Concurso para a Televisão Digital terrestre POSIÇÃO DA APRITEL
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- Laís de Miranda Regueira
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1 Concurso para a Televisão Digital terrestre POSIÇÃO DA APRITEL 1. Introdução Relativamente ao concurso da Televisão Digital Terrestre, a APRITEL apresenta as suas principais preocupações relativamente ao modelo que se preconiza para Portugal, tendo em conta as especificidades do mercado português bem como as experiências de implementação de TDT em marcha a nível europeu 2. Situação da TDT na Europa Reino Unido Falência do primeiro modelo Pay TV (On digital) e relançamento do serviço Free to Air (Freeview) 73% de cobertura Mais de 17 milhões de receptores DVB-T vendidos Início do ASO (switch off do sinal analógico) com final previsto para 2012 Alemanha Lançamento em Berlim em Novembro de 2002 Itália Mais de 7 milhões de receptores vendidos Oferta de serviços FTA ASO em curso por regiões devendo estar terminado em 2008 Lançamento em Janeiro de 2004 Cobertura de 70% Mais de 4 milhões de receptores vendidos Oferta de FTA e serviços PPV em sistema pré-pago, ênfase em serviços de e-gov ASO não antes de 2012 França Lançamento em Março de 2005 APRITEL resposta a Consulta TDT doc 1/5
2 63% de cobertura Mais de 10 milhões de receptores DVB-T vendidos Serviços FTA em MPEG-2 e PTV em MPEG-4, perspectiva de lançamento de HD TV ASO planeado para final de 2011 Espanha Falência do primeiro modelo Pay TV (Quiero) e relançamento do serviço Free to Air em % de cobertura Mais de 4 milhões de receptores DVB-T vendidos Serviços FTA com desconexão regional e local, 1 multiplex planeado para DVB-H ASO planeado para 2010 Finlândia Lançamento dos serviços em Agosto de % de cobertura ASO planeado para Agosto de 2007 Suécia Lançamento dos serviços em Abril de % de cobertura, 35 canais entre FTA e PTV ASO em curso com final em Novembro de 2007 Dinamarca Primeiro multiplexer lançado em Março de 2006 Provável lançamento de mais multiplexers em PTV ASO previsto para Outubro de 2009 Noruega Lançamento previsto para finais de 2007 Arranque já em MPEG-4 APRITEL resposta a Consulta TDT doc 2/5
3 Bélgica Um multiplexer para cada grupo linguístico ASO previsto para 2012 Teste comercial de DVB-H em curso Holanda Lançamento de 5 multiplexers ASO já realizado em Dezembro de 2006 Teste comercial de DVB-H em curso Suíça Lançamentos regionais de um multiplexer iniciados em 2003 ASO feito por regiões, já iniciado em Pode-se concluir que: Para países com predominância de TV Terrestre o modelo dominante é o FTA com muitos serviços novos e competitivos APRITEL resposta a Consulta TDT doc 3/5
4 Para países com predominância cabo/satélite surgem poucos serviços novos com ênfase na recepção portátil e móvel Nos países Nórdicos há um Mix de FTA e PTV com estratégia de ASO muito agressiva Em Portugal temos um mercado publicitário diminuto para sustentar os canais da plataforma FTA, o que dificultará a disseminação rápida da plataforma. Por outro lado, existe elevada concorrência das actuais plataformas de PTV (cabo, satélite, FWA, IPTV) para os serviços de PTV, as quais à excepção do satélite, agregam ofertas triplas (televisão, voz e acesso à internet). Neste contexto, a APRITEL considera críticos os seguintes aspectos no desenvolvimento do modelo de TDT para Portugal: a) Modelo diferenciado para o serviço Free To Air (FTA) deverá estar assente numa maior diversidade de canais e na emissão pontual de HDTV. b) Valorização de ofertas conjuntas de PAY TV com outros serviços de telecomunicações, que permitam garantir rentabilidade económica ao nível das plataformas PAY TV c) INTEROPERABILIDADE ENTRE FTA E PAY TV AO NÍVEL DAS STB: As regras relativamente a este tema deveriam estar reflectidas no concurso. A APRITEL entende que o mercado não tem dimensão suficiente para que exista um parque de equipamentos terminais (STB) Free to Air que, depois, não possa ser aproveitado para receber os serviços adicionais do operador dos MUXs pagos. d) ACESSO À REDE DA PORTUGAL TELECOM: É factor determinante para o sucesso do concurso a definição prévia das condições de utilização da rede de transmissão e difusão. A definição das tarifas de utilização grossista orientadas aos custos é uma informação crítica para a construção de um modelo viável, técnica e economicamente. e) OUTROS ASPECTOS: A APRITEL, realça ainda os seguintes pontos: A importância de não permitir uma acrescida concentração no sector, ou seja, a entrega dos MUXs à PT, servindo a TDT como substituição da sua anterior rede de cabo. Com a atribuição da licença à PT iríamos assistir a uma nova canibalização de infra-estruturas em Portugal, passando a TDT a assumir o papel até hoje desempenhado pelo cabo, e libertando-se a PT da exploração cabal das capacidades da sua rede de cobre. A necessidade de reflectir nos Multiplexers requisitos de cobertura menos agressivos e penalizadores, face aos 85% (MUX B e C) e 99% (MUX A) do território nacional anunciados e a atingir no prazo de 3 anos. A Apritel APRITEL resposta a Consulta TDT doc 4/5
5 apresenta dados relativos a outros países europeus (Reino Unido, 73% em 9 anos; Itália, 70% em 3 anos; França, 63% em dois anos; Espanha, 80% em 5 anos) como exemplos da necessidade no nosso país de uma evolução mais conservadora, na implementação real da cobertura da TDT. APRITEL resposta a Consulta TDT doc 5/5
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