AULA 07 DIREITO DAS SUCESSÕES SUCESSÃO EM GERAL: LEGÍTIMA E TESTAMENTÁRIA

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1 AULA 07 DIREITO DAS SUCESSÕES SUCESSÃO EM GERAL: LEGÍTIMA E TESTAMENTÁRIA INTRODUÇÃO Caros amigos e alunos. Iniciamos hoje mais uma etapa em nossos estudos. Marchamos para a parte final de nosso curso. Nas primeiras aulas falamos sobre a Parte Geral do Código Civil. Passamos pelo Direito das Obrigações. Depois Direito das Coisas. Agora o Direito das Sucessões. Vamos nesta aula falar sobre as Espécies de Sucessão (Legítima e Testamentária). Na próxima e derradeira aula, seguindo o edital, falaremos os Regimes de Bens entre os Cônjuges e o tema Inventário e Partilha (que a rigor pertenceria a esta aula Sucessões). Alguns avisos: o Direito de Sucessões mudou muito do Código Civil anterior para o atual. Muita coisa, mas muita coisa mesmo mudou. Portanto cuidado ao estudar por algum livro antigo... ou fazer algum exercício antigo... estão todos superados. Outra coisa: este tema ficou mais complexo. Não diria difícil. Ficou complexo. Principalmente em relação aos direitos do cônjuge sobrevivente e do convivente (união estável). Darei muitos exemplos em aula. Mas é interessante que o aluno observe o exemplo com lápis e papel na mão, para poder acompanhar melhor a seqüência do raciocínio, principalmente quanto à divisão dos bens. Finalmente: A presente aula foi dirigida para exames e concursos públicos. Mas eu diria que ela pode ajudar até para eventuais casos particulares que algum aluno possa ter em sua família ou com algum amigo. Por isso ela é muito interessante. Tenho certeza que muitos alunos vão se identificar com alguns exemplos dados nesta aula e terão esclarecido muitas dúvidas pessoais sobre o 1

2 assunto. Mas cuidado para não se dispersar em detalhes que não têm importância para concursos. Comecemos então. Direito das Sucessões é o conjunto de normas que disciplinam a transferência do patrimônio (ativo e passivo - créditos e débitos) de alguém, depois de sua morte, em virtude de lei ou testamento. Está regulado nos arts a CC. A Constituição Federal assegura o direito de herança (artigo 5º, XXX). O fundamento do direito sucessório é a propriedade, conjugada ou não com o direito de família. CONTEÚDO Sucessão em Geral (arts /1.828 CC) Sucessão Legítima (arts /1.756 CC) Sucessão Testamentária (arts /1.990 CC) Inventário e Partilha (arts /2.027 CC temas que serão vistos na próxima aula). ABERTURA DA SUCESSÃO - REGRAS A Abertura da Sucessão (também chamada de delação ou devolução sucessória) se dá no momento da constatação da morte comprovada do de cujus (expressão latina abreviada da frase de cujus successione agitur - aquele de cuja sucessão se trata; de cujus também é chamado de autor da herança). Nesta aula vamos usar muito essa expressão: de cujus para nos referirmos à pessoa que faleceu. O Princípio Básico do Direito das Sucessões é conhecido como Droit de Saisine (pronuncia-se druá dê cesíni - direito de posse imediata), ou seja, transmite-se automaticamente imediatamente, o domínio e a posse da herança aos herdeiros legítimos e testamentários do de cujus, sem solução de continuidade (ou seja, sem interrupção) e ainda que estes (os herdeiros) ignorem o fato (art CC). Não necessita da prática de qualquer ato. No entanto deve-se proceder a um inventário para se verificar o que foi deixado e o que foi transmitido. 2

3 Só se abre sucessão se o herdeiro sobrevive ao de cujus. O herdeiro que sobrevive ao de cujus, ainda que por um instante, herda os bens por ele deixados e os transmite aos seus sucessores, se falecer em seguida. Há necessidade de apuração da capacidade sucessória, conforme veremos adiante. ESPÉCIES A sucessão pode ser classificada em: Legítima (ou ab intestato) decorre da lei; morrendo a pessoa sem testamento transmite-se a herança aos herdeiros legítimos indicados pela lei, conforme veremos mais adiante. Também será legítima se o testamento caducar ou for declarado nulo. Testamentária ocorre por disposição de última vontade (testamento). Havendo herdeiros necessários (cônjuge sobrevivente, descendentes ou ascendentes), o testador só poderá dispor de metade da herança (art CC). A outra metade constitui a legítima, assegurada aos herdeiros necessários. Não os havendo terá plena liberdade de testar. Mas se for casado sob o regime da comunhão universal de bens (art CC) o patrimônio do casal será dividido em duas meações e a pessoa só poderá dispor da sua meação. Nosso ordenamento proíbe qualquer outra forma de sucessão, especialmente a contratual. São proibidos os pactos sucessórios, não podendo ser objeto de contrato a herança de pessoa viva (art. 426 do C.C. pacta corvina). No entanto admite a cessão de direitos, como veremos mais adiante. A título universal o herdeiro é chamado para suceder na totalidade da herança, fração ou parte dela, assumindo a responsabilidade relativamente ao passivo. Ocorre tanto na legítima como na testamentária. A título singular o testador deixa ao beneficiário um bem certo e determinado (legado). O herdeiro não responde pelas dívidas da herança. 3

