FINANCIAMENTOS E GARANTIAS

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1 FINANCIAMENTOS E GARANTIAS Regional Nordeste Concessões e Parcerias Ampliação das Oportunidades de Negócios Fortaleza, 1º de Outubro de 2015 Fábio Sertori

2 A REDE DE CONTRATOS

3 A REDE DE CONTRATOS Por que a rede de Contratos? É improvável que os acionistas da SPE (vencedores da licitação) aceitem absorver todos os riscos do empreendimento; igualmente, não é recomendável que o Poder Público aposte todas as fichas num único agente. Qual o resultado da rede de Contratos? Segregação dos riscos do empreendimento, viabilizando sua alocação a agentes altamente especializados no seu gerenciamento.

4 A REDE DE CONTRATOS Quais os principais interessados na mitigação dos riscos do negócio? - PODER PÚBLICO (destinatário direto ou indireto dos serviços que serão prestados e futuro proprietário dos ativos, após a reversão de bens); - ACIONISTAS DA SPE (integralizaram recursos próprios na SPE e esperam retorno); e - FINANCIADORES (são os provedores da maior parte do capital necessário geralmente em torno de 70%).

5 Tudo começa no Poder Concedente! Contrato de concessão deve viabilizar toda a rede de contratos, notadamente os Contratos de Financiamento 1) Propiciando, sempre que possível, que as receitas do Projeto sejam auferidas diretamente dos Usuários ou segregadas em Conta Vinculada, de movimentação restrita para pagamento dos serviços contratados; 2) Permitindo o acesso do Financiador a todas as receitas do Projeto (oferta em garantia dos direitos emergentes, cessão dos recebíveis futuros);

6 3) Permitindo que as ações da SPE sejam dadas em garantia aos financiadores; 4) Autorizando que, no caso de inadimplemento reiterado da SPE, os financiadores assumam temporariamente a administração ou o controle da SPE com o objetivo de promover a sua reestruturação financeira; 5) Obrigando a contratação de Plano de Seguros que mitigue os riscos de o Projeto não chegar à fase operacional (risco de non completion);

7 6) Ofertando garantias contratuais para a hipótese de o mecanismo de pagamento não funcionar por qualquer motivo (risco político/restrições orçamentárias/etc.). Ideal é a constituição de um colchão de liquidez em uma Conta Garantia de movimentação bloqueada ao Poder Concedente, com mecanismo de recomposição a partir de receita passível de vinculação (tarifas ou preços públicos pagos pelos usuários dos serviços; FPE/FPM; outorgas de outras concessões; royalties; etc.)

8 Estrutura de Garantias da PPP dos 3 Hospitais de São Paulo Garantia base (Fiança CPP 5 contraprestações) e garantia complementar (vinculação de recursos do Fundo de Saúde) Ambas as garantias devem ser instituídas como condição para o início da contagem do Prazo da Concessão e, só então, a SPE passa a estar obrigada a se mobilizar para construir os Hospitais Fiança da CPP limitada a 5 contraprestações mensais, garantida por penhor de cotas do Fundo de Investimento

9 Estrutura de Garantias da PPP dos 3 Hospitais de São Paulo Garantia Complementar: Vinculação das receitas do Fundo Estadual de Saúde que não sejam de repasse obrigatório aos Municípios Instrumentalizada mediante penhor das receitas do Fundo, segregadas em conta garantia vinculada ao pagamento da contraprestação, apenas caso a Garantia Principal seja extinta (consumida e não recomposta)

10 Estrutura de Garantias da PPP dos 3 Hospitais de São Paulo Recursos do Fundo de Saúde podem ser vinculados para garantir a PPP? Fundo composto de repasses federais e verbas de impostos estaduais vinculados. Repasses da União não são receitas de impostos para o Estado. Demais receitas decorrem de impostos estaduais já vinculados constitucionalmente à gastos com saúde, podendo ser utilizados para o pagamento das contraprestações da PPP, nos casos estabelecidos no contrato de concessão administrativa

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