GUIA INFORMATIVO PEC DAS DOMÉSTICAS. Emenda Constitucional nº 72, de 2 de abril de 2013.

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1 1 GUIA INFORMATIVO PEC DAS DOMÉSTICAS Emenda Constitucional nº 72, de 2 de abril de Altera a redação do parágrafo único do art. 7º da Constituição Federal para estabelecer a igualdade de direitos trabalhistas entre os trabalhadores domésticos e os demais trabalhadores urbanos e rurais. O Congresso Nacional promulgou no dia , A Emenda Constitucional foi publicada nesta quarta feira, dia 03 de abril de 2013, no Diário Oficial da União.

2 2 Índice Item Assunto 01 Apresentação 02 Plano denominado Proteção e Legalização do Empregador(a) Doméstico(a) 03 Introdução Emenda Constitucional nº 72, de 2 de abril de Da Publicação Direitos previstos e já aprovados PEC das Domesticas 05 Quem pode ser considerado empregado(a) domestico(a)? Como distinguir um trabalho doméstico de outro trabalho? Quais atividades que podem integrar o trabalho doméstico? Exemplo de atividades que integram a categoria dos Empregados Domésticos 06 Redação dada a Emenda Constitucional 72/13 Emenda Constitucional No-72 Como o Texto era antes - Texto constitucional antigo que foi alterado pela PEC das Domésticas 07 Como ficou? Onde este parágrafo vai ser introduzido na Constituição da Republica Federativa do Brasil? Esta é a nova redação dada ao texto 08 Como ficou o texto constitucional após redação dada ao novo parágrafo único do artigo 7 Examinamos à Constituição Constituição da Republica Federativa do Brasil Artigo 7 09 Novos direitos começam a valer quando? Direitos do(a) Empregado(a) Doméstico(a) antes da Emenda Constitucional 72 Relembrando o que foi conquistado com a Emenda Constitucional 72/ Perguntas e Respostas As principais dúvidas dos Empregadores sobre o tema Outras Perguntas 11 Fontes pesquisadas Fls Perguntas e Respostas As principais dúvidas dos Empregadores sobre o tema N Pergunta 01 Qual a punição para quem não cumprir a PEC após a promulgação? Quais são os direitos que devem ser cumpridos de imediato, e que já estão em vigor? Quais são os novos direitos previstos na Emenda Constitucional, que precisarão de regulamentação para passar a valer? Quais são os direitos que os domésticos já tinham mesmo antes da PEC? Como será feito o controle da jornada de trabalho? Quais direitos terão os empregados que já trabalham há muitos anos em uma residência e forem mandados embora? Qual procedimento a ser adotado no caso dos domésticos que trabalham menos que 8 horas diárias e menos que 44 horas semanais Há um máximo de horas extras permitido por lei ao dia? Muda algo em relação a folgas semanais? Como é o período de descanso? Quanto ao pagamento do FGTS será obrigatório de imediato? De quanto é o recolhimento? 15 Fls.