4 O herdeiro sucede a título universal e o legatário a título singular. HERANÇA O objeto da sucessão causa mortis (em razão da morte) é a herança, dado que, com a abertura da sucessão, ocorre a mutação subjetiva do patrimônio do de cujus, que se transmite aos seus herdeiros, os quais se sub-rogam nas relações jurídicas do morto. A herança também é chamada de espólio ou monte. Constitui ela uma universalidade (de direito) de bens sem personalidade jurídica, um patrimônio único, um conjunto de direitos (ativo) e deveres (as dívidas, o passivo), representado pelo inventariante, até a homologação da partilha. Para os efeitos legais a sucessão aberta é tida como imóvel (art. 80, II CC). Há direitos que não se transmitem (ex.: direitos personalíssimos, usufruto, etc.). No tocante às dívidas, os herdeiros só respondem até os limites da herança. É indivisível até à partilha; é um condomínio forçado. Cada coherdeiro possui uma parte ideal da herança. O co-herdeiro não pode vender ou hipotecar parte determinada de coisa comum ao espólio, mas pode ceder os direitos hereditários concernentes à sua parte ideal. No entanto os demais co-herdeiros possuem direito de preferência. TRANSMISSÃO DA HERANÇA Momento na data da morte do de cujus (dia e hora do óbito). Os herdeiros, ainda que não o saibam, já se tornam donos da herança. Assim, a aquisição da herança não se dá quando da abertura do processo de inventário, nem quando o juiz homologa a partilha de bens, e nem quando o respectivo formal é levado a registro, mas sim no momento da morte. Lugar (art CC) último domicílio do falecido; se ele tinha mais de um domicílio o inventário será feito em qualquer deles. Na falta de domicílio certo será o da situação dos bens ou do lugar do óbito. O prazo é de 30 dias a contar da morte do de cujus. Inventariança é um munus público, submetido ao controle e fiscalização judicial, sendo função auxiliar da justiça. O inventariante é pessoa nomeada pelo Juiz a quem cabe a 4

5 administração e representação da herança. Há uma ordem para sua nomeação prevista no artigo 990 do Código de Processo Civil: cônjuge sobrevivente casado sob o regime da comunhão, herdeiro que se ache na posse do espólio, ou qualquer outro herdeiro. Pode ser até um estranho à sucessão, desde de que tenha a confiança do Juiz. Regras a) na sucessão legítima são chamadas a suceder as pessoas já nascidas e as já concebidas no momento da abertura da sucessão. b) na sucessão testamentária, ainda podem ser nomeados herdeiros ou legatários: os filhos, ainda que não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador (prole eventual), desde que vivas estas quando da abertura da sucessão; pessoas jurídicas; pessoas jurídicas cuja organização for determinada pelo testador, sob forma de fundação. CAPACIDADE SUCESSÓRIA Capacidade (ou legitimação) sucessória é a capacidade da pessoa para receber os bens deixados pelo de cujus no tempo da abertura da sucessão (art CC). São seus pressupostos: morte do autor da herança, sobrevivência do sucessor (observada a capacidade sucessória do nascituro) e herdeiro humano. A pessoa jurídica de direito privado não herda ab intestato (sem testamento), mas tem capacidade para suceder por testamento. O nascituro (aquele que está para nascer - reveja a matéria na aula referente a Pessoas Naturais ou Físicas), apesar de ainda não ser pessoa física, tem direito à herança; ele tem expectativa de vida, portanto expectativa de direitos, que estão em estado potencial, sob condição suspensiva: só terão eficácia se nascer com vida. É nomeado um curador para zelar por seus interesses (curador ao ventre normalmente a mãe). Os herdeiros podem ser classificados em legítimos, necessários e testamentários: A) Legítimos são os contemplados pela lei segundo uma ordem de preferência. 5

6 B) Necessários são os descendentes (filhos, netos, bisnetos, etc.), os ascendentes (pais, avós, bisavós, etc.) e o cônjuge. Também são chamados de herdeiros legitimários ou reservatários. Receberão, necessariamente pelo menos a metade dos bens com preferência excludente para os primeiros. Essa metade necessária é chamada de legítima. A lei assegura aos herdeiros necessários o direito à legítima, ou seja, a metade dos bens do testador. A outra, denominada parte disponível, pode ser deixada livremente. Se não houver descendente, ascendente ou cônjuge o testador pode transmitir todo o seu patrimônio livremente. Os demais herdeiros podem ser excluídos da sucessão. Os herdeiros necessários podem ser declarados indignos e também deserdados (veja mais adiante). O herdeiro necessário poderá receber a parte disponível, sem prejuízo de sua parte na legítima (art CC). Redução das Disposições Testamentárias se a cota disponível deixada a terceiros ultrapassar o limite de 50%, afetando a legítima, poderão os herdeiros necessários, através de ação própria, aqueles pleitear a redução das disposições testamentárias e das doações. Não se anula o testamento, mas procede-se a uma transferência de bens da cota disponível para a legítima, integrando-se o que foi desfalcado. C) Testamentários são os que foram contemplados por um testamento. Pode ser a título universal (herdeiro) ou a título singular (legatário). INDIGNIDADE (arts /1.818 CC) É uma espécie de incapacidade sucessória que priva uma pessoa de receber a herança. É uma pena civil, criada pelo legislador, atingindo os herdeiros necessários, os legítimos e os testamentários. A pena de indignidade só alcança o indigno, sendo representado por seus sucessores, como se morto fosse. São excluídos por indignidade os herdeiros ou legatários que: a) houverem sido autores, co-autores ou partícipes em crime de homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente. b) houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança, ou incorreram em crime contra a sua honra (calúnia, difamação e injúria), ou de seu cônjuge ou companheira (o). 6

7 c) por violência ou fraude, a inibiram ou obstaram o autor da herança de livremente dispor dos seus bens por ato de última vontade. Os descendentes do indigno herdam como se ele fosse falecido (representação). O indigno não terá direito ao usufruto nem administração dos bens que seus filhos menores herdaram. A exclusão do herdeiro, ou legatário, em qualquer desses casos de indignidade, será declarada por sentença em ação ordinária, movida por quem tenha interesse na sucessão (art CC). O prazo é de 04 (quatro) anos, sob pena de decadência. Os efeitos da sentença declaratória de indignidade retroagem (ex tunc) à data da abertura da sucessão, considerando o indigno como pré-morto ao de cujus. Reabilitação O art CC permite ao ofendido reabilitar o indigno, desde que o faça de forma expressa em testamento ou outro ato autêntico (ex.: escritura pública). É o perdão do indigno. ACEITAÇÃO DA HERANÇA OU ADIÇÃO (arts e segts. CC) É o ato jurídico unilateral pelo qual o herdeiro (legítimo ou testamentário) manifesta livremente o desejo de receber a herança que lhe é transmitida. A aceitação consolida os direitos do herdeiro. É também indivisível e incondicional porque não se pode aceitar ou renunciar a herança em parte e sob condição ou a termo, isto para se preservar a segurança nas relações jurídicas; a aceitação deve ser pura e simples. Não pode haver retratação da aceitação da herança. No entanto pode ser anulada e revogada, se após a sua ocorrência se verifica que o aceitante não é herdeiro. A aceitação pode ser classificada em: expressa - declaração escrita (pública ou particular). tácita - atos compatíveis com a aceitação da qualidade de herdeiro. presumida - quando o herdeiro permanece silente, depois que é notificado para que declare se aceita ou não a herança. RENÚNCIA DA HERANÇA Consiste no ato jurídico unilateral pelo qual o herdeiro declara expressamente que não aceita a herança a que tem direito, despojando-se de sua titularidade. É ato solene, devendo ser feito por 7

