SEMANAL DE ECONOMIA E DE MERCADOS 23 de fevereiro de 2015

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1 SEMANAL DE ECONOMIA E DE MERCADOS 3 de fevereiro de 15 Índice Mercados Financeiros: Evolução tendencialmente positiva do sentimento global de mercado. A suportar: os dados económicos tendencialmente positivos das principais economias, com as expectativas dos agentes económicos a melhorarem de forma significativa; ainda com os mercados a serem influenciados pelo programa de quantitative easing anunciado pelo BCE; e pelos baixos preços do petróleo, apesar da correção observada nas últimas semanas. A condicionar: mais uma vez, os acontecimentos em torno da Grécia, com os investidores a continuarem com receios em torno da situação do país, depois das difíceis negociações com os parceiros europeus ao longo da semana, não obstante ter sido aprovada uma extensão de meses de empréstimo ao país; incertezas em relação ao fim do conflito entre a Ucrânia e a Rússia... EUA: Indicadores compósitos de atividade continuam a sugerir fortes crescimentos do PIB no 1ºT15 e no ºT Zona Euro: Semana de dados tendencialmente positivos, em especial para o 1ºT15, com a confiança dos agentes económicos (consumidores, empresários e investidores) a continuar a ser impulsionada pelo quantitative easing do BCE, e pelo melhor desempenho económico no ºT Portugal: Indicadores de conjuntura do BdP mantêm tom mais negativo no início do 1ºT15, apesar de terem subido, ao passo que os indicadores do INE mantiveram um tom excessivamente otimista para o ºT1, não obstante o novo alívio observado... 3 Reino Unido: Dados económicos divulgados para o 1ºT15 revelaram leituras mistas, mas consistentes, para já, com mais um robusto crescimento do PIB nesse trimestre (+.6%)... 1 Japão: PIB cresceu.6% no ºT1, menos do que o sinalizado pelo indicador coincidente (+.8%) e pelo índice de atividade, mas devendo acelerar no 1ºT15 BoJ manteve a política inalterada, mas poderá ter que colocar o pé no acelerador na ª metade do ano, para atingir o objetivo de inflação... 5 Aconteceu na semana passada na Rússia Aconteceu na semana passada na Índia Previsões... 79

2 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 3 fevereiro 15 MERCADOS FINANCEIROS Mercados Financeiros: Evolução tendencialmente positiva do sentimento global de mercado. A suportar: os dados económicos tendencialmente positivos das principais economias, com as expectativas dos agentes económicos a melhorarem de forma significativa; ainda com os mercados a serem influenciados pelo programa de quantitative easing anunciado pelo BCE; e pelos baixos preços do petróleo, apesar da correção observada nas últimas semanas. A condicionar: mais uma vez, os acontecimentos em torno da Grécia, com os investidores a continuarem com receios em torno da situação do país, depois das difíceis negociações com os parceiros europeus ao longo da semana, não obstante ter sido aprovada uma extensão de meses de empréstimo ao país; incertezas em relação ao fim do conflito entre a Ucrânia e a Rússia. Assistiu-se a uma evolução tendencialmente positiva do sentimento global de mercado, numa semana que ficou marcada pelas negociações entre os parceiros europeus e a Grécia, com o intuito de se chegar a um acordo sobre o programa de assistência a Atenas, que acaba no fim de fevereiro. As negociações estiveram num impasse ao longo da semana, com a Grécia a rejeitar uma proposta de compromisso apresentada pelo Eurogrupo. O Primeiro-Ministro grego, Alexis Tsipras, tentou evitar, a todo o custo, a extensão das medidas de austeridade por forma a pôr fim à grave crise humana em que a Grécia se encontra. Apesar dos vários impasses nas negociações, a Grécia conseguiu a extensão por mais meses dos empréstimos ao país, comprometendo-se a apresentar até ao final desta ª feira um conjunto de medidas reformistas ao Eurogrupo. Este acordo serve de ponte a um eventual novo programa que começará no fim de junho. O Governo grego expressou a sua intensão de iniciar um forte processo de reforma estrutural, amplo e profundo, que permita melhorar de forma duradoura o crescimento e as perspetivas de emprego, garantido a estabilidade e resiliência do setor financeiro, e melhorar a equidade social. Serão necessárias reformas para combater a corrupção e evasão fiscal que são um problema crónico do país. Só para que se tenha uma ideia, os gregos devem cerca de 76 mm à segurança social. O Ministro das Finanças Grego afirmou também a intenção da Grécia de honrar os compromissos com todos os credores. A semana terminou com o BCE a estudar um plano de contingência para uma eventual saída da Grécia da Zona Euro e o impacto que teria nos restantes países membros. O BCE terá também estudado a possibilidade de impor um controlo de capitais à Grécia, com o intuito de estancar a fuga de depósitos que, nas últimas semanas, atingiu uma média de 1 M por dia, sendo que, depois da vitória do Syriza, a fuga total de depósitos ascende já a 11 mm. Para a S&P, o fardo de um Grexit para os restantes países membros seria moderado e absorvido durante décadas, sendo que a saída da Grécia não deveria ser seguida por mais nenhum país. Os dados económicos conhecidos ao longo da semana para as diferentes economias foram tendencialmente positivos, com as expectativas dos agentes económicos a melhorarem de forma significativa nas últimas semanas, não obstante as incertezas relativamente ao fim do conflito entre a Ucrânia e a Rússia. Com efeito, relativamente aos dados económicos, na Zona Euro, os dados relativos ainda ao ºT1 revelaram leituras mistas, mas bem positivas no que respeita já ao 1ºT15, com as leituras (preliminares) de fevereiro da confiança dos consumidores e dos indicadores PMI da Markit (Manufacturing e Services) a revelarem uma subida e acima do esperado pelo mercado. No Reino Unido os dados foram praticamente positivos em todas as frentes. As variáveis reais foram consistentes, para já, com mais um robusto crescimento do PIB no 1ºT15 (+.6%). As minutas divulgadas da última reunião do Banco de Inglaterra (BoE), realizada a 5-fev, vieram corroborar o que já tinha sido divulgado no Relatório de Inflação de fevereiro, que trouxe uma ligeira melhoria das previsões de crescimento e uma ligeira redução das previsões para a inflação. Nos EUA, os dados divulgados durante a última semana revelaram leituras inferiores ao esperado na indústria e no imobiliário, mas os setores deverão crescer no 1ºT15 acima da tendência histórica. Por outro lado, no mercado de trabalho, os novos pedidos de subsídio de desemprego ficaram perto dos mínimos desde o ano, o que sugere um bom ímpeto de recuperação do emprego, dando um caráter cada vez mais sustentado à atual retoma, ademais que, quer o indicador coincidente, quer o indicador avançado da Conference Board, subiram em janeiro, sinalizando crescimentos da economia para o 1ºT15 e ºT15 acima do nosso cenário central, de um crescimento anualizado entre.5% e 3.5% para ambos os trimestres. No Japão, o PIB cresceu.6% no ºT1, menos do que o sinalizado pelo indicador coincidente (+.8%) e pelo índice de atividade, mas devendo acelerar no 1ºT15. O Banco do Japão (BoJ) manteve a política inalterada, mas poderá ter que colocar o pé no acelerador na ª metade do ano, para atingir o objetivo de inflação Un: p.b NOV 8-NOV Países periféricos - Spreads face ao Bund a 1 anos 5-DEC 1-DEC 19-DEC 6-DEC -JAN 9-JAN A economia mundial continua a enfrentar os riscos descendentes dos efeitos ainda incertos de difusão do vírus ébola e da crise no Leste da Europa e no Médio Oriente. 16-JAN 3-JAN 3-JAN 6-FEB 13-FEB -FEB 1,1 1, Grécia (esc. dir) Irlanda Portugal (esc. dir) Espanha Itália

3 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 3 fevereiro 15 MERCADOS FINANCEIROS A tensão entre a Rússia e o Ocidente continuou a afetar as várias economias. A Alta Representante da Comissão Europeia (CE) para a Política Externa e de Segurança, Federica Mogherini, afirmou, que as ações dos rebeldes pró-russos em Debaltseve são uma clara violação do acordo de cessar-fogo (acordado no passado dia 15-fev) e que o bloco está preparado para adotar as medidas apropriadas se as violações persistirem. A Ucrânia aprovou um pedido de entrada no país de uma missão de manutenção de paz da ONU, para impor o acordo de cessarfogo, algo que promete enfrentar a oposição russa. Nos EUA, os dados divulgados durante a última semana revelaram leituras inferiores ao esperado na indústria e no imobiliário, mas os setores deverão crescer no 1ºT15 acima da tendência histórica. Por outro lado, no mercado de trabalho, os novos pedidos de subsídio de desemprego ficaram perto dos mínimos desde o ano que foram observados em janeiro, o que sugere um bom ímpeto de recuperação do emprego, dando um caráter cada vez mais sustentado à atual retoma, ademais que, quer o indicador coincidente, quer o indicador avançado da Conference Board, subiram em janeiro, sinalizando crescimentos da economia para o 1ºT15 e ºT15 acima do nosso cenário central, de um crescimento anualizado entre.5% e 3.5% para ambos os trimestres. Os preços no produtor caíram.8% em janeiro, mais do que o esperado pelo mercado (consenso: -.%), estabilizando face ao período homólogo, sendo este o menor ritmo de crescimento desde a criação do atual índice, em nov-9 (+1.1% no mês anterior), com o IPP core a desacelerar o crescimento de.1% para 1.6%, regressando a valores abaixo do objetivo da Fed de.% para o crescimento do deflator do consumo privado. Em todo o caso, mantemos o nosso cenário de 3 subidas de taxas de.5 p.p., fechando 15 em 1.%, embora existam riscos para este cenário resultante da queda do petróleo levar a uma inflação mais baixa e do facto da subida do dólar condicionar o crescimento dos EUA. Apesar da mediana das previsões (neste caso relativas à reunião de 17-dez-1) dos responsáveis da Fed colocar a taxa em 1.5% no final de 15, continuamos a considerar algo otimista, ademais atendendo ao tom cauteloso da afirmação da Presidente da Fed, referindo explicitamente que a expressão paciente dos comunicados das reuniões de 17-dez-1 e 8-jan significa que os juros não sobem nas próximas reuniões da Fed, algo que as minutas da reunião de janeiro vieram demonstrar que se trata de uma posição com apoio da maioria dos responsáveis, sendo que alguns dos membros temem que uma subida prematura das taxas de juro possa prejudicar a recuperação da economia dos EUA, ademais perante a fragilidade do cenário internacional (ver Comentário dos EUA). Na Zona Euro, os principais dados macroeconómicos de atividade divulgados na semana passada para a região relativos, do lado da procura, ao consumo privado e ao comércio externo, e, do lado da oferta, aos setores da construção, da indústria e dos serviços revelaram leituras mistas, no que respeita aos dados referentes ao ºT1, mas positivas nos referentes já ao 1ºT15. Atendendo a ter sido já conhecida a estimativa preliminar do PIB para o ºT1, bem como o clima de incerteza que continua a rodear o atual panorama económico, designadamente na Zona Euro, as atenções estavam essencialmente voltadas para as leituras (preliminares) já de fevereiro da confiança dos consumidores e dos indicadores PMI da Markit (Manufacturing e Services), em particular para estes últimos que representam os indicadores qualitativos de atividade mais seguidos pelo mercado, que revelaram uma subida no seu conjunto (PMI compósito), superior à aguardada pelo mercado e sugerindo uma aceleração do ritmo de crescimento da atividade no setor privado pelo 3º mês consecutivo, confirmando o regresso aos crescimentos após um ciclo de 3 quedas em meses. De resto, também a confiança dos consumidores subiu em fevereiro pelo 3º mês consecutivo e mais do que o esperado pelo mercado, devendo o principal fator comum para o comportamento ascendente destes indicadores também observado ao nível da confiança dos investidores (índices ZEW) e de uma forma ainda mais vincada ser a recente adoção do quantitative easing (QE) por parte do BCE, que, associada a um desempenho económico acima do esperado no final de 1 (em especial da economia alemã, que expandiu uns robustos +.7% no ºT1), veio melhorar as expectativas dos diversos agentes económicos relativamente à evolução da atividade neste início de ano, compensando, pelo menos para já, os receios provenientes tanto da crise na Ucrânia, como do recente impasse nas negociações entre o Governo grego e os parceiros europeus entretanto, como referido, na passada 6ª feira (dia -fev) a Grécia conseguiu a extensão por mais meses dos empréstimos ao país, comprometendo-se a apresentar até ao final desta ª feira um conjunto de medidas reformistas ao Eurogrupo. O importante indicador PMI compósito sinaliza um acréscimo em cadeia do PIB de.3% no 1ºT15, depois de o PIB ter crescido.3% no ºT1, um resultado sensivelmente em linha com as nossas perspetivas, embora com o nosso indicador compósito para o PIB a apontar para um acréscimo entre.3% e.% (ver Comentário da Zona Euro). Refira-se que a Finlândia foi o 1º país a colocar dívida a 5 anos no mercado primário a taxas negativas, depois do BCE ter anunciado o programa quantitive easing (QE). O BCE publicou, no passado dia 19-fev, pela 1ª vez, as atas da sua última reunião de política monetária, que mostra as divisões no seio dos seus membros quanto ao programa de compra de ativos, incluindo dívida pública, para travar o risco de deflação na Zona Euro. O lucro do BCE caiu quase um terço em 1, passando de 1. mm para 989 M. No Japão, a semana passada foi marcada pela divulgação da estimativa preliminar para o PIB do ºT1, que veio apontar para uma subida em cadeia de.6% (ou de +.% em termos anualizados), ficando aquém das expectativas do mercado (consenso: +.9%) e no limite inferior do nosso intervalo de previsão (entre +.6% e +1.%), tendo além do mais a queda do trimestre anterior sido revista, de -.5% para -.6%. A confirmar-se este resultado, o PIB terá estagnado em 1, depois de ter crescido 1.6% em 13. Regressando aos dados do PIB do ºT1, este menor crescimento resulta sobretudo do comportamento da procura interna, que ficou aquém do esperado, com o consumo privado e o investimento empresarial a crescerem menos do que o antecipado. Já o contributo das exportações líquidas foi positivo, como antecipado. Do ponto de vista setorial, os dados mensais do Ministério da Economia e Comércio Internacional (METI) revelaram-se melhores do que os do PIB, com o índice de atividade económica (uma medida de VAB) a subir.8% e com a média ponderada dos diversos setores a revelar-se consistente com uma subida do PIB de.9% (são relativamente frequentes elevadas discrepâncias entre os dados do lado da oferta e os da procura, estes últimos, os utilizados no cálculo do PIB). Refira-se ainda que o valor final de dezembro do indicador coincidente (COI) do ESRI confirmou a estimativa preliminar de uma subida mensal, sugerindo um 3

