Aparelho respiratório
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- Bárbara Regueira Capistrano
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1 Sistema respiratório Aparelho respiratório Divisão do aparelho respiratório: Porção condutora Constituído de dois pulmões e de estruturas ocas com a função de proporcionar a troca gasosa. Fossas nasais, nasofaringe, laringe, traquéia, brônquios e bronquíolos. Pulmões Sistemas de tubos Porção respiratória (troca de gases) Bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos. Porção condutora Transporta o ar de e para a porção respiratória. Funções porção condutora: Possibilita a entrada e saída de ar Composta por: Cavidade nasal, boca, nasofaringe, laringe, traquéia, brônquios primários, brônquios secundários (lobares), brônquios terceários (segmentados), bronquíolos e bronquíolos terminais. Limpa, umedece e aquece o ar inspirado para proteger o delicado revestimento dos alvéolos pulmonares. Constituição histológica da porção condutora: Mucosa revestida de epitélio respiratório (especializado) Tecido conjuntivo Tecido muscular liso Cartilagem 1
2 ELÉTRON MIOCROGRAFIA DE CÉLULAS COLUNARES CILIADAS Epitélio respiratório CÍLIOS Epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado com muitas células caliciformes. CORPÚSCULOS BASAIS Constituição histológica da porção condutora COMPLEXO JUNCIONAL MITOCÔNDRIAS Micromorfologia da porção condutora Cavidade nasal, nasofaringe, laringe,traquéia, brônquios e bronquíolos. 1 Cavidade nasal: São duas cavidades paralelas que começam nas narinas e terminam na faringe. Separadas uma da outra por uma parede óssea e cartilaginosa denominada septo nasal. Em seu interior há dobras chamada cornetos nasais, que forçam o ar a turbilhonar. As fossas nasais possuem três regiões: Vestíbulo Área respiratória Área olfatória 2
3 Vestíbulo das fossas nasais (anterior): Área respiratória das fossas nasais (posterior) Região superior (dorsocaudal). Porção anterior mais dilatada. Epitélio pavimentoso estratificado sem queratina com lâmina própria da mucosa (semelhante ao epitélio da pele). Pêlos (vibrissas), glândulas sebáceas e sudoríparas abundantes Barreira de proteção. Área olfatória das fossas nasais Mucosa: Epitélio respiratório Lâmina própria: muitas glândulas mistas (mucosas e serosas) manutenção da umidade. Abaixo dos cornetos nasais (expansões ósseas) existe um Plexo venoso na lâmina própria. Mucosa: revestida pelo epitélio olfatório (mais espesso) que contém os quimioreceptorres da olfação neuroepitélio constantemente renovado: (Neuroepitélio cílindrico pseudoestratificado) Lâmina própria: muitos vasos e nervos, glândulas ramificadas (glândulas de Bowman) secreção serosa contínua que limpa os cílios. Aquecimento do ar inspirado. Epitélio olfatório: 3 tipos celulares GLÂNDULA DE BOWMAN 2 - Seios paranasais CÉLULA DE SUSTENTAÇÃO AXÔNIOS Cavidades dos ossos frontal, maxilar, etmóide e esfenóide. CÉLULA OLFATÓRIA CÉLULA BASAL 3
4 Revestidos por epitélio respiratório, mais baixo e com poucas células caliciformes. 3 Faringe Lâmina própria: poucas glândulas, contínua com o periósteo adjacente. O muco produzido é drenado para as fossas nasais por movimentos ciliares. É um canal comum aos sistemas digestório e respiratório e comunica-se com a boca e com as fossas nasais. O ar inspirado pelas narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe, antes de atingir a laringe. Nasofaringe: Primeira parte da faringe. Continua com a orofaringe na porção distal (palato mole separando) epitélio respiratório. Orofaringe: epitélio estratificado pavimentoso. A faringe serve como passagem de ar e alimento e também atua como câmara de ressonância, auxiliando na emissão de sons como a fala. As trompas de Eustáquio conectam a nasofaringe ao ouvido médio. Laringe: 4 - Laringe Tubo irregular que une a faringe à traquéia (4cm). Parede formada de peças cartilaginosas irregulares unidas por tecido conjuntivo fibroelástico. As cartilagens maiores (tireóide, cricóide) são do tipo hialina. As demais são elásticas. Epiglote: prolongamento em direção à faringe. A mucosa da laringe possui duas pregas que se projetam para o lúmen pregas vocais. Ligamentos e músculos esqueléticos chamados intrínsecos ligados à placas cartilaginosas são responsáveis pelo estreitamento das cordas vocais e fechamento da glote. Existe um outro par de pregas sem capacidade de estreitamento, mas que contribuem para o timbre da voz pregas vestibulares. Revestimento: epitélio respiratório. Cílios batendo em direção à faringe. Na epiglote e pregas vocais: epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado (regiões com atrito) Lâmina própria: rica em fibras elásticas com glândulas mistas. Não existem glândulas nas pregas vocais verdadeiras.. 4