8 escritura pública (perante o tabelião) ou termo nos autos (perante o juiz). Se o herdeiro renunciar em favor de outrem, isto não se configura em uma renúncia propriamente dita. Na verdade é uma aceitação e imediata transmissão, havendo a incidência de tributação causa mortis e também inter vivos. Também é chamada de renúncia translativa. A renúncia válida é a abdicativa, isto é, cessão gratuita, pura e simples. Requisitos Capacidade jurídica do renunciante. Os incapazes não podem renunciar, senão por seu representante legal, autorizado pelo Juiz. Forma prescrita em lei; sempre por escrito (escritura pública ou ato judicial); não há renúncia tácita nem presumida. Impossibilidade de repúdio parcial da herança. Esta é indivisível até à partilha. Respeito a direitos de eventuais credores. Se a renúncia prejudica credores, estes podem aceitar a herança. Se o renunciante for casado, depende de outorga (uxória ou marital), pois o direito à sucessão é considerado bem imóvel. Efeitos O renunciante é tratado como se nunca tivesse sido chamado à sucessão; seus efeitos retroagem à data da abertura da sucessão. O que repudia a herança pode aceitar legado. O quinhão hereditário do repudiante, na sucessão legítima, transmite-se de imediato aos outros herdeiros da mesma classe (direito de acrescer). Os descendentes do renunciante não herdam por representação. No entanto se ele for o único da classe seus filhos herdam por direito próprio e por cabeça. O renunciante não perde o usufruto e nem a administração dos bens que, pelo seu repúdio, foram transmitidos aos seus filhos menores. A renúncia da herança é irretratável e irrevogável. CESSÃO DA HERANÇA 8

9 É a transferência que o herdeiro (legítimo ou testamentário) faz a outrem de todo o quinhão hereditário ou parte dele, que lhe compete, após a abertura da sucessão. A cessão de herança pode ser gratuita ou onerosa. Princípios capacidade para alienar só valerá após a abertura da sucessão e antes da partilha. escritura pública (1.793 CC). há transferência da parte ideal, não havendo especificação de bens. cessionário assume a mesma condição jurídica do cedente (1.793, 1º). cedente não responde pela evicção (em regra). a cessão é negócio jurídico aleatório. o credor do espólio pode acionar o cedente. na cessão onerosa feita a estranhos, deve-se oferecer aos outros herdeiros para que se exerça o direito de preferência. PETIÇÃO DE HERANÇA É a ação pela qual um herdeiro esquecido ou desconhecido reclama sua parte da herança, antes ou depois da partilha. Deve ser instruída com prova da qualidade de herdeiro. Pode vir cumulada com investigação de paternidade. OBSERVAÇÃO Até aqui falamos sobre a Sucessão de uma forma geral. As regras vistas até aqui aplicam-se a toda espécie de Sucessão. Vamos agora fazer a divisão do ponto: Sucessão Legítima e Sucessão Testamentária, com suas regras próprias. I SUCESSÃO LEGÍTIMA Sucessão Legítima é aquela em que o de cujus faleceu sem testamento (ou ab intestato), ou o testamento deixado caducou (ver 9

10 mais adiante), ou é ineficaz. Há uma relação preferencial das pessoas que são chamadas a suceder o finado. Se deixou testamento, mas havia herdeiro necessário, é possível que ocorra uma redução das disposições testamentárias para respeitar a quota dos mesmos, prevista em lei. ORDEM DE SUCESSÃO O chamamento dos sucessores é feito de acordo com uma seqüência denominada ordem de vocação hereditária, que é uma relação preferencial, estabelecida pela lei, das pessoas que são chamadas para suceder o de cujus. Vamos fornecer a ordem estabelecida na lei e a seguir vamos analisar item por item. Estabelece o art do CC: 1) Descendentes (filhos, netos, bisnetos, etc.), em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens; ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares. 2) Ascendentes (pai, avô, bisavô, etc.) em concorrência com o cônjuge. 3) Cônjuge sobrevivente (também chamado de cônjuge supérstite). 4) Colaterais até o 4º grau. - ordem preferencial de colaterais: irmão 2º grau sobrinho 3º grau tio 3º grau sobrinho-neto 4º grau tio-avô 4º grau primo-irmão 4º grau Observações: 1. Uma classe só será chamada quando faltarem herdeiros da classe precedente. Exemplo: os ascendentes só serão chamados na sucessão se não houver descendentes. 2. Dentro de uma classe, o grau mais próximo, em princípio, exclui o mais remoto. Exemplo: o de cujus deixou um filho e 10

11 este possui dois filhos (que são netos do de cujus); a herança irá somente para o filho, excluindo, neste caso, os netos. 3. Os descendentes, os ascendentes e o cônjuge sobrevivente são considerados herdeiros necessários; neste caso o testador só poderá dispor por testamento de metade da herança. Isto é, metade de seus bens irá obrigatoriamente para os herdeiros necessários (salvo alguma hipótese de deserdação). A outra metade ele poderá dispor em testamento. 4. Todos os filhos herdam em igualdade de condições (Constituição Federal, art. 227, 6º: Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação ). Assim, um filho não pode ser chamado de adulterino ou bastardo. São expressões consideradas preconceituosas. E tanto faz seja ele proveniente de um casamento ou de uma relação extraconjugal: é filho do mesmo jeito e terá direito a herança. 5. Se houver um testamento essa ordem pode não prevalecer exatamente desta forma, ou seja, pode haver algumas modificações, conforme veremos adiante. A) SUCESSÃO DOS DESCENDENTES Com a abertura da sucessão os descendentes do de cujus são chamados em primeiro lugar, adquirindo os bens por direito próprio. Os filhos são chamados à sucessão do pai, recebendo cada um (sucessão por cabeça in capita) quota igual da herança (art ), excluindo-se os demais descendentes (embora possa haver o direito de representação, conforme veremos adiante). Não se pode fazer qualquer distinção entre filhos legítimos, ilegítimos ou adotivos, tendo todos os mesmos direitos. Se todos os descendentes estão no mesmo grau, a sucessão será por direito próprio e por cabeça; a herança é dividida em tantas partes iguais quanto são os herdeiros. Exemplo: se o de cujus deixou dois filhos a herança será dividida em duas partes iguais; Se o de cujus deixou três netos (todos os filhos já eram falecidos) o acervo 11