3 3 11 O pagamento obrigatório de FGTS será retroativo à data de admissão? Ou à data do inicio da vigência da PEC? Pode-se trocar uma folga por semana por duas e adicionar as 4 horas da jornada aos 5 dias trabalhados, cumprindo-se aproximadamente 8 horas e 40 minutos ao dia? No período noturno, como fica o intervalo para refeição se o contratado começa a trabalhar a partir das 22h? Como será o pagamento de adicional noturno? Como se calcula o valor do adicional noturno? Há diferença no cálculo de hora extra e adicional noturno nos finais de semana ou feriados? Quais as recomendações para estar legalizado e gerar transparência nas relações de trabalho com o empregado domestico? Como Empregador Domestico devo me preocupar neste momento com os demais benefícios? Como auxilio creche? Seguro desemprego? Indenização em caso de despedida sem justa causa? Quanto vai custar a mais para O EMPREGADOR DOMESTICO? Os domésticos já têm direito ao seguro desemprego atualmente, mesmo antes da PEC? Quanto às DIARISTAS, foram contempladas com algum direito novo? Como se estabelecerá o salário de uma diarista? 17 Outras Perguntas. N Pergunta Fls. 22 Tenho um motorista e uma faxineira, ambos trabalham 44 horas semanais. O salário do motorista é mais alto, pois, como as funções são diferentes, uma requer habilitação e responsabilidade diferente da outra, que, por sua vez, tem outras qualificações para o cargo. É legal, neste caso, pagar salários diferentes? É possível dar ao funcionário duas horas de intervalo para refeição? Nesse período, ele pode permanecer dentro da residência ou tem que sair? Como fica o caso da doméstica que dorme no trabalho? O período em que ela está dormindo conta como adicional 17 noturno? 25 Podem ser descontados os 6% relativos ao vale-transporte? Como ficará o trabalho de caseiro que reside na chácara? O patrão pode exigir que o funcionário abra uma microempresa de prestação de serviços? A moradia pode ser cobrada? Cuidadoras de idosos deverão seguir as mesmas regras? Sou cozinheira, cuido da cozinha, compras, feira etc-- e durmo no trabalho (chego na segunda-feira e vou embora no sábado). Levanto às 6h e geralmente termino o serviço da cozinha às 23h. Fui contratada para café da manhã e jantar, mas faço almoço para mim e para a doméstica que faz o serviço da casa. Às vezes também cozinho para a filha do patrão. Fico à disposição dos patrões por cerca de 17 horas por dia. Tenho direito a hora extra? Como fica o meu caso? Tenho uma empregada com registro em carteira a para trabalhar 12 horas diárias, seis dias por semana, com salário de R$ Pela nova legislação, poderia reduzir o trabalho para 44 horas semanais, reduzindo o salário proporcionalmente para R$ 917,40? Nesse caso, qualquer trabalho a mais seria considerado hora extra Quem já paga valor bem acima do salário mínimo registrado em carteira poderá fazer alguma espécie de ajuste desse valor 18 para baixo e transformar parte do salário atual em hora extra? 31 Uma babá que dorme no local do emprego e atende a criança durante a noite deverá receber hora extra? E se a mãe 18 cuidar da criança à noite? 32 Tenho duas cuidadoras de idosos trabalhando em minha casa, cuidando de minha mãe. Cada uma delas trabalha uma semana e folga na outra semana. Elas dormem na minha casa, no mesmo quarto que minha mãe e, muitas vezes, têm que acordar para atender minha mãe que é doente. Ou seja, podem passar a noite inteira dormindo ou acordadas, o que raramente acontece. Porém, apesar de estarem dormindo, se minha mãe acorda e necessita de cuidados, elas estarão à disposição dela. Como fica esta situação? Tenho que pagar hora extra e adicional noturno? Se uma empregada doméstica trabalha 3 dias semanais, ou seja 24 horas por semana, com a carteira assinada com o salário mínimo, ela terá direito ao FGTS e férias de 30 dias e outros direitos de um empregado com 44 horas semanais? É possível que o trabalhador cumpra uma jornada mista, parte diurna e parte noturna? Um empregador que paga R$ por mês, mas só registra na carteira R$ 1.200, pode considerar a diferença como 19 pagamento de hora extra?

4 4 36 O empregador pode descontar do salário um valor referente à moradia e à alimentação quando o empregado mora no 19 emprego? 37 Uniforme, vale-transporte, assistência médica e seguro de vida e de acidente pessoal contam como salário? Se uma empregada for demitida, ela pode ser recontratada depois por um salário menor? Há prazo de carência para a recontratação? O que é considerado justa causa para demissão? "Ineficiência" pode ser considerado para a justa causa? Hoje pago a parte do INSS da minha doméstica, por opção minha. Posso passar a descontar dela o valor, uma vez que 20 pagarei obrigatoriamente os 8% do FGTS? 01. Apresentação A Mr.RH,, é uma empresa moderna, dinâmica, que propõe soluções adequadas e objetivas com uso de procedimentos corretos, para o cumprimento das exigências legais da rotina trabalhista, proporcionando serviços de alta qualidade e com exatidão. Atuamos no mercado de processamento de dados decorrentes de rotinas trabalhistas, entre outros, com uso de tecnologia avançada e elevado padrão técnico operacional. Nosso objetivo é a satisfação do cliente, através da excelência do bom atendimento, com qualidade. Este GUIA INFORMATIVO é resultado de uma coletânea de informações vinculadas na mídia sobre o tema e tem apenas o objetivo de esclarecimento para o leitor interessado. 02. Plano denominado Proteção e Legalização do Empregador(a) Doméstico(a). Refere-se ao conjunto de serviços a serem prestados focados na PROTEÇÃO E LEGALIZAÇÃO DO EMPREGADOR(A) DOMÉSTICO(A). Em síntese oferecemos serviços de apoio na administração das rotinas trabalhistas de seu(s) empregados(as) domésticos(as), na forma da lei, de acordo com um dos planos de serviços escolhido para atender a sua necessidade. Nosso trabalho preventivo e de inclusão social se opõe à informalidade da relação de trabalho que expõe tanto o(a) empregador(a) como o(a) empregado(a) a sérios riscos e transtornos desnecessários, como o de uma eventual reclamação trabalhista ou ainda um fato mais grave.

