pode necessitar de suporte pago; Dificuldades/entraves: é um tipo de software orientado pelo interesse do proprietário. Na maioria dos casos não existe possibilidade de customização, de forma a atender as necessidades específicas dos utilizadores. Observa-se dificuldade de adaptação dos utilizadores de outras plataformas. Existe dependência junto do fornecedor relativamente à manutenção e suporte; Social: não existe uma comunidade sistematizada na Internet para prestar ajuda na utilização do software, como no caso do software livre, em que mesmo não tendo contato direto com o programador, o utilizador tem acesso à lista de e fóruns na Internet, onde outros utilizadores e programadores prestam suporte uns aos outros Software as a Service (SaaS) SaaS é um modelo de distribuição de software em que os clientes podem adquirir os serviços de software que pretendem por encomenda e receber vários tipos de aplicações de software através da Internet (Wonil, et al., 2012). A IBM (2014) define SaaS como aplicações, executadas em computadores distantes, na nuvem, que são possuídas e operadas por outros que se conectam aos computadores dos utilizadores pela Internet, através de um browser. O conceito existe há já vários anos, mas só recentemente é que começou a ser amplamente utilizado. A tendência na prestação de serviços de software tem vindo a mudar do modelo Application Server Provider (ASP) para o modelo SaaS. O ASP é um modelo de serviço de software em que o serviço é prestado numa base de um para um, de acordo com o 14

25 Tipos de adoção e utilização de Software seu proprietário; o SaaS é um modelo de serviço de software em que o serviço é prestado virtualmente numa base de um para um, mas fisicamente para todos os utilizadores em simultâneo. Num ambiente SaaS, todos os utilizadores podem aceder ao sistema via Internet, sem necessidade de qualquer software de instalação. Exemplos de casos de utilização de software neste tipo de paradigma são o Google Docs e o Microsoft Office 365 (Wonil, et al., 2012). Para além do SaaS, as seguintes opções de serviços na nuvem podem ser disponibilizadas: Platform as a Service (PaaS): este modelo fornece um ambiente baseado na nuvem com tudo o que é necessário para suportar o ciclo de vida completo da construção e entrega de aplicações baseados na web (nuvem), sem o custo e a complexidade de comprar e gerir o hardware, software, o fornecimento e a hospedagem subjacentes (IBM, 2014). O Google AppsEngine, o Microsoft Azure e o Amazon checkout são exemplos de PaaS (Wonil, et al., 2012). Infrastruture as a Service (IaaS): é um nível básico de serviços de informática na nuvem. Fornece um ambiente de virtualização da plataforma informática como um serviço, através da conversão de recursos de infraestrutura, juntamente com dispositivos de rede e dispositivos de armazenamento num conjunto virtual de recursos. Tradicionalmente as instituições instalam recursos como servidores, armazenamento e espaço de data center nos seus sites. No entanto, estes recursos podem ser pagos como um serviço totalmente terceirizado de acordo com a quantidade de recursos utilizados. Exemplos deste tipo de serviço são o Microsoft LiveMesh e o Amazon cloudfront (Wonil, et al., 2012). 15

26 Tipos de adoção e utilização de Software Vantagens e desvantagens do SaaS O Gartner Group publicou, em Setembro de 2007, um artigo em que apresenta as vantagens e desvantagens da utilização do SaaS relativamente ao software proprietário, com o título Key Issues for Software as a Service. Em 2011, voltou a publicar um artigo com o mesmo título, com dados de utilização atualizados. Em (Desisto & Pring, 2011) esses aspetos são resumidos da seguinte forma: Vantagens da utilização do SaaS: A implementação é tipicamente mais rápida e mais económica (Wonil, et al., 2012). A rapidez da implementação decorre do facto de não serem necessárias a aquisição ou instalação de uma infraestrutura local, para além das implementações de SaaS não necessitarem de alterações ao código ou extensões ao software base. Normalmente a aquisição de software implica investimentos em infraestruturas (novos servidores, infraestruturas de rede, outro software), o que não acontece no caso do SaaS; Melhoria de desempenho. Como a gestão operacional da aplicação e das infraestruturas passam para o fornecedor de software, o(s) responsável(eis) pelas TI ficam libertos para outras tarefas mais importantes; Facilidade de integração. As aplicações SaaS são normalmente desenvolvidas sobre standards livres (web services), tornando a integração entre aplicações SaaS bastante mais simples, quando comparada com a integração de aplicações proprietárias; Custos de atualização de software. O modelo SaaS reduz drasticamente o custo de atualização da versão do software, quando comparado com o modelo de software proprietário. Muitas vezes, esta atualização não acarreta custos para o cliente. Desvantagens do SaaS: Por si só, não oferece vantagens competitivas a uma organização. Uma vez que todos os clientes acabam por ter as mesmas funcionalidades, performance e segurança. A possível vantagem que um cliente terá com o uso deste modelo dependerá do tipo e volume de utilização que faz da aplicação; 16

27 Tipos de adoção e utilização de Software Ainda que muitos fornecedores de SaaS divulguem que as suas aplicações têm preços por utilização, muitas vezes não é isso que se verifica. Apesar de serem mais orientadas à utilização do que as soluções proprietárias, regra geral contratam-se soluções SaaS com um certo volume de utilização, e com contratos de permanência de pelo menos um ano. Mesmo que, durante este período, o volume de utilização não se verifique, o dinheiro não é devolvido. Constata-se também que as funcionalidades de um SaaS não são contratadas tão individualmente como o esperado, mas sim em pacotes, o que faz com que potencialmente se esteja a contratar funcionalidades desnecessárias. No entanto, este tipo de serviço para o caso do setor da Educação constituí uma exceção a esse nível, uma vez que, para as instituições de ensino, os pacotes são frequentemente gratuitos como acontece com o Microsoft Office 365 e o Google Apps; Os contratos de aquisição de software proprietário são negociados individualmente, sendo em alguns casos personalizáveis. Esta cultura de contratos individuais não é usual no modelo SaaS, que tem por base o baixo custo e o elevado volume de transações. Embora os custos iniciais com SaaS sejam bastante mais baixos do que com as aplicações proprietárias, existem vários custos adicionais associados a serviços complementares, como o suporte telefónico, integração e alojamento de dados. A mudança para um ambiente mais virtual do modelo SaaS aumenta a exposição a potenciais ameaças à segurança dos dados. Apesar da maioria dos fornecedores de SaaS apresentarem níveis de segurança idênticos (e por vezes até superiores) às empresas que comercializam software proprietário, existe uma perceção de maior vulnerabilidade que é inibidora à adoção do SaaS. Para além disso, muitos clientes têm mais receio das ameaças internas do que as externas, pois embora um fornecedor possa garantir um sistema inviolável a partir do exterior, as fugas internas de informação são normalmente mais difíceis de controlar; 17

28 Tipos de adoção e utilização de Software No SaaS, o cliente fica mais dependente do seu fornecedor de serviço do que com o software proprietário, uma vez que, após a aquisição do produto, é possível trabalhar sem ter qualquer contacto adicional com o fornecedor. Por exemplo, caso o fornecedor deixar de existir, o cliente que utiliza software proprietário não é afetado, e pode continuar a laborar normalmente. Com o SaaS, como as aplicações e os dados se encontram do lado do fornecedor, o cliente deixa de ter acesso ao software; Com o Saas, o cliente fica também dependente das condições das infraestruturas de rede. Isto é, caso exista algum problema nas comunicações entre o cliente e fornecedor que impliquem a falha de comunicação, o cliente deixa de poder utilizar o serviço SaaS que contratualizou. Exemplos de SaaS Atualmente, existem várias empresas, cujo leque de oferta de software é quase exclusivamente composto por soluções SaaS, como a Google. Entretanto, empresas como a Microsoft que trabalhavam exclusivamente num conceito de software proprietário, para não perderem mercado, tiveram de alterar o seu modelo de distribuição de software, disponibilizando também uma versão SaaS de algumas das suas aplicações. (1) Microsoft - Office 365 Educação A2 Em dezembro de 2013, uma das maiores empresas de software proprietário, a Microsoft, lança o plano Office 365 Educação A2, gratuito para estudantes, corpo docente e funcionários (Jornal Público, 2012a). De acordo com este plano, a escola, depois de verificada a sua elegibilidade como instituição de ensino acreditada, tem direito a um número ilimitado de contas, a partir das quais pode aceder às tradicionais aplicações que fazem parte do pacote de escritório da marca, nomeadamente o Outlook, Word, Excel e PowerPoint, para além de outras funcionalidades. Para utilizar 18

29 Tipos de adoção e utilização de Software o Office 365 é necessário uma ligação de banda larga à Internet, podendo as aplicações ser usadas a partir de um browser. No entanto, é necessário verificar se a escola tem efetivamente a largura de banda necessária para utilizar esta solução. Apesar de, atualmente, todas as escolas estarem equipadas com ligação à Internet de, pelo menos, 64Mbps, segundo o Ministério da Educação (PTE, 2009), poucas são as que têm uma largura de 5Gb, como projetado inicialmente para as escolas mais populosas. Ora a utilização do Office 365 implica um aumento do tráfego já existente de Internet. A Microsoft (Microsoft, 2014) alerta que existem muitas variáveis a considerar para estimar o tráfego na rede, nomeadamente: As ofertas de serviço Office 365 que a organização assinou; O número de computadores cliente em uso simultaneamente; O tipo de tarefa que cada computador cliente está a executar; O desempenho do software de navegação da Internet utilizado; A capacidade das conexões de rede e dos segmentos de rede associados a cada computador cliente; A tecnologia de rede da organização e a capacidade das várias partes do hardware da rede. Esta solução não era, no entanto, viável para a escola que serviu de caso de estudo para este trabalho, a eb23 de São João de Sobrado, uma vez que a largura de banda que a escola possuía era de 5Mbps. A confirmar esta situação da dificuldade de obtenção de largura de banda para a solução gratuita da Microsoft Office 365 Educação A2, está a notícia publicada a 25 de março de 2014 no jornal Público, em que é referido que o Ministério da Educação limita o acesso à internet nas escolas para aliviar a pressão sobre a rede. O Ministério da Educação confirma a fraca qualidade de serviço de ligação à Internet e por isso limitou a entrada no Facebook, tumbir, Instragram e lojas android e apple, entre as 08:30 e as 13:30. As atualizações para o sistema operativo Windows só serão possíveis das 17h às 8h do dia seguinte. O 19

30 Tipos de adoção e utilização de Software YouTube não terá limitação horária mas fica abrangido por um limite de utilização (Jornal Público, 2014b). (2) Google Apps for Education O Google Apps for Education é um conjunto de aplicações baseadas na nuvem, para Escolas e Universidades, que permitem o trabalho a partir de qualquer lugar e em qualquer dispositivo. A Google iniciou o seu percurso, com o que é ainda hoje, o maior e mais conhecido motor de pesquisa de informação da Internet. Desde então, tem vindo a oferecer cada vez mais serviços através da Web. A Google disponibiliza de forma gratuita diversas aplicações e ferramentas, para uso pessoal. Estas aplicações abrangem diversas áreas funcionais, desde correio eletrónico (Gmail), agendas pessoais (Google Calendar), ferramentas de chat e videoconferência (Hangouts), e aplicações de processamento de texto (Documentos) ou construção de sites (Google sites). Estas aplicações estão disponíveis a partir de qualquer lugar e em qualquer momento, desde que se tenha ligação à Internet. Recentemente a Google começou a cobrar estes serviços às empresas e passou a designar o Google Apps por Google Apps for Work. A Google afirma que o Google Apps for Work, possui uma série de serviços adicionais de nível empresarial não incluídos no produto de consumidor gratuito, tais como profissional no seu domínio, armazenamento adicional no Gmail e Drive, apoio técnico por telefone e disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, tempo de atividade garantido de 99,9%, interoperabilidade com o Microsoft Outlook, funcionalidades de segurança otimizadas e administração total de todas as contas de utilizador (Google, 2014a). O Google Apps for Education, é constituído pelas mesmas aplicações que o Google Apps for Work, é gratuito e oferece 30GB de armazenamento por utilizador, filtragem avançada de spam e um SLA (Service Level Agreement) de funcionamento de 99,9%. O serviço é inteiramente hospedado pela Google, sem custos e sem publicidade, para alunos, professores ou funcionários (Google, 2014b). 20

31 Tipos de adoção e utilização de Software No caso de 30GB de armazenamento não serem suficientes, existe a possibilidade de aquisição de mais espaço por utilizador, através do pagamento de 5 dólares por mês e por utilizador, passando para 100GB, sendo esta opção extensível até 16TB por utilizador. Os constrangimentos já indicados da iniciativa da Microsoft Office 365 A2 para aplicação na Escola básica do 2ºe 3ºciclo de São João de Sobrado, seriam idênticos para o caso de utilização do Google Apps for Education, devido à largura de banda existente na escola. 21