4 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 3 fevereiro 15 MERCADOS FINANCEIROS acréscimo trimestral do PIB de.8% no ºT1. Relativamente ao 1ºT15, esperamos que a economia avance entre.6% e 1.%, devendo observar-se a continuação da recuperação do consumo privado e do investimento empresarial em equipamentos, depois das descidas observadas no ºT1 e no 3ºT1, e um regresso ao crescimento do investimento em construção, neste caso após 3 quedas. Por outro lado, estimamos que no 1ºT15 o contributo das exportações líquidas para o crescimento do PIB seja, uma vez mais, positivo e superior ao observado no 3ºT1 (+. p.p.), contabilizando, assim, o º trimestre consecutivo com contributos positivos, após 3 trimestres de contributos negativos. Efetivamente, o défice comercial de bens caiu em janeiro bem mais do que o esperado (ainda que a calendarização tardia do novo ano lunar chinês deva ter empolado as exportações para a Ásia). A semana foi ainda marcada pela reunião do Banco do Japão (BoJ), que manteve a política inalterada, mas poderá ter que colocar o pé no acelerador na ª metade do ano, para atingir o objetivo de inflação (ver Comentário do Japão). No Reino Unido, foi uma semana preenchida em termos de informação económica, em que os dados foram praticamente positivos em todas as frentes. As variáveis reais foram consistentes, para já, com mais um robusto crescimento do PIB no 1ºT15 (+.6%). Na indústria, o indicador compósito de confiança na indústria ficou em fevereiro em terreno positivo pela 15ª vez em 16 meses. Relativamente ao mercado laboral, o emprego subiu em dezembro (para novos máximos históricos) e o desemprego reduziu-se (para mínimos desde set-8). No imobiliário, os preços das casas da Rightmove desaceleraram em termos homólogos (fevereiro), mas estando pelo º mês consecutivo em crescimento. Também foram conhecidos os dados da execução orçamental, tendo em janeiro o excedente ficado ligeiramente abaixo do previsto pelo mercado, mas comparando favoravelmente com o período homólogo. A principal exceção a esta tendência de dados positivos foram as vendas a retalho, que desceram em janeiro, aliviando de níveis máximos históricos. Por último, foram divulgadas as minutas da reunião do Banco de Inglaterra (BoE) do dia 5-fev, em que a autoridade não alterou a postura da sua política monetária. Estas minutas vieram corroborar o que já tinha sido divulgado no Relatório de Inflação de fevereiro (divulgado na semana anterior), que trouxe uma ligeira melhoria das previsões de crescimento e uma ligeira redução das previsões para a inflação (ver Comentário do Reino Unido). Refira-se que o Tesouro inglês financiou-se a 1, 3 e 6 meses. O montante total ascendeu a 3.5 mil milhões de libras esterlinas. A 1 mês pagou.9%, a 3 meses.39% e a 6 meses.18%. Na Alemanha, o Tesouro alemão colocou mm em dívida a 1 anos, a uma yield média de.37%, abaixo dos.5% registados na emissão anterior. Em França, foi aprovado um pacote de reformas à revelia do Parlamento. Temendo enfrentar um chumbo do seu pacote de reformas de liberalização económica, o Governo francês resolveu retirá-lo de votação e aprová-lo por decreto. A Grécia continuou, como referido, debaixo dos holofotes, na sequência da vitória do Syriza nas últimas eleições legislativas. Refira-se que o Ministro das Finanças da Irlanda defendeu, no passado dia 16-fev, em Bruxelas, que uma extensão do atual programa de assistência à Grécia seria a melhor solução para fazer evoluir as negociações. A reunião do passado dia 16-fev em Bruxelas dos Ministros das Finanças da Zona Euro terminou mais cedo que o previsto, após a Grécia ter rejeitado uma proposta de compromisso apresentada pelo Eurogrupo. A Ministra das Finanças portuguesa, Maria Luís Albuquerque, afirmou que cabe à Grécia pedir a extensão do programa de resgate. O Ministro das Finanças francês, Michel Sapin, considerou que a única solução legal para a questão da dívida grega passa por uma extensão do atual programa de resgate que mantenha as atuais metas orçamentais e comprometa a Grécia com a não tomada de medidas unilaterais. O Primeiro- Ministro grego, Alexis Tsipras, anunciou a votação, no Parlamento, de medidas sociais a partir do passado dia 19-fev, data em que o Presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, confirmou o pedido de Atenas para uma extensão de 6 meses do empréstimo à Grécia, tendo sido aprovado uma extensão de meses, depois da Alemanha rejeitar a proposta grega de extensão do financiamento dos seus parceiros europeus, considerando que a mesma não representava uma solução substancial e não cumpria os critérios estabelecidos pela Zona Euro. No entanto, refira-se que Alexis Tsipras falou ao telefone com a sua homóloga alemã, Angela Merkel, num clima positivo para encontrar uma solução de interesse mútuo para Atenas e a Europa. O FMI reiterou que apoia um acordo que permita à Grécia manter um quadro forte e credível e lhe garanta acesso ao financiamento necessário. O BCE poderia reinstalar o regime vantajoso de financiamento de que beneficiavam os bancos gregos se Atenas concordasse em prosseguir com o seu programa de reformas, explicou o Presidente do Bundesbank, Jens Weidmann. Noutras geografias, em Angola, uma missão de assistência técnica do FMI iniciou no passado dia 16-fev, em Luanda, reuniões de trabalho com o Executivo angolano, no âmbito da supervisão financeira. O FMI alertou que Angola vai passar por um período complicado em 15, devido à quebra na cotação do petróleo, mas que o ajustamento da economia pela parte orçamental é necessário. O administrador da concessionária diamantífera angolana Endiama prevê para dentro de 5 anos a apresentação de novas descobertas de reservas de diamantes do país, que permitam compensar o fim da operação nas extrações atuais. Em Portugal, como tem sido habitual desde o início do verão, a semana contou com mais alguns desenvolvimentos no caso do BES/Novo Banco. O Banco de Portugal (BdP) anunciou, no passado dia 16-fev, que 15 dos 17 candidatos à compra do Novo Banco passaram à ª fase da operação de venda, dando o prazo de -mar para apresentarem propostas não vinculativas. O Angbang Insurance Group, dono do mítico hotel de Nova Iorque Waldorf Astoria, é um dos 3 grupos chineses que, além da Fosun e do Bank of China, disputam a compra do Novo Banco. O BPI anunciou no passado dia 17-fev que mantém a anunciada candidatura à compra do Novo Banco, independentemente dos desenvolvimentos da Oferta Pública de Aquisição (OPA) pelo banco CaixaBank. Ao nível dos dados macroeconómicos, tratou-se de uma semana que, do ponto de vista da informação macroeconómica, foi marcada pela divulgação de diversos dados para a economia portuguesa, tanto referentes ao ºT1, como já ao 1ºT15, e abrangendo os mais variados tópicos, desde a atividade económica ao mercado laboral, passando ainda pela evolução dos preços. Dados que revelaram leituras tendencialmente favoráveis ao nível da evolução da atividade para o ºT1, com a leitura de dezembro do indicador coincidente do INE

5 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 3 fevereiro 15 MERCADOS FINANCEIROS para a atividade económica a revelar-se muito robusta, apesar do ligeiro alívio observado, continuando a traçar um cenário de crescimento em cadeia do PIB bem (e excessivamente) superior ao que foi divulgado na 1ª estimativa do INE (+.5%). De resto, foram também divulgados os dados de dezembro sobre as dormidas nos estabelecimentos hoteleiros, que revelaram uma nova expansão, reforçando o contributo positivo das dormidas de estrangeiros para a evolução do saldo da balança de serviços de turismo e corroborando a nossa estimativa de um contributo positivo das exportações líquidas (de bens e serviços) para o crescimento do PIB nesse trimestre, tendo, de resto, sido as principais responsáveis pelo crescimento da economia portuguesa no final de 1. Já referente ao 1ºT15, o indicador coincidente para a atividade económica do Banco de Portugal (BdP) viu o ritmo de crescimento homólogo em janeiro subir de -.% (valor revisto em alta, face aos anteriores -.9%) para -.1%, ascendendo a máximos desde ago-1. Trata-se da ª subida consecutiva do indicador, depois de uma série de 1 alívios consecutivos, que tinham levado o indicador a passar do valor mais elevado desde ago-1 em que se encontrou em jan- 1, para o mais baixo desde jul-13. O indicador evidencia apenas 1 agravamentos desde jan-1, mas contabiliza o 5º registo negativo consecutivo desde set-13, após 1 meses em terreno positivo. Em termos trimestrais, o indicador coincidente da atividade económica encontra-se atualmente em níveis consistentes com um decréscimo em cadeia do PIB de.8% no 1ºT15 (ou de -.5%, se se admitir que o indicador aliviará nos meses de fevereiro e março ao mesmo ritmo observado em janeiro), depois da já referida subida de.5% no ºT1 reportada pelo INE na estimativa inicial do PIB. No entanto, e à semelhança do que tinha ocorrido no ºT1, esse não é o nosso cenário, perspetivando-se antes um novo crescimento, com o nosso indicador compósito para o PIB a continuar a apontar para um acréscimo entre.3% e.5%, em linha com a média na ª metade de 1, esperando-se também que no total do ano o PIB registe crescimentos em cadeia, em média, na ordem dos.%. Igualmente favoráveis continuaram a ser os dados relativos ao mercado laboral, com o relatório de janeiro do IEFP sobre o desemprego registado a evidenciar um novo decréscimo mensal (-.7%), segundo os dados ajustados de sazonalidade, observando-se quedas nos últimos 3 meses, renovando mínimos desde nov-11 e devendo conduzir a uma ligeira redução da taxa de desemprego, após em dezembro ter descido de 13.5% para 13.%. Por último, ao nível dos preços, o índice de preços no produtor intensificou em janeiro o ritmo de queda homóloga de -3.% para -.%, refletindo unicamente o agravamento do ritmo de descida dos preços da energia (de -1.% para -1.%), caindo já pelo 18º mês consecutivo e continuando a revelar que as anteriores pressões inflacionistas advinham, essencialmente, das commodities e de alterações fiscais (ver Comentário de Portugal). Portugal e Espanha estão a unir esforços para aumentar a atratividade dos portos ibéricos, estando a trabalhar numa candidatura a fundos comunitários para desenvolver um sistema informático de gestão da logística relacionada com o transporte marítimo. O Presidente da CE, Jean-Claude Juncker, afirmou em Bruxelas, que a troika atentou contra a dignidade dos povos, sobretudo em Portugal e na Grécia, e pontualmente na Irlanda. Saliente-se que o membro da Comissão Executiva BCE, Peter Praet, considera que a sustentabilidade da dívida pública portuguesa pode estar em risco caso sejam suspensas algumas reformas. O Presidente do Eurogrupo, Jeoren Dijsselbloem, anunciou que os Ministros das Finanças da Zona Euro aceitaram que Portugal reembolse antecipadamente parte do empréstimo contraído junto do FMI, no quadro do seu programa de assistência. Refira-se que o IGCP colocou 1 M de dívida a 1 meses, com uma yield média de.138%, inferior aos.1% do leilão anterior, registando o valor mais baixo de sempre para esta maturidade. A procura superou. vezes a oferta. A 3 meses, emitiu 5 M, com uma yield média de.61%, abaixo dos.156% pagos do leilão anterior. A procura superou a oferta em.6 vezes. O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, defendeu, no passado dia -fev, a criação de um Fundo Monetário Europeu e a saída do BCE da troika, defendendo que, no futuro, se poderá dispensar também a intervenção do FMI nesta instância. A agência de notação financeira Moody s considerou que o pagamento antecipado do empréstimo ao FMI por Portugal é uma decisão positiva por permitir poupanças significativas na fatura de juros, mas esclarece que não é suficiente para subir o rating atribuído ao país. Analisando os movimentos nos mercados financeiros, observou-se um comportamento maioritariamente positivo do sentimento de mercado global. Os índices americanos subiram, com o S&P 5 e o Dow Jones a atingirem novos máximos históricos, tendo o Nasdaq registado máximos desde mar-. Na Europa, observou-se um comportamento positivo, com as ações das principais empresas da Zona Euro (Eurostoxx 5) a subirem pela 7ª vez em 1 semanas, registando novos máximos desde jun-8 e continuando a aumentar a distância face aos mínimos desde dez-13, observados em meados de out-1. O índice PSI- subiu, pela 5ª vez nas últimas 6 semanas, continuando a afastar-se de mínimos desde jul-1, observados 7 semanas antes. Na Ásia, o comportamento também foi positivo (assim como na América Latina). Com exceção da Grécia, os spreads da dívida a 1 anos das economias periféricas da Zona Euro observaram descidas, pela ª vez nas últimas 6 semanas. Assim, os spreads de Espanha aproximaram-se dos mínimos desde a primavera de 1 observados no início deste ano e, no caso italiano, aproximaram-se também dos mínimos desde a primavera de 1 registados semanas antes, tendo os spreads de Portugal registado mínimos desde mai-1. No mercado cambial, a taxa de câmbio efetiva nominal do euro desceu, pela 7ª vez nas últimas 9 semanas, diminuindo a distância face aos mínimos desde nov-, observados há semanas. O euro depreciou em relação ao dólar, à libra e ao iene. Ao nível da dívida de referência, as yields evidenciaram movimentos mistos nos EUA e na Alemanha, caindo no curto prazo, mas subindo no longo prazo. No MMI, as Libor do dólar subiram 1 p.b. nos 3 meses, e estabilizaram nos 6 e 1 meses, mantendo nos 1 meses a distância face aos máximos desde set-13 registados 7 semanas antes, sendo que as Euribor estabilizaram nos 3 e 6 meses, tendo descido 1 p.b. nos 1 meses, com o prémio de risco no MMI europeu nos diversos prazos (v.g. 3, 6 e 1 meses), medido pelo OIS spread, a descer 1 p.b., e com as expectativas em relação ao nível das taxas de juro overnight a estabilizarem em todos os prazos. Por último, as commodities revelaram um comportamento negativo em termos agregados, após 3 subidas consecutivas, retomando a anterior série de 9 quedas semanais, com os índices compósitos CRB Index e GSCI S&P a aproximarem-se de mínimos desde mar- 9 e abr-9, respetivamente, observados semanas antes, e a aumentarem a distância face aos níveis máximos desde, respetivamente, set-1 e fev-13, observados em jun-1. Entre 5