5 5 03. Introdução Emenda Constitucional nº 72, de 2 de abril de O Congresso Nacional promulgou no dia 02 de abril de 2013, a proposta de emenda à Constituição conhecida como PEC das Domésticas, que iguala os direitos dos trabalhadores domésticos aos dos demais trabalhadores urbanos e rurais. Para dezenas de senadores que discursaram no Plenário durante a votação da PEC 66/2012, na última terça (26 de abril de 2013), que terminou com 66 votos a favor e nenhum contra, a Emenda Constitucional é um momento histórico que determina o fim de um resquício escravagista. Segundo os Congressistas, a aprovação desta PEC vem quitar uma antiga dívida social que o país tinha com mais de 7,7 milhões de trabalhadores e trabalhadoras, retirando-os das relações regidas pela servidão. 04. Da Publicação. A Emenda Constitucional foi publicada nesta quarta feira, dia 03 de abril de 2013, no Diário Oficial da União, e em decorrência, 09 (nove) direitos entrarão em vigor a partir da publicação da lei, os outros direitos, vigência somente à partir da regulamentação, que deverá ocorrer nos próximos meses. Direitos Previstos e já aprovados PEC das Domésticas 01. Indenização em caso de despedida sem justa causa; 02. Seguro Desemprego; 03. FGTS Fundo de Garantia por Tempo de Serviço; 04. Garantia de Salário Mínimo, para quem recebe remuneração variável; 05. Adicional Noturno; 06. Proteção do Salário, sendo crime a retenção dolosa de salário; 07. Salário Família; 08. Jornada de trabalho de 8 horas diárias e 44 semanais; 09. Hora Extra; 10. Observância de normas de higiene, saúde e segurança do trabalho; Depende de Regulamentação Depende de Regulamentação Depende de Regulamentação Depende de Regulamentação Depende de Regulamentação

6 6 11. Auxilio creche e pré-escola para filhos e dependentes menores de 5 anos 12. Reconhecimento dos acordos e convenções coletivas; 13. Seguro contra acidente do trabalho, 14. Proibição de discriminação de salário, de função e de critério de admissão; 15. Proibição de discriminação em relação à pessoa com deficiência; 16. Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre, para menores de 16 anos Depende de Regulamentação Depende de Regulamentação 05. Quem pode ser considerado empregado(a) domestico(a)? Por definição legal, considera-se empregado(a) doméstico(a) aquele(a) maior de 18 anos que presta serviços de natureza contínua (frequente, constante) e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas. Como distinguir um trabalho doméstico de outro trabalho? O fundamental elemento diferenciador do emprego doméstico é o caráter não econômico da atividade (não possuir finalidade lucrativa), e ser exercida no âmbito residencial do(a) empregador(a). O empregado doméstico é contratado para trabalhar para uma pessoa física ou família, em um ambiente residencial e familiar. Quais atividades que podem integrar o trabalho doméstico? A lista de atividades que podem integrar a categoria é muito grande de acordo com o CBO - Código Brasileiro de Ocupações, apenas para conhecimento destacamos as seguintes atividades: Exemplo de atividades que integram a categoria dos Empregados Domésticos. Acompanhante de Idoso Arrumadeira Babá Caseiro Caseiro de Chácara * Caseiro de Sitio * Cozinheira(o) Cuidador de Criança Dama de Companhia Enfermeira(o) Empregada Doméstica Faxineira(o) Garçom * Governanta Jardineiro Lavadeira Mordomo Motorista Particular Passadeira de Roupas Vigia Piloto Particular Assistente Assuntos Domésticos (*) quando a chácara, estância ou sítio ou local onde exerce a sua atividade não possui finalidade lucrativa.

7 7 06. Redação dada a Emenda Constitucional 72/13. Como o Texto era antes Texto constitucional antigo que foi alterado pela PEC das Domésticas Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a sua integração à previdência social. Reproduzimos abaixo o texto publicado no Diário Oficial da União, no dia 03 de abril de Emenda Constitucional No-72 Altera a redação do parágrafo único do art. 7º da Constituição Federal para estabelecer a igualdade de direitos trabalhistas entre os trabalhadores domésticos e os demais trabalhadores urbanos e rurais. As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do 3º do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional: Artigo único. O parágrafo único do art. 7º da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 7º... Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das

8 8 obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social." (NR) Brasília, em 2 de abril de Mesa da Câmara dos Deputados Deputado HENRIQUE EDUARDO ALVES Presidente Deputado ANDRÉ VARGAS 1º Vice-Presidente Deputado FÁBIO FARIA 2º Vice-Presidente Deputado SIMÃO SESSIM 2º Secretário Deputado MAURÍCIO QUINTELLA LESSA 3º Secretário Deputado ANTONIO CARLOS BIFFI 4º Secretário Mesa do Senado Federal Senador RENAN CALHEIROS Presidente Senador JORGE VIANA 1º Vice-Presidente Senador ROMERO JUCÁ 2º Vice-Presidente Senador FLEXA RIBEIRO 1º Secretário Senadora ANGELA PORTELA 2ª Secretária Senador CIRO NOGUEIRA 3º Secretário Senador JOÃO VICENTE CLAUDINO 4º Secretário 07. Como ficou? Onde este parágrafo vai ser introduzido na Constituição? Esta é a nova redação dada ao Texto Parágrafo único.. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social." (NR)

9 9 08. Como ficou o texto constitucional após redação dada ao novo parágrafo único do artigo 7 em decorrência da Emenda Constitucional 72/13. Examinamos à Constituição: Constituição da Republica Federativa do Brasil Título II Dos Direitos e Garantias Fundamentais Capítulo II Dos Direitos Sociais Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; III - fundo de garantia do tempo de serviço; IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei; XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;

10 10 XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; XXIV - aposentadoria; XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei; XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; a) (Revogada). b) (Revogada). XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;

