UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU FACULDADE INTEGRADA AVM

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1 1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU FACULDADE INTEGRADA AVM AS PREMISSAS PARA UM EMPREENDIMENTO DE SUCESSO Por: Elisangela Almeida de Jesus Orientador Profª. Aleksandra Sliwowska Niterói Julho / 2011

2 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU FACULDADE INTEGRADA AVM 2 AS PREMISSAS PARA UM EMPREENDIMENTO DE SUCESSO Apresentação de monografia à Universidade Cândido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão Empresarial. Por:. Elisangela Almeida de Jesus

3 3 AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus, por ter me dado forças para prosseguir num caminho cheio de obstáculos. A minha mãe pelo incentivo nos meus estudos por nunca me deixar desistir nas dificuldades encontradas.

4 4 DEDICATÓRIA A minha família e amigos que sempre me incentivou a dar continuidade aos estudos, mostrando-me a importância na aquisição de conhecimento para o crescimento de qualquer ser humano. Em especial a minha mãe, que em todos os momentos esteve ao meu lado para que eu nunca desistisse. A minha irmã sempre disposta a ajudar, ao meu sobrinho por ser tão especial na minha vida e ao meu pai (In Memoriam) que não pode acompanhar o início da minha carreira universitária, mas que sempre torceu por mim.

5 RESUMO 5 O objetivo da pesquisa foi buscar um pouco mais de conhecimento para a implantação de um empreendimento bem sucedido, para tanto, fez-se necessário o entendimento da figura do empreendedor, suas características, seus desejos, suas idéias, suas visões, a necessidade de não ser mais empregado e sim seu próprio patrão. O Empreendedorismo é um motor de arranque na economia, os pequenos empresários estão em crescimento contínuo, com as micros e pequenas empresas, onde as famílias muitas vezes estão reunidas em prol de um objetivo sustentável e duradouro. O gargalo encontrado nos passos inicias para elaboração e montagem do empreendimento, órgãos de apoios, leis existentes, formas jurídicas para constituição do mesmo.

6 METODOLOGIA 6 O método utilizado foi a consulta em livros relacionados ao assunto empreendedorismo e implementação de novos negócios, consulta a sites existentes e artigos acadêmicos já publicados. Objetivando o esclarecimento das possíveis dúvidas e incertezas na montagem de um empreendimento.

7 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I 09 EMPREENDEDOR 09 CAPÍTULO II 14 IDENTIFICANDO A VIABILIDADE DA ABERTURA DE UM EMPREENDIMENTO 14 CAPÍTULO III 36 QUESTÕES LEGAIS DE CONSTITUIÇÃO DA EMPRESA 36 CAPÍTULO IV 44 FINANCIAMENTO E ASSESSORIA PARA O EMPREENDIMENTO 44 CONCLUSÃO 50 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 52 ÍNDICE 54 FOLHA DE AVALIAÇÃO

8 INTODUÇÃO 8 A crescente mudança no mundo globalizado, as exigências do mercado por profissionais qualificados e a crescente oportunidade para inovar, faz com que desenvolva grandes empreendedores. Um sonho, uma idéia, cansado de ter chefe, horário à cumprir, submissão, esses fatores atribuem para o desenvolvimento de um negócio próprio, ou seja, ser o patão, ter flexibilidade em horários, dias e condições para trabalhar, viver a vida de acordo com o que planejar, fazer retiradas de valores sem limites, algo sem grandes preocupações e de grande rentabilidade, ou seja, todo o lucro do empreendimento será seu. Empreender vai além de realizações pessoais, há um mercado a ser conquistado, o patrão é o responsável por tudo que irá acontecer no empreendimento: pessoas, finanças, clientes, etc. Para um empreendimento de sucesso, faz-se necessário seguir algumas regras ou premissas na montagem do mesmo. O sucesso dependerá de como foi elaborado os estudos no inicio do projeto, o conhecimento do que está sendo lançado no mercado atual e totalmente globalizado.

9 CAPÍTULO I EMPREENDEDOR 9 1 O que é Empreendedor? " O Empreendedorismo é um comportamento e não um traço de personalidade. Não há pré-requisito para se tornar um empreendedor, todos nós podemos tornar-se um em maior ou menor grau. Fatores como persistência, dedicação, responsabilidade, obstinação, visão o de futuro, são determinantes do sucesso do candidato a empreendedor" (Drucker, 1996, p. 31) " A palavra empreendedor (entrepeneur) tem origem francesa e quer dizer aquele que assume riscos e começa algo novo" (Hirsrish, 1986). Para Dornela (2001), "o empreendedor é aquele que faz as coisas acontecerem, se antecipa aos fatos e tem uma visão futura da organização". Dornelas (2007), cita que para Schumpeter (1949), "o empreendedor é aquele que quebra a ordem corrente e inova, criando mercado através de uma oportunidade identificada". E que para Kirzner (1973), o empreendedor é aquele que cria um equilíbrio, encontrando uma posição clara e positiva em um ambiente de caos e turbulência, ou seja, identifica oportunidades na ordem presente. Para Filion (1991), um empreendedor é uma pessoa que imagina desenvolver e realizar visões. Baseando-se na ideia dos atores, subentende que o empreendedor é um exímio identificador de oportunidades, sendo um indivíduo atento a informações, o qual entende que as chances melhoram quando o seu conhecimento aumenta, é aquele que apresenta determinadas habilidades para criar, abrir e gerir um negócio ou projeto (técnico, científico, empresarial), gerando resultados positivos. O mesmo é essencial para a geração de riquezas dentro de um país.

