ANOREXIA: QUESTÕES SOBRE A FEMINILIDADE

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1 ANOREXIA: QUESTÕES SOBRE A FEMINILIDADE Danuza Effegem de Souza¹ Raquel Raymundo da Matta Prof. Fernando A. Feitoza Prof. Paulo R. Mattos Julho de Uma reportagem² educativa veiculada em um telejornal de alcance nacional aconselha pais de adolescentes a monitorarem o acesso de suas filhas a blogs e sites que divulgam experiências de mulheres com transtornos alimentares, anorexia nervosa e bulimia, apelidados por elas mesmas com os nomes femininos Ana e Mia. Segundo o veículo, as informações expostas na internet poderiam influenciar as jovens a desenvolverem os transtornos, pois as fotos e diários ensinavam os comportamentos e davam dicas sobre como levá-los adiante, exibindo a visão que elas próprias têm dos transtornos: um estilo de vida movido por uma escolha e não uma condição patológica. A reportagem oferece ainda dados estatísticos que evidenciam o aumento do número de casos e enfatiza a severidade a que alguns quadros clínicos chegam e as múltiplas abordagens terapêuticas envolvidas no tratamento. Esta notícia é apenas um fragmento ilustrativo de algo que aparece com frequência na mídia como uma doença da moda, o que nos convoca a pensar a respeito desses sintomas e o contexto em que eles surgem. Chamar a anorexia de doença da moda é conveniente não apenas pela ligação feita entre esta condição e a contemporaneidade, mas também porque é no circuito da moda que os casos graves ganham notoriedade enquanto patologia de difícil tratamento. Ainda utilizando a metáfora e questionando um aspecto contido na reportagem, convém pensar se os distúrbios alimentares podem ser assim incutidos nas pessoas à semelhança das contagiantes - ou seriam contagiosas? - tendências de moda. Esta é uma questão complexa, pois transporta a anorexia nervosa do território da medicina, que estuda e trata do corpo e suas disfunções, para a psicologia enquanto campo disposto a investigar as motivações humanas mais íntimas, principalmente pela suspeita de que fatores culturais possam estar agindo na etiologia da doença. ¹ Danuza Effegem de Souza e Raquel Raymundo da Matta são discentes do curso de Psicologia da Universidade Federal Fluminense e foram orientadas no presente trabalho pelos professores Paulo R. Mattos e Fernando A. Feitoza. ² Reportagem exibida em 19 de julho de 2012, no telejornal Jornal Hoje, da RedeGlobo. Disponível em: 1

2 A anorexia porta um enigma por constituir-se num substrato que resiste à convenção dicotômica corpo e mente: os sintomas visíveis e catalogáveis não são consequências de disfunções orgânicas que impeçam a alimentação ou bloqueiem o apetite. Ao contrário, os danos orgânicos são consequência da obstinação e da luta contra o funcionamento biológico regular do corpo, que impõe o ato de comer como condição para a existência. A abstinência da anoréxica constitui um protesto veemente que pode se transformar em risco efetivo de vida. O percurso da psicanálise se deu em grande parte nesse território limítrofe entre o corpo e o psiquismo, começando com a questão colocada pelas mulheres que histericamente adoeciam sem que a lógica médica pudesse dar conta dos sintomas emergentes. Ou seja, mimetizavam no corpo padecimentos advindos de outra cena. A fundação deste edifício teórico, levantada por Freud, não excluiu a ambiguidade, mas deu a ela lugar de destaque na teoria da pulsão, conceito fundamental. O corpo é o corpo animal, vivente, mas é também o corpo construído pela linguagem que costura os órgãos e os recobre como uma membrana que o protege e singulariza, mas é permeável, para permitir trocas de diferentes naturezas, já que o ser humano é um ser de relação, o que em última instância quer dizer que é um ser de linguagem, capaz de atribuir valor simbólico ao próprio corpo. Como aponta Freud (1910) Tanto os instintos sexuais como os instintos do ego têm, em geral, os mesmos órgãos e sistemas de órgãos à sua disposição. O prazer sexual não está apenas ligado à função dos genitais. A boca serve tanto para beijar, quanto para comer e para falar; os olhos percebem, não só alterações no mundo externo, que são importantes para a preservação da vida, como também as características dos objetos que os fazem ser escolhidos como objeto de amor seus encantos. Confirma-se, assim, o adágio segundo o qual não é fácil para alguém servir a dois senhores ao mesmo tempo. Quanto mais estreita a relação que um órgão, uma função dupla desta espécie, contra um dos principais instintos, tanto mais estabelece com uma das grandes pulsões, mais ele se recusa à outra. (p.225) As trocas afetivas que engendram as relações de objeto pressupõem esta capacidade de ora deixar-se inundar pelo outro, ora tomar o outro como objeto, capturando-o. Essas posições, passiva e ativa, estão também implicadas nos mecanismos mais precoces e essenciais à sobrevivência e à constituição subjetiva, processos simultâneos. Em torno da alimentação têm inicio as primeiras trocas do bebê 2

