Economic Outlook October 2012
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- Letícia Olivares Lage
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1 Economic Outlook October 2012
2 Agenda Economia global Consolidação de crescimento global fraco. Bancos centrais estão atuando para reduzir riscos de crise. Brasil Crescimento de longo prazo entre 3.5% e 4%. Inflação em torno de 5.5% Esperamos retomada da atividade, mas sinais ainda são incipientes. Novo modelo: juros mais baixos, tributação menor e investimento maior? 2
3 Mundo: consolidação de crescimento fraco Crescimento anual do PIB mundial 6% 5,2% 5,4% 5,3% 5% 4,9% 4,5% 5% 4% 3,9% 3% 2,8% 3,0% 3,2% 3.1% 2% 1% 0% -1% -0,6% Fonte: Itaú BBA 3
4 FOMC implementa estímulos adicionais Mesmo quando a economia recuperar, deve manter a política monetária acomodatícia (pelo menos até 2015). Risco (spread) dos ativos lastreados em hipotecas 2,50 Inflação implícita americana Títulos de 10 anos 2,7 2,6 2,25 2,5 2,4 2,00 2,3 1,75 2,2 2,1 1,50 2,0 1,9 1,25 mar-10 set-10 mar-11 set-11 mar-12 set-12 1,8 jan-12 mar-12 mai-12 jul-12 set-12 Fontes: Itaú BBA e Bloomberg 4
5 Compras de títulos pelo BCE reduzem risco de crise Taxas dos títulos espanhóis, % Média móvel de 5 dias Taxas dos títulos italianos, % Média móvel de 5 dias 8 7,5 7 6,5 6 5,5 5 4,5 4 3,5 3 2,5 10 anos 10 anos 2 2 anos 1,5 2 anos out-11 jan-12 abr-12 jul-12 out-11 jan-12 abr-12 jul-12 Fonte: Bloomberg / Elaboração: Itaú BBA 5
6 Commodities: recuperação em metais, principalmente ouro Recuperação nos preços de energia e metais com ação dos bancos centrais (Fed, BCE, BoJ) Impacto maior em metais preciosos. Quebra de safra do 2T2012 confirmada nos EUA: grãos seguem firmes Preços de commodities (out/2009=100), média móvel de 5 dias Metais Básicos Grãos Energia Ouro out-09 jan-10 abr-10 jul-10 out-10 jan-11 abr-11 jul-11 out-11 jan-12 abr-12 jul-12 Fontes: Itaú BBA e Bloomberg 6
7 Commodities: o que esperamos no curto prazo? Grãos: preços caem a partir de 2013 (recomposição de estoques). Metais básicos: alta moderada, acompanhando crescimento mundial modesto. Índice Itaú de Commodities 400 ICI Agricolas 350 ICI Metais 300 ICI Energia jan-09 jul-09 jan-10 jul-10 jan-11 jul-11 jan-12 jul-12 jan-13 jul-13 Fonte: Itaú BBA 7
8 América Latina: crescimento robusto em vários países; Argentina pior Chile, México e Peru: crescimento continua robusto, apesar da desaceleração global. Juros seguem estáveis. Colômbia: Banco central está reduzindo juros em resposta à atividade e à apreciação do câmbio. Crescimento voltou a surpreender positivamente no 2T12. Pressão por apreciação cambial levando a intervenções na Colômbia e no Peru. Debates sobre intervenção no Chile. Argentina: Sobrevalorização do peso, controles cambiais e queda na confiança levaram a uma contração do PIB no segundo trimestre do ano. Recuperação modesta está ocorrendo no 3T12 e deve continuara à frente Preços de commodities elevados e perspectiva de forte crescimento da safra agrícola; Reaceleração da atividade no Brasil; Aumento nas exportações deve levar a algum afrouxamento no controle de importações. 8
9 Decepção no Brasil, surpresa positiva em México e Chile Índice Itaú de Surpresa - Brasil Índice Itaú de Surpresa Chile e México 1,5 3,0 1,0 2,5 2,0 0,5 1,5 0,0 1,0 0,5-0,5 0,0-1,0-0,5-1,0-1, , Mexico Chile Fontes: Itaú BBA 9
10 América Latina: crescimento robusto em vários países; Argentina pior Peru México PIB - % PIB - % PEN / USD (dez) MXN / USD (dez) Taxa de Juros - (dez) - % Taxa de Juros - (dez) - % IPC - % IPC - % Colômbia Chile PIB - % PIB - % COP / USD (dez) CLP / USD (dez) Taxa de Juros - (dez) - % Taxa de Juros - (dez) - % IPC - % IPC - % Argentina PIB - % ARS / USD (dez) BADLAR - (dez) - % IPC - % (Estimativas Privadas) Fonte: Itaú BBA 10