10 10 Acredita-se que o empreendedor atualmente seja o "motor da economia", uma vez que o mesmo não tem medo de correr riscos e estão sempre buscando novas oportunidades e atualizando as existentes. O empreendedor é visionário e desafiador, mesmo em tempo de crise está sempre buscando o seu diferencial, busca melhorar as condições de vida da população promovendo o crescimento econômico, através da geração de auto-emprego, compra de empresas com mudança no foco já existente, inovação em projetos e estudos, é um fator importantíssimo na geração de empregos e renda. Muitas características ajudam no desenvolvimento ou aperfeiçoamento de um empreendedor, tais como: garra, determinação, força de vontade, capital intelectual, etc. Vejamos os comentários de alguns autores referente às características do perfil de um empreendedor : Perfil de um empreendedor Para Dolabela (2006), o perfil do empreendedor é definido em: Empreendedor é um ser social, produto do meio em que vive (época e lugar). Se uma pessoa vive em um ambiente em que ser empreendedor é visto como algo positivo, então terá motivação para criar o seu próprio negócio. É um fenômeno regional, ou seja, existem cidades, regiões países mais ou menos empreendedores do que outros. O perfil do empreendedor (fatores do comportamento e atitudes que contribuem para o sucesso) pode variar de um lugar para outro. Dornelas (2007, p. 5-7), destaca como as características dos empreendedores de sucesso as seguintes: São Visionários: Eles têm a visão de como será o futuro para o seu negócio e sua vida, e, o mais importante, têm a habilidade de implementar seus sonhos.

11 11 Sabem tomar decisões: Eles não se sentem inseguros, sabem tomar as decisões corretas na hora certa, principalmente nos momentos de adversidade, sendo um fator-chave para o seu sucesso. E, além de tomar decisões, implementam sua ações rapidamente. São indivíduos que fazem a diferença: Os empreendedores transformam algo de difícil definição, uma idéia abstrata, em algo concreto, que funciona, transformando o que é possível em realidade (Kao, 1989; Kets de Vries, 1997). Sabem agregar valor aos serviços e produtos que colocam no mercado. Sabem explorar ao máximo as oportunidades: Para a maioria das pessoas, as boas idéias são daqueles que as vêem primeiro, por sorte ou acaso. Para os visionários (os empreendedores), as boas idéias são geradas daquilo que todos conseguem ver, mas não identificaram algo prático para transformá-las em oportunidade, através de dados e informação. São determinados e dinâmicos: Eles implementam suas ações com total comprometimento. Atropelam as adversidades, ultrapassando os obstáculos, com uma vontade ímpar de "fazer acontecer". Mantêm-se sempre dinâmicos e cultivam um certo inconformismo diante da rotina. São Dedicados: Eles dedicam 24 horas por dia, sete dias por semana, ao seu negócio. Comprometem o relacionamento com amigos, com a família e até mesmo com a própria saúde. São trabalhadores exemplares, encontrando energia para continuar, mesmo quando encontram problemas pela frente. São incansáveis e loucos pelo trabalho. São otimistas e apaixonados pelo que fazem: Eles adoram o seu trabalho. E é esse amor ao que fazem o principal combustível que os mantém cada vez mais animados e autodeterminados, tornando-o os melhores vendedores de seus produtos e serviços, pois sabem, como ninguém como fazê-lo. O otimismo faz com que sempre enxerguem o sucesso, em vez de imaginar o

12 fracasso. 12 São independentes e constróem seu próprio destino: Eles querem estar à frente das mudanças e ser donos do próprio destino. Querem ser independentes, em vez de empregados: querem criar algo novo e determinar seus próprios passos, abrir seus próprios caminhos, ser seu próprio patrão e gerar empregos. Ficam ricos: Ficar rico não é o principal objetivo dos empreendedores. Eles acreditam que o dinheiro é conseqüência do sucesso dos negócios. São Organizados: Os empreendedores sabem obter e alocar os recursos materiais, humanos, tecnológicos e financeiros de forma racional, procurando o melhor desempenho para o negócio. Planejam, planejam, planejam: Os empreendedores de sucesso planejam cada passo do seu negócio, desde o primeiro rascunho do plano de negócio até a apresentação do plano a investidores, definição das estratégias de marketing do negócio etc., sempre tendo como base a forte visão do negócio que possuem. Em pesquisa pela Internet, encontro as seguintes características do perfil de um empreendedor: Criatividade; Capacidade de organização e planejamento; Responsabilidade; Capacidade de liderança; Habilidade para trabalhar em equipe;

13 Gosto pela área em que atua; 13 Visão de futuro e coragem para assumir riscos; seu negócio; Interesse em buscar novas informações, soluções e inovações para o Persistência (não desistir nas primeiras dificuldades encontradas) Saber ouvir as pessoas Facilidade de comunicação e expressão Confrontando as idéias levantadas, os autores apresentam diversos pontos em comum, ou seja, há um perfil de Emprendedor montado, uns desenvolvem essas habilidades no decorrer da vida, e outros, só aperfeiçoam as existentes. Entendendo um pouco do nome Empreendedor e as características do mesmo, faz-se o entendimento que não é o bastante ter uma idéia, um sonho, conhecimento de mercado e força de vontade para ser o seu próprio patrão, ou seja, independência absoluta. Um empreendedor é muito comprometido e com grandes responsabilidades.

14 CAPÍTULO II 14 IDENTIFICANDO A VIABILIDADE DA ABERTURA DE UM EMPREENDIMENTO O ato de empreender está relacionado à identificação, análise e implementação de oportunidades de negócio, tendo como foco a inovação e a criação de valor. Utilizando dados de (DOLABELA, 2003 pg. 79), o qual menciona que lançar-se no mercado sem o conhecimento do negócio o qual deseja atuar é uma aventura e não empreendedorismo. Para tanto, faze-se necessário a compreensão da estrutura e funcionamento do negócio, as empresas que atuam no segmento, quem são os clientes, como se comportam e qual o seu potencial, pontos fracos, fortes, concorrência, fatores críticos de sucesso, vantagens competitivas. 2.0 MATRIZ SWOT A Matriz Swot método de análise do ambiente empresarial, criado por Kenneth Andrews e Roland Christensen, dois professores da Harvard Business School e posteriormente aplicada por numerosos acadêmicos. Estuda o ambiente de uma organização segundo quatro variáveis: Strengths (forças), Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças). Para os autores (Helton Haddad Carneiro, Evandro Cesar Tenca, Paulo Henrique Schenini e Sandra Fernandes, 2004 pg. 45, 46 e 47), A Matriz Swot (strengths, weaknesses, opportunities and threats) já é usada há muitos anos para um demonstrativo básico qualitativo de aspectos positivos e aspectos negativos de seu produto ou serviço. Pelo poder da síntese, o Swot auxilia na percepção de conjunto das variáveis controláveis, e incontroláveis, facilitando sua análise

