Valores eternos. MATÉRIA PROFESSOR(A) No que se refere ao Trovadorismo em Portugal, é CORRETO afirmar:
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1 Valores eternos. TD Recuperação ALUNO(A) MATÉRIA Literatura PROFESSOR(A) Marcos ANO SEMESTRE DATA 9º 1º Julho/2013 TOTAL DE ESCORES ESCORES OBTIDOS No que se refere ao Trovadorismo em Portugal, é CORRETO afirmar: a) Um texto sozinho, como o temos hoje sem acompanhamento de música, nada pode dizer sobre como era a poesia trovadoresca, por exemplo, do ano de b) A poesia era cantada, ou entoada, e instrumentada, ou seja, letra e pauta musical andavam juntas. c) Duas eram as espécies de poesia trovadoresca: a cantiga de amor e a cantiga de amigo. d) Escritas quase sempre em galego-português, as cantigas trovadorescas representam um estágio amadurecido do idioma português. e) O Trovadorismo estava no seu auge quando começou a colonização no Brasil e para cá vieram grandes trovadores e menestréis. Leia o poema abaixo para responder os exercícios 2 e 3: Desencanto (Manuel Bandeira) Eu faço versos como quem chora De desalento... de desencanto... Fecha o meu livro, se por agora Não tens motivo nenhum de pranto. Meu verso é sangue. Volúpia ardente... Tristeza esparsa... remorso vão... Dói-me nas veias. Amargo e quente, Cai, gota a gota, do coração. E nestes versos de angústia rouca, Assim dos lábios a vida corre, Deixando um acre sabor na boca. Eu faço versos como quem morre. 2. A que gênero pertence Desencanto, de Manuel Bandeira? Por que se pode dizer que o poema é representante desse gênero? 3. Você diria que a poesia de Manuel Bandeira é objetiva ou subjetiva? Justifique. 4. Na serra de Ibiapaba, numa de suas encostas mais altas, encontrei um jegue. Estava voltado para o lado e me pareceu que descortinava o panorama. Mas quando me aproximei, percebi que era cego. O fragmento é representante do gênero: (Oswaldo França Júnior, em As Laranjas Iguais). a) lírico b) épico c) narrativo d) dramático e) cômico
2 5. Assinale a alternativa INCORRETA a respeito das cantigas de amor. a) O ambiente é rural ou familiar. b) O trovador assume o eu-lírico masculino: é o homem quem fala. c) Têm origem provençal. d) Expressam a "coita" amorosa do trovador, por amar uma dama inacessível. e) A mulher é um ser superior, normalmente pertencente a uma categoria social mais elevada que a do trovador Ai, flores, ai flores do verde ramo, se saberdes novas do meu amado? Ai, Deus, e u é? Escreva as palavras que completam os espaços. Os versos acima pertencem a uma, característica do português, estética literária dos séculos XII, XIII e XIV. 7. Coube ao século XIX a descoberta surpreendente da nossa época lírica. Em 1904, com a edição crítica e comentada do Cancioneiro da Ajuda, por Carolina Michaëlis de Vasconcelos, tivemos grande visão de conjunto do valiosíssimo espólio descoberto. (Costa Pimpão) a) Qual é essa primeira época lírica portuguesa? b) Que tipos de composições poéticas se cultivaram nessa época? 8. Ua dona, nom digu eu qual, non agoirou ogano mal polas oitavas de Natal: ia por as missa oir e ouv un corvo carnaçal, e non quis da casa sair... (Joan Airas de santiago, século XIII) O fragmento acima pertence a uma cantiga de escárnio. Por que não pode ser classificado como uma cantiga de maldizer? 9. No trecho: "...dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo", a figura de linguagem presente é chamada: a) metáfora b) hipérbole c) ironia d) comparação e) antítese 10. As primeiras manifestações literárias que se registram na Literatura Brasileira referem-se a: a) Literatura informativa sobre o Brasil (crônica) e literatura didática, catequética (obra dos jesuítas). b) Romances e contos dos primeiros colonizadores. c) Poesia épica e prosa de ficção. d) Obras de estilo clássico, renascentista. e) Poemas românticos indianistas.
