UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE METODOLOGIA DE ENSINO LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE METODOLOGIA DE ENSINO LICENCIATURA EM PEDAGOGIA A ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS NA BRINCADEIRA DA CRIANÇA PRÉ- ESCOLAR E AS POSSÍVEIS APRENDIZAGENS Ana Laura Souza Corrêa SÃO CARLOS 2008

2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE METODOLOGIA DE ENSINO LICENCIATURA EM PEDAGOGIA A ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS NA BRINCADEIRA DA CRIANÇA PRÉ- ESCOLAR E AS POSSÍVEIS APRENDIZAGENS Ana Laura Souza Corrêa Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como parte dos requisitos para obtenção do título de graduanda em Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal de São Carlos. Orientadora: Profª Drª Maria Aparecida Mello. SÃO CARLOS 2008

3 ANA LAURA SOUZA CORRÊA A ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS NA BRINCADEIRA DA CRIANÇA PRÉ- ESCOLAR E AS POSSÍVEIS APRENDIZAGENS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Federal de São Carlos, como parte dos requisitos para obtenção do título de graduada em Licenciatura em Pedagogia. Aprovado em BANCA EXAMINADORA Presidente Profª Drª Maria Aparecida Mello (Orientadora) 1ºExaminador Prof. Dr. Douglas Aparecido de Campos (UFSCar) 2ºExaminador Profª Drª Dijnane Fernanda Vedovatto Iza (UNICEP)

4 Dedico este trabalho a minha amiga, professora e colega de trabalho Maria José, pelo seu carinho, atenção e dedicação em sempre me orientar, estimular e ajudar.

5 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus que me iluminou em todos os momentos de angústia. À minha família que sempre esteve ao meu lado em todas as situações. Ao meu namorado pela sua extrema paciência e dedicação comigo durante o ano todo. À Maria Aparecida Mello, pelas orientações precisas, por toda a atenção e carinho. À diretora da creche pela receptividade e confiança em meu trabalho. Às professoras da creche pela disponibilidade, compreensão e boa vontade em colaborar para esta pesquisa. Às colegas de turma, com as quais pude dividir todas as dificuldades, medos e alegrias no decorrer deste trabalho e do curso.

6 RESUMO O presente trabalho partiu da questão de pesquisa: O que pensam as professoras de crianças de dois e três anos a respeito dos espaços da creche? Para tanto, os objetivos foram: analisar os espaços de uma creche numa universidade, nos quais permanecem crianças de 2 a 3 anos; e a visão das professoras sobre a organização e adequação desses espaços para as crianças desta faixa etária. A pesquisa ocorreu numa unidade de atendimento de uma universidade de São Carlos. Os procedimentos metodológicos constituíram em entrevistas com 4 professoras da salas de crianças de 2 a 3 anos; e observações dos espaços utilizados ou não por elas no cotidiano da creche. O referencial teórico que subsidiou a pesquisa foi a Teoria Histórico-Cultural de Vigotsky. Os dados foram analisados através de 8 diretrizes: Espaços internos e externos que as crianças utilizam; Espaços mais utilizados e os que as crianças não têm acesso; Organização dos espaços; Dificuldades para a organização dos espaços; Dificuldades das crianças nos usos dos espaços externos e internos; Importância dos espaços nas práticas pedagógicas; Estratégias para transformação dos espaços; e Sugestões apontadas pelas professoras. Os resultados indicam a necessidade de uma reflexão das professoras de Educação Infantil, no sentido de repensar os espaços que organizam e, que conseqüentemente são oferecidos para as crianças na creche. Palavras-chave: Educação Infantil; Brincadeira; Espaço; Aprendizagem

7 SUMÁRIO p 1 INTRODUÇÃO A EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR E A QUESTÃO DO BRINCAR OS ESPAÇOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL PRIMEIRA INFÂNCIA: A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES DA CRIANÇA COM OS OBJETOS METODOLOGIA Caracterização da creche e dos espaços observados Procedimentos metodológicos Caracterização das professoras entrevistadas ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS Espaços internos e externos que as crianças utilizam Espaços mais utilizados e os que as crianças não têm acesso Organização dos espaços Dificuldades para a organização dos espaços Dificuldades das crianças nos usos dos espaços externos e internos Importância dos espaços nas práticas pedagógicas Estratégias para transformação dos espaços Sugestões apontadas pelas professoras CONSIDERAÇÕES FINAIS...53 REFERÊNCIAS...54 APÊNDICES...56

8 7 1- Introdução A especificidade da Educação Infantil na Educação Básica revela-se nos diferentes momentos de desenvolvimento de crianças na faixa etária de 0 a 6 anos. Fase em que os estímulos educativos têm maior poder de influência sobre a formação da personalidade e no desenvolvimento pleno da criança. Devido a esses fatores ressalta-se a necessidade de uma instituição que ofereça às crianças um ambiente adequado, aconchegante e estimulador, de modo a focar a importância do ato de brincar, o qual deve acontecer num espaço amplo e desafiador; repleto de materiais, objetos e brinquedos; enfim, uma escola que propicie condições para as aprendizagens. A importância das brincadeiras para o desenvolvimento infantil é bastante destacada no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998, p.28), o qual salienta que o brincar acontece por meio de diferentes categorias de experiências, que divergem pelo uso de materiais e recursos disponíveis. As referentes categorias incluem: o movimento e as mudanças da percepção (advindos da mobilidade física das crianças), a relação com os objetos e suas propriedades físicas (além da associação entre ele), a linguagem oral e gestual (propicia vários níveis de organização a serem utilizados no brincar), os conteúdos sociais (papéis, situações, valores e atividades que se referem à forma como o mundo é construído), e, finalmente, os limites definidos pelas regras, construindo-se em um recurso fundamental para brincar. Assim sendo, cabe a professora, portanto, estruturar o campo das brincadeiras na rotina das crianças. Conseqüentemente é ela quem organiza o ambiente, por meio da oferta de determinados objetos, brinquedos ou jogos, delimitando o arranjo dos espaços e do tempo para brincar. É esta intervenção intencional num espaço adequado que favorece o desenvolvimento e as aprendizagens infantis. Portanto, para que as crianças possam brincar e exercer sua capacidade de criar é imprescindível que haja riqueza e diversidade nos espaços que lhes são oferecidos nas instituições de Educação Infantil. Observando a importância que a organização dos espaços na Educação Infantil tem para as possíveis aprendizagens das crianças, que o referido trabalho desenvolve uma curta pesquisa numa instituição de Educação Infantil, visando contemplar a concepção das professoras diante desses espaços na hora do brincar. Assim, a questão que permeia o trabalho é: O que pensam as professoras de crianças de dois e três anos a respeito dos espaços da creche?