15 (Kotler, 1996:85). 15 É a combinação da análise do ambiente interno (S - Strenghts - Pontos Fortes e W - Weaknesses - Pontos Fracos) e do ambiente externo (O - Opportunities Oportunidades e T - Threats - Ameaças ou Riscos). Seguindo a linha dos autores citados e estudos acadêmicos já publicados encontra-se uma definição da estrutura da Matriz Swot: Pontos Fortes: Deve ser listados em tópicos todos os aspectos mais positivos da organização em relação ao seu produto, serviço ou unidade de negócios. São variáveis com boa possibilidade de controle pela sua empresa e são fatores de elevada importância. É uma característica interna ou uma situação que dá à organização uma vantagem competitiva sobre seus concorrentes ou uma facilidade para o alcance dos objetivos. Pode-se identificar por meio das perguntas: 1. O que você (organização/equipe/pessoa) faz bem? 2. Que recursos especiais a organização possui e pode aproveitar? 3. O que outros (organizações/ equipes/pessoas) acham que você faz bem? Exemplos de análise interna a ser identificada: As competências essenciais da empresa; As competências em P&D (Pesqusa e Desenvolvimento); A competência da marca; A capacidade para inovações; Competências em vendas, serviços;

16 Competências em logística e distribuição; 16 Participação no mercado; Tendências de investimentos; Competências operacionais; Disponibilidade para crescer. Pontos Fracos: Deve ser listados em tópicos os aspectos mais negativos da empresa com relação ao seu produto, serviço ou unidade de negócios. São variáveis com boa possibilidade de controle pela sua empresa e são fatores de elevada importância. Ponto fraco é uma característica interna ou uma limitação em um processo, área ou atividade da empresa, que coloca a organização em situação de desvantagem em relação com seus concorrentes ou de dificuldade para o alcance dos objetivos. Pode-se identificar por meio das perguntas: 1. O que a organização pode melhorar? 2. Onde a organização tem menos recursos ou vantagens que os outros? 3. O que outros acham que são fraquezas da organização? Oportunidades: Devem ser listados em tópicos os aspectos positivos em relação ao mercado, para o seu produto, serviço ou unidade de negócios. São variáveis normalmente incontroláveis pela sua empresa e são fatores de elevada importância. É uma situação externa que dá à organização a possibilidade de alcançar seus objetivos ou de melhorar sua posição competitiva e/ou seu desempenho. Pode-se identificar por meio das perguntas: 1. Quais são as oportunidades externas que você pode identificar considerando as variáveis acima?

17 2. Que tendências você pode aproveitar em favor da organização? 17 Ameaças: Devem ser listados em tópicos os aspectos externos mais significativos para inseguranças quanto ao sucesso do seu produto, serviço ou unidade de negócios. São variáveis normalmente incontroláveis pela sua empresa e são fatores de elevada importância. É uma situação externa que coloca a organização diante de dificuldades para o alcance dos objetivos ou de perda de mercado e/ou redução de rentabilidade. Pode-se identificar por meio das perguntas: 1. Que ameaças (leis, regulamentos, aspectos sociais, econômicos e culturais) podem prejudicar a organização? 2. O que os concorrentes estão fazendo? Conhecendo a Matriz Swot é possível eliminar possíveis pontos fracos da organização em áreas nas quais você enfrenta riscos graves de seus concorrentes e/ou tendências desfavoráveis em um ambiente de negócios dinâmicos; Explorar as oportunidades descobertas onde sua empresa tem pontos fortes significativos; Melhorar ou Desenvolver possíveis pontos fracos em áreas que contêm oportunidades potenciais; Monitorar as áreas nas quais você identificou pontos fortes para não ser surpreendido no futuro. Além da Matriz Swot, uma outra ferramenta utilizada na viabilidade de abertura de um negócio é o plano de negócio. O mesmo, é objeto de estudos acadêmicos já publicados onde é possível identificar se as estratégias utilizadas são as mais viáveis. Para Dolabela ( 2002 ), Ele pode indicar várias direções. Inclusive a de que o negócio não é interessante, é pouco lucrativo, não é viável

18 18 financeiramente. Ou que talvez não seja um negócio para você, especificamente, mas para quem tenha muito capital para investir. Ou que, por outro motivo qualquer, não seja adequado às suas características pessoais. Com o estudo de viabilidade, você irá verificar se a sua idéia inicial é realmente um negócio, uma oportunidade para você. Abaixo um plano de negócio detalhado publicado na internet do autor Marcelo Marinho Aidar. 2.1 ESTRUTURA DE UM PLANO DE NEGÓCIO SUMÁRIO 1. Resumo Executivo 1.1 Projeto do Plano 1.2 Os Responsáveis e suas Competências 1.3 Os Produtos, Serviços e a Tecnologia 1.4 O Mercado Potencial 1.5 Competências Distintivas Elementos de Diferenciação 1.6 Previsão de Vendas 1.7 Rentabilidade e Projeções Financeiras 1.8 Necessidades de Financiamento 2. Descrição Geral da Empresa 2.1 A Missão da Empresa 2.2 Visão e Objetivos da Empresa

19 2.3 Estrutura Organizacional e Legal (Organograma) Parcerias 2.5 Projeção Financeira 3. O Plano de Produtos e Serviços 4. O Plano de Marketing 4.1 Análise do Mercado 4.2 Concorrência 4.3 Estratégias de Marketing 5. O Plano Gerencial 6. O Plano Operacional 7. O Plano Financeiro 7.1 Investimento Inicial 7.2 Projeção dos Resultados 7.3 Projeção do Balanço Patrimonial 7.4 Ponto de Equilíbrio 7.5 Análise de Investimentos 8. O Plano Jurídico

