O CÍRCULO DE CULTURA DE PAULO FREIRE E O CUIDADO DE SI DE IDOSOS NA HIPERTENSÃO ARTERIAL
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1 O CÍRCULO DE CULTURA DE PAULO FREIRE E O CUIDADO DE SI Resumo DE IDOSOS NA HIPERTENSÃO ARTERIAL SILVA, Carla Luiza da UEPG clsilva21@hotmail.com GONÇALVES, Caroline UEPG carolgonc@hotmail.com GRDEN, Clóris Regina Blanski UEPG reginablanski@hotmail.com CABRAL, Luciane Patrícia Andreani UEPG luciane_pac@hotmail.com ZIMMERMANN, Marlene Hanger - UEPG marlene_hz@yahoo.com.br Eixo Temático: Educação e Saúde Agência Financiadora: não contou com financiamento. Hipertensão arterial constitui um dos principais fatores de risco populacional para as doenças cardiovasculares e é considerada uma doenças crônicas não-transmissíveis, que têm acometido muitas pessoas nos últimos anos, principalmente os idosos, que possuem outros agravos a saúde. Melhorar a qualidade de vida desta população idosa é uma questão de prevenção que se dá por meio das ações efetivas da saúde pública no Brasil. Este trabalho tem como objetivo o levantar o perfil de uma população idosa atendida em uma Unidade Estratégia Saúde da Família e desenvolver ações planejadas de saúde. Este estudo é uma pesquisa quantitativa, realizada em uma Unidade Saúde da Família da cidade de Ponta Grossa Pr, com uma amostragem de 30 idosos com o período de coleta de 01/06/2007 à 15/06/2007, sendo realizado o trabalho com os idosos sobre a necessidade da prática do cuidado de si durante as 3 oficinas realizadas. Encontrou-se neste estudo que prevaleceu os idosos do gênero feminino (20) e 10 do gênero masculino, a faixa etária predominante foi dos 65 aos 67 anos com 60 %, seguido de anos com 33,4% e de 63 a 64 anos com 26,6%, sendo estes participantes 66,6% casados, 26,6% viúvos e 6,8% separados. Evidenciou ao final das oficinas, um déficit das informações passadas aos idosos, porém cabe os profissionais da enfermagem ressaltar a importância de todos os benefícios dessas informações para o paciente e o seu tratamento para a melhoria da qualidade de vida. Palavras-chave: Educação em saúde. Idoso. Qualidade de vida. Introdução
2 12029 No Brasil, as doenças crônicas não-transmissíveis, como a hipertensão arterial, apresentaram aumento significativo nas últimas décadas, sendo responsáveis por um grande número de óbitos em todo o país. A hipertensão arterial constitui um dos principais fatores de risco populacional para as doenças cardiovasculares, sendo que 60% a 80% dos casos podem ser tratados ambulatorialmente (BRASIL, 2008), sendo a prevenção a forma mais eficaz de enfrentar as complicações decorrentes da doença. Deste modo, a doença tem se constituído num dos mais graves problemas de saúde pública no Brasil, responsável por 40% das mortes por acidente vascular encefálico e 25% das ocorridas por doença arterial coronariana (BRASIL, 2006). Inserido na Estratégia Saúde da Família (SF), o enfermeiro como integrante da equipe de saúde, desenvolve suas atividades em dois campos essenciais: na unidade de saúde e na comunidade, na qual presta cuidados aos usuários e famílias, bem como realiza atividades de promoção, prevenção e educação em saúde. Destacando desta forma, a participação ativa e fundamental deste profissional no controle da hipertensão arterial, que pode ser de modo diversificado e em vários níveis de complexidade. Sua contribuição pode acontecer na detecção precoce da doença por meio da mensuração da pressão arterial, bem como na investigação de fatores de risco, nos hábitos de vida dos idosos e no cuidados no que diz respeito à adesão ao tratamento medicamentoso ou não medicamentoso. Diante do exposto, políticas de saúde têm sido adotadas, visando à melhoria na qualidade de vida dos idosos. No entanto, o sistema de atenção à saúde ainda é precário, apresentando muitos obstáculos para que os recursos disponíveis sejam utilizados adequadamente, possibilitando desta forma agravos e a cronicidade da doença, comprometendo a resolutividade dos problemas de saúde dos idosos. Nesse contexto, uma doença crônica como a hipertensão arterial associada a fatores sócio-econômicos e culturais, influenciam o comportamento dos idosos em relação à adesão ao tratamento bem como a adoção de medidas de prevenção e cuidado de si relacionado à doença. Configura-se então, a possibilidade da Enfermagem planejar e implementar cuidados fundamentados nas necessidades específicas de cada idoso, com intuito de melhorar a qualidade de vida, por sua vez, a equipe de saúde é incentivada a promover ações que
