CONTA GERAL DO ESTADO

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1 MINISTÉRIO DAS FINANÇAS DIRECÇÃO-GERAL DO ORÇAMENTO CONTA GERAL DO ESTADO ANO DE 2002 VOLUME I

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3 CONTA GERAL DO ESTADO DE Introdução 1 RELATÓRIO O Orçamento do Estado para 2002 foi aprovado pela Lei n.º 109-B/2001, de 27 de Dezembro 1. Na sua elaboração foi tida em consideração a estrutura orgânica do XIV Governo Constitucional, espelhada no Decreto-Lei n.º 474-A/99, de 8 de Novembro, com as quatro alterações posteriores. A Lei n.º 109-A/2001, de 27 de Dezembro, aprovou as Grandes Opções do Plano para 2002, que, encontrando-se pormenorizadamente detalhadas no documento anexo à lei, se inserem na estratégia de médio prazo para o desenvolvimento da sociedade e da economia portuguesas apresentada no Plano Nacional de Desenvolvimento Económico e Social, confirmada no Plano de Desenvolvimento Regional que enquadra o Quadro Comunitário de Apoio para (QCA III). Nas suas seis grandes opções, procedeu-se à concretização das orientações de política, medidas e programas de investimento. No tocante à política de investimentos, concretizada no Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC), em articulação com o QCA III, e tendo presentes os condicionalismos decorrentes do processo de consolidação orçamental e as necessidades de modernização das infra-estruturas sociais e económicas, definem-se as principais prioridades a atingir. Ao abrigo do artigo 40.º da Lei n.º 91/2001, de 20 de Agosto (Lei de Enquadramento Orçamental), foi aprovado o Decreto-Lei n.º 23/2002, de 1 de Fevereiro, contendo as disposições necessárias à execução do Orçamento do Estado para 2002, incluindo as relativas ao orçamento dos serviços integrados, aos orçamentos dos serviços e fundos autónomos e ao orçamento da segurança social, bem como à aplicação, neste ano, do novo regime de administração financeira do Estado. Destaca-se o facto de, ao contrário do que sucedia até então, as normas relativas à execução do orçamento da segurança social deixarem de constar de um diploma autónomo, passando a integrar um capítulo específico do decreto. No decorrer da execução, o Orçamento do Estado para 2002 foi alterado pela Lei n.º 16-A/2002, de 31 de Maio 2. De entre outras alterações, coadunou-se o mapa II orçamental à estrutura orgânica do XV Governo Constitucional, retratada no Decreto-Lei n.º 120/2002, de 3 de Maio (objecto de rectificação e de republicação pela Declaração de Rectificação n.º 20/2002, de 28 de Maio). No âmbito das medidas de emergência com vista à consolidação orçamental, determinou-se que os serviços e organismos da administração central que prossigam objectivos complementares, paralelos ou sobrepostos a outros serviços existentes ou cuja finalidade de criação se encontre esgotada, serão objecto de extinção, reestruturação ou fusão, tendo o n.º 2 do artigo 2.º da Lei n.º 16-A/2002 concretizado, desde logo, a sua aplicação a um conjunto alargado de serviços e organismos. Para além das alterações introduzidas na redacção de artigos do orçamento e de legislação fiscal, e de outras medidas implementadas, por via da Lei n.º 16-A/2002 verificou-se o aumento da previsão global das receitas (mapa I) e das despesas dos 1 Rectificada pelas Declarações de Rectificação n. os 6/2002, de 6 de Fevereiro, e 10/2002, de 6 de Março. 2 Rectificada pelas Declarações de Rectificação n. os 21-A/2002, de 31 de Maio, 23/2002, de 29 de Junho, e 26/2002, de 31 de Julho. 3

4 serviços integrados (mapas II, III e IV) de 2.975,0 milhões de euros. No que concerne às receitas, verificando-se variações de sentido contrário, destacam-se os acréscimos nas previsões dos Passivos Financeiros (3.844,0 milhões de euros) e do conjunto das receitas fiscais (74,3 milhões de euros), contrabalançados por quebras nos restantes capítulos das receitas, mantendo-se inalteráveis as Taxas, multas e outras penalidades, os Recursos próprios comunitários e as Contas de ordem. Considerando a despesa segundo a sua classificação económica, verificando-se quebras apenas nas Outras despesas correntes (151,9 milhões de euros) e nos Encargos correntes da dívida/juros (48,5 milhões de euros), assumem especial relevância os acréscimos nos capítulos Transferências correntes (1.233,7 milhões de euros), Despesas com o pessoal (942,2 milhões de euros) e Activos financeiros/aumentos de capital (500,0 milhões de euros). Por seu turno, no âmbito das necessidades de financiamento, elevou-se para 8.630,0 milhões de euros (acréscimo de 3.844,0 milhões de euros) o limite do endividamento líquido global directo (incluindo o derivado da execução orçamental dos serviços e fundos autónomos). Em termos legislativos e directamente relacionados com a área orçamental, são ainda merecedores de particular destaque o Decreto-Lei n.º 26/2002, de 14 de Fevereiro, a Lei Orgânica n.º 2/2002, de 28 de Agosto, e a Lei n.º 32/2002, de 20 de Dezembro. O Decreto-Lei n.º 26/2002, de 14 de Fevereiro, estabelece o regime jurídico dos códigos de classificação económica das receitas e das despesas públicas, bem como a estrutura das classificações orgânicas aplicáveis aos organismos que integram a administração central (rectificado pela Declaração de Rectificação n.º 8-F/2002, de 28 de Fevereiro). Estes classificadores permitirão a obtenção de informação de natureza orçamental em novos moldes, nomeadamente os decorrentes das exigências resultantes da aplicação do Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais (SEC) de 1995, para além da inerente adequação ao Plano Oficial da Contabilidade Pública e às especificidades de planos sectoriais. Outro factor relevante é a aplicação dos classificadores económicos das receitas e despesas públicas a todos os subsectores do sector público administrativo, alargando assim a anterior utilização pelos organismos que integram a administração central directa à segurança social e às administrações regional e local. A Lei Orgânica n.º 2/2002, de 28 de Agosto 3, que traduz a Lei da estabilidade orçamental, altera e republica a Lei n.º 91/2001, de 20 de Agosto (Lei de Enquadramento Orçamental). A exigência de assegurar a estabilidade orçamental é uma condição essencial para cumprir obrigações decorrentes do artigo 104.º do Tratado que institui a Comunidade Europeia e do Pacto de Estabilidade e Crescimento, a qual é concretizada através da definição de princípios e procedimentos específicos a que devem obedecer a aprovação e execução dos orçamentos de todo o sector público administrativo, sendo também aplicada, sem prejuízo do princípio da independência orçamental, aos orçamentos das Regiões Autónomas e das autarquias locais, o que implicou o aditamento de um artigo às Leis de Finanças Regionais e Locais. Deste modo, estabelecem-se os princípios da estabilidade orçamental, da solidariedade recíproca e da transparência orçamental, traduzidos numa situação de equilíbrio ou excedente orçamental (calculado de acordo com a definição constante do Sistema Europeu de Contas Nacionais e 3 Nos termos do n.º 3 do artigo 112.º da Constituição da República Portuguesa (Lei Constitucional n.º 1/2001, de 12 de Dezembro), quer esta lei orgânica, quer a própria Lei de Enquadramento Orçamental, têm valor reforçado. 4