20 1. RESUMO EXECUTIVO 20 O resumo ou sumário executivo deve conter de uma a três páginas e traz uma visão geral do plano de negócios. Ele ilustra os diversos módulos do plano de negócios, possibilitando conduzir o seu entendimento, demonstrando seus principais tópicos e apresentando os cenários, a empresa e o negócio. Ele é fundamental para que se possa conseguir cinco minutos de atenção do leitor, pois permite que, nesses poucos minutos, se possa entender, avaliar e acompanhar os planos da empresa, os produtos e/ou serviços, o mercado e o planejamento financeiro. O Resumo Executivo deve ser feito após a elaboração de todos os demais itens do plano de negócios, pois é um resumo deles. Um bom resumo executivo responde às seguintes questões sobre o plano de negócios: 1.1 Projeto do Plano Definição, de forma sintética, do plano de negócios que se pretende desenvolver e implantar. Indica como a empresa será estruturada para iniciar suas atividades, os produtos e/ou serviços que serão oferecidos, as características do mercado almejado, bem como as estratégias a serem adotadas para o alcance dos objetivos. 1.2 Os Responsáveis e suas Competências Consiste na descrição sumária das funções que os executivos e gerentes exercem ou exercerão na empresa, enfatizando a formação, o conhecimento e a experiência de cada um. 1.3 Os Produtos, os Serviços e a Tecnologia Principais características dos produtos e/ou serviços oferecidos pela empresa, bem como a tecnologia empregada. A descrição sintética deve conduzir ao completo entendimento do produto, do processo e da tecnologia envolvida.

21 1.4 O Mercado Potencial 21 É o segmento da população que possui interesse, renda e acesso aos produtos e serviços oferecidos por determinada empresa. O estudo das características deste mercado é de extrema importância para que se possam conhecer as necessidades e os desejos dos consumidores e atendê-los de maneira mais eficiente. Pode-se também resumir aqui as necessidades dos principais segmentos de mercado que serão atendidos. 1.5 Competências Distintivas Elementos de Diferenciação Entende-se por elementos de diferenciação as características dos produtos e/ou serviços que os tornam únicos perante a concorrência, atraindo a preferência do consumidor. As vantagens competitivas e as estratégias de marketing são, na maioria dos casos, os fatores mais expressivos utilizados para diferenciar uma empresa de outra. As barreiras à entrada da concorrência devem também ser tratadas aqui. 1.6 Previsão de Vendas Projeção da demanda da empresa, tendo em vista o segmento de mercado pretendido, as tendências mercadológicas a curto, médio e longo prazos, a capacidade do público-alvo em aceitar e absorver o novo produto e/ou serviço disponibilizado, entre outros fatores. 1.7 Rentabilidade e Projeções Financeiras Representam a principal fonte de referência e controle da solvência do negócio, sendo utilizadas pelo empreendedor para conduzir suas atividades dentro dos parâmetros planejados, corrigir distorções e adaptar-se às novas variáveis decorrentes de mudanças na conjuntura. O estudo da rentabilidade do negócio e dos resultados financeiros de determinado período é extremamente importante

22 22 para que se possa avaliar o desempenho da empresa e seu grau de eficiência, tendo em vista a comparação entre os resultados esperados e os reais. 1.8 Necessidades de Financiamento Necessidades de recurso quando o empreendedor não possui recursos próprios suficientes para arcar com os gastos, havendo, assim, necessidade de financiamento. 2. DESCRIÇÃO GERAL DA EMPRESA Este tópico contém as informações básicas da empresa para a atual estrutura de negócios. Fazem parte deste capítulo: 2.1 A Missão da Empresa A missão da empresa diz respeito à razão da existência da organização, com ênfase nas necessidades de seus clientes que ela irá atender por meio de seus produtos e serviços. As questões a ser respondidas aqui são: Qual é a missão da empresa? Quem são e quem serão os consumidores? Quais são os principais produtos e serviços? Quem são os concorrentes diretos do negócio? Qual é a base tecnológica da empresa? Quais são as vantagens competitivas?

23 23 Qual a postura e a imagem que a empresa deve possuir na comunidade? Quais as atitudes da empresa com relação aos colaboradores? 2.2 Visão e Objetivos da Empresa Enquanto a missão diz respeito à situação da empresa no presente, a visão indica como se deseja que ela esteja no futuro. Para ser desafiadora para os colaboradores da empresa, a visão representa algo difícil, mas não impossível de se alcançar. Ela geralmente não menciona prazos e metas quantitativas, que são mais destacados no nível dos objetivos e planos. Qual é a visão da empresa? Como será a empresa daqui a 3, 5 e 10 anos? Haverá mudanças em relação ao seu início ou ao que ela é hoje? Qual é a imagem que se pretende que o consumidor tenha da empresa no futuro? A empresa pretende financiar seu crescimento com recursos próprios ou de terceiros? Como a empresa planeja contribuir para a comunidade na melhoria da qualidade de vida? 2.3 Estrutura Organizacional e Legal (Organograma) Destaca o tipo de empresa, seu funcionamento, a composição de suas áreas, diretorias e departamentos ressaltando: Qual é o regime jurídico escolhido pelos sócios para conduzir o negócio?

24 24 O tipo de negócio, serviço ou produto da empresa necessita de alguma licença especial, algum controle governamental ou ambiental? Existe alguma legislação específica voltada para o negócio da empresa? Quais são as Diretorias e o nome dos diretores? Como é organizada a divisão das responsabilidades, das especializações dentro da empresa? Qual é a formação e a especialização de cada dirigente da empresa? A empresa possui assessorias próprias ou terceirizadas? Como está organizado o processo decisório? As decisões são tomadas em grupo, equipes de projeto ou por área de ação? 2.4 Parcerias Breve explicação dos relacionamentos da empresa com outras que atuam como parceiros no fornecimento, vendas conjuntas ou distribuição. Destacar se: a empresa possui algum parceiro que agrega valor em seus serviços ou produtos; existe algum fornecedor, distribuidor, cliente ou parceiro de importância estratégica para o futuro do negócio. 2.5 Projeção Financeira Apresentação resumida das projeções financeiras para os próximos cinco anos, em relação a: vendas; margem bruta; renda líquida após o imposto;

25 renda líquida após impostos e vendas; 25 retorno sobre patrimônio; retorno sobre ativos. 3. O PLANO DE PRODUTOS E SERVIÇOS É interessante mostrar nesta seção um protótipo ou fotografia, no caso de comércio ou indústria, do produto a ser vendido ou produzido. Também devem ser apresentados resultados de testes que tenham sido realizados para demonstrar a funcionalidade do produto ou serviço. Destacar: o produto ou serviço que está sendo oferecido; qual é a aparência do produto; qual é o estágio de desenvolvimento do produto; quais as características únicas dos produtos ou serviços; quais são suas vantagens distintivas; quais são os produtos ou serviços adicionais previstos; registradas); que tipo de proteção legal se aplica (patentes, copyrights ou marcas que aprovação regulamentar governamental é necessária? quais os riscos de obsolescência dos produtos; quais os possíveis impactos ambientais e comunitários o produto ou serviço pode apresentar; como o produto pode ser testado, avaliado e certificado.

