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1 Benefícios Previdenciários: Mudanças atuais e impactos Autora: Ana Cláudia de Pinho Godinho Advogada da Fiemg Resumo: As Medidas Provisórias 664 e 665 trazem uma série de modificações nos benefícios previdenciários, cujos direitos sociais são amparados pela constituição Federal de O artigo analisa as medidas propostas pelo governo atual fazendo um contraponto com a legislação em vigor. Dois aspectos principais justificam esta contribuição. Em primeiro lugar, o debate chama a atenção para a dinâmica da legislação previdenciária que restringe o alcance dos benefícios, excluindo parcela considerável da população de acessá-los. Em segundo, põe em evidência tais medidas onerando o caixa das empresas, pois o empregador irá custear por trinta dias o afastamento do empregado por doença, só ficando a cargo da previdência aqueles cujo afastamento perdurar por mais de trinta dias. O artigo sugere que as referidas MPs propostas pelo governo atual contemplam cortes em conquistas de direitos sociais introduzidos pela Constituição Federal de Abstract: The Provisional Measures 664 and 665 bring a number of changes in pension benefits, the social rights are protected by the Federal Constitution of The article analyzes the measures proposed by the current government making a counterpoint with the legislation in force. Two main aspects justify this contribution. First, the debate draws attention to the dynamics of the social security legislation which restricts the scope of benefits, excluding considerable portion of the population to access them. Second, highlights such measures burdening the box of the companies, since the employer will pay for thirty days the removal of employee sickness, only leaving it to the security those whose removal last up to thirty days. The article suggests that those MPs proposed by the current government include cuts in social rights achievements introduced by the 1988 Federal Constitution. Palavras Chave: Auxilio doença, seguro desemprego, Abono salarial, seguro.

2 1. Introdução Em dezembro de 2014 o Governo Federal anunciou duas Medidas Provisórias que estipulam uma série de modificações nos benefícios previdenciários e trabalhistas, são elas: a Medida Provisória 664 e a Medida Provisória 665. Estas medidas trazem alterações nas regras do Seguro-Desemprego, Abono Salarial, Seguro Defeso, Pensão por Morte, Auxílio-Doença e Auxílio-Reclusão. As referidas MPs propostas pelo governo atual contemplam cortes em conquistas de direitos sociais introduzidos pela Constituição Federal de O governo justifica a adoção dessas Medidas no contexto de ajuste das contas públicas, como parte integrante do esforço fiscal para 2015 de alcançar um superávit primário. Alegam que tais medidas podem gerar uma economia de gastos de 18 bilhões. Outro argumento utilizado pelo governo é que tais medidas irão contribuir para o combate a fraudes e distorções na utilização dos benefícios. Essas medidas destoam da estratégia implementada pelo governo dos últimos anos, cuja finalidade era a melhoria da distribuição de renda e a redução das desigualdades sociais, além de contradizer suas declarações manifestando o compromisso de não modificar os direitos trabalhistas. As mudanças propostas pelas Medidas Provisórias 664 e 665 causarão impacto considerável na vida de milhões de brasileiros, já que restringem o alcance dos benefícios, excluindo parcela considerável da população de acessá-los. Ainda, tais medidas oneram o caixa das empresas, pois o empregador irá custear por trinta dias o afastamento do empregado por doença, ficando a cargo da previdência aqueles cujo afastamento perdurar por mais de trinta dias. Neste contexto, esse artigo pretende discutir a luz da legislação as transformações propostas e seus os impactos na relação de trabalho. O artigo está organizado em quatro seções: a primeira trata-se dessa introdução, a segunda o referencial teórico que discute o direito previdenciário, o direito do trabalho e medidas provisórias, a terceira faz-se uma discussão dos impactos das mudanças propostas pelo governo e finalmente conclusão.

