TERMO DE REFERÊNCIA - TNC ADEQUAÇÃO AMBIENTAL DA PROPRIEDADE RURAL: CONTROLE DO DESMATAMENTO E CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE DA AMAZÔNIA LEGAL
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- Bianca Valentina Santiago Canela
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1 CONTRATAÇÃO DE CONSULTORIA ESPECIALIZADA PARA O LEVANTAMENTO DE DADOS SECUNDÁRIOS SOBRE ESPÉCIES VEGETAIS ARBÓREAS DE OCORRÊNCIA REGIONAL NO ESTADO DO PARÁ. 1. Contextualização e Justificativa: A TNC é uma organização sem fins lucrativos, que tem como missão preservar plantas, animais e ecossistemas que representam a diversidade biológica da Terra, através da proteção das terras e águas necessárias à sua sobrevivência. Atua em mais de 34 países e conta com mais de um milhão de associados nos Estados Unidos. Também recebe apoio da comunidade empresarial e de organizações bilaterais. Até o momento, a TNC já contribuiu para a preservação de mais de 30 milhões de hectares em todo o mundo. A TNC recebeu recursos do Fundo Amazônia, administrado pelo BNDES, para financiamento da execução do Projeto Adequação Ambiental Rural. Dentre os desafios impostos à adequação ambiental de imóveis rurais está a existência de passivos de áreas de preservação permanente e de reservas legais que precisam ser recuperadas e cujos projetos de recuperação não são adequados e possuem elevado custo de análise para sua autorização. Tais custos são, em grande parte, ocasionados pela ausência de regras, procedimentos e de subsídios técnicos claros e de qualidade que orientem não só o produtor rural como os próprios técnicos envolvidos na análise destes processos. Visando apoiar a alteração deste cenário, a TNC propôs, entre os objetivos do projeto aprovado pelo Fundo Amazônia/BNDES, incentivar os processos de regularização ambiental das propriedades rurais orientadas pelo Zoneamento Local em paisagens ecológicas sustentáveis, por meio, dentre outras ações, da realização de levantamentos e estudos específicos que orientem a elaboração dos Planos Municipais/Regionais de recuperação de APPs e Reservas Legais. O estabelecimento de orientações normativas claras para os processos de regularização ambiental faz-se necessário, especialmente no que diz respeito à orientação dos Planos de Recuperação de Áreas Degradadas PRADs para as áreas em que restauração florestal for a opção adotada pelo produtor rural para a composição quitação de seus passivos ambientais. Embora existam experiências promissoras no que diz respeito às técnicas para a restauração de áreas degradadas, foi identificada a ausência de informações sistematizadas sobre as espécies vegetais arbóreas que poderão ser utilizadas nos processos de restauração quando a área em questão exigir o plantio total ou o seu enriquecimento. 2. Objetivo: O objetivo da presente consultoria é a contratação de serviços de levantamento, compilação e organização de dados secundários sobre espécies arbóreas com ocorrência já 1
2 observada nas diferentes Regiões Hidrográficas do Estado do Pará, conforme definidas pela Resolução do Conselho Estadual de Recursos Hídricos - CERH n 004 de 03 de setembro de 2008, visando subsidiar a Secretaria de Estado de Meio Ambiente SEMA na disponibilização de informações para a elaboração de recomendações sobre as espécies que poderão ser utilizadas na elaboração de Planos de Recuperação de Áreas Degradadas PRADs no Estado do Pará. 3. Área de Abrangência: O levantamento, a compilação e a organização dos dados secundários especificados deverão considerar as diferentes regiões hidrográficas do Estado do Pará, conforme definidas pela Resolução do Conselho Estadual de Recursos Hídricos - CERH n 004 de 03 de setembro de 2008, identificando, sempre que possível a Sub-Região e/ou Bacia Hidrográfica envolvida, conforme o disposto abaixo: I Região Hidrográfica Costa Atlântica Nordeste Principais Rios: Guamá, Capim, Acará, Mojú, Aiu-Açu, Acará