26 4. O PLANO DE MARKETING 26 Um produto pode ser bem elaborado, mas não ser de interesse dos clientes. O plano de marketing deve, portanto, identificar os benefícios dos produtos e serviços oferecidos percebidos pelos clientes. Esta seção apresenta os principais enfoques relacionados ao mercado pretendido pela empresa e às estratégias de marketing que devem ser adotadas no sentido de otimizar o desempenho organizacional. O plano de marketing possui os seguintes tópicos: 4.1 Análise do Mercado Quais são os fatores (culturais, sociais, pessoais e psicográficos) que influenciam o comportamento do consumidor? Quais são os critérios geográficos, demográficos, comportamentais, volume, tecnologia etc. que podem ser aplicados para segmentar o mercado? Quais são os grupos (segmentos) resultantes da segmentação? Quais são os segmentos mais atrativos para a empresa? Qual é o mercado-alvo selecionado? Descreva o perfil do cliente que compõe o(s) segmento(s) da sua empresa. Qual é o tamanho de seu mercado-alvo? Qual parcela de mercado você espera obter? Que benefícios podem ser agregados ao(s) seu(s) produto(s) e serviço(s) para atender seus clientes?

27 4.2 Concorrência 27 Quais são os concorrentes mais importantes deste mercado? mercado? Como pode ser avaliada a tendência de crescimento ou declínio neste Como seus negócios se comparam aos dos concorrentes? Qual é sua principal estratégia competitiva? 4.3 Estratégias de Marketing Quais estratégias serão utilizadas para atrair o cliente (comunicação, promoção, localização etc.)? De que forma você pode identificar/localizar seus clientes potenciais? Qual estratégia de distribuição será utilizada (venda direta, distribuição indireta por meio de atacadistas e varejistas, contratação de representantes)? Onde serão comercializados seus produtos e serviços (regiões e países)? Que procedimentos serão adotados e quais as habilidades especiais de vendas serão exigidas para tanto? Que tipo de promoção de vendas e de propaganda serão utilizadas? Qual política de preços e crédito será adotada? Como serão abordados os problemas de sazonalidade na venda de seus produtos?

28 5. O PLANO GERENCIAL 28 O empreendedor precisa encontrar as pessoas mais adequadas para ajudálo a tocar seus negócios. Também precisa tomar decisões a respeito da seleção de uma nova localização e dos arranjos de mobiliário e equipamentos necessários. O plano gerencial deve refletir, assim, a estrutura organizacional que aponte os principais membros da equipe gerencial e suas inter-relações. As principais atividades também devem estar descritas neste plano. As principais questões a serem levantadas nesta seção são: Como a propriedade entre os sócios será distribuída? Quem são os membros da equipe gerencial? Quais as habilidades, educação formal e experiência de cada um? Que outros investidores ou diretores estarão envolvidos e quais as suas qualificações? Que cargos existem e quais os planos para preenchê-los? Que consultores serão procurados e quais as suas qualificações? Como os funcionários serão selecionados e remunerados? Como será o processo decisório na empresa (níveis de autonomia e responsabilidade)? Qual sistema de trabalho será adotado para estimular a criatividade, inovação e compromisso dos funcionários? Quais os programas de treinamento, desenvolvimento e integração de novos funcionários para garantir seu alinhamento com as estratégias do negócio?

29 6. O PLANO OPERACIONAL 29 O plano operacional mostra como serão produzidos os produtos e/ou prestados os serviços. Ele deve explicar a abordagem adotada para assegurar a qualidade da produção, o controle do estoque e o uso de terceirização. As questões relativas às matérias-primas críticas também devem ser abordadas aqui. As principais questões relativas ao plano operacional são: Como serão produzidos os produtos ou serviços (indicar os principais processos de produção)? Quais os principais processos de apoio? Que processos serão terceirizados? Quais instalações ou unidades de operação serão usadas? Qual a capacidade dessas instalações? Qual o método de produção e leiaute utilizados? Quais os procedimentos de controle da produção? Como será controlada a qualidade do produto e serviço? Como serão controlados os estoques? Qual o impacto ambiental resultante da produção ou da utilização dos produtos/serviços? Quais as vantagens e desvantagens da localização escolhida? Quais os principais custos de produção? Quais os materiais ou componentes críticos para a produção?

30 Quais as fontes de fornecimento existentes? 30 Quem são os principais fornecedores, suas qualificações, certificações e sua localização? Que tipos de contratos de fornecimentos serão firmados? Como será definida a logística de fornecimento? 7. O PLANO FINANCEIRO O plano financeiro representa a principal fonte de referência e controle da saúde financeira do negócio, sendo utilizada pelo empreendedor para projetar e conduzir suas atividades dentro dos parâmetros planejados, corrigir distorções, adaptar-se a novas variáveis decorrentes de mudanças na conjuntura. Ele é também utilizado como documento para divulgar a empresa, prospectar parceiros, investidores e captar capital de risco. É, também, uma boa ferramenta para análise de crédito por parte de fornecedores e instituições bancárias. O plano financeiro contempla os tópicos referentes às necessidades de capital para os investimentos iniciais de mobilização da empresa, projeta os resultados, considera as receitas, os custos previstos e apresenta as análises componentes da parte financeira do negócio, tais como o fluxo de caixa, o balanço patrimonial, e finaliza com a análise do investimento projetado, utilizando-se de técnicas mais exigidas no mercado atualmente. As questões mais relevantes a ser feitas são: Quais as suposições usadas para as projeções financeiras? Que nível de receita é projetado pelos meses e anos? Que despesas são projetadas pelos meses e anos?