3 com o mundo, pois ao nascer, este ainda encontra-se num estado de prematuridade que o aliena àqueles que dele cuidam, predominantemente a mãe. À medida que esta mãe oferece cuidados a seu filho ela deposita em seu pequeno corpo os significantes, porque não apenas o manipula, mas fala com ele e recebe seu choro como mensagem. Quando a mãe interpreta o choro como uma demanda de amor e não apenas necessidade puramente orgânica, é que à fome, por exemplo, é dada a possibilidade de conjugar-se com outros significados, pois segundo Lacan (1957), desde a origem a criança se alimenta tanto de palavras quanto de pão. (p. 192) Embora o comer esteja na base das necessidades humanas, este ato é investido de significados que ultrapassam a questão da sobrevivência e se aproxima da maneira como cada um se coloca em sua vida de relação. Introduzindo a anorexia nervosa em um debate sobre a fronteira entre a medicina e a psicanálise Isabel Fortes expõe: Na anorexia, a recusa do alimento pode ser compreendida como recusa da alteridade, como negação do alimento ofertado pelo outro. Ao dizer não tenho fome, a paciente tenta se desatar, pelo controle do objeto da necessidade, de um outro intrusivo, da relação de dependência com o outro. (p. 83) Se por um lado a anorexia faz-se de enigma, ela nos aproxima de um outro tema que também se fez enigmático para a psicanálise desde Freud: a mulher. A psicanálise avançou muito na compreensão de como um homem desprende-se da mãe, seu primeiro objeto de amor, por uma intervenção paterna, à qual chamamos castração, e pode assim tomar uma mulher como objeto de amor, mas permaneceu tomada pela complexidade destas mesmas operações quando ligadas ao desenvolvimento da feminilidade. O Édipo produz o homem, não produz a mulher, é o que diz Soler (2005, p. 17). O sexo anatômico no humano não define por completo a posição que será ocupada na partilha sexual, o sexo se determina segundo a relação do sujeito com a castração que revela, não uma simetria, mas sim uma essencial dissimetria entre homens e mulheres. André (1987, p.26 ). A esse propósito Soler (2005) explica que: Essa dissimetria, prende-se ao fato de que a mulher, para se incluir no casal sexual, deve não tanto desejar, mas fazer desejar, ou seja, moldar-se às condições de desejo do homem. (p. 33). Assim é que as posições de atividade e passividade se combinam aos papéis de masculino e feminino, superando a anatomia. 3