9 8 Os objetivos deste trabalho perpassam dois tópicos: Analisar os espaços que as crianças de 2-3 anos utilizam e brincam na creche; Analisar a visão das professoras sobre a organização dos espaços para as brincadeiras das crianças. Para tanto o trabalho se constitui numa pesquisa de campo cujos instrumentos metodológicos consistem nas observações/registros dos espaços que as crianças de 2-3 anos utilizam da creche e entrevistas com as respectivas professoras. Assim, os alicerces desta pesquisa baseiam-se no referencial teórico da Teoria Histórico-cultural de Vigotski (1984), Leontiev (1998) e Mukhina (1995); no livro da Pedagoga Maria da Graça Souza Horn (2004) e nos documentos do MEC. O capítulo um é composto pela introdução do trabalho, no qual organizei as idéias principais de maneira sucinta, para que os leitores tenham noção do que este trabalho irá apresentar em seus capítulos seguintes. No segundo capítulo inicio a primeira parte do referencial teórico da pesquisa, destacando autores da Teoria Histórico-Cultural e suas considerações a respeito do desenvolvimento infantil e da importância do brincar na fase pré-escolar. No terceiro capítulo ressaltarei a importância da organização dos espaços na Educação Infantil para o desenvolvimento e aprimoramento das aprendizagens das crianças, utilizando principalmente como embasamento, o livro da Pedagoga Maria da Graça Souza Horn (2004). O quarto capítulo é a última parte do referencial teórico, no qual farei um breve destaque da importância dos objetos na primeira infância, com ênfase na idade de 2 a 3 anos. O quinto capítulo consta a caracterização da instituição incluindo os espaços observados na qual a pesquisa foi realizada e os procedimentos metodológicos utilizados para se obter os dados deste trabalho. No sexto capítulo, apresentarei a análise das entrevistas realizadas com as professoras, além de uma discussão com base no referencial teórico. Por fim, há algumas considerações finais, em que faço algumas ressalvas a respeito do trabalho como um todo, deixando algumas questões para futuras pesquisas.

10 9 2 A Educação Pré-Escolar e a Questão do Brincar Brincar não é perder tempo, é ganhá-lo. É triste ter meninos sem escola, mas mais triste é vê-los enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação humana. Carlos Drumond de Andrade A Educação Infantil é um direito de toda criança (art. 208, IV da Constituição Federal). E, segundo o artigo 29º da LDB, constitui-se na primeira etapa da Educação Básica, tendo como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social. Além disso, o artigo seguinte (30º), diz que esse nível de ensino é oferecido em creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; e em pré-escolas, para as crianças de quatro a seis anos de idade, nas quais serão avaliadas por meio do acompanhamento e registro de seu desenvolvimento. Nesta faixa etária (de 0 a 6 anos), segundo o Plano Nacional de Educação (2000), os estímulos educativos têm maior poder de influência sobre a formação integral da criança, visto que nessa fase são estabelecidas as bases da personalidade humana, da inteligência, da vida emocional, da socialização. Fatores estes que irão possibilitar um melhor desenvolvimento e facilitar aprendizagens posteriores. Se a inteligência se forma a partir do nascimento e se há "janelas de oportunidade" na infância quando um determinado estímulo ou experiência exerce maior influência sobre a inteligência do que em qualquer outra época da vida, descuidar desse período significa desperdiçar um imenso potencial humano. Ao contrário, atendê-la com profissionais especializados capazes de fazer a mediação entre o que a criança já conhece e o que pode conhecer significa investir no desenvolvimento humano de forma inusitada. Hoje se sabe que há períodos cruciais no desenvolvimento, durante os quais o ambiente pode influenciar a maneira como o cérebro é ativado para exercer funções em áreas como a matemática, a linguagem, a música. Se essas oportunidades forem perdidas, será muito mais difícil obter os mesmos resultados mais tarde. (PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 2000, p. 9) Na fase pré-escolar, todo o ambiente deve estar voltado às atividades de brincadeira e de movimento, de forma a proporcionar a interação da criança com um meio

11 10 ambiente rico e estimulante, possibilitando assim, o desenvolvimento de inúmeras atividades e aprendizagens, com o intuito de potencializar as habilidades de comunicação, imaginação, criatividade, socialização, etc. Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998, p.20) Compreender o caráter lúdico e expressivo das manifestações da motricidade infantil poderá ajudar o professor a organizar melhor a sua prática, levando em conta as necessidades das crianças. O brincar é uma atividade essencial na Educação Infantil, pois por meio dela a criança pode expressar suas idéias, sentimentos e conflitos, mostrando ao educador e aos seus colegas como é o seu mundo, o seu dia-a-dia. A brincadeira é, para a criança, a mais valiosa oportunidade de aprender a conviver com diferentes pessoas; de compartilhar idéias, regras, objetos e brinquedos, superando progressivamente o seu egocentrismo característico; além de ter a possibilidade de solucionar os conflitos que surgem nas suas relações sociais; tornar-se autônoma, experimentar diferentes papéis, enfim desenvolver as bases de sua personalidade. Para que as crianças possam exercer sua capacidade de criar é imprescindível que haja riqueza e diversidade nas experiências que lhes são oferecidas nas instituições, sejam elas mais voltadas às brincadeiras ou às aprendizagens que ocorrem por meio de uma intervenção direta. (REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇAO INFANTIL, 1998, p. 27) Além disso, a brincadeira favorece a auto-estima das crianças, auxiliando-as a superar as novas aquisições de uma maneira criativa. E, pela possibilidade de vivenciarem brincadeiras criadas por elas mesmas, as crianças podem direcionar seus pensamentos para a resolução de problemas que lhe são importantes e significativos para sua vida. As crianças realizam as brincadeiras sozinhas ou na companhia de outras crianças, desenvolvendo tanto habilidades individuais como coletivas. Podemos assim dizer que aprendem a conhecer a si próprios, ao mundo que os rodeia e aos demais indivíduos. Para brincar, a criança transforma o espaço num grande teatro e vai organizando os cenários conforme as brincadeiras vão surgindo, nas relações que elas vão estabelecendo umas com as outras.