6 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 3 fevereiro 15 MERCADOS FINANCEIROS as diversas classes, observaram-se descidas em todas as commodities. Subida nos principais índices acionistas mundiais Numa análise mais pormenorizada aos mercados acionistas, os índices americanos subiram, o Dow Jones subiu.7%, registando máximos históricos, o S&P 5 subiu.6%, (+.% na semana anterior) renovando máximos histórico, e o Nasdaq avançou 1.3%, pela 5ª vez nas últimas 6 semanas (+3.1% na semana anterior), registando máximos desde mar-. Na Europa, o comportamento foi também positivo, tendo as ações das principais empresas da Zona Euro (Eurostoxx 5) subido 1.%, pela 7ª vez em 1 semanas, registando novos máximos desde jun-8 e continuando a aumentar a distância face aos mínimos desde dez-13 registados em meados de out-1, observando-se movimentos positivos em todos os principais índices da Zona Euro. As ações portuguesas (PSI-) subiram.5%, registando a 5ª subida nas últimas 6 semanas (+1.3% na semana anterior), continuando a afastar-se dos mínimos desde jul-1 observados 7 semanas antes. Isto depois de no início de abr-1 o índice português ter atingido máximos desde mai-11. As ações francesas (CAC) subiram 1.5% e as alemãs (DAX).8%, no 1º caso registando a 5ª subida das últimas 6 semanas, no º caso, subindo pela 6ª semana consecutiva. As ações alemãs ascenderam a novos máximos históricos, aumentando a distância face aos mínimos desde out-13 observados em meados de out-1, ao passo que as francesas continuaram a afastar-se de mínimos desde meados de out-1, quando se situaram no nível mais baixo desde ago-13, e registaram máximos desde mai-8. Entre os periféricos, refiram-se as subidas de 1.3% do índice espanhol (IBEX; +1.6%, na semana anterior) e a valorização de 3.% do índice italiano (FTSE MIB, +.1% na semana anterior), em ambos os casos também pela 5ª vez nas últimas 6 semanas, continuando a afastarem-se de mínimos desde dez-13 observados 7 semanas antes e registando, no 1º caso, máximos desde dez-1 e, no º caso, máximos desde jun- 1. O britânico FTSE 1 subiu.6%, também pela 5ª vez nas últimas 6 semanas (+.3% na semana anterior), aumentando a distância face aos mínimos desde jun-13 observados 1 semanas antes e registando um novo máximo desde dez-99. Na Ásia, o comportamento também foi positivo. O Hang Seng (Hong Kong) subiu.6% e o Nikkei 5 (Japão) avançou.3%, pela ª vez nas últimas 5 semanas (+1.5% na semana anterior), registando máximos desde mai-. O Shangai Comp (China) subiu 1.3% (+.% na semana anterior), registando a 6ª descida em 3 semanas, aproximando-se dos máximos desde jul-9 observados em janeiro. O Sensex 3 subiu.5% (+1.3% na semana anterior), aproximando-se dos máximos históricos observados há semanas. Na América Latina, o comportamento foi positivo, com o índice Ibovespa a subir 1.%. O índice MSCI para os mercados emergentes desceu.% (+.8% na semana anterior), aproximando-se dos mínimos desde mar-1 observados 7 semanas antes e afastando-se dos máximos desde nov-1, aumentando, assim, a distância face aos níveis máximos desde jul-11 observados em out-1. Com a subida das ações nos principais índices, o índice MSCI para os países desenvolvidos valorizou, levando o índice MSCI para o Mundo a subir.9%, registando a 3ª subida consecutiva (+1.8% na semana anterior), afastando-se dos mínimos desde fev-1 observados em meados de out-1 e registando máximos históricos. Índices Gerais Mercado Acionista sem. Início ano EUA Dow Jones S&P Nasdaq Europa Eurostoxx FTSE 1 (R. Unido) PSI- (Portugal) CAC (França) DAX (Alemanha) IBEX (Espanha) FTSE MIB (Itália) Ásia Nikkei 5 (Japão) Hang Seng (Hong-Kong) Shangai Comp. (China) Sensex 3 (Índia) A. Latina Ibovespa (Brasil) O benchmark de Portugal, o índice PSI-, subiu.5%, pela 5ª vez nas últimas 6 semanas (+1.3% na semana anterior), continuando a afastar-se de mínimos desde jul-1, observados 7 semanas antes. Isto depois de no início de abr-1 ter atingido máximos desde mai-11. Títulos do PSI - Top 5 % Contr.(p.p.) Bottom 5 % Contr.(p.p.) BPI 3.8%.7 Mota Engil -3.8% -.9 EDP.6%.38 EDP Renov. -1.1% -.6 Jer. Martins.7%.36 Portucel -.5% -. Galp Energia 1.8%.7 Semapa -1.3% -.3 Sonae.8%. Altri -.9% -. Entre os atuais 18 constituintes do PSI- (resultante das saídas do BES e do ESFG), registaram-se 11 subidas, 6 descidas e uma estabilização, com destaque para a subida do BPI (+3.8%) e a descida da Mota Engil (-3.8%). Em termos de notícias relevantes sobre as ações cotadas no PSI-, a semana contou, mais uma vez, com desenvolvimentos ao nível do BES/Novo Banco e já aqui mencionados. Ainda em relação ao setor bancário saliente-se que a CaixaBank lançou uma OPA sobre o BPI. Ofereceu 1.39 euros por ação. A CMVM deliberou a suspensão da negociação das ações. O banco CaixaBank admite retirar o BPI da bolsa, caso venha a ficar com 9% ou mais dos direitos de voto correspondentes ao capital social do banco português, após o período de oferta. Em relação a outros setores de atividade, refira-se que a agência de notação financeira Moody s subiu as notações da EDP de Ba1 para Baa3. A perspetiva foi considerada estável. O Presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Grupo PT afirmou que se a Cabovisão e a Oni forem vendidas pela Altice deixarão de existir problemas para a PT Portugal, acrescentando que existirão no país interessados na compra daqueles ativos. A Rede Energéticas Nacionais (REN) está a ultimar os novos planos de investimentos na área da eletricidade e do gás natural para 16/5, os quais serão entregues, em março, à Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, apesar do conjunto dos projetos propostos para o período de 1/3 ainda não terem recebido luz verde do Governo português. Os CTT informaram o mercado que o UBS Group AG passou a deter uma participação social inferior a % no capital social da empresa, após a venda de ações ordinárias. A Corticeira Amorim encerrou o ano de 1 com um resultado líquido de 35.8 M, o que representa uma subida de 17.9% face ao ano anterior. Refira-se que a construtora portuguesa Soares da Costa recebeu obras em Moçambique, avaliadas em M$. A Δ % 6