3 12030 identifiquem precocemente os agravos mais frequentes e medidas de reabilitação voltadas a evitar a separação do idoso do convívio familiar e social. Destarte, objetiva-se levantar o perfil de uma população idosa atendida em uma Unidade Estratégia Saúde da Família e desenvolver ações planejadas de saúde. Metodologia Trata-se de estudo descritivo, com abordagem qualitativa em que foi priorizado o discurso dos entrevistados como fonte de informação, utilizando a metodologia Círculo de Cultura de Paulo Freire, que permite o desenvolvimento de trabalhos em grupos, nas quais há possibilidade de troca de experiências, porquanto o indivíduo se nutre do grupo e o grupo cresce pela participação individual de cada elemento do grupo, para investigar os cuidados de si que adotam diante da hipertensão arterial, para, posteriormente, desenvolver ações planejadas de saúde, alicerçadas no perfil traçado. A coleta de dados foi realizada com idosos, de ambos os sexos, portadores de hipertensão arterial, integrantes da área de abrangência de uma Unidade Saúde da Família da cidade de Ponta Grossa/PR perfazendo um total de trinta idosos. O período da coleta compreendeu de 1/06/2007 à 15/06/2007, na qual foram realizadas três oficinas, no próprio ambiente da Unidade de Saúde, com a participação de 8 idosos na primeira, 10 idosos na segunda e 12 idosos na terceira. Os critérios de seleção para a participação neste estudo foram: ser idoso, idade igual ou acima de sessenta (60) anos, portador de hipertensão arterial, ambos os sexos, fazer parte da área de abrangência da unidade; ter capacidade de absorver e fornecer informações. Com o objetivo de descontrair os integrantes do grupo, o Círculo teve início com a apresentação breve dos idosos e pesquisadores, posteriormente a pressão arterial foi aferida e registrada. Num segundo momento, aconteceu o processo de questionamento sobre os dados de identificação dos participantes. Na seqüência, foram realizadas perguntas abertas acerca da hipertensão arterial para os idosos, que respondiam verbalmente um por vez, em uma seqüência aleatória, oportunizando aos mesmos manifestar o seu próprio conhecimento acerca da temática por meio da informação verbal. Os dados foram registrados utilizando o gravador, com a devida autorização dos participantes, e analisados qualitativamente, através das falas dos sujeitos. Os participantes foram informados e esclarecidos sobre os objetivos da pesquisa, bem como esclarecido o
4 12031 direito à participação ou não no estudo. A seguir, foi realizada a leitura pelo pesquisador e a assinatura dos idosos no termo consentimento livre e esclarecido. Para garantir o anonimato e sigilo dos dados, os entrevistados foram identificados por meio das iniciais de seus nomes. Foram respeitados os aspectos éticos de participação voluntária e consentida, fazendo constar a assinatura do paciente/ responsável no termo de consentimento livre esclarecido, conforme Resolução CNS 196/96 do Ministério da Saúde. A instituição foi comunicada e esclarecida quanto à viabilidade do estudo e do compromisso de manter o anonimato. O projeto foi aprovado pela Comissão de Ética em Pesquisas Envolvendo Seres Humanos da Universidade Estadual de Ponta Grossa, recebendo parecer favorável sob o Nº21/2007 na data 31 de maio de Resultados e discussão Após a coleta dos dados nas oficinas, foi realizado o perfil dos participantes, desvelando os cuidados de si desenvolvidos pelos idosos diante da hipertensão arterial. Tabela 1 - Perfil dos participantes, Ponta Grossa - PR, Características demográficas N % Sexo Feminino Masculino Faixa etária anos anos anos Estado civil Casado Viúvo Divorciado Escolaridade Ensino fundamental incompleto Ensino fundamental completo Nunca estudou Fonte: Os autores, ,6 33,4 33,4 26, ,6 26,6 6,8 76,6 6,8 16,6 Observa-se na tabela 1 que, 66,6 % (n = 20) dos participantes da pesquisa eram do sexo feminino e 33,4 % (n = 10) do sexo masculino. A faixa etária predominante foi de 33,4% (n = 10) entre anos, 26,6% (n = 8) entre anos, 60% (n = 12) entre anos. Quanto ao estado civil, 66,6 % (n = 20) dos idosos eram casados, 26,6% (n = 8) viúvos e 6,8% (n = 02) separados. Ao que se refere à escolaridade, 76,6% dos idosos cursou ensino
