A PERCEPÇÃO DOS APENADOS A RESPEITO DO CÁRCERE E DA PRIVAÇÃO DA LIBERDADE

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1 A PERCEPÇÃO DOS APENADOS A RESPEITO DO CÁRCERE E DA PRIVAÇÃO DA LIBERDADE CONVICTS PERCEPTION OF PRISON AND OF PRIVATION OF LIBERTY Rafaela Fernandes * Alice Hirdes ** RESUMO: Este estudo tem como objetivo investigar a percepção dos apenados a respeito do cárcere e da privação da liberdade. Trata-se de uma pesquisa qualitativa realizada em um presídio de médio porte do norte do Estado do Rio Grande do Sul. Foram entrevistados, em maio de 2003, 10 apenados que obedeceram aos seguintes critérios: ser réu primário e estar em regime fechado. Em relação à análise dos dados, foi percorrido o caminho proposto por Minayo: ordenação, classificação e análise final dos dados. Os resultados apontam sentimentos e comportamento de inadequação crescente, o sofrimento antecipado sobre a vida fora da prisão, o medo do abandono dos familiares, a culpa pela ausência na educação dos filhos, a importância social do trabalho, a adaptação à cultura prisional, a perda da identidade e despersonalização, o estigma e a discriminação da sociedade que não possibilitam perspectivas de trabalho não criminal e valorização social. Concluí-se que, nesse contexto de privação de liberdade e de falta de oportunidades, a recuperação do preso para viver em sociedade parece uma utopia. Palavras-chave: Estigma; apoio social; identidade; privação da liberdade. ABSTRACT: This paper aims at investigating the convicts perception of prison and of the privation of liberty It is a qualitative research carried out in a medium size prison in the north of Rio Grande do Sul State, Brazil. Ten convicts who met two criteria (being first offenders and being incarcerated the whole day during the period of conviction) were interviewed in May Concerning data analysis, Minayo s proposal was adopted: data ordering, classification, and final data analysis. The results point out convicts feelings and behaviors of increasing inadequacy; their anticipated suffering concerning life after being released from prison; their fear of being abandoned by their families; their guilt for not taking part in their children s education; the social importance they give to work; their adaptation to the prison culture; loss of identity and de-personalization; and our society s stigma and discrimination, which do not allow perspectives of non-criminal work nor social enhancement. We conclude that, in this context of privation of liberty and lack of opportunities, the convicts rehabilitation to live in society seems a utopia. Keywords: Stigma; social support; identity; privation of liberty. INTRODUÇÃO Asituação carcerária, no Brasil, hoje, está beirando o caos, as condições de desestruturação são preocupantes; a precariedade das forças de segurança, os efeitos devastadores de superlotação, as fugas e mortes quase diárias são alguns dos aspectos merecedores de críticas que trazem à tona questões sobre a eficácia das penas nas prisões, justiça social e direitos humanos 1.A prisão causa alterações psicológicas no apenado, ressaltando-se, principalmente, que as penas longas, num ambiente inadequado, ocasionam reações que diferenciam psicologicamente o condenado do homem livre 2. Diante do exposto, este estudo tem como objetivo geral investigar a percepção dos apenados a respeito do cárcere e da privação de liberdade. MARCO REFERENCIAL O estudo da privação da liberdade de uma pessoa que até pouco tempo estava usufruindo da companhia da família e de amigos, ou até desempenhando seu trabalho, mostra que, ter que se adaptar a uma forma diferente de vida, permanecer em um lugar isolado do mundo externo, necessitando conviver com pessoas de níveis dife- p.418 R Enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2006 jul/set; 14(3):