4 Lacan, no seminário Mais Ainda (1982), afirmou que a mulher não existe e enfatizou a falta de um modelo de referência para a mulher. O falo é o signo da diferença sexual, e na anatomia corresponde ao pênis. No psiquismo a diferença sexual se dá pela presença ou ausência do falo, e a mulher é o sujeito que não o possui. Não possui o falo ou qualquer significante que a represente de maneira insofismável. À mulher faltam ao mesmo tempo o falo e um significante do feminino. Em busca do falo é que ela se volta para um homem, e em busca do significante é que ela investe no próprio corpo com devoção muito maior que o homem. André em O que quer uma mulher? (1987) conclui que: à falta de ter o falo, a mulher cuida particularmente de sua imagem corporal de tal sorte que esta chega a adquirir o valor de falo: à falta de ter o signo identificatório do pênis, ela tem um corpo feminino. Em consequência, o corpo feminino, apoiando-se sobre o real da carne, adquire ao mesmo tempo um valor principalmente simbólico. (p. 115) O que por estrutura engendra uma invenção, que se faz por meio da simbolização e da elaboração, nas circunstâncias atuais é capturado pelo mercado de consumo: a moda pode ser vista como um ícone do que a mulher consome e imprime ao corpo, numa tentativa de validar o feminino em si mesma, podendo abster-se do trabalho de elaborar a falta de um significante para o seu sexo. Ademais, para André (1987), uma mulher encontra-se sempre um pouco em falso no plano de sua identificação imaginária, e sua imagem corporal lhe parece sempre vacilante e frágil. Daí estar sempre buscando ser reassegurada de sua feminilidade, onde a moda encontra sua função. As modelos que habitam as passarelas vendem as roupas que são tendência em cada estação e também se oferecem enquanto ideais do que é uma mulher, o que restringe o ser da mulher ao corpo-imagem. Entretanto, essa redução fracassa porque, como nas palavras de André: Esta falta de apoio para uma identificação especificamente feminina quer dizer, outra que não a fálica faz com que a imagem corporal numa mulher não possa revestir e erotizar o real do corpo. (Ibid, p. 112) Neste âmbito, é surpreendente que o modelo atual de beleza feminina não contemple as formas arredondadas do corpo feminino, mas imponha extinção de todo 4

5 excesso, a minimização das medidas, levando essas profissionais, diretamente, e a sociedade, indiretamente, a engendrar métodos para atingir um suposto corpo ideal. É importante acrescentar que ao tomarem como corpo ideal o modelo passarela, as mulheres se distanciam da busca de um ideal de seu próprio corpo, que seria uma bússola à orientar cada uma em sua singularidade na procura de uma beleza possível. Ao mesmo tempo, ao tomarem como alvo o corpo daquelas que se vestem para a moda, deixam de endereçar-se para um homem, renunciando a uma dimensão da feminilidade. É neste contexto que ganha visibilidade para a população a crescente ocorrência de casos de anorexia e bulimia, transtornos alimentares associados hoje à busca feminina de enquadre nos padrões de beleza. Mesmo reconhecendo a compatibilidade da anorexia com manifestações da cultura atual, é possível lançar outros olhares sobre a questão, como faz Della Nina (2011) quando afirma que a cultura não causa a doença, mas é parte dela (p.41). Interpretar a anorexia nervosa como resposta à inclinação atual em exibir corpos cada vez mais enxutos é correr o risco de ser superficial. Além disso, uma clínica que se satisfaça com uma explicação tão restritiva só pode sustentar-se numa ingenuidade por supor que as razões do sujeito são aquelas que respondem ao por que, de forma consciente e organizada, o que não é o caso da psicanálise. A psicanálise pensa o sintoma como mensagem que atravessa os três registros em que o corpo está inserido, o real, o simbólico e o imaginário. O que não pode ser simbolizado fixa-se no corpo real. Desde outros tempos e cada vez com mais nitidez, observa-se que a anorexia nervosa acomete mulheres numa proporção díspare em relação aos homens, razão pela qual aproximamos os temas da feminilidade e da anorexia. É curioso ainda constatar que a doença é batizada como Ana, um nome de mulher. Embora não se considerem doentes ou necessitados de tratamento, até mesmo os indivíduos do sexo masculino dizem que têm a Ana. Para aqueles que a conhecem de perto a anorexia não é doença, é mulher, talvez por isso resista a conceitualizações. Em suas primeiras teorizações Freud interessou-se pela anorexia, vinculando-a a uma defesa contra o desenvolvimento da sexualidade ou ainda ao quadro melancólico, conforme Nina (2011, p.25). André (1987) chama atenção para a constatação de que, se não há sexo feminino enunciável como tal, a feminilidade só pode ser concebida como um tornar-se. O autor menciona ainda que Lacan situou esse 5