12 11 Por meio das brincadeiras os professores podem observar e constituir uma visão dos processos de desenvolvimento das crianças em conjunto e de cada uma em particular, registrando suas capacidades de uso das linguagens, assim como de suas capacidades sociais e dos recursos afetivos e emocionais que dispõem. (REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇAO INFANTIL, 1998, p. 28) É importante o professor ir à busca de compreender os significados que a criança atribui às relações que vivencia no cotidiano com diferentes pessoas, objetos, espaços, etc. Vigotsky (1984), Leontiev (1998) e Mukhina (1995) buscaram entender a forma pela qual a atividade de brincadeira promove o desenvolvimento infantil. Segundo Leontiev (1998), a brincadeira se torna algo muito importante na rotina da criança pré-escolar, devido à fase de contradição em que ela se encontra, uma vez que tem necessidade de agir com objetos, com tudo que está ao seu redor, porém ainda não pode exercer certas operações, como por exemplo, dirigir um carro. Então, a brincadeira tem a função, nesses momentos, de proporcionar à criança a experiência de dirigir carros, por intermédio da imaginação, do faz-de-conta. Segundo Mukhina (1995, p.155) (...) o substituto lúdico oferece a possibilidade de ser manuseado tal como se fosse o objeto que ele substitui. O pré-escolar escolhe os objetos substitutos apoiando-se nas relações reais dos objetos. Vigotsky (1984) ressalta que a brincadeira constitui-se num meio pelo qual as crianças buscam compreender o mundo que as cerca, reproduzindo as relações e as atividades dos adultos, de forma lúdica. E os aspectos da realidade que as crianças não conseguem perceber por si mesmas, a professora como principal mediadora, deve estar atenta para poder introduzi-los nas brincadeiras. Porém, é importante ressaltar que essa intervenção da professora no momento da brincadeira precisa ser muito bem planejada para não limitar ou bloquear as aprendizagens que esta atividade está proporcionando à criança. A criança descobre as relações entre os adultos ao assumir determinados papéis e atuar de acordo com eles, de forma que estes determinam o procedimento e o caráter das ações da criança na brincadeira. Os papéis que a criança representa durante as brincadeiras trazem em si regras implícitas que guiam o seu comportamento, submetem seus desejos e ações às necessidades exigidas pelo papel.

13 12 O principal indicador da brincadeira, entre as crianças, é o papel que assumem enquanto brincam. Ao adotar outros papéis na brincadeira, as crianças agem frente à realidade de maneira não-literal, transferindo e substituindo suas ações cotidianas pelas ações e características do papel assumido, utilizando-se de objetos substitutos. (REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇAO INFANTIL, 1998, p. 27) Segundo Vigotsky (1984) a brincadeira propicia à criança condições para o desenvolvimento das funções psicológicas superiores (linguagem, memória) e do controle voluntário da sua conduta. Nessa perspectiva, segundo Leontiev (1998), o brincar é o principal conteúdo que incita as aprendizagens das crianças, pois é a atividade que melhor propicia o desenvolvimento do psiquismo. MUKHINA (1995 p.165), também concorda com essa visão: A atividade lúdica influencia a formação dos processos psíquicos. No jogo desenvolve-se a atenção ativa e a memória ativa da criança. Enquanto brinca, a criança se concentra melhor e lembra mais coisas do que nos experimentos de laboratório. (...) A necessidade de comunicação e os impulsos emocionais obrigam a criança a concentrar-se e memorizar. A situação e a ação lúdica influenciam de maneira permanente a atividade mental do pré-escolar. Devido a esses fatores é imprescindível que a professora garanta tempo e espaço para que a brincadeira aconteça em vários ambientes e que estes sejam extremamente agradáveis e totalmente acessíveis às crianças, pois a apropriação de conhecimentos práticos do seu dia-a-dia é fundamental para o seu desenvolvimento. Outro aspecto importante a ressaltar nesse contexto refere-se à questão do movimento, visto que a criança pode aprender diversas maneiras de conhecer o seu corpo, desenvolver habilidades importantes para sua vida, em diferentes situações, por meio da atividade lúdica. É importante que o trabalho incorpore a expressividade e a mobilidade próprias às crianças. Assim, um grupo disciplinado não é aquele em que todos se mantêm quietos e calados, mas sim um grupo em que vários elementos se encontram envolvidos e mobilizados pelas atividades propostas. Os deslocamentos, as conversas e as brincadeiras resultantes desse envolvimento não podem ser entendidos como dispersão ou desordem, e sim como uma manifestação natural das crianças. (REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇAO INFANTIL, 1998, p. 20)