5 Regionais, nas condições definidas para cada um dos subsectores), na obrigação, de modo a evitar situações de desigualdade, de todos os subsectores contribuírem proporcionalmente para a realização do princípio da estabilidade orçamental, e, por forma a garantir os dois princípios anteriores, na existência de um dever de informação entre as entidades públicas. Em conformidade com objectivos devidamente identificados, estabelece-se a inserção de medidas de estabilidade orçamental na lei do Orçamento do Estado, para além da possibilidade de fixação de limites específicos de endividamento anual para cada subsector e de transferências do Orçamento do Estado de montante inferior àquele que resultaria das leis financeiras especialmente aplicáveis a cada subsector. Encontram-se também definidas as garantias da estabilidade orçamental, incluindo a verificação do seu cumprimento, pelos órgãos competentes para o controlo orçamental, o dever de informação dos organismos que integram o sector público administrativo e as normas aplicáveis aos casos de incumprimento das regras e procedimentos da estabilidade orçamental. Por fim, actualiza-se o elenco das disposições finais, que passam a constar do novo título VI, no qual se introduzem algumas alterações indispensáveis para garantir uma melhor aplicação da lei de enquadramento, designadamente, no que se refere ao regime de autonomia financeira dos serviços e fundos autónomos. A Lei n.º 32/2002, de 20 de Dezembro, aprova as bases da segurança social, traduzindo assim as bases gerais em que assenta o sistema de segurança social, bem como as atribuições prosseguidas pelas instituições de segurança social e a articulação com entidades particulares de fins análogos. Paralelamente, chama-se ainda a atenção para o Decreto-Lei n.º 136/2002, de 16 de Maio, que clarifica o critério de conversão em euros de todas as referências monetárias em escudos constantes em toda a legislação, bem como em actos administrativos e decisões em processo contra-ordenacional. 5

6 1.2 A Política Económica em 2002 e a Evolução da Economia Portuguesa Evolução da Situação Económica em Enquadramento Internacional A evolução da economia internacional em 2002 prosseguiu a recuperação iniciada em finais de No entanto, o ritmo de recuperação não se fortaleceu ao longo do ano, tendo mesmo registado alguma moderação no final de 2002, em particular nas economias avançadas. Esta evolução reflectiu a situação de elevada incerteza, associada ao fraco vigor e sustentabilidade da recuperação, num contexto de correcção dos desequilíbrios acumulados na segunda metade dos anos 90, e a tensões relacionadas com a crise do Iraque. Nas economias avançadas, a recuperação assentou, em grande medida, no comportamento da economia norte-americana, uma vez que a área do euro e o Japão mantiveram um fraco crescimento. Outros factores contribuíram também para o aumento da incerteza, destacando-se a crise económica e financeira na Argentina que se acentuou em 2002, tendo o aumento do endividamento externo provocado dificuldades ao nível da balança de pagamentos. O dólar inverteu em 2002 a tendência de apreciação observada nos últimos anos, tendo no final do ano depreciado, face ao euro, em 19 por cento, relativamente ao final de O fraco crescimento económico e a ausência de pressões inflaccionistas levaram as autoridades monetárias americana e europeia a reduzir as suas taxas de juro de referência no final do ano. QUADRO A PRINCIPAIS INDICADORES DA ECONOMIA INTERNACIONAL 4 PIB real Procura interna Volume de exportações Saldo global das AP 5 Taxa de desemprego Taxa de inflação 6 (tv) (tv) (tv) (% do PIB) (%) (tv) Área do Euro 1,5 0,9 1,0 0,3 2,9 1,1-1,6-2,3 8,0 8,2 2,3 2,3 UE-15 1,6 1,0 1,2 0,7 2,4 0,8-1,1-2,0 7,3 7,6 2,2 2,1 Alemanha 0,6 0,2-0,8-1,5 5,0 2,6-2,8-3,6 7,3 7,8 1,9 1,3 Espanha 2,7 2,0 2,7 2,2 3,4 1,4-0,1-0,1 10,5 11,4 2,8 3,6 França 1,8 1,2 1,6 1,1 1,5 1,5-1,5-3,2 8,6 8,9 1,8 1,9 Reino Unido 2,1 1,8 2,6 2,5 0,9-1,0 0,8-1,3 5,1 5,2 1,2 1,3 EUA 0,3 2,4 0,4 3,0-5,4-1,6-0,5-3,4 4,8 5,8 2,8 1,6 Japão 0,4 0,3 1,1-0,3-6,1 8,1-6,1-7,1 5,0 5,4-0,7-0,9 4 Fonte: FMI, World Economic Outlook, Setembro Em 2000 e 2001, o Saldo Global das Administrações Públicas dos países da UE inclui as receitas da venda das novas licenças de comunicações móveis (UMTS). 6 Para UE, IHPC, Eurostat. 6