3 2. Direito do Trabalho, Direito Previdenciário e Medidas Provisórias Nesta seção serão discutidas as transformações dos direitos dos trabalhadores, fazendo uma analise da medida provisória atual em detrimento da legislação anterior, tendo como base o direito do trabalho e o direito previdenciário. 2.1 Direito do Trabalho Segundo Sergio Pinto Martins, 2014, a finalidade do direito do trabalho é assegurar melhores condições de trabalho, porém não só essas situações, mas também condições sociais do trabalhador. Dessa forma, tem-se uma ciência preocupada em tutelar os direitos dos trabalhadores, melhorar as condições de trabalho do obreiro, bem como sua situação social. O direito do trabalho, portanto, visa equilibrar a relação entre empregado e empregador. 2.2 Direito Previdenciário O Direito Previdenciário surgiu a partir do Direito do Trabalho, no qual trazia normas referentes à relação entre patrões e trabalhadores. Essa evolução é especialmente evidente com a Revolução Industrial, na qual o trabalhador deixa o campo e passa a viver somente com seu escasso salário, pago após extenuantes jornadas de trabalho, que frequentemente conduzia os obreiros à morte ou incapacidade. Com o avanço da proteção social, abrangendo outros segmentos, como a saúde e a assistência social, tornou-se necessário a criação de um ramo próprio do direito, qual seja o Direito Previdenciário. O direito previdenciário, que trata da seguridade social é conceituado: rede protetiva formada entre o Estado e por particulares, com contribuição de todos, incluindo parte dos beneficiários dos direitos, no sentido de estabelecer ações para o sustento de pessoas carentes, trabalhadores em geral e seus dependentes, providenciando a manutenção de um padrão mínimo de vida digna(zambitte IBRAHIM, 2014 pg. 5 ) A Constituição Federal inclui em seu capitulo VIII que trata da Ordem Social, a seguridade social. Nesse diapasão, Fabio Ibrahim afirma que a ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais. O Constituinte originário instituiu um sistema protetivo, que seria responsável pela criação de uma rede de proteção capaz de atender aos anseios e necessidades de todos na área social. Portanto, a seguridade social brasileira é definida como o conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos à saúde, à previdência e a assistência social, conforme preceitua o artigo 194 da Constituição Federal.

4 Assim, a constituição prevê as seguintes contribuições sociais: a) Do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: Folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviços, mesmo sem vínculo empregatício; Receita ou faturamento; Lucro; b) Do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social; c) Sobre receita e concursos de prognósticos d) Do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. 2.3 Medidas Provisórias As Medidas Provisórias 664 e 665 trouxeram uma série de mudanças com relação aos benefícios previdenciários. Os benefícios que sofreram mudança foram: Seguro- Desemprego, Abono Salarial, Seguro Defeso, Pensão por Morte, Auxílio-Doença e Auxílio-Reclusão. O seguro desemprego é um benefício temporário, concedido ao trabalhador dispensado sem justa causa ou em decorrência de rescisão indireta do contrato de trabalho. Tem como objetivo promover a assistência financeira temporária e imediata do trabalhador desempregado e auxiliá-lo na busca de um novo emprego. Este benefício é um auxilio previdenciário, todavia o controle é realizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, vez que este órgão que possui cadastros que possibilitam o controle de desempregados no país. Tal benefício era respaldado pela lei número de junho de 1994, sofrendo alteração com a medida provisória número 665 de 2014, que assim passa a dispor: Art. 4 o O benefício do seguro-desemprego será concedido ao trabalhador desempregado por um período máximo variável de três a cinco meses, de forma contínua ou alternada, a cada período aquisitivo, cuja duração, a partir da terceira solicitação, será definida pelo Codefat. 2 o A determinação do período máximo mencionado no caput observará a seguinte relação entre o número de parcelas mensais do benefício do seguro-desemprego e o tempo de serviço do trabalhador nos trinta e seis meses que antecederem a data de dispensa que originou o requerimento do seguro-desemprego, vedado o cômputo de vínculos empregatícios utilizados em períodos aquisitivos anteriores: I - para a primeira solicitação:

