ESTRATÉGIAS O PRIMADO DA POLÍTICA
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- Benedicto Victor de Andrade Santos
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1 E X C L U S I V A M E N T E PA R A U S O I N S T I T U C I O N A L ESTRATÉGIAS O PRIMADO DA POLÍTICA O U T U B R O O mês de outubro foi dominado pelo noticiário político associado ao desenrolar da crise na Europa, cujo tom foi predominantemente positivo, a julgar pelo bom desempenho da Bovespa (+11,5%) e do real (+8,7%). As lideranças europeias exibiram um desembaraço incomum para encaminhar processos decisórios supranacionais, coordenados coletivamente, e mobilizar recursos financeiros em volumes sem precedentes para resolver as urgências, sobretudo da Grécia, mas crescentemente da Itália, a bola da vez, outrora o mais sólido dos PIIGS, agora o que mais preocupa. 4
2 O P R I M A D O D A P O L Í T I C A Esta hiperatividade política não deve, todavia, iludir: são os mesmos líderes que durante longos anos ignoraram o que se passava na Grécia, como se isso não lhes dissesse respeito. É difícil dizer se esta inação é mais séria que a dos reguladores bancários, tanto nos EUA quanto na Europa, que não perceberam os detalhes mais sórdidos de produtos estruturados e outras inovações financeiras desastradas dos últimos anos. A origem dos problemas europeus é muito mais política do que a dos problemas que ocorreram nos EUA, e a solução para o problema é muito mais politizada e demorada quando comparada à ação das autoridades americanas. Na verdade, nos cinemas europeus já é possível assistir as reconstituições dos eventos americanos no cinema, em Too big to fail e Inside job, enquanto as consequências de tudo aquilo para a Europa ainda permanecem em aberto quatro anos depois: ao final de 2011, as repercussões da crise de 2008 na Europa parecem ainda longe de qualquer solução. A crise de 2008 já está nos cinemas, mas continua sem solução O aspecto mais incômodo e mais proverbial da crise europeia tem sido justamente o seu trânsito pela burocracia política. Como se não bastasse a exasperante lentidão de todo o processo, em absoluta dissintonia com o ritmo dos acontecimentos na esfera financeira, há amplo espaço para o pitoresco, como o ocorrido no parlamento da diminuta Eslováquia, onde a primeira-ministra, prestes a cair, encaixou um voto de confiança à sua administração na mesma mensagem em que se encaminhava a aprovação de mais fundos para o mecanismo europeu de refinanciamento a ser utilizado para os países em dificuldades. A mensagem foi recusada, assim colocando em risco o gigantesco empreendimento pan-europeu, que precisava da aprovação unânime de todos os parlamentos dos membros da União Europeia. Foi interessante ver como a pressão dos outros países rapidamente conseguiu reverter o ocorrido, mas não sem antes evidenciar que miudezas políticas se fariam presentes em várias etapas do problema, podendo ter consequências mais sérias que as do incidente eslovaco. A presidência francesa no G-20, a se encerrar na reunião em Cannes ao final do mês, parecia caminhar para um final triunfal, o qual, todavia, no último dia do mês de outubro esbarra em outra miudeza, bem mais séria. Movido pelos ritos e correspondências da política local, o primeiro ESTRATÉGIAS OUT / 11 2