11 11 XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a sua integração à previdência social. Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013). 09. Novos direitos começam a valer quando? Em síntese, com a emenda constitucional 72 de 03 de abril de 2013, já publicada, foram assegurados outros direitos aos trabalhadores domésticos, entretanto não os igualou aos trabalhadores celetistas. Alguns dos direitos adquiridos terão aplicação imediata, outros, depende de regulamentação legal e especifica para cada caso, conforme relatamos no item 04. Direitos do(a) Empregado(a) Doméstico(a) antes da Emenda Constitucional 72. Vale lembrar que a categoria já possuía direitos reconhecidos legalmente senão vejamos: Texto reproduzido do Manual TRABALHO DOMESTICO Direitos e Deveres - Ministério do Trabalho e Emprego 3ª Edição janeiro Edição e Distribuição: Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT). 01. Carteira de Trabalho e Previdência Social, devidamente anotada. 02. Salário mínimo fixado em lei. 03. Irredutibilidade salarial º (décimo terceiro) salário. 05. Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos.

12 Feriados civis e religiosos. 07. Férias de 30 (trinta) dias remuneradas. 08. Férias proporcionais, no término do contrato de trabalho. 09. Estabilidade no emprego em razão da gravidez. 10. Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário. 11. Licença-paternidade de 5 dias corridos. 12. Auxílio-doença pago pelo INSS. 13. Aviso prévio de, no mínimo, 30 dias. 14. Aposentadoria. 15. Integração à Previdência Social. 16. Vale-Transporte. 17. Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), benefício opcional. 18. Seguro-Desemprego concedido, exclusivamente, ao (à) empregado(a) incluído(a) no FGTS. Relembrando o que foi conquistado com a Emenda Constitucional 72/ Indenização em caso de despedida sem justa causa; 02. Seguro Desemprego; 03. FGTS Fundo de Garantia por Tempo de Serviço; (Beneficio Obrigatório) 04. Garantia de Salário Mínimo, para quem recebe remuneração variável; 05. Adicional Noturno; 06. Proteção do Salário, sendo crime a retenção dolosa de salário; 07. Salário Família; 08. Jornada de trabalho de 8 horas diárias e 44 semanais; 09. Hora Extra; 10. Observância e cumprimento de normas de higiene, saúde e segurança do trabalho; 11. Auxilio creche e pré-escola para filhos e dependentes menores de 5 anos; 12. Reconhecimento dos acordos e convenções coletivas; 13. Seguro contra acidente do trabalho; 14. Proibição de discriminação de salário, de função e de critério de admissão; 15. Proibição de discriminação em relação à pessoa com deficiência; 16. Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre, para menores de 16 anos; Finalizando esta parte expositiva, concluímos reportando às palavras proferidas por dezenas de senadores que discursaram no Plenário durante a votação da PEC 66/2012, na última terça 26 de

13 13 abril de 2013: a Emenda Constitucional é a reparação de uma injustiça histórica e a garantia de tratamento igualitário para os empregados domésticos. 10. Perguntas e Respostas Apresentaremos nesta segunda parte deste trabalho, uma coletânea de perguntas e respostas, contendo as principais duvidas dos Empregadores(as) e também dos Empregados Domésticos(as), objetivando melhor esclarecimento do assunto. As principais dúvidas sobre o tema 1) Qual a punição para quem não cumprir a PEC após a promulgação? A punição é a mesma relativa aos demais empregados. O empregador pode se sujeitar a ações trabalhistas e o juiz do trabalho pode determinar que o Ministério do Trabalho proceda fiscalização para autuá-lo. O valor da multa dependerá da infração dos direitos,, o que também depende de regulamentação. 2) Quais são os direitos que devem ser cumpridos de imediato, e que já estão em vigor? O pagamento mensal não inferior que um salário mínimo vigente na sua região para a categoria dos Empregados Domésticos, inclusive a quem recebe remuneração variável; reconhecimento de acordos e convenções coletivas dos trabalhadores; (atenção aos acordos salariais do Sindicato da categoria e ao piso salarial da categoria vigente na sua região); jornada de trabalho de 8 horas diárias, totalizando 44 horas semanais; pagamento de horas-extras; observação, respeito e cumprimento das normas de higiene, saúde e segurança do trabalho; proibição do trabalho noturno, perigoso ou insalubre ao trabalhador menor de 16 anos; proibição da discriminação de diferenças de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivos de sexo, idade, cor ou estado civil ou para portador de deficiência; com a proteção do salário, o pagamento é garantido por lei (sendo crime a retenção dolosa de salário). 3) Quais são os novos direitos previstos na Emenda Constitucional, que precisarão de regulamentação para passar a valer? Indenização em caso de despedida sem justa causa; Seguro Desemprego; Obrigatoriedade do recolhimento do FGTS Fundo de Garantia por Tempo de Serviço; Adicional Noturno; Salário Família; Auxilio creche e pré-escola para filhos e dependentes menores de 5 anos; Seguro contra acidente do trabalho