5 a) quatro parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, de no mínimo dezoito e no máximo vinte e três meses, no período de referência; ou b) cinco parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, de no mínimo vinte e quatro meses, no período de referência; II - para a segunda solicitação: a) quatro parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, de no mínimo doze meses e no máximo vinte e três meses, no período de referência; ou b) cinco parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, de no mínimo vinte e quatro meses, no período de referência; e III - a partir da terceira solicitação: a) três parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, de no mínimo seis meses e no máximo onze meses, no período de referência; b) quatro parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, de no mínimo doze meses e no máximo vinte e três meses, no período de referência; ou c) cinco parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, de no mínimo vinte e quatro meses, no período de referência. 3 o A fração igual ou superior a quinze dias de trabalho será havida como mês integral para os efeitos do 2 o. O abono salarial é benefício pago aos trabalhadores, com renda de até dois salários mínimos, correspondente a um salário mínimo. Para fazer jus a esse benefício era necessário que o obreiro tivesse trabalhado por pelo menos 30 dias, contínuos ou não, com carteira assinada. O seguro defeso é um benefício que recebe pescadores artesanais, uma espécie de seguro desemprego na época em que a pesca é proibida devido ao período de reprodução da espécie. No que se refere à pensão por morte, conforme descreve Fabio Ibrahim, é benefício direcionado aos dependentes do segurado, visando à manutenção da família, no caso de morte do responsável pelo seu sustento. Ainda sobre esse tema, dispõe a medida provisória: Art. 25.

6 IV - pensão por morte: vinte e quatro contribuições mensais, salvo nos casos em que o segurado esteja em gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez. Ainda, Art º Não terá direito à pensão por morte o condenado pela prática de crime doloso de que tenharesultado a morte do segurado. 2º O cônjuge, companheiro ou companheira não terá direito ao benefício da pensão por morte se o casamento ou o início da união estável tiver ocorrido há menos de dois anos da data do óbito do instituidor do benefício, salvo nos casos em que: I - o óbito do segurado seja decorrente de acidente posterior ao casamento ou ao início da união estável; ou II - o cônjuge, o companheiro ou a companheira for considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade remunerada que lhe garanta subsistência, mediante exame médico-pericial a cargo do INSS, por doença ou acidente ocorrido após o casamento ou início da união estável e anterior ao óbito. (NR) Art. 75. O valor mensal da pensão por morte corresponde a cinquenta por cento do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento, acrescido de tantas cotas individuais de dez por cento do valor da mesma aposentadoria, quantos forem os dependentes do segurado, até o máximo de cinco, observado o disposto no art º A cota individual cessa com a perda da qualidade de dependente, na forma estabelecida em regulamento, observado o disposto no art º O valor mensal da pensão por morte será acrescido de parcela equivalente a uma única cota individual de que trata o caput, rateado entre os dependentes, no caso de haver filho do segurado ou pessoa a ele equiparada, que seja órfão de pai e mãe na data da concessão da pensão ou durante o período de manutenção desta, observado: I - o limite máximo de 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento; e Art º Reverterá em favor dos demais a parte daquele cujo direito à pensão cessar, mas sem o acréscimo da correspondente cota individual de dez por cento. 5 o O tempo de duração da pensão por morte devida ao cônjuge, companheiro ou companheira, inclusive na hipótese de que trata o 2º do art. 76, será calculado de acordo com sua expectativa de sobrevida no momento do óbito do instituidor segurado, conforme tabela abaixo:

7 Expectativa de sobrevida à idade x do cônjuge, companheiro ou companheira, em anos (E(x)) Duração do benefício de pensão por morte (em anos) Fonte: Medida Provisória 664/ < E(x) 3 50 < E(x) < E(x) < E(x) < E(x) E(x) 35 vitalícia 7 o O cônjuge, o companheiro ou a companheira considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade remunerada que lhe garanta subsistência, mediante exame médico-pericial a cargo do INSS, por acidente ou doença ocorrido entre o casamento ou início da união estável e a cessação do pagamento do benefício, terá direito à pensão por morte vitalícia, observado o disposto no art No que diz respeito ao auxílio-doença, Fabio Ibrahim, afirma que é um benefício não programado, decorrente da incapacidade temporária do segurado para o seu trabalho habitual. A alteração assim decretou: Art. 60. O auxílio-doença será devido ao segurado que ficar incapacitado para seu trabalho ou sua atividade habitual, desde que cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido nesta Lei: I - ao segurado empregado, a partir do trigésimo primeiro dia do afastamento da atividade ou a partir da data de entrada do requerimento, se entre o afastamento e a data de entrada do requerimento decorrerem mais de quarenta e cinco dias; e II - aos demais segurados, a partir do início da incapacidade ou da data de entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de trinta dias. 3º Durante os primeiros trinta dias consecutivos ao do afastamento da atividade por motivo de doença ou de acidente de trabalho ou de qualquer natureza, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral. 4º A empresa que dispuser de serviço médico, próprio ou em convênio, terá a seu cargo o exame médico e o abono das faltas correspondentes ao período referido no 3º e somente deverá encaminhar o segurado à perícia médica da Previdência Social quando a incapacidade ultrapassar trinta dias.

8 5º O INSS a seu critério e sob sua supervisão, poderá, na forma do regulamento, realizar perícias médicas: I - por convênio ou acordo de cooperação técnica com empresas; e II - por termo de cooperação técnica firmado com órgãos e entidades públicos, especialmente onde não houver serviço de perícia médica do INSS. 6º Não será devido auxílio-doença ao segurado que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social já portador da doença ou da lesão invocada como causa para o benefício, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão. (NR) E, por fim, o auxilio reclusão que é benefício destinado exclusivamente aos dependentes do segurado, no caso, o preso. Com a mudança, ficou com as mesmas regras da pensão por morte. 3. Medidas Provisórias 664 e 665 A medida provisória é um instrumento legislativo adotado pelo Presidente da República nos casos em que haja urgência e relevância. Esta começa a vigorar imediatamente após sua edição, mas para ser aprovada como lei, deverá ser votada pelo Congresso Nacional. Neste sentido, a atual presidente utilizou desde meio para fazer modificações nos benefícios previdenciários, refletindo diretamente na vida dos trabalhadores, como também nas empresas. Assim, foi utilizada tal medida para modificar direitos, não observando as consequências dessas mudanças para a realidade social do pais. Essas alterações, em sua maioria, são desarrazoadas, vez que não houveram regras de transição para aqueles segurados já inseridos no sistema, nem debate acerca das mudanças. 3.1 Medida Provisória 664 A medida provisória 664 traz mudanças realizadas nos benefícios de auxílio-doença e pensão por morte. Até março de 2015, a regra do auxílio-doença era que só seria devido o auxílio àqueles empregados que foram incapacitados para o trabalho por mais de quinze dias, portanto, primeiros quinze dias de afastamento do empregado era por conta do empregador e, a partir do décimo quinto dia essa pessoa fazia jus ao benefício do auxílio-doença. A avaliação pericial médica para a concessão do benefício era realizada somente por perito médico da previdência social. Esse benefício tem caráter temporário, pois perdura enquanto houver convicção por parte da perícia médica da possibilidade de recuperação ou reabilitação do segurado, com retorno à atividade remunerada.