31 Que lucros são projetados pelos meses e anos? 31 Que posições financeiras existem agora, e o que é antecipado em vários pontos durante os próximos cinco anos? Quando os negócios atingirão o ponto de equilíbrio? Quais os recursos financeiros exigidos agora? Quais os fundos adicionais exigidos? Como esses fundos serão usados? Quanto foi investido e emprestado pelos responsáveis? Quais fontes potenciais adicionais serão exploradas? Quais as proporções de fundos que serão débito e patrimônio? Que tipo de participação financeira está sendo oferecido? Em linhas gerais, a parte financeira do plano de negócio pode subdividir-se nos seguintes tópicos: 7.1 Investimento Inicial Investimento inicial é tudo aquilo que o empreendedor deverá gastar para iniciar suas atividades. Estes gastos incluem: registros e licenças do governo, máquinas, móveis, equipamentos, pesquisas de mercado etc. Além disso, contempla, também, os recursos financeiros que a empresa deverá ter para cumprir com seus compromissos. Será adquirido algum imóvel (sala, andar, prédio, galpão) para o funcionamento da empresa? Quanto será gasto?

32 32 Que equipamentos a empresa deverá possuir? Microcomputadores, impressoras, aparelhos de fax, secretária eletrônica etc.? Quanto será gasto para adquiri-los? A atividade da empresa exige algum tipo de maquinário? Tratores, prensas, alto fornos etc.? Qual o valor a ser gasto na compra destes? Quais os gastos com móveis e utensílios? Serão adquiridos armários, arquivos, mesas, cadeiras, filtro de água, cadeados, freezer etc.? A empresa comprará algum veículo para uso exclusivo? Qual o valor a ser pago por ele? Quais serão os gastos com registros de marcas e patentes? E com licenças e alvará de funcionamento? Quanto a empresa deverá ter em caixa (dinheiro, bancos) para saldar seus compromissos, até que se obtenha receita suficiente para isso? A empresa terá gastos com pesquisas de mercado para avaliar o nível de aceitação do produto/serviço oferecido? atividades? Haverá gastos com treinamento de pessoal antes do início das A empresa terá gastos com especialistas para desenvolvimento de marca, marketing e embalagens? 7.2 Projeção dos Resultados Esta planilha faz uma projeção das entradas e saídas de recursos financeiros da empresa, de acordo com os dados lançados nas planilhas de receitas, custos fixos, custos variáveis (em cada produto), impostos e despesas.

33 33 No plano de marketing foram definidos prazos oferecidos aos clientes (30 ou 60 dias) para pagamentos durante o primeiro ano. Calcule o percentual que cada venda a prazo representará em relação ao total. Verifique o saldo de caixa apurado e veja se os prazos para pagamentos influenciam este saldo. Procure estabelecer a melhor política de vendas, levando em consideração as necessidades do seu público e as possibilidades da empresa em oferecer tais prazos. 7.3 Projeção do Balanço Patrimonial O Balanço Patrimonial é um demonstrativo dos direitos e obrigações acumulados pela empresa durante certo intervalo de tempo (usualmente, um ano). Com relação aos direitos (ATIVO), contempla os valores disponíveis (caixa, bancos), valores a receber (duplicatas a receber de clientes vendas a prazo), valores imobilizados (móveis, equipamentos, prédios), ou investimentos (ações de outras empresas). Em contrapartida, demonstra as obrigações (PASSIVO) para com terceiros, tais como: salários a pagar, impostos a recolher, financiamentos, contas a pagar, além das obrigações para com os sócios referentes ao capital social, lucros ou prejuízos acumulados ou reservas de lucros (estas obrigações compõem o Patrimônio Líquido, e não são exigíveis, apesar de estarem no Passivo). 7.4 Ponto de Equilíbrio É a relação que se estabelece quando as receitas obtidas igualam-se às despesas geradas (custos fixos + custos variáveis). Dizemos que quando é atingido o ponto de equilíbrio contábil, a empresa não apresentará lucro ou prejuízo. Neste quadro é demonstrado quanto a empresa deverá vender de cada produto/serviço para cobrir seus custos, cálculo do ponto de equilíbrio contábil é bastante simples: divide-se o valor dos custos fixos pela margem de contribuição unitária do produto. O resultado expressa a quantidade a ser vendida daquele produto para a cobertura dos custos totais.

34 7.5 Análise de Investimentos 34 Esta planilha contempla os métodos mais comuns utilizados pelas empresas e exigidos pelas instituições financeiras para se avaliar a viabilidade de um empreendimento. Estes métodos são: Pay Back (tempo de retorno), TIR (Taxa Interna de Retorno) e o VPL (Valor Presente Líquido), descritos abaixo: O Pay Back é o período de tempo necessário para a empresa recuperar os gastos referentes ao investimento inicial do negócio. É calculado com base no saldo acumulado do fluxo de caixa projetado pela empresa. O ponto em que este saldo é zerado, ou passa de negativo para positivo, é o ponto exato em que todos os gastos com o investimento inicial do negócio retornam para a empresa. A TIR é uma taxa calculada com base no fluxo de caixa líquido projetado, comparativamente com o investimento inicial apresentado. Informa quanto o rendimento irá render em cada período (se o fluxo de caixa for mensal, o rendimento será mensal, se o fluxo de caixa for anual, o rendimento também será anual), podendo, assim, ser comparada com as taxas oferecidas no mercado financeiro. 8. O PLANO JURÍDICO Em alguns casos, o plano jurídico é apresentado na descrição geral da empresa. Na realidade, ele nada mais é do que uma descrição da forma jurídica de constituição da empresa e questões legais relacionadas. As três principais alternativas são a empresa limitada, a sociedade por cotas e a sociedade anônima, embora haja muitas variações que mereçam destaque dentro destes tipos de constituição da empresa. As questões mais importantes no âmbito do plano jurídico são:

35 35 Como a empresa será juridicamente constituída (empresa individual, sociedade por quotas de responsabilidade limitada, sociedade anônima comum ou unidade de negócios de uma corporação)? escolhida? constituição? Quais as implicações jurídicas dos débitos da forma de constituição Quais as vantagens e desvantagens tributárias dessa forma de Qual é a data da incorporação? Que advogado ou escritório jurídico foi selecionado para representar a empresa? Que tipo de relacionamento existe com esse advogado ou escritório jurídico? Que questões legais são significativas atuais ou potencialmente? Que licenças/permissões podem ser exigidas? As informações do Plano de Negócio são analisadas para uma futura linha de crédito / financiamento para implementação do empreendimento.