12 será dividido por três partes iguais, não importando se eram filhos do mesmo pai ou pais diferentes. Se à herança concorrem descendentes de graus diferentes a sucessão se dá por cabeça e por representação. Exemplo: o de cujus tinha dois filhos vivos e três netos, sendo que estes são filhos de um terceiro filho pré-morto neste caso a herança será dividida em três partes iguais: as duas primeiras destinadas aos filhos vivos e a terceira pertence aos três netos que dividirão o quinhão entre si neste caso chamamos de sucessão por representação ou por estirpe. Os netos (filhos do filho pré-morto) recebem o que o pai (filho do de cujus) receberia. Observações 1 - havendo cônjuge sobrevivente, este concorrerá com seus descendentes, desde que ao tempo da sua morte: a) não estivesse separado judicialmente nem de fato há mais de dois anos; b) não seja casado sob o regime da comunhão universal ou da separação obrigatória de bens; c) haja bens particulares do de cujus, se casado sob o regime da comunhão parcial. O cônjuge sobrevivente terá direito a um quinhão igual aos dos que sucederem por cabeça, não podendo sua quota ser inferior à quarta parte da herança se for ascendente dos herdeiros com que concorre (art CC). 2 havendo convivente (ou seja, uma união estável) este participará da sucessão apenas no que concerne aos bens adquiridos na vigência da união estável. Se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho. Se concorrer com descendentes só do autor da herança terá direito à metade do que couber a cada um daqueles. B) SUCESSÃO DOS ASCENDENTES Não havendo descendentes, serão chamados os seus ascendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente. Novamente o grau mais próximo exclui o mais remoto. Se deixou pai e mãe a herança a eles será entregue em partes iguais. Se apenas um dos genitores for vivo a ele será transmitida toda a herança, ainda que sobrevivam os ascendentes do outro. Exemplo: o de cujus deixou mãe e dois avós, que eram pais de seu pai. A herança toda irá para a mãe, excluindo-se os avós paternos. 12

13 Na falta de ambos os pais do autor da herança, herdarão os avós. Exemplo: de cujus deixou três avós dois maternos e um paterno a herança será dividida em duas partes, metade para os avós maternos e a outra metade para o avô paterno. Não há direito de representação na linha ascendente. O ascendente de grau mais próximo afasta (exclui) o de grau mais remoto (art , 1º CC). Se o de cujus deixou pais e cônjuge, este terá direito a um terço da herança. Se deixou apenas um ascendente, ou avós, o cônjuge terá direito à metade do acervo hereditário. Se o filho adotivo falecer sem descendência, tendo pais adotivos, estes ficarão com a herança; na falta dos pais, havendo outros ascendentes (avós) e cônjuge sobrevivente, este herdará. C) SUCESSÃO DO CÔNJUGE SOBREVIVENTE (SUPÉRSTITE) Se o regime de bens for o da comunhão universal ou comunhão parcial, o cônjuge terá metade dos bens comuns do casal. É a meação, que não se confunde com a herança. Na meação os bens comuns são divididos; a porção ideal dos bens já lhe pertencia mesmo antes da morte do de cujus. Chamamos de herança a parte de seu cônjuge falecido. A pessoa é afastada da sucessão se estiver separada judicialmente ou separada de fato há mais de dois anos (salvo prova de que essa convivência se tornara impossível sem culpa do sobrevivente art CC). Além da meação (que, repita-se já era dele mesmo antes da morte do de cujus), o cônjuge ainda terá direito à herança, que pode se dar: 1. Sucessão Testamentária (ou legitimária) por ser herdeiro necessário, tem direito à metade da herança, se não houver descendentes ou ascendentes; o testador só poderá dispor de metade dos bens da herança. Assim, além de receber a meação, se o de cujus não tiver descendentes ou ascendentes, o cônjuge receberá a totalidade dos bens. Além disso, mesmo o de cujus tendo outros herdeiros, o cônjuge sobrevivente ainda pode receber mais alguma coisa por testamento. 2. Sucessão Legal ou Legítima 13

14 a) Em concorrência com descendentes se o falecido não possuía bens particulares, o consorte sobrevivente não será herdeiro, mas tem assegurada a sua meação, sendo o regime de comunhão universal ou parcial. Havendo patrimônio particular, o cônjuge sobrevivente receberá sua meação, se casado sob o regime de comunhão parcial mais uma parcela sobre todo o acervo hereditário. O cônjuge sobrevivente terá direito a um quinhão igual aos dos que sucederem por cabeça, não podendo sua quota ser inferior à quarta parte da herança se for ascendente dos herdeiros com que concorre (art CC). Ex.: A faleceu deixando esposa e cinco filhos que não são do cônjuge sobrevivente; neste caso a herança será dividida em seis partes iguais, cada um dos filhos e a esposa receberão um sexto. Se estes filhos forem também do cônjuge sobrevivo, a participação deles ficará reduzida diante do limite da quota mínima estabelecida pela lei: o cônjuge ficará com um quarto e os demais três quartos serão partilhados entre os seus cinco filhos. b) Em concorrência com os ascendentes reserva-se um terço da herança se concorrer com pai e mãe do finado, ficando estes com dois terços. Se concorrer com apenas um dos genitores, receberá metade da herança. Se concorrer com ascendentes de segundo grau (avós) ou graus superiores, também lhe tocará metade da herança. c) Pura e simples na falta de descendentes e ascendentes, será chamado, por inteiro, o cônjuge sobrevivente, desde que ao tempo da morte não estivesse separado judicialmente nem de fato há mais de dois anos. 3. Sucessão no Direito Real de Habitação do imóvel destinado à residência, se este for o único do gênero a inventariar, qualquer que seja o regime de bens e sem prejuízo da participação que lhe caiba na herança. Não cessará o benefício em caso de novas núpcias. 4. Sucessão no Usufruto se o casamento foi com cônjuge estrangeiro em regime que exclua a comunhão universal: quarta parte dos bens em usufruto se houver filhos brasileiros do casal ou do outro consorte; metade dos bens em usufruto se não houver filhos (art. 17 do Decreto-lei 3.200/41). 14