9 Segundo a lei de 1991, com alterações da medida provisória 664, o auxílio doença será devido ao segurado que ficar incapacitado para o trabalho ou atividade habitual, desde que cumprido o período de carência exigido na lei. Com a vigência da medida provisória, a partir de primeiro de março de 2015, os empregados que ficarem inaptos para o trabalho terão direito ao benefício após 30 dias de afastamento, ou a partir da data de entrada do requerimento, se entre o afastamento e o requerimento decorrerem mais de quarenta e cinco dias. Os primeiro trinta dias são por conta do empregador, que deverá pagar ao trabalhador inapto o salário integral, passado esse prazo, o individuo terá direito a requerer o benefício. Aos demais segurados, será concedido o benefício a partir do início da incapacidade ou da data do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de trinta dias. Assim, será feito o cálculo do benefício com base na média das doze últimas contribuições, não podendo exceder esse limite de contribuições. A medida provisória prevê ainda, a realização de convênios sob supervisão do INSS, com empresas que possuem serviço médico, bem como termo de cooperação técnica firmado com órgãos e entidades públicas, especialmente onde não houver serviço de perícia médica do INSS. No caso da pensão por morte previa a lei que este benefício é devido ao conjunto de dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data: do óbito quando requerido até trinta dias depois desde; do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no primeiro item; da decisão judicial no caso de morte presumida. No que diz respeito ao benefício de pensão por morte, várias foram as mudanças realizadas pela medida provisória. A partir de março de 2015, não terá direito a pensão o condenado pela prática de crime doloso, que tenha como resultado a morte do segurado. Ainda, o cônjuge ou companheiro não serão contemplados pelo benefício se o casamento ou o início da união estável tiver ocorrido há menos de dois anos da data do óbito do instituidor do benefício. E, ainda, se houver realizado vinte e quatro contribuições. Ressalvada as hipóteses em que o óbito do segurado seja decorrente de acidente posterior ao casamento ou início da união estável, bem como nos casos em que o cônjuge ou companheiro for considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para o exercício do trabalho que vá lhe garantir subsistência. O valor mensal do benefício irá corresponder a cinquenta por cento do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data do falecimento, acrescido as cotas individuais de dez

10 por cento do valor da mesma aposentadoria, quantos forem os dependentes do segurado, até o máximo de cinco. As cotas individuais cessam com a perda da qualidade de dependente. Será revertido em favor dos demais beneficiários, a parte daquele cujo direito a pensão cessar, mas sem o acréscimo da correspondente cota individual de dez por cento. Nos casos de órfãos de pai e mãe, o beneficiário receberá um acréscimo de dez por cento no valor da pensão. O tempo de duração da pensão por morte devida ao cônjuge será analisada de acordo com a expectativa de vida, então: Idade Tempo de recebimento da pensão 44 anos ou mais vitalícia 39 a 43 anos 15 anos 33 a 38 anos 12 anos 28 a 32 anos 9 anos 22 a 27 anos 6 anos 21 anos ou menos 3 anos Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Há exceção nos casos em que o beneficiário fica inválido após o casamento e antes de cessar a pensão, a ele é concedido pensão vitalícia. 3.2 Medida Provisória 665 A medida provisória 665 também trouxe mudanças no que se refere aos benefícios de abono salarial, seguro desemprego, seguro defeso. O seguro desemprego é benefício integrante da seguridade social, que visa a assistência financeira temporária ao trabalhador desempregado demitido sem justa causa. Terá direito ao seguro desemprego aquele trabalhador que comprovar, ter recebido de pessoa física ou pessoa jurídica, dezoito meses dos últimos vinte e quatro imediatamente anteriores a data da dispensa, para a concessão do primeiro benefício. Quando da segunda solicitação serão necessários comprovar doze meses de trabalho dos últimos dezesseis meses imediatamente anteriores a data da dispensa. E, para as demais solicitações, comprovação de seis meses de labor, imediatamente anteriores à data da dispensa. Para concessão do beneficio será determinado um período máximo de três a cinco meses, observados a relação entre o número de parcelas mensais do benefício do seguro-desemprego e o tempo de serviço do trabalhador nos trinta e seis meses que antecederem a data da dispensa que originou o seguro desemprego. Para a primeira solicitação é necessário que o trabalhador comprove vinculo empregatício de no mínimo dezoito e no máximo vinte e três meses, para recebimento