5 12032 fundamental incompleto, 6,8% dos idosos o ensino fundamental completo e 16,6% dos idosos nunca estudou. Círculos de Cultura desvelando o cuidado de si do idoso na hipertensão arterial A proposta de trabalho programada para os Círculos de Cultura foi elaborada informalmente e com possibilidades de alterações (tema de dobradiça). Desta forma, foram realizadas três oficinas, com a participação de 8, 10 e 12 idosos sequencialmente. O primeiro momento foi caracterizado pela apresentação dos participantes, no qual alguns dos idosos manifestaram posicionamentos favoráveis quanto ao tema. O grupo considerou importante discutir e trabalhar mais profundamente o tema: o idoso e o cuidado de si na hipertensão arterial. A adesão e interesse em participar dos Círculos de Cultura foi representada pela presença de descontração e euforia dos envolvidos nas etapas propostas. Fator positivo que facilitou a interação entre o animador, representado pela figura de um dos pesquisadores com o grupo. O segundo momento do Círculo ocorreu quando buscou-se no universo e vocabulário dos participantes, palavras centrais, advindas do tema proposto, que possibilitassem a motivação dos idosos a participarem da proposta. Nessa perspectiva, teve início a primeira indagação ao grupo: o que entendem por hipertensão arterial? Esse negócio de entender essa tal de hipertensão é só com o meu marido... (D.A) Sabe não tenho certeza, acho que o nervosismo altera a pressão... (M.J) Alguma coisa eu entendo, tipo é pressão alta. (M.I) Os relatos acima demonstram que os idosos em sua maioria (29), não souberam definir a hipertensão arterial. Embora, muitos deles tenham recebido algum tipo de orientação dos profissionais de saúde individualmente ou coletivamente, supõe-se que as orientações oferecidas não foram efetivamente absorvidas ou compreendidas. Assim, os portadores de hipertensão arterial apresentam dificuldade em conceituar a doença, porém quando o fazem, procuram associá-la a algo, em geral fatores emocionais (GUIMARÃES e RIBAS, 2006). Na seqüência, questionou se os idosos: o que causa a hipertensão arterial?
6 12033 Na verdade, eu acho que uma das coisas é o nervosismo. (A.B) Acho que o uso de bebidas, pode causar, senão me engano. (J.C) Quanto à etiologia ou causa da hipertensão arterial, 20 idosos desconheciam os fatores intrínsecos ou fisiológicos. Por outro lado, em sua maioria relacionaram a causa a fatores emocionais e ao uso de bebida alcoólica e cigarro. Esses achados são confirmados em estudo com 32 sujeitos na faixa etária de 37 a 81 anos em unidades básicas de Saúde em Ribeirão Preto, que apontaram os seguintes dados quanto à etiologia da doença na visão do paciente: aspectos emocionais (35%); hábitos alimentares inadequados (30%); herança familiar (6%); álcool (6%); obesidade (2%), cigarro (2%), sendo que 20% dos sujeitos desconheciam o que pode causar hipertensão (PERES, MAGNA e VIANA, 2006). A proposta do Círculo de Cultura prevê em seu desenvolvimento o processo de codificação, que consiste em possibilitar que os participantes exponham o seu entendimento sobre os questionamentos construídos das palavras ou temas centrais. Pode ser definido como o próprio debate, representado aspectos da realidade em que animador e participantes buscam o seu significado social, tomando consciência do mundo vivido. Prosseguiu-se realizando o seguinte questionamento: quais os sintomas da hipertensão arterial? Ah, eu sinto dor de cabeça e dor na nuca. (J) Eu não sinto nada, mas acho que é tipo coração disparado, parece que vai sair pela boca. (A) Pontada no peito, dor de cabeça, tontura... (C) A respeito dos sintomas da hipertensão, 14 idosos não sabiam responder. Aqueles que fizeram citações apontaram: dor de cabeça, dor na nuca, coração disparado e pontada no peito. Alguns idosos são assintomáticos ou quando apresentam algum sintoma relacionam com outras doenças, a hipertensão arterial é, portanto, um dos fatores de risco mais preocupante, pois, na maioria das vezes não apresenta sintomas (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2005). O Círculo teve continuidade quando os idosos foram indagados quanto às complicações da hipertensão arterial. Tipo assim, quando não cuida pode ter derrame, infarte e morrer... (J) Fica entravado na cama pelo resto vida, senão morrer... (C) Infarte, derrame, fica tudo torto ou pior, morre. (M.J)