6 tornar-se como efeito dos significantes, e não produto de um longínquo desenvolvimento. A partir desta constatação, abre-se caminho para a descoberta de que nasce uma mulher a partir da descoberta da castração da mãe, pois é a partir dela que a menina desvaloriza o personagem materno, podendo voltar-se para o pai, esperançosa de receber dele aquilo que sua mãe, por natureza, não lhe pode dar. Entretanto, o mesmo autor compartilha a angústia, que havia sido de Freud, em saber se esta mudança de objeto possui valor de metáfora. Diz André referindo-se a Freud: Pois toda a problemática feminina, ele vai constatá-lo cada vez mais claramente, não é outra coisa senão o retorno inelutável da relação antiga com a mãe. Tudo se passa como se, para a menina o pai nunca substituísse completamente a mãe, como se fosse sempre esta última que continuasse a agir através da figura do primeiro. (Ibid, p. 179) Pommier também retoma Freud em A Exceção Feminina, mas propõe uma revisão tendo como base as descobertas mais tardias de Freud, posteriores a 1930, que o levam a concluir que a feminilidade é própria do ser humano e está na origem: tanto o menino quanto a menina são originalmente passivos; são objetos de desejo do Outro materno; depois são ativos e ingressam, nessa medida no gozo fálico. Enfim, a mulher pode, segundo as vias que lhe são próprias, retomar sua passividade. A revisão das primeiras concepções se resume então em considerar que não convém falar de um tornar-se mulher, mas de um re-tornar-se mulher, de um retorno à feminilização original que é o próprio do ser humano na sua relação com a linguagem. (p. 40) A leitura de Pommier não é contraditória à posição de Lacan, segundo André (1987), quanto à alienação essencial à constituição do sujeito: Essa experiência primária de passividade sexual, onde o sujeito é gozado pelo outro, é o que Lacan nos ensinou a designar como a posição na qual o sujeito se reduz a ser objeto causa de desejo do Outro - em sua fantasia, mas também na experiência real de dependência com relação ao primeiro outro, que é a mãe. (Ibid, p. 88). O que Freud mostrou com o estudo da histeria, foi que, mesmo sendo a passividade considerada como uma posição original do humano, sustentar-se nessa posição não é possível para todas. A histérica e a mulher divergem quando à aceitação 6

7 dessa posição objetal, na medida em que a primeira recua e a outra consente em ser para um homem aquilo que lhe falta, o que significa, em última instância, ser para o outro o falo que ela mesma não tem. Portanto, no que concerne à feminilidade, para revolta dos feministas, é o amor, a via que possibilita a ascensão da mulher à castração, permitindolhe ingressar na feminilidade. Soler (2005) explica que: na impossibilidade de ser A mulher, resta ser uma mulher, a eleita de um homem. Ela toma emprestado o um do Outro, para se certificar de não ser apenas um sujeito qualquer o que ela é, a partir do momento em que é um ser falante, sujeito ao falicismo mas ser, além disso, identificada como uma mulher escolhida. Assim, é compreensível que as mulheres, histéricas ou não, amem o amor (p. 57) As anoréxicas, diferentemente daquelas que seguem uma trilha a caminho do feminino, não se oferecem como falo para o outro, parecem querer ocupar lugar nenhum, simplesmente desaparecer da partilha sexual. Também se diferenciam das histéricas, pois estas são sempre vacilantes quanto à posição de objeto de desejo do outro, vivem um jogo de mostrar e esconder que não está em questão para as obstinadas jejuadoras. Enquanto a mulher quer gozar e a histérica quer ser, a anoréxica deseja outra coisa, que sustenta à custa de sua consumição. De maneira muito mais acentuada na adolescência, quando confrontada pelo real sexual no próprio corpo, a mulher precisa dar conta do seu lugar nas relações de objeto, e o lugar que lhe é reservado enquanto sujeito feminino é o de objeto de amor de um outro, portanto, um lugar passivo. Abraçar essa passividade é consentir retornar a ela. Os sintomas da anorexia solucionam o impasse diante do destino insuportável de objeto. O comportamento da anoréxica, para além da questão alimentar, sinaliza o desejo de fazer outro uso do corpo e de extinguir nele o desejo sexual e a sua dimensão de organismo, o que nos remete a Freud, quando fala das pulsões sexuais e de conservação, que se instalam em um mesmo substrato, a saber, o corpo. Existe uma aversão às formas femininas que ficam embotadas, cessam as ovulações, há uma mortificação da sensualidade nas formas femininas eliminadas, vivenciadas como estranhas ao corpo o sexual que emerge é vivenciado como estranho, causa horror. Em O estranho (1919), Freud concluiu que um dos significados da palavra estranho (heimlich), é exatamente idêntico ao seu antônimo, familiar, íntimo e secreto, 7