7 Aumento da Incerteza A economia norte-americana recuperou em 2002, tendo o PIB apresentado um crescimento de 2,4 por cento, após a recessão registada em O forte crescimento da produtividade do trabalho, o agravamento do desequilíbrio externo, os problemas associados a irregularidades contabilísticas de diversas empresas e a inversão da tendência de apreciação do dólar, constituíram os aspectos mais marcantes da economia norte americana nesse ano. A recuperação do PIB em 2002 reflectiu o dinamismo das despesas das famílias, quer em consumo, quer em habitação, tendo beneficiado da existência de incentivos para a aquisição de veículos e da redução de impostos. Em sentido contrário, terá actuado a evolução negativa verificada nos mercados accionistas, que tem conduzido a uma deterioração da riqueza líquida das famílias nos últimos anos. Na segunda metade do ano, a confiança dos consumidores reduziu-se, reflectindo a instabilidade nos mercados financeiros, a fraqueza no mercado de trabalho e o aumento da incerteza. O investimento do sector empresarial registou um novo decréscimo, reflectindo o agravamento do investimento em construção não residencial. O comércio externo recuperou e as importações voltaram a crescer a um ritmo superior ao das exportações. A deterioração do saldo da balança de bens e serviços foi a principal razão para o agravamento do desequilíbrio das contas externas norte-americanas em 2002, tendo o défice atingido 4,8 por cento do PIB, o valor mais alto dos últimos 40 anos. GRÁFICO I - DÉFICE DA BALANÇA DE TRANSACÇÕES CORRENTES NOS EUA 7 (Em % do PIB) 0,0-0,5-1,0-1,5-2,0-2,5-3,0-3,5-4,0-4,5-5, Em 2002, a actividade económica no Japão continuou a apresentar sinais de grande debilidade, mantendo-se os problemas estruturais que têm afectado a economia, nomeadamente a situação de deflacção, as dificuldades no sistema financeiro e no sector empresarial e a fragilidade das contas públicas. O crescimento da actividade assentou no dinamismo das exportações, tendo o contributo da procura externa líquida para o crescimento do PIB sido positivo, contrariamente ao ano de A procura 7 Fonte: OCDE, Economic Outlook. 7

8 interna apresentou uma quebra, reflectindo sobretudo a fraqueza do investimento empresarial. A situação no mercado de trabalho continuou a apresentar-se bastante fraca, tendo a taxa de desemprego voltado a subir e os preços no consumidor registaram, pelo 4.º ano consecutivo, uma variação negativa. Os aspectos mais marcantes da evolução económica na área do euro foram a manutenção de um fraco crescimento da actividade, a persistência de taxas de inflação em níveis superiores a 2 por cento, a apreciação da taxa de câmbio do euro e a deterioração das finanças públicas. O crescimento modesto da actividade reflectiu o fraco dinamismo da procura interna, num contexto em que a elevada incerteza a nível global tornou mais evidentes algumas fragilidades de natureza interna, nomeadamente no que se refere à situação financeira das empresas e à reduzida flexibilidade no mercado de trabalho. A fraqueza da procura interna e a desaceleração das exportações, apesar dos sinais de alguma recuperação, traduziram-se numa quebra das importações. O contributo do sector externo para o crescimento do PIB permaneceu positivo. No mercado de trabalho, assistiu-se à desaceleração do emprego, embora limitada, e à subida da taxa de desemprego, num contexto de elevada incerteza quanto ao vigor e sustentabilidade da recuperação da actividade Preços Internacionais Moderados e Subida do Preço do Petróleo no Final de 2002 As pressões inflaccionistas mantiveram-se, globalmente, contidas em 2002, dado o crescimento moderado da actividade e o excesso de capacidade observado em vários sectores. A taxa de inflação das economias avançadas foi de 1,5 por cento em 2002 (2,2 por cento em 2001). No entanto, nas principais economias, observou-se uma aceleração dos preços de bens energéticos ao longo de 2002, de acordo com a evolução do preço do petróleo nos mercados internacionais. O preço do petróleo, após a diminuição significativa no final de 2001 (para cerca de 20 dólares/barril), apresentou uma tendência ascendente ao longo de 2002, atingindo 30 dólares/barril no final do ano, reflectindo as perspectivas de uma eventual intervenção militar no Iraque e as perturbações na oferta relacionadas com a crise política na Venezuela. No conjunto do ano de 2002, os preços mundiais de petróleo situaram-se em 25 dólares/barril (24,5 dólares/barril em 2001), correspondendo a um aumento de 2,1 por cento, após um decréscimo de 13,9 por cento em Nos EUA, a variação média anual do índice de preços no consumidor foi de 1,6 por cento em 2002, 1,2 pontos percentuais (pp) abaixo do registado em Na área do euro, a taxa de inflação manteve-se em 2,3 por cento em 2002, reflectindo alguma irregularidade na evolução dos preços dos bens alimentares não transformados e energéticos. Os preços de bens alimentares não transformados desaceleraram e os preços de bens energéticos registaram uma quebra, com destaque para o facto da apreciação da taxa de câmbio do euro ter atenuado a subida do preço do petróleo no mercado internacional, no 2.º semestre de

9 Descida Moderada das Taxas de Juro de Curto Prazo Num contexto de fraco crescimento da actividade e de pressões inflaccionistas contidas, aliados ao aumento da incerteza quanto à evolução da actividade económica na parte final de 2002, as autoridades monetárias das principais economias avançadas adoptaram políticas monetárias contra-cíclicas. Nos EUA, a Reserva Federal reduziu a taxa de juro de referência em 50 pontos base, fixando-a em 1,25 por cento, no final do ano. Na área do euro, o Banco Central Europeu reduziu igualmente a principal taxa de juro de referência em 50 pontos base, fixando-a em 2,75 por cento no final do ano. No mercado monetário, as taxas de juro de curto prazo diminuíram, sendo que as taxas de juro a 3 meses diminuíram 50 e 43 pontos base nos EUA e na área do euro, respectivamente, para se situarem em 1,4 e 2,9 por cento, em GRÁFICO II TAXA DE JURO DIRECTORA DO BCE E DOS FUNDOS FEDERAIS DOS EUA (%) Área do Euro EUA Dez-99 Fev-00 Abr-00 Jun-00 Ago-00 Out-00 Dez-00 Fev-01 Abr-01 Jun-01 Ago-01 Out-01 Dez-01 Fev-02 Abr-02 Jun-02 Ago-02 Out-02 Dez Queda dos Mercados Accionistas Os desenvolvimentos nos mercados financeiros foram condicionados pela divulgação de irregularidades contabilísticas e de gestão em diversas empresas, pela elevada incerteza associada a dúvidas quanto à sustentabilidade da recuperação e pela intensificação das tensões relacionadas com a crise iraquiana. A situação nos mercados accionistas apresentou uma nova deterioração em 2002, reflectindo uma erosão da confiança e uma maior aversão ao risco por parte dos investidores. O índice Nasdaq apresentou no final de 2002 uma queda de 38 por cento face ao valor registado no final de Na área do euro, o índice Dow Jones Euro Stoxx 50 também teve uma quebra em 2002, tendo apresentado uma redução de 37 por cento no final de 2002 face ao valor registado no final de Os índices accionistas diminuíram significativamente e as taxas de rendibilidade das obrigações de dívida pública caíram para valores historicamente baixos, ao mesmo tempo que a volatilidade em ambos os mercados atingiu níveis muito elevados. 8 Fontes: BCE; Reserva Federal dos EUA. 9