32 Tipos de adoção e utilização de Software Síntese A Tabela 2.1 apresenta uma análise comparativa dos vários tipos de software descritos nas Secções anteriores. Software proprietário Software Livre Software Open Source Floss Software Freeware SaaS Definição É todo o software sujeito à aquisição (com custos) de licenças de utilização e que está protegido contra cópias e distribuição. O utilizador, ao aceitar a licença que acompanha este tipo de software, está a concordar com as limitações impostas, sujeitando-se a coimas ou penas de prisão, em caso de infração. O conceito de software livre não está associado ao custo do software, mas antes à liberdade de utilização. Assim, o software livre proporciona aos utilizadores a liberdade de executarem, copiarem, distribuírem, estudarem, modificarem e aperfeiçoarem o software. Um programa open source não implica apenas ter acesso ao respetivo código fonte. Para ser considerada uma distribuição open source, deverá obedecer aos critérios: Redistribuição livre, Código fonte, Trabalhos derivados, Integridade do código fonte do autor, Sem Discriminação Contra Pessoas ou Grupos, Sem discriminação contra campos de trabalho, Distribuição da licença,a licença não deve ser específica de um produto, A licença não deve restringir outro software, A licença deve ser independente da tecnologia. Free/Libre and Open Source Software Frequentemente agrega os conceitos de software livre e software open source. O software freeware é disponibilizado de forma gratuita; no entanto, este mantém os direitos de autor, ao nível da distribuição, modificação e venda futura. Normalmente este tipo de software é distribuído sem o respetivo código fonte, evitando assim a sua modificação pelos utilizadores. É um modelo de distribuição de software em que os clientes podem adquirir os serviços de software que pretendem por encomenda e receber vários tipos de aplicações de software através da Internet. Vantagens -Facilidade utilização configuração de e -Custo: aproveita equipamentos tidos como obsoletos, por ser menos exigente a nível do hardware. Pode ser gratuito para utilização; -Customização: é possível adaptar o programa conforme as necessidades. -Custo: é gratuito para utilização; -Social: oferece um contributo à -A implementação é tipicamente mais rápida e mais económica: a rapidez da implementação decorre 22

33 Tipos de adoção e utilização de Software Software proprietário Software Livre Software Open Source Floss Software Freeware SaaS É um produto com flexibilidade; -Facilidade/praticidade: software desenvolvido por indivíduos geograficamente dispersos, que trabalham com objetivos específicos de desenvolvimento, utilizando mecanismos simples para coordenar e comunicar o seu trabalho através da Internet. Existe liberdade de executar o programa e estudar como este funciona; -Liberdade de ação: pode ser aprimorado e personalizado. É permitido acesso ao código fonte. Existe a possibilidade de aperfeiçoar o programa. Oferece um tipo de liberdade importante para a sociedade; -Segurança: há menor vulnerabilidade a invasões e vírus; -Social: o produto encontra-se em permanente construção coletiva. Permite cooperação e partilha. Gera benefícios para toda a comunidade. Oferece um contributo à sociedade. Favorece a inclusão digital. sociedade. Favorece a inclusão digital. do facto de não serem necessárias a aquisição ou instalação de uma infraestrutura local, para além das implementações de SaaS não necessitarem de alterações ao código ou extensões ao software base; -Melhoria de desempenho. Como a gestão operacional da aplicação e das infraestruturas passam para o fornecedor de software, o(s) responsável(eis) pelas TI ficam libertos para outras tarefas mais importantes; -Facilidade de integração. As aplicações SaaS são normalmente desenvolvidas sobre standards livres (web services), tornando a integração entre aplicações SaaS bastante mais simples; -Custos de atualização de software. O modelo SaaS reduz drasticamente o custo de atualização da versão do software, muitas vezes, esta atualização não acarreta custos para o cliente; 23

34 Tipos de adoção e utilização de Software Software proprietário Software Livre Software Open Source Floss Software Freeware SaaS Desvantagens Custo: o software proprietário pode necessitar de suporte pago; Dificuldades/entraves: é um tipo de software orientado pelo interesse do proprietário. Na maioria dos casos não existe possibilidade de customização. Observa-se dificuldade de adaptação dos utilizadores de outras plataformas. Existe dependência junto do fornecedor relativamente à manutenção e suporte; Social: não existe uma comunidade na Internet para prestar ajuda na utilização do software como no caso do software livre em que mesmo não tendo contato direto com o programador, o utilizador tem acesso à lista de e fóruns -Suporte ao utilizador, documentação de apoio e formação: constata-se a ausência de suporte para utilizadores iniciantes. O software exige uma maior necessidade de formação dos utilizadores com perfil técnico. Não existe documentação capaz de auxiliar a procura de soluções para problemas mais complexos; -Falta de programas em algumas áreas: existem poucos jogos e programas direcionados para o entretenimento; -Integração com outras aplicações existentes: este aspeto é muitas vezes dificultado, face à situação de utilização de software proprietário, sendo necessário haver competências internas nas organizações para assegurar a integração do software FLOSS com as aplicações existentes; -Evolução do software: geralmente existe uma única versão do software, sem previsão de possibilidade de atualização; -Segurança: o código fechado transmite mais segurança que o código aberto. -Suporte ao utilizador, documentação de apoio e formação: constata-se a ausência de suporte para os utilizadores; -Falta de programas em muitas áreas; -Evolução do software: existem poucas versões do software; -Todos os clientes acabam por ter as mesmas funcionalidades, performance e segurança; -Constata-se que as funcionalidades de um SaaS não são contratadas tão individualmente como o esperado, mas sim em pacotes, o que faz com que potencialmente se esteja a contratar funcionalidades desnecessárias; -A cultura de contratos individuais não é usual no modelo SaaS, que tem por base o baixo custo e o elevado volume de transações; -Existem vários custos adicionais associados a serviços complementares, como o suporte telefónico, integração e alojamento de dados; -Existe uma perceção de maior vulnerabilidade que é inibidora à adoção do SaaS. Muitos clientes têm mais receio das ameaças internas do que as externas, pois 24

35 Tipos de adoção e utilização de Software Software proprietário Software Livre Software Open Source Floss Software Freeware SaaS na Internet, onde outros utilizadores e programadores prestam suporte uns aos outros. embora um fornecedor possa garantir um sistema inviolável a partir do exterior, as fugas internas de informação são normalmente mais difíceis de controlar; -O cliente fica mais dependente do seu fornecedor de serviço do que com o software proprietário; -o cliente fica também dependente das condições das infraestruturas de rede. Exemplos Windows 8 e Microsoft Office Blag e Dragora Open Elms MOODLE Adobe Acrobat Reader Google Apps for Work e Microsoft Office 365 Tabela Análise comparativa dos vários tipos de software 25

36 Tipos de adoção e utilização de Software 2.2 O papel do Software livre/open source na evolução da Web A primeira geração da Internet, a Web 1.0, caracterizou-se por ser uma Web maioritariamente de leitura, pela quantidade de informação que era possível aceder, mas tendo o utilizador um papel meramente passivo (Coutinho & Junior, 2007). O utilizador tinha uma postura não participativa, em que não podia contribuir para o crescimento, ou melhoria da informação que estava a aceder e em que estava interessado. Não tinha autorização para editar o conteúdo da informação acedida, mesmo que fosse para contribuir positivamente para o desenvolvimento deste. O utilizador era apenas um consumidor de informação, muito devido às dificuldades intrínsecas da programação da altura, que não era tão "user-friendly e exigia software proprietário para a criação de páginas ou conteúdos para a web. Nessa altura, a Web era bastante dispendiosa na medida em que, para se ter um sítio na Internet era necessário pagar o espaço num servidor. Atualmente, a criação de uma conta de correio eletrónico pode ser feita de forma gratuita, com a garantia de um espaço disponível muito considerável para guardar informação. Na geração Web 1.0, pagava-se para garantir esse espaço. Mobbs & Hawkridge (2010) referem que este estado de abertura chegou com os programadores open source, indo ao encontro da essência do que deveria ser a Internet, segundo os seus criadores. A segunda geração da Internet, a Web 2.0, distingue-se pelo facto do utilizador não ser apenas consumidor de informação, mas também produtor de documentos e conteúdos que facilmente pode publicar na Internet (Coutinho & Junior, 2007). É a Web dos conteúdos gerados pelo utilizador, uma Web de leitura e escrita. Esta mudança deve-se à facilidade com que é possível efetuar essa geração de conteúdos e publicação, sem exigir conhecimentos de programação, ou software proprietário e sem custos para o utilizador ao nível do armazenamento da informação num servidor. A existência de vários softwares livres ou open source, disponibilizados para download a partir da Internet de forma gratuita e de fácil utilização, permitem ao 26

37 Tipos de adoção e utilização de Software utilizador manter os seus conteúdos on-line com segurança, de forma pública ou restrita, consoante a sua pretensão. Durante a geração da Web 1.0 a ideia vigente era que a informação das empresas e instituições académicas tinha de residir fisicamente dentro da organização, suportando esta os custos do equipamento e manutenção. Uma vez quebrado o dogma de que a prestação de serviços tinha de decorrer dentro de portas, as atenções viraram-se para os serviços prestados na "nuvem", hospedados por terceiros na Internet (Mobbs & Hawkridge, 2010). Os blogs, os Wikis, as redes sociais e os Learning Management Systems (LMS) são exemplos de ferramentas da Web 2.0 e de serviços prestados na "nuvem", hospedados por terceiros na Internet. Da mesma forma que a Web evoluiu no sentido do utilizador não ser um mero consumidor passivo de informação, também os alunos evoluíram no sentido de não serem meros recetores de informação por parte do professor e eles próprios passaram a produtores de informação. A esse respeito, Coutinho & Junior (2007) referem Um novo paradigma de comunicação na Internet em que o aluno consumidor passa a ser também produtor de informação. A evolução da Web 1.0 para a Web 2.0 foi igualmente impulsionada pela utilização de software open source, conforme descrito no texto que se segue. A utilização de blogs, wikis e plataformas LMS num contexto de ensino De acordo com Coutinho & Junior (2007), o Blog é provavelmente a ferramenta da Web 2.0 mais conhecida e utilizada em contexto educativo. A esse respeito, os investigadores referem que a utilização de blogs em contexto educativo encoraja o pensamento crítico e a participação na construção social do conhecimento. Estas ferramentas podem ser utilizadas como portfólio digital, espaço de intercâmbio e colaboração, espaço de debate e espaço de integração (Coutinho & Junior, 2007). Os Wikis funcionam através de um sítio na Internet, com a contribuição de trabalho em modo colaborativo de um grupo de autores. Em termos de interface com 27

38 Tipos de adoção e utilização de Software o utilizador um wiki é semelhante a um blog, com a diferença que o grupo de autores pode editar, apagar e acrescentar informação, mesmo que esta tenha sido criada por outros. Os wikis podem ser utilizados pelos alunos para construírem dicionários e glossários de termos usados numa dada disciplina ou matéria. Esta ferramenta permite gerar estruturas de conhecimento partilhado, colaborativo que potencia a criação de comunidades de aprendizagem (Coutinho & Junior, 2007). As Plataformas LMS disponibilizam aos alunos ferramentas web para complementar ou substituir uma aula presencial (Rooij, 2007). Estas plataformas apareceram inicialmente ligadas ao ensino universitário, como software proprietário e na geração da Web 1.0. Nessa altura, existiam um pequeno número de fornecedores cuja reação foi demasiado lenta para a exigência de mais "aplicações sociais". A maior parte do software recente nesta área é livre de utilizar, modificar e melhorar (Mobbs & Hawkridge, 2010), nomeadamente a plataforma MOODLE. A tendência é para existirem cada vez mais materiais de aprendizagem disponíveis on-line (Mobbs & Hawkridge, 2010). Estes autores referem ainda que, apesar de existirem plataformas de gestão de aprendizagem em open source, os LMS têm requisitos de rede e de conectividade exigentes. Mobbs & Hawkridge (2010) defendem que, embora o software seja livre, a escolha de uma solução open source esconde complexidades e custos no recrutamento e na formação das pessoas. As Tabelas 2.2 e 2.3 apresentam, respetivamente, soluções de plataformas de gestão de aprendizagem (LMS), cujo software é proprietário e open source. LMS proprietários SCORM Blackboard Adobe connect JoomlaLMS Tabela 2.2 -Exemplos de LMS proprietários 28

39 Tipos de adoção e utilização de Software LMS Open Source MOODLE Docebo efront Dokeos Claroline ATutor ILIAS OLAT Sakai LRN Openelms Ganesha Tabela 2.3-Exemplos de LMS Open Source (Sampson, 2009) 29

40 3-A utilização de software livre/open source na Educação 3.1 Adoção de software livre/open source na Educação As grandes empresas fornecedoras de software têm sido desafiadas pela tecnologia Web 2.0, que disponibiliza sistemas operativos alternativos mais eficazes e menos exigentes a nível de hardware. Assim, o círculo vicioso em que sistemas operativos pesados necessitavam de computadores mais rápidos e mais poderosos pode agora ser quebrado (Mobbs & Hawkridge, 2010). Por outro lado, Crnkovic & Moretti (2010) defendem que a utilização de software proprietário acarreta vários problemas, nomeadamente o custo elevado e a necessidade de constante substituição do hardware, uma vez que o software proprietário se atualiza ciclicamente exigindo mais recursos. Kubota (2006) indica as seguintes razões para a migração de software proprietário para software livre: Fim das despesas referentes à licença de utilização; Garantia da continuidade do produto, não havendo o risco de a empresa proprietária se retirar do mercado; Melhor aproveitamento do hardware existente, devido à redução da pressão para atualização de versões, com o fim de suporte a versões anteriores. Elevada qualidade do software, nos casos em que exista um grande número de colaboradores e de empresas envolvidos no desenvolvimento; Maior segurança do produto de software, uma vez que o código é aberto e examinado por um grande número de programadores, reduzindo as possibilidades de invasão não autorizada. No caso específico do setor da Educação, Buchanan & Krasnoff (2005) fizeram uma análise da tecnologia que as bibliotecas escolares nos Estados Unidos da America precisavam, numa conjuntura de cortes orçamentais. 30