3 O P R I M A D O D A P O L Í T I C A ministro grego, em seguida à conclusão da costura para o pacote de ajuda da União Europeia, incluídos os devidos apoios da comunidade internacional e os aplausos dos mercados, surpreende a todos com o anúncio de que submeteria o assunto a um referendo popular em seu país. Desta vez, contudo, o episódio não foi sem consequências: o impensável passou à categoria do factível, pois se o referendo efetivamente tiver lugar, uma pergunta básica teria que ser feita, antes mesmo daquela sobre o pacote de ajuda: a Grécia quer permanecer na União Europeia? Motivações políticas interferem no desfecho europeu Observadores mais ligados à política grega assinalaram que talvez esta fosse esta a única pergunta a ser feita, pois as pesquisas de opinião de agora identificam um apoio majoritário à ideia da Grécia permanecer no Euro, apesar da visão naturalmente negativa sobre o pacote. Porém, a própria iniciativa do plebiscito representa o reconhecimento da possibilidade de a Grécia deixar o Euro, pois se um governo chama uma consulta como esta, certamente deve estar disposto a aceitar seus resultados, quaisquer que sejam. Não se trata apenas de correr um risco calculado, mas de cogitar o que era impensável. As lideranças europeias sempre tiveram dificuldades com o conceito de expulsar a Grécia da União Europeia diante de seu mais que evidente e contundente mau comportamento fiscal, especialmente face à indiferença das outras nações aos descuidos fiscais gregos. Mas se a saída da Grécia da União Europeia se define de forma voluntária, o assunto é completamente diferente. A porta de saída se torna uma serventia da casa mesmo antes de o resultado ser conhecido. O fato é que qualquer que tenha sido a lógica da ideia à luz da política grega, o jogo era mais complexo e o blefe foi rapidamente desafiado pelas lideranças europeias. O primeiro-ministro grego rapidamente retrocedeu, foi beneficiado por um voto de confiança em seu parlamento, mas tanto o seu futuro político quanto o de seu país tornaramse nebulosos. Na verdade, ao ameaçar pular do penhasco, a Grécia fez ver à Europa que, nessa eventualidade, economizaria seus recursos para os que nela desejam permanecer. Enquanto isso, o G-20 fracassou em obter dos ESTRATÉGIAS OUT / 11 3
4 O P R I M A D O D A P O L Í T I C A países emergentes um compromisso concreto de ajuda financeira ao esforço europeu, seja pela incerteza quanto ao destino da Grécia, seja por conta do pleito de alguns desses países, entre os quais o Brasil, de obter maior poder de voto no FMI. Novamente a motivação política interfere no desfecho ideal da situação, retardando a solução. O FMI oferece aos italianos o acesso à linha preventiva, mas Silvio Berlusconi a rejeita, a despeito de aceitar que o Fundo monitore o desenrolar de suas medidas fiscais. Será difícil que decisões políticas exóticas deixem de atrapalhar a solução definitiva para os problemas europeus, especialmente agora que chegamos à Itália. Enquanto isso, no Brasil, os sinais de desaceleração da atividade começam a aparecer de forma mais clara, inclusive ocasionando revisões nas expectativas de crescimento. A decisão do Banco Central do Brasil de iniciar os cortes de juros já não parece tão extravagante quanto se afirmou no momento em que foi tomada. Novos cortes são esperados, e este parece o momento em que, por razões sazonais, a inflação acumulada de 12 meses começaria a ceder. Não é claro que a inflação irá convergir para a meta em 2012; as expectativas quanto a isso se deterioraram nas últimas semanas. As perspectivas para medidas fiscais de maior profundidade, que poderiam mudar os termos de troca entre inflação e emprego pela via da política monetária, ou a chamada Regra de Taylor, em nada se modificaram. As dificuldades que o governo enfrenta em renovar a DRU não sinalizam nenhuma mudança para melhor no panorama fiscal. A política parece ter orientado