14 13 Mukhina (1995), apoiada nos estudos de Leontiev (1998) sobre a atividade de brincadeira da criança, contribui com os estudos na área de Educação Infantil ao descrever e analisar o desenvolvimento da criança de 0 a 6 anos, apresentando quais as condições necessárias para que a criança possa se desenvolver plenamente. A autora ressalta que a brincadeira é a atividade principal da infância, aquela que mais contribui para o desenvolvimento da criança, e, destaca a relevância do papel do adulto no decorrer de todo esse processo, cabendo a ele funções como, orientar e estimular o brincar, de forma que auxilie no desenvolvimento da mesma. Com freqüência, ao ver a criança manipulando um objeto ou realizando uma ação que o adulto lhe ensinou (sobretudo quando essa ação não se realiza com um objeto de verdade, mas com um brinquedo), diz-se que a criança está brincando. Na verdade, a autêntica atividade lúdica só ocorre quando a criança realiza uma ação subentendendo outra, e manuseia um objeto subentendendo outro. A atividade lúdica tem um caráter semiótico (simbólico). (MUKHINA, 1995, p.155) A autora também enfatiza a influência que a brincadeira exerce sobre a linguagem, visto que a atividade lúdica exige uma comunicabilidade dos participantes; além de estimular a imaginação e desenvolver a personalidade. Segundo Vigotsky (1984), no processo de desenvolvimento, a criança começa usando as mesmas formas de comportamento que outras pessoas inicialmente usaram em relação a ela. Isto ocorre porque, desde os primeiros dias de vida, as atividades da criança adquirem um significado próprio num sistema de comportamento social, que a auxilia a atender seus objetivos. Vigotsky (1984) enfatiza que em qualquer fase do desenvolvimento, existem alguns problemas que uma criança quase é capaz de resolver; necessitando talvez, apenas de pistas, orientações, incentivos, lembretes, algo que as estimule a continuar. Com isso, o referido autor cria um conceito para explicitar o valor da experiência social no desenvolvimento cognitivo. Segundo ele, há uma zona de desenvolvimento proximal (ZDP), que se refere ao que a criança pode fazer com a ajuda do outro. É área em que a criança não consegue resolver um problema sozinha, mas pode ter sucesso com a orientação de um adulto. Nesse contexto, a brincadeira fornece ampla estrutura básica para mudanças da necessidade e da consciência, criando um novo tipo de atitude em relação ao real. Nela aparecem: a ação na esfera imaginativa, numa situação de faz-de-conta; a criação das

15 14 intenções voluntárias e a formação dos planos da vida real, constituindo-se, assim, no mais alto nível de desenvolvimento pré-escolar, uma vez que a criança aprende a atuar numa esfera cognitiva que depende de motivações internas, fazendo com que ela desenvolva aprendizagens nas atividades com outras crianças. Leontiev (1998) foi o primeiro discípulo de Vigotsky a dar continuidade a suas pesquisas, principalmente, sobre a atividade de brincadeira, enfatizando sua importância no período pré-escolar, visto que as crianças em suas atividades de brincar determinam qual conteúdo de suas brincadeiras está baseado na percepção que elas têm do mundo. Neste sentido, o brincar e o brinquedo aparecem na vida da criança como necessidade de interação com o mundo dos adultos e com seu meio. Nos brinquedos do período pré-escolar, as operações e ações da criança são, assim, sempre reais e sociais, e nelas a criança assimila a realidade humana. O brinquedo é realmente o caminho pelo qual as crianças compreendem o mundo em que vivem e que serão chamadas a mudar. (LEONTIEV, 1998, p.130) Uma intervenção intencional baseada na observação das brincadeiras das crianças, oferecendo-lhes material adequado, assim como um espaço estruturado para brincar, permite o enriquecimento das competências imaginativas, criativas e organizacionais infantis. Cabendo ao professor organizar situações para que as brincadeiras ocorram de maneira diversificada para ofertar às crianças a possibilidade de escolherem os temas, papéis, objetos e companheiros com quem brincar ou os jogos de regras e de construção, e assim elaborarem de forma pessoal e independente suas emoções, sentimentos, conhecimentos e regras sociais. Despertar na criança o interesse pelo conhecimento, estimulando sua curiosidade por intermédio da brincadeira, consiste em propiciar-lhe condições básicas para gostar de estudar, de ir à busca de novas aprendizagens, as quais são habilidades importantes para a sua vida em sociedade. O pré-escolar começa a estudar brincando. O estudo é para ele uma espécie de jogo dramático com determinadas regras. A criança assimila, sem se dar conta, os conhecimentos elementares. (...) Influenciada pelo adulto, a criança vai mudando de atitude: o estudo passa a ser algo desejado. Ao mesmo tempo, cresce sua capacidade de estudar. (MUKHINA, 1995, p.166)

16 15 Daí a importância de as escolas de Educação Infantil configurar-se um espaço prazeroso para a criança, em que ela seja estimulada a aprender, em que os conteúdos dessas aprendizagens sejam significativos para as suas atividades cotidianas, para as experiências que está vivenciando. Não devem jamais exacerbar as atividades de tipo escolar (que exigem concentração, atividades que fiquem mais no papel, como a matemática, etc.), priorizando a preparação para os níveis de ensino posteriores, tornando as rotinas da criança sem sentido para as suas necessidades de aprendizagens no presente. Por fim, destacamos a relevância que o papel do adulto tem no processo desse desenvolvimento infantil e a importância do ato de brincar - pelo envolvimento emocional que a atividade proporciona às crianças, pela satisfação que elas experimentam ao brincarem, além de constantes aprendizagens -, fatores estes que devem ser levados em consideração pelas instituições de Educação Infantil, de forma que coloquem em seu currículo e incentivem em seu trabalho diário, as brincadeiras que as crianças fazem, bem como criar espaços, nos quais elas possam experimentar o mundo e internalizar uma compreensão particular sobre as pessoas, os sentimentos e os diversos conhecimentos. Para tanto é essencial que haja uma organização dos espaços internos e externos das escolas de Educação Infantil, com vistas a atingir esses objetivos; aspecto que será ressaltado e melhor explanado no capítulo seguinte.

17 16 3 Os Espaços na Educação Infantil As escolas de Educação Infantil precisam se atentar ao que é importante para o desenvolvimento das crianças. Assim, para uma criança desenvolver suas habilidades de aprender, de pensar e, estabelecer as bases para a formação de uma pessoa ética, capaz de conviver num ambiente democrático, as escolas devem conter espaços adequados e propor atividades que desenvolvam um conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores a cada faixa etária. A organização do trabalho pedagógico na Educação Infantil deve ser orientada pelo princípio básico de procurar proporcionar à criança, a autonomia, isto é, a habilidade de desenvolver as suas próprias regras e meios de ação, que sejam flexíveis e possam ser mediadas pelo professor. Cabendo a este, pesquisar e conhecer o desenvolvimento infantil, a fim de poder organizar atividades, nas quais a criança possa experimentar situações diversas, que lhe propiciem diferentes aprendizagens e favoreçam seu desenvolvimento. Atividades estas, que necessitam de um ambiente adequado para serem realizadas, de forma a facilitar o agrupamento das crianças e a dinamização das ações pedagógicas. Até os 6 anos a criança viverá momentos de grande complexidade no desenvolvimento humano, no que diz respeito aos aspectos intelectual, emocional, social e motor, portanto, quanto mais ricas e qualificadas forem as condições oferecidas pelo ambiente e pelos adultos que a cercam, maiores e melhores serão as aprendizagens das crianças. Segundo o Plano Nacional de Educação (2000, p.16), toda instituição de Educação Infantil (creches e pré-escolas), públicas e privadas, deve assegurar: - ambiente interno e externo para o desenvolvimento das atividades, conforme as diretrizes curriculares e a metodologia da educação infantil, incluindo o repouso, a expressão livre, o movimento e o brinquedo. Horn (2004, p.35) nos oferece indicativos de como devem ser esses ambientes nos diferentes espaços: O espaço é entendido sob uma perspectiva definida em diferentes dimensões: a física, a funcional, a temporal e a relacional, legitimando-se como um elemento curricular. A partir desse entendimento, o espaço nunca é neutro. Ele poderá ser estimulante ou limitador de aprendizagens, dependendo das estruturas espaciais dadas e das linguagens que estão sendo representadas. Nesse sentido, o ambiente de aprendizagem influencia as condutas das crianças pequenas de forma distinta,