41 A utilização de software livre/open source na Educação Estes autores propõem, no seu artigo Can Open Source Software Save School Libraries Time and Money?, as alternativas de software open source ao software proprietário apresentadas na Tabela 3.1. Proposta Software proprietário Software Open Source Sistema operativo Windows Uma das distribuições Linux Web browser Internet Explorer Mozilla Firefox Pacote de escritório Microsoft Office OpenOffice Tabela Alternativas Open Source ao Software proprietário (Buchanan & Krasnoff, 2005) Na mesma linha de pensamento, Crnkovic & Moretti (2010) mencionam, no seu estudo Vantagens competitivas com softwares livres: o caso de uma instituição de ensino, as opções ao software proprietário apresentadas na Tabela 3.2. Proposta Software proprietário Software Open Source Sistema operativo Windows Ubuntu ou kubunto Web browser Internet Explorer Mozilla Firefox Pacote de escritório Microsoft Office BrOffice Tabela Alternativas Open Source ao Software proprietário (Crnkovic & Moretti, 2010) Como se pode constatar pela análise das Tabelas 3.1 e 3.2, os autores têm a mesma perspetiva sobre as alternativas open source a considerar, relativamente ao web browser, diferindo na escolha do pacote de escritório. No que diz respeito ao sistema operativo, enquanto que os autores Crnkovic e Moretti sugerem especificamente duas hipóteses, Buchanan e Krasnoff possibilidade de escolha de uma das distribuições do Linux. deixam em aberto a Segundo Richard Stallman, as escolas deveriam usar exclusivamente software livre (Stallman, 2003), indicando cinco motivos para o abandono do software proprietário por parte das escolas. O primeiro motivo apontado é o económico, pois a utilização de software livre permite às escolas poupar gastos com licenças. Este aspeto 31

42 A utilização de software livre/open source na Educação pode, no entanto, ser ultrapassado, no caso das empresas de software proprietário oferecem um determinado número de licenças às escolas. Ainda assim, mais tarde, a atualização do mesmo software poderá já não ser gratuita. O segundo motivo indicado é relativo à missão social que a escola deve desempenhar, ensinando os seus alunos a serem cidadãos de uma sociedade forte, capaz, independente, cooperativa e livre. Segundo o autor, a escola deve promover o uso de software livre assim como promove a reciclagem. Em terceiro lugar, o autor refere que a utilização de software livre permite aos alunos aprenderem como o software funciona: Para aprender a escrever bom código, os estudantes precisam de ler e escrever muito código. Para além disso, é uma forma de aproveitar a curiosidade que os estudantes têm de conhecer o código fonte dos programas que usam no dia-a-dia, programas reais. Por outro lado, o autor refere que a utilização de software proprietário não encoraja os alunos a aprender, uma vez que este tipo de software não dá acesso ao código fonte, não permitindo, assim, que os discentes vejam como funciona a tecnologia. Stallman defende ainda que só o software livre permite aos estudantes que têm o dom de programar avançar no seu conhecimento, uma vez que os encoraja a ler o código fonte e a aprender. Por último, é apontada a razão moral, alicerçada no facto de que a escola deve ensinar os seus alunos a compartilharem e a cooperarem uns aos outros. Stallman reitera todo o software instalado pela escola deve estar disponível para que os estudantes o copiem, levem para casa e avançem (Stallman, 2003). Richard Stallman não é o único autor a defender motivos e vantagens associadas à utilização de software livre na educação. O Espanhol Jordi Hernàndez, no seu livro Software Libre: Técnicamente viable, economicamente sostenible y socialmente justo, elenca também um conjunto de vantagens das quais se destacam (Hernàndez, 2005): vantagem económica; o facto da colaboração potenciar a inovação; 32

43 A utilização de software livre/open source na Educação a durabilidade das soluções; o escrutínio público, facilitador da identificação de erros de programação; independência face às empresas de software; a adaptação do software. O observatório CENATIC, em Espanha, é um centro nacional que promove o conhecimento e a utilização de software livre/open source em todos os âmbitos da sociedade. O CENATIC tem como missão ser um centro de excelência para análise e acompanhamento do FLOSS em Espanha, prestando serviços à Administração Pública Espanhola, empresas, universidades, centros de investigação e desenvolvimento, comunidade de programadores, utilizadores, setor da educação e setor dos serviços. Para este fim, o observatório prepara, recolhe, sintetiza e organiza indicadores, elabora estudos e disponibiliza notícias e serviços atuais tanto a nível nacional como internacional, sendo atualmente o único observatório Espanhol sobre software open source (CENATIC, 2014a). O CENATIC (2014b) defende os seguintes motivos para a adoção de software open source na Educação: Ajuda a formar pessoas livres, independentes, críticas e autónomas; Permite o ensino com instrumentos adaptados à realidade dos alunos; Permite criar uma comunidade de conhecimento compartilhado; Favorece a liberdade individual de escolha tecnológica; Evolui rapidamente e permite a solução efetiva dos problemas; É uma solução madura, com experiências bem-sucedidas no ambiente educacional espanhol; Permite economizar custos na implementação, manutenção e gestão das escolas; Possibilita que os alunos tenham em suas casas as mesmas ferramentas educativas que utilizam na sua escola, e 100% legais; Garantia de segurança; Potência a inovação de produtos e serviços através de empresas locais; 33

44 A utilização de software livre/open source na Educação Em 2011, o CENATIC realizou um estudo com o objetivo de aferir a utilização de software open source na Administração Pública Espanhola (CENATIC, 2012). Uma das conclusões obtidas foi que a maioria dos órgãos da administração geral do estado espanhol utiliza software livre ou open source, tanto em servidores como ao nível das aplicações de pacote de escritório. Especificamente 9 em cada 10 organismos têm soluções de open source implementadas nos seus servidores enquanto que 8 em cada 10 programas utilizados de aplicações de escritório são software livre. O estudo não especificou em particular a utilização nas escolas, permitindo, no entanto, fazer uma extrapolação uma vez que as escolas fazem parte da Administração Pública, sabendo-se ainda que os alunos Espanhóis utilizam em sala aula mais software FLOSS do que software proprietário. Sofia Bellés, Diretora Geral de Inovação Tecnológica Educativa da comunidade Valenciana (Bellés, 2008), afirma que a principal razão inerente à migração para software open source nas escolas em Valencia, se deveu ao facto de não existir no mercado nenhuma solução de software que atendesse às necessidades específicas da comunidade Valenciana. Sendo uma região autónoma na qual existem duas línguas oficiais, considerou-se necessário ter o software em Valenciano para que professores e alunos pudessem utilizar as TIC na sua língua materna. O software open source permitiu introduzir melhorias e adaptações, de forma a oferecer a tradução integral para Valenciano. A mudança ocorreu igualmente devido à necessidade de efetuar adaptações no sistema educativo. A distribuição GNU/Linux LliureX, desde o início do projeto, tem contado com novas versões, que são adequadas aos diferentes níveis de ensino e bem desenvolvidas. A opção pelo software open source permitiu quebrar o fosso tecnológico, uma vez que o Lliure X, pode ser utilizado por professores e alunos fora das aulas, em suas casas, sempre com a versão atualizada e a custo zero. Antes da migração, as salas de aula estavam dotadas de equipamentos informáticos, com sistema operativo Windows e o pacote de escritório Office, que era o mesmo para qualquer tipo de aula e para a Secretaria. A instalação do Lliure X, permitiu a disponibilização de 200 aplicações educativas diferentes (Bellés, 2008). 34

45 A utilização de software livre/open source na Educação 3.2 Experiências de utilização de FLOSS em Escolas Portuguesas O estudo da Associação Ensino Livre Em Portugal existe uma associação denominada Associação Ensino Livre, sediada em Montemor-o-velho, que tem como finalidade promover a utilização de software livre e a produção de conteúdos livres nos processos de aprendizagem, nomeadamente ao nível do sistema de ensino (Associação Ensino Livre, 2014). A associação promove os seguintes tipos de iniciativas: divulgação de software livre e conteúdos livres junto dos agentes de ensino; ações pedagógicas junto de professores e alunos; aconselhamento sobre software livre e conteúdos livres junto dos agentes de ensino; desenvolvimento e suporte a software livre, especialmente de vocação educacional; manutenção e promoção de pontos de reunião da comunidade de software livre; organização de conferências nacionais e internacionais sobre a temática do software e conteúdos livres, nomeadamente de vertente educativa; O estudo relatado no texto que se segue está publicado no site da Associação Ensino Livre, assim como no site do Ministério da Educação. Em 2007 foi elaborado um estudo sobre o uso de FLOSS em escolas portuguesas (Ramos, Teodoro, Ferreira, Carvalho, & Maio, 2007). O trabalho teve como objetivo investigar e compreender as formas de como este tipo de software era usado, quer no processo educativo quer no processo de gestão/administração e infraestruturas tecnológicas em cinco escolas do território continental Português. O estudo revelou que a utilização de FLOSS é feita maioritariamente no contexto da disciplina TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação), sendo rara em outras áreas disciplinares. Relativamente ao software proprietário, este era usado muito frequentemente tanto nas disciplinas de Informática, incluindo a disciplina de TIC, como nas outras áreas disciplinares. A plataforma MOODLE representava a maior quota da utilização de 35

46 A utilização de software livre/open source na Educação FLOSS nestas escolas, sendo usada para gerir conteúdos e especialmente para disponibilizar materiais, fichas de trabalho e outros recursos digitais, por parte dos professores aos alunos. Este estudo apresentou quatro conclusões principais. A primeira refere que o Floss tem uma expressão limitada do ponto de vista da sua extensão e preponderância (Ramos, Teodoro, Ferreira, Carvalho, & Maio, 2007) no cenário da utilização e inclusão das TIC na escola. Estes investigadores realçaram que a expressão limitada consiste quer no número reduzido de professores e alunos que utilizam open source em atividades educativas quer no número de disciplinas que o utilizavam. Docentes e discentes referiram como motivos para esta situação a falta de informação relativa as potencialidades do open source, assim como a falta de oportunidades de formação de professores e alunos neste tipo de software. A segunda conclusão expôs as motivações para a utilização de software open source na escola. Os professores referiram um conjunto de valores de caracter educativo, politico, económico, social e cultural que entendiam como justos (Ramos, Teodoro, Ferreira, Carvalho & Maio, 2007), indo ao encontro da ideia de missão social referida por Richard Stallman e descrita na Secção 3.1 deste documento. A motivação para a utilização de software open source na escola por parte dos alunos não era consensual. Alguns alunos referiram preocupações relacionadas com os valores e os princípios do software livre; já outros revelaram indiferença e desconhecimento acerca dos mesmos. A terceira conclusão faz referência às barreiras existentes para o uso e disseminação de software open source na escola. O estudo refere o facto dos programas das disciplinas e dos manuais escolares apenas mencionarem software proprietário, assim como a falta de ações de sensibilização e divulgação de software open source. As evidências recolhidas pelo estudo em causa incluem também barreiras encontradas nas próprias escolas nomeadamente na política educativa, programas das disciplinas e materiais de apoio, assim como aspetos socioculturais, em especial hábitos de consumo associados aos produtos de software proprietário. Esta diferença na utilização de software em casa e na escola, pode influenciar o uso de FLOSS na 36

47 A utilização de software livre/open source na Educação escola, de acordo com estes professores (Ramos, Teodoro, Ferreira, Carvalho, & Maio, 2007). A quarta conclusão é relativa à forma como professores e alunos entendiam expandir o uso de software open source. Neste ponto foi referido por ambas as partes a elaboração de ações de curta duração para professores com o objetivo de divulgar a existência de produtos open source disponíveis para cada disciplina. Foi também sugerido que os centros de formação ministrassem estas ações de formação da mesma forma como promovem as ações de formação sobre a plataforma MOODLE Utilização de software open source em Escolas do distrito de Bragança Em 2013 foi elaborado um estudo, no âmbito de uma dissertação de mestrado, intitulado Utilização de software Open source em três Agrupamentos de Escolas do distrito de Bragança. O estudo revelou conclusões idênticas ao publicado em 2007 sobre a utilização de FLOSS em escolas portuguesas. Segundo Ramos (2013), a utilização de software open source nos processos educativos é reduzida e pouco regular, por parte dos professores das escolas de Bragança analisadas. O autor constatou que, a grande maioria dos docentes não está familiarizada com o software open source disponível para uso pedagógico, sendo a exceção o Geogebra, ferramenta para o estudo da geometria (Ramos, 2013). Ramos (2013), refere ainda que o MOODLE é o software open source mais utilizado pelos docentes dos agrupamentos de escolas investigados. O trabalho sintetiza as principais barreiras à adoção de software open source pelos docentes, destacando que é o desconhecimento que os docentes têm deste tipo de aplicações que os impede de as utilizar, propondo a realização de ações de formação para minimizar este problema O estudo da Associação Nacional de Professores de Informática Mais recentemente, a 16 de setembro de 2014, a Associação Nacional de Professores de Informática (ANPRI) enviou um a 812 escolas/agrupamentos do 2º e 3º ciclos, secundárias e seus associados, em que solicitava a colaboração no preenchimento de um questionário sobre o uso de software livre nas escolas e pelos professores de Informática. O objetivo da ANPRI foi, através deste questionário, 37

48 A utilização de software livre/open source na Educação conhecer a realidade das escolas portuguesas e recolher dados sobre a integração na prática letiva dos professores de Informática e também sobre o uso na gestão das redes e equipamentos relativamente ao software livre (ANPRI, 2014). Os dados recolhidos pela ANPRI foram gentilmente cedidos (no formato de um ficheiro Excel), no âmbito da realização deste trabalho, a fim de se poder discutir uma visão mais atual da utilização de software livre por parte das escolas Portuguesas. A ANPRI obteve 103 questionários preenchidos de um universo de 812 escolas/agrupamentos, que contêm o 2º, 3º ciclo, ensino secundário e profissional. O questionário utilizado pela ANPRI é apresentado no Anexo 6 com o título Uso de software livre nas escolas e pelos professores de Informática. Este questionário foi dividido em 3 partes: o grupo I, dirigido a docentes que desempenham funções de administração da rede e gestão de equipamentos do Agrupamento/Escola; o grupo II, direcionado aos professores de Informática e o grupo III, utilizado para recolha de sugestões de software livre para lecionar as unidades de ensino e aprendizagem/módulos das disciplinas de Informática. Dos dados recolhidos através do questionário da ANPRI, foram utilizados no âmbito deste trabalho, apenas os referentes aos grupos I e II, tendo sido posteriormente devidamente sintetizados e analisados. Assim, são apresentados os resultados obtidos às perguntas mais significativas do questionário de forma gráfica, sendo também tecidas algumas considerações: 1. Relativamente à gestão da comunicação institucional (correio eletrónico e outros), o Agrupamento/Escola tem alguma solução implementada? Verificou-se que 58% das escolas têm implementada uma solução de correio eletrónico/outros, 17% das escolas não têm qualquer solução e 25% não responderam (cf. Gráfico 3.1). Das escolas que implementaram soluções de gestão da comunicação institucional, 77% utilizam o Google apps e 13% Microsoft Office 365, conforme apresentado no Gráfico

