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1 ( Migo GAlicicfria jud4aa Wea,Á, (37a.ÁisteGsa a Qkz~:a (ffl-eltima affo-nuu gbazeora Wetaxzícum4 ACÓRDÃO REEXAME EX-OFFICIO N / 001 Campina Grande RELATOR :,Dr. Leandro dos Santos, Juiz Convocado IMPETRANTE : Pereira Locadora de Veículos Ltda ADVOGADO : Francisco Pinto de Oliveira Neto IMPETRADO : Diretor do Departamento da Receita Municipal de Campina Grande, Paulo Matias de Figueiredo REMETENTE : Juiz de Direito da 2 a Vara da Fazenda de Campina Grande MANDADO DE SEGURANÇA IMPOSTO SOBRE SERVIÇO DE QUALQUER NATUREZA LOCAÇÃO DE VEÍCULOS NÃO INCIDÊNCIA OBRIGAÇÃO DE DAR INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI MUNICIPAL SUSPENÇÃO DE COBRANÇA DEVOLUÇÃO DAS QUANTIAS COMPROVADAMENTE PAGAS MANUTENÇÃO DA SENTENÇA. - A locação de bens móveis não constitui fato gerador do imposto sobre serviço de qualquer natureza, por tratar-se de obrigação de dar, logo, afastada a incidência da lei em tais operações. VETO Me, ACORDA a Segunda Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, por votação unânime, em negar provimento, nos termos do voto deste relator. ".Trata-se de REEXAME NECESSÁRIO dos autos do Mandado de Segurança impetrado pela Pereira Locadora de Veículos Ltda em face do Diretor do Departamento da Receita Municipal de Campina Grande/PB em que o MM. Juiz de Direito da 2 a Vara da Fazenda Pública daquela cidade concedeu a segurança a impetrante, determinando a abstenção da cobrança do Imposto Sobre Serviço nas operações de locação de veículos, declarando a lei inconstituticional. Adoto o relatório da sentença de primeira instância, acrescentando que não houve recurso voluntário. A D. Procuradoria de Justiça opinou pela manutenção da sentença, à fl. 60. É o relatório. VOTO A sentença deve ser mantida em todos os seus termos. A questão em pauta versa sobre o Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza, definido pela Constituição Federal. Art Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

2 ;, ), 2 of..k. r : III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar. A Carta Magna distribuiu a competência tributária a cada ente federativo, cumprindo o pacto federativo. Entretanto, no caso sub judice, o ente federativo municipal ultrapassou o âmbito constitucional, ao legislar acerca do ISS, vez que incluiu entre as hipóteses de incidência fato não compatível com a natureza da obrigação tributada, qual seja, a prestação de serviço. A propósito dessa discussão, a Corte Constitucional entende: "CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. ISS. LOCAÇÃO DE BENS MÓVEIS Nãoincidência do ISS sobre locação de bens móveis. RE /SP, Plenário. II. - Agravo não provido."' "TRIBUTO - FIGURINO CONSTITUCIONAL. A supremacia da Carta Federal é conducente a glosar-se a cobrança de tributo discrepante daqueles nela previstos. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS - CONTRATO DE LOCAÇÃO. A terminologia constitucional do Imposto sobre Serviços revela o objeto da tributação. Conflita com a Lei Maior dispositivo que imponha o tributo considerado contrato de locação de bem móvel. Em Direito, os institutos, as expressões e os vocábulos têm sentido próprio, descabendo confundir a locação de serviços com a de móveis, práticas diversas regidas pelo Código Civil, cujas definições são de observância inafastável - artigo 110 do Código Tributário Nacional." 2 Neste mesmo sentido, o Superior Tribunal de Justiça: "TRIBUTÁRIO. ISS. LOCAÇÃO DE VEÍCULOS. BENS MÓVEIS. SERVIÇOS NÃO PRESTADOS PELA DEVEDORA TRIBUTÁRIA. REEMBOLSOS DE IMPORTÂNCIAS QUE NÃO SE ENQUADRAM COMO SERVIÇOS PRESTADOS. NÃO INCIDÊNCIA. (STF - AI AgR / DF Segunda Turma Rel. Min. Carlos Velloso D.J.: ) 2 (STF - RE / SP Pleno Rel. Min. Octavio Gallotti D.J.: ) $#)