14 14 4) Quais são os direitos que os domésticos já tinham mesmo antes da PEC? Carteira de Trabalho e Previdência Social, devidamente anotada; Salário mínimo fixado em lei; Irredutibilidade salarial; 13º (décimo terceiro) salário; Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; Feriados civis e religiosos; Férias de 30 (trinta) dias remuneradas; Férias proporcionais, no término do contrato de trabalho; Estabilidade no emprego em razão da gravidez; Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário; Licença-paternidade de 5 dias corridos; Auxílio-doença pago pelo INSS; Aviso prévio de, no mínimo, 30 dias; Aposentadoria; Integração à Previdência Social; Vale-Transporte; Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), benefício opcional; Seguro-Desemprego concedido, exclusivamente, ao (à) empregado(a) incluído(a) no FGTS; 5) Como será feito o controle da jornada de trabalho? A jornada de trabalho diária é de 8 horas com intervalo de refeição de no mínimo 1 hora e não superior a 2 horas, e totalizando uma jornada semanal de 44 horas. Importante: A jornada estabelece apenas as horas de trabalho. O período destinado a descanso para repouso e alimentação de intervalo de almoço não é incluído e deve ser contado à parte. a remuneração prevista por hora extra é de, no mínimo, 50% a mais da hora normal. A melhor sugestão para o controle das horas trabalhadas é adoção de uma folha de controle de ponto. O empregado deve anotar, diariamente, a hora de entrada e de saída do trabalho, além do período de intervalo de almoço realizado. A folha de controle de ponto deve ser assinada todos os dias, pelo empregado e vistada pelo empregador. (O controle de ponto com equipamento somente é obrigatório para mais de 10 funcionários). 6) Quais direitos terão os empregados que já trabalham há muitos anos em uma residência e forem mandados embora? Com relação aos novos direitos dos empregados domésticos previstos pela PEC (saiba aqui quais são), eles só terão validade a partir da promulgação (e alguns ainda dependerão de regulamentação). As novas mudanças aprovadas não são retroativas ao tempo trabalhado anteriormente à PEC. Contudo, mesmo antes da PEC, já eram previstos aos domésticos os seguintes direitos: receber, ao menos, um salário mínimo ao mês; integração à Previdência Social (por meio do recolhimento do INSS); um dia de repouso remunerado (folga) por semana, preferencialmente aos domingos; férias anuais remuneradas; 13ª salário; aposentadoria; irredutibilidade dos salários (o salário não pode ser reduzido, a não ser que isso seja acordado em convenções ou acordos coletivos) e licença gestante e licençapaternidade e aviso prévio, além de carteira de trabalho (CTPS) assinada. 7) Qual procedimento a ser adotado no caso dos domésticos que trabalham menos que 8 horas diárias e menos que 44 horas semanais. Não existe impedimento algum, devendo neste caso, a jornada menor estar especificada no contrato. O horário trabalhado que exceder o horário descrito na carteira devera ser pago como hora extra. O valor da hora será calculado com base no salário mínimo ou piso regional da categoria vigente e poderá pagar um salário proporcional. (Exemplo citado pelo advogado Paulo Salvador Ribeiro Perrotti, ao portal G1: levando em conta

15 15 o salário mínimo federal de R$ 678. Esse valor dividido por 176 horas mensais dá R$ 3,85 por hora. Se o doméstico for trabalhar 22 horas semanais, o salário deverá ser de, no mínimo R$ 339). O empregador se preferir poderá registrar em contrato a jornada de 8 horas diárias e 44 horas semanais e dispensar o doméstico mais cedo,, sem descontar do seu salário e exigir o cumprimento das 8 horas diárias quando precisar e da mesma forma pagar horas extra sobre o que exceder o horário descrito na carteira. 8) Há um máximo de horas extras permitido por lei ao dia? Sim. O funcionário só pode fazer duas horas extras ao dia, no máximo, além da jornada de 8 horas diárias. Em casos de exceção (uma festa, por exemplo), o empregador egador pode solicitar mais que esse limite de horas extras, mas é preciso respeitar o descanso mínimo de 11 horas para que o funcionário retorne ao trabalho após a saída nesse dia. 9) Muda algo em relação a folgas semanais? Como é o período de descanso? Pela CLT, o trabalhador tem direito a um período de descanso de, no mínimo, 11 horas entre cada jornada de trabalho. O descanso semanal é de 24 horas seguidas. Ainda segundo a CLT, o trabalhador tem direito a uma hora de descanso por dia se a jornada diária for maior que seis horas. Se a jornada diária for de até seis horas, o descanso deverá ser de 15 minutos após quatro horas de trabalho. Os intervalos não contam como hora trabalhada. 10) Quanto ao pagamento do FGTS será obrigatório de imediato? De quanto é o recolhimento? Não. O deposito obrigatório de FGTS para a categoria dos domésticos somente passara a ser exigido apenas após regulamentação legal. Hoje, o depósito é opcional. Ele corresponde a 8% do salário e deve ser pago integralmente pelo empregador. Em caso de demissão sem justa causa, o empregador também é obrigado a pagar 40% sobre o montante de todos os depósitos realizados durante a vigência do contrato, devidamente atualizados, na conta vinculada do empregado. 11) O pagamento obrigatório de FGTS será retroativo à data de admissão? Ou à data do inicio da vigência da PEC? Não, o depósito não será retroativo. A obrigatoriedade passará a valer apenas após a data da regulamentação, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego. 12) Pode-se trocar uma folga por semana por duas e adicionar as 4 horas da jornada aos 5 dias trabalhados, cumprindo-se aproximadamente 8 horas e 40 minutos ao dia? Da forma como ficou determina na Emenda Constitucional, a jornada máxima de trabalho por dia é de 8 horas, prevendo pagamento de hora extra no que ultrapassar o limite. Entendemos sim, que é possível. O objetivo da lei em questão é proteger o trabalhador e não criar entraves prejudiciais, devendo ser feito um acordo prévio entre as partes. Por ora o comentário com cautela é este: Pode haver compensação de horas dentro de uma mesma semana quando a jornada não ultrapassar 44 horas semanais nem 8 horas diárias, desde que haja concordância do empregado. Em alguns casos de convenção coletiva (acordo feito com o sindicato dos trabalhadores), existe a permissão de extensão da jornada diária para até 10 horas, mas isso não se aplica, ao menos por enquanto, à categoria dos domésticos. 13) No período noturno, como fica o intervalo para refeição se o contratado começa a trabalhar a partir das 22h? Da mesma forma: jornada até 6 horas com intervalo de 15 minutos e superior a 6 horas, com intervalo de, no mínimo, 1 hora. As partes devem convencionar quando o descanso ocorrerá.