18 17 isto é, enquanto alguns incitam o movimento, por exemplo, outros trarão uma mensagem de mais tranqüilidade e repouso. O ambiente educacional pré-escolar deve ser organizado de acordo com as necessidades da criança, priorizando a cultura infantil, de forma que se transforme num instrumento de aprendizagem (Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil, 1998). A reflexão sobre as necessidades de desenvolvimento da criança (físico, psicológico, intelectual e social) constitui-se em requisito essencial para a organização espacial na Educação Infantil, pois é neste espaço físico que a criança estabelece relações e emoções. Segundo Horn (2004), o espaço é algo socialmente construído, refletindo normas sociais e representações culturais que não o tornam neutro e, como conseqüência, retrata hábitos e rituais que contam experiências vividas. Os Parâmetros Básicos de Infra-Estrutura para Instituições de Educação Infantil (2006, p.8) também compartilham dessa concepção e oferecem indicadores metodológicos aos professores: Acredita-se que ambientes variados podem favorecer diferentes tipos de interações e que o professor tem papel importante como organizador dos espaços onde ocorre o processo educacional. Tal trabalho baseia-se na escuta, no diálogo e na observação das necessidades e dos interesses expressos pelas crianças, transformando-se em objetivos pedagógicos. Segundo, ainda, os Parâmetros Básicos de Infra-Estrutura para Instituições de Educação Infantil (2006), o professor, juntamente com as crianças, devem preparar os ambientes em que as atividades irão ocorrer, organizando-os a partir do que é importante para o desenvolvimento pleno das crianças, conciliando, também, os valores culturais das famílias em suas propostas pedagógicas. Desta forma é imprescindível que o professor busque ampliar seu olhar sobre a organização do espaço escolar, de forma a construir um ambiente físico apropriado para as crianças, o qual possibilite descobertas, criatividade, desafios, aprendizagem e que facilite a interação criança criança, criança adulto e deles com o meio ambiente.

19 18 Segundo os Parâmetros Básicos de Infra-estrutura para Instituições de Educação Infantil (2006, p.8) O espaço lúdico infantil deve ser dinâmico, vivo, brincável, explorável, transformável e acessível para todos. Horn (2004, p.15) explica que em outras teorias o espaço também é discutido e analisado como fundamental instrumento de aprendizagem para as crianças: A discussão sobre a importância do espaço no desenvolvimento infantil tem, nas diversas correntes da psicologia, um suporte fundamental. A corrente cognitivista, por exemplo, enfatiza a função desempenhada pelas experiências espaciais primárias na construção das estruturas sensoriais das crianças. Frago (1998) cita como um dos exemplos dessa vertente os estudos piagetianos sobre a psicogênese das estruturas topológicas na infância, nos quais destaca a valorização das primeiras experiências sensoriais na casa e na escola como fatores essenciais no desenvolvimento sensorial, motor e cognitivo. Segundo Piaget (1978), a representação do espaço para a criança é uma construção internalizada a partir das ações e das manipulações sobre o ambiente espacial próximo do qual ela faz parte. Ainda, segundo Horn (2004, p.15) o ambiente deve ser acolhedor e desafiante, um espaço amplo, em que as crianças possam movimentar-se com liberdade. O mediador, no caso, o professor, deve organizar os espaços de modo que promovam a descentralização de sua figura e incite as iniciativas infantis, fazendo com que ocorram grandes possibilidades de aprendizagens sem sua intermediação direta: O olhar de um educador atento é sensível a todos os elementos que estão postos em uma sala de aula. O modo como organizamos materiais e móveis, e a forma como crianças e adultos ocupam esse espaço e como interagem com ele são reveladores de uma concepção pedagógica. Na fase pré-escolar, o adulto tem um papel primordial, pois será ele quem irá promover, organizar e propiciar situações em que as interações entre as crianças e o meio sejam provedoras de aprendizagens. Considerando-se as premissas de que o meio constitui um fator preponderante para o desenvolvimento dos indivíduos, fazendo parte constitutiva desse processo; de que as crianças, ao interagirem com o meio e com outros parceiros, aprendem pela própria interação e imitação, constatamos que a forma como organizamos o espaço interfere, de forma significativa, nas aprendizagens infantis. Isto é, quanto mais esse espaço for desafiador e promover atividades conjuntas, quanto mais permitir que as crianças se descentrem da figura do adulto, mais fortemente se constituirá como parte integrante da ação pedagógica. (HORN, 2004, p.20)