10 GRÁFICO III ÍNDICES BOLSISTAS NASDAQ 100 (escala da esquerda) Euro-Stoxx 50 (escala da direita) Dez-99 Fev-00 Abr-00 Jun-00 Ago-00 Out-00 Dez-00 Fev-01 Abr-01 Jun-01 Ago-01 Out-01 Dez-01 Fev-02 Abr-02 Jun-02 Ago-02 Out-02 Dez Deterioração nas Finanças Públicas O saldo global das administrações públicas para o conjunto da área do euro (incluindo as receitas de vendas de licenças de UMTS) deteriorou-se para um défice de 2,2 por cento do PIB em 2002 (1,6 por cento em 2001). O aumento do défice orçamental reflectiu o funcionamento dos estabilizadores automáticos, num contexto de desaceleração da actividade económica, bem como reduções da receita fiscal associadas à evolução desfavorável dos mercados accionistas. Adicionalmente, em alguns Estados membros, foram ainda relevantes perdas de receita associadas a efeitos desfasados das reformas fiscais introduzidas em anos anteriores, assim como acréscimos sustentados em algumas áreas da despesa. O rácio da dívida pública na área do euro reduziu-se em 0,2 pp do PIB para 69,0 por cento do PIB. Nos EUA, assistiu-se a um reforço da política orçamental expansionista em A despesa pública voltou a apresentar um crescimento elevado, contribuindo para a deterioração significativa do saldo orçamental, tendo o défice público atingido 3,4 por cento do PIB em 2002 (0,5 por cento do PIB em 2001), traduzindo a adopção de medidas de carácter expansionista: redução de impostos sobre o rendimento aprovada em 2001, novas medidas de apoio à actividade económica aprovadas em Março de 2002 contemplando medidas de incentivo ao investimento e a extensão de subsídios aos desempregados. Por outro lado, houve um aumento de despesas relacionadas com a defesa e segurança nacional. 9 Fonte: Reuters. 10

11 GRÁFICO IV SALDO GLOBAL DO SECTOR PÚBLICO NOS EUA 10 (Em % do PIB) No Japão, o saldo global das administrações públicas voltou a registar um défice superior a 7 por cento do PIB, em 2002, e a dívida pública prosseguiu a trajectória ascendente, situando-se acima dos 150 por cento do PIB no final de 2002, reflectindo quer a debilidade da actividade económica, quer as sucessivas medidas expansionistas adoptadas pelas autoridades Evolução da Economia Portuguesa A evolução da economia portuguesa em 2002 caracterizou-se por uma desaceleração acentuada da actividade económica real, sobretudo na segunda metade do ano. O Produto Interno Bruto registou um crescimento real de 0,4 por cento, 1,2 pp abaixo do verificado no ano anterior, influenciado em parte pelo fraco dinamismo da economia internacional mas também pela continuação do processo de ajustamento da despesa interna que se traduziu num contributo negativo (-0,4 pp) da procura interna para o crescimento do PIB. 10 Fonte: OCDE, Economic Outlook. 11

12 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0-0,5-1,0 GRÁFICO V TAXA DE CRESCIMENTO REAL DO PIB 11 (Em percentagem) diferencial (pp) Portugal UE ,0 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0-0,5-1,0 Em 2002, registou-se um abrandamento significativo em todas as componentes da procura interna, sendo de destacar a redução acentuada verificada no consumo de bens duradouros e no investimento. O consumo público foi a componente mais dinâmica da procura interna (registando um aumento em volume de 2,9 por cento), não obstante ter desacelerado em relação ao ano anterior, enquanto o consumo privado registou um crescimento, em termos reais, ligeiramente positivo (0,6 por cento) e o investimento uma redução de 5 por cento, após um crescimento nulo em A quebra da procura interna em 2002 foi acompanhada pela forte diminuição da confiança dos agentes económicos relacionada, entre outros factores, com a deterioração das perspectivas de evolução do desemprego e com os elevados níveis de endividamento atingidos pelas famílias e pelas empresas. Os fluxos de comércio externo registaram um abrandamento em 2002, em consonância com a evolução das economias dos principais parceiros comerciais e com a procura interna. Não obstante o enfraquecimento da procura externa dirigida à economia portuguesa, as exportações cresceram em volume 2,1 por cento (1,9 por cento em 2001), enquanto as importações diminuíram 0,5 por cento. Ao nível da balança de mercadorias, registou-se uma melhoria do respectivo défice em 2,1 pp do PIB, o que contribuiu para a redução do défice conjunto das balanças corrente e de capital de 8,4 por cento do PIB, em 2001, para 5,7 por cento em Reflectindo a desaceleração da actividade económica, a evolução do mercado de trabalho em 2002 caracterizou-se pelo aumento do desemprego e crescimento, marginalmente positivo, do emprego. A população activa e o emprego desaceleraram, crescendo, respectivamente, 1,2 e 0,2 por cento (1,5 e 1,4 por cento, respectivamente, em 2001), tendo a taxa de emprego (dos 15 aos 65 anos) diminuído para 68,1 por cento, inferior em 0,5 pp à verificada em O desemprego total registou um aumento de 26,3 por cento, em 2002, e a taxa de desemprego aumentou de 4,1 por cento, em 2001, para 5,1 por cento, em Fontes: Comissão Europeia, INE. 12