11 2007 T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T4 Expectativa de retomada no segundo semestre Variação do PIB ante o trimestre anterior (com ajuste sazonal) 5% 4% 3% 2,6% 2,7% 2,0% 2% 2,0% 1,8% 1,5% 1,6% 1,5% 1% 0% -1% 1,3% 1,2% 1,3% 1,2% 0,9% 1,0% 1,1% 0,8% 0,9% 0,6% 0,7% 0,1% 0,1% 0,4% -0,2% -2% -1,6% -3% -4% -5% -3,9% Fonte: BCB e Itaú BBA 11
12 Orange Book visão das empresas Crescimento Mais setores voltados ao consumo em recuperação. Empresários vêem um ponto de inflexão da atividade econômica no segundo semestre. Setores relacionados à renda corrente reportam demanda mais forte, setores industriais estão melhor, mas ainda vêem a recuperação com algum receio. Investimento em infraestrutura ganhando força: maior gasto do governo, Copa do Mundo da FIFA e eleições municipais. Setor agrícola está sendo beneficiado pela alta do preços dos grãos, desvalorização cambial e boa safra do meio do ano. Real mais fraco também favorece outros setores de commodities, como aço e mineração. A indústria automotiva reporta resultados melhores, enquanto os segmentos de eletrodomésticos e linha branca sentem desaceleração ante o primeiro semestre. Atividade no mercado imobiliário permanece fraca: estoques ainda são altos e vendas evoluem a um ritmo modesto. Mercado de Trabalho Menos aquecido, mas ainda não há intuito em demitir. Salários continuam subindo. Preços e custos Preocupação com fatores de produção e custos elevados. Muita dificuldade em repassar preços nos setores de bens transacionáveis. Fonte: Pesquisa Itaú Unibanco, Orange Book 12
13 Atividade: sinais iniciais de melhora Vendas no varejo média móvel trimestral, variação anualizada 30% Índice FGV de confiança da indústria % % % 10% 5% 0% 11% % % set-09 mar-10 set-10 mar-11 set-11 mar set-09 mar-10 set-10 mar-11 set-11 mar-12 set-12 Fonte: FGV e Itaú BBA 13
14 Vários estímulos: monetários, fiscais e parafiscais Juro Real (%) (Juro x Expectativa de Inflação em 12 Meses) Gastos federais (% PIB Acm. Ano agosto) Pessoal Subsídios Outras de custeio Investimento Investimento ex- MCMV Transferências Gasto total 0,3% 0,3% 1,5% 1,2% 1,1% 1,1% 4,2% 4,4% 3,4% 3,1% 8,4% 7,9% Participação do setor público no estoque total de operações de crédito - % Acm Acm ,8% 17,0% % 45% 40% 45.8% 35% Fonte: Itaú BBA e Secretaria do Tesouro Nacional 30% jan-08 ago-08mar-09 out-09 mai-10 dez-10 jul-11 fev-12 set-12 14
15 Principais desonerações Anúncios já feitos (estimativa de renúncia fiscal anual): Redução de IOF para crédito PF Desoneração de folha de pagamento Redução de IPI para automóveis** Zeragem da Cide Desonerações de mat. de construção e bens de capital Redução de encargos sobre eletricidade TOTAL R$ 3 bilhões R$ 13 bilhões R$ 5 bilhões R$ 5 bilhões R$ 5 bilhões R$ 4 bilhões R$ 35 bilhões Possíveis anúncios futuros : Redução de PIS/Cofins sobre gasolina R$5 bilhões Esperamos desonerações adicionais de R$ 30 bilhões em 2013, inteirando um total de R$ 70 bilhões (~1.6% do PIB) Fonte: Itaú BBA, Ministério da Fazenda 15
16 ICMS (Estados) Receita Previdenciár ia IR PIS/Cofins CSLL IPI IOF Outras contribuiçõe s Outras receitas Onde há espaço para novos cortes fiscais? Fontes de receita fiscal 400 8% 300 6% 200 4% 100 2% - 0% R$ Bilhões (esquerda) % PIB (direita) Fonte: Receita Federal e Itaú Unibanco 16 16
17 Mercado de trabalho continua apertado Salário real e geração de empregos mostrando tendência de acomodação. Queda do desemprego se deve à redução do número de pessoas procurando trabalho. Taxa de desemprego %, com ajuste sazonal Salário médio real índice com ajuste sazonal(2003=100) , jan-07 fev-08 mar-09 abr-10 mai-11 jun jan-07 fev-08 mar-09 abr-10 mai-11 jun-12 Fonte: IBGE e Itaú BBA 17
18 Inflação em um novo patamar IPCA núcleo de médias aparadas com suavização Média móvel de 12 meses 8% 7% 6% 5,5% 5% 4,4% 4% 3% 2% Fonte: IBGE e Itaú BBA 18
19 Taxa de câmbio estável Taxa de câmbio R$ 2,15 R$ 2,10 R$ 2,05 R$ 2,00 R$ 1,95 banda percebida R$ 1,90 R$ 1,85 R$ 1,80 R$ 1,75 R$ 1,70 R$ 1,65 jan-12 fev-12 mar-12 abr-12 mai-12 jun-12 jul-12 ago-12 Fonte: BCB e Itaú Unibanco 19