49 A utilização de software livre/open source na Educação Gráfico Escolas com gestão da comunicação institucional implementadas Gráfico Soluções de comunicação institucional implementadas nas Escolas 2. O Agrupamento/Escola usa, habitualmente, algum serviço de gestão e partilha de ficheiros para trabalho interno? Constatou-se que 53% das escolas utilizam serviços de gestão e partilha de ficheiros para trabalho interno, enquanto 21% não os utilizam (cf. Gráfico 3.3). Da análise do Gráfico 3.4, é possível ainda observar que relativamente às escolas que utilizam este tipo de serviços, as soluções mais procuradas são o Google Drive (36%) e o DropBox e Box (com 21% cada). 39

50 A utilização de software livre/open source na Educação Gráfico Escolas que utilizam serviços de gestão e partilha de ficheiros Gráfico Serviços de gestão e partilha de ficheiros utilizados nas Escolas 3. O Agrupamento/Escola tem uma plataforma de gestão de aprendizagem? Em relação a este aspeto, 71% das escolas inquiridas utilizam plataformas de gestão de aprendizagem, 4% não utilizam e 25% não responderam (cf. Gráfico 3.5). O 40

51 A utilização de software livre/open source na Educação Gráfico 3.6 evidencia ainda que o Moodle é a plataforma de gestão de aprendizagem mais utilizada pelas escolas com uma quota de 95%. Gráfico Utilização de plataformas de gestão de aprendizagem Gráfico Plataformas de gestão de aprendizagem utilizadas 4. Quando questionados acerca da utilização de algum sistema de gestão de conteúdos (CMS-Content Management System) para o web site do agrupamento, 65% das escolas referiram utilizar estes sistemas, enquanto 10% 41

52 A utilização de software livre/open source na Educação não os utilizam e 25% não responderam (cf. Gráfico 3.7). Da análise do Gráfico 3.8, constata-se que, para as escolas que utilizam CMS, 31% utilizam a plataforma Joomla, 20% o Moodle e igualmente 20% o Wordpress. Gráfico Utilização de gestor de conteúdos no sítio do agrupamento Gráfico Gestores de conteúdos utilizados nos sítios das Escolas 5. Os Gráficos 3.9 e 3.10 sintetizam as respostas referentes ao grupo II do questionário, dirigido apenas aos professores de Informática. À pergunta Enquanto professor utiliza software livre na sua prática letiva?, 84% dos 42

53 A utilização de software livre/open source na Educação professores de Informática responderam afirmativamente, 14% dos professores negativamente e 2% não responderam (cf. Gráfico 3.9). Relativamente à frequência com que utilizam software livre, 66% referem utilizar algumas vezes e apenas 15% utilizam sempre (cf. Gráfico 3.10). Como se pode verificar pela análise do Gráfico 3.11, os níveis de ensino em que existe uma maior utilização de software livre por parte dos professores de Informática são o 3º ciclo (43%) e o ensino secundário (42%). Gráfico Utilização de software livre na prática letiva por professores de Informática Gráfico Frequência de utilização de software livre pelos professores de informática 43

54 A utilização de software livre/open source na Educação Gráfico Nível de ensino onde os professores de Informática utilizam software livre Em relação à autoavaliação sobre os conhecimentos de software livre, 54% dos professores de Informática revelaram conhecimentos relativamente bons e apenas 15% dos casos considera ter um conhecimento de nível muito bom (cf. Gráfico 3.12). Gráfico Conhecimentos de software livre dos professores de Informática Em relação às aplicações de software livre mais utilizadas (cf. Gráfico 3.13), a plataforma Moodle mantém a posição de liderança, corroborando os resultados obtidos no estudo efetuado por Ramos, Teodoro, Ferreira, Carvalho, & Maio (2007). 44

55 A utilização de software livre/open source na Educação Destacam-se também o Firefox em segundo lugar e o Gimp (GNU Image Manipulation Program) em terceiro. Gráfico Aplicações de software livre utilizadas regularmente pelos professores de Informática Através da análise dos Gráficos 3.14 e 3.15, podemos ainda concluir que 93% dos respondentes consideram vantajosa a utilização de software livre e que 88% dos professores de Informática incentivam o seu uso. Gráfico Professores que consideram vantajosa a utilização de software livre 45

56 A utilização de software livre/open source na Educação Gráfico Professores que incentivam o uso de software livre No entanto, apesar de 88% dos professores de Informática incentivarem o uso de software livre, 57% nunca realizaram nenhum projeto ou boa prática recorrendo a software livre como é possível verificar no Gráfico Gráfico Desenvolvimento de projetos ou boas práticas recorrendo a software livre Finalmente, quando questionados em que área gostariam de ver melhorias nas aplicações de software livre, os professores de Informática foram bastante divergentes nas respostas dadas. A esse respeito, a área da edição de vídeo/produção foi a que 46

57 A utilização de software livre/open source na Educação obteve um melhor resultado (16%), seguida das áreas de edição de páginas web e edição de animações, ambas com 14% das respostas (cf. Gráfico 3.17). Gráfico Área em que gostaria de ver melhorias nas aplicações de software livre 47

58 4-O caso de estudo de uma escola básica do 2º e 3 ciclos 4.1 A Metodologia de caso de estudo A investigação em tecnologia educativa requer uma abordagem particular, no domínio das Ciências da Educação. Assim, Coutinho & Chaves (2002) argumentam que para a investigação destas novas problemáticas as metodologias qualitativas podem dar importantes contributos complementando as abordagens quantitativas tradicionais; daí o proliferar de projetos de investigação conduzidos sob referenciais metodológicos alternativos sobretudo a partir do início da década de 90. Coutinho & Chaves (2002) defendem que a metodologia do caso de estudo é um dos referenciais de investigação com maior potencial para o estudo de situações em tecnologia educativa. A característica que melhor identifica e distingue esta metodologia é o facto de se tratar de um plano de investigação que envolve o estudo intensivo e detalhado de uma entidade bem definida: o caso. Nesse sentido, a metodologia escolhida e a que se julgou que melhor se adequava para a realização deste trabalho foi o Caso de Estudo. Por um lado, o trabalho visava a investigação na utilização dos vários tipos de software na Educação e, por outro, o autor do trabalho tinha a possibilidade de validar o conjunto de hipóteses de investigação colocadas no início do projeto, na escola onde exercia a sua atividade profissional. O caso de estudo utilizado foi o da Escola Básica do 2º e 3º ciclos de São João do Sobrado, em Valongo. Para melhorar a qualidade da análise e das interpretações a efetuar foi feito o cruzamento da informação recolhida através dos testes realizados pelos alunos, com a informação obtida do relatório emitido pela Direção do agrupamento da escola com os resultados escolares do 2º e 3º períodos, relativos ao 3º ciclo, assim como com informação recolhida no âmbito do estudo de utilização de FLOSS em escolas Portuguesas, realizado por Ramos, Teodoro, Ferreira, Carvalho, & Maio (2007) e descrito na Secção

59 O caso de estudo de uma escola básica do 2º e 3º ciclos Deste modo, o caso de estudo utilizado no âmbito deste trabalho combinou um método quantitativo e qualitativo, como refere Coutinho & Chaves (2002), para proporcionar uma melhor compreensão do caso especifico. 4.2 Descrição do caso de estudo A Escola Básica do 2º e 3º ciclos de São João do Sobrado em Valongo, escola onde decorreu este estudo, possui na inventariação do seu parque informático, 14 computadores pessoais e um servidor, equipamentos adquiridos antes de 2009 com produtos Microsoft na modalidade de licenciamento por subscrição e que, à data da realização deste estudo, estavam em funcionamento. Assim, de acordo com os procedimentos a adotar sugeridos pela DREN, sob indicação do Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar (cf. Procedimentos a adotar relativamente ao licenciamento de software Microsoft apresentado no Anexo 1), a escola não deveria proceder à renovação dos contratos de licenciamento para estes equipamentos, desinstalando os produtos Microsoft e adotando uma solução de migração do software Microsoft para software livre. As características dos computadores referidos são apresentados na Tabela 4.1: Quantidade Marca Modelo Memória Ram Processador 14 Acer Veriton 7600 GT 512Mb Pentium 4 a 3GHz 1 Acer Veriton 7700 GX 1Gb Pentium 4 a 3GHz Tabela Caraterísticas do equipamento da sala TIC na Escola Básica 2/3 de São João de Sobrado Após uma pesquisa de sistemas operativos Linux que fossem compatíveis com as características do equipamento e de uma discussão do assunto efetuada pelos 49

60 O caso de estudo de uma escola básica do 2º e 3º ciclos docentes de Informática da escola, chegou-se à conclusão que a melhor opção seria instalar a distribuição Edubunto. Esta escolha deveu-se a um conjunto de razões, nomeadamente a limitação de memória RAM que os equipamentos ofereciam (apenas 512Mb), a possibilidade de instalação do Edubunto a partir de um boot que corre numa pen-drive (visto alguns leitores de CDs estarem avariados) e a possibilidade de instalação de uma só vez, para além do sistema operativo, de um conjunto de aplicações essenciais que não teriam, assim, de ser instaladas posteriormente. A distribuição Edubunto inclui, para além do sistema operativo, o browser Mozilla Firefox, um conjunto de aplicações de escritório OpenOffice, o Geogebra, uma aplicação de matemática dinâmica que combina conceitos de geometria e álgebra, o GIMP, um software para criação e edição de imagens e desenho vetorial, o Italc, uma aplicação para gerir os computadores da sala de aula que possibilita aos professores de modo remoto monitorizar e controlar os computadores dos alunos, permitindo ao docente realizar demonstrações, fechar janelas e desligar as máquinas, o VLC, um reprodutor e transmissor que possui suporte a vários formatos de vídeo e áudio e ainda outras aplicações bastante úteis nos vários níveis de ensino. Foi feita a instalação do Edubunto nos 15 computadores, e apesar das limitações a nível de hardware, verificou-se que estes funcionavam corretamente com o novo sistema operativo instalado. 4.3 Instrumentos de estudo utilizados Este caso de estudo visou obter evidência das aprendizagens obtidas pelos alunos através de testes realizados no âmbito da avaliação de cada período escolar, na Escola eb2,3 de São João de Sobrado, ano letivo 2011/2012, e nas três turmas existentes do nono ano de escolaridade: 9ºA, 9ºB e 9ºC. Seguindo o programa da disciplina de TIC do ano em vigor, foi lecionada a disciplina normalmente segundo a planificação prevista para o ano letivo de 2011/2012. Para o subdomínio Produção e edição de documentos, as aulas foram ministradas utilizando o software Microsoft Office Word. No final da lecionação destes 50

61 O caso de estudo de uma escola básica do 2º e 3º ciclos conteúdos, foi feita a avaliação dos alunos recorrendo a uma única ficha de avaliação prática (cf. Ficha de Avaliação Sumativa nº3 apresentada no Anexo 4), mas que deveria ser resolvida utilizando consecutivamente dois tipos de software de Processador de Texto distintos: o software Microsoft Office Word e o software OpenOffice.org Writer. A ficha de avaliação tinha a mesma duração para os dois casos de utilização de software e decorreu na mesma data. Uma vez que as salas de aula estavam equipadas com 14 computadores, a turma foi dividida em dois grupos de alunos. Como as aulas decorriam em blocos de 90 minutos, o procedimento de avaliação adotado foi o seguinte: durante os primeiros 45 minutos da aula, metade da turma realizava a ficha de avaliação prática utilizando o software Microsoft Office Word, enquanto que, na sala ao lado, a outra metade da turma realizava a mesma ficha de avaliação utilizando o software OpenOffice.org. No final dos 45 minutos, os alunos trocavam de sala, trocando também, desta forma, de software. Para o subdomínio Produção e edição de apresentações multimédia, as aulas foram ministradas utilizando o software OpenOffice.org Impress. No final da lecionação destes conteúdos, foi feita a avaliação dos alunos utilizando o mesmo esquema de avaliação já descrito e utilizado para o módulo Produção e edição de documentos, recorrendo agora a uma ficha de avaliação prática (cf. Ficha de avaliação Sumativa nº4 apresentada no Anexo 5) que deveria ser resolvida utilizando dois tipos de software de apresentações eletrónicas: o software OpenOffice.org Impress e o software Microsoft Office PowerPoint. 51

62 O caso de estudo de uma escola básica do 2º e 3º ciclos 4.4 Análise dos resultados obtidos Avaliação da unidade Produção e edição de documentos Resultados da turma A A turma A, no teste de avaliação correspondente à unidade Produção e edição de documentos, utilizando software proprietário (MS Word), alcançou 100% de resultados positivos (cf. Gráfico 4.1) Gráfico Resultados da turma A na avaliação da unidade Produção e edição de documentos, utilizando o MS Word No mesmo teste, mas utilizando o software open source OpenOffice Writer, a turma obteve apenas 84% de resultados positivos (cf. Gráfico 4.2) 52

63 O caso de estudo de uma escola básica do 2º e 3º ciclos Gráfico4.2 - Resultados da turma A na avaliação da unidade Produção e edição de documentos, utilizando o OpenOffice Writer A turma, quando utilizou a aplicação MS Word, alcançou 32% de notas de nível Excelente e 40% de Satisfaz bastante (cf. Tabela 4.3), sendo os escalões de notas correspondentes aos níveis apresentados na Tabela 4.2. Percentagem Nível 0-19 Fraco Não Satisfaz Satisfaz Satisfaz Bastante Excelente Tabela Tabela de níveis adotados pela Escola 53