16 16 14) Como será o pagamento de adicional noturno? Dependera das orientações que vai disciplinar a matéria, não sendo possível responder agora. Quanto a legislação, atual e aplicável as demais categorias profissionais, prevê que o trabalho noturno, nas atividades urbanas, é o realizado entre 22h e 5h. 15) Como se calcula o valor do adicional noturno? Há diferença no cálculo de hora extra e adicional noturno nos finais de semana ou feriados? O adicional noturno é de 20% sobre o valor da hora normal e vale para o trabalho realizado das 22h às 5h. A hora noturna também é computada com quantidade reduzida, ou seja, a hora noturna equivale a 52 minutos e 30 e não 60 minutos, o que caracteriza outro acréscimo. No domingo e em feriados, a legislação, tanto federal quanto CLT, estipula acréscimo de 100%, em vez dos 50%, da hora extra. Mas como o tema depende de regulamentação, vai depender do que o Ministério entender como trabalho sobrejornada. Algumas categorias, como a dos comerciários, podem trabalhar no domingo e folgar na semana, e isso não é entendido como hora extra. 16) Quais as recomendações para estar legalizado e gerar transparência nas relações de trabalho com o empregado domestico? Que o contrato de trabalho entre o empregador e o empregado seja feito preferencialmente por escrito e com duas vias no mínimo. Que seja feito dentro dos requisitos legais, contendo as informações básicas e necessárias, como: horário de trabalho, cargo, salário entre outros. Que seja implantado um controle de horário transparente para ambas as partes. Que os encargos legais sejam devidamente recolhidos na forma da lei. (os existentes hoje e os que hão de vir após regulamentação). Que os pagamentos de salários e demais verbas sejam efetuados no prazo e mediante recibo. Que sejam cumpridas as obrigações e os deveres de cada parte contratante. 17) Como Empregador Domestico devo me preocupar neste momento com os demais benefícios? Como auxilio creche? Seguro desemprego? Indenização em caso de despedida sem justa causa? Não. Entendemos que não é o momento desta preocupação até porque ainda não é certo que o patrão terá que desembolsar o benefício. Para o consultor legislativo Senado Eduardo Modena, é possível que o governo arque com essa despesa para não inviabilizar a contratação dos domésticos. 18) Quanto vai custar a mais para O EMPREGADOR DOMESTICO? Os cálculos simulados com base nos direitos do trabalhador urbano indicam sim um aumento das despesas para o empregador. Existem projeções diversas e especulativas de diversas maneiras, que indicam desembolso ao empregador de 10% a 45%) Quanto ao valor real ainda não é possível ser calculado pela falta de regulamentação de diversas matérias. 19) Os domésticos já têm direito ao seguro desemprego atualmente, mesmo antes da PEC? Somente se o patrão optou recolher o FGTS do empregado que era opcional. A exigência legal para receber o seguro desemprego, que deve ter ocorrido pelo menos 15 meses de recolhimento nos últimos 24 meses contados da dispensa sem justa causa. O funcionário não pode, ainda, estar em gozo de qualquer benefício previdenciário de prestação continuada (excetuados auxílio-acidente acidente e pensão por morte e nem possuir renda própria de qualquer natureza).