13 QUADRO A INDICADORES DA EVOLUÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA EM PORTUGAL 12 Designação Unidade Contas Nacionais 13 Produto Interno Bruto Milhões de Euros , , , ,1 PIB e componentes da despesa: Taxa variação real (%) PIB 3,8 3,7 1,6 0,4 Consumo privado 5,1 2,6 1,2 0,6 Consumo público 5,6 4,0 3,4 2,9 Formação bruta de capital fixo 7,4 3,3 0,0-5,0 Exportações de bens e serviços 2,9 8,0 1,9 2,1 Importações de bens e serviços 8,5 5,4 0,9-0,5 Mercado de Trabalho População activa Milhares 5.155, , , ,8 Emprego total Milhares 4.928, , , ,5 Taxa de emprego (15-64 anos) em % 67,4 68,3 68,6 68,1 Taxa de desemprego em % 4,4 3,9 4,1 5,1 Preços e Salários Taxa de inflação (IPC) Taxa de variação (%) 2,3 2,9 4,4 3,7 Contratação colectiva Taxa de variação (%) 3,3 3,3 3,9 3,7 Remuneração por trabalhador na indústria Taxa de variação (%) 5,1 6,0 5,1 4,2 Salário mínimo nacional Taxa de variação (%) 4,1 4,1 5,0 4,1 Contas das Administrações Públicas Receita corrente em % do PIB 40,6 40,8 40,2 41,2 Impostos e contribuições p/ segurança social em % do PIB 36,0 36,6 36,1 37,0 Despesa corrente em % do PIB 39,3 40,2 40,4 41,2 Despesa primária em % do PIB 36,1 36,9 37,2 38,2 Saldo global em % do PIB -2,8-2,8-4,2-2,7 Dívida bruta em % do PIB 54,3 53,3 55,6 58,0 Balança de Pagamentos Balança corrente + Balança de capital em % do PIB -6,3-8,9-8,4-5,7 Balança corrente em % do PIB -8,5-10,4-9,4-7,3 Balança de mercadorias em % do PIB -12,0-13,0-12,0-9,9 Balança de capital em % do PIB 2,1 1,4 1,0 1,5 Agregados de Crédito Interno Crédito interno (excepto administrações públicas) Taxa de variação (Dez/Dez,%) 26,1 24,1 11,6 6,5 Crédito a sociedades não financeiras Taxa de variação (Dez/Dez,%) 24,1 25,1 13,3 7,9 Crédito a particulares Taxa de variação (Dez/Dez,%) 27,9 21,1 10,4 9,6 Crédito líquido às administrações públicas Taxa de variação (Dez/Dez,%) 13,9 7,0 28,6 14,5 Taxas de juro Taxa de rendibilidade das OT a taxa fixa a 10 anos em % Dez 5,6 5,2 5,1 5,3 Taxas de juro bancárias Crédito a sociedades não financeiras em % Dez 5,1 6,1 5,1 4,9 Crédito a particulares em % Dez 7,2 8,9 7,1 7,3 Depósitos a prazo, até 1 ano em % Dez 2,8 4,4 3,1 2,8 Em 2002, a taxa de inflação, medida pela variação média anual do Índice de Preços no Consumidor (IPC), diminuiu para 3,6 por cento (4,4 por cento em 2001). Para esta desaceleração da inflação, contribuiu fortemente a evolução dos preços dos bens alimentares não transformados (que em 2001 tinham registado um elevado aumento). Inversamente, os preços dos serviços apresentaram uma aceleração acentuada, explicada, apenas em parte, pelos efeitos de conversão dos preços em escudos para euros e pelo aumento da taxa normal do IVA, de 17 para 19 por cento. Os elevados aumentos salariais são outro dos factores que contribuiu para a forte inflação verificada nos serviços. 12 Fontes: Banco de Portugal, INE, Ministério das Finanças e Ministério da Segurança Social e do Trabalho. 13 INE Contas Nacionais Trimestrais. 13

14 Uma vez que a desaceleração dos preços foi mais acentuada em Portugal do que na área do euro, o diferencial de inflação de Portugal face à da área do euro, medido pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor, diminuiu em 2002 para 1,4 pp (2 pp em 2001). Em Junho de 2002, uma Comissão ad-hoc nomeada pelo Governo para rever as contas das Administrações Públicas em 2001, apurou a estimativa de 4,1 por cento do PIB para o défice global, acima do valor de referência do Tratado da UE. Assim, em Julho de 2002, a Comissão Europeia desencadeou o Procedimento dos Défices Excessivos (PDE) para Portugal. O Conselho Ecofin adoptou, a 5 de Novembro de 2002, uma Decisão sobre a existência de uma situação de défice excessivo e emitiu uma Recomendação no sentido de as autoridades portuguesas adoptarem medidas para conduzirem o défice para níveis inferiores ao valor de referência de 3 por cento do PIB. De acordo com dados mais recentes 14, o défice das administrações públicas em 2001 atingiu milhões de euros, representando 4,2 por cento do PIB. Este resultado reflecte principalmente a forte pressão do crescimento das despesas e perdas maiores do que as esperadas na receita fiscal, resultantes da redução das taxas de imposto e do abrandamento da actividade económica. A estimativa 15 para o défice das Administrações Públicas, em 2002, é de 500,6 milhões de euros, representando 2,7 por cento do PIB, abaixo do limite de 3 por cento e do défice de 2,8 por cento incluído no Orçamento do Estado revisto. Foi necessário um forte empenho do Governo para atingir esse objectivo, uma vez que o crescimento económico foi menor do que inicialmente previsto. Foram implementadas medidas adicionais para a cobrança de receitas e venda de activos. Em 2002, as taxas de juro nominais continuaram a diminuir, ainda que de forma mais moderada do que no ano anterior. No final do ano, a taxa de juro média para o crédito às sociedades não financeiras era de 4,9 por cento, menos 0,2 pp do que em 2001, enquanto que a taxa para os depósitos até um ano se situava em 2,8 por cento, o que representa uma redução de 0,3 pp relativamente a Contrariando a tendência geral, a taxa de juro média para o crédito a particulares aumentou 0,2 pp, para 7,3 por cento. O crescimento do crédito interno (excepto administrações públicas) abrandou para 6,5 por cento, mantendo assim a tendência dos últimos dois anos. Em 2001, o crédito interno tinha crescido 11,6 por cento. Este abrandamento generalizou-se a todas as componentes do crédito, tendo o crescimento do crédito às sociedades não financeiras e do crédito a particulares abrandado para 7,9 e 9,6 por cento, respectivamente. Em 2001, o crédito às sociedades não financeiras tinha crescido 13,3 por cento, enquanto que o crédito a particulares tinha aumentado 10,4 por cento. O crédito às administrações públicas também abrandou, neste caso para 14,5 por cento, que compara com 28,6 por cento em O desempenho dos principais indicadores dos mercados financeiros foi, em 2002, principalmente afectado por um clima generalizado de incerteza económica e pelas tensões relacionadas com a crise iraquiana. Assim, o índice PSI-20 registou perdas pelo terceiro ano consecutivo, tendo diminuído cerca de 25,6 por cento relativamente ao ano anterior. O índice PSI-geral registou uma descida de 20,7 por cento. 14 INE, Notificação ao abrigo do Procedimento dos Défices Excessivos, Contas Nacionais - Setembro Idem. 14