8 como esclarece essa metáfora: O que você entende por heimlich? Bem, são como uma fonte enterrada, ou um açude seco. Não se pode passar por ali sem ter sempre a sensação de que a água vai voltar novamente. (Ibid, p. 241). Na experiência do tornarse mulher, o sujeito encontra-se com vivências muito íntimas de outro momento da constituição subjetiva, quando já ocupara o papel de objeto materno, o que pode lhe causar horror. André também retoma este texto de Freud para mostrar o horror que surge da fantasia de ser reintegrado à mãe, o que se assemelha a ser enterrado vivo: Na medida em que uma parte da mãe fica sem significante, como uma zona de silêncio com relação àquilo que se diz e que se nomeia, a mãe é um equivalente da morte, e só na morte é reencontrada. É isso que fará com que Freud diga em 1919, em O Estranho, que a idéia de ser enterrado vivo - fantasia recorrente - não é senão a transformação da fantasia de uma vida dentro do corpo materno. (Ibid, p.59) Portanto, na anorexia a passividade é vivenciada como ameaçadora por conectarse a uma fantasia de fusão na qual apenas a mãe existe enquanto sujeito, e o filho depende de que esta o alimente. Uma maneira de romper com esta simbiose, embora perigosa, é extinguir a necessidade, negar a condição orgânica do corpo para fazer com que o desejo exista. É este mesmo desejo que na anorexia funciona como motor da determinação de colocar-se contra o imperativo orgânico, afirmando uma recusa em alimentar-se. Capturado por esta urgência subjetiva, o desejo na anorexia está voltado para este conflito imaginário e simbólico que se concretiza no cenário do corpo, e por consequência, deixa de lançar-se a outros objetos de amor. A imagem do corpo emagrecido cultivada com esforço pela anoréxica, fotografado e exibido em canais virtuais compartilhados, é o depósito de seus investimentos e também sua fonte de gozo. Porém, este corpo não erogenizado, não é ofertado como objeto para um outro, o que constitui um entrave importante para que uma mulher possa consentir ocupar uma posição feminina em uma relação amorosa. Dialogando com a teoria psicanalítica, fizemos uma leitura da anorexia como uma posição de recusa a uma passividade inerente à feminilidade manifestada no corpo de forma sintomática a partir do horror que toma a realidade psíquica de uma mulher, quando esta resgata uma posição passiva preliminar de sua constituição subjetiva. Este enfoque privilegia questões intimamente ligadas à feminilidade sem, entretanto, subtrair a importância de estudos anteriores que abordam predominantemente a delicada relação de uma criança com sua mãe, enquanto nutriz. Nosso estudo evidencia que o enfoque na 8

9 relação materna e a problemática do tornar-se mulher se entrelaçam, pois é na realidade psíquica que os eventos da infância assumem a dimensão traumática, em um tempo posterior e a trajetória na direção da feminilidade tem seu desfecho. Referências Bibliográficas: ANDRÉ, S. O que quer uma mulher? Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, FORTES, I. Um novo lance de dados: Psicanálise e medicina na contemporaneidade. Companhia de Freud Editora, LACAN, J. O falo e mãe insaciável, em: O seminário livro 4: a relação de objeto. Texto estabelecido por Jacques Alain Miller. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, O seminário: livro XX: Mais, ainda. ( ). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, DELLA NINA, M. Anorexia nervosa e a psicanálise: tendências e uma leitura. In: Distúrbios alimentares, uma contribuição da psicanálise. Bruno, C. (Org). Rio de Janeiro: Imago Editora, FREUD S. A concepção psicanalítica da perturbação psicogênica da visão. Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud, Rio de Janeiro: Imago Editora, 1910, Vol. XI.. O estranho. Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud, Rio de Janeiro: Imago Editora, 1919, Vol. XVII. POMMIER, G. A exceção feminina os impasses do gozo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, SOLLER, C. O que Lacan dizia das mulheres. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora,

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