64 O caso de estudo de uma escola básica do 2º e 3º ciclos Tabela Tabela de resultados da turma A, utilizando o MS Word Através da análise da Tabela 4.4, é possível observar que o valor da nota mais elevada foi de 99,5% e da nota mais baixa de 51,5%, sendo a média das notas de 82,4%, para a experiência de utilização de software proprietário. Tabela Estatística dos resultados da turma A, utilizando o MS Word Na experiência de utilização de software open source (OpenOffice Writer), a mesma turma obteve 16% de níveis Não satisfaz, 48% de Satisfaz, 36% de Satisfaz bastante e nenhuma classificação de Excelente (cf. Tabela 4.5). A nota mais elevada foi de 83,5% e a nota mais baixa de 21,2%. A média de classificações da turma foi de 63,7% (cf. Tabela 4.6). 54

65 O caso de estudo de uma escola básica do 2º e 3º ciclos Tabela Resultados da turma A utilizando o OpenOffice Writer Tabela Estatística dos resultados da turma A utilizando o OpenOffice Writer 55

66 O caso de estudo de uma escola básica do 2º e 3º ciclos Resultados da turma B A turma B, no teste de avaliação correspondente à unidade Produção e edição de documentos, utilizando software proprietário (MS Word), alcançou 95% de classificações positivas (cf. Gráfico 4.3). Gráfico 4.3 -Resultados da turma B na avaliação da unidade Produção e edição de documentos, utilizando o MS Word No mesmo teste, mas utilizando o software open source OpenOffice Writer, a turma obteve apenas 64% de resultados positivos (cf. Gráfico 4.4). Gráfico Resultados da turma B na avaliação da unidade de Produção e edição de documentos, utilizando OpenOffice writer 56

67 O caso de estudo de uma escola básica do 2º e 3º ciclos Através da análise da Tabela 4.7, é possível verificar que a turma B obteve 36% de níveis Não satisfaz, 59% de Satisfaz e 5% dos alunos alcançaram o nível Satisfaz bastante. A nota mais elevada foi de 77% e a mais baixa de 20%. A média da turma B, no teste realizado utilizando o OpenOffice Writer, foi de 53,6% (cf. Tabela 4.8). Tabela Resultados da turma B utilizando o OpenOffice Writer Tabela Estatística dos resultados da turma B utilizando o OpenOffice Writer 57

68 O caso de estudo de uma escola básica do 2º e 3º ciclos Resultados da turma C A turma C, no teste de avaliação correspondente à unidade Produção e edição de documentos, utilizando software proprietário (MS Word), alcançou 95% de resultados positivos (cf. Gráfico 4.5). Gráfico Resultados da turma C, na avaliação da unidade Produção e edição de documentos, utilizando o Microsoft Word A turma C, no mesmo teste, mas utilizando o OpenOffice Writer obteve 84% de resultados positivos (cf. Gráfico 4.6). 58

69 O caso de estudo de uma escola básica do 2º e 3º ciclos Gráfico Resultados turma C, na avaliação da unidade de Produção e edição de documentos, utilizando o OpenOffice Writer Como é possível verificar pela análise da Tabela 4.9, 42% dos alunos da turma C alcançaram a classificação de Excelente, 32% a classificação Satisfaz bastante, 5% Não satisfaz e os restantes alunos o nível Satisfaz. A nota mais elevada obtida pelos alunos foi 97,3% e a mais baixa 44%. Nesta turma não se verificou um valor de moda de notas (cf. Tabela 4.10). Tabela Resultados turma C utilizando Microsoft Word 59

70 O caso de estudo de uma escola básica do 2º e 3º ciclos Tabela Estatística dos resultados obtidos pela turma C utilizando o Microsoft Word Da análise da Tabela 4.11, é possível constatar que a turma C, no teste realizado com o software open source OpenOffice Writer, obteve 84% de classificações Satisfaz e 16% Não satisfaz. Não houve classificações dos níveis Satisfaz bastante e Excelente. Tabela Resultados da turma C utilizando o OpenOffice Writer A Tabela 4.12 apresenta ainda que a nota mais elevada foi de 72% e a mais baixa de 30,8%, sendo a média das notas obtidas pelos alunos de 58,4%. Tabela Estatística dos resultados da turma C utilizando o OpenOffice Writer 60

71 O caso de estudo de uma escola básica do 2º e 3º ciclos Avaliação da unidade Produção e edição de apresentações multimédia Resultados da turma A A turma A, no teste de avaliação correspondente à unidade Produção e edição de apresentações multimédia utilizando software open source, o OpenOffice Impress, obteve 92% de positivas (cf. Gráfico 4.7). Gráfico Resultados da turma A na avaliação da unidade Produção e edição de apresentações multimédia, utilizando o OpenOffice Impress No mesmo teste de avaliação, mas utilizando software proprietário, o Ms PowerPoint, a turma obteve 96% de resultados positivos (cf. Gráfico 4.8). 61

72 O caso de estudo de uma escola básica do 2º e 3º ciclos Gráfico Resultados da turma A na avaliação da unidade de Produção e edição de apresentações multimédia utilizando o Ms PowerPoint Em relação às notas específicas obtidas pelos alunos, a turma, utilizando o software OpenOffice Impress, obteve 68% de níveis Satisfaz bastante, 24% de Satisfaz e 8% de Não satisfaz (cf. Tabela 4.13). A nota mais elevada foi de 87,5% e a mais baixa de 39%., sendo a média das notas da turma de 74,7% (cf. Tabela 4.14). Tabela Resultados da turma A utilizando o OpenOffice Impress 62

73 O caso de estudo de uma escola básica do 2º e 3º ciclos Tabela Estatística dos resultados obtidos pela turma A utilizando o OpenOffice Impress Da análise da Tabela 4.15, é possível constatar que a turma A, no mesmo teste mas usando software proprietário (Ms PowerPoint), obteve 8% de níveis Excelente, 56% de Satisfaz bastante, 32% de Satisfaz e os restantes 4% Não satisfaz. A nota mais elevada foi 93% e a mais baixa 36%, sendo a média das notas obtidas de 76,2% (cf. Tabela 4.16). Tabela Resultados da turma A utilizando o Ms PowerPoint Tabela Estatística dos resultados obtidos pela turma A utilizando o Ms PowerPoint 63

74 O caso de estudo de uma escola básica do 2º e 3º ciclos Resultados da turma B A turma B, no teste de avaliação correspondente à unidade Produção e edição de apresentações multimédia, quer utilizando software open source quer utilizando software proprietário, alcançou a mesma percentagem de notas positivas, 95% (cf. Gráficos 4.9 e 4.10). Gráfico Resultados da turma B na avaliação da unidade de Produção e edição de apresentações multimédia, utilizando o OpenOffice Impress Gráfico Resultados da turma B na avaliação da unidade de Produção e edição de apresentações multimédia, utilizando o Ms PowerPoint 64

75 O caso de estudo de uma escola básica do 2º e 3º ciclos Da análise da Tabela 4.17, é possível observar que a turma B, utilizando o software open source OpenOffice Impress obteve 59% de níveis Satisfaz bastante, 36% de Satisfaz e 5% Não satisfaz. A nota mais elevada foi de 88,5% e a mais baixa de 44%. A média de classificações obtidas pela turma foi de 88,5%, que coincidiu com a moda de notas obtida (cf. Tabela 4.18). Tabela Resultados da turma B utilizando o OpenOffice Impress Tabela Estatística dos resultados obtidios pela turma B, utilizando o OpenOffice Impress Apesar da turma B ter alcançado o mesmo número de notas positivas independentemente do tipo de software utilizado, os níveis das notas foram mais elevados utilizando software proprietário, existindo 14% de notas com classificação de Excelente (cf. Gráfico 4.19). 65

76 O caso de estudo de uma escola básica do 2º e 3º ciclos Tabela Resultados da turma B utilizando o Ms PowerPoint Tabela Estatística dos resultados obtidos pela da turma B, utilizando Ms Powerpoint 66

77 O caso de estudo de uma escola básica do 2º e 3º ciclos Resultados da turma C A turma C, no teste de avaliação correspondente à unidade Produção e edição de apresentações multimédia utilizando software open source, o OpenOffice Impress, obteve 95% de resultados positivos (cf. Gráfico 4.11). Na experiência de utilização envolvendo software proprietário, a turma, com o mesmo teste de avaliação, alcançou 100% de notas positivas (cf. Gráfico 4.12). Gráfico Resultados da turma C na avaliação da unidade Produção e edição de apresentações multimédia, utilizando o OpenOffice Impress 67

78 O caso de estudo de uma escola básica do 2º e 3º ciclos Gráfico Resultados da turma C na avaliação da unidade Produção e edição de apresentações multimédia, utilizando o Ms PowerPoint Da análise da Tabela 4.21 é possível observar, que a turma C, utilizando o software open source OpenOffice Impress, obteve 68% de níveis Satisfaz bastante, 26% de Satisfaz e 5% Não satisfaz. A nota mais elevada foi 87,5%, a mais baixa 48% e a média das notas obtidas foi 75,5% (cf. Tabela 4.22). Tabela Resultados da turma C utilizando o OpenOffice Impress 68

79 O caso de estudo de uma escola básica do 2º e 3º ciclos Tabela Estatística dos resultados obtidos pela turma C, utilizando o OpenOffice Impress A mesma turma, na experiência de utilização de software proprietário, obteve 68% de classificações de nível Satisfaz bastante e 32% de nível Satisfaz (cf. Tabela 4.23). Tabela Resultados da turma C utilizando o Ms PowerPoint A nota mais elevada obtida pela turma, utilizando software proprietário, foi 88%, a mais baixa 65% e a média de notas foi 78,1% (cf. Tabela 4.24). Tabela Estatística dos resultados obtidos pela turma C, utilizando o Ms PowerPoint 69

80 O caso de estudo de uma escola básica do 2º e 3º ciclos Considerações sobre os resultados obtidos É de salientar que foi a mesma docente que lecionou as três turmas, em ambos os subdomínios que foram objeto de estudo, os subdomínios Produção e edição de documentos e Edição de apresentações multimédia, e portanto, que os resultados obtidos pelas três turmas não foram influenciados pelo docente afeto à lecionação. No caso da produção e edição de documentos, convém relembrar que as aulas foram lecionadas utilizando software proprietário (MS Word), sendo previsível que se obtivessem melhores resultados utilizando esta aplicação, do que os obtidos com a aplicação equivalente de software open source (OpenOffice Writer), aplicação com a qual os alunos não tinham tido contacto prévio. Era objetivo deste estudo determinar se os alunos eram capazes de realizar as mesmas tarefas, quer utilizando software proprietário ou open source. Isso seria útil, uma vez que que as escolas não podem garantir qual será o tipo de software utilizado nas instituições onde são colocados os alunos a realizar estágios profissionais ou mesmo nas instituições onde os alunos realizarão a sua atividade profissional, quando ingressarem no mercado de trabalho. Através da análise do Gráfico 4.13, é possível constatar que os alunos na experiência de software proprietário obtiveram 97% de resultados positivos e na experiência de software open source alcançaram 77% de resultados positivos. O segundo resultado obtido pode ser considerado bastante satisfatório, uma vez que os alunos não tinham tido contato prévio com a aplicação open source e, como é possível verificar pela análise das Figuras 4.1 e 4.2, o ambiente de trabalho e os menus das duas ferramentas são bastante diferentes. 70

81 O caso de estudo de uma escola básica do 2º e 3º ciclos Gráfico Comparação de resultados obtidos na avaliação da unidade Produção e edição de Documentos Figura Ambiente de trabalho do Ms Word 71

82 O caso de estudo de uma escola básica do 2º e 3º ciclos Figura Ambiente de trabalho do OpenOffice Writer O Gráfico 4.14 apresenta os resultados obtidos pelas 3 turmas, comparando as duas experiências realizadas. Assim, é possível observar que a turma A, na experiência de utilização de software proprietário (Ms Word) não obteve notas negativas e na experiência equivalente com software open source obteve 16% de negativas. A turma B obteve 5% e 36% de negativas respetivamente em cada uma das experiências e a turma C, 5% e 16%. 72

83 O caso de estudo de uma escola básica do 2º e 3º ciclos Gráfico Comparação de resultados positivos/negativos por turma na unidade de Produção e edição de documentos O Gráfico 4.15 apresenta os resultados obtidos pelas 3 turmas, comparando as duas experiências realizadas e ilustrando os resultados por níveis de classificação obtidos. Assim, é possível constatar que existem mais classificações Satisfaz bastante e Excelente nas experiências de utilização de software proprietário do que nas de software open source. No entanto, convém salientar que existiram classificações de nível Satisfaz bastante nas turmas A e B, mesmo para alunos que não tiveram contato prévio com a aplicação de open source. 73

84 O caso de estudo de uma escola básica do 2º e 3º ciclos Gráfico Comparação de resultados por turma na unidade de Produção e edição de documentos No subdomínio da produção e edição de apresentações multimédia, o processo foi inverso, tendo as aulas sido lecionadas em software open source. O investigador expectava que, como a população alvo era muito jovem, não teria hábitos de trabalho com nenhuma das aplicações em particular. O investigador esperava, assim, que os alunos obtivessem melhores resultados se a aplicação de software utilizada no teste de avaliação fosse a mesma que tinha sido utilizada durante as aulas. Essa hipótese não se verificou, como se pode constatar no Gráfico