7 12034 Neste item, foram relatadas complicações como: derrame, infarto, morte. Estudos relatam que as complicações mais conhecidas pelos pacientes são derrame, infarto, morte, tontura e problemas cardíacos (GUIMARÃES e RIBAS, 2006), os relatos podem indicar que os sujeitos possuem um conhecimento parcial sobre as complicações. No entanto, o fato de que os idosos têm medo de algumas conseqüências da hipertensão arterial quando não controlada, pode favorecer a adoção de comportamentos positivos em relação aos cuidados de si com a doença. Em relação á pergunta: quais os valores normais da pressão arterial?, foram apontados os seguintes relatos: Não sei, nunca ninguém me falou. (J) Acho que é quando ta mais baixa, sei la. (A) Agora me pegou, só sei que a minha fica em 15 por 10. (C) Sobre os valores normais da pressão arterial, todos os idosos não sabiam, isto se deve em grande parte pelo motivo que muitos não tiveram acesso à educação formal ou quando o fizeram se restringiu até a 4ª série do ensino fundamental ou porque tem dificuldade de assimilar números. O nível de escolaridade tem influência no grau de compreensão seja acerca do que é a doença, fatores de risco e valores dos níveis pressóricos (GOES e MARCON, 2002). Na sequência, foram mostradas fotos dos medicamentos para pressão arterial disponíveis na Unidade de Saúde e foi questionando o medicamento, por foto, quem conhecia e tomava o remédio. Eu tomo, cinco desses... (D) Só sei mostrar os quais, não sei falar o nome... (M.J) Eu conheço mais pelas caixinhas,... pelo nome para falar é difícil. (J) Os relatos acima possibilitaram a compreensão dos códigos utilizados pelos idosos para descrever a sua vivência com os medicamentos para pressão arterial, permitindo a reflexão e releitura da realidade dos participantes, fase de descodificação ou decodificação. Quanto à identificação, 25 idosos desconhecem o nome das medicações que utilizam. Desta forma, assimilar os nomes parece ser algo quase que impossível pelos pesquisados, seja pelo baixo nível de escolaridade, dificuldades cognitivas, visuais ou outras. No mercado nacional existem atualmente cerca de fármacos com aproximadamente nomes
8 12035 comerciais, apresentados sob cerca de formas farmacêuticas e embalagens diferentes (SECOLI, 2001). Ressalta-se que em vários momentos os idosos manifestaram a vontade de contribuir com suas idéias, manifestando sugestões e maneiras que pudessem estimular o cuidado de si com a doença hipertensiva, adaptadas as possibilidades de cada um. Para o idoso o cuidado com a doença está relacionado às formas de controle da mesma. Em relação ao cuidado de si com a hipertensão arterial, os relatos apontam para aspectos emocionais, mudanças de hábitos alimentares e de vida, prática de exercícios físicos e o uso dos fármacos, nos quais salientam a importância de controlar o nervosismo e trabalhar preocupações do dia-a-dia. Se eu ficasse mais calmo, acho que a pressão não subia. (J) Tem que comer pouco sal. (A) Andar é a melhor coisa, tem grupo de caminhada é bom... (C) Há de se considerar que existe uma grande distância entre o que os idosos pensam que podem fazer e o que realmente fazem. Em comunidades de baixo nível de renda, as orientações recomendadas não são seguidas, mesmo quando conhecidas. Quanto as mudanças de estilo de vida, a justificativa é de que o abandono de um dos hábitos pode significar a perda de um prazer, fato este relevante em um contexto de vida no qual as oportunidades de satisfação são escassas (GAUDEMARIS, et al, 2002). Finalmente, os discursos relatados acima são fragmentos da etapa final do Círculo de Cultura: o desvelamento crítico. Nesse momento o grupo adquiriu a consciência da situação existencial compartilhada a problemática acerca da hipertensão arterial, vivenciada e percebida de nova maneira, possibilitando viabilizar ações na busca de superação a busca de alternativas que superem as dificuldades apresentadas pelo grupo e também por outros idosos. Assim, o animador e o grupo transcendem a formas ingênuas de compreender o mundo, dando início às transformações do contexto vivido. Após as oficinas foram realizadas a integração das idéias sugeridas pelos idosos e compartilhadas com a equipe de saúde, para futuramente planejar e implementar ações de saúde em prática transformadora do cuidado de si do idoso com a hipertensão arterial.