15 Finanças Públicas em Portugal Num ano em que Portugal cumpriu a recomendação do Conselho ECOFIN de pôr fim à situação de défice orçamental excessivo, o saldo global do Sector das Administrações Públicas, na óptica da contabilidade nacional, atingiu em os 3.500,5 milhões de euros, correspondendo a 2,7 por cento do PIB. Este indicador representou, face a 2001, uma redução de 1,5 pontos percentuais, reflectindo um desvio de 0,1 pontos percentuais do PIB abaixo do objectivo definido no orçamento rectificativo de Maio de 2002 (2,8 por cento), bem como o estipulado no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) 17. GRÁFICO VI DÍVIDA BRUTA E SALDO DAS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS DA UNIÃO EUROPEIA NO ANO DE Dívida Bruta (em % do PIB) Itália Grécia Zona Euro Alemanha Portugal UE 15 Holanda França R. Unido Bélgica Áustria Espanha Irlanda Suécia Dinamarca Finlândia 20 Luxemburgo Saldo global (em % do PIB) O ano de 2002 continuou ainda marcado pelo clima de retracção económica na União Europeia, traduzido num crescimento económico que se situou em torno de 1 por cento do PIB. O défice da área Euro deteriorou-se em 0,6 pontos percentuais do PIB, pese embora a ligeira melhoria de 0,2 pontos percentuais verificada no indicador da Dívida. Países com um impacto muito significativo na economia europeia, como a Alemanha e a França agravaram os seus défices orçamentais, ultrapassando o limiar dos 3 por cento imposto pelo Tratado de Maastricht. Em 2001, Portugal apresentou o mais acentuado défice orçamental face à situação dos outros Estados-Membros, o que determinou, em 2002, o forte contraste com o comportamento da Zona Euro. Em 2002, Portugal, em cumprimento da reco- 16 Reporte dos Défices Excessivos de Setembro de Comparativamente aos dados publicados na segunda notificação de Setembro de Fonte: Eurostat Euro-indicators, news release 106/ de Setembro de

16 mendação do Conselho, reduz o défice em 1,5 pontos percentuais do PIB apresentando a melhoria mais significativa de entre os quatro Estados membros que mais corrigiram os saldos (a Grécia, a Itália e a Espanha registaram melhorias de 0,3 a 0,4 pontos percentuais do PIB), corrigindo, como já referido, a situação de défice orçamental excessivo ocorrida em Dos doze países que integram a Zona Euro, oito, incluindo Portugal, apresentaram saldos globais negativos, sendo que a Holanda, Áustria e Irlanda, registaram em 2002 uma trajectória negativa face ao equilíbrio orçamental alcançado em A Alemanha apresenta o maior défice (3,5 por cento do PIB), seguida da França (3,1 por cento do PIB), Portugal (2,7 por cento do PIB) e Itália com um défice de 2,3 por cento do PIB. Comparativamente com o défice orçamental para a Zona Euro (2,2 por cento), Portugal apresenta um saldo global superior em 0,5 pontos percentuais, sendo do conjunto dos quatro países com maior défice aquele que regista um menor nível de dívida pública bruta, 58,1 por cento do PIB, ou seja, 0,7 pontos percentuais inferior ao previsto no PEC , contra 60,8 da Alemanha, 106,7 da Itália e 59 da França. Na sequência do conjunto de medidas orientadas para a correcção da situação de défice excessivo, o orçamento rectificativo, aprovado em Maio de 2002, considerou, do lado da receita, o aumento da taxa normal de IVA e das taxas médias do imposto sobre produtos petrolíferos. Posteriormente, a aprovação no final do ano de diplomas que definiram o programa de regularização extraordinária de dívidas fiscais, assim como os respeitantes ao processo de alienação da rede fixa de telecomunicações à actual concessionária (Portugal Telecom), em conjunto com o diploma relativo à reintrodução do pagamento de portagens na Circular Regional Exterior de Lisboa (CREL), contribuíram para o estabelecimento de um valor do défice abaixo do limiar dos 3 por cento. Do lado da despesa, a fixação de limites ao crescimento das despesas dos Serviços e Fundos Autónomos, a par da cativação de parte das verbas do PIDDAC conjugada com uma mais selectiva bonificação de juros, foram elementos determinantes para uma maior contenção da despesa. Em termos de evolução dos grandes agregados de receita e despesa, na óptica da contabilidade nacional, os resultados do ano de 2002 reflectem a implementação dessas medidas, patente na melhoria do saldo primário em 1,4 pontos percentuais do PIB. Este facto, determinou a inversão da situação do défice primário de 1.362,6 milhões de euros verificada em 2001, para uma posição excedentária de 384,1 milhões de euros. A justificar esta evolução encontra-se o significativo esforço de contenção da despesa da Administração Central, as receitas extraordinárias e as receitas provenientes do Perdão Fiscal. Assim, o aumento da receita corrente, não obstante o abrandamento do crescimento económico em 2002, resultou em larga medida dos efeitos conjuntos da alteração da taxa normal do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), ocorrida em Junho de 2002, bem como dos aumentos verificados nas taxas médias do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP). Adicionalmente, de destacar o sucesso do programa de regularização extraordinária de dívidas fiscais e o aumento de outras receitas correntes, designadamente o acréscimo dos dividendos recebidos pelo Estado. 16