a decisão do BC, e parece também estabelecer os limites para a melhoria na situação fiscal. Não apenas no Brasil, mas no mundo inteiro, o poder dos bancos centrais chegou a um apogeu nos anos anteriores à crise de 2008, após a qual declinou de forma dramática. Um primado da política parece se estabelecer, ao menos temporariamente, parecendo difícil imaginar que esta mudança possa ocorrer, especialmente na América Latina, sem consequências significativas no tocante à inflação. Se a Grécia hesita, a priori, a porta de saída é a serventia da casa ESTRATÉGIAS OUT / 11 4
5 RENDA FIXA EM OUTUBRO O COPOM DECIDIU PELA REDUÇÃO da taxa básica de juros em mais 50 bps, dando continuidade ao movimento iniciado no mês anterior, com o BC sustentando sua tese de desaceleração econômica doméstica por conta do acirramento da crise global. Os contratos de juros futuros fecharam o mês sinalizando expectativa de queda de 75 bps adicionais na taxa básica ainda este ano. O IGP-M de outubro (0,53%) ficou próximo das expectativa do mercado, registrando desaceleração em relação ao mês anterior (0,65%). Já o IPCA projetado para outubro é de 0,44%, também em queda em relação ao mês anterior (0,53%). A despeito da desaceleração da inflação, é praticamente certo o rompimento do teto da banda em No mercado internacional de crédito corporativo no qual a aversão a risco mostrou-se mais marcante outubro foi um mês de recuperação. Desde o agravamento da crise internacional em agosto, o EMBI Brazil (índice composto por bonds corporativos brasileiros) acumula queda de 2%. No foro doméstico, a seletividade continua a ser o nome do jogo, com emissores de melhor qualidade sofrendo pouco em seus spreads de crédito. Note-se, por exemplo, a emissão de R$ 400 milhões em debêntures da Coelce (rating S&P braaa), que teve demanda de 2,5x a oferta e taxa de CDI + 0,97% a.a., com compressão de 18 bps em relação à taxa original do bookbuilding (na série indexada ao CDI). Emissores com perfil de maior risco tiveram maior dificuldade de captar. Unidas (Fitch A-(bra)), por exemplo, conseguiu colocar R$ 500 milhões em debêntures de cinco anos, mas teve que acionar a garantia firme de colocação dos bancos coordenadores. A emissão saiu na taxa teto do bookbuilding (CDI + 2,90%). Verificamos também ligeira elevação dos spreads de crédito para emissões locais de títulos de alguns bancos de médio porte. O desempenho do Rio Bravo Crédito Privado continuou consistente ao longo de outubro, atingindo 106,1% do CDI no mês. O desempenho acima do CDI continuou derivado essencialmente da carteira pré-fixada de financiamentos de operações de termo. O Rio Bravo Crédito Privado fechou outubro com uma posição de 40,6% de sua carteira em liquidez (títulos públicos e aplicações over) ante 38,5% no mês anterior. A gestão continua recompondo a exposição do fundo a crédito privado, procurando exposições mais longas em crédito corporativo. Na ESTRATÉGIAS OUT / 11 5
6 R E N D A F I X A seleção de ativos, a equipe de gestão tem priorizado aqueles indexados ao CDI + spread, que devem beneficiar o fundo diante do cenário de taxa de juros declinantes nos próximos meses. No fundo de crédito estruturado Rio Bravo Cibrasec FII, fechamos outubro com a primeira operação de investimento em CRI realizada, representando 31% do patrimônio do fundo. Tal operação foi liquidada no último dia do mês, de forma que seu reflexo no desempenho do fundo ainda não se verifica em outubro. O restante do patrimônio do fundo encontra-se essencialmente alocado em Letras de Crédito emitidas pelo BNB, ativo que mantém a isenção fiscal sobre os rendimentos distribuídos para os quotistas do fundo e que representa risco de crédito quase soberano. No mês de outubro, o fundo rendeu líquido 83,3% do CDI (para efeito de comparação com fundos tributados, o rendimento equivaleria a 98% do CDI antes do IR, considerando o gross-up do IR à alíquota de 15%). ESTRATÉGIAS OUT / 11 6