2 Fernandes R, Hirdes A rentes, torna-se um pesadelo muito difícil de suportar. Sabe-se que grande parte dos presos primários é constituída de indivíduos que viveram num ambiente moral e psicológico normal; delinqüiram levados por um momento de desequilíbrio ou por necessidade. Neles, o ambiente da prisão causa verdadeiro impacto, que acaba funcionando como elemento provocador de revolta, e isso se traduz em fator negativo para sua readaptação 3. Mesmo o aprisionamento, a punição, sendo ações sociais necessárias, não se pode impor ao condenado penas que lhe retirem a condição humana e o direito de ser tratado com dignidade, de modo que possa reconhecer, na vida social, a ética e o valor, por cuja quebra foi responsabilizado 4. A sociedade necessita refletir sobre formas de punição como um modo de reintegrar essas pessoas à vida societária. O sistema penitenciário reproduz práticas de séculos passados, através das quais os presidiários devem sofrer porque infringiram a lei. A sociedade encarregou-se de confiná-los para que não possam ser vistos e para ninguém falar-lhes e ouvi-los. Afastando-os de seu convívio, a sociedade procura esconder sua própria fragilidade e ineficiência em desenvolver apoio para que, recuperando sua dignidade, tornem-se cidadãos e voltem à vida social 5. Está comprovado estatisticamente que a pena nas prisões não alcança a reeducação e reintegração social, pois um a cada três presos está em situação irregular, vivendo em condições subhumanas. Dessa maneira, com o aumento do número de presos e a falta mínima de condições de sobrevivência, esse tipo de sistema carcerário tende a produzir reincidentes mais violentos, que certamente devolverão à sociedade tudo aquilo por que passaram atrás das grades 1. METODOLOGIA Este trabalho foi desenvolvido em um presídio de médio porte da região norte do Rio Grande do Sul. Foi realizada uma pesquisa qualitativa, através da aplicação de um instrumento semiestruturado. Após a testagem do instrumento foram entrevistados, em maio de 2003, 10 detentos, considerando os seguintes critérios na seleção dos mesmos: ser réu primário e estar em regime prisional fechado. Após a seleção dos detentos para a pesquisa, esta foi submetida ainda ao parecer do diretor do presídio. Esse procedimento justifica-se em razão de a clientela em estudo pertencer a um grupo considerado institucionalizado e vulnerável. Quanto à análise, foi percorrido o método 6 : ordenação, classificação e análise final de dados. A ordenação dos dados consiste na transcrição de fitas cassete; releitura do material; organização dos relatos em determinada ordem, de acordo com a proposta analítica. A classificação dos dados foi operacionalizada através da leitura exaustiva e repetida dos textos, que possibilitou a apreensão das estruturas de relevância idéias centrais contidas nas falas dos sujeitos do estudo. A partir das estruturas de relevância, foram identificadas as áreas temáticas. A análise final permitiu fazer uma reflexão sobre o material empírico e o analítico, num movimento incessante orientado do empírico para o teórico e vice-versa. Essa dança que promove relações entre o teórico e o empírico, o concreto e o abstrato, o geral e o particular, a teoria e a prática é o verdadeiro movimento dialético visando ao concreto pensado. Minayo 4 entende que o produto final é sempre provisório e condicionado pelo momento histórico, pelo desenvolvimento científico, por sua pertinência a uma classe social e pela capacidade de objetivação. Os entrevistados encontram-se identificados no texto pela letra Aeonúmero da entrevista (exemplo A1, A2...). Foram respeitados os aspectos éticos referentes à pesquisa com seres humanos, conforme determina a Resolução nº 196/96 7 e a Declaração de Helsinque. A pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética Institucional da Universidade. RESULTADOS E DISCUSSÃO Na análise dos dados, foram identificadas cinco áreas temáticas: a separação da família, a maneira encontrada para a ocupação do tempo, as dificuldades enfrentadas na vida dentro da prisão, a recuperação do preso para voltar a viver na sociedade e a perspectiva de vida pós-prisão. A Separação da Família Esta área temática contempla a preocupação dos detentos em relação à família; os apenados têm muito medo do abandono da família. Nos dias de visita passam por momentos angustiantes à espera do momento para falar com seus familiares. O medo do abandono reforça a importância da R Enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2006 jul/set; 14(3): p.419