11 de quatro parcelas. Para o recebimento de cinco parcelas serão necessários comprovação de vínculo de no mínimo vinte e quatro meses. Para a segunda solicitação é necessário comprovação de vínculo empregatício de no mínimo doze meses e no máximo vinte e três meses, para o recebimento de quatro parcelas. Para cinco parcelas é necessário que o trabalhador comprove vinculo empregatício de, no mínimo, vinte e quatro meses. A partir da terceira solicitação, terá direito a três parcelas, o trabalhador que comprovar vínculo empregatício de, no mínimo, seis meses e no máximo onze meses. Para recebimento de quatro parcelas é fundamental a comprovação de, no mínimo, doze meses e no máximo vinte e três meses. Em caso de cinco parcelas, a comprovação de no mínimo vinte e quatro meses de vínculo. O abono salarial é benefício anual de um salário mínimo, pago ao trabalhador que recebe até dois salários mínimos mensais do empregador que contribui para o programa PIS ou PASEP. Há carência de seis meses, ou seja, para ter acesso ao benefício é necessário que o trabalhador tenha contribuído para a previdência por no mínimo seis meses ininterruptos. O seguro defeso é dado ao pescador artesanal, no valor de um salário mínimo, durante o período proibido de atividade pesqueira, visando à preservação da espécie. Antes da mudança era necessário que o pescador cadastrasse no Registro Geral da Pesca com antecedência mínima de um ano da data do inicio do defeso, de acordo com as MPs, é necessário ter esse registro três anos antes do defeso. 4. Discussão e Impactos As medidas provisórias decretadas pela presidente geram impacto na vida dos trabalhadores, uma vez que a previdência tem a função de garantir a todos dignidade mínima em eventos futuros, fornecendo maiores garantias aos trabalhadores. As alterações das MPs são, em sua maioria, desarrazoadas, pois não houveram regras de transição para aqueles trabalhadores já inseridos no sistema. É de suma importância que as regras sejam claras, de forma que defina o marco regulatório. As MPs são instrumentos normativos autoritários, vez que tem como requisitos básicos, urgência e relevância, não podendo enquadrar tal assunto nos requisitos exigidos. Seria necessário mais debates acerca do assunto, devido á complexidade do mesmo. Essas medidas não vão melhorar o déficit da previdência, pois, o déficit da previdência é a atividade rural, vez que trata-se de aposentadoria não contributiva. O produtor rural, ainda que grande produtor não é obrigado a pagar a contribuição patronal de 20%, inclusive sobre pro labore e os trabalhadores individuais. Já a empresa tem que arcar com os 20% da patronal e pro labore, esse fato gera um desequilíbrio no sistema previdenciário, pois o produtor rural utiliza a previdência, mas não contribui. Dessa forma, a aposentadoria não contributiva deveria estar em outro sistema de previdência social.

12 5. Conclusão Após debate sobre as mudanças previdenciárias ocorridas pelas medidas provisórias, conclui-se que algumas vieram acrescentar para o sistema previdenciário brasileiro e dificultar acesso aos benefícios daquelas pessoas que não contribuem e vivem por conta de benefícios do governo. Por outro lado, tais mudanças trazem dificuldades de acesso aos benefícios àqueles trabalhadores que contribuíram para a previdência, deixando-os desamparados em momentos difíceis, fazendo com que a previdência não cumpra seu principal objetivo, qual seja, garantir segurança ao trabalhador. Algumas mudanças chegam ao absurdo, pois pessoas que contribuíram durante anos para a previdência, com o óbito não podem a família usufruir do beneficio. Ademais, as mudanças afrontam o instituto do casamento, pois coloca prazo de união para que o cônjuge seja beneficiário, além da carência de contribuição de no mínimo vinte e quatro meses. Outra discussão polêmica acerca do tema é a constitucionalidade das medidas provisórias por não cumprir os requisitos exigidos pela Constituição Federal. Por fim, tais medidas tem vigência de no máximo cento e vinte dias e depende de aprovação do Congresso Nacional para ter força de lei 6. Referencias Bibliográficas BRASIL. Medida provisória número 664, ato Acesso dia 23/03/2015. BRASIL. Medida provisória número 664, legislação regras do auxílio doença e pensão por morte. Acesso dia 23/03/2015. BRASIL. Medida provisória número 665 ato Acesso dia 24/03/2015. BRASIL. Constituição/Constituição compilado. Acesso dia 21/03/2015. BRASIL. Lei Acesso dia 21/03/2015. BRASIL. Seguro desemprego. Acesso dia 21/03/2015. IBRAHIM, Fabio Zambitte, Curso de Direito Previdenciário, Rio de Janeiro, Editora Impetus, ano MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do trabalho, São Paulo, Editora Atlas, ano 2014.

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