20 19 As crianças necessitam de um espaço para exercerem sua criatividade, mostrar o que aprovam e o que desaprovam. Nos primeiros anos de vida elas possuem ações descontínuas e esporádicas, as quais precisam ser completadas e interpretadas. Por isso, a necessidade de um ambiente com estímulos, para que as crianças possam interagir umas com as outras, com os adultos e com objetos e materiais diversos, uma vez que é na relação com o ambiente que cada indivíduo assume determinadas ações, considerando os recursos e as competências que já desenvolveu. Rosseti-Ferreira, apud Horn (2004, p.15): (...) essas vivências, na realidade, estruturam-se em uma rede de relações e expressam-se em papéis que as crianças desempenham em um contexto no qual os móveis, os materiais, os rituais de rotina, a professora e a vida das crianças fora da escola interferem nessas vivências. Planejar o espaço que as crianças ficam, significa prever quais atividades são importantes para a faixa etária que se destina, adequando a colocação dos móveis e dos objetos, isto é, tudo que possa favorecer seu desenvolvimento. A harmonia das cores, as luzes, o equilíbrio entre móveis e objetos, a própria decoração da sala de aula, tudo isso influenciará na sensibilidade estética das crianças, ao mesmo tempo em que permitirá que elas se apropriem dos objetos da cultura na qual estão inseridas. (HORN, 2004, p.18) Partindo da perspectiva histórico-cultural de desenvolvimento, Vigotski (1984) relaciona a afetividade, a linguagem e a cognição com as práticas sociais, de forma que o meio social seja fator preponderante no desenvolvimento dos indivíduos. Segundo Vigotsky (1984), o sujeito produtor de conhecimento não se constitui num simples receptor, passivo, ao contrário disso, é um sujeito extremamente ativo, em interação com o meio social, de forma que constrói e reconstrói o mundo. E, partindo dessa idéia o autor acreditava que o comportamento das crianças pequenas é determinado pelas características das situações reais em que se encontram. Devido a esses fatores é imprescindível a criança vivenciar um local com muitos objetos, com os quais possa criar, imaginar, construir, e, principalmente, brincar.

21 20 Segundo Horn (2004, p.28), quando uma criança experimenta uma situação que ela imaginou, isso não é algo acidental, mas sim, uma manifestação de independência da criança em relação às circunstâncias. Fatores que são fundamentais para o desenvolvimento infantil. É no espaço físico que a criança consegue estabelecer relações entre o mundo e as pessoas, transformando-o em um pano de fundo no qual se inserem emoções. Essa qualificação do espaço físico é que o transforma em um ambiente. Além disso, para que as aprendizagens e o desenvolvimento infantis sejam favorecidos é necessário que o espaço que elas ficam lhes possibilite usufruir plenamente de suas potencialidades de apropriação e de produção de significados do mundo e da cultura. As crianças precisam ser apoiadas em suas iniciativas e incentivadas a brincar, movimentarse ao ar livre; ampliar permanentemente conhecimentos a respeito da natureza e da cultura, apoiadas por estratégias pedagógicas apropriadas; diversificar atividades em creches, préescolas e centros de Educação Infantil (Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil, 2006). É o adulto, no caso o professor, portanto, que media e organiza os espaços na instituição infantil. É ele quem estrutura as brincadeiras e possibilita as aprendizagens, por meio da oferta de determinados objetos, fantasias, brinquedos ou jogos, da delimitação e arranjo dos espaços e do tempo para brincar (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, 1998). Outro aspecto importante a ser ressaltado, refere-se ao fato de que o espaço escolar não se restringe apenas às paredes da sala de aula, mas também aos espaços externos, como o parque, o pátio, o refeitório, as ruas ao redor das escolas, teatros, cinemas, dentre outros. Portanto, a organização espacial deve ser feita de modo a facilitar encontros, interações e trocas entre as crianças, garantindo o bem-estar individual e do grupo completo. Espaço este que deveria ser definido pelo professor e por seus alunos em uma construção solidária fundamentada nas experiências das crianças, nos projetos a serem trabalhados, nas relações interpessoais, entre outros fatores, cita Horn (2004, p.37). Assim sendo, cabe ao professor organizar sua prática junto às crianças, de modo que as relações do grupo possam se distanciar ao máximo das coerções e de um disciplinamento centrado em regras feitas por ele. Ressaltamos que este fator, também, envolve o ambiente em que ambos estejam, visto que o espaço interfere de maneira determinante na disciplina das crianças e no controle dos movimentos corporais.

22 21 Mesas e cadeiras organizadas, ocupando a maior parte do espaço da sala acabam impondo às crianças uma ditadura postural cita Horn (2004, p.17) a qual com certeza, fará que surjam problemas rapidamente, visto que crianças não conseguem ficar sentadas por muito tempo. Valeria a pena destacar a relação que existe entre controle e emancipação... Permitir que as crianças escolham seus materiais, desenvolvam competências ao realizarem atividades por sua iniciativa e fiquem sozinhas não garante, por si só, uma atitude emancipatória. É na relação com o professor que os processos de controle se constroem como duas dimensões únicas. Podemos interpretar tal situação a luz do que entendemos hoje como protagonismo infantil, no qual a criança é considerada como ator dos seus processos sociais, não pedindo licença para se emancipar. (HORN, 2004, p.25) O espaço não deve servir como um modo de controlar as crianças e também não deve estar organizado em torno do adulto, visto que é este quem observa e intervêm nas ações das crianças, porém não é o foco da prática pedagógica. Uma escola precisa ser mais do que um lugar agradável, onde se brinca. Deve ser um espaço estimulante, educativo, seguro, afetivo, com professores realmente preparados para acompanhar a criança nesse processo intenso e cotidiano de descobertas e de crescimento. Portanto, a escola deve propiciar à criança a possibilidade de uma base sólida de aprendizagens, por meio do oferecimento de um cotidiano rico e diversificado de situações de aprendizagem planejadas para desenvolver as linguagens, as emoções e estabelecer os pilares para o pensamento autônomo. Enfim, a centralidade do espaço na educação em instituições de Educação Infantil, não apenas contribui para a realização da educação, mas é em si mesmo uma forma de educar. Abordar o espaço é integrar não só o lugar, mas também os materiais, os objetos, as pessoas, as ações, as interpretações, as explicações e as palavras; visto que o espaço, ao mesmo tempo em que faz agir, é modificado e (re) estruturado pelos diferentes sujeitos que ali atuam. Pois, como ressalta o documento Subsídios para Credenciamento e Funcionamento de Instituições de Educação Infantil, o qual trata da importância da organização dos ambientes da creche e pré-escola para o desenvolvimento das crianças e dos adultos que nela convivem, aponta ser o uso que ambos fazem desses espaços que determina a qualidade do trabalho: Sejam creches, pré-escolas, parques infantis, etc., em todas as

23 22 diferentes instituições de Educação Infantil [...] o espaço físico expressará a pedagogia adotada (1998, p.83). Horn (2004, p.61) corrobora essa afirmação: As escolas de educação infantil têm na organização dos ambientes uma parte importante de sua proposta pedagógica. Ela traduz as concepções de criança, de educação, de ensino e aprendizagem, bem como uma visão de mundo e de ser humano do educador que atua nesse cenário. Portanto, qualquer professor tem, na realidade, uma concepção pedagógica explicitada no modo como planeja suas aulas, na maneira como se relaciona com as crianças, na forma como organiza os espaços de sala de aula. Portanto, a organização dos espaços na Educação Infantil, compreende também todos os materiais e objetos que devem fazer parte desse ambiente, de modo a complementar a aprendizagem e favorecer o desenvolvimento das crianças, visto que é imprescindível o contato da criança com muitos objetos desde seu primeiro ano de vida, como veremos no capítulo seguinte.