7 RENDA VARIÁVEL EM OUTUBRO, o Rio Bravo Fundamental FIA teve uma performance de 7,6%. Desde seu início, em setembro de 2004, o fundo acumula uma rentabilidade de 353,5%, ou 290,7% do benchmark, IGP-M+ 6%. O Rio Bravo Fundamental Institucional FIA teve uma performance de 10,2%. Desde seu início, em abril de 2010, o fundo acumula uma rentabilidade de -5,5%, contra -17,9% do benchmark, Ibovespa. M.Dias Branco Em outubro, as ações da M.Dias Branco subiram 17,8%, ou cerca de 1,5x a variação do Ibovespa no período. Contribuíram para este movimento a queda do trigo no mercado internacional (cerca de 20% desde agosto) e expectativas positivas quanto aos resultados do 3º trimestre que, de fato, se confirmaram. Os volumes de massas e biscoitos vendidos apresentaram crescimento anual expressivo superiores a 10% não sofrendo abalos nem do atual processo de desaquecimento econômico nem dos reajustes de preços implementados pela companhia, que permitiram expansão de receitas no elevado patamar de 20% anualizados. A dinâmica descrita acima, somada a um contínuo processo de melhorias operacionais e de utilização de capacidade produtiva, também trouxe uma rápida melhora de rentabilidade. A margem EBITDA de 16,8% já foi 1,7pp superior ao do trimestre anterior e se reaproxima do patamar ótimo de 18%, que acreditamos será atingido nos próximos trimestres. Isto apesar de os números da Pilar (empresa adquirida em abril deste ano) ainda pressionarem a margem consolidada para baixo devido a um mix de produtos inferior e o processo de integração ainda em estágio inicial. Acreditamos que estes fatos são evidências de algumas das vantagens competitivas desta empresa, tais como sua liderança e competências de gestão e distribuição. A resiliência de seus resultados também é um atributo que valorizamos muito neste momento de volatilidade elevada. Assim, acreditamos que a M.Dias Branco seguirá conduzindo seus negócios da forma como sempre fez: fazendo sua lição de casa com esmero, sem grandes surpresas ou ousadias, e assim propiciando uma sólida remuneração ao acionista. ESTRATÉGIAS OUT / 11 7
8 R E N D A VA R I Á V E L Grupo Pão de Açúcar Este mês as ações do Pão de Açúcar foram um dos destaques positivos de nossa carteira, subindo 15,3%, enquanto o Ibovespa subiu 11,5%. Enxergamos três motivos principais que explicam este bom desempenho: aumento da participação do Casino no capital da empresa, anúncio do primeiro lançamento do GPA Malls & Properties e apresentação dos números de vendas do terceiro trimestre. Em duas ocasiões nos meses de setembro e outubro, o Grupo Casino, que divide o controle do Pão de Açúcar com Abílio Diniz, enviou comunicado ao mercado informando que comprara ações da varejista. No total adquiriram 3,9 milhões de ações preferenciais/adrs e 9 milhões de opções de compra de ADRs, passando de uma participação no grupo de 43,1% em junho para 48,1% outubro. O Grupo Casino vem comprando ações do Pão de Açúcar de forma recorrente, o que é um bom sinal do ânimo dos controladores em relação às perspectivas da empresa. Em especial num período de desavenças com seu sócio, é importante que mostrem esta disposição, inspirando confiança no mercado e oferecendo sustentação para o preço da ação. No mês de outubro também foi anunciado o primeiro