DIREITOS HUMANOS. Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instrumentos Normativos

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Paula Wagner
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1 DIREITOS HUMANOS Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instrumentos Normativos Pacto Intern. sobre Direitos Econ., Sociais e Culturais Parte 2 Profª. Liz Rodrigues

2 - Toda pessoa tem direito a um nível de vida adequado para si próprio e sua família, inclusive à alimentação, vestimenta e moradia adequadas, assim como a uma melhoria contínua de suas condições de vida. - Os Estados Partes tomarão medidas apropriadas para assegurar a consecução desse direito, reconhecendo, nesse sentido, a importância essencial da cooperação internacional fundada no livre consentimento.

3 - Toda pessoa tem o direito de estar protegida contra a fome. - Saúde: a ideia de saúde não se limita à ausência de doença. É dever dos Estados assegurar o mais elevado nível possível de saúde física e mental.

4 - É dever dos Estados atuar para a diminuição da mortinatalidade e da mortalidade infantil, bem como o desenvolvimento das crianças. - A melhoria de todos os aspectos de higiene do trabalho e do meio ambiente, a prevenção e o tratamento das doenças epidêmicas, endêmicas, profissionais e outras, bem como a luta contra essas doenças, a criação de condições que assegurem a todos assistência médica e serviços médicos em caso de enfermidade também são deveres dos Estados.

5 - Educação: necessária para o pleno desenvolvimento da personalidade. Capacitação para a vida em sociedade. Tolerância, compreensão e amizade entre nações, visando a manutenção da paz. - Os pais tem liberdade para escolher as escolas de seus filhos (para além das escolas criadas pelas autoridades públicas), desde que estas atendam aos limites mínimos necessários.

6 - Educação religiosa e moral: provida pelos pais, de acordo com suas convicções. - Instituições de ensino podem ser criadas e dirigidas livremente, desde que ajam de acordo com os princípios do PIDESC.

7 - A educação primária deverá ser obrigatória e acessível gratuitamente a todos. - A educação secundária, em suas diferentes formas - inclusive a educação secundária técnica e profissional, deverá ser generalizada e tornar-se acessível a todos, por todos os meios apropriados e, principalmente, pela implementação progressiva do ensino gratuito.

8 - A educação de nível superior deverá igualmente tornar-se acessível a todos, com base na capacidade de cada um, por todos os meios apropriados e, principalmente, pela implementação progressiva do ensino gratuito. - Deve-se fomentar e intensificar, na medida do possível, a educação de base para aquelas pessoas que não receberam educação primária ou não concluíram o ciclo completo de educação primária.

9 - Direitos culturais: São considerados fundamentais o direito de participar da vida cultural e o de desfrutar do progresso científico e de suas aplicações. - Proteção do autor: interesses materiais e morais, seja em relação à produção científica, literária ou artística. - Liberdade de pesquisa científica e liberdade criadora. Estas atividades devem ser fomentadas pelos Estados.

10 - Não há, no texto do PIDESC, a criação de um Comitê específico para a fiscalização da implantação destes direitos pelos Estados. - Os relatórios eram encaminhados ao Secretário-Geral da ONU, que os enviava ao Conselho Econômico e Social da Organização. Em 1985 foi instituído, por resolução do ECOSOC, um Comitê específico para acompanhar a aplicação do PIDESC pelos Estados.

11 - Este comitê é composto por 18 pessoas de notável saber em direitos humanos e tem como principal atribuição analisar os relatórios remetidos pelos Estados e emitir orientações, observações finais (recomendações dirigidas aos Estado) e observações gerais, que equivalem a uma "jurisprudência" deste órgão.

12 - Em 2013, entrou em vigor um Protocolo Facultativo (criado em 2008) que autoriza o CDES/ECOSOC a receber denúncias de indivíduos (ou grupos de indivíduos) vítimas de violações de direitos sociais, econômicos e culturais e que tenham esgotado os recursos internos disponíveis para a solução destas questões.

13 - Este protocolo também permite que o CDES abra inquéritos para fazer investigações contra Estados suspeitos de graves ou sistemáticas violações de direitos econômicos, sociais ou culturais. - O Brasil não ratificou este protocolo.

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