85 O caso de estudo de uma escola básica do 2º e 3º ciclos Gráfico Comparação de resultados na unidade de Produção e edição de apresentações multimédia Os alunos obtiveram melhores resultados quando utilizaram software proprietário, MS PowerPoint, tendo alcançado 97% de resultados positivos do que quando utilizaram o software open source, o OpenOffice Impress, tendo neste último caso obtido 94% de classificações positivas, apesar de as aulas deste subdomínio terem sido ministradas em software open source. Este facto pode explicar-se devido ao ambiente de trabalho mais intuitivo e apelativo oferecido pelo software proprietário MS PowerPoint, quando comparado com o equivalente no OpenOffice Impress (cf. Figuras 4.3 e 4.4) e ainda devido ao software existente na Biblioteca da escola onde foi efetuado o estudo. É frequente os professores de outras disciplinas pedirem trabalhos de investigação aos alunos, sendo estes frequentemente realizados na Biblioteca da escola, onde existe software proprietário instalado nos computadores disponíveis para os alunos. Conforme discutido na Secção aquando da análise do estudo efetuado por Ramos, Teodoro, Ferreira, Carvalho, & Maio (2007), os professores que não são da área de Informática em regra não utilizam software open source na sua prática letiva, mas sim software proprietário. Sendo assim, os alunos, contrariamente ao que aconteceu no subdomínio da produção e edição de documentos, em que não tinham tido contato com outra aplicação para além da de software proprietário que era usada nas aulas, no caso da criação de apresentações, os alunos para além da aplicação open 75

86 O caso de estudo de uma escola básica do 2º e 3º ciclos source utilizada nas aulas, já tinham tido contacto com a aplicação equivalente em software proprietário, o MS PowerPoint, na realização de trabalhos escolares no âmbito de outras disciplinas e na Biblioteca. Figura Ambiente de trabalho do Ms PowerPoint Figura Ambiente de trabalho OpenOffice Impress Da análise do Gráfico 4.17, é possível observar que, a turma B alcançou o mesmo resultado de classificações positivas quer utilizando software open source, quer utilizando software proprietário. Já a turma C consegue um resultado surpreendente 76

87 O caso de estudo de uma escola básica do 2º e 3º ciclos ao obter 100% de positivas quando utilizou software proprietário, contra 95% de resultados positivos obtidos com a utilização de software open source. A turma A também melhorou os seus resultados quando utilizou software proprietário. Gráfico Comparação de resultados positivos/negativos por turma na unidade de Produção e edição de apresentação multimédia Da análise do Gráfico 4.18, é possível constatar que os alunos das turmas A e B, quando utilizaram software proprietário, melhoraram as suas classificações passando a alcançar classificações de nível Excelente, o que não se verificou quando utilizaram software open source. A turma C também melhorou os seus resultados ao obter 100% de resultados positivos quando utilizou software proprietário. 77

Suporte Técnico de Software HP

Suporte Técnico de Software HP Suporte Técnico de Software HP Serviços Tecnológicos HP - Serviços Contratuais Dados técnicos O Suporte Técnico de Software HP fornece serviços completos de suporte de software remoto para produtos de

Leia mais

FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAC PELOTAS CURSO TÉCNICO EM INFORMÁTICA PRONATEC PROFESSOR: NATANIEL VIEIRA ALUNOS: ANA CAROLINA, ROMÁRIO, WAGNER.

FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAC PELOTAS CURSO TÉCNICO EM INFORMÁTICA PRONATEC PROFESSOR: NATANIEL VIEIRA ALUNOS: ANA CAROLINA, ROMÁRIO, WAGNER. 1 FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAC PELOTAS CURSO TÉCNICO EM INFORMÁTICA PRONATEC PROFESSOR: NATANIEL VIEIRA ALUNOS: ANA CAROLINA, ROMÁRIO, WAGNER. TURMA: 2 TERMOS TÉCNICOS PELOTAS, 2012 ANA CAROLINA, ROMÁRIO,

Leia mais

Gestão dos Níveis de Serviço

Gestão dos Níveis de Serviço A Gestão dos Níveis de Serviço (SLM) Os sistemas e tecnologias de informação e comunicação têm nas empresas um papel cada vez mais importante evoluindo, hoje em dia, para níveis mais elevados de funcionamento

Leia mais

Servidores Virtuais. Um servidor à medida da sua empresa, sem investimento nem custos de manutenção.

Servidores Virtuais. Um servidor à medida da sua empresa, sem investimento nem custos de manutenção. es Virtuais Um servidor à medida da sua empresa, sem investimento nem custos de manutenção. O que são os es Virtuais? Virtual é um produto destinado a empresas que necessitam de um servidor dedicado ligado

Leia mais

CC Montagem e manutenção de hardware Docente: Nataniel Vieira 1 sem Técnico em Informática Roteiro 06: Atividade sobre o Documentário RevolutionOS

CC Montagem e manutenção de hardware Docente: Nataniel Vieira 1 sem Técnico em Informática Roteiro 06: Atividade sobre o Documentário RevolutionOS SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAC PELOTAS CC Montagem e manutenção de hardware Docente: Nataniel Vieira 1 sem Técnico em Informática Roteiro 06: Atividade sobre o

Leia mais

Informática I. Aula 26. http://www.ic.uff.br/~bianca/informatica1/ Baseada no Capítulo 2 do Livro Introdução a Informática Capron e Johnson

Informática I. Aula 26. http://www.ic.uff.br/~bianca/informatica1/ Baseada no Capítulo 2 do Livro Introdução a Informática Capron e Johnson Informática I Aula 26 Baseada no Capítulo 2 do Livro Introdução a Informática Capron e Johnson http://www.ic.uff.br/~bianca/informatica1/ Aula 26-17/07/06 1 Ementa Histórico dos Computadores Noções de

Leia mais

O seu escritório na nuvem - basta usar o browser.

O seu escritório na nuvem - basta usar o browser. 02 O seu escritório na nuvem - basta usar o browser. As soluções tecnológicas que encontra para melhorar a colaboração na sua empresa são muito caras e complexas? Pretende tornar as suas equipas mais ágeis

Leia mais

A computação na nuvem é um novo modelo de computação que permite ao usuário final acessar uma grande quantidade de aplicações e serviços em qualquer

A computação na nuvem é um novo modelo de computação que permite ao usuário final acessar uma grande quantidade de aplicações e serviços em qualquer A computação na nuvem é um novo modelo de computação que permite ao usuário final acessar uma grande quantidade de aplicações e serviços em qualquer lugar e independente da plataforma, bastando para isso

Leia mais

FTIN Formação Técnica em Informática Módulo Sistema Proprietário Windows AULA 01. Prof. André Lucio

FTIN Formação Técnica em Informática Módulo Sistema Proprietário Windows AULA 01. Prof. André Lucio FTIN Formação Técnica em Informática Módulo Sistema Proprietário Windows AULA 01 Prof. André Lucio Competências do modulo Introdução ao sistema operacional Windows Instalação e configuração do sistema

Leia mais

EDITORES DE TEXTO Capítulo 1: Avaliação técnica e econômica dos principais editores de texto do mercado.

EDITORES DE TEXTO Capítulo 1: Avaliação técnica e econômica dos principais editores de texto do mercado. Nome: Nº Série: EDITORES DE TEXTO Capítulo 1: Avaliação técnica e econômica dos principais editores de texto do mercado. Habilidades: Pesquisar novas ferramentas e aplicativos de informática para a área

Leia mais

Tecnologias da Informação e Comunicação 7.º Ano

Tecnologias da Informação e Comunicação 7.º Ano ESCOLA SECUNDÁRIA/3 DA RAÍNHA SANTA ISABEL, ESTREMOZ Tecnologias da Informação e Comunicação 7.º Ano Planificação Anual Ano letivo 2015/2016 Professora: Maria dos Anjos Pataca Rosado Domínio: Informação

Leia mais

Carla Morais e João Paiva. Software Educativo 2009/2010

Carla Morais e João Paiva. Software Educativo 2009/2010 Carla Morais e João Paiva Software Educativo 2009/2010 Os conceitos: Software livre e Open Source O conceito de Software livre (Free Software, no original), anterior ao de Open source, foi cunhado por

Leia mais

http://aurelio.net/vim/vim-basico.txt Entrar neste site/arquivo e estudar esse aplicativo Prof. Ricardo César de Carvalho

http://aurelio.net/vim/vim-basico.txt Entrar neste site/arquivo e estudar esse aplicativo Prof. Ricardo César de Carvalho vi http://aurelio.net/vim/vim-basico.txt Entrar neste site/arquivo e estudar esse aplicativo Administração de Redes de Computadores Resumo de Serviços em Rede Linux Controlador de Domínio Servidor DNS

Leia mais

PL 3280/2004 PROJETO DE LEI Nº 3280/2004

PL 3280/2004 PROJETO DE LEI Nº 3280/2004 PL 3280/2004 Dispõe sobre a utilização de programas de computador nos estabelecimentos de ensino público dos Estados brasileiros e do Distrito Federal e dá outras providências. PROJETO DE LEI Nº 3280/2004

Leia mais

PROJECTO DE RESOLUÇÃO N.º 255/IX RECOMENDA AO GOVERNO A TOMADA DE MEDIDAS COM VISTA AO DESENVOLVIMENTO DO SOFTWARE LIVRE EM PORTUGAL

PROJECTO DE RESOLUÇÃO N.º 255/IX RECOMENDA AO GOVERNO A TOMADA DE MEDIDAS COM VISTA AO DESENVOLVIMENTO DO SOFTWARE LIVRE EM PORTUGAL PROJECTO DE RESOLUÇÃO N.º 255/IX RECOMENDA AO GOVERNO A TOMADA DE MEDIDAS COM VISTA AO DESENVOLVIMENTO DO SOFTWARE LIVRE EM PORTUGAL 1 O software desempenha, cada vez mais, um papel fulcral nas actividades

Leia mais

Software Livre e proprietário: Coexistência de diferentes formas de Licenciamento, interoperabilidade e eficiência na inclusão digital e social.

Software Livre e proprietário: Coexistência de diferentes formas de Licenciamento, interoperabilidade e eficiência na inclusão digital e social. Software Livre e proprietário: Coexistência de diferentes formas de Licenciamento, interoperabilidade e eficiência na inclusão digital e social. Palestrante: Paulo Cesar Alves 19/09/2005 Agenda Formulação

Leia mais

Meio de comunicação e de partilha de recursos. Ferramenta de apoio ao processo de ensinoaprendizagem

Meio de comunicação e de partilha de recursos. Ferramenta de apoio ao processo de ensinoaprendizagem Meio de comunicação e de partilha de recursos Ferramenta de apoio ao processo de ensinoaprendizagem Canal de distribuição de informação e submissão de recursos Motivações para a adoção e a utilização de

Leia mais

CONSULTORIA E SERVIÇOS DE INFORMÁTICA

CONSULTORIA E SERVIÇOS DE INFORMÁTICA CONSULTORIA E SERVIÇOS DE INFORMÁTICA Quem Somos A Vital T.I surgiu com apenas um propósito: atender com dedicação nossos clientes. Para nós, cada cliente é especial e procuramos entender toda a dinâmica

Leia mais

Projeto Você pede, eu registro.

Projeto Você pede, eu registro. Projeto Você pede, eu registro. 1) IDENTIFICAÇÃO 1.1) Título do Projeto: Você pede eu registro. 1.2) Equipe responsável pela coordenação do projeto: Pedro Paulo Braga Bolzani Subsecretario de TI Antonio

Leia mais

Introdução 12/06/2012. Software Livre

Introdução 12/06/2012. Software Livre Software Livre Introdução Software Livre, software de código aberto ou software aberto é qualquer programa de computador cujo código-fonte deve ser disponibilizado para permitir o uso, a cópia, o estudo

Leia mais

Concurso Público IFSULDEMINAS 2015. Prova Prática. Tecnólogo / Área Informática. NãO escreva seu nome ou assine em nenhuma folha da prova

Concurso Público IFSULDEMINAS 2015. Prova Prática. Tecnólogo / Área Informática. NãO escreva seu nome ou assine em nenhuma folha da prova Concurso Público IFSULDEMINAS 2015 Prova Prática Tecnólogo / Área Informática NãO escreva seu nome ou assine em nenhuma folha da prova PROVA PRÁTICA - TECNÓLOGO / ÁREA INFORMÁTICA INSTRUÇÕES 1- Utilize

Leia mais

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE APLICAÇÕES GRATUITAS EM NUVEM

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE APLICAÇÕES GRATUITAS EM NUVEM ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE APLICAÇÕES GRATUITAS EM NUVEM Pedro Victor Fortunato Lima, Ricardo Ribeiro Rufino Universidade Paranaense UNIPAR Paranavaí Paraná Brasil pedrin_victor@hotmail.com, ricardo@unipar.br

Leia mais

Serviço a Pedido ( On Demand ) da CA - Termos e Política de Manutenção Em vigor a partir de 1 de Setembro de 2010

Serviço a Pedido ( On Demand ) da CA - Termos e Política de Manutenção Em vigor a partir de 1 de Setembro de 2010 Serviço a Pedido ( On Demand ) da CA - Termos e Política de Manutenção Em vigor a partir de 1 de Setembro de 2010 A Manutenção do Serviço a Pedido ( On Demand ) da CA consiste numa infra-estrutura de disponibilidade

Leia mais

FACILIDADES DE COLABORAÇÃO

FACILIDADES DE COLABORAÇÃO MICROSOFT OFFICE 365 FACILIDADES DE COLABORAÇÃO Março 2012 A CLOUD365 estabeleceu acordos estratégicos com os principais fornecedores de TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação), entre os quais destacamos

Leia mais

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1 Governança de TI ITIL v.2&3 parte 1 Prof. Luís Fernando Garcia LUIS@GARCIA.PRO.BR ITIL 1 1 ITIL Gerenciamento de Serviços 2 2 Gerenciamento de Serviços Gerenciamento de Serviços 3 3 Gerenciamento de Serviços

Leia mais

PORTARIA Nº 178 DE 25 DE OUTUBRO DE 2012.