lançamento do GPA Malls & Properties, uma área que busca criar parcerias com empresas do setor imobiliário para otimizar a utilização dos terrenos do grupo. A proposta é que o Pão de Açúcar não tenha que investir recursos nestes empreendimentos: aportando apenas o terreno ele teria direito a uma parcela do valor de vendas e a construir uma loja nestes locais. Com esta estratégia conseguem retorno em seu ativo imobilizado e geram fluxo para a loja a ser construída no local. O primeiro lançamento foi realizado em parceria com a Cyrela, chama-se Thera Faria Lima Pinheiros e será construído na Zona Oeste de São Paulo. Em troca de um terreno de 13 mil m² o Pão de Açúcar terá direito a R$ 100 milhões do VGV (Valor Geral de Venda) do empreendimento, de um VGV total de R$ 550 milhões, além da possibilidade de construir uma loja no local. O empreendimento consiste em duas torres de alto padrão, uma residencial com 400 unidades e uma de escritórios comerciais com 600 unidades, com expectativa de construção em quatro anos. No final do segundo trimestre o Grupo Pão de Açúcar possuía R$ 946 milhões em terrenos em seu balanço. Não é possível dizer já quanto destes terrenos serão destinados a projetos como este, mas devemos ver mais novidades nos próximos trimestres. ESTRATÉGIAS OUT / 11 8
9 R E N D A VA R I Á V E L A divulgação dos números de vendas no terceiro trimestre de 2011 foi outro fator que trouxe ânimo para a ação. O grupo teve aumento de 58,2% da receita bruta, que atingiu R$ 12,6 bilhões, reiterando a ideia de que a companhia está operando em um novo patamar de receita, se comparada com o ano anterior. No conceito mesmas lojas o número também foi bom, com um crescimento de 8,5%, que se compara, por exemplo, com 7,5% de crescimento do concorrente Carrefour. No início de novembro foram divulgados os resultados trimestrais da empresa. No consolidado, tiveram Ebitda de R$ 722 milhões e lucro líquido de R$ 133,5 milhões. Neste nível, estimamos que o GPA esteja negociando a cerca de 15x o lucro do próximo ano. ESTRATÉGIAS OUT / 11 9
10 INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS TEMOS APROVEITADO AS RECENTES incertezas no mercado, relativas à crise europeia e às dúvidas sobre o crescimento global, para buscar oportunidades de investimentos que tragam retornos acima dos patamares vistos atualmente. Reside aí a importância de dispormos de caixa para novos investimentos em nossos fundos de gestão ativa: FII Rio Bravo Renda Corporativa e FII Daycoval Renda Itaplan. Em 31 de outubro, obtivermos da CVM a aprovação para a 4ª Emissão de cotas do FII Rio Bravo Renda Corporativa. Trata-se de uma emissão de R$ 50 milhões que tem por objetivo a aquisição de lajes corporativas já locadas nas regiões das maiores cidades metropolitanas consideradas performadas e que gerem renda aos cotistas do Fundo. Acreditamos que haverá resultados positivos no que diz respeito a ganho de escala, de forma a diminuir os custos totais do Fundo por cota; e continuar com a estratégia de diminuir a concentração de receitas entre os locatários de forma a diminuir eventuais riscos de atrasos no pagamento ou inadimplências. Ainda em outubro foram iniciadas as tratativas com mais um locatário sobre a revisão do valor de aluguel (com viés positivo) para que o valor cobrado reflita as condições atuais de mercado. Ao fim de outubro o índice Ibovespa acumulava uma queda de 15% no ano, ao passo que o índice de FII elaborado pela Rio Bravo apresentava um retorno positivo de 15% no ano, retorno este que inclui tanto os rendimentos pagos aos cotistas durante o ano de 2011 assim como a variação da cota. No gráfico na próxima página é possível se verificar desde 2005 até outubro de 2011 o comparativo de CDI, Ibovespa e dos FII (através do Índice de FII elaborado pela Rio Bravo). ESTRATÉGIAS OUT / 11 10