Miri, Camari, Piriá, Gurupi-Miri, Guajará, Rolim, Coaraci-Paraná, Uarim, Caeté; Pirabas, Maracanã, Marapanim, Mojuí e Maguari. Principais Municípios: Rondon do Pará; Dom Eliseu, Abel Figueiredo, Bom Jesus do Tocantins, Jacundá, Barcarena, Viseu, Cachoeira do Piriá, Nova Esperança do Piriá, Paragomina, Ulianópolis;Dom Eliseu, Augusto Correa, Santa Luzia do Pará, Tracuateua, Bragança; Quatipuru, Bonito, Capanema, São João de Pirabas, Primavera, Peixe-Boi, Nova Timboteua, Salinópolis, Santarém Novo, Santa Maria do Pará, Igarapé-Açu, Maracanã, Magalhães Barata, São Francisco do Pará, Terra Alta, Marapanim, Castanhal, São João da Ponta, São Caetano de Odivelas, Vigia, Colares, Santo Antônio do Tauá, Santa Izabel do Pará, Curuçá; Santa Barbara do Pará; Benevides; Ananindeua e Belém. Sub-Regiões Hidrográficas/Municípios Abrangidos: SRH: Guamá Mojú; SRH: Gurupí; SRH: Costa Atlântica II Região Hidrográfica da Calha Norte Principais Rios: Nhamundá, Trombetas, Cuminapanema, Maecurú, Parú e Jarí. Principais Municipios: Faro, Terra Santa, Oriximiná, Óbidos, Curuá, Alenquer, Monte Alegre, Prainha, Almerim 2
3 Sub-Regiões Hidrográficas: SRH Nhamundá-Trombetas; SRH Cuminapanema Maecurú; SRH Parú-Jarí. III Região Hidrográfica de Portel Marajó Principais Rios: Marinau, Tueré, Pracuruzinho, Curió, Pracupi, Unrianã, Arataí, Mandaquari, Jacaré-Paru Grande, Rio Jacaré Paruzinho, Anajás, Aramã, Jacaré, Cururú, Afuá, Jurupucu, Jarará e dos Macacos. Municípios Abrangidos: Portel, Pacajá, Bagre, Novo Repartimento, Anapú, Breves, Chaves, Afuá, Anajás, Curralinho, São Sebastião da Boa Vista, Muaná, Soure, Salvaterra, Cachoeira do Ararí, Santa Cruz do Ararí e Ponta de Pedras. Sub Regiões Hidrográficas: SRH Calha Amazônica; SRH Marajó Ocidental; SRH Marajó Oriental; SRH Rio Pará, SRH Baía de Caxuanã. IV Região Hidrográfica do Tapajós Principais Rios: Tapajós, Teles Pires; Jamaxim, São Benedito e Arapiuns. Municípios Abrangidos: Itaituba; Rurópolis, Trairão, Aveiro, Juruti, Jacareacanga, Novo Progresso, Belterra e Santarém. Sub Regiões Hidrográficas: SRH Tapajós-Amazônas; SRH Tapajós V Região Hidrográfica do Baixo Amazônas Principais Rios: Curuá do Sul ou Tutuí, Mujuí, Uruará, Araú e Igarapé Peturu. Municípios Abrangidos: Santarém, Placas, Uruará, Rurópolis, Prainha, Medicilândia e Porto de Moz. VI Região Hidrográfica do Xingu Principais Rios: Xingu, Iriri, Caeté, Chiche, Xinxim, Carajás, Ribeirão da Paz, Fresco e Petita. Municípios Abrangidos: São Félix do Xingu, Cumaru do Norte, Bannach, Ourilândia do Norte, Água Azul do Norte, Tucumã, Senador José Porfírio, Anapu, Vitória do Xingu, Altamira, Brasil 3
4 Novo, Medicilândia, Uruará, Placas, Rurópolis, Trairão, Itaituba, Novo Progresso e Porto de Moz. Sub-Regiões Hidrográficas: SRH do Rio Fresco; SRH do Rio Iriri; SRH do Baixo Xingu; SRH do Alto Xingu. VII Região Hidrográfica do Tocantins-Araguaia Principais Rios: Tocantins, Araguaia, Preto, Jacundá, Oeiras, Inajá, Gameleira ou Chicão, Salobo, Itacaiúnas, Madeira, Parauapebas, Sereno, Sororó, Praia Alta e Trocará. Municípios Abrangidos: Oeiras do Pará, Marabá, Itupiranga, Novo Repartimento, Nova Ipixuna, Jacundá, Bom Jesus do Tocantins, São João do Araguaia, São Domingos do Araguaia, Brejo Grande do Araguaia, São Geraldo do Araguaia, Eldorado dos Carajás, Piçarra, Curionópolis, Parauapebas, Sapucaia, Canaã dos Carajás, Xinguara, Água Azul do Norte, Rio Maria, Floresta do Araguaia, Pau d Arco, Redenção, Conceição do Araguaia; Novo Repartimento; Breu Branco, Baião, Mocajuba, Igarapé-Miri e Cametá. Sub-Região Hidrográficas: SRH Araguaia, SRH Itacaiunas; SRH Tocantins 3. Atividades a serem desenvolvidas e Metodologia Os trabalhos a serem realizados para atender aos objetivos do presente termo, deverão contemplar pelo menos as seguintes atividades: a) Elaboração e entrega de plano de trabalha e relatórios; b) Realização de reuniões com a equipe da TNC e representantes de órgãos governamentais e instituições de pesquisa governamentais e não