17 Por outro lado, a despesa corrente, comparativamente a 2001, regista um incremento do seu peso no PIB de 0,9 pontos percentuais. Na origem deste acréscimo estão os aumentos de 0,6 e 0,2 pontos percentuais verificados, respectivamente, nas Prestações sociais e Despesas com pessoal. A justificar o aumento das Prestações sociais, destacam-se a contabilização dos pagamentos dos serviços prestados pelos Hospitais, como prestações sociais em espécie, o aumento das despesas com pensões e o aumento das despesas com o subsídio de desemprego decorrente da conjuntura económica. O aumento marginal dos subsídios em 0,1 pontos percentuais e a estabilização do peso do consumo intermédio, a par com a evolução das prestações sociais e despesas com pessoal, contribuíram para um acréscimo de 0,4 pontos percentuais no consumo público. Os juros da dívida pública, pese embora registem em 2002 um crescimento em valor relativo de 1,5 por cento, em termos do seu peso no PIB, mantém a tendência decrescente do seu peso em 0,1 pontos percentuais. Complementarmente, o saldo de capital revela uma melhoria de 1,3 pontos percentuais do PIB, fundamentalmente explicados pela diminuição da despesa de capital em 1,2 pontos percentuais, facto que não resulta inteiramente de uma redução do investimento público, mas que reflecte os efeitos das medidas pontuais tomadas no final do ano pelo executivo, nomeadamente a alienação da rede fixa de telecomunicações à PT, assim como a venda do direito à reintrodução de cobrança de portagens na CREL, para além da venda de edifícios e terrenos públicos. No que respeita à evolução da dívida bruta, esta ascendeu, em 2002, a milhões de euros, (58,1 por cento do PIB), a que corresponde um agravamento de 2,6 pontos percentuais. Este agravamento, pelo segundo ano consecutivo, reflecte porém, em cerca de 1 ponto percentual, o recurso excedentário à dívida em resultado da incerteza associada às receitas de operações extraordinárias. A desaceleração do crescimento do PIB e o aumento de operações de regularização (incluindo a substituição de débitos comerciais por dívida titulada) explicam o acréscimo remanescente. No conjunto dos países da União Europeia e por ordem decrescente, a Itália, Bélgica e Grécia continuavam a apresentar valores da dívida largamente superiores aos compromissos estabelecidos pelo Tratado de Maastricht, sendo que a Áustria e Alemanha figuram respectivamente com valores de 67,3 e 60,8 por cento do PIB. Em 2002, Portugal, França e Alemanha foram os países que registaram maior deterioraçãos dos seus rácios da dívida, respectivamente, de 2,6; 2,2 e 1,3 pontos percentuais do PIB. Nos países da Zona Euro, Portugal posiciona-se 6,1 pontos percentuais do PIB abaixo do valor médio (64,2 por cento), enquanto que para o conjunto dos 15 países da União Europeia (59,1 por cento), essa posição se situa apenas a 1,0 ponto percentual do PIB. 17

18 1.3 Conta Consolidada da Administração Central e Segurança Social A conta consolidada da Administração Central e Segurança Social registou em 2002, na óptica da contabilidade pública, um défice de 3.610,2 milhões de euros (2,8 por cento do PIB), valor que face a 2001 traduziu uma melhoria de 0,3 pontos percentuais do PIB. A evolução do saldo global é explicada pelos comportamentos diferenciados do saldo corrente e do saldo de capital, respectivamente, menos 1,1 e 1,4 pontos percentuais do PIB. Comparativamente a 2001, a receita corrente revelou um crescimento de 7,6 por cento, sendo a rubrica de impostos indirectos aquela que apresentou maior variação em termos de pontos percentuais do PIB (0,7). Na origem desta evolução positiva encontra-se o programa de regularização extraordinária de dívidas fiscais aprovadas no final de 2002, associada igualmente aos efeitos produzidos pelas alterações ocorridas na taxa normal de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) e taxa média dos impostos sobre os produtos petrolíferos (ISP). A despesa corrente primária registou um acréscimo de 2,1 pontos percentuais do PIB, explicado essencialmente pelos aumentos verificados nas transferências correntes para outros sectores, nas despesas com pessoal e na aquisição de bens e serviços, respectivamente de 0,7; 0,4 e 0,5 pontos percentuais. Note-se contudo, que o comportamento da rubrica de aquisição de bens e serviços poderá reflectir o impacto eventual da não consolidação interna do Serviço Nacional de Saúde. Tenha-se igualmente presente, que o volume de despesas pagas com origem em anos anteriores, contribuiu em larga medida para o aumento da despesa corrente em As outras despesas correntes apresentam igualmente um incremento de 0,4 pontos percentuais, justificado em boa parte, pelo facto deste agrupamento incorporar as restituições à Direcção-Geral do Tesouro, efectuadas pelo IAPMEI, para regularização dos montantes respeitantes às Operações Específicas do Tesouro, associados ao Programa Operacional de Economia (POE) e à Modernização da Industria Portuguesa. Por outro lado, os encargos correntes da dívida evidenciam uma diminuição de 0,1 pontos percentuais do PIB. As receitas de capital com uma variação positiva de 0,8 pontos percentuais do PIB, reflectem na sua totalidade o acréscimo verificado nas Outras receitas de capital, rubrica que evidencia as medidas pontuais tomadas no final do ano, como foram a alienação da rede fixa de telecomunicações à PT e a venda do direito à reintrodução de portagens na CREL. Adicionalmente, a venda de edifícios e terrenos, a um nível mais elevado do que o ocorrido em anos anteriores, contribuiu também para o aumento das Outras Receitas de Capital. No que respeita às despesas de capital, a contracção em 0,6 pontos percentuais do PIB deste indicador, assentou fundamentalmente na redução das aquisições de bens de capital e transferências de capital, cada uma com 0,3 pontos percentuais do PIB. Na origem desta variação negativa muito contribuiu a política de contenção do investimento não comparticipado pela União Europeia, a nível da adminis- 18