3 família em seu contexto de vida, o que se constitui na força necessária para continuar lutando, e a expectativa de sair e poder voltar à rotina diária com a família serve como alento em sua busca da liberdade. Nas entrevistas emergiram as queixas devidas à ausência de familiares nas horas de aflição, medo e insegurança que o ambiente causa, pois o presídio é um local diferente daquele em que estavam acostumados a conviver, principalmente os apenados primários, revelando-se muito difícil o isolamento do convívio social. É triste, mas a gente vai se acostumando, aos poucos cai na realidade porque pelos erros a gente está pagando, a única coisa que a gente não quer, e a gente não gostaria de ver os familiares abandonar. Mas ainda eles vêm visitar a gente, então é muito triste não estar na hora que eles mais precisam lá fora, por exemplo, a gente podia estar perto quando acontece alguma coisa com um familiar [...] Aos poucos a gente vai se acostumando, se agarrando com as forças e esperança [...]. (A4) O sentimento do medo do abandono é abordado por Goffman, 8 que afirma que toda a instituição conquista parte do tempo e do interesse de seus participantes e lhes dá algo de seu mundo, fechando-se. Em contraposição, o laço significativo que resta a esses participantes, e que lhes traz a realidade existente fora da instituição, é a família. Isso é confirmado nos estudos de Hassen 9 que relata que a ligação que os apenados possuem com o mundo exterior é a visita dos familiares, tema que freqüenta todas as conversas, pois prezam esse momento de encontro com sua família como o mais importante de suas vidas presentes. Longe da família e longe de tudo foi difícil, porque apesar de tudo minha família não me abandonou, mas também não me apoiou e se eu voltar a fazer a mesma coisa eles me abandonam de vez, pai e mãe não abandona [...] Estou lutando agora pelos meus filhos, para ter a visita deles também. (A1) Aparece sempre, de forma bem definida, em todas as falas, a questão de a luta por condições melhores ser motivada pela família, seja pelos filhos ou pela reconquista do respeito dos pais. Essa luta encontra obstáculo em uma disposição básica da sociedade moderna, qual seja, o indivíduo tende a dormir, brincar e trabalhar em diferentes lugares, com diferentes co-participantes, sob diferentes autoridades, sem um plano racional geral, mas o aspecto central das instituições totais pode ser descrito como a ruptura das barreiras que comumente separam essas três esferas da vida. Ao analisar esta questão trazida por Hassen 9, evidencia-se a necessidade premente do apoio da família e que sua visita é desejada, tornando-se elemento desencadeador de um melhor ou pior estado de permanência na instituição. Se eu não tivesse a minha mulher, eu já tinha me matado. Estouvivoporquetenhoaminhamulher,meusfilhosealguns amigos, essa é a razão de eu ter esperança porque a coisa é bem complicada e eu não seria diferente dos outros. (A2) Através dessas falas, nota-se que a família é essencial para manter o equilíbrio psicológico durante o tempo de prisão, pois é à família e aos filhos que os apenados atribuem toda a força para lutar e encarar todas as dificuldades. Para a família de um presidiário é grande o sofrimento de ter um membro separado do meio. Para a família da vítima o sofrimento também pode ser igual ou até maior 2, mas ter um familiar atrás das grades, principalmente quando os apenados são réus primários, causa vergonha, raiva, indignação e muita mágoa 10. Fica evidente, ao ler os relatos dos entrevistados sobre a família, que ela representa uma âncora que os mantêm presos à realidade do mundo fora da instituição, e que o alento dos familiares proporciona estímulo para o enfrentamento de sua pena e, quando da saída do presídio, nova vida fora da marginalidade. A Maneira Encontrada para a Ocupação do Tempo Para os presos, em sua maioria, o trabalho foi a maneira encontrada para ocupar seu tempo e ajudar sua família com o salário recebido no fim do mês, já que estão afastados do meio em que viviam e assim não podem contribuir para o sustento da mesma, nem suprir as suas próprias necessidades. O trabalho como opção faz com que os apenados deixem de sentir-se inútil, que comecem a dar valor a coisas que para eles, antes, não tinham a menor importância, que passem a perceber a vida de uma forma diferente, valorizando todos os momentos. Trabalhando, os presos não têm tempo para pensar em fugas e motins. Os indivíduos privados de sua liberdade e que não encontram ocupação ficam restritos a um estado mental, tendo a fuga como única perspectiva de vida. Percebe-se essas intenções pela maneira como fazem suas colocações nas entrevistas, pois demonstram sempre estar interessados em se ocupar para esquecer a sua privação de liberdade. Na prisão tem muitos problemas e eu procuro, por exemplo, ficar mais isolado, no meu trabalho, vou do meu p.420 R Enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2006 jul/set; 14(3):