11 I N V E S T I M E N T O S I M O B I L I Á R I O S ÍNDICE FII - TIR ANUALIZADA (%) TIR Índice FII CDI Ibovespa ACUMULADO JAN OUT/2011 ESTRATÉGIAS OUT / 11 11
12 PRIVATE EQUITY O MERCADO DE MÍDIA PARA INTERNET é uma realidade há algum tempo. Atualmente, nos Estados Unidos, ele recebe aproximadamente 20% da verba publicitária destinada ao setor, percentual ainda inferior ao tempo que o americano está exposto à mídia para internet, estimado em 25%. O mercado mundial já movimenta US$ 73 bilhões, enquanto em 1995 esse valor era de apenas US$ 55 milhões. Diversas empresas se beneficiam desta tendência, sendo o Google e o Facebook as mais conhecidas do grande público dada sua forte exposição ao usuário final. Entretanto, inúmeras outras empresas também estão aproveitando esta tendência para oferecer soluções inovadoras ligadas à experiência do usuário na web e à expansão das mídias sociais. Na semana passada, a Oracle, empresa tradicional do mercado de tecnologia com foco em desenvolvimento de soluções para banco de dados, anunciou a compra da Rightnow Technologies por aproximadamente US$ 1,8 bilhão, o que representa um prêmio de 25% sobre o valor de mercado da companhia. Cabe ainda ressaltar que o valor negociado implica em múltiplos de receita e EBITDA de 8 e 50 vezes, respectivamente, assim refletindo o potencial de crescimento da empresa. A aquisição da Rightnow Technologies, empresa também investida por fundos de venture capital, ratifica a visão da Rio Bravo acerca do mercado de mídia para internet. Um dos nossos primeiros investimentos em tecnologia foi no Grupo Direct (originalmente Direct Talk), que possui um modelo de negócio similar ao da Rightnow Technologies: desenvolvimento de software para CRM oferecido na forma de serviços (SaaS). Portanto, a transação feita pela Oracle reforça nossa expectativa de retorno quando da realização da nossa participação no Grupo Direct. ESTRATÉGIAS OUT / 11 12
13 FUNDO DE FUNDOS OS FUNDOS MULTIMERCADOS estão se recuperando neste segundo semestre, atingindo uma rentabilidade média próxima a 120% do CDI, após um primeiro semestre com rentabilidade média abaixo do benchmark. O Rio Bravo Multi Estratégia, que seleciona e diversifica seus recursos entre os melhores gestores do mercado, rendeu 0,54% no mês, e 8,80% desde o início do ano. A performance do fundo está tendo uma contribuição relevante neste semestre dos fundos com estratégias macro, que ganharam com as apostas pessimistas de junho a setembro e também com as otimistas de outubro (em especial nos mercados de juros e de ações). Os gestores de fundo com estratégia macro usam análises macroeconômicas para identificar tendências no mercado brasileiro e externo. Têm como objetivo utilizar o melhor instrumento para capturar ganhos em diversos mercados, como juros doméstico e internacional, commodities, ações e moedas. No mercado brasileiro, é a estratégia que possui maior flexibilidade de atuação, operando com diversos instrumentos derivativos para gerar retorno para os cotistas. O horizonte de investimento deve ser de no mínimo 24 meses. Acreditamos que a melhora dos multimercados continuará, pois os gestores visualizam maiores oportunidades de investimento, devido às distorções atuais proporcionadas pelo mercado. ESTRATÉGIAS OUT / 11 13