5 5 - Traquéia Continuação da laringe que termina ramificandose em dois brônquios extrapulmonares. Mede cerca de 2,5 cm de diâmetro e 10 cm de comprimento. Morfologia da parede traqueal Quatro camadas: Mucosa: Epitélio pseudoestratificado ciliado e lâmina própria rica em fibras elásticas; Submucosa: Tecido conjuntivo um pouco mais denso que a lâmina própria; Camada cartilaginosa: Placas de cartilagem hialina em forma de C Cartilagem da Traquéia Apresenta um número de 16 à 20 cartilagens hialinas em forma de c, com músculo liso unindo as aberturas posteriores. Tanto as glândulas quanto as células caliciformes da traquéia produzem continuamente muco, que é drenado para a laringe por batimento ciliar. Além deste mecanismo de proteção também existe uma presença de linfonodos na traquéia. 6 - Árvore brônquica A traquéia ramifica-se originando dois brônquios (pimários). Estes entram nos pulmões pelo hilo, onde também entram artérias, veias e vasos linfáticos. Revestida externamente por conjuntivo frouxo. Todas estas estruturas são revestidas por tecido conjuntivo denso. Adventícia: Liga a traquéia a estruturas adjacentes. 5
6 Porções internas dos pulmões 7 - Brônquios Cada brônquio intrapulmonar supre um lobo do pulmão; os brônquios terciários suprem os segmentos broncopulmonares. 7 - Brônquios Revestimento interno: Ramos maiores: mucosa semelhante à da traquéia. Ramos menores: Epitélio cilíndrico simples ciliado com Os brônquios sofrem sucessivas divisões e os últimos ramos são denominados de bronquíolos. lâmina própria: rica em fibras elásticas. Camadas de um brônquio: A cartilagem hialina nos brônquios é menos abundante e se organiza em placas de formato irregular. Na medida que os brônquios se ramificam e diminuem de tamanho, as placas tornam-se menores e em menor número, desaparecendo, quando o diâmetro atingir 1mm e a estrutura passa a chamar-se de bronquíolo. Aparece uma camada de glândulas mistas (serosas e mucosas) que se abrem na luz do brônquio. Mucosa: Epitélio pseudo-estratificado semelhante ao da traquéia; A altura das células diminui na medida que o brônquio diminui em diâmetro. Muscular: Camada espessa e continua de tecido muscular liso em brônquios maiores e mais delgada em menores; Submucosa: Tecido conjuntivo relativamente frouxo. Glândulas e tecido adiposo em brônquios de maior diâmetro; Existem nódulos linfáticos nas ramificações. Camada cartilaginosa: Placas descontinuas de cartilagem hialina, que diminuem de tamanho com a diminuição do diâmetro do brônquio; Adventícia: Tecido conjuntivo denso que une o brônquio a artéria pulmonar, parênquima pulmonar, etc... Os brônquios exibem feixes de tecido muscular liso, que pode formar uma camada circunferencial completa. (camada muscular lisa em espiral). 6
7 ESQUEMA DO BRÔNQUIO E BRONQUÍOLO 8 - Bronquíolos CARTILAGEM TECIDO CONJUNTIVO MÚSCULO LISO GLÂNDULAS Últimos ramos das sucessivas divisões sofridas pelos brônquios. BRONQUÍOLO FIBRAS ELÁSTICAS MÚSCULO LISO PREGAS DA MUCOSA BRÔNQUIO Revestimento interno dos bronquíolos: Epitélio simples cilíndrico ciliado acabando em epitélio simples cúbico (ciliado ou não) na porção terminal. Células caliciformes diminuem em número podendo faltar totalmente. Cada bronquíolo penetra num lobo pulmonar, onde se ramifica formando de cinco à sete bronquíolos terminais. 8 - Bronquíolos Segmentos com diâmetro de 1mm ou menos. Não apresentam cartilagem, glândulas ou nódulos linfáticos. Possuem células de Clara no seu revestimento epitelial. Existem regiões especializadas com Corpos neuroepiteliais Quimiorreceptores que reagem às alterações na composição dos gases. Lâmina própria: rica em fibras elásticas Camada muscular lisa (inervada pelo SNA). A musculatura bronquiolar é mais desenvolvida que a brônquica. A asma é causada por contrações da musculatura bronquiolar. Bronquíolos terminais: Últimas porções da árvore brônquica. Parede mais delgada que os bronquíolos. Epitélio cilindrico baixo ou cúbico. 7