36 CAPÍTULO III 36 QUESTÕES LEGAIS DE CONSTITUIÇÃO DA EMPRESA A escolha da forma jurídica da empresa vai determinar o modelo de funcionamento, faz-se, necessário o conhecimento do determinado estatuto jurídico a ser tomada de modo a valorizar os pontos fortes da futura empresa tendo em atenção às características que melhor se adaptem às expectativas de desenvolvimento. Com base nas consultas realizadas na Internet e o livro do professor Flávio de Almeida (2001), há um um passo-a passo para ser seguido na questão jurídica da empresa 3.0 FORMAS JURÍDICAS DA EMPRESA A legislação comercial, atualmente em vigor, consagra as seguintes e principais formas jurídicas da empresa: Sociedade Anônima Normalmente abreviado por (S.A., SA ou S/A) é uma forma de constituição de empreendimentos a qual o investimento inicial (capital social) não se encontra atribuído a um nome em específico, mas está dividido em ações. A Sociedade Anônima é atualmente regida pela Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei das SA). As S/A são fiscalizadas no Brasil pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) Principais características: Capital social representado por ações, no início das atividades não há o investimento em moeda corrente e sim em ações adquiridas no mercado.

37 37 Responsabilidade do acionista limitada apenas ao preço das ações subscritas ou adquiridas. Isso significa dizer que uma vez integralizada a ação o acionista não terá mais nenhuma responsabilidade adicional, nem mesmo em caso de falência, quando somente será atingido o patrimônio da companhia. Há um número mínimo de acionistas para abertura de uma S/A, ou seja, a empresa não poderá ser constituída por uma única pessoa; Todas as ações têm o mesmo valor nominal, que são fixados na fundação da S/A pelos seus fundadores. Caberá qualquer alteração ser revisada e alterada em assembléia geral ou ao conselho de administração quando se tratar de emissão de novas ações; Não são permitidas contribuições em espécie como forma de realizar o capital tudo deverá ser feito através da obtenção das ações. Podem ser constituídas recorrendo à subscrição pública; A administração e fiscalização da sociedade estão cometidas a um Conselho de Administração e a um Conselho Fiscal do qual fará sempre parte um Revisor Oficial de Contas (ROC); O contrato de sociedade deve indicar: o número de ações emitidas, o seu valor nominal, as condições particulares (se existirem), a que ficará sujeita a transmissão das ações, o montante de capital realizado (se não houver sido na sua totalidade) e o prazo de realização do capital subscrito e não realizado bem como a composição da Assembléia Geral e a estrutura do conselho de Administração e do Conselho Fiscal da Sociedade. As S/A são organizações de grandes valores no mercado, uma vez que as mesmas movimentam a nossa economia através das Bolsas de Valores.

38 Sociedade por Quotas; 38 A sociedade por quotas, de responsabilidade limitada, é aquela que é formada por duas ou mais pessoas, as responsabilidades são assumidas de acordo com o investimento inicial. Podem ser constituídas por documento público ou particular. Poderá essas sociedades usar de uma firma social, trazendo, nesse caso, pelo menos o nome de um dos sócios, ou uma denominação particular ao nome social deve ser acrescida a palavra limitada ou a frase sociedade de responsabilidade limitada. Principais características: Capital social representado por quotas, ou seja, cada valor investido pelos sócios é integralizado em quotas; Responsabilidade solidária dos sócios, nas sociedades por quotas a responsabilidade dos sócios é pelo total do capital social. O patrimônio social responde para com os credores pelas dívidas da sociedade, é o valor que a empresa tem em bens, caixa, material para honrar os compromissos; Na elaboração do contrato social é necessário apresentar um valor para compor o capital social; O patrimônio social responde pelas dívidas da sociedade e não dos sócios; A empresa não poderá ser constituída por uma única pessoa; A firma deve ser formada pelo nome ou firma de todos ou alguns dos sócios, por denominação particular ou por ambos, acrescida sempre da expressão Limitada ou da abreviatura "Ltda.";

39 39 As entradas para o capital social podem ser feitas em dinheiro ou em bens diferentes; dinheiro; A realização do capital pode ser diferida até 50% do valor subscrito, em O contrato de sociedade deve indicar o montante de cada quota e respectivo titular, bem como o montante de entradas diferidas (se as houver). As empresas de sociedade limitadas são utilizadas por famílias, grupos de profissionais de uma mesma formação e por pessoas que desejam seu próprio negócio com idéias diversas, ou seja, sócios Sociedade em Nome Colectivo Nestas sociedades os sócios além de responderem individualmente pela sua entrada, respondem pelas obrigações sociais em relação à sociedade. Principais características: Não existe montante mínimo estipulado por lei para o capital social, ou seja, o valor de investimento inicial; Responsabilidade solidária, subsidiária e ilimitada dos sócios; O número de sócios não poderá ser inferior a 2 pessoas; São admitidas contribuições de indústria, contudo, o seu valor não é computado no capital social; A firma, quando não individualiza todos os sócios, deve conter o nome ou firma de um deles, com o aditamento, abreviado ou por extenso " E Companhia" ou por qualquer outro que indique a existência de outros sócios;

40 40 O contrato social de sociedade deve indicar a caracterização da entrada de cada sócio. É uma sociedade onde cada sócio é responsável pelos seus atos dentro da empresa isoladamente, o mesmo poderá ser acionado individualmente sem o comprometimento dos demais sócios Sociedade em Comandita Na sociedade em comandita há dois tipos de sócios: os sócios os comanditados, e comanditários. Os primeiros são, necessariamente, pessoas físicas que respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, colaborando com capital; já os segundos, são obrigados apenas pelo valor de suas quotas Principais características: Os sócios possuem diferentes níveis de responsabilidade: sócios com responsabilidade limitada (comanditários, contribuem com o capital) e sócia com responsabilidade ilimitada (comanditados, contribuem com bens e serviços); Cada um dos sócios comanditários responde apenas pela sua entrada. Os sócios comanditados respondem pelas dívidas da sociedade nos mesmos termos da sociedade em nome coletivo; A entrada do sócio comanditário não pode consistir em indústria; Existem duas modalidades de Sociedade em Comandita: Comandita por ações (nas quais o capital está representado por ações) e Comandita Simples, que seguem as disposições legais das sociedades em nome coletivo;