17 17 Porque depende de regulamentação então? Antes da PEC e ate regulamentação da matéria especifica, o domestico tem a garantia de apenas três parcelas do seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário. Todo trabalhador urbano e rural demitido sem justa causa tem direito de 05 parcelas. 20) Quanto às DIARISTAS, foram contempladas com algum direito novo? Nenhum direito novo, se a diarista trabalha duas vezes por semana no mesmo local. Diaristas são aqueles profissionais que vão à residência de uma família prestar algum tipo de serviço uma ou duas vezes por semana. Em algumas decisões, a Justiça do trabalho tem entendido que o funcionário passa a ser empregado doméstico quando o serviço é prestado em caráter contínuo, mais de duas vezes por semana, e pode ser caracterizado o vínculo empregatício, neste caso sim. 21) Como se estabelecerá o salário de uma diarista? A nova lei se aplica apenas a trabalhadores com vínculo empregatício, que existe quando a frequência de trabalho é superior a dois dias por semana. Portanto, as diaristas não estão enquadradas. Outras Perguntas. 22) Tenho um motorista e uma faxineira, ambos trabalham 44 horas semanais. O salário do motorista é mais alto, pois, como as funções são diferentes, uma requer habilitação e responsabilidade diferente da outra, que, por sua vez, tem outras qualificações para o cargo. É legal, neste caso, pagar salários diferentes? A equiparação salarial prevista na lei diz respeito a trabalhos idênticos, de igual valor e igual produtividade. A alteração da lei não quer dizer que os salários do motorista e da faxineira precisam ser igualados, mas prevê que ambos precisam ganhar pelo menos o salário mínimo. 23) É possível dar ao funcionário duas horas de intervalo para refeição? Nesse período, ele pode permanecer dentro da residência ou tem que sair? É possível conceder duas horas de intervalo, a legislação autoriza. Esse intervalo independe se o funcionário fica dentro da casa ou sai dela. O que não pode acontecer é o empregador usar a força de trabalho na hora do intervalo. 24) Como fica o caso da doméstica que dorme no trabalho? O período em que ela está dormindo conta como adicional noturno? O período de sono não conta. O que conta é o trabalho efetivo. Cabe ao empregador manter o controle dessa jornada 25) Podem ser descontados os 6% relativos ao vale-transporte? Sim, é previsto o desconto de até 6% do salário contratado por causa do benefício de vale-transporte. O valor, contudo, é limitado ao total de vale-transporte recebido (ou seja, não pode ser superior ao valor do benefício, apenas inferior).

18 18 26) Como ficará o trabalho de caseiro que reside na chácara? O patrão pode exigir que o funcionário abra uma microempresa de prestação de serviços? A moradia pode ser cobrada? Não se poderá exigir a abertura de empresa, pois o funcionário exerce um trabalho pessoal. Nesse caso, a abertura de uma empresa seria uma fraude a legislação. A questão também dependerá de regulamentação, mas o caseiro terá que ter jornada estipulada, o restante será entendido como descanso, pois ele não fica, de fato, 24 horas trabalhando. 27) Cuidadoras de idosos deverão seguir as mesmas regras? Sim. Elas valem para todo trabalhador atrelado ao serviço de uma residência, independente da nomenclatura. 28) Sou cozinheira, cuido da cozinha, compras, feira etc-- e durmo no trabalho (chego na segunda-feira e vou embora no sábado). Levanto às 6h e geralmente termino o serviço da cozinha às 23h. Fui contratada para café da manhã e jantar, mas faço almoço para mim e para a doméstica que faz o serviço da casa. Às vezes também cozinho para a filha do patrão. Fico à disposição dos patrões por cerca de 17 horas por dia. Tenho direito a hora extra? Como fica o meu caso? O empregador precisa fazer um registro que preveja uma jornada que não ultrapasse 8 horas diárias e 44 horas semanais. O que ultrapassar sar é hora extra e precisará ser pago como tal. As horas extras, pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), estão limitadas a 2 por dia. Mais do que isso seria possível só por acordo coletivo (entre sindicatos patronal e dos empregados) aceito pelo Ministério do Trabalho. O artigo 59 da CLT permite que o empregado trabalhe 2 horas a mais, mas o compensa através de acordo individual. O que deve ser uma exceção. Quem fica à disposição tem outra modalidade de hora extra. 29) Tenho uma empregada com registro em carteira para trabalhar 12 horas diárias, seis dias por semana, com salário de R$ Pela nova legislação, poderia reduzir o trabalho para 44 horas semanais, reduzindo o salário proporcionalmente para R$ 917,40? Nesse caso, qualquer trabalho a mais seria considerado hora extra. A redução do valor do salário é proibida pela Constituição e pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). No caso citado, a jornada deverá ser adaptada para 44 horas, mas o salário não poderá ser diminuído. Ou seja, a empregada vai trabalhar menos horas, mas ganhando o mesmo valor. E se a empregada ultrapassar a jornada máxima de 44 horas semanais, o que exceder vai ser pago como hora extra além do salário atual. 30) Quem já paga valor bem acima do salário mínimo registrado em carteira poderá fazer alguma espécie de ajuste desse valor para baixo e transformar parte do salário atual em hora extra? Não. Essa medida é vedada pela Constituição. Se o empregador fizer isso, poderá ser alvo de uma reclamação trabalhista. 31) Uma babá que dorme no local do emprego e atende a criança durante a noite deverá receber hora extra? E se a mãe cuidar da criança à noite? Caso atenda durante a noite, a babá deve receber hora extra pelo trabalho noturno, que, inclusive, será mais cara que a hora extra diurna (pelo adicional noturno), a menos que tenha uma jornada que comece mais tarde (nesse caso, o adicional noturno continua valendo sobre o valor da hora regular). O mesmo não acontece se a mãe cuidar do bebê.