7 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 3 fevereiro 15 MERCADOS FINANCEIROS empresa anunciou no passado dia 19-fev que Angola passa a ser o centro estratégico do grupo e que África será o mercado prioritário na construção. Saliente-se que a Vinci está prestes a concretizar a compra da Empark. A empresa proprietária da gestora dos aeroportos portugueses deverá pagar 9 M para adquirir a gestora de parques de estacionamento lusoespanhola. O banco BIC afasta o alegado interesse em comprar o Banco Fomento Angola. Questionado pela Lusa, em Luanda, Fernando Teles classificou como especulativas as notícias que têm vindo a público, dando conta dessa possível aquisição e fusão de dois dos maiores bancos privados angolanos. Na Europa, o banco HSBC colocou anúncios de página inteira em jornais britânicos para se desculpar sobre alegações de que ajudou clientes na Suíça, através do seu private bank, a fugir ao fisco em milhões de euros. A Puma, fabricante alemã de vestuário e equipamento desportivo, registou um resultado líquido de 6.1 M em 1, contra 5.3 M apurados um ano antes. A Altice está a analisar os dados financeiros e eventuais obstáculos regulatórios para a compra da Bouygues Telecom, negócio avaliado em 8 mm. A Altice anunciou ter avançado com uma proposta de aquisição dos % que a Vivendi ainda detém na Numericable-SFR, numa oferta que atinge os 3.9 mm. A Air Liquide, empresa francesa fornecedora de gases industriais, obteve um resultado líquido de mm em 1, mais 1.5% face ao apurado no exercício anterior. O grupo Crédit Agricole apurou um resultado líquido de.3 mm em 1, menos 6.8% face a 13. A Época de Resultados das empresas americanas relativa ao ºT1 contou com a 6ª semana de resultados, com empresas do S&P 5 a divulgarem resultados até ao momento (391 até à semana anterior), sendo que 67.5% superaram as expectativas, um número que está abaixo do divulgado até à semana anterior (69.3%) e abaixo dos 7.6% registados no 3ºT1, ficando 1.1 p.p. abaixo da mediana dos trimestres após a crise de 8/9 (68.6%). Refira-se que, no passado dia 16-fev, as bolsas americanas estiveram encerradas devido ao feriado nacional Presidents Day. A Apple estará a trabalhar na construção de um carro elétrico, um projeto denominado Titan que terá o formato de um citadino. A Apple pode iniciar produção de um carro elétrico a partir do ano. O calendário definido pela Apple é ambicioso - em norma, um fabricante automóvel demora 5 anos a desenvolver um projeto - e estará a criar as condições para iniciar uma batalha pela disputar clientes com a Tesla Motors e a General Motors, empresas que preveem lançar, já em 17, um veículo elétrico com capacidade para se deslocar mais de quilómetros com apenas um carregamento da bateria. A Goodyear Tire & Rubber, fabricante norte-americana de pneus e acessórios de borracha, registou um resultado líquido de.13 mm$ no ºT1, face aos 8 M$ apurados um ano antes. Os fornecedores asiáticos do Apple Watch receberam da Apple uma encomenda de 5 a 6 milhões de unidades para entrega no primeiro trimestre. A Wal-Mart registou um resultado líquido de.97 mm$ no seu º trimestre fiscal, encerrado no final de janeiro, mais 11% face ao lucro apurado um ano antes. Refira-se que a britânica Rexam vai ser comprada pela norteamericana Ball por 6.8 mm$. A combinação das duas empresas dará origem à maior fabricante mundial de latas para bebidas. Noutras geografias, na China, o banco Minsheng, que detém o maior fundo de investimento privado daquele país asiático, anunciou que vai investir 1.35 mm num projeto para criar o 3º distrito financeiro de Londres. Euro depreciou em relação ao dólar, à libra, ao iene No mercado cambial, a taxa de câmbio efetiva nominal do euro desceu.%, pela 7ª vez nas últimas 9 semanas, diminuindo a distância face aos mínimos desde nov-, observados há semanas, tendo a moeda única vindo a ser prejudicada pelas medidas de estímulo do BCE. Recorde-se que na última reunião de política monetária (-jan), o BCE manteve as taxas diretoras, mas decidiu lançar um plano alargado de compra de ativos, por um montante total de 6 mm por mês, de mar-15 até, pelo menos, set-16, confirmando o lançamento do pacote de estímulos já antecipado pelo mercado e numa dimensão até superior à que se vinha comentando. Acresce que, do outro lado do Atlântico, após a Fed ter terminado na reunião de 9-out-1 as suas compras mensais de dívida, é expectável que inicie este ano uma subida das taxas de juro, embora não devendo a 1ª subida ocorrer antes de meados do ano. A moeda única depreciou face ao dólar, à libra e ao iene. O par mais importante, o euro/dólar, desceu.1%, com o euro a aproximar-se de mínimos desde set- 3 observados há semanas. O dólar valorizou em relação ao iene e desvalorizou em termos numéricos face à libra, com o Dollar Index a subir.1%, depois de duas descidas consecutivas e após 7 subidas (-.5% na semana anterior), aproximando-se muito ligeiramente dos máximos desde set-3, observados há semanas. A linha de tendência ascendente observada em 1 parecia ter sido ligeiramente invertida nas duas semanas anteriores, mas parece ser para manter em 15. Mercado Cambial - Spot --15 Δ 1 sem. Δ início ano EUR/USD EUR/JPY EUR/GBP T.E.Euro T.E.Libra USD/JPY USD/GBP Dollar Index Nota: JPY: Iene / GBP: Libra / EUR: Euro / USD: Dólar. Variação positiva significa apreciação da moeda base. Movimentos mistos nas yields dos EUA e nas da Alemanha As yields da dívida de referência evidenciaram movimentos mistos nos EUA e nas da Alemanha. Com efeito, nos EUA as yields desceram no curto prazo ( anos) 1 p.b., aumentando a distância face aos máximos desde abr-11 observados 11 semanas antes, e aumentaram 6 p.b. no longo prazo (1 anos). Na Alemanha, as yields estabilizaram no curto prazo ( anos), apresentando uma tendência de alívio desde os máximos desde ago-1 observados 11 semanas antes, contabilizando em termos numéricos mesmo a 11ª descida consecutiva e mantendo-se em mínimos históricos, tendo subido 3 p.b. no longo prazo (1 anos). Refira-se que, para além das yields a anos estarem negativas, também as yields a 5 anos ficaram pela 5ª semana consecutiva no vermelho. As yields dos treasuries a 1 anos continuaram a aliviar de mínimos desde dez-1, observados duas semanas antes, estando distantes dos mínimos históricos atingidos em jul-1 (1.38%). 7

8 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 3 fevereiro 15 MERCADOS FINANCEIROS --15 Δ 1 sem Δ 1 sem Δ 1 sem. Anos -. p.b p.b p.b. 5 Anos p.b p.b p.b. 1 Anos p.b p.b p.b. 3 Anos p.b p.b. - - Movimentos descendentes nos spreads da dívida a 1 anos nos países periféricos da Zona Euro Os spreads da dívida a 1 anos das economias periféricas da Zona Euro observaram um comportamento descendente pela ª vez nas últimas 6 semanas, com exceção a ser a Grécia. Com efeito, Portugal viu o spread descer em 18 p.b., registando mínimos desde mai-1. Espanha viu o seu spread descer em 7 p.b., aproximando-se dos mínimos desde abr-1 observados no início do ano, tendo Itália visto também o seu spread descer, em 6 p.b., aproximando-se dos mínimos desde mai-1 observados semanas antes. Já a Grécia viu o seu spread aumentar em 6 p.b., após duas semanas consecutivas a descer (-81 p.b. na semana anterior), aproximando-se ligeiramente de máximos desde abr-13 e aumentando a distância face aos níveis mínimos desde abr-1, observados em jun-1. A Irlanda viu o spread descer 8 p.b., aproximando-se de mínimos desde out- 8, observados há 3 semanas. Dado que a descida do spread português foi superior à subida das yields alemãs, as yields a 1 anos das Obrigações do Tesouro português desceram, cruzando o registo de final de janeiro e ficando agora em novos mínimos históricos. Fev 15 Alemanha Mercado de Dívida Pública Movimentos descendentes nos spreads da dívida privada nos CDS No mercado de dívida privada, os spreads de crédito apresentaram um movimento descendente, aliado a um comportamento descendente da pressão dos mercados sobre os países periféricos e num contexto de um movimento de subida nos mercados acionistas. O índice Itraxx 5Y (o índice geral de spreads de crédito de CDS para as obrigações de investment grade) desceu ligeiramente (- p.b.), ficando em 5. p.b., diminuindo a distância face ao mínimo de out-7 (8 p.b.) observado no início de dez-1, o Itraxx Financials (o mais exposto à crise da dívida soberana) desceu em p.b., fechando a semana em 61.6 p.b., acima do índice Itraxx 5Y, algo que tem sido a tendência dos últimos anos, mas que não era a situação habitual antes da crise e que refletiu a situação difícil da banca europeia desde o início da crise da dívida soberana, mas continuando acima dos mínimos desde mai-8, observados em jun-1. Já o Itraxx Cross-Over (relativo aos ativos de speculative grade, especialmente sensível ao sentimento de mercado e ao ciclo económico) desceu, em 11 p.b., ficando em 87.3 p.b., registando mínimos desde set-1 e aumentando a distância face aos máximos desde out-13 observados em meados de out-1. EUA Spreads face ao Bund Valor (p.b.) Portugal Variação (p.b.) 13 Fev Dez 1 Fev 1 1Y Grécia Irlanda Portugal Espanha Itália Spreads de Crédito (Índices de CDS 5Y ) Fev 15 Valor (p.b) Movimentos mistos nas Euribor e nas Libor Variação (p.b.) 13 Fev Dez 1 Fev 1 Itraxx Itraxx Financials Itraxx Cross Over No mercado monetário interbancário (MMI), as Libor do dólar subiram 1 p.b. nos 3 meses, e estabilizaram nos 6 e 1 meses, mantendo nos 1 meses a distância face aos máximos desde set-13 nos 1 meses registados 7 semanas antes, sendo que as Euribor estabilizaram nos 3 e 6 meses, tendo descido 1 p.b. nos 1 meses, com o prémio de risco no MMI europeu nos diversos prazos (v.g. 3, 6 e 1 meses), medido pelo OIS spread, a descer 1 p.b., e com as expectativas em relação ao nível das taxas de juro overnight a estabilizarem em todos os prazos. Depois de terem subido bastante na ª metade de dez-13 (no início do ano a Euribor a 6 meses atingiu máximos desde out-1), as taxas Euribor começaram a ziguezaguear, iniciando uma trajetória descendente a partir do momento em que os mercados começaram a antecipar novos estímulos por parte do BCE (como aconteceu em junho), sendo que a reunião do BCE realizada no dia -set-1 acabou por conduzir as taxas Euribor para mínimos históricos em todos os prazos. O movimento de subida das Euribor no final de 13, início de 1, ter-se-á devido sobretudo à redução da liquidez excedentária, já que os bancos reembolsaram a um ritmo elevado os empréstimos obtidos nas operações de refinanciamento de longo prazo (LTRO), e também à reentrada progressiva no MMI de bancos, que, devido à crise das dívidas soberanas, se tinham visto excluídos do mercado e forçados a recorrer ao BCE para crédito (estes bancos, por serem vistos como menos sólidos, obtêm financiamentos a taxas acima da média). Outro motivo poderia ser o facto de os mercados virem então progressivamente a aumentar a probabilidade de que o BCE não fosse cortar a taxa de depósitos para valores negativos, nem descer mais a refi rate (apesar de a postura oficial ter sido a de favorecer uma política mais expansionista). O comportamento das Euribor esteve, como referido, associada à estabilização nos swaps sobre as taxas EONIA e a movimentos ligeiramente descendentes no prémio de risco no MMI Europeu, nos diversos prazos, medido pelo OIS spread (i.e., o diferencial de juros entre operações com risco e operações com risco ínfimo, por se tratar de uma operação swap em que apenas os diferenciais de juros são trocados). Refira-se, também, que as quedas das Euribor estiveram ligadas aos desenvolvimentos ocorridos na reunião de política monetária do BCE no passado dia -jan. Os OIS spread encontram-se, nos prazos mais curtos, sensivelmente em zero (como sucedia até à crise do subprime). Nos prazos intermédios, como por exemplo nos 3 meses, o OIS spread situa-se em.98 p.p., diminuindo ligeiramente a distância face aos mínimos desde jul-7 observados em finais de out-1 (.715), mas bem afastado dos.5 p.p., observados no início de jun-1, que são um máximo desde ago- 1. Nos prazos mais longos, a taxa continua afastada do zero, encontrando-se em.35 p.p. nos 1 meses, mantendo-se acima da média histórica anterior ao verão de 7 (+.1 p.p.), e bastante abaixo do máximo histórico de.35 p.p. atingido em out-8 (após a falência do Lehman Brothers). 8

9 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 3 fevereiro 15 MERCADOS FINANCEIROS --15 Δ 1 sem Δ 1 sem. 1 mês.1 p.b..17 p.b. 3 meses.8 p.b p.b. 6 meses.1 p.b..386 p.b. 1 meses.5-1 p.b..67 p.b. Índices gerais de commodities com comportamentos negativos As commodities revelaram um comportamento negativo em termos agregados, após 3 subidas consecutivas, retomando a anterior série de 9 quedas semanais, com os índices compósitos CRB Index e GSCI S&P a aumentarem a distância face aos níveis máximos desde set-1 e fev-13 observados em jun-1, com descidas em todas as commodities, sendo que os índices CBR Index e GSCI S&P aproximaram-se de mínimos desde mar-9 e abr-9, respetivamente, observados há semanas. GSCI S&P Agrícolas Energia Gado Metais de Base Metais Preciosos WTI Crude Mercado Monetário EUR USD Mercado de Commodities - Futuros (prazos mais próximos) Mercadoria Moeda/Unid --15 Brent Crude USD USD USD USD USD USD USD/t oz Δ% 1 sem. CRB Index USD Os preços das agrícolas apresentaram uma descida de 1.9%, a 6ª nas últimas 9 semanas (+1.6% na semana anterior), contabilizando 17 descidas nas últimas 31 semanas, aproximando-se de mínimos desde set-1 observados 3 semanas antes. O gado registou uma descida de 1.7% a 6ª das últimas 7 semanas (-.3% na semana anterior), registando mínimos desde dez-13 e aumentando a distância face aos máximos históricos observados no final de jul Δ % início ano USD/bbl Ouro USD/t oz Nota: Nesta tabela as cores têm o significado inverso, assinalando-se a verde as descidas, uma vez que se considera positivo para o crescimento económico global As energéticas desceram.5% (+5.9% na semana anterior), contabilizando 9 descidas nas últimas 13 semanas, e 15 em 1 semanas, aproximando-se dos mínimos desde mar-9 observados há 6 semanas, com a desvalorização de.1% do preço do petróleo em Londres (Brent) e a descida de.6% em Nova Iorque (WTI crude), contabilizando, no 1º caso, apenas a 1ª descida em 6 semanas, aproximando-se dos mínimos desde mar-9 observados há semanas, mantendo-se ainda muito aquém dos níveis máximos desde set-13 observados em meados de jun-1. Em Nova Iorque desceu pela 5ª vez em 31 semanas, aproximando-se de mínimos desde mar-9, igualmente observados há semanas, ficando também muito aquém dos máximos desde set-13 observados em meados de jun-1. O spread entre o WTI e o Brent subiu de 8.7 para 9.9 dólares, continuando a aliviar de um mínimo desde jul-13 observado 6 semanas antes e ficando acima do intervalo da tendência pela histórica (-5/+5 USD), pela ª semana consecutiva e após 13 semanas dentro do mesmo, retomando a série de duas semanas acima (algo que sucedeu apenas por 16 vezes desde a última semana de set-13). O spread tinha disparado no final de 1, devido a mudanças no mercado da energia nos EUA, sobretudo ligadas ao aumento da oferta, resultantes de novos métodos de exploração do gás de xisto. Os metais de base apresentaram uma descida de.3% (-.% na semana anterior), registando mínimos desde jul-9 e mantendo-se muito afastados dos máximos desde fev-13 observados no início de set-1. Numa semana em que o sentimento dos investidores nos diversos mercados foi tendencialmente positivo, os metais preciosos (considerados um ativo de refúgio) observaram uma descida de.3% (-.1% na semana anterior), observando-se 7 quedas (e 8 subidas) nas últimas 15 semanas, reduzindo a distância face aos mínimos desde abr-1 observados na 1ª semana de nov-1, com o ouro a descer 1.8%, pela 18ª vez em 8 semanas (subindo nas restantes 1 semanas), continuando a diminuir a distância face aos mínimos desde abr-1 registados no início de nov-1, e permanecendo a aliviar de máximos desde ago-1, permanecendo muito afastado dos máximos históricos observados em 11. 9