governamentais; c) Levantamento e compilação de dados secundários em fontes físicas e/ou digitais sobre espécies arbóreas conforme as características e regiões de ocorrência identificados neste termo; d) Proposição de listas de espécies nativas de ocorrência regional considerando os dados secundários levantados; e) Elaboração de relatório final. O levantamento deverá ser realizado a partir de dados secundários priorizando aqueles existentes nos levantamentos botânicos realizados nas Regiões abrangidas nas seguintes circunstâncias: a) nos processos de criação ou implementação de Unidades de Conservação (Federais e/ou Estaduais e/ou Municipais); b) como pré-requisito de processos de licenciamento de mineração; c) estudos técnico científicos já publicados. 4
5 A organização da lista de espécies de ocorrência regional deverá considerar as seguintes características centrais: Grupo ecológico (GE): tolerante à sombra (To), intolerante à sombra (It) e Indefinido (In); Grau de comercialização da madeira (GC): comercial (Co), potencial (Po), não-comercial (Nc) e indefinido (In); Classificação de plantio (CP), recobrimento (R), diversidade (D) e por fim o seu Grau de ameaça à extinção (GA) Não ameaçada(na); Ameaçada de Extinção (AE). As espécies ameaçadas de extinção deverão ser identificadas a partir da lista de espécies de espécies ameaçadas publicada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará. 4. Produtos a serem entregues à TNC A) Relatório e Apresentação em PowerPoint contendo: critérios e metodologia utilizadas para a seleção das fontes consultadas e organização das informações; relação de fontes consultadas e cópia digitalizada dos documentos consultados identificando a Região Hidrográfica; a Sub-Região(es) e a Bacia(s) Hidrográfica envolvida no material consultado; B) Proposta de lista de espécies vegetais arbóreas nativas por Regiões Hidrográficas do Estado do Pará, identificando as fontes que subsidiaram cada proposta. Ex: Lista de Espécies de ocorrência na Região Hidrográfica XXX Família/Espécie GE GC* CP GA 1* Anacardiaceae D Anacardium giganteum W. Hancock ex Engl. It Co D NA Astronium gracile Engl. To Co D NA Spondias mombin L. To Co D NA Tapirira guianensis Aubl. It Po R NA Euxylophora paraensis Huber It Co D Ae 5. Prazo para a entrega dos Produtos Os serviços deverão ser realizados no prazo de no máximo 30 e 60 (sessenta) dias, respectivamente a partir da assinatura do contrato, conforme definido no Plano de Trabalho a ser apresentado pelo contratado. Os produtos entregues serão avaliados e sujeitos a aprovação para efetuar pagamento com base nos seguintes critérios: Consistência e confiabilidade das fontes selecionadas e métodos utilizados. 5
6 Qualidade técnica dos relatórios apresentados; Os produtos entregues serão avaliados por técnicos indicados pela TNC, no prazo de até 15 (quinze) dias a contar da data da entrega do produto e sujeitos a aprovação para efetuação do pagamento. 6. Qualificação Técnica Obrigatória/Disponibilidades Mestre em Ciências Biológicas; Ciências Agrárias ou afins; Experiência no levantamento e sistematização de dados secundários em fontes físicas e digitais; Boa capacidade de comunicação; Domínio dos programas do pacote MSOficce; Disponibilidade para participar de reuniões com instituições parcerias relevantes do projeto; Residir em Belém; 7. Processo Seletivo: Os interessados deverão enviar a seu currículo à TNC via ou, se preferir, por cópia impressa em três vias a serem entregues nos endereços informados abaixo, impreterivelmente, até o dia 28 de setembro de 2012 : Instituto de Conservação Ambiental The Nature Conservancy do Brasil A/C Projeto Fundo Amazônia Referência: LEVANTAMENTO DE DADOS SECUNDÁRIOS SOBRE ESPÉCIES VEGETAIS ARBÓREAS Avenida Nazaré nº 280 Bairro Nazaré CEP: Belém-PA tmoreira@tnc.org (Teresa Moreira); Assunto do LEVANTAMENTO DE DADOS SECUNDÁRIOS SOBRE ESPÉCIES VEGETAIS ARBÓREAS. 6
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