8 Porção respiratória Micromorfologia da porção respiratória São revestidos de um epitélio cúbico simples, contendo células de Clara. PORÇÃO CONDUTORA Secretam lipoproteínas, que tem função de prevenir adesões no lúmen quando os bronquíolos se contorcem durante o ciclo respiratório normal, particularmente durante a expiração. Bronquíolos respiratórios ductos alveolares (sacos alveolares) e alvéolos. PORÇÃO RESPIRATÓRIA Bronquíolos respiratórios: Subdivisão dos bronquíolos terminais. Primeira região da porção respiratória. Termina-se em projeções alveolares (troca de gases) Diâmetro muito pequeno; revestidos por epitélio cúbico simples. Segmento inicial contém células de Clara e células ciliadas, distalmente as de Clara predominam. 8
9 O revestimento epitelial é cúbico ou pavimentoso simples. Ductos alveolares: Os feixes musculares normalmente estão localizados circundando a abertura de um alvéolo, mas não se estendem as paredes deste; Fibras colágenas e elásticas se continuam com a parede alveolar, sustentando-a. Constituídos pela ramificação dos bronquíolos respiratórios. Alvéolos: O ducto alveolar termina em um alvéolo único ou em sacos alveolares. Os alvéolos são pequenas bolsas formadas por células epiteliais achatadas (tecido epitelial pavimentoso) recobertas por capilares sangüíneos. Encontrados nos: A parede dos bronquíolos passa a ser constituída Bronquíolos respiratórios e Ductos alveolares. somente de alvéolos. Constituem as últimas porções da árvore brônquica. Formam o parênquima pulmonar. Sacos Alveolares: Constituintes pulmonares dos locais de troca gasosa O ducto alveolar termina em um alvéolo único ou em sacos alveolares. A maior parte do parênquima pulmonar é constituída pelos alvéolos. BRONQUÍOLO TERMINAL ARTERÍOLA ALVÉOLOS São vários alvéolos voltados para um ponto em comum. BRONQUÍOLO RESPIRATÓRIO SACO ALVEOLAR 9
10 Calcula-se que existem nos pulmões cerca de 300 milhões de alvéolos. A superfície de troca gasosa é de cerca de 140 m2. Surfactante pulmonar: Material gelatinoso secretado sobre os alvéolos pulmonares, reduzindo a tensão superficial dos mesmos, facilitando a inspiração e evitando o colapso dos mesmos durante a expiração. O surfatante é renovado constantemente. Tipos celulares encontrados na parede alveolar 3 tipos celulares: Células endoteliais dos capilares; Pneumócito tipo I e Pneumócito tipo II. Macrófagos alveolares (Histiócitos): Células de poeira Localizados na camada de surfatante e levados à faringe onde são deglutidos. Aproximadamente 100 milhões de macrófagos migram para os brônquios diariamente e são removidos de lá pela ação ciliar. Funções dos pneumócitos: A) pneumócito tipo I: - Célula de revestimento; - Barreira para a passagem de moléculas sangüíneas para os alvéolos (zônula de oclusão bem elaborada). B) pneumócito tipo II: - Células septais; - Aparecem no ponto de toque entre paredes alveolares; - Produção da película surfactante (lipoprotéica). Septo interalveolar: Parede que separa dois alvéolos vizinhos. Contém a rede capilar mais rica do organismo. É formada por epitélio pavimentoso simples, com células extremamente planas, capilares, substância fundamental e uma fina malha de fibras colágenas e elásticas. 10
11 O AR ALVEOLAR É SEPARADO DO SANGUE CAPILAR POR QUATRO MEMBRANAS: 1. CITOPLASMA DO PNEUMÓCITO TIPO I (célula alveolar pavimentosa) 2. LÂMINA BASAL DESTA CÉLULA 3. LÂMINA BASAL DO CAPILAR 4. CITOPLASMA DO ENDOTÉLIO DO CAPILAR. Poros alveolares: Pleura Comunicações entre dois alvéolos vizinhos (10 à 15 micrômetros de diâmetro). A espessura total destas quatro membranas é de cerca de 0,1 à 1,5 micrômetros. Equalização da pressão do ar e PNEUMÓCITO TIPO I CAPILAR Circulação colateral de ar (obstrução de um bronquíolo) ARTÉRIA PULMONAR Membrana serosa que envolve o pulmão. Formada de dois folhetos de mesotélio: Visceral (mais interno) Parietal (mais externo) Entre estes 2 folhetos há uma cavidade contendo uma película líquida para lubrificar o pulmão e facilitar sua expansão. É uma estrutura permeável, que facilita o acúmulo de líquidos. BRONQUÍOLO Derrame pleural: VEIA PULMONAR BRONQUÍOLO TERMINAL Transudação de líquidos do plasma sangüíneo através das paredes capilares provocada por processos patológicos. BRONQUÍOLO RESPIRATÓRIO ALVÉOLOS Caso haja uma perfuração da pleura pulmonar, ocorre uma situação patológica onde a pressão torna-se negativa e o pulmão colaba. A este episódio clínico dá-se o nome de pneumotórax. CAMADA VISCERAL ALVÉOLOS PLEURA CAMADA PARIETAL MESOTÉLIO 11
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