4 Fernandes R, Hirdes A trabalho pra minha cela, se eu tenho horário vago vou para a cela ou saio para o pátio. (A3) A prisão possibilita um intervalo para a reflexão, porém uma reflexão viciada que conduz muito mais à revolta, a ponto de a unanimidade dos presos apontar como uma vantagem do trabalho prisional a ocupação do tempo, de outra forma aplicado em pensar bobagens. Isso se origina da falta de perspectivas, ou seja, de projetos que construam alicerces para a vida futura. Hassen 9 revela que trabalhar é de tal maneira acompanhado de vantagens para o preso que, além da vantagem natural de qualquer ocupação, que é o fato de fazer com que o tempo passe, há a vantagem adicional da remissão da pena, visita íntima, indulto, entre outras vantagens que fazem com que os desvios de função e a sujeição a salários baixos e condições de trabalho, muitas vezes precárias, sejam superadas pelos benefícios associados que as tarefas realizadas oportunizem. É através do trabalho que o condenado atende a suas próprias necessidades e faz a requalificação do ladrão em operário dócil 5. Nesse processo, é indispensável a utilização de uma retribuição pelo trabalho penal, a qual impõe ao detento a forma moral do salário como condição de sua existência. O salário faz com que o detento adquira amor e hábito ao trabalho, carregando com essa prática uma forma válida de avaliação do progresso de sua regeneração. O trabalho utilizado como instrumento de reabilitação deve possuir o caráter de inserção laborativa, promovendo um processo de articulação do campo dos interesses, das necessidades, dos desejos 11.A questão é o quanto o trabalho constitui um meio de sustento e o quanto constitui um meio de autorealizacão. E isso é obviamente relacionado com o sentido e com o valor que uma sociedade atribuiu ao trabalho e de quanto o trabalho seja componente de um projeto para um indivíduo. Aqui eu me senti um inútil, compensei vindo trabalhar na cozinha [...]. (A2) Eu achei a forma mais fácil. Por exemplo, eu trabalhava no início quando eu entrei aqui na fábrica de calçado, aí eu ganhava 7 dias de remissão mais o salário, então tinha que estudar à noite para completar 10 dias de remissão. Como surgiu uma vaga para eu trabalhar na cozinha geral, eu ganho 10 dias de remissão. (A1) Mostrando que o trabalho penal pode ter duas faces, Foucault 5 ressalta que ele deve ser visto por si mesmo como uma maquinaria que transforma o prisioneiro violento, agitado, irrefle- tido, em uma peça que desempenha seu papel com perfeita regularidade. Sabe-se que a prisão oferece trabalho aos detentos como uma forma de ocupação de seu tempo e, concomitantemente a prisão não é uma oficina, ela tem que ser em si mesma uma máquina da qual os detentos-operários são ao mesmo tempo as engrenagens e os produtos; e nesse contexto o trabalho despendido ocupa-os. As Dificuldades Enfrentadas na Vida Dentro da Prisão Nesta área, apresentam-se as dificuldades encontradas dentro do cárcere. Dentro da prisão, os apenados são despidos de sua própria identidade, limitam-se a obedecer e respeitar as regras a eles impostas. A vida revela-se muito diferente daquela que eles viviam lá fora. Há necessidade de viver/conviver e, sobretudo, sobreviver com pessoas de culturas e valores diferentes, com muitas das quais nunca tiveram contato anteriormente, com desníveis sociais muito grandes, ajustando-se a um novo estilo de vida, em razão de não haver outra alternativa para conseguirem sobreviver nesse período de isolamento. [...] aqui tem regras, tem um monte de coisas que muda, desde como você fala, já as outras coisas têm outro nome aqui, é difícil