24 23 4 A Primeira Infância: a importância das relações da criança com os objetos A criança ao completar um ano de idade, inicia uma nova etapa em seu desenvolvimento. No decorrer dos primeiros meses, apenas exercitava seus olhos, o ouvido e dirigia o movimento das mãos, mas agora, com um ano, atua de forma ativa em seu comportamento e em sua enorme vontade de estabelecer contato com o adulto e com os objetos que se encontram ao seu redor. No entanto, o interesse que a criança tem pelo adulto rapidamente se transfere para os objetos. A percepção da criança durante toda a primeira infância está estreitamente relacionada com ações objetais. A criança define com grande exatidão a forma, o tamanho, a posição, no espaço ou a cor dos objetos, quando precisa realizar determinada ação, dentro de suas possibilidades. (MUKHINA, 1995, p.132) As crianças pequenas incorporam a ação aos objetos, uma vez que aparecem não apenas com o intuito da manipulação, mas como objetos com um determinado fim e com um propósito para seu uso, isso é, para que executem a função que lhes determinou a experiência social. Entre as ações que a criança assimila na primeira infância, destacam-se duas como primordiais para seu desenvolvimento psíquico: correlativas ações orientadas pelo resultado obtido, através da constante intervenção do adulto; e as instrumentais quando a criança utiliza de um instrumento (ferramenta) para atuar sobre outro objeto. As ações instrumentais que a criança domina na primeira infância são muito imperfeitas e continuam a se aperfeiçoar no decorrer do tempo. Mas o que importa não é o grau de aperfeiçoamento com que ela realiza os movimentos, mas em que medida assimila a utilização dos instrumentos, um dos princípios básicos da atividade humana. A assimilação das ações instrumentais permite à criança passar, em determinadas situações, ao emprego autônomo dos objetos como instrumentos elementares (utilizar um pau para alcançar um objeto distante, por exemplo). (MUKHINA, 1995, p.113) A criança na faixa etária de um a três anos foca seus interesses principais na apreensão de novas ações com os objetos e, o adulto atua como um preceptor, colaborador e ajudante nesse processo. É o adulto, no papel da professora que no decorrer do processo de

25 24 aprendizagem da criança, influi de maneira determinante, pois é ela quem irá orientar e demonstrar a ação, dirigindo a mão da criança, alertando a atenção desta para o resultado. As transformações quantitativas que a criança experimenta nos três primeiros anos de vida são tão notáveis que certos psicólogos consideram que o desenvolvimento do homem pode ser dividido em duas metades: do nascimento até os três anos e dessa idade pelo resto da vida. (MUKHINA, 1995, p.103) Aos poucos a criança vai conquistando maior autonomia na medida em que vai explorando o ambiente e as relações a sua volta. Com isso, devido a um maior desenvolvimento motor das crianças, acentua-se a necessidade de um ambiente com boa quantidade de material lúdico, de forma a explorar o potencial das mesmas. Oferecendo-lhes além dos brinquedos convencionais, outros tipos de materiais para manipularem, como argilas, barro, água, areia molhada, etc. Segundo Mukhina (1995, p.104) As conquistas mais importantes da primeira infância e determinantes do progresso psíquico da criança são o andar ereto, o desenvolvimento da atividade objetal e o domínio da linguagem. O andar ereto possibilita a criança a aumentar consideravelmente sua compreensão do mundo dos objetos, de modo que conseguirá manipular os que antes não estavam ao seu alcance. A atividade objetal é a atividade principal nesse período. Quando a criança aprende a manipular os objetos, se torna mais autônoma, imitando as ações dos adultos, cooperando com ele, de modo a incitar intencionalmente a reação do adulto, exigindo atenção, elogios, dentre outras coisas. Ao perceber e manipular os objetos, a criança aprecia sua cor, sua forma, seu tamanho, seu peso, sua temperatura, sua superfície, etc. Quando escuta música aprende a perceber a melodia, a destacar a altura dos sons, a captar o ritmo; ao escutar a linguagem, aprende a distinguir as diferenças nas pronúncias de sons parecidos. Também aumenta sua capacidade de estabelecer a situação espacial de certos objetos em relação a outros, de determinar o transcurso dos acontecimentos e os espaços de tempo que os dividem. (MUKHINA, 1995, p.243)

26 25 A criança no decorrer de seu desenvolvimento vai acumulando certas impressões a respeito das diferentes propriedades dos objetos; destacando-se algumas delas que cumprem o papel de estereótipos que servem para avaliar, por comparação, as propriedades dos novos objetos que vai conhecendo. A relação da criança com o objeto acontece por meio de três fases de desenvolvimento: na primeira, a criança realiza com o objeto qualquer uma das ações que domina. Na segunda fase, utiliza o objeto de acordo com sua função. E na terceira, utiliza o objeto da maneira que lhe é conveniente, porém já não mais desconhece a função principal do mesmo. Com a assimilação da atividade objetal muda o tipo de orientação da criança em uma situação nova na qual depara com novos objetos. Na etapa da manipulação, ao perceber um objeto desconhecido, a criança emprega todos os métodos que conhece para manipulá-lo; posteriormente, tenta estabelecer para que serve esse objeto, como pode ser utilizado; é a orientação do tipo o que se pode fazer com isso?. (MUKHINA, 1995, p.108) A oferta de brinquedos e objetos é muito importante pelo fato da necessidade da criança agir não apenas em relação ao mundo dos objetos, mas também em relação ao universo dos adultos. Além do fato de que nessa fase, a criança assimila muitas ações internas e psíquicas, que lhes permite resolver problemas cada vez mais complexos e variados. Destacando que a assimilação de ações externas depende dos objetos que manipula e do auxílio do adulto. O importante é que, ao assimilar a utilização dos objetos cotidianos, a criança aprende ao mesmo tempo as regras de comportamento social. Ao zangar-se com o adulto, a criança pode atirar a xícara no chão. Imediatamente em seu rosto se estampará o temor e o pesar: compreende que violou as regras de utilização do objeto, obrigatórias para todos. (MUKHINA, 1995, p.108) Enfim, a criança na faixa etária de dois a três anos está construindo suas habilidades motoras, tais como: andar e locomover-se; subir e descer escadas; passar por obstáculos; puxar e empurrar objetos; usar o velotrol. Começam também a balançar-se, escorregar, equilibrar-se, lavar-se, puxar gavetas, examinar objetos, sozinhas, sem o auxílio