14 PERFORMANCE (%) Rio Bravo Fundamental FIA Rio Bravo Fundamental Institucional FIA Rio Bravo Multi Estratégia FIC FIM Rio Bravo Crédito Privado FIRF Rio Bravo Liquidez DI FI Referenciado CDI Ibovespa IGP-M + 6% Dólar outubro-11 7,61 10,21 0,54 0,94 0,85 0,88 11,49 1,00-8,95 setembro-11-7,32-7,27 1,26 1,05 0,91 0,94-7,38 1,12 16,83 agosto-11-4,02-2,83 1,50 1,33 1,03 1,07-3,96 0,95 1,99 julho-11-7,84-8,70 0,85 0,96 0,93 0,97-5,74 0,37-0,31 junho-11 1,43-0,58 0,65 0,95 0,91 0,95-3,43 0,34-1,19 maio-11-4,18-2,82 0,50 1,04 0,94 0,99-2,29 0,95 0,42 abril-11 0,24 1,10 1,13 0,84 0,81 0,84-3,58 0,90-3,40 março-11 3,78 3,17 0,53 0,92 0,88 0,92 1,79 1,15-1,96 fevereiro-11 0,93-0,44 0,78 0,84 0,80 0,84 1,22 1,42-0,73 janeiro-11-6,65 3,85 0,72 0,86 0,82 0,86-3,94 1,26 0,43 dezembro-10 2,71 1,89 0,90 0,94 0,89 0,93 2,36 1,30-2,91 novembro-10-0,32-1,48 0,65 0,83 0,77 0,81-4,20 1,90 0, ,96-15,46 8,80 10,16 9,24 9,65-15,82 9,86 1,34 12 meses -13,96-15,14 10,49 12,12 11,06 11,56-17,45 13,40-0,76 24 meses 5,14 20,98 22,96 20,85 22,00-5,21 30,87-3,18 36 meses 99,67 35,72 36,61 33,28 35,04 56,59 37,04-20,18 48 meses 34,13 44,05 51,11-10,68 63,03-3,18 60 meses 146,23 69,52 48,59 83,55-21,21 Desde o início 353,51-5,52 49,03 40,45 46,26 PL médio (R$ Mil) PL Atual (R$ Mil) Data de início 8.set.04 6.abr mai ago dez.07 Taxa de administração (a.a.) 2,00% 2,00% 0,20% 0,45% 0,35% Taxa de performance 20% 20% 10% do que do que do que exceder exceder exceder IGP-M+6 Ibovespa CDI * Patrimônio líquido médio dos últimos 12 meses. ESTRATÉGIAS OUT / 11 14
15 Contatos RIO BRAVO INVESTIMENTOS Mario Fleck Chief Executive Officer Gustavo Franco Estrategista-chefe Paulo Bilyk Chief Investment Officer Rafael Alves Rodrigues, CFA Diretor Responsável Renda Variável Paulo Silvestri Diretor Responsável Private Equity José Alberto Diniz Diretor Responsável Investimentos Imobiliários João Alberto Domenici Diretor Responsável Fundos de Fundos Miguel Russo Neto Diretor de Risco e Compliance miguel.russo@riobravo.com.br Geraldo Samor Editor de Conteúdo geraldo.samor@riobravo.com.br INVESTIDORES INSTITUCIONAIS Fabio Ohara Ishigami Diretor Responsável fabio.ishigami@riobravo.com.br Scheila Lofrano scheila.lofrano@riobravo.com.br Rodrigo Butti rodrigo.butti@riobravo.com.br Daniel Pettine G. Santos daniel.santos@riobravo.com.br Barbara Farhat / barbara.farhat@riobravo.com.br PRIVATE BANKING Felipe Vaz Guimarães Diretor Responsável felipe.guimaraes@riobravo.com.br Julio Ortiz Neto Diretor Responsável julio.ortiz@riobravo.com.br João Alberto Domenici joao.domenici@riobravo.com.br Rio Bravo Investimentos S.A. Av. Chedid Jafet, 222, Bloco B, 3.º andar São Paulo SP Brasil Tel. (55 11) / Fax (55 11) / Recomendações ao investidor: As informações contidas neste material são de caráter exclusivamente informativo. Fundos de investimento não contam com garantia do administrador do fundo, do gestor da carteira, de qualquer meca nismo de seguro ou, ainda, do Fundo Garantidor de Crédito FGC. A rentabi lidade divulgada não é líquida de impostos. A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidade futura. Ao investidor é recomendada a leitura cuidadosa do regulamento do fundo de investimento ao aplicar seus recursos. Para avaliação da performance dos fundos de investimento, é recomendável uma análise de períodos de, no mínimo, 12 (doze) meses. A Fundamental Investimentos Ltda. não se responsabiliza pela publicação acidental de informações incorretas, nem por decisões de investimentos tomadas com base neste material. A presente instituição aderiu ao Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para os Fundos de Investimento. ESTRATÉGIAS OUT / 11 15
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