10 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 3 fevereiro 15 MERCADOS FINANCEIROS Mercado Acionista S&P Eurostoxx 5 Taxa de Câmbio Euro/Dólar vs Eurostoxx 5 Un: EUR/USD 1.6 Un: Índices 3, ,5 3, , / 17/ 18/ 19/ / / 17/ 18/ 19/ / , Diária Acumulada Diária Acumulada , , 3. PSI-.7 FTSE NOV 8-NOV 5-DEC 1-DEC 19-DEC 6-DEC -JAN 9-JAN 16-JAN 3-JAN 3-JAN 6-FEB 13-FEB -FEB, Taxa de Câmbio Euro/Dólar Índice Eurostoxx / 17/ 18/ 19/ / / 17/ 18/ 19/ / Diária Acumulada Diária Acumulada 1

11 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 3 fevereiro 15 MERCADOS FINANCEIROS Mercado de Taxas de Juro Un: p.b. 1 Taxas 1 Anos - EUA Un: p.b. Taxas 1 Anos - Zona Euro Un: p.b..1 Euribor 3M Un: p.b.. Libor USD 6M / 17/ 18/ 19/ / Diária Acumulada -1-16/ 17/ 18/ 19/ / Diária Acumulada / 17/ 18/ 19/ / / 17/ 18/ 19/ / Diária Acumulada Diária Acumulada Un: p.b. Portugal - Spread face ao Bund 1 Anos 6 Un: p.b. Spain - Spread face ao Bund 1 Anos - Diferencial OIS Spread Libor/Euribor a 3 meses vs Itraxx a 5 anos Un: p.p.. Un: p.b / 17/ 18/ 19/ / Diária Acumulada / 17/ 18/ 19/ / Diária Acumulada Un: p.b. 8 6 Italy - Spread face ao Bund 1 Anos Greece - Spread face ao Bund 1 Anos Un: p.b NOV 8-NOV 5-DEC 1-DEC 19-DEC 6-DEC -JAN 9-JAN 16-JAN 3-JAN 3-JAN 6-FEB 13-FEB -FEB 5 6 OIS Spread Libor/Euribor Itraxx a 5 anos / 17/ 18/ 19/ / - 16/ 17/ 18/ 19/ / Diária Acumulada Diária Acumulada Países periféricos - Spreads face ao Bund a 1 anos Un: p.b ,1 1, Yield Curve: EONIA Implícita na Curva de Swaps da EONIA Un:% NOV 8-NOV 5-DEC 1-DEC 19-DEC 6-DEC -JAN 9-JAN 16-JAN 3-JAN 3-JAN 6-FEB 13-FEB -FEB Grécia (esc. dir) Irlanda Portugal (esc. dir) Espanha Itália Horizonte (em Meses)

12 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 3 fevereiro 15 MERCADOS FINANCEIROS Mercado Cambial.6. Euro/Dolar.5. Dollar Index Euro/Dólar Options Risk Reversal vs Taxa de Câmbio Dólar/Euro Un: EUR/USD / 17/ 18/ 19/ / Diária Acumulada / 17/ 18/ 19/ / Diária Acumulada Un: p.b.... Euro/Libra Euro/Iene NOV 8-NOV 5-DEC 1-DEC 19-DEC 6-DEC -JAN 9-JAN Euro/Dólar Options Risk Reversal 16-JAN 3-JAN 3-JAN 6-FEB 13-FEB -FEB Taxa de Câmbio Dólar/Euro / 17/ 18/ 19/ / / 17/ 18/ 19/ / Diária Acumulada Diária Acumulada Mercado de Commodities 1 WTI Crude 1 Brent 1 EUA - Variação dos Stocks de Combustíveis (DOE) Un: 1^6 barris / 17/ 18/ 19/ / Diária Acumulada Commodities - Composite / 17/ 18/ 19/ / Diária Acumulada Ouro Petróleo Gasolina Prod. Destilados Petróleo - Consenso Gasolina - Consenso Prod. Destilados - Consenso -. 16/ 17/ 18/ 19/ / Diária Acumulada / 17/ 18/ 19/ / Diária Acumulada 1

13 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 3 fevereiro 15 EVENTOS ANUNCIADOS Indicadores Anunciados na Semana Passada País Data Evento Período Consenso Actual Anterior Revisão Portugal 16-Fev Turismo - Dormidas nsa (YoY) Dec % 11.% Fev Indicador Atividade Económica - INE (mm3m) Dec --.3%.5%.% Indicador Coincidente de Atividade Económica - BdP (YoY) Jan % -.9% -.% Indicador Coincidente do Consumo Privado - BdP (YoY) Jan % 1.% 1.6% Indicador Consumo Privado - INE (mm3m) Dec % 1.9% -- Indicador FBCF - INE (mm3m) Dec --.3%.%.1% IPP (MoM) Jan % -1.8% -- IPP (YoY) Jan -- -.% -3.3% -3.% -Fev Desemprego Registado nsa Jan Desemprego Registado nsa (MoM) Jan - -.9%.1% - - Desemprego Registado nsa (YoY) Jan % -13.3% - - Encomendas na Construção e Obras Públicas nsa (YoY) Q % -31.1% -31.% Espanha 18-Fev Balança Comercial (EUR) Dec M M -- Alemanha 17-Fev ZEW (expectativa) Feb ZEW (Situação Atual) Feb Fev IPP (MoM) Jan -.% -.6% -.7% -- IPP (YoY) Jan -.% -.% -1.7% -- PMI Composite Feb P PMI Manufacturing Feb P PMI Services Feb P França 19-Fev IPC (MoM) Jan -1.% -1.%.1% -- IPC (YoY) Jan -.3% -.%.1% -- IPCH (MoM) Jan -1.% -1.1%.1% -- IPCH (YoY) Jan -.3% -.%.1% -- -Fev PMI Composite Feb P PMI Manufacturing Feb P PMI Services Feb P Itália -Fev Encomendas Industriais nsa (YoY) Dec % -.1% -- Encomendas Industriais sa (MoM) Dec --.5% -1.1% -.8% IPCH (YoY) Jan F -.% -.5% -.% -- Vendas Industriais nsa (YoY) Dec --.9% -1.6% -- Vendas Industriais sa (MoM) Dec -- 1.% -.6% -- Zona Euro 16-Fev Balança Comercial Dec.B.3B.B 1.B Balança Comercial sa Dec 19.B 3.3B.B 1.6B 17-Fev Registos Automóveis na UE-7(YoY) Jan %.7% -- Registos Automóveis Novos de Passageiros (YoY) Jan % 3.3% -- ZEW (expectativa) Feb Fev Produção na Construção sa (MoM) Dec % -.1% -.5% Produção na Construção wda (YoY) Dec %.%.5% 19-Fev Balança Corrente nsa Dec -- 9.B.6B 6.5B Balança Corrente sa Dec B 18.1B 19.9B Confiança do Consumidor Feb A Fev PMI Composite Feb P PMI Manufacturing Feb P PMI Services Feb P R. Unido 16-Fev Preços Habitação - Rightmove nsa (MoM) Feb --.1% 1.% -- Preços Habitação - Rightmove nsa (YoY) Feb % 8.% Fev IPCH (MoM) Jan -.8% -.9%.% -- IPCH (YoY) Jan.%.3%.5% -- IPCH Core (YoY) Jan 1.% 1.% 1.3% -- IPP Input nsa (MoM) Jan -.% -3.7% -.% -3.3% IPP nsa (YoY) Jan -1.% -1.8% -.8% -1.1% ONS - Preços Habitação (YoY) Dec 9.5% 9.8% 1.% 9.9% 18-Fev Atas da Reunião do Banco de Inglaterra Remunerações Médias Semanais 3M/YoY Dec 1.7%.1% 1.7% 1.8% Taxa Desemprego sa (mm3m) Dec 5.8% 5.7% 5.8% -- Tx. Desemprego Registado (Benef. Subs. Desemp.) Jan.5%.5%.6% -- Variação Desemprego Registado (Benef. Subsídio Desemp.) Jan -5.K -38.6K -9.7K -35.8K Variação do Emprego (3M/3M) Dec 5K 13K 37K Fev Carteira de Encomendas - CBI Feb CBI - Preços das Vendas nos próximos 3 meses Feb Fev Défice Orçamental (Estado) Jan -9.3B -9.B 1.5B 9.9B Défice Orçamental ex. Intervenções Sist. Fin. Jan -9.B -8.8B 13.1B 1.5B Necessidades de Financiamento do Setor Público Jan B 1.B -- Vendas a Retalho (MoM) Jan -.% -.3%.%.% Vendas a Retalho (YoY) Jan 5.9% 5.%.3%.% Vendas a Retalho Ex Combustíveis - reais sa (MoM) Jan -.3% -.7%.% -.1% Vendas a Retalho Ex Combustíveis - reais sa (YoY) Jan 5.9%.8%.% 3.8% EUA 17-Fev NAHB - Índice Confiança na Construção de Habitações Feb NY Fed - Empire Manufacturing Feb Fev Fogos Iniciados (MoM) Jan -1.7% -.%.% 7.1% Fogos Iniciados saar Jan 17K 165K 189K 187K IPP (MoM) Jan -.% -.8% -.3% -.% IPP (YoY) Jan.3%.% 1.1% -- IPP exc alimentação e energia (MoM) Jan.1% -.1%.3% -- IPP exc alimentação e energia (YoY) Jan.% 1.6%.1% -- Licenças de Construção (MoM) Jan.9% -.7% -1.9%.% Licenças de Construção saar Jan 167K 153K 13K 16K Prod. Ind. Transformadora (MoM) Jan.%.%.3%.% Produção Industrial sa (MoM) Jan.3%.% -.1% -.3% Utilização Capacidade Instalada Jan 79.9% 79.% 79.7% 79.% 19-Fev Bloomberg Economic Expectations Feb Confiança do Consumidor (Bloomberg; anterior ABC) Feb Indicador Avançado - Conf. Board (MoM) Jan.3%.%.5%.% Indicador Coincidente - Conf. Board (MoM) Jan --.%.% -- Pedidos Subsídio de Desemprego - Acumulado Feb 7 36K 5K 35K 367K Pedidos Subsídio de Desemprego - Novos Feb 1 9K 83K 3K -- Philadelphia Fed. Feb Fev PMI Manufacturing (Markit) Feb P Fonte: Thomson Reuters.; Legenda: nsa - não ajustado de sazonalidade; sa - ajustado de sazonalidade; wda - ajustado de dias úteis; saar - taxa anualizada ajustada de sazonalidade; WoW - variação semanal; MoM - variação mensal; QoQ - variação trimestral; YoY - variação homóloga; mm3m - média móvel 3 meses. Feb 13