15 Transmite-se a nua propriedade aos sucessores legítimos de classe preferencial (descendente ou ascendente) e ao cônjuge sobrevivente outorga-se o direito real de habitação. Observações: 1 - O regime da separação de bens e a existência de cláusula de incomunicabilidade no pacto antenupcial não interferem na ordem de vocação hereditária do cônjuge sobrevivente. Assim, mesmo casando pelo regime da separação total de bens, o cônjuge tem direito à herança (não terá direito à meação, mas terá direito à herança) 2 Não há mais o direito ao usufruto vidual (que era o concedido à pessoa que se tornava viúva). Antigamente o cônjuge não herdava de forma concorrente com os descendentes ou ascendentes, por isso tinha direito ao usufruto dos bens do seu ex-marido. Como atualmente o cônjuge é herdeiro necessário, não faz mais sentido receber usufruto. D) DIREITOS DA(O) CONVIVENTE OU COMPANHEIRA(O) Tratando-se de união estável (ou concubinato puro) o convivente, além de eventual meação, participa da sucessão do de cujus quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência do estado convivencial, nas seguintes condições: Se concorrer com filhos comuns, fará jus a uma quota equivalente à que legalmente couber a eles. Exemplo: A tinha um patrimônio individual de 100; uniu-se com B e durante a convivência os dois tiveram dois filhos e formaram um patrimônio de mais 600. A morreu. B, portanto, tem direito à meação (300). Além disso, a herança de B será de 400 (100 individual e 300 em comum). O patrimônio individual será partilhado apenas entre seus dois filhos. Já a sua meação será dividida em 3 partes iguais: 1/3 para a convivente e 1/3 para cada um de seus dois filhos. Se concorrer com descendentes só do de cujus, terá direito à metade do que couber a cada um deles. Exemplo: aproveitando o exemplo acima, suponha-se que os filhos são apenas de A. O patrimônio particular será partilhado entre seus dois filhos. Já a sua meação (do de cujus) será dividida de forma que B receberá metade do valor dos filhos de A. 15

16 Se concorrer com outros parentes sucessíveis (ascendentes ou colaterais) terá direito a 1/3 (um terço) da totalidade da herança. Não havendo parentes sucessíveis, terá direito à totalidade da herança. Terá direito real de habitação, relativamente ao imóvel destinado à residência da família, enquanto viver ou não constituir nova união ou casamento. Observações: 1 O concubinato impuro (também chamado de concubinato adulterino ou relação extramatrimonial ou simplesmente de amante ) não estabelece qualquer direito hereditário entre os concubinos. No entanto, na prática nossos Tribunais reconhecem alguns direitos em determinadas situações especiais. Exemplo: Uma pessoa é casada há 20 (vinte) anos, vivendo com normalmente com sua esposa e tendo dois filhos. No entanto tem uma amante. Prova-se que ele convive com ela há 10 (dez) anos, sendo que inclusive compraram uma casa juntos. A amante tem direito à parte que ajudou a comprar na vigência desta relação (ou seja, tem direito ao valor de metade da casa comprada). 2 Percebe-se que atualmente há uma grande desigualdade no tratamento entre o cônjuge e o convivente sobrevivente (união estável), sendo que este possui menos direitos que os outorgados ao cônjuge. Ou seja: o Código anterior equiparava o cônjuge casado em comunhão parcial ao convivente ou companheiro(a). O atual Código estabeleceu novos e inúmeros direitos ao cônjuge (mesmo que casado por separação total); ao mesmo tempo reduziu os direitos do(a) convivente. Por isso, na prática, muitos juizes ainda conferem os mesmos direitos ao convivente que o mesmo tinha antes do atual Código. Ou seja, os juizes não estão conferindo todos os novos direitos estabelecidos em favor do cônjuge (exemplo o fato de ser herdeiro necessário), mas por outro lado não estão piorando a sua situação em relação ao código anterior. O aluno deve observar o que está na lei. É assim que vem caindo nas provas. Mas ainda muita água vai rolar sobre este assunto e com certeza o Código ainda vai mudar muito. O jeito é aguardar. Mas insisto: em relação a este assunto, o aluno deve se preocupar com o texto da lei. E) SUCESSÃO DOS COLATERAIS 16

17 Na falta de descendentes, ascendentes, cônjuge e de convivente, são chamados a suceder, na totalidade, os colaterais até o quarto grau. Lembrem-se do princípio de que os mais próximos excluem os mais remotos. Exemplo: se o de cujus deixou apenas irmãos e sobrinhos, herdam os irmãos que são colaterais em segundo grau, enquanto os irmãos são colaterais em quarto grau. Ressalva-se o direito de representação (por estirpe) apenas no caso de filhos de irmãos (ou seja, os sobrinhos). Exemplo: o de cujus deixou dois irmãos e dois sobrinhos, filhos de um terceiro irmão pré-morto: a herança será dividida em três partes iguais (os três irmãos), cabendo as duas primeiras aos irmãos sobreviventes e a terceira aos sobrinhos, que a dividirão entre si a parte que caberia ao irmão pré-morto. Concorrendo à herança do falecido, irmãos bilaterais (ou irmãos germanos, ou seja, mesmo pai e mesma mãe) com irmãos unilaterais (mesmo pai irmãos consangüíneos; ou mesma mãe irmãos uterinos), cada um destes herdará metade do que cada um deles herdar. Em outras palavras: os irmãos bilaterais herdam o dobro dos irmãos unilaterais. Ordem dos Colaterais Na falta de irmão (colateral em segundo grau), o sobrinho (terceiro grau) é chamado à sucessão. O tio também é colateral em terceiro grau, mas a lei dá preferência ao sobrinho. Após são chamados, pela ordem: sobrinho-neto, tio-avô e primo-irmão do autor da herança (todos estes são colaterais em quarto grau). F) SUCESSÃO DO MUNICÍPIO, DISTRITO FEDERAL E UNIÃO Na verdade a administração pública não é herdeira, não lhe é dado o direito de saisine, isto é, não se torna proprietária dos bens da herança no momento da morte do de cujus, como acontece com os demais herdeiros. Quando o falecido não deixar testamento nem herdeiros conhecidos ou quando estes repudiarem a herança, os bens irão para o Município ou Distrito Federal (se localizados nas respectivas circunscrições) ou União (se situados em Território Federal). Mas não de imediato. Há um procedimento legal: Herança Jacente Falecendo uma pessoa na situação acima, seus bens são arrecadados. Nomeia-se uma pessoa (curador) para conservá-los e 17