PORTARIA Nº 178 DE 25 DE OUTUBRO DE 2012. PORTARIA Nº 178 DE 25 DE OUTUBRO DE 2012. Acrescenta a arquitetura de padrões tecnológicos de Interoperabilidade - e- PINGRIO, no segmento recursos tecnológicos o padrão tecnológico sistemas operacionais

Leia mais

UM NOVO CONCEITO EM HOSPEDAGEM DE DOMÍNIO

UM NOVO CONCEITO EM HOSPEDAGEM DE DOMÍNIO www.origy.com.br UM NOVO CONCEITO EM HOSPEDAGEM DE DOMÍNIO CARACTERÍSTICAS: E-MAIL IMAP * Acesso simultâneo e centralizado, via aplicativo, webmail e celular/smartphone * Alta capacidade de armazenamento

Leia mais

Corporativo. Transformar dados em informações claras e objetivas que. Star Soft. www.starsoft.com.br

Corporativo. Transformar dados em informações claras e objetivas que. Star Soft. www.starsoft.com.br Corporativo Transformar dados em informações claras e objetivas que possibilitem às empresas tomarem decisões em direção ao sucesso. Com essa filosofia a Star Soft Indústria de Software e Soluções vem

Leia mais

software livre: a tecnologia que liberta!

software livre: a tecnologia que liberta! software livre: a tecnologia que liberta! conteúdo original de www.cachorrosurtado.blogspot.com www.escolaep.blogspot.com copyleft 2010 (((SLIDE 01))) RELEMBRANDO O CONCEITO DE SOFTWARE SOFTWARE é o mesmo

Leia mais

MÓDULO MULTIMÉDIA. Text PROFESSOR: RICARDO RODRIGUES. MAIL: rprodrigues@escs.ipl.pt esganarel@gmail.com. URL: http://esganarel.home.sapo.

MÓDULO MULTIMÉDIA. Text PROFESSOR: RICARDO RODRIGUES. MAIL: rprodrigues@escs.ipl.pt esganarel@gmail.com. URL: http://esganarel.home.sapo. MÓDULO MULTIMÉDIA PROFESSOR: RICARDO RODRIGUES MAIL: rprodrigues@escs.ipl.pt esganarel@gmail.com URL: http://esganarel.home.sapo.pt Text GABINETE: 1G1 - A HORA DE ATENDIMENTO: SEG. E QUA. DAS 11H / 12H30

Leia mais

P HC XL - Nem calcula o produto que temos para si...

P HC XL - Nem calcula o produto que temos para si... P HC XL - Nem calcula o produto que temos para si... Documento FAQs Poderão ser contemplados campos de utilizadores da ML? Essa possibilidade não existe. Os campos disponíveis são os campos base da tabela

Leia mais

Curso Introdução ao Linux. Desmistificando o Software Livre. Nícholas André - www.iotecnologia.com.br - nicholas@iotecnologia.com.

Curso Introdução ao Linux. Desmistificando o Software Livre. Nícholas André - www.iotecnologia.com.br - nicholas@iotecnologia.com. Curso Introdução ao Linux Desmistificando o Software Livre Nícholas André - www.iotecnologia.com.br - nicholas@iotecnologia.com.br Índice 1 O que é Software Livre? 2 A história por trás do Software Livre.

Leia mais

Relatório de Investigação da Escola julho 2015

Relatório de Investigação da Escola julho 2015 Microsoft Partners in Learning Relatório de Investigação da Escola julho 2015 Elaborado para julho 2015 Relatório do Estudo de Este relatório apresenta os resultados dos inquéritos à equipa diretiva e

Leia mais

O que é o Virto ERP? Onde sua empresa quer chegar? Apresentação. Modelo de funcionamento

O que é o Virto ERP? Onde sua empresa quer chegar? Apresentação. Modelo de funcionamento HOME O QUE É TOUR MÓDULOS POR QUE SOMOS DIFERENTES METODOLOGIA CLIENTES DÚVIDAS PREÇOS FALE CONOSCO Suporte Sou Cliente Onde sua empresa quer chegar? Sistemas de gestão precisam ajudar sua empresa a atingir

Leia mais

SOFTWARE LIVRE NO SETOR PÚBLICO

SOFTWARE LIVRE NO SETOR PÚBLICO SOFTWARE LIVRE NO SETOR PÚBLICO Marco Túlio dos Santos(mtuliods@hotmail.com) Thales Macieira(monteiro_macieira@yahoo.com.br) Richardson Mendes(richardsonmendes407@gmail.com) Resumo: O artigo a seguir tem

Leia mais

PREPARATÓRIO RIO PARA CAIXA ECONÔMICA

PREPARATÓRIO RIO PARA CAIXA ECONÔMICA PREPARATÓRIO RIO PARA CAIXA ECONÔMICA O que é Software Livre? Software Livre (Free Software) é o software disponível com a permissão para qualquer um usá-lo, copiá-lo, e distribuí-lo, seja na sua forma

Leia mais

Termo de Uso A AGENDA SUSTENTABILIDADE única e exclusiva proprietária do domínio www.agenda SUSTENTABILIDADE.com.br, doravante denominado AGENDA SUSTENTABILIDADE, estabelece o presente TERMO DE USO para

Leia mais

CC Montagem e manutenção de hardware Docente: Nataniel Vieira 1 sem Técnico em Informática Roteiro 06: Atividade sobre o Documentário RevolutionOS

CC Montagem e manutenção de hardware Docente: Nataniel Vieira 1 sem Técnico em Informática Roteiro 06: Atividade sobre o Documentário RevolutionOS SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAC PELOTAS CC Montagem e manutenção de hardware Docente: Nataniel Vieira 1 sem Técnico em Informática Roteiro 06: Atividade sobre o

Leia mais

Estratégias de e-learning no Ensino Superior

Estratégias de e-learning no Ensino Superior Estratégias de e-learning no Ensino Superior Sanmya Feitosa Tajra Mestre em Educação (Currículo)/PUC-SP Professora de Novas Tecnologias da Anhanguera Educacional (Jacareí) RESUMO Apresentar e refletir

Leia mais

Redução da pegada carbónica dos clientes da PT Portugal

Redução da pegada carbónica dos clientes da PT Portugal Redução da pegada carbónica dos clientes da PT Portugal 1 Redução da pegada carbónica dos clientes da PT Portugal As alterações verificadas no comportamento dos consumidores, consequência dos novos padrões

Leia mais

Serviços de Acção Social do Instituto Politécnico de Viana do Castelo. Regulamento de Atribuição de Bolsa de Apoio Social

Serviços de Acção Social do Instituto Politécnico de Viana do Castelo. Regulamento de Atribuição de Bolsa de Apoio Social Serviços de Acção Social do Instituto Politécnico de Viana do Castelo Regulamento de Atribuição de Bolsa de Apoio Social O Conselho de Ação Social do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, atento à

Leia mais

SAIBA MAIS SOBRE O LINUX E DESCUBRA QUAL DISTRIBUIÇÃO É MELHOR PARA VOCÊ! CURSO

SAIBA MAIS SOBRE O LINUX E DESCUBRA QUAL DISTRIBUIÇÃO É MELHOR PARA VOCÊ! CURSO 1 AULA SAIBA MAIS SOBRE O LINUX E DESCUBRA QUAL DISTRIBUIÇÃO É MELHOR PARA VOCÊ! ROTEIRO PRÉ-REQUISITOS 1 INTRODUÇÃO 2 DISTRIBUIÇÕES LINUX 3 AJUDA PARA ESCOLHER SUA DISTRIBUIÇÃO LINUX 4 DÚVIDAS FREQUENTES

Leia mais

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DR. GINESTAL MACHADO

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DR. GINESTAL MACHADO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DR. GINESTAL MACHADO 3º Ciclo do Ensino Básico Planificação Ano letivo: 2013/2014 Disciplina: Tecnologias de Informação e Comunicação Ano:7º Conteúdos Objectivos Estratégias/Actividades

Leia mais

Resumo da solução SAP SAP Technology SAP Afaria. Gestão da mobilidade empresarial como vantagem competitiva

Resumo da solução SAP SAP Technology SAP Afaria. Gestão da mobilidade empresarial como vantagem competitiva da solução SAP SAP Technology SAP Afaria Objetivos Gestão da mobilidade empresarial como vantagem competitiva Simplifique a gestão de dispositivos e aplicativos Simplifique a gestão de dispositivos e aplicativos

Leia mais

BRAlarmExpert. Software para Gerenciamento de Alarmes. BENEFÍCIOS obtidos com a utilização do BRAlarmExpert:

BRAlarmExpert. Software para Gerenciamento de Alarmes. BENEFÍCIOS obtidos com a utilização do BRAlarmExpert: BRAlarmExpert Software para Gerenciamento de Alarmes A TriSolutions conta com um produto diferenciado para gerenciamento de alarmes que é totalmente flexível e amigável. O software BRAlarmExpert é uma

Leia mais

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DA MOITA PLANO DE AÇÃO PARA AS TIC

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DA MOITA PLANO DE AÇÃO PARA AS TIC AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DA MOITA PLANO DE AÇÃO PARA AS TIC Equipa PTE "A exclusão digital não é ficar sem computador ou telefone celular. É continuarmos incapazes de pensar, de criar e de organizar novas

Leia mais

Computação em Nuvem. Alunos: Allan e Clayton

Computação em Nuvem. Alunos: Allan e Clayton Computação em Nuvem Alunos: Allan e Clayton 1 - Introdução 2 - Como Funciona? 3 - Sistemas Operacionais na Nuvem 4 - Empresas e a Computação em Nuvem 5 - Segurança da Informação na Nuvem 6 - Dicas de Segurança

Leia mais

EDITAL DESAFIO. Conferência Mapa Educação

EDITAL DESAFIO. Conferência Mapa Educação EDITAL DESAFIO Conferência Mapa Educação 1 APRESENTAÇÃO O Movimento Mapa Educação é um movimento que tem como objetivo engajar o jovem no debate nacional para uma educação de maior qualidade. Na nossa

Leia mais

Escola EB António Feijó

Escola EB António Feijó AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ANTÓNIO FEÍJO Escola EB António Feijó 7.º ANO PLANIFICAÇÃO SEMESTRAL Tecnologias de Informação e Comunicação Ano Letivo 2015/2016 INFORMAÇÃO Domínio Conteúdos Objetivos / Descritores

Leia mais

CLOUD. tendências CLOUD. entendendo e contratando assertivamente. Agosto/2012 INFORMATIVO TECNOLÓGICO DA PRODESP EDIÇÃO 02

CLOUD. tendências CLOUD. entendendo e contratando assertivamente. Agosto/2012 INFORMATIVO TECNOLÓGICO DA PRODESP EDIÇÃO 02 tendências CLOUD EDIÇÃO 02 Agosto/2012 CLOUD O conceito de nuvem é nebuloso Como uma organização pode contratar assertivamente Serviços em Cloud? Quais são os principais riscos de um contrato de Cloud

Leia mais

Como é o desenvolvimento de Software?

Como é o desenvolvimento de Software? Como é o desenvolvimento de Software? Fases do Desenvolvimento Modelo Cascata Define atividades seqüenciais Outras abordagens são baseadas nesta idéia Especificação de Requisitos Projeto Implementação

Leia mais

Política de Atendimento Técnico, Suporte e Assistência aos softwares SiplanControl-M

Política de Atendimento Técnico, Suporte e Assistência aos softwares SiplanControl-M Política de Atendimento Técnico, Suporte e Assistência aos softwares SiplanControl-M 1. Introdução a política 2. Quem está elegível para solicitar suporte? 3. Horário de atendimento 4. Que tempo de resposta

Leia mais

FUNDAMENTOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

FUNDAMENTOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO FUNDAMENTOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Rafael D. Ribeiro, M.Sc,PMP. rafaeldiasribeiro@gmail.com http://www.rafaeldiasribeiro.com.br @ribeirord Pesquisa e Propagação do conhecimento: Através da Web, é possível

Leia mais

Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios

Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios Autor: Dominique Turpin Presidente do IMD - International Institute for Management Development www.imd.org Lausanne, Suíça Tradução:

Leia mais

1. Quem somos nós? A AGI Soluções nasceu em Belo Horizonte (BH), com a simples missão de entregar serviços de TI de forma rápida e com alta qualidade.

1. Quem somos nós? A AGI Soluções nasceu em Belo Horizonte (BH), com a simples missão de entregar serviços de TI de forma rápida e com alta qualidade. 1. Quem somos nós? A AGI Soluções nasceu em Belo Horizonte (BH), com a simples missão de entregar serviços de TI de forma rápida e com alta qualidade. Todos nós da AGI Soluções trabalhamos durante anos

Leia mais

1 Edital para submissão de materiais para o Congresso

1 Edital para submissão de materiais para o Congresso DIGICONGRESS 2014 Congresso de Comunicação e Marketing Digital 1 Edital para submissão de materiais para o Congresso 1.1 Informações gerais - O DIGICONGRESS (Congresso de Comunicação e Marketing Digital)

Leia mais

Planificação Semestral. Informação. Planificação da Disciplina de Tecnologias da Informação e Comunicação TIC 7º Ano

Planificação Semestral. Informação. Planificação da Disciplina de Tecnologias da Informação e Comunicação TIC 7º Ano I Planificação Semestral DOMÍNIO/SUBDOMÍNIOS/ METAS Subdomínio: A, o conhecimento e o mundo das tecnologias 1. Meta: Compreender a evolução das TIC e o seu papel no mundo atual. Subdomínio: A utilização

Leia mais

Sistemas de Produtividade

Sistemas de Produtividade Sistemas de Produtividade Os Sistemas de Produtividade que apresentaremos em seguida são soluções completas e podem funcionar interligadas ou não no. Elas recebem dados dos aplicativos de produtividade,

Leia mais

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Rene Baltazar Introdução Serão abordados, neste trabalho, significados e características de Professor Pesquisador e as conseqüências,

Leia mais

Aplicação Prática de Lua para Web

Aplicação Prática de Lua para Web Aplicação Prática de Lua para Web Aluno: Diego Malone Orientador: Sérgio Lifschitz Introdução A linguagem Lua vem sendo desenvolvida desde 1993 por pesquisadores do Departamento de Informática da PUC-Rio

Leia mais

PERSPECTIVAS DO PROJETO DE ENSINO FÁBRICA DE SOFTWARE *

PERSPECTIVAS DO PROJETO DE ENSINO FÁBRICA DE SOFTWARE * PERSPECTIVAS DO PROJETO DE ENSINO FÁBRICA DE SOFTWARE * Hudson Henrique de Souza LOPES 1 ; Wellington Garcia PEREIRA 2 ; Getúlio Antero de DEUS JÚNIOR 3. 1 Bolsista do PET EEEC/UFG hudsonhsl@hotmail.com.