41 41 Contrato de sociedade deve indicar os sócios comanditados e os comanditários bem como a indicação de que se trata de uma sociedade em comandita por ações ou comandita simples; A firma é formada pelo nome ou firma de um, pelo menos, dos sócios comanditados e o aditamento "Em Comandita" ou "& Comandita por Ações"; O nome dos sócios comanditários não pode figurar na firma da sociedade, salvo se o consentirem expressamente. As Comanditas apresentam uma flexibilidade para inicialização do capital social, o empreendedor poderá está iniciando seu valor como bens e serviços Empresário em Nome Individual É a abertura de uma empresa no nome da pessoa, ou seja, a empresa tem o nome do empreendedor. Principais características: Pessoa singular equiparada a pessoa coletiva (empresa); Responsabilidade ilimitada por dívidas contraídas; Obrigatória a inscrição na Segurança Social. Responsabilidade individual, capital inicial registrado em um único nome, as divida da empresa é do empreendedor. Com base nas formas jurídicas descritas é possível extrair que há uma legislação em vigor para qualquer tipo de empreendimento, há isenções de impostos, impostos exorbitantes, local correto para inicialização das atividades, outros poderão funcionar em qualquer local, empresas com formação de diversos sócios com responsabilidades igualitárias ou responsabilidades diferenciadas.

42 42 Para todos os empreendimentos legalizados há uma legislação e órgão competentes para apoio. 3.2 ASPECTOS JURÍDICOS IMPORTANTES Consulta do Nome da Empresa (HOMONÍMIA) Todo nome, razão ou denominação social têm de ser inéditos. As juntas comerciais ou os cartórios civis das pessoas jurídicas precisam ser consultados previamente, para se saber da existência de nome igual ou similar Consulta dos Sócios na Receita Federal e Estadual Para registrar a empresa será necessário certidão de nada consta CDN na Receita Federal e Estadual. Se houver alguma pendência quanto à declaração de imposto de renda ou alguma restrição por débito anterior, deverá ser providenciada a devida regularização Consulta Da Marca Toda empresa deve ter um nome de fantasia. Isso evita deixar os ovos no mesmo cesto. Se houver algum fracasso e comprometer a razão social do empreendimento, o nome ou marca poderá ser resguardado. O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) é o órgão responsável pelo registro das marcas e patentes brasileiras. A consulta é parecida com a que é feita para checar a razão social. A marca pode, com os anos, vir a ter um grande valor, principalmente pelo avanço do sistema de franquia Contrato Social É a certidão de nascimento da nova empresa. É importante que estejam previstos e apostos vários dados e exigências legais, tais como: qualificação dos sócios;

43 denominação ou razão social; 43 endereço da sede da empresa; objetivo social; capital social; administração a cargo de quem e de que forma; retirada pró-labore; data de início das atividades; transferências das cotas; balanço patrimonial; ausência de algum sócio; proibições; foro competente; procuradores; impedimentos; outros a cargo dos sócios e/ou do contador. A natureza jurídica da empresa e o plano de negócio são elementos primordiais na busca de parceiros para investimentos juntos os empreendimentos, contudo, a carga tributária incidente no mesmo, amplia o conhecimento para o real gasto na abertura da empresa.

44 CAPÍTULO IV 44 FINANCIAMENTO E ASSESSORIA PARA O EMPREENDIMENTO É chegada a hora de colocar em prática tudo que já foi analisado para abertura do próprio negócio, a idéia está saindo do papel e sendo colocada em prática, realização, satisfação e decisão tomada. Na falta de capital para o mesmo, faz-se, necessário saber as possíveis fontes de recursos para solução desse problema inevitável. Para os atores (Pavani, Cláudia, José Arnaldo Deutsaher, Santiago Maya Lópes, 1999), há um cheque list para o financiamento, o qual já foi preenchido no plano de negócio ou listado pelo o empreendedor: Como a empresa recuperará o investimento que ela está realizando? O empreendedor deverá saber de que forma o seu investimento será pago, ou seja, o prazo máximo para começar obtenção de lucros diminuindo as despesas. Ela licenciará a tecnologia, produzirá e venderá os produtos, serviços, distribuirá no mercado? O empreendedor apresentará a definição do mercado que atuará e como atuará. Quão rentável o negócio da empresa espera ser? A margem de lucro esperada da empresa, ou seja, após todos os pagamentos, retirados de sócios, quanto ainda sobrará. Que montante de capital a empresa espera levantar agora? Quanto

45 mais adiante? 45 Qual o valor do capital inicial para abertura do negócio, deve levar em consideração uma sobra de caixa para as atividades iniciais. Quando a empresa espera tornar-se rentável? Qual será paybak da empresa, em quantos anos ela espera está sendo uma empresa líquida, ou seja, com sobra de caixa. Qual a atual estrutura de controle acionário? Forma jurídica que a empresa irá se enquadra, é através da mesma que a definição do controle acionário. Os investidores atuais farão novos aportes? Sabendo do total necessário para iniciar as atividades, expectativas futuras, saberá se os investidores farão novos investimentos, e em qual o tempo, O cheque list sugerido pelo ator, já foi incluso no decorrer da abertura do empreendimento, uma vez que o empreendedor já montou o seu plano financeiro junto com o plano de negócio, o resumo do mesmo, faz-se, necessário como um folder para conseguir o investimento. Para os mesmos, com o plano de negócio algumas fontes serão de grande ajuda nessa reta final. Sócios potenciais: para estabelecer acordos e direção. Parceiros: para estabelecer estratégias conjuntas. Bancos: para conseguir financiamentos. Intermediários: pessoas que ajudam a vender o seu negócio.