19 tração central. A quebra das transferência de capital deveu-se essencialmente ao menor volume de transferências para empresas não financeiras, no âmbito de projectos de investimento co-financiados por fundos comunitários relativos ao QCA III. QUADRO 1.3.A CONTA CONSOLIDADA DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL E SEGURANÇA SOCIAL 19 Estado Serviços e Fundos Autónomos 20 Administração Central Segurança Social 21 (Milhões de euros) TOTAL 1. RECEITAS CORRENTES , , , , , Impostos directos e cont. p/ a Seg. Social ,9 7, , , , Impostos indirectos ,0 303, ,9 502, ,7 1.3.Taxas, multas e outras penalidades 378, , ,1 0, , Rendimentos da propriedade 554,4 146,8 701,2 190,1 891, Transferências correntes 464, , , , , Administrações públicas 379, ,0 482, ,7 17, União Europeia 26,8 864,9 891,7 0,4 892, Outras transferências 59,2 478,8 538,0 45,8 583, Outras receitas correntes 757, , ,9 111, ,8 2. DESPESAS CORRENTES , , , , , Pessoal , , ,5 287, , Aquisição de bens e serviços 1 219, , ,4 123, , Encargos correntes da dívida 3 827,6 13, ,1 3, , Transferências correntes , , , , , Administrações públicas ,4 521, ,6 464, , União Europeia 1 306,9 0, ,9 0, , Outras transferências 651, , , , , Subsídios 774,4 778, ,5 0, , Outras despesas correntes 228,3 778, ,1 0, ,1 3. SALDO CORRENTE ,3-9, , , ,8 4. RECEITAS DE CAPITAL 1 430, , ,1 664, , Transferências de capital 295, , ,3 648, , Administrações públicas 131, ,7 537,4 19,7 12, União Europeia 104, , ,8 628, , Outras transferências 59,2 97,8 157,1 0,0 157, Outras receitas de capital 1 135,8 345, ,8 15, ,7 5. DESPESAS DE CAPITAL 3 356, , , , , Aquisição de bens de capital 467, , ,4 60, , Transferências de capital 2 868, , ,2 996, , Administrações públicas 2 668,5 258, ,9 524, , Outras transferências 199, , ,2 471, , Outras despesas de capital 21,5 102,6 124,1 7,0 131,1 6. SALDO GLOBAL ,0 497, ,5 842, ,2 (em percentagem do PIB) -3,8% 0,4% -3,4% 0,7% -2,8% 7. SALDO PRIMÁRIO ,4 511,0-611,4 845,4 234,0 (em percentagem do PIB) -0,9% 0,4% -0,5% 0,7% 0,2% 8. ACTIVOS FINANC. LÍQ. DE REEMB. 923,4 280, ,3 674, ,7 9. SALDO GLOBAL INCL. ACT. FIN ,4 217, ,9 168, ,9 (em percentagem do PIB) -4,5% 0,2% -4,4% 0,1% -4,2% 19 Relativamente à consolidação das transferências, assumiu-se integralmente a consolidação intrasectorial implícita ao mapa 3.7, corrigindo-se adicionalmente as receitas e despesas dos SFA s de e para o Estado, pela informação do Estado, compensando-se os desvios em Outras receitas (despesas) de transferências. 20 A conta dos SFA s tem como fonte o mapa 3.7 anexo à CGE (não inclui as contas de gerência da Assembleia da República e do Instituto Português de Santo António em Roma), ao qual se retirou a conta do Fundo de Regularização da Dívida Pública (FRDP). Também nos SFA s foi retirada a receita proveniente da União Europeia, relativa ao Fundo Social Europeu (FSE) e recebida pelo Instituto de Gestão do Fundo Social Europeu (IGFSE), verba que surge registada na conta da Segurança Social em receita de capital proveniente do Exterior. 21 As receitas e as despesas da Segurança Social de e para a Administração Central foram corrigidas pela informação proveniente da Administração Central. A conta da Segurança Social tem como fonte o mapa Execução orçamental do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS) sobre o qual se procedeu às seguintes alterações: a receita de transferências provenientes do FSE e a despesa de transferências com suporte em verbas do FSE, aparecem registadas como receitas e despesas de capital e não como correntes, de modo a ser compatível com os registos no subsector dos SFA s. 19

20 Em termos de saldo global, este indicador releva, no entanto, comportamentos distintos a nível dos diferentes subsectores. Em particular, o Estado apresenta uma melhoria do seu saldo global, excluindo transferências intersectoriais, em 0,9 pontos percentuais do PIB, explicado essencialmente pela evolução positiva do saldo de capital, excluindo as referidas transferências, resultante da alienação da rede fixa de telecomunicações à PT e da venda do direito à reintrodução de portagens na CREL, conjugado com os efeitos dos cortes efectuados no investimento não comparticipado pela União Europeia, a nível da administração central. Os Serviços e Fundos Autónomos, condicionados em 2002 pela passagem do Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social (IGFCSS) para o subsector da Segurança Social, registam uma diminuição do seu saldo global em 0,4 pontos percentuais do PIB face ao saldo do ano anterior. Na origem desta evolução encontram-se os aumentos na despesa corrente, nomeadamente os verificados em Aquisição de Bens e Serviços, Outras Despesas Correntes e Transferências Correntes, respectivamente, mais 0,5, 0,4 e 0,3 pontos percentuais do PIB. Adicionalmente, a redução do saldo de capital justificou-se pela diminuição ocorrida na receita de Transferências de Capital, uma vez mais como resultado da passagem do IGFCSS para a Segurança Social, e consequente diminuição do nível das transferências de capital no valor das verbas recebidas pelo Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social. A Segurança Social evidencia uma melhoria do seu saldo global em 0,9 pontos percentuais, explicada em parte pela integração neste subsector do Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social (IGFCSS). O incremento da receita corrente em 0,7 pontos percentuais, fundamentalmente sustentada pelo aumento verificado nas transferências correntes, destinadas ao cumprimento da Lei de Bases do Sistema de Solidariedade e Segurança Social, está associado ao facto de, em 2001, a transferência para cobertura do défice do Regime Não Contributivo Equiparado (RNCE) e do Regime Especial de Segurança Social das Actividades Agrícolas (RESSAA), se ter concretizado em títulos recebidos em Dezembro. Realça-se, ainda, o aumento de receitas provenientes do perdão fiscal, cujos montantes arrecadados contribuíram para um acréscimo das contribuições em 0,1 pontos percentuais do PIB. Contrariamente, a despesa corrente sofre um incremento de 0,4 pontos percentuais do PIB, justificado pelos aumentos verificados, nomeadamente, na despesa com subsídio de desemprego e pensões de velhice. Por outro lado, a evolução positiva do saldo de capital em mais 0,5 pontos percentuais, assentou na quase totalidade na redução da despesa de capital com transferências. Apesar de as transferências de capital para subsidiar acções de formação profissional com suporte no FSE registarem em 2002 um forte aumento, este efeito foi no entanto absorvido pela supressão do registo da transferência de capital para o FEFSS, originada com a inclusão do IGFCSS na Segurança Social. Tomando como comparação os valores previstos aquando da aprovação em Maio de 2002 do Orçamento rectificativo do Estado, a Segurança Social regista uma melhoria de 0,1 pontos percentuais do PIB do seu saldo global, enquanto o subsector Estado apresenta um défice superior em 0,3 pontos percentuais, e os SFA uma redução do seu saldo global em 0,1 pontos percentuais do PIB. 20

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