20 e Investimento estrangeiro direto permanece robusto Investimento estrangeiro direto recorde em julho (US$ 8,4 bi). Acumulado no ano é US$ 38,1 bi. Para o ano, nossa projeção é de US$ 61 bi abaixo dos US$ 67 bi de 2011, mas ainda robusto. IED mensal (em bilhões de dólares) IED total (em bilhões de dólares) 70 Acumulado no ano , jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 0 Fonte: Haver e Itaú BBA 20
21 Menor contribuição do trabalho, é necessário investir mais Contribuição da força de trabalho diminui. Crescimento depende de aumentos nos investimentos e na produtividade. PIB cresce cerca de 3.5 a 4.0% ao longo da década. Crescimento do PIB Contribuição decrescente do trabalho 8% 2,5% Trabalho Capital Produtividade 7% 6% 2,0% 5% 4% 4,5% 1,5% 3% 2,7% 1,0% 2% 1,7% 0,5% 1% 0% ,0% 2008 a a a 2020 Fonte: U.S. Bureau of Labor Statistics 21
22 Desafios: custos com mão de obra são relativamente elevados Custo total por hora trabalhada em 2010 ($) setor manufatureiro Elevação do custo unitário do trabalho em dólares ( ) 12,0 90% 80% 10,0 70% 8,0 60% 50% 37% 6,0 40% 4,0 30% 20% 14% 5% 43% 2,0 0,0 Brasil Hungria Polônia México Filipinas 10% 0% -10% -20% 22% China -8% -2% Coréia do Sul 20% 12% 4% -5% -3% Israel México Polônia Brasil Câmbio real Custos Fonte: U.S. Bureau of Labor Statistics 22
23 Desafios: carga tributária é alta quando comparada à de outros países Suécia França Alemanha Hungria Ucrânia Polônia Brasil Rússia Espanha Austrália Estados Unidos Coréia do Sul Argentina Turquia Colômbia Chile Índia China Venezuela México Emirados Árabes Carga tributária - % do PIB 60% 50% 40% 34% 30% 20% 10% 0% Fonte: Heritage Foundation, Agência Internacional de Energia (2011); Elaboração: Itaú BBA 23
24 Desafios: infraestrutura Ranking de infraestrutura Posição no ranking, 2010/2011 Hong Kong Singapura Alemanha Chile Rússia China Turquia 51 México Brasil Índia 84 Peru 89 Fonte: World Economic Forum 24
25 Gastos com seguridade social (% PIB) Desafios: escassez de poupança doméstica Gastos públicos com seguridade social 20% 18% Itália 16% Polônia 14% 12% Brasil 10% 8% 6% 4% México EUA Japão 2% 0% Colômbia 5% 10% 15% 20% 25% 30% Pessoas acima de 65 anos (% total) Fonte: IBGE e Itaú BBA 25
26 Poupança brasileira precisa crescer para permitir aumento do investimento China Japão México Peru Chile Argentina Colômbia Canadá Brasil África do Sul Reino Unido EUA Poupança Doméstica (% em 2011) Taxa de investimento 54 22% % % % 18% Fonte: Itaú BBA 26
27 Queda dos juros reais permite novo modelo, com menos impostos e mais investimento Taxa de juros real (% a.a.) Resultado do Setor Público (% do PIB) 5,5% 6 5,0% 4,5% 4,0% 4 2 2,6 2,0 3,2 3,9 2,0 2,6 2,0 1,8 1,5 1,1 3,5% 0 3,0% 2,5% ,7-4,2-2,8-1,6-2,6-3,3-2,0-2,1-1,9 2,0% -6-5,1 1,5% -6,6 1,0% Resultado Nominal Resultado Primário Fonte: BCB e Itaú BBA 27
28 Crescimento com distribuição de renda: a nova classe média, novo mercado consumidor A nova classe média (milhões de pessoas) 142,9 128,0 79,2 + 14,9 mi 53,4 + 48,8 mi Classes ABC Classes ABC * Classes ABC** Faltará incorporar em 2014 *2011 até o mês de junho **estimativa Fonte: FGV e Itaú BBA 28
29 Conclusão Mundo consolidando um cenário de baixo crescimento com riscos de crise (Europa). A economia brasileira deve se recuperar ao longo do segundo semestre (estímulos). Inflação voltou a subir. Há um modelo coerente para o Brasil com juros e impostos mais baixos e investimento maior, mas desafios permanecem. 29
30 O que esperamos para o Brasil no curto prazo Atividade econômica PIB % Inflação IPCA % Política monetária Taxa SELIC % Fiscal Superávit primário Balança de pagamentos Câmbio (dez) Conta corrente Commodities * (dez, var. anual) 28% -17% 26% -9% * índice Itaú de Commodities Index, em dólares Fonte: Itaú BBA e BCB 30
31 Cenário de longo prazo 31
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