9 12036 Considerações finais Diante do perfil traçado do idoso com a hipertensão arterial e as principais maneiras de cuidado de si que eles tentam realizar, destaca-se a importância da inserção da equipe de saúde neste processo de cuidado, na orientação e construção de novas formas de cuidado que atenda as necessidades específicas do idoso. A enfermagem, como parte integrante da equipe multiprofissional neste processo, tem papel fundamental, porém, deve estar capacitada para tal. O conhecimento que os idosos possuem acerca da hipertensão arterial será o grande aliado da equipe de saúde para encorajá-los na construção do cuidado de si, o que proporcionará aos mesmos assumir a responsabilidade de proteção da própria saúde e o desenvolvimento de uma melhor qualidade de vida. Acrescenta-se que esse conhecimento deve incluir os aspectos técnicos, da auto-estima, crenças, valores e humanização do processo de cuidar. Na perspectiva da Saúde pública investir em qualidade de vida dos idosos no contexto da Estratégia Saúde da Família significa proporcionar aos mesmos um envelhecimento ativo e participativo, reduzindo desta forma a necessidade de investimentos em tratamentos, reabilitação e institucionalização. Finalmente, inúmeros são os estudos que apontam a importância da conscientização a respeito da hipertensão arterial e sua detecção precoce como um dos maiores desafios de saúde pública, em que o enfermeiro realiza papel de suma importância no controle da doença, principalmente no que diz respeito à educação em saúde. Tendo em vista que, muitos dos idosos portadores de hipertensão arterial procuram apoio nos serviços de saúde, os profissionais de saúde precisam, neste momento, construir com eles o melhor modo dele se cuidar com a intenção de melhorar a qualidade de vida. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Hiperdia. [internet]. Brasília, Disponível em: < hiperdia.datasus.gov.br>. Acesso em 12 mar Secretaria Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Hipertensão Arterial Sistêmica para o SUS. Brasília, 2006.
10 12037 GAUDEMARIS R, et al. Socioeconomic Inequalities in Hypertension Prevalence and Care: The IHPAF study. Hypertension. v. 39, n. 6. p , GOES ELA, MARCON SS. A convivência com hipertensão arterial. Acta Scientiarum. v. 24, n. 3. p , GUIMARÃES MV, RIBAS LF. Avaliação da compreensão dos pacientes hipertensos a respeito da hipertensão arterial e seu tratamento versus controle pressórico. Rev Bras Med fam Com. v. 1, n. 4. p , PERES DS, MAGNA JM, VIANA LA. Portador de hipertensão arterial: atitudes, crenças, percepções, pensamentos e práticas. Rev. Saúde Pública. v. 37, n. 5. p , SECOLI SR. Interações medicamentosas: fundamentos para a prática clínica da Enfermagem. Rev Esc Enferm USP. v. 35, n. 1. p , SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA [notícias]. Pesquisa corações do Brasil revela que 93,5% da população brasileira hipertensa em tratamento não atinge o nível de pressão arterial considerado ideal. São Paulo: Assessoria de imprensa da SBC, 26 abr.2005.
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