pois eu vinha lá de fora acostumado com amigos, amigos de verdade, a mentalidade do pessoal com que eu convivia nada perto do que é aqui dentro, [...] aqui dentro são outras regras e tem que se adaptar a isso. (A3) Essa falta de identidade ocorre quando o interno se adapta às formas de vida, usos e costumes que os próprios internos impõem no estabelecimento penitenciário, porque não há outra alternativa 4. Assim, por exemplo, adota uma nova linguagem, desenvolve novos hábitos no comer, vestir e dormir, estabelece novas amizades. O ser humano, ao entrar numa prisão, é despido de tudo o que lhe pertencia, principalmente de sua identidade pessoal, quando se depara com os portões que se fecham, ele se vê rodeado de muros e grades, excluso do resto do mundo 4. Tradicionalmente, os regimes prisionais exercitam uma determinada visão a respeito da disciplina que termina por retirar dos reclusos qualquer possibilidade de iniciativa autônoma, excluindo qualquer noção de responsabilidade individual, o que acarreta uma alienação do preso, afastando-o da realidade e deseducando-o 1. Nesse momento, quando o indivíduo não se dá conta de que ainda é um ser humano, cidadão, e passa R Enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2006 jul/set; 14(3): p.421

5 a ser identificado com um número, sem poder decidir, pensar, ocorre o processo de despersonalização. Todo esse processo, que ocorre em apenas pouco tempo de estada dentro da prisão, faz com que os apenados não consigam ser vistos ou se verem como pessoas que têm valor humano, o que leva, muitas vezes, à sensação de que nada mais têm a perder 4. A Recuperação do Preso para Voltar a Viver na Sociedade Esta área temática revela uma questão citada por todos os entrevistados como sendo a mais difícil, pois, segundo seus próprios relatos, a recuperação proposta na atribuição da pena não se concretiza. [...] eu jamais pensei que eu viria parar nesse recinto aqui, é um recinto que deveria vir recuperar as pessoas, reeducar e não tem esse sentimento [...] não tem cursos que pudessem requalificar ou qualificar as pessoas. (A2) A prisão não regenera, tudo depende da cabeça, cadeia não regenera ninguém. Porque, veja bem, se você sai daqui e não tem perspectiva de trabalho, vai voltar a cometer o delito, isto está na cara. (A3) A obviedade da prisão em possuir um suposto ou exigido papel de aparelho transformador não ocorre, mas o que faz ao encarcerar é acentuar um pouco todos os mecanismos encontrados no corpo social, entre os quais se incluem a revolta e o desprezo da própria sociedade a que pertencem, mas que os puniu com a reclusão. O que foi exposto enfatiza a necessidade de reabilitação/recuperação, ou seja, a necessidade de o presídio servir como elemento desencadeador de reabilitação, o que vem ao encontro das necessidades expressas. O sistema carcerário não é o sistema ideal para a recuperação das pessoas, não é o auxílio pecúlio- prisão que ajuda. (A2) Através de um levantamento histórico do significado do termo ressocialização, no qual se encontra a conotação de reinserção no sistema produtivo, Hassen 9 mostra que o conceito de ressocializar é praticamente sinônimo de profissionalizar e dar trabalho. Ao contextualizar a ressocialização, é necessária a existência de uma prática institucional que viabilize essas idéias, surgindo então a necessidade de desenvolvimento da idéia de reabilitação psicossocial como tecnologia promotora do diferencial de conduta a ser traçado. Revela que políticos e administradores passam a resgatar o conceito da ressocialização, alocam verbas para a construção de novas prisões, com oficinas de trabalho e instalações mais humanizadas. Mas a partir disto, as contradições se estabelecem, pois mesmo que os prisioneiros se profissionalizem, não se pode obter garantias de emprego quando libertados. A maior probabilidade de futuro de um detentotrabalhador é de se tornar ao fim da pena um homem livre desempregado, como tantos outros homens livres 9. A afirmação anterior é compartilhada por Muakad 2 que considera muito difícil, ou quase impossível conseguir preparar para a liberdade sendo castigado com a privação da mesma. Dessa forma, a liberdade não se apresenta como uma nova vida, mas como um futuro negro e