18 administrá-los. A característica principal da herança jacente é a transitoriedade da situação dos bens. Não goza de personalidade jurídica; é uma universalidade de direito. São expedidos editais convocando eventuais sucessores. Após a realização de todas as diligências, não aparecendo herdeiro e decorrido um ano após o primeiro edital, haverá a declaração de vacância. Herança Vacante Superada esta primeira fase, os bens passam, então, para a propriedade do Estado (em sentido amplo). Mas ainda não de forma plena, mas apenas resolúvel (lembrem-se do que falamos sobre a propriedade resolúvel é a que pode se resolver, ou seja, se extinguir). Somente após 05 (cinco) anos da abertura da sucessão a propriedade passa para o domínio público (Município, Distrito Federal ou União). Comparecendo herdeiro, converte-se a arrecadação em inventário regular. O Poder Público, pelo atual Código, não consta mais do rol de herdeiros apontados na ordem de vocação hereditária. É, portanto, um sucessor irregular, desde que haja sentença que declare a vacância dos bens. DIREITO DE REPRESENTAÇÃO Dá-se o direito de representação quando a lei chama certos parentes do falecido a suceder em todos os direitos, em que ele sucederia, se vivesse (art CC). Só tem aplicação na sucessão legítima. Observem o quadro abaixo: 18

19 100% A 20% B 20% C 20% D 20% E 20% F 20% G 10% H 10% I No exemplo acima, A faleceu deixando 05 filhos. Dois deles (B e D) faleceram anteriormente (ou seja, antes de A). Um desses (B) tinha um filho (G) e o outro (D) tinha dois filhos (H e I). Cada um dos filhos de A irá receber 20% do patrimônio do pai. G representará seu pai na herança de seu avô e receberá a totalidade que seu pai receberia (20%). No entanto H e I representam D e irão herdar apenas 10% cada um da totalidade da herança. Os filhos herdam por cabeça ou por direito próprio. Já os netos herdam por estirpe ou por direito de representação. Mas neste mesmo exemplo se todos os filhos já fossem prémortos, concorrendo apenas os netos, todos do mesmo grau, a sucessão não seria mais deferida por representação (ou estirpe), mas por cabeça. Assim, como só há três netos, cada um herdará um terço da totalidade da herança. Essas cotas chamam-se avoengas, por serem transmitidas diretamente do avô para os netos. O direito de representação se aplica ao herdeiro pré-falecido e também ao excluído por indignidade ou deserdação. Somente se verifica o direito de representação na linha reta descendente (operando-se ad infinitum), nunca na ascendente (art CC). Na linha colateral, só ocorrerá em favor dos filhos de irmãos do falecido (sobrinhos), quando com irmão deste concorrerem. Mas não há representação na renúncia nem na herança testamentária, não se aplicando, também aos legados. 19

20 II SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA Sucessão Testamentária é aquela em que a transmissão hereditária se opera por ato de última vontade, revestido da solenidade requerida por lei. Em outras palavras, é a sucessão que se faz por meio de um testamento. Permite a instituição de herdeiro (sucessor a título universal) ou legatário (sucessor a título singular). Como já vimos, tem certas limitações, pois deve respeitar a legítima (que é a parte que cabe aos herdeiros necessários). A sucessão testamentária rege-se pela: Lei vigente no momento da feitura do testamento, que regula a capacidade testamentária ativa e a forma do ato de última vontade. Lei que vigorar ao tempo da abertura da sucessão, que rege a capacidade testamentária passiva e a eficácia jurídica do conteúdo das disposições testamentárias. Testamento é um ato personalíssimo, unilateral, solene e revogável pelo qual alguém dispõe no todo ou em parte de seu patrimônio para depois de sua morte. O testamento serve também para a nomeação de tutores, reconhecimento de filhos, deserdação de herdeiros, revogação de testamentos anteriores e outras declarações de última vontade. O testamento é ato unilateral e individual, não podendo ser feito em conjunto com outra pessoa (é nulo o testamento conjuntivo). Proíbe-se, os pactos sucessórios, ou seja, estipulações bilaterais, de feição contratual, em favor dos estipulantes ou de terceiros, afastando-se a possibilidade de contratos que tenham por objeto herança de pessoa viva (art. 426 C.C. pacta corvina). É ato personalíssimo, podendo ser revogado, conforme veremos adiante. O testamento, por ser um negócio jurídico, requer para a sua validade agente capaz, objeto lícito e forma prescrita ou não defesa em lei. É um negócio jurídico que requer uma série de solenidades. Caso não sejam observadas, o ato será considerado nulo (conforme a regra geral do art. 166, V do CC). Também é necessária a análise da capacidade testamentária ativa e passiva. Capacidade Testamentária Ativa 20

21 A capacidade testamentária ativa é a capacidade para fazer o testamento. O Código Civil estabelece apenas como incapazes de testar (art CC): os menores de dezesseis anos, os desprovidos de discernimento (ex.: os que não estiverem em perfeito juízo, surdosmudos, que não puderem manifestar a sua vontade, etc.) e a pessoa jurídica. Assim, podem testar o cego, o analfabeto, o pródigo, o falido, etc. Os maiores de 16 anos, mas menores de 18 anos, apesar de relativamente incapazes, podem testar, mesmo sem a assistência de seu representante legal. A incapacidade posterior à elaboração do testamento não o invalida. A capacidade para testar deve existir no momento em que o testamento é feito, pois a incapacidade superveniente não invalida o testamento eficaz. O testamento do incapaz não pode ser convalidado com a superveniência da capacidade. Capacidade Testamentária Passiva A capacidade testamentária passiva é a capacidade para adquirir por testamento. Rege-se pela regra genérica de que são capazes todas as pessoas, físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, maiores ou menores, existentes ao tempo da morte do testador. Não podem ser contemplados por testamento as coisas inanimadas, os animais e as entidades místicas. Quem já não ouviu uma estória de que uma senhora deixou todos os seus bens para seu gatinho? Pois isso é proibido em nosso direito. O que ela pode fazer é deixar seus bens para uma terceira pessoa, desde que esta trate bem de seu animal de estimação. Se o beneficiário do testamento já morreu (pré-morto), a cláusula é considerada caduca. São absolutamente incapazes para adquirir por testamento: Os indivíduos não concebidos (o nascituro possui capacidade, pois já foi concebido) até a morte do testador, salvo se a disposição deste se referir à prole eventual de pessoas por ele designadas e existentes ao abrir-se a sucessão. As pessoas jurídicas de direito público externo relativamente a imóveis situados no Brasil São relativamente incapazes para adquirir por testamento, proibindo que se nomeiem herdeiros ou legatários: 21