19 19 32) Tenho duas cuidadoras de idosos trabalhando em minha casa, cuidando de minha mãe. Cada uma delas trabalha uma semana e folga na outra semana. Elas dormem na minha casa, no mesmo quarto que minha mãe e, muitas vezes, têm que acordar para atender minha mãe que é doente. Ou seja, podem passar a noite inteira dormindo ou acordadas, o que raramente acontece. Porém, apesar de estarem dormindo, se minha mãe acorda e necessita de cuidados, elas estarão à disposição dela. Como fica esta situação? Tenho que pagar hora extra e adicional noturno? Sim, pois, embora a necessidade de trabalho não seja contínua, o cuidador tem que estar disponível também à noite. 33) Se uma empregada doméstica trabalha 3 dias semanais, ou seja 24 horas por semana, com a carteira assinada com o salário mínimo, ela terá direito ao FGTS e férias de 30 dias e outros direitos de um empregado com 44 horas semanais? Sim, pois passa a haver vínculo empregatício quando a jornada do trabalhador é superior a 2 dias por semana. Se o contrato já estiver assinado, não será possível redução do salário ainda que a jornada de trabalho seja inferior à de 44 horas semanais, pois a Constituição e a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) proíbem redução salarial. Se for uma contratação nova, é possível fazer um contrato de menos horas, com salário proporcional --desde que não seja inferior ao salário mínimo estabelecido. 34) É possível que o trabalhador cumpra uma jornada mista, parte diurna e parte noturna? Sim. Nesse caso, é preciso observar as especificidades de remuneração de horas diurnas e noturnas. A hora noturna vale para trabalho das 22h às 5h, tem valor 20% maior que o da hora diurna normal e vale 52 minutos e 30 segundos, em vez de 60 minutos. Essa diferenciação é feita para dar uma compensação ao funcionário com jornada noturna, considerada mais penosa. 35) Um empregador que paga R$ por mês, mas só registra na carteira R$ 1.200, pode considerar a diferença como pagamento de hora extra? Não. O que pode se fazer é pagar os R$ e fazer o cálculo das horas que ultrapassam a jornada, que passam a ser pagas como hora extra. 36) O empregador pode descontar do salário um valor referente à moradia e à alimentação quando o empregado mora no emprego? Não pode. 37) Uniforme, vale-transporte, assistência médica e seguro de vida e de acidente pessoal contam como salário? Não. Pela proposta, vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e usados no local de trabalho não podem ser considerados salários. O mesmo vale para os demais benefícios. Mas quanto ao vale- transporte, até 6% do valor que é gasto com o salário pode ser descontado. 38) Se uma empregada for demitida, ela pode ser recontratada depois por um salário menor? Há prazo de carência para a recontratação? Não. O que pode acontecer é o empregado demitido hoje voltar, no mínimo, seis meses após a demissão. Haverá necessidade, inclusive, de enquadrá-lo em outra função. 39) O que é considerado justa causa para demissão? "Ineficiência" pode ser considerado para a justa causa?

20 20 A regra da justa causa não muda muito com a aprovação da PEC -vale para abandono de emprego, insubordinação, lesão à honra, ofensas contra o empregador etc. No caso da empregada, o mau serviço pode sim gerar justa causa. Mas deve ser observada a gradação da pena. Se o empregado nunca foi advertido, tem um histórico bom, e no primeiro problema é demitido, ocorre um desequilíbrio. A justa causa deve ser a pena máxima. 40) A que o trabalhador tem direito na demissão por justa causa? Segundo o Ministério do Trabalho, apenas ao saldo de salário e à indenização das férias não gozadas, acrescidas do terço constitucional. Ele perde o direito de sacar o dinheiro do FGTS e não recebe a multa de 40% sobre o saldo do Fundo de Garantia. Se optar por pedir demissão, o empregado tem o direito de receber o saldo de salário, a indenização das férias integrais não gozadas e proporcionais, acrescidas do terço constitucional e ao 13º salário proporcional. 41) Hoje pago a parte do INSS da minha doméstica, por opção minha. Posso passar a descontar dela o valor, uma vez que pagarei obrigatoriamente os 8% do FGTS? Não há relação entre as duas coisas. O INSS sempre foi obrigatório. O empregador deve arcar com 12%, e a doméstica, 8%. O que muda é que o empregador também é obrigado a recolher o pagamento do Fundo de Garantia. 11- Fontes pesquisadas: terca-feira domesticas.html

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