14 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 3 fevereiro 15 EVENTOS ANUNCIADOS Indicadores Anunciados na Semana Passada (continuação) País Data Evento Período Consenso Actual Anterior Revisão Japão 16-Fev Consumo Privado (QoQ) Q P.8%.3%.%.3% Deflator PIB (YoY) Q P 1.9%.3%.% -- Investimento Empresarial (QoQ) Q P 1.%.1% -.% -.1% PIB (QoQ) Q P.9%.6% -.5% -.6% PIB Anualizado (QoQ) Q P 3.7%.% -1.9% -.3% PIB Nominal (QoQ) Q P 1.% 1.1% -.9% -- Produção Industrial nsa (YoY) Dec F --.1%.3% -- Produção Industrial sa (MoM) Dec F --.8% 1.% -- Utilização Capacidade Instalada Dec --.% -.8% Fev Banco do Japão - Decisão de Taxa de Juro Feb %.1% -- BoJ: Crescimento anual da Base Monetária Feb 18 8T 8T 8T Fev Balança Comercial nsa Jan B B B B Balança Comercial sa Jan B - 6.1B B - 6.7B Exportações de Bens (YoY) Jan Importações de Bens (YoY) Jan Indicador Avançado Dec F Indicador Coincidente Dec F Índice de Atividade Económica sa (MoM) Dec -.3% -.3%.1%.% -Fev PMI Manufacturing Feb P Brasil 19-Fev Criação de Emprego Jan Rússia 16-Fev Produção Industrial nsa (YoY) Jan.7%.9% 3.9% Fev Investimento de Capital (YoY) Jan -7.% -6.3% -.% -- IPP (MoM) Jan.9% 1.3%.8% -- IPP (YoY) Jan 6.% 7.1% 5.9% -- Rendimento Disponível (YoY) Jan -6.8% -.8% -7.3% -6.% Salários Reais (YoY) Jan -6.1% -8.% -.7% -.% Taxa de Desemprego nsa Jan 5.7% 5.5% 5.3% -- Vendas a Retalho - Reais nsa (MoM) Jan -9.1% -33.6% 3.6% -- Vendas a Retalho - Reais nsa (YoY) Jan -1.9% -.% 5.3% Fev Reservas de Ouro e Divisas (USD) Feb B 37.7B -- Índia 16-Fev Índice Preços Grossistas (YoY) Jan.11% -.39%.11% -- Fonte: Thomson Reuters.; Legenda: nsa - não ajustado de sazonalidade; sa - ajustado de sazonalidade; wda - ajustado de dias úteis; saar - taxa anualizada ajustada de sazonalidade; WoW - variação semanal; MoM - variação mensal; QoQ - variação trimestral; YoY - variação homóloga; mm3m - média móvel 3 meses. 1

15 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 3 fevereiro 15 EUA EUA: Indicadores compósitos de atividade continuam a sugerir fortes crescimentos do PIB no 1ºT15 e no ºT15 Os dados divulgados durante a última semana revelaram leituras inferiores ao esperado na indústria e no imobiliário, mas os setores deverão crescer no 1ºT15 acima da tendência histórica. Por outro lado, no mercado de trabalho, os novos pedidos de subsídio de desemprego ficaram perto dos mínimos desde o ano que foram observados em janeiro, o que sugere um bom ímpeto de recuperação do emprego, dando um caráter cada vez mais sustentado à atual retoma, ademais que, quer o indicador coincidente, quer o indicador avançado da Conference Board, subiram em janeiro, sinalizando crescimentos da economia para o 1ºT15 e ºT15 acima do nosso cenário central, de um crescimento anualizado entre.5% e 3.5% para ambos os trimestres. Crescimento inferior ao esperado da produção industrial em janeiro e revisão dos dados de dezembro sugere agora um abrandamento no 1ºT15 A produção industrial subiu.% em janeiro, menos do que o esperado (consenso: +.3%), tendo além do mais a queda do mês anterior sido revista de.1% para.3%, a qual fora sobretudo uma correção face ao forte crescimento de 1.1% observado em novembro, aproximando-se dos níveis máximos históricos registados justamente em novembro passado (os anteriores máximos eram prévios à Grande Recessão de 8/9). Depois de no 3ºT1 a atividade industrial ter abrandado, no ºT1 o crescimento trimestral anualizado acelerou de.1% para.3% (revisto de +5.6%), registando o º trimestre consecutivo de expansão, sequência sem paralelo nas outras grandes economias desenvolvidas (Zona Euro, Japão ou Reino Unido). Esta revisão em baixa implicou que o carry-over passasse de 1. p.p. para.8 p.p., o que associado ao facto de em janeiro o crescimento ter ficado aquém do esperado e dos indicadores qualitativos estarem com leituras mais fracas do que no ºT1, leva-nos a antecipar agora um crescimento para o 1ºT15 inferior a %. De facto, ao nível dos indicadores qualitativos, quer o indicador da região de Filadélfia, quer o da região de Nova Iorque, desaceleraram em fevereiro, encontrando-se ambos ligeiramente abaixo dos padrões históricos. Todavia, a versão PMI dos indicadores subiu, pelo que se estima que o setor a nível nacional continue em fevereiro a evoluir acima da tendência histórica e previsivelmente em aceleração. De resto, a estimativa preliminar de fevereiro do indicador PMI Manufacturing da Markit apontou para uma subida de 53.9 para 5.3 pontos, quando o mercado esperava uma descida, aliviando agora de mínimos desde jan-1 e aproximando-se do máximo desde abr- 1 observado em ago-1, encontrando-se pelo 16º mês consecutivo acima da sua média histórica. Imobiliário em recrudescimento No imobiliário, como referido, os dados ficaram aquém das expectativas, mas continuaram globalmente positivos. Em fevereiro, a confiança dos construtores (NAHB) caiu ligeiramente, pelo º mês consecutivo, ainda que apenas pela 3ª vez em 9 meses, ficando somente pontos abaixo do registo de set-1, quando atingiu máximos desde nov-5. O abrandamento do indicador em fevereiro ter-se-á devido, em grande medida, aos anormalmente intensos nevões observados em grande parte dos EUA. Estes registos do indicador acabam por ser bastante animadores, atendendo a que a confiança se encontrava num nível bastante elevado e continua acima da tendência histórica. Os fogos iniciados caíram um pouco mais do que o esperado em janeiro, nomeadamente em resultado da dos já referidos nevões, tendo a sua média móvel de 3 meses aliviado de um máximo desde fev-8, sendo visível, assim, uma recuperação do setor, ademais que a média móvel de 3 meses das licenças de construção caiu apenas pela 1ª vez em 6 meses, encontrando-se muito perto do nível mais elevado desde jun-8 observado no mês anterior, com a média dos últimos 1 meses a apresentar valores superiores aos dos fogos iniciados, o que sugere que os construtores continuam a preparar terreno na expectativa de continuação da melhoria das condições no setor. Refira-se que, em janeiro, o nosso indicador de tendência para o imobiliário americano obtido através da 1ª componente principal das diversas variáveis do imobiliário caiu, mas a sua média móvel de 3 meses subiu pela 9ª vez consecutiva, atingindo um máximo desde mar-8. Assim, antecipa-se que o investimento em construção residencial observe um novo crescimento no 1ºT15 e a um ritmo superior ao do ºT1, quando cresceu.1%. Segundo as contas nacionais, a subida do investimento em construção residencial no 3ºT1 ocorreu pelo º trimestre consecutivo, após duas quedas consecutivas, ainda que contabilizando-se 1 expansões em 1 trimestres. Note-se que o investimento em construção teve em 1 o primeiro contributo positivo para o crescimento anual do PIB desde 5, voltando a apresentar um novo contributo positivo em 13. Refira-se que o potencial de crescimento continua a ser elevado, já que no ºT1 a atividade no setor correspondeu a apenas 57.% do máximo histórico registado em 5, pelo que se pode afirmar que o setor ainda permanece numa situação delicada, se bem que já se comece a denotar alguma retoma da sua importância enquanto tradicional líder durante os períodos de recuperação após as recessões. Os principais fatores impeditivos da recuperação do imobiliário continuam a ser os apertados critérios de concessão de crédito, os exíguos lotes de terrenos disponíveis para novas construções e o aumento dos custos de construção, ao nível dos materiais, lotes e mão-de-obra. Novos pedidos de subsídios de desemprego em níveis muito robustos No mercado de trabalho, os novos pedidos de subsídio de desemprego desceram na ª semana de fevereiro, mais do que o esperado, aproximando-se do registo observado 3 semanas antes, que é o valor mais baixo desde abr-, ou seja, antes do início da recessão de 11/1 e bem antes da Grande Recessão de 8/9. Note-se que os pedidos de subsídio de desemprego são bastante voláteis (particularmente na semana em análise, que teve um feriado), daí a necessidade de utilizar a sua média móvel de semanas, que caiu e ficou relativamente próxima dos mínimos desde abr- observados 15 semanas antes, sinalizando uma criação de empregos em fevereiro entre 35 e 65 mil (setor privado), inferior aos 67 mil criados em janeiro, mas podendo no 1ºT15 ser criados mais de 7 mil postos de trabalho. Preços no produtor com menor crescimento homólogo da atual séria iniciada em nov-9 Os preços no produtor caíram.8% em janeiro, mais do que o esperado pelo mercado (consenso: -.%), estabilizando face ao período homólogo, sendo este o menor ritmo de crescimento desde a criação do atual índice, em nov-9 (+1.1% no mês anterior), com o IPP core a desacelerar o crescimento de.1% para 1.6%, regressando a valores abaixo do objetivo da Fed de.% para o crescimento do deflator do consumo privado. Em todo o caso, mantemos o nosso cenário de 3 subidas de taxas de.5 p.p., fechando 15 em 1.%, embora existam riscos para este cenário resultante da queda do petróleo levar a uma inflação mais baixa e do facto da subida do dólar condicionar o crescimento dos EUA. Apesar da mediana das previsões (neste caso relativas à reunião de 17-dez-1) dos responsáveis da Fed colocar a taxa em 1.5% no final de 15, continuamos a considerar algo otimista, ademais atendendo ao tom cauteloso da afirmação da Presidente da Fed, referindo explicitamente que a expressão paciente dos comunicados das reuniões de 17-dez-1 e 8-jan significa que os juros não sobem nas próximas reuniões da Fed, algo que as minutas da reunião de janeiro vieram demonstrar que se trata de uma posição com apoio da maioria dos responsáveis, sendo que alguns dos membros temem que uma subida prematura das taxas de juro possa prejudicar a recuperação da economia dos EUA, ademais perante a fragilidade do cenário internacional. 15

16 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 3 fevereiro 15 EUA Aconteceu na semana passada nos EUA Confiança dos Consumidores O indicador de confiança dos consumidores, divulgado pela Bloomberg, subiu no 3º registo semanal de fevereiro, de.3 para.6 pontos, aproximando-se dos 7.3 pontos registados na última semana de janeiro, que são o valor mais elevado desde jul-7. Em termos médios mensais, observa-se, no entanto, uma queda, após subidas consecutivas, com a confiança a aliviar de um máximo desde abr-7, antes do início da última recessão (dez-7). Verificam-se descidas nas suas 3 componentes. O índice relativo à predisposição para consumir está a cair, após ter estabilizado no mês anterior num máximo desde mar-7. O indicador referente às finanças pessoais está a aliviar de um máximo desde abr-7, tendo, em 13, sido condicionado pelos aumentos de impostos que entraram em vigor em jan-13 (em resultado do acordo entre Democratas e Republicanos) e, a partir de meados desse ano, penalizado pela subida das taxas de juro de longo prazo de referência para as hipotecas. Por último, o índice relativo ao estado da economia está a cair, após subidas consecutivas, aliviando de níveis máximos desde abr-7, e depois de em out-13 ter feito mínimos desde set-1. Num relatório calculado igualmente pela Bloomberg, paralelo ao indicador semanal, o indicador mensal de expectativas relativamente à economia americana apresentou um comportamento favorável em fevereiro, subindo pelo º mês consecutivo e atingindo um novo máximo desde jan-11. Indicador compósito Neste momento já são conhecidos dos 5 indicadores para o mês de fevereiro, com as indicações a serem, em média, menos positivas do que no mês anterior descidas dos indicadores da Bloomberg, da Universidade de Michigan e da IBD/TIPP; mas subida do indicador da RBC, mas com a confiança a poder renovar novos máximos de ciclo no 1ºT15, beneficiando da tendência de aceleração da economia e do emprego. O indicador da RBC subiu em fevereiro para o valor mais elevado desde ago-7, ou seja, uns meses antes da entrada da economia na última recessão (dez-7). O indicador da IBD/TIPP caiu em fevereiro, de 51.5 para 7.5 pontos, contrariando as expectativas do mercado (consenso: 51.9 pontos), aliviando de um máximo desde out-1, regressando a um valor abaixo da tendência histórica e continuando a ser o indicador de confiança dos consumidores que revela um maior pessimismo. O índice da Universidade Michigan de fevereiro (estimativa preliminar) regressou ao nível de dezembro, aliviando de um máximo desde jan-. Recorde-se que em janeiro o nosso indicador compósito para a confiança dos consumidores americanos obtido através da média ponderada dos 5 principais indicadores de confiança dos consumidores subiu pelo º mês consecutivo, observando 11 subidas em 1 meses, atingindo o valor mais elevado desde fev-7. Cenário para o consumo No ºT1, o nosso indicador compósito para a confiança dos consumidores atingiu o nível mais elevado desde o 3ºT7, tendo sinalizado um crescimento anualizado de 3.% do consumo privado, mas tendo este acabado por crescer.3%, pelo º trimestre consecutivo (+3.% no 3ºT1) a um ritmo quer superior à média dos crescimentos trimestrais de 13 (+.8%), quer da mediana dos crescimentos dos últimos anos (+3.%). Para o 1ºT15, o nosso indicador compósito para a confiança dos consumidores sinaliza um crescimento anualizado de 3.6% do consumo privado, esperando-se que o consumo cresça entre 3% e %, embora com os riscos a estarem neste momento enviesados no sentido descendente, após a divulgação dos dados das vendas a retalho : :Q1 Un: Índice 1:8 EUA - Consumo Anualisado (QoQ) vs Conf. Consumidor Composite 1997:Q1 1: :Q1 EUA - Confiança dos Consumidores 13: 1:Q1 13:5 3:Q1 13:8 Conf. Board (esc. esq.) IBD/TIPP (esc. esq.) Previsão - 1Q15 YoY:3./QoQ Anz:3.6 5:Q1 13:11 7:Q1 1: 1:5 9:Q1 1:8 11:Q1 Un: Índice 1:11 13:Q1 15: Univ. Michigan (esc. esq.) Bloomberg (esc. dir.) EUA - Indicadores de Confiança dos Consumidores Valor Un: Indice 15:Q1 Consumption - QoQ Anualiz. (esc. esq.) Consumer Confidence - Quarterly Average (esc. dir.) Variação Ind. Confiança Jan-15 Fev-15 Jan-15 Fev-15 Conference Board Bloomberg IBD Michigan RBC