desconhecido. Para conseguir que um apenado se reestruture seria necessário proporcionar-lhe um ambiente adequado para o seu tratamento, um ambiente propício para se libertar e ser um homem capaz de viver regularmente no convívio social. A reinserção social é entendida como algo relativo a problemas de produção de valor. Este valor é referido como a aceitabilidade do universo em que se insere a pessoa em que é aceita a relação de trocas realizadas por ela dentro de precondições impostas para qualquer intercâmbio 12. Esse intercâmbio é o que traz o poder contratual, validando a atividade do indivíduo e dando a ele função social aceitável e compatível com os demais. A pena a ser imposta a um delinqüente deve carregar consigo um tratamento rico de conteúdo humano e de justiça social, a fim de reeducar 2. Perspectivas de Vida Pós-Prisão Através das entrevistas, pudemos perceber como os detentos pensam e sofrem antecipadamente, imaginando a vida fora da prisão, mostrando o quanto é difícil permanecer nela e sair dela pelos padrões atuais da sociedade. É difícil se integrar novamente na sociedade, emprego também é difícil para conseguir, não são todos que têm estudo, então sei que vai ser difícil trabalhar e outras coisas também. (A1) Há de se considerar os efeitos danosos da estigmatização, pois o indivíduo, mesmo cumprindo sua pena na totalidade, ficará marcado para o resto de sua vida e sofrerá uma segunda p.422 R Enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2006 jul/set; 14(3):

6 Fernandes R, Hirdes A rejeição social, dificilmente conseguirá um emprego ou uma forma lícita para manter-se. São essas as razões pelas quais o índice de reincidência continua elevado 13. [...] agora eu sei que cadeia é uma ilusão, é para quem não tem futuro, eu já perdi muito tempo da minha vida aqui dentro e não posso perder mais nada, pois perdi o que tinha para perder, amadureci o que tinha para amadurecer. No momento que tu vem aqui dentro não tem dinheiro que compre a tua liberdade. (A3) Mukad 2 considera que a prisão, como modo de separação dos perturbadores da sociedade por determinados períodos, presta-se apenas como elemento paliativo, pois esses transgressores voltarão não só com as mesmas falhas, mas também com outras adquiridas. Esse dilema, exposto anteriormente, da falta de perspectiva de reabilitação que as prisões carregam em seu trabalho, é objeto de preocupação não só de estudiosos do Direito Penal, mas também de especialistas de outros ramos do conhecimento humano, sempre destacando o reconhecimento da falência dos instrumentos existentes de readaptação social do delinqüente. A prisão não regenera, tudo depende da cabeça, cadeia não regenera ninguém. Porque, veja bem, se você sai daqui e não tem perspectiva de trabalho, vai voltar a cometer o delito, isto tá na cara. Eu tenho perspectiva de trabalho e com isso me acho um cara felizardo, hoje está tão difícil arrumar um emprego, ainda mais dizer eu já estive na cadeia, não importa se você sabe trabalhar. (A3) A questão penitenciária, ao desafiar o Estado a recuperar o homem segregado, faliu como profilaxia ressocializadora, a humanidade não descobriu o que pudesse substituir a segregação, de forma que persiste o desafio de diminuir o encarceramento, na busca de somente prender quem realmente é perigoso. Isso não significa que os demais ficarão impunes, mas suas penas poderão ser cumpridas através das penas alternativas à prisão 14. Para que uma filosofia de readaptação eficaz seja instituída, existe a necessidade da substituição da cela por outros meios de execução da pena que ofereçam condições humanas de sobrevivência e recuperação aos criminosos, para que retornem à vida livre como homens capazes de adequar-se ao mínimo ético-social e não como párias 2. CONCLUSÃO Dentro desse contexto de privação de liberdade e de falta de oportunidades, a recuperação do preso para viver na sociedade parece uma utopia, pois consideram a prisão uma tortura psicológica que não recupera os apenados, ao contrário, torna-os piores. As perspectivas de vida pós-prisão fazem com que os presos sofram antecipadamente, pois não visualizam um futuro promissor, mas sim uma nova batalha pela sua sobrevivência. Isso ocorre pela estigmatização que um ex-presidiário