Leia mais

da deusa Athena, da sabedoria na mitologia grega PROPOSTA COMERCIAL Fone: 51 3212.7055 11 4152.8439 WWW.ATHENEUM.COM.BR

da deusa Athena, da sabedoria na mitologia grega PROPOSTA COMERCIAL Fone: 51 3212.7055 11 4152.8439 WWW.ATHENEUM.COM.BR da deusa Athena, da sabedoria na mitologia grega PROPOSTA COMERCIAL Fone: 51 3212.7055 11 4152.8439 WWW.ATHENEUM.COM.BR O ATHENEUM O Atheneum é uma plataforma que possibilita o acesso principalmente de

Leia mais

Universidade Federal de Goiás UFG Campus Catalão CAC Departamento de Engenharia de Produção. Sistemas ERP. PCP 3 - Professor Muris Lage Junior

Universidade Federal de Goiás UFG Campus Catalão CAC Departamento de Engenharia de Produção. Sistemas ERP. PCP 3 - Professor Muris Lage Junior Sistemas ERP Introdução Sucesso para algumas empresas: acessar informações de forma rápida e confiável responder eficientemente ao mercado consumidor Conseguir não é tarefa simples Isso se deve ao fato

Leia mais

Relatório de Progresso

Relatório de Progresso Luís Filipe Félix Martins Relatório de Progresso Mestrado Integrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores Preparação para a Dissertação Índice Introdução... 2 Motivação... 2 Cloud Computing (Computação

Leia mais

Oficina de Formação. O vídeo como dispositivo pedagógico e possibilidades de utilização didática: produção e edição de conteúdos audiovisuais

Oficina de Formação. O vídeo como dispositivo pedagógico e possibilidades de utilização didática: produção e edição de conteúdos audiovisuais Oficina de Formação O vídeo como dispositivo pedagógico e possibilidades de utilização didática: produção e edição de conteúdos audiovisuais (Data de início: 09/05/2015 - Data de fim: 27/06/2015) I - Autoavaliação

Leia mais

Computadores Portáteis. Regulamento de utilização

Computadores Portáteis. Regulamento de utilização Computadores Portáteis Regulamento de utilização 1 Introdução Os computadores portáteis estão disponíveis para: a) a utilização individual e profissional por professores; b) a utilização por professores,

Leia mais

Aumente sua velocidade e flexibilidade com a implantação da nuvem gerenciada de software da SAP

Aumente sua velocidade e flexibilidade com a implantação da nuvem gerenciada de software da SAP Parceiros de serviços em nuvem gerenciada Aumente sua velocidade e flexibilidade com a implantação da nuvem gerenciada de software da SAP Implemente a versão mais recente do software da SAP de classe mundial,

Leia mais

Documento de ajuda para utilizadores de Office 2010/2007

Documento de ajuda para utilizadores de Office 2010/2007 Documento de ajuda para utilizadores de Office 2010/2007 Pág. 3 - MUDANÇAS NO CORREIO ELETRÓNICO OFFICE 365 Pág. 8 - DIFICULDADES OU DÚVIDAS Este documento destina-se a ajudar utilizadores em migração

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Faculdade de Direito - Ciências do Estado e Governança Mundial

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Faculdade de Direito - Ciências do Estado e Governança Mundial UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Faculdade de Direito - Ciências do Estado e Governança Mundial A CONTRIBUIÇÃO DO SOFTWARE LIVRE PARA O FOMENTO À EDUCAÇÃO Brener Fidelis de Seixas Belo Horizonte Junho/2011

Leia mais

CHECK - LIST - ISO 9001:2000

CHECK - LIST - ISO 9001:2000 REQUISITOS ISO 9001: 2000 SIM NÃO 1.2 APLICAÇÃO A organização identificou as exclusões de itens da norma no seu manual da qualidade? As exclusões são relacionadas somente aos requisitos da sessão 7 da

Leia mais

EQUIPE: ANA IZABEL DAYSE FRANÇA JENNIFER MARTINS MARIA VÂNIA RENATA FREIRE SAMARA ARAÚJO

EQUIPE: ANA IZABEL DAYSE FRANÇA JENNIFER MARTINS MARIA VÂNIA RENATA FREIRE SAMARA ARAÚJO UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIBLIOTECONOMIA DISCIPLINA: TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO II PROFESSORA: PATRÍCIA

Leia mais

Participação Critérios de participação - Elegibilidade Procedimento para participar da chamada: Número de propostas/aplicações

Participação Critérios de participação - Elegibilidade Procedimento para participar da chamada: Número de propostas/aplicações Campanha Mundial "Construindo Cidades Resilientes: Minha cidade está se preparando! Plataforma Temática sobre Risco Urbano nas Américas Chamada sobre boas práticas e inovação no uso de Sistemas de Informação

Leia mais

Introdução à Computação

Introdução à Computação Aspectos Importantes - Desenvolvimento de Software Motivação A economia de todos países dependem do uso de software. Cada vez mais, o controle dos processos tem sido feito por software. Atualmente, os

Leia mais

Ano letivo 2014/2015. Planificação da disciplina: Tecnologias de Informação e Comunicação 8º ano. Domínio: Comunicação e Colaboração CC8

Ano letivo 2014/2015. Planificação da disciplina: Tecnologias de Informação e Comunicação 8º ano. Domínio: Comunicação e Colaboração CC8 Ano letivo 2014/2015 Planificação da disciplina: Tecnologias de Informação e Comunicação 8º ano Domínio: Comunicação e Colaboração CC8 Aulas Previstas Semestre 32 Subdomínio: Conhecimento e utilização

Leia mais

DIMENSIONANDO PROJETOS DE WEB-ENABLING. Uma aplicação da Análise de Pontos de Função. Dimensionando projetos de Web- Enabling

DIMENSIONANDO PROJETOS DE WEB-ENABLING. Uma aplicação da Análise de Pontos de Função. Dimensionando projetos de Web- Enabling DIMENSIONANDO PROJETOS DE WEB-ENABLING Uma aplicação da Análise de Pontos de Função Dimensionando projetos de Web- Enabling Índice INTRODUÇÃO...3 FRONTEIRA DA APLICAÇÃO E TIPO DE CONTAGEM...3 ESCOPO DA

Leia mais

PROJ. Nº 528362 LLP-1-2012-1-NL-ERASMUS-ECUE

PROJ. Nº 528362 LLP-1-2012-1-NL-ERASMUS-ECUE REDIVE GUIA LMS PROJ. Nº 528362 LLP-1-2012-1-NL-ERASMUS-ECUE Projecto financiado com o apoio da Comissão Europeia. A informação contida nesta publicação vincula exclusivamente o autor, não sendo a Comissão

Leia mais

Estudo Empresas Darwin em Portugal

Estudo Empresas Darwin em Portugal Estudo Empresas Darwin em Portugal Introdução Num mercado muito competitivo em que os mais pequenos pormenores fazem a diferença, as empresas procuram diariamente ferramentas que lhes permitam manter-se

Leia mais

gerenciando o desempenho de serviços em uma empresa conectada na nuvem CA Business Service Insight Julho de 2011

gerenciando o desempenho de serviços em uma empresa conectada na nuvem CA Business Service Insight Julho de 2011 gerenciando o desempenho de serviços em uma empresa conectada na nuvem CA Business Service Insight Julho de 2011 a computação na nuvem está presente em todos os lugares e está crescendo 72% das empresas

Leia mais

Software Livre na Escola

Software Livre na Escola Introdução Reflexão sucinta sobre a adopção de software livre na Escola "O alargamento do acesso às redes digitais, indispensável para que não se gerem novas formas de exclusão, pode passar pela consideração

Leia mais

SISTEMAS DISTRIBUÍDOS

SISTEMAS DISTRIBUÍDOS SISTEMAS DISTRIBUÍDOS Cluster, Grid e computação em nuvem Slide 8 Nielsen C. Damasceno Introdução Inicialmente, os ambientes distribuídos eram formados através de um cluster. Com o avanço das tecnologias

Leia mais

Hardware & Software. SOS Digital: Tópico 2

Hardware & Software. SOS Digital: Tópico 2 Hardware & Software SOS Digital: Tópico 2 Os objetos digitais são acessíveis somente através de combinações específicas de componentes de hardware a parte física do computador software programas para operar

Leia mais

DOMÍNIO/SUBDOMÍNIOS/ METAS Subdomínio: Conhecimento e utilização

DOMÍNIO/SUBDOMÍNIOS/ METAS Subdomínio: Conhecimento e utilização Comunicação e Colaboração Planificação da Disciplina de Planificação Semestral DOMÍNIO/SUBDOMÍNIOS/ METAS Subdomínio: Conhecimento e utilização OBJETIVOS Explorar sumariamente diferentes ferramentas e

Leia mais

PLANO DE ESTUDOS DE T.I.C. 8.º ANO

PLANO DE ESTUDOS DE T.I.C. 8.º ANO DE T.I.C. 8.º ANO Ano Letivo 2015 2016 PERFIL DO ALUNO O aluno deve ser capaz de: - desenvolver capacidades na utilização das tecnologias de informação e comunicação que permitam uma literacia digital

Leia mais

Renan Borges Pereira¹, Paulo Henrique Gomes Barbosa². Faculdade de Tecnologia de Ourinhos FATEC. renanzaum_1@hotmail.com¹, paulohgb_15@hotmail.

Renan Borges Pereira¹, Paulo Henrique Gomes Barbosa². Faculdade de Tecnologia de Ourinhos FATEC. renanzaum_1@hotmail.com¹, paulohgb_15@hotmail. Renan Borges Pereira¹, Paulo Henrique Gomes Barbosa² Faculdade de Tecnologia de Ourinhos FATEC renanzaum_1@hotmail.com¹, paulohgb_15@hotmail.com² INTRODUÇÃO O modelo de software como um serviço (SaaS)

Leia mais

Faculdade Integrada do Ceará FIC Graduação em Redes de Computadores

Faculdade Integrada do Ceará FIC Graduação em Redes de Computadores Faculdade Integrada do Ceará FIC Graduação em Redes de Computadores Disciplina - Sistemas Distribuídos Prof. Andrey Halysson Lima Barbosa Aula 12 Computação em Nuvem Sumário Introdução Arquitetura Provedores

Leia mais

Disciplina: Tecnologias de Informação e Comunicação Ano Letivo 2014/2015

Disciplina: Tecnologias de Informação e Comunicação Ano Letivo 2014/2015 A informação, o conhecimento e o mundo das tecnologias. (I7.1) Utilização do computador e/ou dispositivos eletrónicos similares em segurança. (I7.2) 1. Compreender a evolução das tecnologias de informação

Leia mais

TRIBUTAÇÃO NA NUVEM. Tax Friday 21 de outubro de 2011 AMCHAM - RJ

TRIBUTAÇÃO NA NUVEM. Tax Friday 21 de outubro de 2011 AMCHAM - RJ TRIBUTAÇÃO NA NUVEM Tax Friday 21 de outubro de 2011 AMCHAM - RJ PROGRAMA 1. INTRODUÇÃO À COMPUTAÇÃO EM NUVEM CONCEITOS APLICÁVEIS 2. PRINCIPAIS OPERAÇÕES E ASPECTOS TRIBUTÁRIOS POLÊMICOS INTRODUÇÃO À

Leia mais

A LIBERDADE DO LINUX COM A QUALIDADE ITAUTEC

A LIBERDADE DO LINUX COM A QUALIDADE ITAUTEC A LIBERDADE DO LINUX COM A QUALIDADE ITAUTEC O AMBIENTE OPERACIONAL QUE AGREGA A CONFIABILIDADE E O SUPORTE DA ITAUTEC À SEGURANÇA E À PERFORMANCE DO LINUX O LIBRIX É UMA DISTRIBUIÇÃO PROFISSIONAL LINUX

Leia mais

A Constituição de Turmas

A Constituição de Turmas DATA: NÚMERO: 20/05/2012 03/12 C/CONHECIMENTO A: REMETIDO A: SG Secretaria-Geral do Ministério da Educação... DGPGF Direção-Geral de Planeamento e Gestão Financeira... DGE Direcção-Geral de Educação...

Leia mais

Tecnologia da Informação. Prof. Odilon Zappe Jr

Tecnologia da Informação. Prof. Odilon Zappe Jr Tecnologia da Informação Prof. Odilon Zappe Jr Vantagens e Desvantagens do Comércio Eletrônico Vantagens Aumento do número de contatos da empresa com fornecedores e com outras empresas do mesmo ramo, e

Leia mais

COMISSÃO EUROPEIA. o reforço de capacidades das organizações de acolhimento e a assistência técnica às organizações de envio,

COMISSÃO EUROPEIA. o reforço de capacidades das organizações de acolhimento e a assistência técnica às organizações de envio, C 249/8 PT Jornal Oficial da União Europeia 30.7.2015 COMISSÃO EUROPEIA CONVITE À APRESENTAÇÃO DE PROPOSTAS EACEA 25/15 Iniciativa Voluntários para a Ajuda da UE: Destacamento de Voluntários para a Ajuda

Leia mais