3 11. Bailemos agora, por Deus, ai velidas [formosas], so [sob] aquestas [estas] avelaneiras frolidas [floridas] e quem for velida, como nós velidas, se amig'amar so [sob] aquestas avelaneiras frolidas verrá [virá] bailar! Bailemos agora, por Deus, ai loadas [louvadas], so aquestas avelaneiras granadas [em flor] e quem for loada, como nós loadas, se amig'amar so [sob] aquestas avelaneiras granadas verrá bailar! ZORRO, João. In: CARDOSO, Wilton; CUNHA, Celso. Estilística e Gramática Histórica. Rio de Janeiro:Tempo Brasileiro, p Acerca do poema, é correto afirmar: a) Trata-se de uma cantiga de amor de refrão, visto que o sujeito é feminino e o objeto, masculino. b) Observa-se o acatamento às regras do amor cortês, sobretudo, no que diz respeito à vassalagem amorosa. c) O cenário, extremamente convencional, indica a presença da cantiga de amor em que a natureza não se apresenta como amiga e confidente. d) Embora haja uma caracterização da donzela como velida [formosa] e loada [louvada], o sentimento amoroso manifesta-se como coita de amor e amor infeliz. e) Explora-se a temática d a alegria de amar e de ser amada, ocorrendo relacionamento entre o sujeito e o objeto num plano de igualdade. 12. "Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer;" (Lírica de Camões, seleção, prefácio e Notas de MASSAUD MOISÉS, S. P., Ed. Cultrix, 1963) "Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo. Mal de te amar neste lugar de imperfeição Onde tudo nos quebra e emudece Onde tudo nos mente e nos separa." (SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN, "Terror de te amar", em Antologia Poética) Dos dois textos transcritos, o primeiro é de Luís Vaz de Camões (século XVI) e o segundo, de Sophia de Mello Breyner Andresen (século XX). Compare-os, discutindo, através de critérios formais e temáticos, aspectos em que ambos se aproximam e aspectos em que ambos se distanciam um do outro. 13. Leia a estrofe abaixo e faça o que se pede: Dos vícios já desligados nos pajés não crendo mais, nem suas danças rituais, nem seus mágicos cuidados (Anchieta, José de. O Auto de São Lourenço [Tradução e adaptação de Walmir Ayala] Rio de Janeiro: Ediouro[s.d.] pg 110) a) Os meninos índios representam o processo de aculturação em sua concretude mais visível, como produto final de todo um empreendimento do qual participam com igual empenho a Coroa Portuguesa e a Companhia de Jesus. b) A presença dos meninos índios representa uma síntese perfeita e acabada daquilo que se convencionou chamar de literatura informativa. c) Os meninos índios estão afirmados os valores de sua própria cultura, ao mencionar as danças rituais e as magias praticadas pelos pajés. d) Os meninos índios são figuras alegóricas cuja construção como personagens atende a todos os requintes da dramaturgia renascentista. e) Os meninos índios representam a revolta dos nativos contra a catequese trazida pelos jesuítas, de quem querem liberta-se tão logo seja possível.