27 26 dos adultos. O contato sensorial com os objetos e pessoas é de fundamental importância, pois nessa fase, as crianças são imediatistas e bastante centradas em si mesmas, o que significa que só pensam sobre as coisas que vêm, tocam e sentem. Portanto, na medida em que a criança é inserida num outro universo, mais complexo, como o da escola, que vai exigir dela novas adaptações, é necessário que seja espaçosa, rica em estímulos, repleta de objetos, brinquedos, jogos, atividades planejadas em torno de temas e assuntos que despertem o interesse e curiosidade da criança.

28 27 5 Metodologia Neste capítulo relatamos o modo como a pesquisa foi feita, mas primeiramente destacamos o espaço em que esta se desenvolveu, incluindo a descrição da turma, da sala de aula, do parque e do refeitório que as crianças de 2 a 3 anos utilizam. Após isso, apresentamos os procedimentos metodológicos pelos quais foram adquiridos os dados desta pesquisa e em seguida, caracterizamos as professoras entrevistadas. 5.1 Caracterização da creche Essa creche pertence a uma instituição universitária que atende crianças, as quais são filhos de docentes, funcionários técnicos administrativos e alunos da respectiva universidade. A creche recebe crianças na faixa etária de 03 meses a 06 anos de idade. Inaugurada em 1992, inicialmente, a creche atendia crianças de 2, 3, 4 e 5 anos, sendo estas dividas em classes: Maternal I e II; Jardim I e II. Nesta época predominava uma visão assistencialista da creche, devido ao fato das pessoas que ali atuavam não possuírem uma formação específica na área de Educação Infantil apesar de já terem muita experiência com o Ensino Fundamental e Médio, com direção de escola e alguns possuírem formação superior além do fato da própria história da Educação Infantil, em que antigamente as creches participavam do bem-estar social, mas com a Constituição de 1988 passaram a fazer parte da Educação Básica e em 1996 com a LDB passaram a fazer parte da Secretaria da Educação. No final do ano de 1993 foi inaugurado o berçário, o qual atendia as crianças na faixa etária de 0 a 1 ano. Assim sendo, com o passar do tempo a visão a respeito do atendimento que deveria ser dado á criança foi modificada. Nos dias de hoje essa unidade tem como um dos seus principais objetivos, além do atendimento aos dependentes de servidores e alunos da universidade, visa também proporcionar condições para o desenvolvimento integral da criança. As crianças atendidas são divididas (por idade) em sete grupos: Berçário (03 meses a 1 ano); Grupos I ( 1 a 2 anos); Grupo II ( 2 a 3 anos); Grupo III ( 3 a 4 anos); Grupo IV (4 a 5 anos); Grupo V (5 a 6 anos ); Pré-escola (6 a 7 anos). Ressaltando que ano que vem este último grupo não existirá mais, uma vez que de acordo com a nova lei a criança de 6 anos pertence ao Ensino Fundamental.

29 28 No geral, a unidade conta com um amplo espaço físico, que possibilita às crianças diferentes vivências em diferentes espaços. Cada grupo dividido conforme as idades possuem uma sala com adaptações segundo a faixa etária que atende. Além das salas possui também um pátio, um refeitório, uma sala que se divide em biblioteca e sala de computador e um parque. Atualmente, a creche conta com uma equipe favorável para o desenvolvimento de um trabalho que forneça o desenvolvimento integral da criança, contando com o apoio de pedagogas, enfermeiras, professoras, merendeiras e serventes. No ano de 2008, essa unidade atende um total de aproximadamente 122 crianças, divididas nos diferentes grupos etários e nos períodos da manhã, tarde e integral. Em sua organização, a creche conta com um conselho composto de 10 membros, sendo 50% de representantes internos da unidade e 50% de representantes de pais e usuários da creche. Este conselho vai estabelecer as diretrizes da creche, com base no projeto educacional. A ele compete elaborar ou modificar o seu próprio regimento em ato a ser aprovado pelo Conselho Universitário, cabe a ele também discutir, com a equipe da creche o calendário escolar e questões pedagógicas relativas a processos de ensinoaprendizagem. A creche visa proporcionar às crianças práticas educativas que integrem as funções de educar e cuidar, além disso, busca oferecer condições que permitam às mães amamentarem seus filhos e orientar às famílias em relação à educação, alimentação, saúde e desenvolvimento da criança. Em relação ao atendimento oferecido às crianças, cabe à creche o estímulo adequado ao desenvolvimento da criança, bem como práticas educativas de acordo com as faixas etárias, além disso, cabe à higiene diária, às crianças menores, por meio de banhos e trocas quando necessário. Quanto ao currículo determinado para as crianças, a instituição tem como objetivo, diante das atividades, oferecer um ambiente interessante e desafiador. As situações e os ambientes são organizados visando à promoção do desenvolvimento pleno da criança. Os projetos que vêm sendo desenvolvidos com as crianças contam com passeios, atividades em sala, produção de materiais, experiências de diferentes tipos de objetos (vivências). Além disso, o cotidiano das crianças é cercado de ambientes livres para aprendizagem, atividades dirigidas, sempre buscando considerar a individualidade da criança e contribuir para construção de sua identidade.

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