22 A pessoa que, a rogo, escreveu o testamento, seu cônjuge, seus ascendentes, descendentes, e irmãos. As testemunhas do testamento. O concubinário (amante) do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver separado de fato do cônjuge há mais de 05 anos. O tabelião, civil ou militar, o comandante, ou escrivão, perante o qual se fizer, assim como o que fizer, ou aprovar o testamento. Restrições Não se pode dispor de mais da metade dos bens havendo herdeiros necessários (descendentes, ascendentes e cônjuge sobrevivente), salvo se os mesmo forem deserdados. As disposições que excederem à metade disponível será reduzida ao limite dela. Reduzemse também as doações feitas em vida, que atingiram a legítima dos herdeiros necessários (são chamadas doações inoficiosas). Um testamento pode ser revogado por outro (de qualquer espécie), total ou parcialmente. Não há uma hierarquia entre os testamentos. DESERDAÇÃO (arts e segts.) Deserdação é o ato unilateral pelo qual o de cujus exclui da sucessão, mediante testamento com expressa declaração de causa, herdeiro necessário, privando-o de sua legítima, por ter praticado alguma conduta prevista na lei como causa. Requisitos de Eficácia A deserdação exige a concorrência dos seguintes requisitos: Existência de herdeiros necessários. Testamento válido (só pode haver deserdação por testamento, sendo proibido por escritura pública, instrumento particular, termo judicial ou codicilo veremos este termo mais adiante). Expressa declaração da causa prevista em lei. Propositura de ação ordinária. Causas de Deserdação: 22

23 Além das causas que autorizam a indignidade (art CC), acrescenta-se: A) Deserdação dos descendentes por seus ascendentes (art CC): ofensa física, injúria grave; relações ilícitas com a madrasta ou padrasto; desamparo do ascendente, em alienação mental ou grave enfermidade. B) Deserdação dos ascendentes pelos descendentes (art CC): ofensa física; injúria grave; relações ilícitas com a mulher ou companheira do filho ou a do neto com o marido ou companheiro da filha ou o da neta; desamparo do filho ou do neto com deficiência mental ou grave enfermidade. Efeitos da Deserdação Os efeitos da deserdação são pessoais. Isto é, atingem o herdeiro excluído, como se ele morto fosse. Mas os seus descendentes herdam por representação, ante o caráter personalíssimo da pena civil. Não basta que o testador deserde o herdeiro. Cumpre aos outros herdeiros promover, no prazo de 04 anos (contados da abertura do testamento) ação de deserdação para confirmar a vontade do morto. O deserdado terá direito de defesa. Não se provando o motivo da deserdação, o testamento produzirá efeitos em tudo o que não prejudicar a legítima do herdeiro necessário. Mera reconciliação do testador com o deserdado não gera ineficácia da deserdação. Deve ser realizada a revogação por testamento (trata-se do perdão). Distinção entre Indignidade e Deserdação A exclusão por indignidade se refere à sucessão legítima e afasta da sucessão tanto os herdeiros legítimos, quanto os testamentários, necessários ou não, inclusive o legatário; a deserdação se refere à sucessão testamentária, servindo apenas para privar da herança os herdeiros necessários (descendentes, ascendentes e cônjuge), inclusive quanto à parte legítima. A exclusão por indignidade funda-se exclusivamente nos casos do art CC e a deserdação repousa na vontade exclusiva do autor da herança, desde que fundada em motivo legal. 23

24 FORMAS DE TESTAMENTO 1) ORDINÁRIO a) Público b) Particular c) Cerrado 2) ESPECIAL a) Militar b) Marítimo c) Aeronáutico 1 TESTAMENTO PÚBLICO (arts a CC) Testamento público é o lavrado por tabelião em livro de notas, de acordo com a declaração de vontade do testador, exarada verbalmente (o mudo não pode) em língua nacional, perante o oficial. É o testamento mais seguro. Porém tem o inconveniente de permitir a qualquer pessoa conhecer o seu teor. Podem testar de forma pública: os analfabetos, os surdos (desde que não sejam mudos). O cego só pode testar por testamento público. Só não podem assim testar os mudos e os surdos-mudos. Requisitos Ser exarado verbalmente. Admite-se a entrega de minuta previamente elaborada, mas mesmo assim exige-se a declaração verbal. Por isso os mudos e os surdos-mudos não podem testar assim. Escrito por oficial público. Presenciado por 02 (duas) testemunhas idôneas, que assistiram a todo o ato. Novamente lido (voz alta e inteligível). Ser assinado por todos (testador, testemunhas e oficial). Menção de observância das formalidades. Com a abertura da sucessão, o traslado é apresentado em juízo. Depois de lido e não tendo vícios o Juiz ordena o registro e cumprimento. 24