3 5,4 $ IV 3 jarág. $ h. rahha h 2C. cfirho.h 1. A Autora, como locadora de automóveis, aluga seus veículos com o tanque de combustível cheio, sendo contratado que o locatário deve restituir o carro no prazo combinado igualmente com o tanque cheio. Quando isto não ocorre na devolução do veiculo, a Autora providencia a reposição do combustível gasto e realiza a cobrança do locatário, à parte, destacando na Nota Fiscal que referida receita não é tributada pelo ISS, pois não integra o preço do serviço, que é a base de cálculo do imposto. 2. O mesmo procedimento é adotado pela (4) Autora com relação a despesas com franquias de seguros. Quando o veículo locado sofre qualquer tipo de abalroamento, a empresa seguradora da Autora cobre as despesas e emite cobrança de uma franquia, a qual posteriormente é cobrada do Locatário responsável, como reembolso de despesas, conforme previsto no contrato de locação. Da mesma forma que ocorre com relação às demais despesas, a Autora não recolhe o ISS sobre esta quantia, visto que a mesma não integra o preço do serviço. 3. A base de cálculo de incidência, "in specie", face à natureza da atividade da locadora, é a locação de veículos, pura e simplesmente, e não serviços correlatos, mas não afins, que não fazem parte da espécie de serviços prestados pela locadora. 4. Os reembolsos que se pretende façam parte dos serviços não podem vingar, simplesmente porque são serviços prestados por terceiros, sem qualquer relação direta com a atividade principal exercida pela locadora, que é a locação de veículos. 5. Os serviços referidos não são, propriamente, receita da locadora. Os que estão sujeitos à. base tributária, "in casu", são os locativos, tão apenas estes, os que, verdadeiramente, constituem a receita propriamente dita do locador. 6. Recurso improvido".3 Esta Corte, por sua vez, vem consignando: 3 (STJ REsp n /SP Primeira Turma Rel. Min. José Delgado D.J.: )." li

4 , Áv ,44~ drff.4 44 Jane.4 Irdbee, ggffe.d..27./...4 2e. Gil....4 dirm "AGRAVO DE INSTRUMENTO. Ação declaratória c/c obrigação de não fazer. Pedido de tutela antecipada. Pleito indeferido. Irresignação. Atribuição de efeito suspensivo ativo ao agravo. Concessão da tutela antecipatória. Locação de bens móveis. Incidência de ISS. Impossibilidade. Instituto diverso da prestação de serviços. Presença dos requisitos autorizadores da tutela. Provimento do agravo. -A antecipação de tutela, autorizada pelo art. 273, do Código de Processo Civil, requer consistência e robustez do direito de quem a requer, de forma tal que seria hábil a lhe garantir sentença de mérito favorável naquele 11) momento. Verossímil a tese discutida na ação originária, de não incidência do ISS sobre locação de bens. -São inconfundíveis os institutos da locação de bens móveis ou imóveis e o da prestação de serviços. O imposto sobre serviços de qualquer natureza - 1SSQN, pela própria definição constitucional, tem como fato gerador a prestação de serviços.4 "AGRAVO DE INSTRUMENTO. Ação Declaratória. Liminar contra a Fazenda Pública. Possibilidade. Locação de bens móveis. Obrigação de dar. Não incidência do ISS. Desprovimento do recurso. -É perfeitamente cabível a concessão de liminar contra a Fazenda Pública, inaudita altera parte, em Ação Declaratória de Débito Fiscal, cumulada com Repetição de Indébito, com Pedido de Tutela Antecipada. -A locação de bens móveis não caracteriza serviços, e como tal, sobre ela não pode ser tributado o ISS (imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza), eis que se trata de obrigação de dar".5 Tem-se, pois, a inconstitucionalidade da lei municipal, visto que o -legislador atuou em dissonância com dispositivo constitucional ultrapassando os limites estabelecidos por aquela. Não é devida, pois, a cobrança do mencionado imposto relacionando à locadora de automóveis, pois, é bastante observar o objeto social da empresa impetrante, às fls. 08/09, na cláusula 28: 4 (TJPB Agravo de Instrumento a C. cível Rel. Des. Jorge Ribeiro Nábrega D.J.: )". 5 (TJPB Agravo de Instrumento a C. Cível Rel. Des. Antônio de Pádua Lima Montenegro D.J.: )."

5 '1,1 Áv Á 5 n Á G6rd4... "A sociedade tem por objeto social: aluguel de veículos automotores, através da franquia empresarial da Localiza Rent a Car". Logo, não deve haver mais debates acerca do tema, que demonstra claramente não estar abrangido nas hipóteses de incidência do imposto sobre qualquer serviço, cobrado pelo Município de Campina Grande/PB. Face ao exposto, NEGO PROVIMENTO ao reexame necessário, para manter a sentença de primeiro grau, e assim, atingindo sua eficácia. É como voto. Presidiu a sessão o Exm. Des. Francisco Seráphico da Nóbrega Neto. Participaram do julgamento, além do relator, eminente Dr. Leandro dos Santos, Juiz Convocado para substituir a Exm a. Desa. Maria de Fátima Moraes Bezerra Cavalcanti, o Exm. Des. Francisco Seráphico da Nóbrega Neto e o Exm. Des. Antônio Elias de Queiroga. Presente ao julgamento a Exm a. Dra. Lúcia de Fátima Maia Farias, Procuradora de Justiça. João Pessoa, 31 de maio de ii das aidas Juiz Convocado-Relator

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