17 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 3 fevereiro 15 EUA Emprego Os novos pedidos de subsídio de desemprego desceram mais do que o esperado na semana terminada em 1 de fevereiro, de 3 mil para 83 mil (consenso: 9 mil), observando a 8ª descida em 1 semanas, aproximando-se do registo observado 3 semanas antes, que é o valor mais baixo desde abr-, ou seja, antes do início da recessão de 11/1 e bem antes da Grande Recessão de 8/9. Note-se que os pedidos de subsídio de desemprego são bastante voláteis (particularmente na semana anterior em que caiu para mínimos de ciclo, devido à existência de um feriado), pelo que importa olhar para a média móvel de semanas (mms), que já mesmo no final de 1 apresentava leituras consistentes com os fundamentos económicos e que se manteve relativamente próxima dos mínimos desde abr- observados 15 semanas antes. Ao descer de 9 para 83 mil indivíduos, a variável ficou abaixo da barreira psicológica dos 3 mil, pela ª vez em 3 semanas (esteve também abaixo por vezes em jul-1 e ago-1, algo ímpar em 9 anos), sinalizando uma criação de postos de trabalho no setor privado entre 35 e 65 mil em fevereiro, valores inferiores aos 67 mil criados em janeiro (o total do emprego nãoagrícola subiu 57 mil naquele mês). Importa contudo ter em mente que os novos pedidos de subsídio de desemprego refletem sobretudo os despedimentos, mas sendo de referir que ao nível das contratações os dados têm-se revelado igualmente favoráveis. O último dado quantitativo disponível revelou que em dez-1 as ofertas de emprego subiram mais do que o esperado, tendo a sua média móvel de 3 meses registado já a 9ª subida em 1 meses, atingindo novos máximos desde fev-1. No ºT1, a criação de empregos foi de 973 mil o melhor trimestre desde o ºT1999 (+987 mil). No 3ºT1 tinham sido criados 71 mil empregos e no ºT1 um total de 85 mil. Em média nos 3 últimos trimestres a economia criou empregos a um ritmo trimestral de 86 mil, a melhor performance desde o 1ºT1995. No ano de 1 foram criados milhões de empregos, ao maior ritmo desde Relativamente ao 1ºT15, caso em fevereiro e março a criação de emprego saia em linha com os valores que estão a ser sinalizados pelos novos pedidos de subsídio de desemprego, então o emprego deverá desacelerar, mas serão criados mais de 7 mil postos de trabalho no trimestre. O facto de o ritmo de recuperação do emprego ser ainda inferior à velocidade da perda de empregos registada durante a Grande Recessão acaba assim por continuar a corroborar a manutenção de uma política monetária ainda expansionista por parte da Fed, que na reunião de out-1 finalizou as compras mensais de dívida, mas que manteve a taxa de juro num mínimo histórico (o intervalo de referência encontra-se entre.% e.5%). Na reunião de 8-jan, a Fed manteve a taxa de juro e voltou a afirmar explicitamente que a subida de taxas estará condicional ao cenário macroeconómico e não ao tempo decorrido após o fim dos programas de compra de dívida. Mantemos o nosso cenário de 3 subidas de taxas de.5 p.p., fechando 15 em 1.%, embora existam riscos para este cenário resultante da queda do petróleo levar a uma inflação mais baixa e do facto da subida do dólar condicionar o crescimento dos EUA. Apesar da mediana das previsões (neste caso relativas à reunião de 17-dez-1) dos responsáveis da Fed colocar a taxa em 1.5% no final de 15, continuamos a considerar algo otimista, ademais atendendo ao tom cauteloso da afirmação da Presidente da Fed, referindo explicitamente que a expressão paciente dos comunicados das reuniões de 17-dez-1 e 8-jan significa que os juros não sobem nas próximas reuniões da Fed, algo que as minutas da reunião de janeiro vieram demonstrar que se trata de uma posição com apoio da maioria dos responsáveis, sendo que alguns dos membros temem que uma subida prematura das taxas de juro possa prejudicar a recuperação da economia dos EUA, ademais perante a fragilidade do cenário internacional. EUA - Índice Regionais de Emprego vs Pedidos Semanais Un: Índice Un: Milhares (escala invertida) : 6: 7: 8: 9: 1: 11: 1: 13: 1: 15: Índice Regionais de Emprego - média 7 (esc. esq.) Novos Pedidos Subsídio Desemprego - Média Semanas (esc. dir.) EUA - Variação do Emprego Não-Agrícola vs Pedidos Semanais Un: 1^3 Empregos Un: 1^3 Empregos , 7 5: 6: 7: 8: 9: 1: 11: 1: 13: 1: 15: Variação do Emprego Não-Agrícola Pedidos Subs. Desemprego - MM Semanas - esc dir. e invertida 17

18 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 3 fevereiro 15 EUA Imobiliário Licenças e Obras Iniciadas O número de fogos iniciados caiu.% em janeiro, para um valor anualizado de 1 65 mil, ficando ligeiramente aquém das expectativas do mercado (consenso: 1 7 mil), tendo o registo do mês anterior sido revisto em baixa de 1 89 para 1 87 mil. Trata-se da ª descida em 3 meses, mas igualmente da ª queda em 5 meses, afastando-se do registo de jul-1 (1 98 mil), quando estava praticamente no nível mais elevado desde fev-8. As descidas de dez-13 e jan-1 deveram-se em grande medida a condições meteorológicas adversas sentidas nesses meses (o mês de jan-1 o mais frio em duas décadas), sendo que esta descida de janeiro de 15 é explicada também por este facto, dado a ocorrência de nevões com uma intensidade superior à média em grande parte dos EUA. A descida de janeiro resultou apenas das habitações unifamiliares, observando-se um acréscimo das mais voláteis habitações multifamiliares (+7.5% vs +5.6% no mês anterior), atingindo um máximo desde jul-1, quando se situou no nível mais elevado desde jan-6. Já as menos voláteis habitações unifamiliares observaram uma queda de 6.7% (+7.9% no mês anterior), aliviando do nível mais elevado desde mar-8. Refira-se que os ajustamentos de sazonalidade para este setor são especialmente dificultados durante o inverno e o início da primavera, já que o efeito da variabilidade das condições atmosféricas entre os anos é difícil de captar. A média móvel de 3 meses (mm3m) do total dos fogos iniciados registou uma ligeira descida, após duas subidas consecutivas, aliviando de um máximo desde fev-8, com a variável a apresentar atualmente um crescimento homólogo de.3%, em ligeira aceleração (+3.9% no mês anterior), sendo visível uma tendência de recuperação do setor, que cada vez mais vai saindo do apertado e depressivo range que vinha a descrever desde nov-8, embora permanecendo a uma enorme distância dos máximos históricos desta série com mais de 5 anos (.73 milhões), atingidos no início de 6. Os fogos completados subiram pelo º mês consecutivo, após duas quedas, com a sua mm3m a crescer pela 1ª vez em 3 meses, aproximando-se do registo de out-1, quando atingiu máximos desde jan-9, ao passo que os fogos em construção evidenciaram um acréscimo de 1.1%, subindo pelo 11º mês consecutivo e atingindo novos máximos desde nov-8. Os sinais de melhoria do setor deverão prosseguir, sendo particularmente visíveis na confiança na construção (NAHB), que em nov-1 praticamente igualou o registo de set-1 (quando atingiu máximos desde nov-5), tendo estabilizando em dez-1 e descido ligeiramente em janeiro (1 ponto) e fevereiro ( pontos) e encontrando-se num nível consistente com subidas nas vendas de casas novas bem superiores (quase 6% acima) às efetivamente observadas em dez-1, com este cenário a ser também corroborado pelo facto de as licenças de construção, uma importante medida de atividade futura, apresentarem uma trajetória ascendente, não obstante terem caído em janeiro de 1 6 mil para 1 53 mil, ficando aquém das expectativas do mercado (consenso: 1 67 mil), mas com o valor do mês anterior a ser revisto em alta. De resto, as licenças tinham atingido em out-1 o nível mais elevado desde jun-8, tendo a sua mm3m caído apenas pela 1ª vez em 6 meses, encontrando-se muito perto do nível mais elevado desde jun-8 observado no mês anterior, e com a mm1m a apresentar valores superiores aos dos fogos iniciados, o que sugere que os construtores continuam a preparar terreno na expectativa de continuação da melhoria das condições no setor, em particular ao nível dos apertados critérios na concessão de crédito, fator que está a afetar construtores e famílias, funcionando como um limite físico à recuperação sustentada do mercado imobiliário e atividades conexas. Neste contexto, continuam a estar nos níveis historicamente baixos que têm marcado a evolução deste indicador desde o final de 8. Em janeiro, os fogos iniciados encontravam-se 18.7% acima dos níveis do mês homólogo de 1, acelerando face ao acréscimo de 5.1% observado no mês anterior (esta aceleração em grande medida reflete o facto de as condições meteorológicas terem sido bem mais adversas em janeiro de 1 do que em janeiro passado), mas as obras licenciadas (menos sensíveis ao estado do tempo), no mesmo mês, estavam 8.1% acima, sendo que aqui os crescimentos homólogos foram mais consistentes nos últimos meses. Refira-se que, em janeiro, o nosso indicador de tendência para o imobiliário americano obtido através da 1ª componente principal das diversas variáveis do imobiliário acima referidas caiu ligeiramente, após 9 subidas consecutivas, mas tendo a sua média móvel de 3 meses avançado pela 9ª vez consecutiva, atingindo um máximo desde mai-8. Em termos trimestrais, depois de no ºT1 os fogos iniciados terem evidenciado uma subida anualizada de 1.3% (revista dos anteriores +18.7%), em desaceleração face aos 19.% do 3ºT1, no 1ºT15 deverão desacelerar. Em todo o caso, os fogos completados deverão recuperar da queda do ºT1 e os fogos em construção deverão acelerar, pelo que se antecipa que o investimento em construção residencial observe um novo crescimento no 1ºT15 e a um ritmo superior ao do ºT1, quando cresceu.1%. Segundo as contas nacionais, a subida do investimento em construção residencial no 3ºT1 ocorreu pelo º trimestre consecutivo, após duas quedas consecutivas, ainda que contabilizando-se 1 expansões em 1 trimestres. Note-se que o investimento em construção teve em 1 o primeiro contributo positivo para o crescimento anual do PIB desde 5, voltando a apresentar um novo contributo positivo em 13. Refira-se que o potencial de crescimento continua a ser elevado, já que no ºT1 a atividade no setor correspondeu a apenas 57.% do máximo histórico registado em 5, pelo que se pode afirmar que o setor ainda permanece numa situação delicada, se bem que já se comece a denotar alguma retoma da sua importância enquanto tradicional líder durante os períodos de recuperação após as recessões. Mas para que este crescimento seja sustentado é fundamental que se observe também uma aceleração do ritmo de crescimento dos demais setores da economia e uma recuperação consistente do mercado laboral, não só pelos efeitos diretos, mas, também, pelos efeitos indiretos sobre os critérios de concessão de crédito. A subida das taxas de juro de longo prazo da dívida americana (e daí a importância da Fed remover os estímulos apenas gradualmente) e, por arrasto, das taxas de referência para as hipotecas, tem constituído um travão para as vendas de casas em geral, que estiveram a ser penalizadas também pela incerteza relativamente à discussão em relação ao aumento do endividamento dos EUA, que conduziu em outubro a paragens de diversos serviços públicos. Mas as vendas de casas novas e logo a atividade de construção poderão sofrer um impulso resultante do facto de os preços das casas usadas ter vindo a subir, motivado por exíguos níveis de stocks de casas à venda, algo que há muito vem a suceder com as casas novas.,,, 1,8 1,6 1, 1, 1, 8 6 EUA - Fogos Inicados, Licenças de Construção e Confiança 5: Un: 1^3 Casas (saar) 6: 7: 8: 9: 1: 11: 1: 13: Fogos Iniciados (esc. esq.) Licenças de Construção (esc. esq.) Confiança dos Empresários (esc. dir.) Un: Índice Difusão 1: EUA Fogos e Licenças de Construção 15: Dez Jan Dez Jan Dez Jan Fogos Iniciados mm3m Unifamiliares Multifamiliares Sul Oeste Nordeste Midwest Licenças de Construção mm3m Unifamiliares Multifamiliares Fogos Completados mm3m Unifamiliares Multifamiliares Fogos em Construção mm3m Unifamiliares Multifamiliares Índice Tendência Imobiliário :Q Nível Var. Mensal Var. Homól. EUA - Peso do Investimento em Construção no PIB do PIB 5:Q 6:Q 7:Q 8:Q Residencial 9:Q 1:Q 11:Q 1:Q Não-Residencial 13:Q 1:Q 18