25 2 TESTAMENTO CERRADO (arts a CC) Testamento cerrado é o escrito em caráter sigiloso, feito e assinado pelo testador ou por alguém a seu rogo, completado por instrumento de aprovação lavrado por oficial público em presença de 02 (duas) testemunhas idôneas. Também é chamado de secreto ou místico. O analfabeto e o cego não podem testar desta forma. O surdomudo só poderá fazer esse testamento se souber ler e escrever. Ao entregá-lo ao oficial deve escrever na face externa que é seu testamento cuja aprovação lhe pede. Contém quatro elementos: Requisitos: a) Cédula testamentária - escrita pelo testador (ou alguém a seu rogo, desde que não seja beneficiário), em caráter sigiloso. As disposições testamentárias estão nesta fase. b) Auto de entrega - o testador (não se admite portadores) entrega a cédula ao tabelião na presença das testemunhas, que não precisam saber do teor do testamento. c) Auto de aprovação - lavrado pelo oficial público para assegurar a autenticidade do ato; todos (oficial, testador, testemunhas) assinam o instrumento. d) Cerramento - o tabelião lacra o envelope com cera derretida, costura a cédula com cinco pontos de retrós e lança pingos de lacre sobre cada um. Após isso o tabelião entrega ao testador, lançando em seu livro nota do lugar, ano, mês e dia em que o testamento foi aprovado e entregue. Escrito (em língua nacional ou estrangeira art CC) e assinado pelo testador; pode ser escrito mecanicamente, desde que todas as páginas sejam numeradas e autenticadas com sua assinatura (art , parágrafo único CC). Entregue ao oficial na presença de 02 (duas) testemunhas. Oficial pergunta se este é o testamento e exara o auto de aprovação, tendo-o por bom, firme e valioso. Leitura do auto de aprovação. 25

26 É cerrado (fechado e lacrado) e costurado. Morto o testador, deve o testamento cerrado ser apresentado ao Juiz para as formalidades da abertura, e para que o Juiz mande registrar, arquivar e cumprir (arts e do C.P.C.). Observações: 1. Estão proibidas de usar este testamento as pessoas que não saibam ler (analfabetos e cegos). 2. As testemunhas, ao contrário do testamento público, não sabem quais são as disposições testamentárias. 3. Desvantagens: possui muitas formalidades, pode ser ocultado; qualquer vício o invalida (ex: lacre rompido). 3 TESTAMENTO PARTICULAR (arts a CC) O testamento particular (também chamado de aberto, ológrafo ou privado), é o escrito pelo testador e lido em voz alta perante três testemunhas idôneas, que também assinam. É a forma menos segura de se testar, porque depende de confirmação em juízo pelas testemunhas. É permitido aos que sabem ler e escrever. Não pode ser utilizado pelo cego, analfabeto e os incapacitados de escrever. Requisitos: Escrito de próprio punho pelo testador ou mediante processo mecânico (art CC) neste caso não pode conter rasuras ou espaços em branco. 03 (três) testemunhas. Leitura do testamento pelo testador. Publicação, em juízo, após a morte do testador. Homologação do testamento pelo Juiz. Sobrevivência de pelo menos uma das testemunhas. Se as testemunhas forem afirmativas (contestes) sobre o fato ou pelo menos da leitura perante elas e reconheçam suas assinaturas o testamento será confirmado. Em casos excepcionais o testamento sem testemunhas poderá ser confirmado pelo Juiz, desde que se convença da sua veracidade. 26

27 Morto o testador, será publicado em juízo, com citação dos herdeiros legítimos. Pelo menos uma das testemunhas deve reconhecer sua autenticidade. Após isso e ouvido o Ministério Público o Juiz confirmará o testamento. 4 TESTAMENTOS ESPECIAIS São os de caráter provisório, feitos em situações de emergência. A) Testamento Marítimo e Aeronáutico O testamento marítimo ou aeronáutico consiste na declaração de vontade feita a bordo de navios ou aeronaves de guerra ou mercantes, em viagem de alto mar. Deve ser lavrado pelo comandante ou escrivão de bordo perante duas testemunhas idôneas. Observação: se o testador não morrer na viagem ou nos 90 dias subseqüentes após o desembarque, o testamento perde a validade (caduca). B) Testamento Militar Testamento militar é a declaração de última vontade feita por militares e demais pessoas a serviço do exército em campanha, dentro ou fora do país. Deve ser escrito por autoridade militar, na presença de duas testemunhas. Admite a forma nuncupativa, isto é, feita por pessoa ferida; neste caso, pode ser feito de viva voz na presença de duas testemunhas. Em qualquer hipótese, se o testador não morrer na guerra ou nos 90 dias subseqüentes em lugar onde possa testar na forma ordinária, o testamento caducará. Registro, Arquivamento e Cumprimento Após a morte do testador, o testamento deve ser apresentado ao Juiz que o mandará registrar, arquivar e cumprir, se não houver vício externo que o torne suspeito de nulidade ou falsidade. Depois de efetuado o registro, o mérito das disposições testamentárias será examinado no inventário ou em ação ordinária própria. Cláusula de Inalienabilidade Cláusula de inalienabilidade consiste no meio de vincular, absoluta ou relativa, vitalícia (enquanto viver o beneficiário) ou temporariamente, os bens deixados pelo testador aos herdeiros, que 27

28 deles não poderão dispor. O testador deixa bens imóveis a seu filho, mas sabendo que o mesmo é perdulário, vincula com essa cláusula. Seu filho não poderá vender e muito menos doar os imóveis. Só poderá usá-los ou gozá-los (alugar). Extingue-se com o óbito do beneficiário, a não ser que este vincule, também, ao seu herdeiro. Essa cláusula envolve a impenhorabilidade e a incomunicabilidade, salvo disposição em contrário. Não atinge frutos e rendimentos. Testemunha Testamentária É a pessoa que tem capacidade para assegurar a veracidade do ato que se quer provar, subscrevendo o ato; no caso o testamento. São absolutamente incapazes de testemunhar: menores de 16 anos, enfermos mentais, surdo, cego e analfabeto. Efeito nulidade de pleno direito do testamento. São relativamente incapazes de testemunhar: herdeiro instituído, seus ascendentes, descendentes, irmãos e cônjuge; legatário, bem como seus ascendentes, descendentes, irmãos e cônjuge. Efeito validade do testamento, mas nula qualquer disposição em favor do incapaz. INEXECUÇÃO DO TESTAMENTO Sendo o testamento um ato jurídico, para que possa produzir efeitos jurídicos, deverá satisfazer as condições genéricas (capacidade do testador, objeto lícito e possível, forma solene e consentimento válido), sob pena de nulidade e anulabilidade. Além disso, ainda existem causas que impedem o testamento de produzir seus efeitos jurídicos: Revogação Rompimento Caducidade Nulidade Absoluta ou Relativa 1 - Revogação 28

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