4 14. Leia agora as seguintes estrofes, que se encontram em passagens diversas de A FARSA DE INÊS PEREIRA de Gil Vicente: Inês: Andar! Pero Marques seja! Quero tomar por esposo quem se tenha por ditoso de cada vez que me veja. Por usar de siso mero, asno que leve quero, e não cavalo folão; antes lebre que leão, antes lavrador que Nero. Pero: I onde quiserdes ir vinde quando quiserdes vir, estai quando quiserdes estar. Com que podeis vós folgar que eu não deva consentir? (nota: folão, no caso, significa "bravo", "fogoso") a) A fala de Inês ocorre no momento em que aceita casar-se com Pero Marques, após o malogrado matrimônio com o escudeiro. Há um trecho nessa fala que se relaciona literalmente com o final da peça. Que trecho é esse? Qual é o pormenor da cena final da peça que ele está antecipando? b) A fala de Pero, dirigida a Inês, revela uma atitude contrária a uma característica atribuída ao seu primeiro marido. Qual é essa característica? 15. SONETO 45 Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades; Muda-se o ser, muda a confiança; Todo o mundo é composto de mudança; Tomando sempre novas qualidades. Continuamente vemos novidades Diferentes em tudo da esperança; Do mal ficam as mágoas na lembrança, E do bem, se algum houve, as saudades. O tempo cobre o chão de verde manto, Que já coberto foi de neve fria, E em mim converte em choro o doce canto. E, afora este mudar-se cada dia, Outra mudança faz de mor espanto, * mor = maior Que não se muda já como soía. * soía = costumava O soneto camoniano é a principal forma literária do Classicismo. Aponte uma única característica que NÃO se ajusta ao Classicismo português. a) Universalismo. b) Recuperação de temas da Antiguidade Clássica (cultura greco-romana). c) Antropocentrismo. d) Formalismo (principalmente no uso da Medida Nova) e) Religiosidade cristã. 16. Leia os diálogos abaixo da peça "O Velho da Horta" de Gil Vicente: (Mocinha) - Estás doente, ou que haveis? (Velho) - Ai! não sei, desconsolado, Que nasci desventurado. (Mocinha) - Não choreis; mais mal fadada vai aquela. (Velho) - Quem? (Mocinha) - Branca Gil. (Velho) - Como? (Mocinha) - Com cent'açoutes no lombo, e uma corocha por capela*. E ter mão; leva tão bom coração,** como se fosse em folia. Ó que grandes que lhos dão!*** * (corocha) cobertura para a cabeça própria das alcoviteiras; (por capela) por grinalda. ** caminha tão corajosa *** Ó que grandes açoites que lhe dão! (Gil Vicente, "O Velho da Horta", em Cleonice Berardinelli (org.), "Antologia do Teatro de Gil Vicente". Rio de Janeiro: Nova Fronteira/Brasília, INL, 1984, p.274).
5 a) A qual desventura refere-se o Velho neste diálogo com a Mocinha? b) A que se deve o castigo imposto a Branca Gil? 17. Coube ao século XIX a descoberta surpreendente da nossa primeira época lírica. Em 1904, com a edição crítica e comentada do Cancioneiro da Ajuda, por Carolina Michaelis de Vasconcelos, tivemos a primeira grande visão de conjunto do valiosíssimo espólio descoberto. C. Primão a) Qual é essa primeira época lírica? b) Que tipos de composições poéticas se cultivaram nessa época? 18. Marque a alternativa incorreta a respeito do Humanismo: a) Época de transição entre a Idade Média e o Renascimento. b) O teocentrismo cede lugar ao antropocentrismo. c) Fernão Lopes é o grande cronista da época. d) Garcia de Resende coletou as poesias da época, publicadas em 1516 com o nome de Cancioneiro Geral. e) A Farsa de Inês Pereira é a obra de Gil Vicente cujo assunto é religioso, desprovido de crítica social. 19. Cantiga S obedecera a razam e resistira a vontade, eu vivera em liberdade e nam tivera paixam. Mas, quando já quis olhar s em algum erro caíra, achei ser tudo mentira, s a isto chamam errar: que, seguir sempre razam e nam mil vezes vontade, é negar sensualidade, cujo é o caraçam. (Duarte de Resende) (razam = razão; nam = não; paixam = paixão; coraçam = coração) a) Faça a contagem das sílabas poéticas da primeira estrofe. b) Qual o esquema de rima utilizado pelo poeta? 20. Conquanto fizesse uma profissão de fé profissional no prólogo à Crônica del - Rei D. João, afirmando não reservar para o seu labor historiográfico um lugar para a fremosura e afeitamento das palavras, a preocupação estética é evidente... O texto refere -se a: a) Gomes Eanes Zurara b) Fernão Lopes c) Gil Vicente d) Garcia de Resende e) D. Dinis
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