19 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 3 fevereiro 15 EUA Imobiliário Confiança O índice de confiança na construção de habitações, publicado pela NAHB, desceu inesperadamente em fevereiro, de 57 para 55 pontos, contrariando as expectativas do mercado (consenso: 58 pontos), registando a ª queda consecutiva, ainda que observando apenas a 3ª descida em 9 meses, continuando ainda relativamente perto do registo de set- 1 (59 pontos), que é o mais elevado desde nov-5, um mês ainda bem distante de dez-7, quando a economia americana entrou na Grande Recessão. Em mai-1, o indicador tinha caído para mínimos desde mai-13. Estes registos do indicador acabam por ser bastante animadores atendendo a que a confiança se encontrava num nível bastante elevado. Recorde-se que em fev-1 tinha-se registado a maior descida mensal deste indicador criado em 1985, que a NAHB atribuiu então: i) às condições meteorológicas adversas (como sucedeu com as vendas a retalho e de automóveis); ii) às continuadas preocupações com os custos do trabalho e a oferta de mão-de-obra para o setor; iii) aos exíguos lotes de terrenos disponíveis para novas construções. Com a recuperação de jun-1, a NAHB veio considerar que é sinónimo de alguma confiança renovada no setor, sendo que com a recuperação em jul-1 já tinha vindo realçar tratar-se da 1ª vez desde jan-1 que a confiança dos construtores se encontrava acima dos 5 pontos (agora pela 8ª vez), considerando esse facto um importante sinal de fortalecimento da confiança à medida que a procura ainda reprimida vai sendo reforçada com a entrada de novos compradores no mercado. De facto, em nov-1, afirmou que a melhoria da confiança dos consumidores está a ter reflexos também na confiança dos consumidores. As baixas taxas de juro, os preços das casas comportáveis, uma sólida criação de postos de trabalho estão a contribuir para uma consistente recuperação do mercado habitacional. Depois de um fraco início de 1, o índice da NAHB permanece acima da marca dos 5 pontos pelo 8º mês consecutivo, tendo a NAHB reiterado em fevereiro as suas expectativas de que este bom momento continue em 15, tendo referido que este abrandamento do indicador em fevereiro se terá devido em grande medida aos anormalmente intensos nevões observados em grande parte dos EUA. No entanto, em anteriores relatórios, a NAHB tinha realçado que ainda não se via muita atividade entre os compradores de 1ª casa, e que persistiam outros fatores impeditivos da recuperação do imobiliário, nomeadamente, os apertados critérios de concessão de crédito e o aumento dos custos de construção, ao nível dos materiais, lotes e mão-de-obra. A confiança contabilizou 3 crescimentos em 1 meses, tendo o indicador já mais do que quadruplicado desde os 13 pontos registados em jun-11. Foi a partir de nov-11 que o indicador saiu do apertado intervalo (de 13 a 17 pontos) que vinha a caracterizar a sua evolução desde o início do verão de 1, afastando-se cada vez mais dos mínimos históricos atingidos no auge da Grande Recessão de 8/9 (entre nov-8 e mar-9). Refira-se que o indicador apresenta uma média de 5.9 pontos nos últimos 1 meses, encontrando-se bem afastado da média observada na última recessão (1.9 pontos), situando-se pela 7ª vez (consecutiva) em 13 meses acima da sua média histórica de 53. pontos, e já pela 15ª vez em 1 meses, sendo estes os únicos meses desde abr-6 em que se situou acima. Ou seja, o indicador aparenta já ter saído dos níveis depressivos (para utilizar a terminologia que a Reserva Federal norte-americana (Fed) usava para caracterizar o mercado imobiliário). Observou-se um comportamento ligeiramente negativo em duas das 3 componentes do índice, encontrando-se duas delas acima do valor crítico dos 5 pontos. Assim, a componente relativa às expectativas de vendas para os próximos 6 meses manteve-se nos 6 pontos, ficando ainda próxima dos 67 pontos de set-1, quando atingiu o nível mais elevado desde ago-13 (68 pontos), que é um máximo desde out-5. Por seu lado, a componente de vendas correntes caiu de 6 para 61 pontos, encontrando-se igualmente próxima dos 63 pontos de set-1, que é um máximo desde dez-5 (partilhados com o registo de dez-13). Note-se, além do mais, que o registo desta componente é historicamente compatível com valores nas vendas de casas novas quase 6% acima dos que se registaram em dezembro, o último registo disponível. Já a componente relativa às visitas a casas modelo caiu de para 39 pontos, continuando, assim, abaixo dos 5 pontos, ficando 8 pontos abaixo do registo de set-1, que é o valor mais elevado desde out-5. Em suma, a confiança continua acima da tendência histórica, pelo que à semelhança do referido pela NAHB, esperamos que o setor recupere nos próximos meses o seu estatuto de motor da retoma da economia do país, como, tradicionalmente, ocorria nos períodos de recuperação económica. Mas para que este crescimento seja sustentado é fundamental que se observe também uma aceleração do ritmo de crescimento dos demais setores da economia e uma recuperação consistente do mercado laboral, não só pelos efeitos diretos, mas, também, pelos efeitos indiretos sobre os critérios de concessão de crédito. EUA - Confiança na Construção (NAHB) vs Vendas de Casas Novas Un: meses 8 1,6 7 1, 6 1, 5 1, : 6: 7: 8: 9: 1: 11: 1: 13: 1: Confiança na Construção - NAHB (esc. esq.) Vendas de Casas Novas (esc. dir.) 15: EUA Confiança na Construção (NAHB) Nível Diferença Up/Down Un: Índice Jan-15 Fev-15 Jan-15 Fev-15 Jan-15 Fev-15 NAHB mm1m Vendas correntes Vendas próx. 6 Meses Visitas a casas modelo Nordeste Midwest Sul Oeste EUA - Confianças na Construção vs Preços Un: Índice (difusão) : 1997: 1999: 1: 3: 5: 7: 9: 11: 13: 15: Confianças na Construção (NAHB) Preços Mediano da Casa Nova (Var. hom. mm3m) EUA - Fogos Inicados, Licenças de Construção e Confiança Un: 1^3 Casas (saar) Un: Índice Difusão, 1, 9, 8 1,8 7 1,6 6 1, 5 1, 1, : 6: 7: 8: 9: 1: 11: 1: 13: Fogos Iniciados (esc. esq.) Licenças de Construção (esc. esq.) Confiança dos Empresários (esc. dir.) 1: 15: 19

20 MONTEPIO l Departamento de Estudos // 3 fevereiro 15 EUA Atividade Industrial A produção das fábricas e minas norte-americanas, medida pelo índice de produção industrial, subiu.% em janeiro, ficando aquém do esperado (consenso: +.3%), tendo além do mais a queda do mês anterior sido revista de.1% para.3%, a qual fora sobretudo uma correção face ao forte crescimento de 1.1% observado em novembro, aproximando-se dos níveis máximos históricos registados justamente em novembro passado (os anteriores máximos eram prévios à Grande Recessão de 8/9). Desde que a economia americana regressou aos crescimentos, em jul-9, apenas por 11 vezes se registaram descidas do indicador (e duas delas de apenas -.1%). Note-se que, apesar de estar praticamente em máximos históricos, a indústria tem revelado um ímpeto de recuperação comparativamente às perdas observadas durante a Grande Recessão que é inferior ao da economia como um todo. A subida de janeiro foi suporta pelos crescimentos na indústria transformadora e nas utilities, que mais do que compensaram a queda na indústria extrativa. A produção na indústria transformadora (manufacturing) contabilizou uma subida de.%, ficando aquém das expectativas (consenso: +.%), tendo além do mais recaído sobre dados revistos em baixa, com a variação do mês anterior a passar de.3% para.%. A indústria transformadora igualou em out-1 o anterior máximo histórico observado em dez-7, ficando agora em janeiro 1.3% acima dos níveis pré-crise. Apesar desta subida de janeiro, o crescimento anualizado nos últimos 3 meses passou de 5.3% para 5.%, um valor ainda robusto. Refira-se que a produção tem vindo a ser suportada pelo crescimento da produção de automóveis e peças, esperando-se que a recuperação das vendas de automóveis (em ago-1 atingiram máximos desde jan-6, tendo entretanto em dezembro e janeiro caído e se afastado um pouco daquele registo) continue a suportar a indústria transformadora nos próximos meses. A produção na indústria extrativa caiu 1.%, anulando quase metade da subida do mês anterior (+.1% em dezembro), mas encontrando-se não só acima dos máximos prérecessão, como no mês anterior tinha atingido novos máximos históricos do mês anterior, ficando agora 9.9% acima do anterior máximo histórico observado no início da década de 8. A indústria extrativa tem sido impulsionada pelo forte aumento da produção do chamado gás de xisto, tornada possível pela subida dos preços nos últimos anos e por avanços na tecnologia de extração, sendo que esta queda de janeiro pode ter refletido o facto de a queda nos preços do petróleo ter tornado ineficiente a extração de alguns campos. Já a produção de utilities subiu.3%, pela 5ª vez em 6 meses (-6.9% no mês anterior), aproximando-se do nível mais elevado da série histórica observado em jan-1. Esta indústria é tipicamente volátil, estando dependente sobretudo da variabilidade das condições climatéricas, tendo designadamente a forte queda de dezembro sido marcada por temperaturas anormalmente elevadas para a época do ano, mas com a descida das temperaturas a levar a um aumento do consumo de energia em janeiro. No ºT1 registou-se subida anualizada da produção industrial de 5.7%, mais do que revertendo a desaceleração do trimestre anterior e evidenciando o maior ritmo de crescimento desde o 3ºT1 (+6.5%), tendo no 3ºT1 abrandado para.1%, mas acelerado no ºT1 para.3% (valor revisto em baixa dos anterior +5.6%), registando o º trimestre consecutivo de expansão, sequência sem paralelo nas outras grandes economias desenvolvidas (Zona Euro, Japão ou Reino Unido). Esta revisão em baixa implicou que o carry-over passasse de 1. p.p. para.8 p.p., o que associado ao facto de em janeiro o crescimento ter ficado aquém do esperado e dos indicadores qualitativos estarem com leituras mais fracas do que no ºT1, leva-nos a antecipar agora um crescimento para o 1ºT15 inferior a %. Em janeiro, a utilização da capacidade instalada manteve-se em 79.%, ficando aquém dos 79.8% observados em nov-1, quando atingiu o nível mais elevado desde mar-8, permanecendo aquém da média histórica (8.6% no período ). EUA - Prod. Industrial Un: Índice :1 6:1 7:1 8:1 9:1 1:1 11:1 1:1 13:1 1:1 15:1 Indice de Produção Industrial EUA - Inflação (Core) e Utilização da Capacidade Instalada :1 6:1 7:1 8:1 9:1 1:1 11:1 1:1 13:1 1:1 IPC Core - Variação Homóloga (esc. esq.) EUA - Utilização da Capacidade Instalada (esc. dir.) 15:1 EUA Produção Industrial Índice Var. Mensal Var. Homól. dez jan dez jan dez jan Prod Industrial Manufacturing Mining Utilities

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