sofre. Segundo seus relatos, há uma discriminação por parte da sociedade, a qual não possibilita perspectivas de trabalho e valorização social. Para um preso, a família revela-se o esteio regulador, e o seu empenho em sair da prisão está diretamente relacionado e influenciado pelo suporte que recebe. Presos institucionalizados comumente têm história de abandono familiar. Na pesquisa evidenciou-se o medo do abandono dos familiares, a falta de companhia para conversar, a solidão, a necessidade que têm de mostrar que ainda fazem parte da família, que a sua presença é importante e que sentem sua falta. Sentem-se culpados por não poderem estar presentes na formação de seus filhos, por não poderem auxiliar na evolução social de sua família, trazendo com isto alguns prejuízos ao seu desenvolvimento. Dessa forma, a família revela-se o esteio para o processamento de mudanças e a perspectiva de uma vida nãocriminal. REFERÊNCIAS 1. Rolim M. O labirinto, o minotauro e o fio de Ariadne: garantias e regras mínimas para a vida prisional. Separatas de discursos pareceres e projetos. Brasília (DF): Centro de Documentação e Informação; Muakad IB. Prisão albergue. 3 a ed. São Paulo: Atlas; Rubin MAS. Enfermagem atrás das grades: a saúde dos presidiários. Florianópolis (SC): Universidade Federal de Santa Catarina; Cervini R. Os processos de descriminalização. 2 a ed. São Paulo: Revista dos Tribunais; FoucaultM.Vigiarepunir.23 a ed.petrópolis(rj):vozes; Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 2 a ed. São Paulo: Hucitec; Conselho Nacional de Saúde (Br). Resolução 196 de 10 de outubro de Dispõe sobre as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília (DF): Ministério da Saúde;1996. R Enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2006 jul/set; 14(3): p.423

7 8. Goffman E. Manicômios, prisões e conventos. São Paulo: Perspectiva; Hassen MNA. O trabalho e os dias. Porto Alegre (RS): Tomo Editorial; Goffman E. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. 4 a ed. Rio de Janeiro: Guanabara; Saraceno B. Libertando identidades: da reabilitação psicossocial à cidadania possível. 2 a ed. São Paulo: Te Corá; Pitta AMF. Reabilitação psicossocial no Brasil. 2 a ed. São Paulo: Hucitec; Veronese JRP. O sistema prisional: seus conflitos e paradoxos. Disponível em < veronese/paradoxos>. Acesso em 24 maio D Uurso LFB. O sistema prisional não recupera ninguém. [acesso em 10 maio 2003] Disponível em < LA PERCEPCIÓN DE LOS ENCARCELADOS A RESPECTO DE LA CÁRCEL Y DE LA PRIVACIÓN DE LIBERTAD RESUMEN: Este estudio tiene como objetivo investigar la percepción de los encarcelados a respecto de la cárcel y de la privación de libertad. Se trata de una pesquisa cualitativa realizada en un presidio de mediano porte del Estado de Rio Grande do Sul-Brasil, en Fueron entrevistados, en mayo, diez encarcelados que obedecieron a los siguientes criterios: ser reo primario y estar en régimen cerrado. Sobre el análisis de los datos, fue recorrido el camino propuesto por Minayo: ordinación, clasificación y análisis final de los datos. Los resultados apuntan sentimientos y comportamiento de inadecuación creciente, el sufrimiento anticipado sobre la vida fuera de la cárcel, el miedo del abandono de los familiares, la culpa por la ausencia en la educación de los hijos, la importancia social del trabajo, la adaptación a la cultura carcelaria, la pérdida de la identidad y despersonalización, el estigma y la discriminación de la sociedad que no posibilitan perspectivas de trabajo no criminal y valorización social. Se concluye que, en ese contexto de privación de libertad y de falta de oportunidades, la recuperación del encarcelado para vivir en sociedad parece una utopía. Palabras Clave: Estigma; apoyo social; identidad; privación de libertad. Recebido em: Aprovado em: Notas * Enfermeira do PSF de Campinas do Sul, RS. Monografia de conclusão de Curso de Graduação em Enfermagem. ** Enfermeira de saúde mental, pesquisadora nas áreas de reforma psiquiátrica e reabilitação psicossocial. Orientadora do Estudo. Rua Maranhão, 635/21. Erechim, RS. CEP: alicehirdes@gmail.com p.424 R Enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2006 jul/set; 14(3):

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